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Índice

1. Por que estamos vivendo uma quarentena? ...........................3

2. Como anda sua saúde mental? ..........................................................6
3. Como lidar com um diagnóstico positivo
de coronavírus? .....................................................................................................8
4. Como criar uma rotina na quarentena? ....................................12
5. Trabalho remoto: como se adaptar? .............................................15
6. Exercícios físicos: por que e como continuar
fazendo? ....................................................................................................................17
7. Convivência na quarentena: como lidar com o côn-
juge nesse período? .........................................................................................18
8. Família toda em casa? Descubra como
entreter as crianças! ........................................................................................20
9. Especialistas explicam como cuidar da
saúde mental na quarentena ................................................................22
10. Créditos ............................................................................................................24
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COVID-19

1. Por que estamos vivendo

uma quarentena?

Quando um novo vírus surgiu há poucos meses

na China, muita gente não imaginava que a situ-
ação se agravaria em tão pouco tempo. Em di-
versos países, as medidas demoraram para ser
tomadas e o caos se instalou.

Hoje, ligamos os noticiários e nos sentimos ator-

doados com a avalanche de informações so-
bre o novo coronavírus, causador da chamada
COVID-19, que colocou boa parte do mundo em
quarentena. E por acaso você ainda se questio-
na sobre o que é a quarentena e qual a sua im-
portância?
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Antes de abordarmos qualquer assun-

to neste ebook, é válido que você en-
tenda por que estamos vivendo uma
quarentena. Para começo de conver-
sa, muita gente acaba confundindo
a duração de uma quarentena. Isso
porque, anos atrás, durante a Idade
Média, quando a peste negra surgiu, os
navios que chegavam a Veneza eram
obrigados a esperar 40 dias antes de
atracar no porto.

Continuamos falando em quarente-

na atualmente, mas não necessaria-
mente isso quer dizer ficar 40 dias iso-
lado, está bem? Pode durar até 40 dias
e ainda ser prorrogado ou durar menos
tempo. Durante esse período, comér-
cio, restaurantes e demais serviços não
essenciais podem ser fechados.

A quarentena é uma medida que cos-

tuma ser colocada em prática quan-
do há transmissão comunitária da
doença, ou seja, quando não é possível
identificar a origem da infecção.

identificar a origem da infecção. Dessa forma, auxilia no controle da disseminação do

vírus e do número de casos em determinada região, pois as restrições de circulação
fazem com que a doença não se espalhe tão rapidamente. Assim, há tempo para que os
serviços de saúde se organizem para atender, sem acúmulo, os casos que virão.

Além disso, é importante entender as diferenças entre alguns termos que têm sido mui-
to utilizados na mídia além da quarentena: isolamento social e lockdown. Todos os países
podem, em algum momento, passar por essas etapas durante a pandemia de COVID-19.
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Isolamento social

É uma medida voluntária que tem como obje-

tivo fazer com que as pessoas evitem contato
próximo umas com as outras para que se con-
trole a disseminação da doença. O isolamento
pode acabar ocasionamento no fechamento
temporário de
serviços não essenciais. Além disso, pode se
caracterizar pelo isolamento no âmbito priva-
do também, ou seja, quando a pessoa está
infectada e precisa se isolar em um quarto
dentro da própria casa para não contaminar
outros indivíduos.

Lockdown

Enquanto a medida anterior é pautada no bom senso, o lockdown

é mais radical, pois se trata de uma regra que vem do governo. É
uma proibição, ou seja, pode ser utilizada a força policial para man-
ter as pessoas dentro de casa.

2. Como anda sua saúde mental?
Diante de um cenário de tantas incertezas,
como lidar com o fato de que você poderá
ficar semanas e semanas dentro de casa,
sem contato físico com outras pessoas?
Para te ajudar, convidamos uma psicólo-
ga para falar sobre a importância de es-
tar atento à saúde mental em tempos de
pandemia de COVID-19.
A psicóloga Heloisa Caiuby afirma que, an-
tes de mais nada, é importante ter clareza
de que há duas coisas fundamentais nas
quais devemos nos concentrar. Uma é a
saúde física, da qual falaremos mais adi-
ante, e, tão importante quanto, a saúde
emocional.
6
O equilíbrio emocional se baseia num sen-
so de organização das emoções, na habi-
lidade de reagir proporcionalmente aos
estímulos, no uso da razão para tomar as
melhores decisões e, principalmente, na
capacidade de rapidamente adaptar-se a
novos cenários.
O primeiro passo é conhecer a realidade
dos fatos, filtrando as informações que se
recebe. Notícias desencontradas, sinais
cruzados, profecias alarmistas ou expec-
tativas fantasiosas apenas confundem,
intoxicam e levam a comportamentos er-
ráticos e improdutivos.
Segundo Heloisa, é preciso encarar que
 7

