A Estatística exerce um papel crescente na atividade
humana (científica, comercial ou governamental): • áreas econômicas (públicas ou privadas) → decisões importantes dependem do significado e da precisão de indicadores como taxas de desemprego, de crescimento econômico, de preços ao consumidor; • área agrícola → a adoção de novas técnicas depende de complexos esquemas de coleta e análise de dados; • área médica → a avaliação do sucesso da administração de tratamentos clínicos (vacinação) obedece a critérios estatísticos; • estudos demográficos (crescimento populacional, migração) → contam com a fundamental contribuição dos métodos estatísticos;
• estudos sociológicos ou políticos → só são
possíveis porque a Estatística dispõem de métodos que possibilitam o estudo de populações enormes a partir de pequenos grupos. • POPULAÇÃO – conjunto de todos os elementos com uma ou mais características em comum.
• AMOSTRA – é uma parte representativa da
população.
Estatística ⇒ ferramenta necessária à
compreensão dos fenômenos que ocorrem nas mais diferentes áreas. SÍNTESE HISTÓRICA
ORIGEM necessidade que o Estado
Político tinha de conhecer os seus domínios.
A Estatística é tão antiga quanto a humanidade
Os fatos mais antigos de aplicação da
Estatística datam: − do antigo Egito → anualmente, efetuavam-se levantamentos cadastrais e censitários que permitiam conhecer a repartição de propriedades e dos bens para que fossem restituídos após as inundações do rio Nilo. − da época do Império Romano → periodicamente eram feitos levantamentos dos bens para cobrança de impostos. Metade do século XIX, a palavra estatística, derivada da palavra latina “status” (= estado), era utilizada basicamente para designar informações a respeito do Estado.
O avanço no estudo do cálculo de
probabilidades permitiu, contudo, que a Estatística fosse estruturada e ampliasse o seu campo de ação. Um marco significativo no desenvolvimento da Estatística foram as publicações dos ingleses Graunt (1666) e Petty (1683) que deram início ao que hoje se chama demografia.
Na mesma época, iniciou-se o cálculo das probabilidades a partir do
interesse do matemático e filósofo francês Blaise Pascal em resolver jogos de azar.
Em 1708, foi organizado o primeiro
curso de estatística na Universidade de Yena na Alemanha. Século XVIII, destacaram-se impulsionando o estudo das probabilidades: o suíço Bernoulli, os franceses Moivre e Laplace, o alemão Gauss, o astrônomo belga Quételet e os ingleses Galton e Pearson. 1920 à 1940 - foi ainda muito fecundo, contando com os estudos do inglês Fisher, que, entre as muitas contribuições que trouxe à estatística, criou a técnica da Análise da Variação, até hoje uma das mais importantes utilizadas na estatística. Outro marco decisivo no desenvolvimento dos métodos estatísticos foi o advento da computação eletrônica, ferramenta que permitiu que a estatística alargasse ainda mais os seus horizontes. ESTATÍSTICA NO BRASIL
Início → com o domínio português → saber dos recursos disponíveis, no Brasil,
para exploração conveniente.
Séculos XVII e XVIII → diversos levantamentos, principalmente em Minas
Gerais, com relação a existência e a exploração de ouro.
1854 → fundação da 1a Sociedade Brasileira de Estatística.
1871 → criação da Diretoria Geral de Estatística, encarregada de fazer
levantamentos da população brasileira.
1872 → 1o recenseamento geral do país.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) promove
estudos de natureza estatística, visando permitir o conhecimento da realidade física, econômica e social do país, possibilitando assim, o planejamento econômico e social e a segurança nacional. CONCEITO E DIVISÃO
Estatística moderna é o conjunto de conceitos e métodos, fundamentados na
matemática, que se preocupa com o processo de descrição e inferência, particularmente com: a eficiente sumarização dos dados;
o planejamento e a análise de experimentos e levantamentos;
a natureza dos erros de observação e outras causas que provocam variação em um
conjunto de dados.
Estatística é a matemática aplicada a dados de observação, na
organização, descrição, análise e interpretação desses dados. dados numéricos apresentados em tabelas e gráficos incluindo médias, porcentagens, etc.
parte do método científico instrumento auxiliar de real importância na
pesquisa científica. A Estatística pode ser dividida em duas partes principais:
Estatística Descritiva ou Dedutiva: que tem como
objetivo o resumo, a apresentação e a descrição dos dados de observação por meio de tabelas, de gráficos e de medidas, dentre as quais se destacam as medidas de posição e de dispersão.
Estatística Analítica ou Inferência Estatística: que tem
como objetivo fornecer métodos que proporcionem a realização de inferência sobre populações a partir de amostras dela provenientes, tendo por base o cálculo de probabilidades. Compreende basicamente dois grandes tópicos: a estimação de parâmetros e os testes de hipóteses. Conhecimento da população através de uma amostra. LIMITAÇÕES DA ESTATÍSTICA
a estatística não serve para corrigir erros
grosseiros, nem técnicas defeituosas; a estatística não substitui o julgamento crítico; os testes estatísticos não devem ser empregados para verificar hipóteses sugeridas apenas pela inspeção dos dados; o emprego da estatística requer concordância satisfatória entre o modelo matemático utilizado e os dados reais obtidos.