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O morador misterioso da casa misteriosa

Raíssa Barberino Miranda

Existia uma casa muito estranha na Rua Sei lá das Quantas. Ela era diferente das demais
do bairro. Em quanto que, as casas dos vizinhos eram de madeira e tijolos, esta era de
carne, com um teto feito de bacalhau e a tubulação de serragem. Dizendo alguns dos
moradores mais antigos, quando chovia ouvia-se gritos assustadores da casa, ao ponto
de reverberar por toda a rua, às vezes pelo bairro. De acordo com um dos moradores,
que precisa passar pela casa para poder sair da rua. Ela cheirava a forragem,
dependendo da hora do dia, limpa ou suja. Sabe... Esta encontrada nos banheiros das
lojas ou do shopping, para ajudar ao fazer as necessidades. Mas, infelizmente, esse
morador, dizendo o Senhor Castor, não era nem um pouco confiável. Era um cachorro
que sofria de rinite, o coitado já não conseguia diferenciar o cheiro de um delicioso
chocolate para um fedido cocô. Por isso, o seu relato não pode ser aproveitado e teve de
ser descartado.

Voltando a descrição da casa estranha da Rua Sei Lá Das Quantas. A casa dava apenas
para ser vista o seu último andar, pois era protegida por um enorme muro, tão alto ao
ponto de nem a Dona Girafa na ponta dos pés, em cima do respeitável Seu Elefante,
conseguiu enxergar. Todos queriam saber quem era o morador da casa muito estranha.
A curiosidade era tanta ao ponto de até um novo morador, que se mudou para a casa da
frente, ficar de butuca para descobrir quem era aquele misterioso morador. No final, o
novo morador, afirmou ter visto um vulto sair do portão da casa, descrevendo para os
demais moradores do bairro, na praça que fica do lado da casa estranha. Então ele
contou: “o estranho era nem tão alto quanto a Senhora Elefante e nem tão baixa quanto
o Senhor Joaninha. Tinha uma boa estatura, mas andava curvado, às vezes juro que anda
de quatro. Na boca, carregava um corpo morto na boca, que era pequeno e tinha um
rabo na ponta. Em um momento, o vulto chegou perto de um poste de luz, e foi aí que
eu vi. Na verdade era um...”

Neste momento, o portão da casa se abriu, e dela saiu um vulto. Que era nem tão alto e
nem tão baixo, mas andava curvado, às vezes parecia que andava de quatro. Carregava
um corpo morto na boca, que era pequeno e tinha um rabo na ponta. Entretanto, em um
momento, o vulto chegou perto de um dos postes do bairro e foi aí que o mistério foi
solucionado. Na verdade, o vulto era... Um gato!

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