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TRABALHO DE ECONOMIA

TOMADA DE DECISÃO

Telêmaco Borba - PR
2010
ADRIANE DE OLIVEIRA GALVÃO

BRUNO ASSUNÇÃO

STEHFANI

MICHEL FERRAZ

TOMADA DE DECISÃO

Trabalho apresentado para a disciplina de


Economia, do Curso de Administração de
Empresas, da Faculdade de Telêmaco
Borba, como requisito parcial para
aprovação desta disciplina.

Professor: Valdir A. Ferreira

Telêmaco Borba - PR
2010
RESUMO

Dados os cenários A, B e C, e dadas as informações cabíveis sobre


cada um deles como a taxa de cambio, PIB, demanda interna e demanda externa,
despesas, divida externa, reserva compulsória, juro nominal e inflação tivemos uma
base para os nossos cálculos, e através deles escolher o que julgamos o melhor
pais.

Depois de fazer todos os cálculos propostos nos passos do


exercício de tomada de decisões e mais outros dos quais julgamos ser importante
decidimos que nosso país seria o A. Devido à demanda pela nossa mercadoria
externamente ser grande nesse país escoando a produção que internamente não
seria consumida, visto que a demanda interna é menor, através disso observamos
um crescente lucro no decorrer dos períodos e isso justificou a nossa escolha.

Na decisão sobre o investimento em bens de capitais não


compramos a empilhadeira, bens como estes tem uma taxa de depreciação muito
alta e em pouco tempo a empresa estaria no prejuízo com esse investimento, visto
que com os gastos com a empilhadeira aumentando e o valor presente dela no zero
retrataria uma situação negativa no patrimônio da empresa, e em um curto prazo de
tempo, o que é pior. Então a alugamos, visto que não sofreríamos com a alta
depreciação desse bem, e que o gasto que teríamos com aluguel se justificaria com
o trabalho prestado e não teremos gastos com manutenção, esse que só aumenta
com o passar dos anos enquanto o valor da empilhadeira no mercado despenca.

Para definir as características do produto da nossa empresa


fizemos os cálculos de elasticidade para cada mercado, e através disso
observamos que a demanda do mercado externo é elástica e a do mercado interno
é inelástica, tendo isso em conta decidimos exportar mais, porém o mercado
externo consome até 50% e não mais que isso então exportaremos a metade de
nossa produção e a outra parte, 50% fica para o consumo interno. Tudo justificado
com cálculo de lucro para com porcentagens definidas ano a ano.

A aquisição do posto de gasolina mostrou-se inviável, visto que o


valor a ser pago não é atingido no quarto ano, e o valor presente liquido (VLP), é
menor que o valor a ser pago pelo investimento.

1 INTRODUÇÃO

O trabalho a seguir trata-se de um estudo de caso realizado por


alunos do primeiro período de Administração de empresas da Faculdade de
Telêmaco Borba.

Os estudos, observações e decisões foram tomados a partir da


escolha de um dos três cenários propostos, a partir da escolha do cenário que
decidimos montar nossa empresa, nos foram passadas algumas situações reais das
quais nós tivemos que entrar em acordo para com base em conhecimentos técnicos
e teóricos tomar a melhor decisão possível para que o futuro da empresa fosse
promissor.

Decisões tais como definir a quantidade de produto vender em qual


mercado, compras de bens e serviços para a empresa, se um investimento em um
outro bem, comprar uma empresa que prestava serviços para a nossa empresa nos
faria economizar e se esse negocio se manteria e se pagaria num determinado
período.

Para comprovar que as nossas decisões são coerentes e mostrar


que elas não só são verdadeiras como manterão a empresa ativa no mercado,
demonstramos em gráficos e tabelas o porquê de cada decisão, e os números que
são indicadores de que cada iniciativa é realmente importante e válida.

Fizemos o possível, e quase o impossível, para que todas as


nossas aspirações para esse cenário que escolhemos fossem demonstradas de
forma sucinta e clara mostrando as nossas atitudes tomadas na empresa.

De acordo com o curto prazo de tempo que nos foi dado, com
nosso limitado conhecimento, com nosso instinto empresarial sendo descoberto, o
uso de ótimas literaturas foi indispensável e é assim que esse trabalho foi possível.