“Essa é sua nova realidade. Negá-la é ape-

nas adiar o momento de enfrentamento.”

essa pandemia não tem prazo para acabar e sua evolução carrega
boa dose de incerteza. Essa é sua nova realidade. Negá-la é ape-
nas adiar o momento de enfrentamento. Vamos mobilizar nossos
melhores recursos para atravessar esse período.

Encarar uma situação que não causamos, que nos pegou de sur-
presa, que frustrou planos e metas provoca uma série de senti-
mentos contraditórios. Medo, raiva, ansiedade, revolta, tristeza, é
normal sentir tudo isso. Porém, isso precisa ser bem administrado
para não nos perdermos no meio da estrada.

Sobre os acontecimentos externos não temos controle, mas sobre

nosso mundo interno, nossa casa, nossas decisões temos controle,
sim. Assim, planejamento e foco são o nome do jogo!

De maneira geral, a psicóloga pontua o que é

importante considerar:

Estabeleça uma rotina, tanto pessoal como

de trabalho, para fortalecer o sentimento de
autonomia

Crie também uma prática de cuidados pes-

soais, de higiene, de manutenção e - por que
não? - de embelezamento de seu espaço físi-
co. Isso é indicador de autoestima

Mantenha-se produtivo, experimente novas

maneiras de fazer as coisas, exerça criativi-
dade, tudo isso auxilia no processo de adap-
tação

Dê importância aos momentos de lazer, de

descanso e de contatos virtuais com amigos
e familiares, tão fundamentais para manter o
senso de pertencimento

Afaste-se de pensamentos negativos que ape-

nas dispersam a boa energia. Foco, lembra?
Veja mais adiante várias sugestões e dicas
mais detalhadas.

3. Como lidar com um diagnóstico positivo
de coronavírus?
Um dos momentos mais difíceis que as
pessoas enfrentam durante uma pan-
demia é lidar com o diagnóstico positivo
da doença. Se você ou alguém próximo ti-
ver coronavírus, como lidar com a situação
sem surtar?
Primeiramente, você deve saber que em
torno de 80% dos casos são leves, ou seja,
serão tratados apenas como uma gripe
comum. Dessa forma, a maioria das pes-
soas diagnosticadas não precisarão de
cuidados hospitalares e poderão se tratar
em casa. Mesmo assim, é imprescindível
ficar atento ao quadro de saúde, pois caso
haja qualquer piora é importante buscar
auxílio médico.
Segundo o psicólogo Hélio Malka, diante
deste cenário é preciso entender que
você não está sozinho e não se colocar em
posição de vítima, pois é uma luta que en-
volve o mundo todo.
8
Corpo e mente não se separam, ou seja,
nesse momento, mais do que nunca, é
hora de se manter positivo e tentar pro-
jetar o futuro. Não é diferente de um diag-
nóstico de câncer. Os pacientes de câncer
precisam “falar sobre”, exatamente para
não ficar em negação. Evitar “catastrofis-
mo” e pânico é essencial, afirma Hélio.
Tire um tempo para respeitar a sua fra-
gilidade emocional e os sentimentos de
medo, insegurança e solidão (do isola-
mento). Não ache em momento algum
que sentir tudo isso é sinal de fraqueza
ou covardia. Admitir a fragilidade do mo-
mento é importante para cuidar de si.

