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CF/88 COMO
VEDAÇÃO
DE DECISÃO INAFASTABILIDADE NORMAS
BASE
ESTRUTURAL
SURPRESA
ART. 10
DA JURISDIÇÃO
ART. 3° FUNDAMENTAIS
ART. 1º

Há a intitulação de normas
DURAÇÃO fundamentais aos 12 primeiros artigos
RAZOÁVEL do Código de Processo Civil, que
ART. 4º ORDEM
constituem o capítulo I, do Livro I, da
CPC CRONOLÓGICA
Parte Geral, na medida em que
ART. 12
BOA FÉ
ART. 5º 2015 consagram regras e princípios.

NORMAS
FUNDAMENTAIS Observa-se que apesar de estes

PUBLICIDADE E BEM COMUM


primeiros artigos estarem elencados na
MOTIVIDAÇÃO RAZOABILIDADE categoria de normas fundamentais,
ART. 11 LEGALIDADE
eles não exaurem as normas
PROPORCIONALIDADE
IMPULSO PUBLICIDADE fundamentais processuais. Esse
OFICIAL EFICIÊNCIA primeiro capítulo do Código não se
IGUALDADE ART. 8º
ART. 2º trata de um rol exaustivo. Há normas
ART. 7º
fundamentais que estão na
CONTRADITÓRIO
Constituição Federal, como por
ART. 9º
exemplo, o devido processo legal.
COOPERAÇÃO
ART. 6º
MODELO
CONSTITUCIONAL
CPC
2015
DO PROCESSO
As bases estruturais
do CPC estão na
CF/88

CF/88 O ARTIGO PRIMEIRO É


CONSIDERADO UMA NORMA
FUNDAMENTAL DE NATUREZA
CONSTITUCIONAL, UMA VEZ QUE
SINTETIZA UMA NORMA
CONSTITUCIONAL.

POSSUI UM FIM SIMBÓLICO


DE REFORÇAR QUE TODAS AS
NORMAS PROCESSUAIS DEVAM SER
INTERPRETADAS EM CONFORMIDADE
COM A CONSTITUIÇÃO.
O processo precisa ser compreendido como um método de trabalho
imposto ao Poder Judiciário para que este possa resolver os conflitos
de interesses que lhe são levados para apreciação. Esta é a garantia do
cidadão: de que o método será respeitado, de que sua liberdade
somente será mitigada ou de que seu patrimônio somente será objeto
de invasão por ordem do Estado-Juiz se houver legitimação desse
comando em razão do respeito às normas que decorrem do devido
processo legal. ([HELLMAN, Renê. CPC/2015 «in» JuruaDocs n.
201.0730.5000.0200 - art. 1])

AO COLOCAR OS DIREITOS FUNDAMENTAIS COMO NORTEADORES DA LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA


EVIDENCIA-SE A FORÇA NORMATIVA DE TAIS DIREITOS, POSSIBILITANDO AO JULGADOR UM
JUÍZO DE VALORAÇÃO JUSTO, EM CONSONÂNCIA COM O DESENVOLVIMENTO E COSTUMES DA
SOCIEDADE.

NESSE CONTEXTO, AS NORMAS PROCESSUAIS DEVEM SER ANALISADAS COMO UMA


FERRAMENTA DE COOPERAÇÃO, COM O FIM DE MATERIALIZAR A FORÇA NORMATIVA, A
SUPERIORIDADE E A IMPORTÂNCIA DA CONSTITUIÇÃO EM TODOS OS RAMOS DO DIREITO,
DENTRE ELES O PRÓPRIO PROCESSO CIVIL.
Fique atento na jurisprudência!

