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Simbologia
O veio do desenho tem uma tolerância dimensional no diâmetro que permite que este
varie entre 20 e 20,1 milímetros. Quanto menor for o diâmetro do veio, mais facilitada
será a sua montagem no furo correspondente [7]. Então, é atribuído um bónus
correspondente à diferença entre a cota máxima permitida e o diâmetro medido. O
valor deste bónus poderá variar entre zero e o valor do intervalo de tolerância. Neste
exemplo, o intervalo de tolerância é 0.1 mm (diferença entre as cotas mínima e
máxima).
Neste exemplo, caso o bónus fosse 0,05, significaria que a tolerância de linearidade iria
permitir que o eixo do cilindro oscilasse dentro de um cilindro com tamanho Ø0,15 em
vez dos Ø0,1 que constam no quadro de tolerância.
Consideremos agora um exemplo para um furo com diâmetro nominal 20,1 em que a
cota mínima é 20,1 e a cota máxima 20,3. O intervalo de tolerância neste caso é 0,2
mm.
Neste caso o cenário inverte-se, a montagem fica facilitada quanto maior for o furo [7],
pelo que o bónus é calculado pela diferença entre o valor real e a cota mínima.
Em que:
O veio amarelo representa o datum, este veio irá alinhar as peças uma em relação à
outra. Pretende-se avaliar se o veio verde vai montar no furo correspondente com o
alinhamento do veio amarelo. Quanto menor for o veio amarelo, maior poderá flutuar
o alinhamento por forma a ir de encontro à necessidade de conseguir montar o veio
verde. Esta flutuação será nula se o veio datum estiver à cota máxima e será máxima
se o veio datum estiver à cota mínima. A flutuação máxima corresponde ao intervalo
de tolerância do datum.
O furo A pode variar entre 19,5 e 20,5, o que resulta num intervalo de tolerância de 1
mm.
Siglas e abreviaturas
mm – Milímetros
[5] Maximum material and least material requirements; Colin H. Simmons, Dennis E.
Maguire, Neil Phelps; Manual of Engineering Drawing (Fifth Edition), Chapter 24, 2020
[6] On the usage of Least Material Requirement for Functional Tolerancing; Laurent
Pierre, Bernard Anselmetti, Nabil Anwer; 15th CIRP Conference on Computer Aided
Tolerancing – CIRP CAT 2018
[7] https://www.gdandtbasics.com/maximum-material-condition/
Tolerâncias Dimensionais – Ajustamentos
ISO
• Published on December 29, 2020
A maioria das peças interage com outras em conjuntos e nessas interacções o valor
nominal de determinada cota é comum a 2 ou mais peças. Se quisermos assemblar um
veio de uma peça no furo de outra, o furo tem de ser maior que o veio mas para
efeitos de projecto considera-se um valor nominal comum.
Na verdade, num conjunto genérico veio-furo nem sempre se pretende que exista
folga, em certas aplicações poderá ser necessário que o furo seja menor que o veio
para assegurar um aperto tal que não existe deslizamento.
Este excerto de tabela ilustra a cota mínima para furos em função da letra da
tolerância e do tamanho da dimensão.
Consideremos uma cota de 115 mm tolerânciada com a letra F. A sua cota mínima será
115,036. E a cota máxima?
Consideremos que à cota 115 está associada uma tolerância normalizada F9. A cota
máxima desta cota será os 115,036 + 0,087 = 115,123.
Conclui-se portanto que a cota 115F9 pode variar entre 115,036 e 115,123.
Se o veio for dimensionado da mesma forma a cota 115f9 terá valores inferiores à
nominal 115 assegurando uma folga mínima entre ambos os elementos.
Fontes:
Manuais Aukom
Tal como o nome indica, este tipo de zona de tolerância é tipicamente aplicada a
superfícies planas, mas também pode ser aplicada a outras características como
arestas, furos e superfícies curvas, porém a direcção de controlo deverá ser
claramente evidenciada no desenho.
Considere a situação em que um furo é feito com uma broca de furação numa peça
maquinada segundo a direcção Z. A tolerância de posição procura avaliar se a broca
está a furar na posição correcta em XY. Não interessa se a superfície Z em que o furo
está contido está desviada, pelo que não é necessário controlar nenhum plano de
referência.
A zona de tolerância esférica é a menos utilizada, porque é mais usual uma peça ter
superfícies planas e cilíndricas, do que esféricas. A característica tolerânciada devera
permanecer no interior de uma esfera com diâmetro igual ao valor da tolerância da
avaliação GD&T.
Tal como o nome indica, é aplicada em superfícies esféricas e só faz sentido aplicar
com 2 tipos de sistemas de datum:
Não faz sentido avaliar a posição em 3 direcções de uma superfície esférica em relação
a um datum que é um plano, pois esse plano não consegue restringir essas 3 direcções.
Também não faz sentido aplicar uma zona tolerância esférica na posição de um furo
circular. Se a intenção for controlar além da posição do furo, também a superfície na
qual está contido terão de existir duas avaliações distintas:
Para o centro do furo
Estes são 3 conceitos relativamente simples que devem ser do conhecimento de todos
aqueles que lidam com tolerânciamento geométrico, particularmente aqueles que
definem requisitos de projecto.