“Confiar na ciência, nos
médicos e na boas notí-
cias como uma forma de
evitar a visão catastrófi-
ca.”
Para ajudar, a psicóloga Karina Mesquita
ressalta um movimento interessante, que
é a recordação de momentos traumáticos
no passado que foram difíceis de superar,
mas deixaram lições e a marca da confi-
ança de que “vai passar”. Aplicando de for-
ma prática (como receita de bolo mesmo),
a um diagnóstico desses, ela afirma que
seria “resgatar situações passadas que
foram superadas e os recursos internos e
externos (rede de apoio) que surgiram dis-
so”.
A psicóloga Maria Fernanda Martins tam-
bém reforça que, além disso, vale a pena
ter em mente que, como na grande maio-
ria dos casos, a doença será superada em
pouco tempo e pode ter vindo para que
você valorize todos os aspectos positivos
desta pausa, como por exemplo: rever
projetos e planos concretos ou reciclar au-
toconhecimento.
9
Por fim, a psicóloga Vanusa Costa aponta
que em relação às medidas mais práticas,
dois pontos devem ser considerados:
1) Seguir as orientações do profission-
al da saúde, estar atento aos sintomas e
às recomendações para cada estágio da
doença (permanecer em casa, isolamen-
to, monitorar sintomas, saber em quais
canais pode obter ajuda, reconhecer em
qual hora e com quais sintomas deverá se
encaminhar ao hospital). Importante que
a pessoa “funcione” e que o diagnóstico
não a paralise.
2) Uma vez seguindo os protocolos da
saúde, importante que a pessoa possa
se acalmar e colocar a sua energia nas
atitudes para recuperação e, na medida
do possível, se manter conectada digital-
mente com indivíduos ou profissionais
que poderão estabelecer uma conexão
de segurança e apoio, um laço que possa
sustentar a esperança de superação.
 10

Outros cuidados que merecem atenção após o

diagnóstico positivo de COVID-19

Cuidados em casa O feijão, tão tradicional na nos- Cuidados com a hidratação

O primeiro passo deve ser se
isolar, evitando contato com
outras pessoas. Caso more com
familiares ou amigos, o ideal é
escolher um cômodo na casa
para passar a maior parte do-
tempo, privando-se de circular
muito pelos demais ambientes.
Além disso, não é recomendado
compartilhar pratos, garfos, co-
pos e toalhas.
Para cuidar da saúde de quem
vive com você, use máscara e
mantenha uma distância de-
pelo menos 2 metros de out-
ros indivíduos. Se possível, evite
dormir no mesmo cômodo que
as demais pessoas e limpe a
residência com frequência com
álcool 70%.
sa culinária, é rico em ferro; os
peixes contam com bastante
ômega 3; as frutas cítricas e ri-
cas em vitamina C, como limão
e laranja, são muito recomen-
dadas também; as verduras,
como cenoura e beterraba, são
boas para ajudar na produção
de células do sistema imune.
Os chás também são uma óti-
ma pedida, pois alguns contam
com ingredientes que agem
como anti-inflamatórios, como
por exemplo o gengibre e a hor-
telã. Além disso, a bebida ajuda
a hidratar o corpo.
Falando em hidratação, não se
esqueça de que se manter hi-
dratado é essencial para com-
bater o vírus, pois a febre agra-
va a perda de água do corpo e
o pulmão precisa de umidade
para que suas células de defe-
sa estejam prontas para se de-
fender.
A água ajuda as células de defe-
sa a chegarem em todo o corpo,
além de amenizar dores de
cabeça e eliminar toxinas. Já
deu para perceber que só há
benefícios no consumo de
líquidos, não é mesmo?

Cuidados com medicamentos

Nunca se automedique, ou seja,

só tome os remédios que forem
indicados pelo médico. Ao
tomar medicamentos com con-
traindicações você corre o risco
de agravar o seu caso.

Cuidados com a alimentação

Aqui a recomendação é sem-

pre cuidar muito bem do seu
sistema imunológico por meio
da alimentação saudável e bal-
anceada. Aposte na diversidade
de vitaminas e nutrientes.
 11

Cuidados com a saúde

mental

Ao receber o diagnóstico
positivo ou ter alguma pes-
soa próxima enfrentando
a doença, é comum fi-
car ansioso e angustiado,
mas você não pode deixar
que isso interfira drastica-
mente no seu dia a dia.

O pensamento positivo
é de extrema importân-
cia em momentos difíceis
como esse, pois ajuda a
enfrentar a situação com
mais otimismo. Além dis-
so, já é comprovado por
alguns estudos que pens-
amentos negativos fazem
mal à saúde, deixando o
seu corpo mais vulnerável.
E é claro que mesmo em
casos mais leves, tratados
em casa, é também preci-
so estar sempre atento à
evolução da doença para,
se necessário, buscar aju-
da médica.
 12

4. Como criar uma

rotina na quarentena?

Um dos impactos da quarentena é a mu-

dança drástica do dia a dia das pessoas, ou
seja, quem tinha uma rotina de acordar, se
arrumar e ir para o escritório agora deve
estar trabalhando em casa.

Exceto pelos serviços essenciais, boa parte

dos profissionais estão fazendo home of-
fice e, consequentemente, passando mais
tempo em casa. Para alguns, a adaptação
é mais fácil, mas tem gente que sofre com
esse novo formato de trabalho.

