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CENTRO POLITÉCNICO
ENGENHARIA CIVIL
Hidráulica Geral
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1.1 OBJETIVO
A Hidráulica tem por objetivo o estudo do comportamento da água e de outros
líquidos, quer em repouso quer em movimento.
1.2 DIVISÃO
A hidráulica teórica divide-se em: (a) Hidrostática e (b) Hidrodinâmica.
a) Hidrostática
A hidrostática estuda as condições de equilíbrio dos líquidos em repouso.
b) Hidrodinâmica
A hidrodinâmica tem por objeto o estudo dos líquidos em movimento.
Num sentido restrito, a hidrodinâmica, é o estudo da teoria do movimento do
fluido ideal, que é um fluido teórico, sem coesão, viscosidade, elasticidade e, em
alguns casos, sem peso.
Na hidráulica aplicada, ou hidrotécnica, faz-se a aplicação dos princípios
estudados na
hidráulica teórica aos diferentes ramos da técnica; compreende a hidráulica urbana
(abastecimento de água, esgotos sanitários e pluviais), a hidráulica rural ou agrícola
(irrigação, saneamento, drenagem), a hidráulica fluvial (rios e canais) a hidráulica
marítima (portos, obras marítimas), a hidrelétrica e a hidráulica industrial.
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1.3 CARACTERÍSTICAS DA PRESSÃO NOS FLUÍDOS
Os fluídos não possuem forma própria e, quando em repouso, não admitem a
existência de esforços tangenciais entre suas partículas; assim, para que um fluído
esteja em equilíbrio, somente pode existir no seu interior esforços normal, pois os
esforços tangenciais acarretariam o deslocamento recíproco das partículas, o que
contraria a hipótese de equilíbrio.
Nos fluídos em repouso, viscosos ou não, em qualquer ponto a pressão é
sempre normal à superfície onde age.
1. 6 DENSIDADE (d)
Densidade de um líquido é a comparação que se faz entre o peso deste liquido
e o peso de igual volume de água destilada a 4°C.
Densidade do mercúrio dHg= yhg/ yH2o = 13600/1000=13,6 adimensional
Isto significa que um certo volume de mercúrio é 13,6 vezes mais pesado que
igual volume de água destilada a 4°C.
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1.7 PRESSÃO (P)
Pressão de um líquido sobre uma superfície é a força que este liquido exerce
sobre a unidade de área dessa superfície.
P = F / A onde (P= pressão; F= força; A= área)
1 atm = 760 mm Hg = 10,33 m H2O = 1,033 kgf/cm2
1.8 COMPRESSIBILIDADE
Compressibilidade é a propriedade que têm os corpos de reduzir seus volumes,
sob ação de pressões externas. Os líquidos variam muito pouco com a pressão, já os
aeriformes (gases e vapores) variam muito com a pressão e com a temperatura.
1.9 VISCOSIDADE
Quando um fluído escoa, verifica-se um movimento entre as suas partículas,
resultando um atrito entre as mesmas; atrito interno ou viscosidade é a propriedade dos
fluídos responsáveis pela sua resistência à deformação.
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1.10 LEI DE PASCAL
1.13.1 Comprimentos
1 cm 0,3937 pol.
1m 39,37 pol.
1 pol. 2,54 cm
1 pé 30,48 cm
1 pé 12 pol.
1 légua 6.600 m
1.13.2 Superfície
1 m³ 1.000 litros
1 m³ 1.000.000 cm³
1 Km³ 1.000.000.000 m³
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1 barril de óleo 158,98 litros
1cv 736 W
1 cv 0,736 kW
1 cv 0,986 HP
1 HP 1,014 cv
1 HP 745 W
1 HP 0,745 kW
1 cal 4,1868 J
1 BTU 1060,4 j
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CAPÍTULO 2
2. HIDRODINÂMICA
a) Movimento Permanente
Se ao longo do tempo o vetor velocidade não se alterar em grandeza e direção, em
qualquer ponto determinado de um liquido em movimento, o escoamento é permanente. Neste
caso as características hidráulicas em cada seção independem do tempo. Com o movimento
permanente a vazão é constante. Ex. Canal com mesma declividade, rugosidade e vazão, mas
com diferentes seções.
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b) Movimento Permanente Uniforme (MPU)
O movimento permanente é uniforme quando a velocidade media permanece constante ao
longo da corrente. Neste caso as seções transversais da corrente são iguais. Ex. Canal com
mesma
declividade, rugosidade, seção e vazão.