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REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Primeira Decisão

Considerando para nossa primeira tomada de decisão apenas o


indicador “VPL”, chegamos à conclusão de que o investimento é viável. Pois
realizando o cálculo do VLP, ou seja, com a taxa de 5% a.a. depreciamos de um
fluxo de caixa que era formado por dez períodos e chegamos a um valor de R$
15854, 18, respondendo ao questionamento da viabilidade do negócio.

2.2 Segunda Decisão - A escolha do Cenário

Ao analisarmos os cenários chegamos ao consenso de que para


nossa empresa o melhor seria o Cenário A, com base nos seguintes fatores:

PmgS - é estável e a média é de 24% (analisando os dez anos),


segundo Amaury Patrick Gremaund, “Intuitivamente pode se dizer que o nivel de
consumo depende da renda e , como corolário, a poupança tambem, uma vez que
ambos referem-se a alocações da renda disponível pelas famílias. Quanto maior
for a renda, maior tende a ser o consumo. A essa relação Keynes chamou, na
Teoria Geral, de Lei Psicológica Fundamental: os indivíduos aumentam o
consumo conforme a renda aumenta, mas não na mesma magnitude, pois
ocorre tambem um aumento da poupança. A parcela do aumento de renda
destinada ao consumo é denominada propensão marginal a consumir e a parcela
destinada a poupança é a propensão marginal a poupar. O valor da propensão
marginal a consumir e da propensão marginal a poupar depende de fatores
objetivos – custos da subsistência, distribuição de renda, grau de desenvolvimento
do sistema financeiro, inflação, etc. – e de fatores subjetivos – avareza, egoísmo,
receio, incerteza, etc. De qualquer modo, há uma relação positiva entre nível de
renda e nível de consumo.” Sendo assim, de acordo com os dados apresentados
neste cenário, vimos que a PmgS é boa, e que a tendência ao consumo também.

A Inflação mensal: comparada aos outros cenários é o nível de


inflação mais baixo, sua média é de 3,27%, segundo Amaury P. Gremaudi, “A
inflação é definida como um aumento generalizado e continuo dos preços.(...) A
contrapartida desse aumento dos preços é a perda do poder aquisitivo da moeda,
ou seja, uma mesma unidade monetária pode adquirir menos bens e serviços, pois
estes estão mais caros. Taxas elevadas de inflação podem ter várias
conseqüências, entre elas o efeito de provocar distorções na alocação de recursos
da economia, uma vez que os preços relativos deixam de ser sinalizadores da
escassez e dos custos relativos de produção. Sem inflação, sabe-se que um
produto custa x reais e outro y reais; o preço relativo desses produtos é x/y. Esses
preços relativos são a base das tomadas de decisões dos agentes. Com a inflação,
especialmente se ela é elevada e está em aceleração, perde-se a noção de preços
relativos, não se sabe se as coisas estão caras ou baratas. O papel dos preços
relativos, de indicar produção excessiva ou cara de determinados produtos, deixa
de existir, comprometendo a chamada eficiência dos mecanismos de alocação de
recursos do mercado. Nesse sentido, um efeito negativo geralmente ocorre sobre o
incentivo a investir, uma vez que os agentes terão dificuldades para prever o
retorno dos investimentos, dada a instabilidade dos preços no futuro.” De acordo
com essas informações vemos que com a inflação mais baixa, e sem grandes
oscilações podemos prever um maior rendimento no mercado, podendo expandir os
produtos.

Juros Nominal: o cenário A apresenta uma taxa de juros que vai


decrescendo ao longo dos anos, tem uma media de 4,79 %, é bem menor
comparada aos cenários B e C onde a taxa de juros é crescente, em torno de
14,32%. Considerando a taxa de juros baixa este cenário torna-se mais propício ao
consumo de bens e serviços, como refere-se o autor Amauri Patrick Gremaud neste
trecho: “A taxa de juros reflete o preço do consumo hoje em termos de
consumo futuro, isto é, corresponde ao custo de oportunidade do consumo
presente. Assim, quanto maior for a taxa de juros, mais os indivíduos vão querer
poupar hoje, o que reduzirá o consumo presente. Dessa forma, elevações na taxa
de juros tenderiam a estimular a poupança e deprimir o consumo, pois se estaria
encarecendo o consumo presente.”