Além disso, há os idosos, crianças e pes-

soas que não estão trabalhando que aca-
bam se sentindo solitários e desorienta-
dos durante esse período.

Bom, mas como criar uma rotina quando

tudo o que você pode e deve fazer é ficar
em casa?

Crie uma nova rotina de
sono
Ao trabalhar em casa você
perde menos tempo com
o deslocamento para o es-
critório, o que
permite uma reorgani-
zação da sua rotina de
sono.
É importante por várias
questões, tanto de saúde
mental quanto física,
dormir pelo menos 8
horas por noite. O home
office não deve ser uma
desculpa para desestrutu-
rar todo o seu sono e ficar
metade do dia na cama. É
importante se manter ati-
vo neste momento!
Além disso, ao estruturar
uma rotina de sono ade-
13
quada você também está Estabeleça horários para
contribuindo para a sua realizar suas atividades
nova realidade. Estabeleça
um horário padrão para A quarentena não é férias.
dormir e acordar e tente É preciso estabelecer al-
levar guns horários para realizar
a sério. Aos poucos, você atividades, pois assim você
se acostuma e o corpo se não cai na armadilha de
adapta à nova realidade. passar o dia todo de pija-
enquanto a medida an- ma na cama.
terior é pautada no bom
senso, o lockdown é mais Ao criar a sua nova roti-
radical, na de sono, também não
pois se trata de uma reg- se esqueça de planejar as
ra que vem do governo. atividades do dia
É uma proibição, ou seja, no período da manhã, tar-
pode ser utilizada de e noite. Se você está
a força policial para man- trabalhando em home of-
ter as pessoas dentro de fice, por exemplo, é preci-
casa. so aliar as suas tarefas de
casa com as obrigações
profissionais.
É claro que você pode ser
flexível e fazer algumas
mudanças ao longo do
dia, mas é importante ter
um norte e saber tudo o
que deve ser executado. É
uma maneira de se man-
ter ocupado e produtivo
ao mesmo tempo. A pior
coisa que pode acontecer
é passar os dias ruminan-
do ansiedade por estar
muito ocioso.
Mesmo que você não es-
teja trabalhando em casa
é possível ocupar as suas
24 horas com diferentes
atividades: cozinhar, med-
itar, desenhar, maratonar
filmes, limpar a casa, ler.
Esses são apenas alguns
dos exemplos do que pode
ser incluído na sua agen-
da.
 14

Faça pequenas pausas

O seu dia não deve ser permeado apenas por obrigações,

ou seja, é importante também cuidar de outras esferas
da sua vida.

Para não deixar o dia passar e ficar o tempo todo apenas

preso à tela do computador ou limpando a casa, por ex-
emplo, estruture uma rotina na qual você dá espaço para
exercícios físicos e pequenas pausas. É importante ab-
strair e realizar atividades que proporcionam
prazer.

Não se esqueça de cuidar do corpo e da mente durante

a quarentena. Essas pausas são essenciais para que você
não pire durante esse período em casa.

Separe um momento do dia para se conectar com as

pessoas

No dia a dia normal estamos acostumados a encontrar e

conversar com pessoas, mas durante a quarentena isso
tudo muda. Quem mora sozinho pode acabar sofrendo
mais, pois não ter contato com outros indivíduos por um
longo período é bem penoso.

Para amenizar esse sintoma de solidão e tristeza a dica é

incluir na sua rotina um momento do dia para se dedicar
à conexão com as pessoas. Caso você more com parentes
ou amigos, passe um período do dia junto deles, seja con-
versando, assistindo a um filme, jogando um jogo ou co-
zinhando, por exemplo.

Já se morar sozinho, a dica é abraçar a tecnologia e se

conectar com as pessoas virtualmente. Junte todos os
seus amigos ou familiares em uma videoconferência e
evite falar sobre o coronavírus, utilizando essa hora do dia
para se distraírem.

Quando o assunto são os idosos, é super importante

amenizar a solidão que podem vir a sentir também. Con-
verse bastante pelo telefone, pergunte como estão, fale
sobre assuntos diversos. Tudo isso com o intuito de dis-
trair e fazer com que o idoso se sinta querido e acolhido.
Além disso, é fundamental que eles saibam que têm a
quem recorrer caso necessário, pois ainda pior que o sen-
timento de solidão é a sensação de impotência e de desa-
mparo. Ouvi-los com paciência, levar suas aflições a sério,
oferecer apoio e carinho, carinho e carinho.

