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Os golfinhos, delfins, peixes-botos, botos ou toninhas são animais cetáceos

pertencentes às famílias Delphinidae e Platanistidae.[1] São perfeitamente


adaptados para viver no ambiente aquático, sendo que existem 37 espécies conhecidas
de golfinhos de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus
delphis.

São nadadores exímios, às vezes saltando até cinco metros acima da água. Podem
nadar a uma velocidade de até 40 quilômetros por hora e mergulhar a grandes
profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver
de 20 a 35 anos e dão à luz um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais
sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.

Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em
cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas,
algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal,
excepto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam
diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e
reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biossonar ou
ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para
caçar suas presas.

Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Golfinho

Índice
1 Etimologia
2 Predadores
2.1 Pesca de golfinhos
3 Alimentação
4 Ecolocalização
5 Comportamento social
6 Sono
7 Géneros e espécies
8 Ver também
9 Referências
10 Ligações externas
Etimologia
"Golfinho" procede do grego delphís, através do termo latino delphinu, com
influência de "golfo (alto-mar)".[2] "Delfim" procede do grego delphín, através do
termo latino delphine.[3] "Toninha" procede do termo latino tardio thunnina.[4]

Golfinhos e sua treinadora no Aquário do Zoológico de Barcelona.


Predadores
Os predadores dos golfinhos são as orcas, os grandes tubarões e principalmente o
homem. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os
caçam, ocasião em que ocorre uma protocoperação. O golfinho encontra o cardume e os
pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se
alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se
beneficiam do alimento. Porém, muitas vezes, os golfinhos acabam se enroscando nas
redes, podendo morrer.

O comprimento das redes, além do necessário, assim como a poluição, também aumentam
a predação.[5]

Pesca de golfinhos
Em muitos locais do mundo, os golfinhos são pescados, sendo o Japão um dos
principais países onde esta prática se mantém, embora os animais "pescados" neste
país sejam, muitas vezes, vendidos para outros países, principalmente China e
Estados Unidos.

O principal motivo desta pesca é para alimentação, como um substituído para a carne
de baleia, quando estas começaram a se tornar raras. Porém muitos golfinhos e orcas
também são capturados para se tornarem "atrações" em parques aquáticos como o
SeaWorld por exemplo, sendo que muitos pescas são organizadas para este fim. Porém,
mesmo nestas pescas que procuram capturar animais vivos, muitos golfinhos acabam
mortos ou feridos, devido às técnicas usadas na captura. Além disso, os animais que
não servem para se tornarem "atrações" nos parques, acabam sacrificados para serem
vendidos como carne de baleia. E mesmo os que "sobrevivem" à pesca, não estão
garantidos, pois muitos não se adaptam à vida em cativeiro e acabam adoecendo ou
mesmo morrendo, além de que a maioria dos parques marinhos não tem condições de
suprir todas as necessidades destes animais.

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos também demonstrou que a longevidade
destes animais decai muito em cativeiro. Para piorar a situação, a reprodução deles
em cativeiro é quase impossível, o que torna, a pesca de golfinhos,
"indispensável".

Entre 700 e 1,3 mil toninhas morrem anualmente em redes de pesca no estado
brasileiro do Rio Grande do Sul e no Uruguai, segundo dados do Instituto de
Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande. Ameaçadas de extinção, elas
estão classificadas como vulneráveis na Lista Vermelha da União Internacional para
a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).[5]

Alimentação
Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixe. Muitos deles
caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes.

Ecolocalização

Ilustração animada da ecolocalização

Detalhes da anatomia – Legenda: Verde: Ossos do crânio, Azul: Espermacete ou Melão,


Branco: Espiráculo
O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização. Trata-se de um
sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o
ambiente, pois consegue produzir sons de alta frequência ou ultrassônicos, na faixa
de 150 quilohertz, sob a forma de cliques ou estalidos. Esses sons são gerados pelo
ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos
nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à
frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que
dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente
favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido
do que no ar. A frequência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para
comunicações e é diferente para cada espécie.

Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco
e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior
ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o
cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação
dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.

Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está
do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais frequência os estalidos são
emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite, ao golfinho, identificar a
distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste
processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com
ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e de ecoar diferentes objetos
simultaneamente.

A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distância do objeto e se o


mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do
objeto ou presa. Esses fatores tornam, a ecolocalização do golfinho, muito superior
a qualquer sonar eletrônico inventado pelo ser humano.

Comportamento social
Os golfinhos são mamíferos sociais. Um método historicamente utilizado para avaliar
as relações sociais em animais não humanos é calcular os coeficientes de associação
entre os indivíduos. Estes índices de associação são baseados na quantidade de
tempo que dois golfinhos passam juntos contra aparte. Mas, estes valores podem não
representar, com precisão, a qualidade de uma relação entre dois indivíduos. A
qualidade das relações sociais em animais provavelmente será composta de várias
dimensões diferentes, ou seja, o valor, compatibilidade e segurança.[6]

Dolphins 300.jpg
"Valor do relacionamento" refere-se a benefícios obtidos como resultado da relação
direta, medidas de compatibilidade, nível de tolerância que existe entre dois
indivíduos, natureza geral das interações sociais, medidas de segurança e
compatibilidade das interações de um par ao longo do tempo.[7] Quantificar os
contatos entre indivíduos de uma espécie em particular nas categorias de filiação
ou agonista, bem como examinar a resposta abordagem, pode ajudar a indicar as
dimensões de valor, compatibilidade e segurança.[8] Quando se trata de fazer
amigos, o comportamento homófilo[9] desempenha um papel central na formação de
amizades com golfinhos. Os golfinhos formam uma estreita amizade com outros
golfinhos que têm um interesse comum.[10]

Padrão e métodos de Golfinho-de-fraser foram adaptados para um estudo mais


abrangente do comportamento de golfinhos e interações, focando no Golfinho-pintado-
do-atlântico (Stenella frontalis) ao redor de Bimini, nas Bahamas, e golfinhos-
roazes (Tursiops truncatus) no Instituto Roatán para Ciências Marinhas, em Roatán,
em Honduras, para entender e caracterizar a qualidade das relações sociais entre os
golfinhos. Muitos pesquisadores concordam que os golfinhos são criaturas
extremamente sociais e realmente dependem dessa interação para a caça, acasalamento
e defender-se e a seus respectivos grupos.[11]

Normalmente, os golfinhos vivem e viajam em grupos que variam entre 2-40 golfinhos.
Mas os cientistas descobriram grupos de golfinhos com várias centenas de membros.
Estes grupos são chamados rebanhos ou escolas. Em alguns casos, estes grupos
maiores têm incluídos mais do que uma espécie, as quais parecem interagir bem
juntos. As espécies normalmente associadas neste grupo multiespécies são o
golfinho-rotador e os golfinhos-pintados. Como os hábitos alimentares dessas duas
espécies são completamente opostos, elas são capazes de viajar juntos sem competir
por comida.[12]

Assim como os humanos, os golfinhos encontram-se entre as inúmeras[13] espécies que


mantêm relações sexuais por prazer e não para procriação.[14][15][16]

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