V1=V2
Q1=Q2
A1=A2
V1 diferente V2
Q1=Q2
A1 diferente de A2
Neste caso a velocidade varia com o tempo. Varia também de um ponto a outro. Ex.
Durante uma cheia num rio ocorre o movimento não permanente.
V1 diferente de V2
Q1 diferente de Q2
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ORIFÍCIOS , BOCAIS E TUBOS CURTOS.
1- Orifícios.
d=dimensão h= profundidade
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A parede é considerada delgada qdo o jato líquido apenas toca a
perfuração em uma linha que constitui o perímetro do orifício (fig 5.3 a pag 64). Em
parede espessa se verifica a aderência do jato ( fig 5.3 c pag 64).
Ao contrario se e for maior que 1,5 vezes o diâmetro , o jato poderá se colar
ao interior da parede, classificando-se o orifício em parede espessa.
Cc = A2 / A
Valor médio prático de Cc é 0,62, tab 5.1 pag 65. Teoricamente , o valor de Cc
é igual a Pi / Pi +2 para orifícios longos , abertos em paredes delgadas. Fig 5.5
pag 64.
Vt= 2gh
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Cada partícula , ao atravessar a seção contraída, teria uma velocidade idêntica
à da queda livre, desde a superfície livre do reservatório até o plano de referencia
passando pelo centro do orifício.
Q = Av= A2 v2.
Cd= Cc Cv
È um fenômeno curioso que ocorre com a forma dos jatos ( seção transversal) .
A forma dos jatos passa por estágios que se sucedem partir da seção contraída.
Assim , por exemplo, se o orifício tiver uma forma elíptica, o jato deixará o orifício com
essa forma; numa seção posterior , o jato passará a ter a forma circular e, mais
adiante, voltará a assumir a seção elíptica , porém com o eixo maior em
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correspondência ao eixo primitivamente menor ( fig 5.6) pag 68. A fig 5.7 mostra
seções de jatos produzidos por orifícios de forma triangular e quadrada.
Um orifício está afogado quando a veia escoa em massa líquida fig5.8 pag 68
. Nesse caso , ocorre, ainda, o mesmo fenômeno de contração da veia.
Resolvendo a integral
.h2 – h1
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Contração incompleta da veia
Para posições particulares dos orifícios, a contração d veia pode ser afetada,
modificada , ou mesmo suprimida, alterando –se a vazão.
C`d= Cd ( 1+ 0,15.K)
Cinco posições especiais que o orifício pode ter ( vista de frente do reservatório)
a) K= b / 2.(a+b) b) K= a+b/ 2.(a+b) = ½ c) K= 2a+b / 2(a+b)
d) K= a / 2(a+b) e) K= 2a / 2 (a+b) = a / (a+b)
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Para orifícios circulares :
C`d= Cd ( 1 + 0,13K)
Valores de K :
.hP= ( 1/C²v -1) v² /2g perda de carga em orifícios qdo se conhece a velocidade.
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Escoamento com nível variável.
Nos casos já considerados, a carga h foi admitida invariável. Se não for mantido o
nivel constante, a altura h passará a diminuir com otempo, em consequência do próprio
esvaziamento pelo orifício. Com a redução da carga , a descarga através do orifício
também irá decrescendo. O problema que se apresenta na prática consiste em se
determinar o tempo necessário para o esvaziamento de um recipiente ou de um tanque.
.t= (2AR / Cd A 2g ) h
.t= 0,74. AR /A . h
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PRÁTICA
Qual será o efeito (momento) dos jatos que deixam um distribuidor rotativo de
4 braços de 60cm, com bocas de 1cm de diâmetro ? pressão de trabalho =20mca fig 5.16
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NOÇOES SOBRE EMPUXO POR UM LÍQUIDO SOBRE UMA SUPERFICIE
PLANA IMERSA
A fig 2.14 pag 30 mostra uma área de forma irregular, situada em um plano que faz um
ângulo O com a superfície livre do liquido .
Para a determinação do empuxo que atua em um dos lados da mencionada figura , essa
área será subdividida em elementos dA , localizados a profundidade genérica h e a uma
distância Y da intersecção O.
dF= p dA = y h dA = y Y sen 0 dA
Formula do Empuxo:
A área
O empuxo exercido sobre uma superfície plana imersa é uma grandeza tensorial
perpendicular a superfície e é igual ao produto da área pela pressão relativa ao centro
de gravidade da área.