5. Trabalho remoto:
como se adaptar?
Nas últimas semanas o trabalho remoto
se tornou a realidade de muitas empresas
brasileiras. A prática permite que os colab-
oradores de uma organização trabalhem
fora do escritório, ou seja, fora do ambi-
ente corporativo.
Em tempos de COVID-19 e quarentena,
as pessoas estão trabalhando muito de
suas casas com o objetivo de evitarem o
contato entre si. Esse formato de trabalho
já fazia parte da realidade de muitos tra-
balhadores antes da pandemia, mas ago-
ra se tornou imprescindível para que par-
te das empresas continuem funcionando.
Uma pesquisa revelou que 43% das em-
presas adotaram o home office por conta
do coronavírus.
Há muitos estudos que já comprovam
como o trabalho remoto é benéfico para
a produtividade, no entanto, algumas pes-
soas têm dificuldade para se adaptarem
ao home office. Separamos algumas dicas
que podem te ajudar nesse período de
adaptação. Vamos conferir?
15
Utilize ferramentas de comunicação
Seja você um líder ou liderado, a comuni-
cação é sempre essencial para que tudo
saia como o planejado e os devidos alinha-
mentos sejam realizados.
A distância física pode interferir neste
ponto, por isso a dica é fazer videocon-
ferências e utilizar as demais ferramentas
de comunicação e organização que forem
necessárias para que ninguém sofra mui-
to com as mudanças.
Se considerar mais adequado, separe um
momento do seu dia para fazer alinham-
entos com a equipe para que todos pos-
sam se atualizar sobre os projetos em an-
damento e tenham a oportunidade dar
feedbacks sobre melhorias.

Equilibre vida pessoal e
profissional
Ser produtivo não significa tra-
balhar muitas horas. Na ver-
dade, ser produtivo significa
fazer diversas tarefas em um
período menor, ou seja, aprove-
itar melhor o seu tempo.
O home office não deve ser
uma desculpa para trabalhar
muitas horas a mais do que está
acostumado. Muita gente pode
acabar se deixando levar pelo
embalo e trabalhar mais de 12
horas por dia. Não faça isso, ex-
ceto em momentos específi-
cos em que for extremamente
necessário.
Um dos benefícios do trabalho
remoto é a possibilidade de
conseguir equilibrar ainda mais
a sua vida pessoal e profissional.
Usufrua e use isso a seu favor!
Técnica do Pomodoro
Esta ferramenta desenvolvi-
da no final dos anos 1980 pode
ajudar a aumentar a sua produ-
tividade e aprimorar a sua ha-
bilidade de gerenciar o tempo
(e pode ser aplicada tanto no
trabalho remoto quanto no dia
a dia do escritório quando tudo
voltar ao normal).
O inventor da técnica do Pomo-
doro usava um timer de cozinha
para se organizar, que girava
16
por 25 minutos. Neste tempo
ele se concentrava totalmente
em suas tarefas, sem nenhuma
interrupção e depois fazia um
breve intervalo. Portanto, é pau-
tada na ideia de que ao dividir o
fluxo de trabalho em blocos de
concentração é possível estim-
ular o foco.
Para usufruir da técnica do Po-
modoro, baixe um aplicativo ou
use um cronômetro do celular.
Faça uma lista de tudo o que
precisa realizar no dia e separe
seu tempo em períodos de 25
minutos nos quais irá trabalhar
com foco total.
Após os primeiros 25 minutos,
analise o status das tarefas e
faça um intervalo de 5 minutos.
Este é o momento de distrair a
mente e não fazer nada relacio-
nado à tarefa que está sendo
executada.
Além disso, a cada quatro ciclos
você deve realizar um intervalo
maior, de 15 a 30 minutos. O ide-
al, apesar das indicações, é en-
contrar os tempos de pausa que
façam mais sentido para você
— o importante é que as pausas
aconteçam pois irão aumentar
a agilidade mental. Aproveite o
trabalho remoto e use os inter-
valos para fazer o que nem sem-
pre é possível fazer no escritório,
como um bom alongamento,
meditar etc.
 17

Planeje as tarefas de acordo com seus horários mais produtivos

Sempre que iniciar o seu dia, tenha em mente que o planejamento de tarefas a serem executadas deve
ser feito de maneira inteligente, ou seja, de acordo com seus níveis de produtividade.