Crescimento do PIB – o percentual do PIB vem crescendo


estabilizadamente, sem variações muito altas, o que deixa a entender que é um
país estável. Segundo Amauri P. Gremaund, “o primeiro passo para avaliar-se o
desempenho de um país é medir o seu produto. Este corresponde a soma daquilo
que foi produzido em uma país durante determinado período de tempo. Trata-
se de um fluxo, medido em dado período de tempo (em geral um ano). A partir do
produto, podemos avaliar o crescimento econômico de um país. O crescimento
econômico de um país e determinado período é definido como o aumento do
produto naquele período, ou seja, a elevação na produção de bens e serviços
que satisfaça às necessidades humanas.”

Demanda Interna e Demanda Externa: Segundo Marcos Antonio


S. Vasconcelos, “ a demanda ou procura de um bem pode ser definida como a
quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam
adquirir em determinado período de tempo”, podemos constatar que o mercado
externo e interno tem pouca diferença em percentual de demanda, o que nos leva a
um fator otimista, podendo trabalhar tanto internamente quanto externamente.

Depois de refletido sobre todos esses conceitos decidimos por este


Cenário.

2.2 Decisão sobre Investimento em bens e Capitais

Na questão de comprar ou alugar uma empilhadeira que custa


R$78.000,00, decidimos que seria melhor alugá-la, tendo em vista que a
depreciação deste produto é elevada. De acordo com Gremaud, “os bens de capital
(máquinas e equipamentos, edifícios, etc.) não são, em geral, consumidos em um
único período produtivo, mas ao longo de vários períodos, chegando um
determinado momento em que acaba a vida útil destes e eles devem ser repostos.
A depreciação corresponde à parcela dos bens de capital que é consumida a cada
período produtivo. Assim, nem toda nova produção de bens de capital corresponde
a um novo investimento, pois uma parcela do aumento da capacidade produtiva
deve repor aquilo que foi depreciado.”

2.3 Característica do Produto da Empresa


Analisando os dados do mercado externo e interno, vimos que a
elasticidade de demanda nos respectivos mercados são: inelástica e elástica, assim
resolvemos destinar 50% da produção para o mercado externo e 50% para o
mercado interno. Com base no autor Marco Antonio S. Vasconcellos, “demanda
elástica significa que a redução no preço do bem tenderá a aumentar a receita total,
pois o aumento percentual na quantidade vendida será maior do que a redução
percentual do preço, e a demanda inelástica o raciocínio é o inverso – aumento do
preço provoca aumento da receita total, e redução de preço provoca diminuição da
receita total.”

2.4 Aquisição de Posto de Combustível

Depois de analisado o fluxo de caixa do Posto observamos que não


era viável para nós adquiri-lo, pois o VPL no quarto ano não pagaria o investimento
inicial. “O principal fator a influir na decisão de investir é o retorno esperado do
investimento. O retorno esperado depende do fluxo de receita futura que o individuo
espera do investimento, comparados com os gastos incorridos em sua execução.”

3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS

Estes cálculos foram realizados com dados da planilha de


informações da nossa empresa que se localizam nas páginas a seguir, com os
devidos valores já preenchidos.

3.1 Receita Total

Primeiramente calculamos a Receita total (RT) de Nossa empresa


com o conceito de que a receita total de uma empresa é igual ao produto entre a
quantidade produzida (q) e o seu preço de venda (p), logo RT = q x p.

2.3 Custo Total


Conhecidos os preços dos fatores, é sempre possível determinar
um custo total de produção ótimo para cada nível de produção. Assim, define-se
custo total de produção como o total das despesas realizadas por nossa empresa,
com a utilização da combinação mais econômicas dos fatores, por meio da qual é
obtida uma determinada do produto.

Os Custos totais de produção (CT) são divididos em custos


variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT), logo CT = CVT + CFT.

2.4 Lucro Total

A Teoria Microeconômica tradicional parte da premissa de que as


empresa tem como objetivo maior maximização dos lucros, seja a curto ou a longos
prazos. Define-se Lucro total (LT) como a diferença entre as receitas de vendas da
empresa e seus custos totais de produção, logo LT = RT – CT.

2.5 Valor Presente Líquido

Utilizando a fórmula do valor presente líquido VPL =


-INVESTIMENTO + VP, com base em nossos dados e uma taxa de desconto de 5%
a.a. chegamos ao valor necessário para primeira decisão, que virá logo a seguir da
tabela de dados da Nossa empresa.
2.6 Liquidez

Para o índice de liquidez utilizamos nossa receita total (RT) e


dividimos por nosso custo total (CT), ou seja, nosso ativo divido pelo nosso passivo,
o quociente será o índice de liquidez corrente (ILC). O resultado que obtivemos foi
de R$ 0,72.