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Prática
Qual o empuxo exercido pela água em uma comporta vertical , de 3x4m, cujo topo se
encontra a 5m de profundidade ? fig 2.15 pag 31
Como I/A= K² , quadrado do raio de giração ( da área relativa ao eixo , passando pelo
centro de gravidade ) , tem-se. Ainda . Yp = Y + K²/Y
O centro de pressão está sempre abaixo do centro de gravidade a uma distância igual a
K²/ Y , medida no plano da área. Quadro 2.1 pag 33 expressões usuais
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Exercício 2.2 pag 32
Exercício 2.3 – Numa barragem de concreto está instalada uma comporta circular de
ferro fundido com 0,20 m de raio , a profundidade indicada fig 2.18 pag 32 determine o
empuxo,
Exercicio 2.4- Uma caixa dagua de 800 lts mede 1 x1 x0.80 . Determinar o empuxo que
atua em uma de suas paredes laterais e o seu ponto de aplicação. Fig 2.19 pag 32
a) Calculo do empuxo
c) Dimensionamento do muro
O muro deve resistir ao empuxo da água. Como se trata de alvenaria que não deve
trabalhar a tração, a resultante das forças F e P deve cair no terço médio da base
( &=2/3 b ). Tomando os momentos com relação ao ponto 0.
P b/2 + F h/3 = M
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F= ch² ya / 2 ya= peso específico da água.
Exercicio 2.5- Numa fazenda deseja-se construir uma pequena barrgaem retangular
de pedra, assentada sobre rocha. Altura da barragem e profundidade da água :
1,20m . Determinar a espessura de modo a satisfazer as condições de estabilidade.
O empuxo F, que age sobre ab , pode ser calculado pela expressão : F=y h A
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Exercicio 2.11
Fig 2.26 pa 39
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2 -BOCAIS
Exteriores
Cônicos divergente
Convergente
curto
longo
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Vazão nos bocais:
Q= Cd A 2gh
Bocais cilíndricos:
O bocal cilíndrico externo , com veia aderente , eleva a vazão : Cd= 0,82.
Bocais cônicos-
Bocais e agulhetas.
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O coeficiente de descarga Cd , geralmente , está compreendido entre 0,95 e
0,98.
Experiência de Venturi:
Da carga total H , que atua sobre um bocal cilíndrico, cerca de 2/3 se converte
em velocidade , correspondendo o terço restante a energia despendida na entrada do
bocal .
Achar a vazão Q:
A velocidade v:
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A carga h correspondente a esta velocidade :
Q – vazão m³/s
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Comparaçao entre perdas de carga em um bocal normal e a perda em
um bocal com entrada arredondada.
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Perda de carga em Bocal normal e a perda de carga em um bocal entrada
arredondada:
Demonstração pagina 78
Para os bocais comuns , fig 5.22ª em que o valor m´´edio de Cv ´´e 0,82, a
perda na entrada vem a ser : .................
Natureza do problema:
L= 0 – orifícios
L= D –orifícios
L= 2D bocais
L= 3D bocais.
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Tubos muito curtos
H= v²/2g + K v²/2g
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Perdas nas tubulaçoes retilíneas.
Q= Cd A 2gH
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partículas mais próximas das paredes ficam retardadas . Como se trata de regime
laminar, o perfil normal de velocidades e parabólico e as condições de equilíbrio
teoricamente , somente seriam atingidas após uma distancia infinita.
L= 0,13 Re D
L= 234 D
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Processo expedito de calculo da vazão.
Q= Cd A 2gh
Q =vazão em m³/s
Para os tubos muito curtos , o valor Cd vai decrescendo a medida que se eleva
a relação L/D , em consequência da influencia dos atritos internos e externos ( parede
dos tubos).
L/D= 10 Cd =0,77
L/D= 30 Cd 0,70
L/D= 40 , Cd =0,66
L/D= 60 cd = 0,60
30
Descarga de Bueiros
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VERTEDORES
FINALIDADE
TERMINOLOGIA
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CLASSIFICAÇÃO DOS VERTEDORES
fig 6.7 pag89 mostra um vertedor retangular de paredes delgadas com contrações
e outro sem contrações.
Examinando-se o movimento da água em um vertedor fig6.8pag90 , observa-
se que os fietes inferiores , a montante , elevan-se, tocam a crista do vertedor e
sobrelevam-se ligeiramente , a seguir . A superficie livre da água e os filetes proximos
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baixam . Nessas condiçoes , verifica-se um estreitamento da veia , como acontece
com os orifícios.