Isso quer dizer que é preciso se organizar para que nos horários mais produtivos você se dedique àquilo
que é mais complexo e exige bastante concentração. Já as atividades mais mecânicas, como responder
emails ou organizar uma planilha, podem ser realizadas quando você está com os níveis de energia mais
baixos.

6. Exercícios físicos: por que

e como continuar fazendo?

Mesmo assim, ainda é possível e

importante se exercitar! Espanhóis
e muitos outros povos ao redor do
mundo têm se exercitado juntos,
na janela de suas casas. Além de
todos os benefícios, eleva também
o senso de comunidade entre as
pessoas.

É de extrema importância contin-

uar se exercitando durante a quar-
entena mesmo diante de obstácu-
los como espaços pequenos e até
a falta de ânimo. Os benefícios
são tanto para o corpo como para
a mente, pois além de manter o
condicionamento físico, você tam-
bém está aliviando as tensões e o
estresse causados pelo confina-
mento.

Confira algumas dicas que podem

te ajudar a incluir os exercícios no
seu dia a dia:

Faça os exercícios sempre no

Todos os dias vemos nos jornais novas histórias sobre como as pes- mesmo horário
soas têm superado as limitações da quarentena. Uma delas é a
prática de exercícios físicos, muito importante para a redução dos Ao estruturar sua nova rotina de
níveis de estresse e ansiedade e, portanto, para a manutenção da acordo com as limitações da quar-
saúde física e mental. entena, não se esqueça de incluir
os exercícios físicos durante o dia.
Com as restrições que estamos vivendo, quem ia à academia ou A dica aqui é tentar praticar sem-
ao parque não tem mais essa possibilidade. E quem vive em apar- pre nos mesmos horários para que
tamentos pequenos sofre com a falta de espaço para praticar in- se torne um hábito.
úmeros tipos de exercícios.
 18

Treine de acordo com suas
limitações
Se você já tinha uma rotina de
exercícios bem estabelecida,
procure adaptá-la conforme a
nova realidade, tentando man-
ter a mesma intensidade.
Utilize aplicativos e acesse
aulas gratuitas
Muitos profissionais autônomos
e estúdios estão oferecendo au-
las online gratuitas para ajudar à disposição as possibilidades
as pessoas a se adaptarem à são mais variadas.
quarentena. Além disso, aplica-
tivos de treinos também estão Yoga, alongamento, agacha-
aí para auxiliar nesse momento mentos, flexões de braços, pran-
em que é preciso se exercitar cha, polichinelos são alguns
gastando pouco. dos exemplos que você pode
começar a colocar em prática.
Escolha o seu exercício de acor-
do com o espaço que tem dis-
ponível em casa. Se você morar
em um apartamento pequeno,
o ideal é fazer treinos que exi-
gem pouco espaço. No entan-
to, se tiver um jardim grande à

7. Convivência na quarentena: como lidar

com o cônjuge nesse momento?

Já está na mídia um fato curioso sobre o número de divórcios em uma cidade da China
ter aumentado muito depois da quarentena. Muita gente pode não entender as razões
logo de cara, mas é muito comum que uma mudança de rotina como essa afete o rela-
cionamento a dois.

Manter a harmonia do lar pode ser bem mais desafiador do que a maioria dos casais
imagina. Afinal, muitos estão acostumados a trabalhar fora o dia todo e só ver o(a) par-
ceiro(a) por um curto período. Como lidar com a presença do outro 24 horas por dia?

Por mais que seja bom ter alguém fisicamente ao seu lado durante esse momento, a
adaptação pode ser complicada. Se você está enfrentando esse desafio, confira algu-
mas dicas que podem ajudar a conviver com o cônjuge nesse período de quarentena!
 19

Respeitem a privacidade

O fato de estarem trabalhando em casa não significa que estão

disponíveis o dia inteiro. É preciso ter consciência de que horário
de trabalho é horário de trabalho. Exceto em casos de emergên-
cia, o parceiro deve respeitar o outro e procurar não interrompê-lo
durante os momentos destinados às obrigações profissionais.

E a privacidade não diz respeito apenas ao horário de trabalho.

Em alguns momentos o companheiro pode querer ficar sozinho,
ler, ouvir uma música, ou seja, ter um momento introspectivo.
Isso precisa ser respeitado, principalmente pelo fato de estarmos
vivendo com muitas incertezas.