COMPENSAÇÃO DE CRÉDITO PRECATÓRIO COM DÉBITOS


TRIBUTÁRIOS. POSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS DE
ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AMPLA CONSIDERAÇÃO
DOUTRINÁRIA

«[...] O PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO PÕE A LEI


FUNDAMENTAL COMO O PLEXO DE NORMAS DE MAIS ALTA
HIERARQUIA NO INTERIOR DO SISTEMA NORMATIVO NACIONAL.
ENTRE OUTRAS DECORRÊNCIAS DESSA SÍNTESE, ESTÁ A DA
«IMPOSIÇÃO DE QUE, DENTRE AS INTERPRETAÇÕES
HIPOTETICAMENTE POSSÍVEIS, SÓ PODEM SER VALIDAMENTE
ESGRIMIDAS AQUELAS CONFORMES AO TEXTO CONSTITUCIONAL».
II A INTERPRETAÇÃO DO ORDENAMENTO JURÍDICO, POR
CONSEGUINTE, HÁ DE SER FEITA A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO, ISTO
É, DE CIMA PARA BAIXO. [...] O QUE É SUBSTANCIAL É A
IMPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL DE QUE O CREDOR ORIGINÁRIO OU
CESSIONÁRIO DO PRECATÓRIO PODERÁ LIBERAR-SE DO
PAGAMENTO DE TRIBUTOS DA ENTIDADE DEVEDORA MEDIANTE
UTILIZAÇÃO DESSE CRÉDITO (PRECATÓRIO) NÃO HONRADO
TEMPESTIVAMENTE PELO ESTADO.»

[TJPR (3ª CC) - AG. DE INST. 609.344 - MARINGÁ - REL.: PAULO


HABITH - DJ 24/05/2010 - JURUADOC. 195.4165.3000.0400] ([«IN»
HELLMAN, RENÊ. CPC/2015. JURUADOCS N. 195.4165.3000.0400 -
ART. 1])
INÉRCIA DA
JURISDIÇÃO
IMPARCIALIDADE DO JULGADOR. RESPEITO AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE.

IMPULSO OFICIAL
ATOS DEVEM SER PRATICADOS PELAS PARTES OU AINDA REQUERIDOS POR ELAS. DO MESMO
MODO, O JUIZ TEM A LIBERDADE PARA ADEQUAR O PROCESSO ÀS NECESSIDADES DO CONFLITO.
INÉRCIA DA JURISDIÇÃO
IMPARCIALIDADE DO JULGADOR

Ao juiz não é permitido iniciar o processo de ofício ou, ainda, nos termos do
CPC/2015, art. 141, reconhecer questões não suscitadas ou que a lei exija
manifestação das partes. Salvo nos casos como restauração de autos (art. 712),
arrecadação dos bens da herança jacente (art. 738) e a arrecadação de bens de
ausente (art. 744), incidentes processuais que podem começar por provocação
pelo juiz, como o caso de conflito de competência e incidente de solução de
demandas repetitivas.

Tal inércia do judiciário é determinante para caracterizar a imparcialidade do


juiz/Estado, sem a emissão de nenhum juízo de valor e respeitando o próprio
Princípio da Igualdade presente no caput do art. 5º da Constituição Federal,
assim como, operar o Princípio da Autonomia de Vontade das Partes de
resolverem suas demandas pela via judicial.
Impulso Oficial
O processo se inicia com a provocação ao judiciário para a prestação
jurisdicional, formando uma relação entre autor e juiz, quando da propositura
da ação e após a citação, entre o réu e o juiz, constituindo uma relação
triangular entre autor, juiz e réu. Nesse sentido, o CPC em seu artigo 319, incs.
III e IV, delimita os requisitos essenciais da inicial e do pedido, respectivamente.
Assim como, o art. 1.013, §3°, inc. II, dispõe sobre a necessidade de congruência
entre o pedido e a decisão do Juiz.