Q = K L H ³/²
Onde K= 2/3 Cd 2g
Para o valor médio Cd= 0,62 K= 2/3 x 0,62 x 4,43 = 1,83
Formulas praticas
Estas formulas são validas para vertedores , nos quais atua a pressão
atmosférica sob a lamina vertente ( espaço W ocupado pelo ar fig 6.8) . Na formula
de Francis esta desprezada a velocidade de chegada da agua.
Formula de Francis :
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Vertedores trapezoidais de Cipolletti
Em muitos casos na pratica , essa influencia e desprezada . Ela deve ser considerada
nos casos em que a velocidade de chegada da água e elevada . , nos trabalhos em
que se requer grande precisão e sempre que a seção do canal de acesso for superior a
6 vezes a área de escoamento no vertedor ( m L x H).
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INFLUÊNCIA DA FORMA DA VEIA
Nos vertedores em que o ar não penetra abaixo da lâmina vertente pode ocorrer
uma depressão modificando – se a posição da veia e alterando – se a vazão.
Tipos de Lâminas que podem ocorrer:
a)Lâmina livre b)Lâmina deprimida
c)Lâmina aderente d)Lâmina afogada
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Tabela 6.2 – Coef , de correção, para vertedores afogados.pag 93
h/H coef
0,0 1
0,1 0,991
0,2 0,983
0,3 0,972
0,4 0,956
0,5 0,937
0,6 0,907
0,7 0,856
0,8 0,778
0,9 0,621
Sendo h= p`-p
Neste caso a formula de DU BAUT para vazão =
Q= Ccorreçao x 2/3 x L x Cd x 2g H ³/²
Vertedor triangular
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Vertedor circular ( em parede vertical)
-Q em m3/s e H em m.
Vertedor Tubular
Os tubos verticais instalados em tanques , reservatórios , caixas de água , etc
podem funcionar como vertedores de soleiras curvas , desde que a carga seja
inferior a quinta parte do diâmetro externo fig 6.20 pag 96
H < De/ 5
Neste caso aplica-se a formula do tipo Q=KLH elev n onde L= pi De
Q= 1,71 . L . H ³/²
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Extravasores de barragens
Vertedores proporcionais
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Exercicios :
6.2 pag 103 Esta sendo projetado o servço de abastecimento de água para
uma cidade do interior. A população atual e de 3200 habitantes ; a futura , 5600
hab . O volume médio de água por habitante e de 200lts/dia , sendo 25% o
aumento de consumo previsto para os dias de maior consumo. Pensou-se em
captar as águas de um córrego que passava nas proximidades da cidade , e por
isso, procurou-se determinar a sua descaga numa época desfavorável do ano,
tendo sido empregado um vertedor retangular , executado em madeira
chanfrada e com 0,80m de largura ( largura media do córrego = 1,35m) . A água
elevou-se a 0,12m acima do nível da soleira do vertedor. Verificar se esse
manancial e suficiente ; adote um coeficiente de segurança igual a 3. Pelo fato
de ter sido feita uma única medição de vazão.
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ESCOAMENTO EM TUBULAÇOES.
Pag 109 /110
A maioria das aplicações da Hidraulica na Engenharia diz respeito a uso de
tubos.
Tubo e´ um conduto usado para transporte de fluidos, geralmente de seção
circular.
Quando funcionando com a seção cheia , plena, em geral estão sob pressão
maior que a atmosférica e, quando não, funcionam como canais com superfície
livre.
Conduto forçado ou sob pressão.(diferente da atmosférica)
Distribuição de água.
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NÚMERO DE REYNOLDS
Re=V.L / v
Re = Expressão geral
onde: V é a velocidade do fluido, m/s
L é uma dimensão linear típica (diâmetro, profundidade, etc.), m
.v é a viscosidade cinemática da fluído, m²/s
Experiencia de Reynolds.
Osborne Reynolds procurou observar o comportmento dos líquidos em escoamento .
Para ISS, empregou um dispositivo semelhante ao da figura abaixo. ( detalhes na
pagina 111, 112)
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regime laminar
regime de transição
regime turbulento
Tipos de movimento
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Exercicio 7.1
Uma tubulação nova de aço com 10cm de diâmetro conduz 757m³/dia de óleo
combustível pesado a temperatura de 33ºc. Pergunta-se o regime de
escoamento e laminar ou turbulento ? Viscosidade do óleo pesado a 33ºC, v=
0,00007m²/s.
detalhe de uma
canalização.