Façam uma divisão de tarefas justa

A quarentena muda muita coisa na rotina, inclusive como cada

um irá contribuir para as tarefas do dia a dia. Cozinhar, lavar e
limpar são alguns exemplos de obrigações da rotina que podem
ser divididas de acordo com a nova realidade.

Para não pesar para ninguém, o ideal é chegar a um acordo em

relação às responsabilidades de cada um. Lembre-se de que é
um momento de solidariedade e união.

Tenham momentos de lazer e diversão

O lado bom de morar com alguém durante a quarentena é que

você tem momentos de lazer em conjunto, o que pode ser ainda
mais prazeroso.

Reservem alguns momentos na agenda para assistir filmes,

cozinhar, fazer exercícios, meditar ou qualquer outra coisa que
agrade ambos. É importante abstrair dos problemas ao lado de
quem nos faz bem!
 20

É importante ser honesto, ou seja, falar

a verdade, mas de uma maneira que a
8. Família toda em casa? criança entenda. Se necessário, utilize
Descubra como entreter histórias ou desenhos para ajudar na expli-
cação e torná-la mais didática. Ao mesmo
as crianças! tempo, as crianças não precisam ser expos-
tas a absolutamente tudo o que está acon-
tecendo no mundo, portanto, filtre apenas
as informações essenciais.

Um aspecto relevante que deve ser consid-

erado: poupe as crianças daquele excesso
de informações fornecidas pela impren-
sa, sobretudo televisiva, com expressões
dramáticas, polêmicas desnecessárias e
com um conteúdo muito aquém da com-
preensão delas. Traduza o que for impor-
tante, não transmita ansiedade e simpli-
fique. Detalhes sobre números de mortes e
dramas familiares geram ansiedade e me-
dos desnecessários e contraproducentes.

Por fim, não se esqueça de passar orien-

tações básicas de higiene, como a lavagem
das mãos e as maneiras adequadas de esp-
irrar ou tossir. Use vídeos da internet ou al-
gum outro recurso que possa ajudar nesse
momento para que a explicação fique bem
clara.

Ao encerrar a conversa, avalie se a criança

ficou muito ansiosa com o assunto e sem-
pre reforce a importância do cuidado, sol-
idariedade e união neste momento, co-
locando-se à disposição para conversar
sobre o tema quantas vezes for necessário.
Enfim, procure trazer leveza a um tema já,
por si, muito pesado.
Quando o assunto são as crianças, muitos pais não sabem
muito bem como abordar o tema COVID-19 com os
pequenos. A quarentena gera muitos questionamentos,
deixa as pessoas desnorteadas e confusas. Faz parte, mas
é possível amenizar a situação e cuidar das crianças de
maneira saudável neste momento! “Para crianças
Como falar sobre o COVID-19 com as maiores, a dica é
crianças?
introduzir o assun-
O primeiro passo é entender que ter uma conversa aberta,
franca e solidária com os filhos é o melhor caminho para to de tal forma que
diminuir os níveis de ansiedade e ter um dia a dia mais
agradável. Antes de tudo, vale considerar a idade, pois se
haja uma abertu-
for muito pequeno para entender o contexto talvez não
valha a pena entrar em detalhes sobre o tema, apenas in-
ra para a criança
centivar bons hábitos de higiene. expor o que ela
Para crianças maiores, a dica é introduzir o assunto de tal já sabe e as suas
forma que haja uma abertura para a criança expor o que
ela já sabe e as suas dúvidas. Em seguida, acalme suas an- dúvidas.”
gústias e assegure que é normal sentir medo e ansiedade,
mas que é preciso ter coragem para enfrentar a situação
com otimismo. A criança deve sentir que pode procurar
conforto nos familiares quando precisar.
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Como entreter as crianças durante a quarentena?

Escolas em todo o Brasil suspenderam as aulas como

uma das medidas para ajudar a conter a disseminação do
coronavírus. Algumas escolas estão enviando atividades
para serem realizadas em casa, mas mesmo assim a roti-
na mudou completamente.

Os pais precisam, mais do que nunca, estar atentos às

necessidades das crianças para que o período de quar-
entena não seja totalmente perdido. Precisam auxiliar os
pequenos tanto na parte técnica, ou seja, a executar tais
atividades, como na parte emocional.

Crianças em crescimento e desenvolvimento devem

brincar, pois aprendem muito dessa forma. Além dos
brinquedos prontos, estimule a criatividade por meio de
atividades mais dinâmicas, como por exemplo, plantar
uma flor, fazer uma receita, jogar bola no quintal.