Uma vez iniciado, o processo se desenvolverá por impulso oficial,


isto é, deve o Estado, na pessoa do Juiz e auxiliares da justiça,
darem seguimento ao processo dando direção e instrução.
Observa-se que há atos que devem ser praticados pelas partes ou
ainda requeridos por elas, como, por exemplo, requerer a
suspensão convencional do processo (art. 313, II). Do mesmo
modo, o juiz tem liberdade para adequar o processo às
necessidades do conflito (art. 139, inc. VI. CPC). Ambos possuem
uma atuação com finalidade de conferir à tutela do direito maior
efetividade, por meio de uma decisão justa.
O direito de
ação não exclui
a possibilidade
PRINCÍPIO DA
da solução
INAFASTABILIDADE consensual.
DA JURISDIÇÃO

O CPC/2015, art. 3°, §§ discorre


Garantia de
sobre a possibilidade da aplicação
amplo e universal
da arbitragem, da responsabilidade
acesso à
do Estado e de seus sujeitos e
jurisdição.
partes em priorizarem os métodos
Cabe ao Poder consensuais para solução do litígio.
Judiciário aplicar a
lei em um processo
regular até a coisa
julgada.
AS PARTES TÊM O DIREITO DE OBTER EM PRAZO RAZOÁVEL A
SOLUÇÃO INTEGRAL DO MÉRITO, INCLUÍDA A ATIVIDADE
SATISFATIVA.

A duração razoável do processo é


PRIMAZIA DO MÉRITO
um princípio. Logo, uma norma
aplicável para todos.  As partes tem
o dever de cooperar para que o
processo tenha uma duração
DURAÇÃO RAZOÁVEL razoável.
DO PROCESSO
Fique de olho na  jurisprudência!
STJ. Duração razoável do processo. Excessiva
e desarrazoada demora para despacho
citatório. Responsabilidade civil do Estado.
EFETIVIDADE DO Indenização. Cabimento. Repercussão
Internacional - Corte Interamericana de
PROCESSO
Direitos Humanos.
Princípio do boa-fé
contraditório
objetiva
TJRJ. Pedido de
parcelamento da
dívida. Negar o
reconhecimento
PROTEÇÃO DAS EXPECTATIVAS. da dívida
representa
IMPOSSIBILIDADE DE comportamento
COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO. contraditório.
Afronta ao
BOA-FÉ É PRINCÍPIO E PRINCÍPIO É NORMA.
princípio da boa-
fé objetiva.
P R I N C Í P I O D O
C O N T R A D I T Ó R I O

COOPERAÇÃO
TODOS OS SUJEITOS DO PROCESSO TÊM O DEVER DE COOPERAR ENTRE SI
PARA QUE SE PRODUZA, EM TEMPO RAZOÁVEL, DECISÃO DE MÉRITO JUSTA
E EFEITVA.

COOPERAÇÃO ÔNUS E DEVERES ADVINDOS JURISPRUDÊNCIA


DA COOPERAÇÃO
Exige que cada TJRJ. Dever do magistrado

sujeito do Participar da instrução; de indicar demais

documentos necessários.
processo atue da Prevenção ou advertência;
Extinção do feito por
melhor forma
Esclarecimento; inépcia da inicial.
possível para o
Descabimento. Violação ao
Consulta das partes;
resultado final do princípio da cooperação

processo. Auxílio do juiz. processual


PRINCÍPIO SOMOS DIFERENTES,
MAS NÃO DESIGUAIS.

DA
IGUALDADE O PRINCÍPIO DA IGUALDADE ALÉM DE
GARANTIR A PRÓPRIA IGUALDADE,
GARANTE O DIREITO À DIFERENÇA, POIS
AS DIFERENÇAS NÃO PODEM PRODUZIR
DESIGUALDADES.

As partes devem ter meios equivalentes para


exercer seus direitos e faculdades processuais,
atuando com paridade de armas.
Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz
atenderá

FINS SOCIAIS E BEM COMUM


Resguardando e promovendo a DIGNIDADE
DA PESSOA HUMANA e observando:

PROPORCIONALIDADE RAZOABILIDADE LEGALIDADE PUBLICIDADE EFICIÊNCIA


PRINCÍPIO DO
CONTRADITÓRIO

Boa-fé objetiva
O contraditório é Cooperação
uma participação
efetiva com Direito de
influência na Manifestação PRINCÍPIO DO
formação do CONTRADITÓRIO
resultado do
processo.