2.7 Preço Médio

Com base nos dados dos dez anos de Nossa empresa no mercado,
localizamos os pontos máximos e mínimo de lucro e calculamos o preço médio
(PM).

Nossa empresa - Custo Total e Lucro Total


R$ 25,000.00

R$ 20,000.00

R$ 15,000.00

R$ 10,000.00

R$ 5,000.00

R$ 0.00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Ano

CT

No Gráfico acima podemos observar de forma simples a linha


crescente de nosso “Lucro”, e também a linha de “Custo”.

Obs: Valores divididos por 1000 para facilitar a visualização .

2.8 1ª Decisão

Considerando para nossa primeira tomada de decisão apenas o


indicador “VPL”, chegamos à conclusão de que o investimento é viável. Pois
realizando o cálculo do VLP, ou seja, com a taxa de 5% a.a. depreciamos de um
fluxo de caixa que era formado por dez períodos e chegamos a um valor de R$
15854, 18, respondendo ao questionamento da viabilidade do negócio. Abaixo o
gráfico que mostra a curva crescente do nosso fluxo de caixa.

Fluxo de Caixa

R$ 25.000,00

R$ 20.000,00

R$ 15.000,00
Valor em R$

R$ 10.000,00

R$ 5.000,00

R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Série1 R$ 387,26 R$ 797,48 R$ 1.377,35 R$ 2.107,56 R$ 2.748,80 R$ 2.785,86 R$ 4.829,04 R$ 9.486,44 R$ 10.442,02 R$ 21.211,46
Anos

Série1

VPL = R$ 15.854.183,03
2.9 Segunda Decisão – Escolha do Cenário

Comparação entre cenários:

2.10 Decisão sobre o Investimento em Bens e Capitais

“ A empresa precisa de uma Empilhadeira, para serviços internos


em seu barracão e tem um capital em mãos de R$ 78.000,00”. Comprar ou alugar?

2.11 Característica do produto da empresa

Mercado Externo: elasticidade = 0,69 (inelástica)

Mercado Interno: elasticidade = 1,33 (elástica).

Destino da produção: 50% Mercado Externo e 50% para o Mercado


Interno.

2.12 Aquisição de Posto de Combustível

Após calculado o VPL do fluxo de caixa do posto, chegamos ao


resultado de R$ 773.850,82 (no quarto ano), onde não teríamos condições de quitar
o investimento como observa o exercício, por isso decidimos não comprá-lo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de concluídas as escolhas e decisões, vimos o quão


importante trazer o estudo da macroeconomia para dentro das empresas, porque
dão uma visão ampla de todo o mercado em que a empresa esta inserida, antecipa
aos fatos, os lucros e as dificuldades a serem enfrentadas pelos seus gestores.

Com um país exposto em números em nossas mãos, tivemos a


oportunidade de usar do nosso conhecimento para adequar soluções a situações
reais, conhecimentos esses que muitas vezes julgávamos que nunca seriam
utilizados. Cálculos que fizeram a diferença em muitas escolhas que seriam
frustradas, ou mesmo leituras que hoje nos ajudaram a comprovar teoricamente o
porque das nossas definições.

Percebemos as dificuldades e as duvidas que assolam os


profissionais da área, que muitas vezes agem na intuição dos muitos anos de
pratica empresarial na tomada de decisões, porque mesmo com dados concretos
nunca se tem certeza absoluta de que vai dar tudo certo como o planejado. E essa
incerteza, e a inconstância no mercado, no valor da moeda e demanda fazem com
que varias empresas quebrem, ou minimizem seus lucros devido ao despreparo de
seus profissionais.

Para um próximo estudo seria interessante definir não só o cenário


de pais, mas também o cenário empresarial. Como tipo de empresa da qual
estamos tratando, sabendo que tipo de concorrência que temos, para quem
vendemos e etc. Tornaria o trabalho menos confuso na hora da tomada de
decisões, sabendo dos dados do país em que estamos, o país que escolhemos, e
também o tipo de empresa que construímos, a empresa para qual estamos
definindo o futuro.
REFERÊNCIAS

GREMAUD, A. P. Economia Brasileira contemporânea. Editora Atlas S.A. 5ª Edição,


p.143-144, p.112-117, p.150, p.50, p.59, mar. 1984.

VASCONCELLOS, M. A. S. Fundamentos de Economia. Editora Saraiva, 2003,

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