Para que os pequenos não fiquem o dia todo vidrados na

televisão, video game ou celular, incentive o desenho e a
pintura. Atividades manuais são muito bem-vindas! Além
disso, as histórias também são entretenimento garanti-
do, como por exemplo, a leitura de um livro ou um teatro
de fantoches.

Além de estabelecer a sua rotina, crie uma para as cri-

anças também, pois dessa forma irá introduzir na cabeça
delas que cada atividade deverá acontecer em uma se-
quência de horários. Isso ajudará a organizar o seu dia e
manterá a criança ocupada nos momentos em que você
precisar focar no trabalho ou alguma outra atividade.

9. Especialistas explicam como
cuidar da saúde mental na
quarentena
Para algumas pessoas, somente o fato de pre-
cisarmos ficar isolados fisicamente já gera mui-
ta ansiedade e até mesmo uma sensação de
pânico. No entanto, segundo a Psicóloga Hel-
oisa Caiuby, da Vittude, isolamento é um con-
ceito relativo. Mesmo que fisicamente restritas,
as pessoas mantêm o contato com o mundo.
A dica é filtrar com critério as informações que
você recebe, não perca tempo com lixo digital,
mantenha suas atividades profissionais numa
rotina o mais normal possível. Cuide-se, con-
verse com pessoas, experimente dedicar-se
a novas atividades e hobbies que você nunca
experimentou antes, já que possivelmente terá
mais tempo vago. Ouça música, leia, medite,
seja criativo.
Estude, visite museus online, assista a palestras
e concertos online também.Comunique-se
por call, de preferência com vídeo. Ria. Procure
manter-se otimista e conectado com as pessoas
que você ama. Varie de assunto, saia da nuvem
negra. Siga o exemplo dos italianos que vão às
sacadas de seus apartamentos para cantar em
conjunto. E, finalmente, escancare suas janelas
e encha a casa de sol. Ah! E “desaposente” aque-
la esteira que você comprou há tempos, usou
duas vezes e transformou num cabide de roupa
usada. Mexa-se!
A psicóloga Andréa Lagareiro também pontua
que é importante manter a atenção no momen-
to presente. Faça uma lista das coisas que es-
tão sob seu controle e tente focar nelas. Se está
fazendo home office, procure organizar sua
agenda e espaço para não fazer tudo ao mes-
mo tempo. Mantenha hábitos de autocuidado
como meditar, fazer exercícios de alongamento
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e manter a higiene pessoal. Tome
banho e vista-se ao invés de ficar tra-
balhando de pijama.
Procure formas saudáveis de manter
contato com as pessoas. Situações
de distanciamento social como quar-
entenas preventivas podem trazer
sentimentos de isolamento, falta de
conexão, solidão e rejeição. Pode ser
uma boa oportunidade para dar uma
ligadinha para pessoas que você gos-
ta. Com o avanço da tecnologia per-
demos um pouco o hábito de ligar
e ficamos só no whatsapp, que com
grupos e fake news pode representar
sobrecarga neste momento.
Não se esqueça do lazer só porque
está fazendo home office ou porque
está arrumando a casa: ouça suas
músicas preferidas, cante, faça uma
comida que você gosta, borde.
Aproveite um pouco o — possivel-
mente único — lado bom de ficar
em casa: não ficamos horas presos
no trânsito, podemos aproveitar um
pouquinho mais do nosso tempo.
Se você já faz terapia, sugira para seu
psicólogo que vocês façam as ses-
sões online, recomenda Andréa.
É importante reforçar que precisa-
mos manter a objetividade, abas-
tecendo-nos de informações con-
fiáveis, mesmo que negativas, pois a
ambiguidade é muito pior do que a
notícia ruim, mas realista. O que cau-
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a mais insegurança e sensação de falta de controle são as in-

formações desencontradas e alarmistas. Ficamos sem saber o
que pensar e no que acreditar, e isso pira. Troque ideias com
pessoas sensatas para não entrar numa vibe de histeria coletiva.
Ter medo é natural, mas não faça dele seu companheiro de vida.
Evite a armadilha do “não quero nem ouvir”, porque isso é fuga,
e caia fora de soluções mágicas, até porque elas não funcionam.
Se tiver fé, reze. E se lembre de que isso vai passar. Tudo passa!
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Créditos

Colaboradores do eBook:

Tatiana Pimenta - CEO e

Fundadora da Vittude

Bruna Cosenza
Redatora

Mariana Carvalho
Designer

Psicólogos Vittude

vittude.com