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b) Quando o regime é turbulento a perda de carga se dá devido à viscosidade e a
rugosidade das paredes da tubulação que causa maior turbulência ao fluído.
onde: S é a tensão de cisalhamento.
D é o diâmetro
S
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Perdas de carga ao longo da tubulação. Resistência ao escoamento.
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Q= vazão que passa pela tubulação, m³ /s
V= a velocidade, m/s
.g= gravidade 9,81 m/s²
.v= viscosidade cinemática do fluído , m²/s
Re = nº de Reynolds ( adimensional)
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Canos de cobre , PVC ou latão conduzindo água fria
Q= 55,934 . Delev 2,71 . J elev 0,57
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Perdas de carga localizadas
Estas perdas são denominadas locais, localizadas, acidentais ou
singulares , pelo fato de decorrerem especificamente de pontos ou partes
bem determinadas da tubulação , ao contrário do que acontece com as
perdas em consequência do escoamento ao longo dos encanamentos.
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Perda de carga na saída das canalizações ( entrada de reservatório)
Fig 7.15pag123
Duas situações podem ocorrer no ponto de descarga das canalizações .
A descarga sendo feita ao ar livre, haverá um jato na saída da canalização ,
perdendo-se precisamente a energia de velocidade : K=1, Se a canalização entrar em
um reservatório , caixa ou tanque, haverá um alargamento de seção , caso em que a
perda corresponderá a um valor de K compreendido entre 0,9 e 1.
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Perda de carga devido estreitamento de seção
.hf= K (v1-v2)² / 2g
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Metodo dos comprimentos virtuais
Um trecho de canalização com varias conexões equivale a um trecho reto
muito maior.
O método consiste em se adicionar a extensão de canalização, para simples
efeito de calculo , comprimento tais que correspondam a mesma perda de carga que
causariam as peças especiais existentes na canalização, A cada peça especial
corresponde um comprimento fictício e adicional.
Valores práticos
A tab 7.6 pag 127 inclui valores para comprimentos fictícios relativos a perda de
carga por cada tipo de peça. Observa-se que quanto maior for o obstáculo de
passagem ao liquido maior é o comprimento equivalente.
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Exercicio 7.3 pag131
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Vamos a aplicação direta específica para cada problema:
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Exercício 8.5 tipo 1 pag 169
Uma tubulação de aço rebitado , com 0,30m de diâmetro e 300m de
comprimento , conduz 130 l /s de água a 15,5 C . A rugosidade do tubo é 0,003m .
Determinar a velocidade média e a perda de carga.
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Exercicio 8.7 tipo 3
Determinar o diâmetro necessário para que um encanamento de aço ( e=
0,000046m) conduza 19l/s de querosene a 10C ( v= 0,00000278 m²/s) , com uma
perda de carga que não exceda 6m em 1200m de extensão. Calcular velocidade e
perda de carga para o diâmetro adotado.
Acessorios estruturais
Juntas de construção
Os tubos podem ser contínuos teoricamente, mas na pratica esta condição não
ocorre. As limitações são dos métodos de fabricação, de transporte e de instalação.
As juntas mais comuns são:
Para aço: solda de topo ou flange a cada 12m.
Para ferro fundido, junta elástica a cada 6 a 7 m ( ponta e bolsa com anel de
borracha, travada ou não) ou flanges,
Para PVC- junta elastica , junta soldada ( química) ou junta roscada.
Fig: 10. 1 pag 225.
Fig 10.2 pag 226
Fig 10.5 pag 227
Juntas de montagem
São aquelas ncessarias em razão do plano de obra ou para colocação de um
acessório intermediário. Por exemplo , qdo duas frente de obra se encontram pode-se
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necessitar uma junta extra para fechar os dois trechos. Para colocar uma válvula ou
uma derivação em seu local exato, pode-se necessitar um corte de tubo e uma junta a
mais. Fig 10.6 pag 228
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De acordo com estudos , a carga de aterro sobre os tubos pode ser calculada
pela seguinte formula :
P= y H ( b- 0,08 H)
Outra fórmula exprimental foi obtida pelo prof Marston , após vinte e um anos de
observação .
P= C y B²
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Exercicio 10.9 pag 243
Uma canalização de concreto protendido de 0,90 m de diâmetro será assentada em
um trecho de vala com 2,5m de recobrimento de terra, de peso especifico igual a
1800 kgf /m³, calcular a carga exercida pelo aterro sobre os tubos.
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