Súmula 358/STJ. Maioridade do Direito à


alimentando. Cancelamento
Direito à consideração
dos argumentos
informação
automático de pensão
alimentícia. Impossibilidade.
Necessária decisão judicial que
oportunize o contraditório
VEDAÇÃO DA DECISÃO SURPRESA

STJ. Proibição de decisão surpresa. Oportunidade de


manifestação das partes. Necessidade.
«A inovação do CPC/2015, art. 10 está em tornar objetivamente
obrigatória a intimação das partes para que se manifestem
previamente à decisão judicial. E a consequência da inobservância
do dispositivo é a nulidade da decisão surpresa, ou decisão de
terceira via, na medida em que fere a característica fundamental
do novo modelo de processualística pautado na colaboração
entre as partes e no diálogo com o julgador. ([«in» HELLMAN,
Renê. CPC/2015. JuruaDocs n. 195.4165.3001.0700 - art. 10])»
PUBLICIDADE E FUNDAMENTAÇÃO
DAS DECISÕES

Fundamentação Publicidade
Todas as decisões devem ser A publicidade se dá não só quando os
fundamentadas sob pena de despachos e decisões são publicados
nulidade. no diário oficial ou em jornais de
ampla circulação, mas principalmente
quando as audiências são realizadas
A fundamentação é uma
de portas abertas, com plena
justificação da decisão, que deve ser possibilidade de acesso de pessoas que
válida e alinhada com o direito. não sejam parte do processo.
([João Marcos Adede y Castro, Novo
Código de Processo Civil Comentado
Jurisprudência
para Concursos - Volume I, Juruá
STJ. Ausência de análise de todos os
Editora, 2016, p. 34. Apud GARCEL,
argumentos levantados pelas partes.
Adriane. CPC/2015. JuruaDocs n.
Cabimento. Fundamentação
184.1864.7000.8800 - art. 11])
satisfatória.
ORDEM
CRONOLÓGICA
Atender, PREFERENCIALMENTE, à ordem
cronológica de conclusão para proferir julgamento.

TJRS. Dever de julgamento na ordem cronológica de


conclusão. Inobservância somente em casos de
exceção e devidamente fundamentados. Ausência de
nulidade.

TJBA. Subversão da ordem cronológica de conclusão.


Inexistência de óbice legal. Liberdade na condução do
processo.

TJMT. Ofensa ao dever de ordem cronológica de conclusão de


processos. Inocorrência. Ausência de comprovação.
Prova FCC - 2018 - CL-DF- Procurador Legislativo
A
No que se refere às normas fundamentais do Processo Civil,

a) todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha,


em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.

b) é assegurado às partes tratamento diferenciado em relação ao exercício de


direitos e faculdades processuais, inclusive quanto ao contraditório, a ser
discricionariamente resguardado a elas pelo juiz.

c) as partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,


excluída a atividade satisfativa.

d) o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, salvo
se tratar-se de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

e) os juízes e tribunais atenderão obrigatoriamente à ordem cronológica de


conclusão para proferir sentença ou acórdão.
Prova-VUNESP- 2019 Prefeitura de Cerquilho- SP- Procurador Jurídico C
Assinale a alternativa que completa corretamente a frase a seguir,
apontando o princípio correspondente:
“O processo, depois de instaurado, não pode ficar à mercê da vontade das
partes, devendo ser dado ao mesmo o devido andamento, cabendo ao Juiz
zelar pela rápida e eficaz solução da lide, em obediência ao princípio
__________”.

a) da segurança jurídica.

b) do duplo grau de jurisdição.

c) do impulso processual/oficial.

d) da oficialidade.

e) da disponibilidade e indisponibilidade.
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