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ATIVIDADE NÃO PRESENCIAL (REANP) – CICLO 1

PROFESSOR (A): ADRIANA DO NASCIMENTO SANTOS PERIODO: 03-03-2021


ALUNO (A): ___________________________________________________ SÉRIE/ANO: 1º A, B e C
DISCIPLINA: ARTE
Querido (a) aluno (a), leia as instruções com atenção!
1. Leia cuidadosamente os textos auxiliares e as orientações para resolução das atividades.
2. Registre no seu caderno as atividades e respostas. (Não é necessário copiar o texto base).

Bons estudos!
1- TEMA: HISTORIA DA ARTE
2- TEXTO BASE: ARTE NA HISTÓRIA
Introdução
SOBRE ARTES E ARTISTAS
Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o
nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora eram homens
que apanhavam terra colorida e modelavam as formas de um
bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas
tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem
muitas outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas
essas atividades de arte, desde que conservemos em mente que
tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e
lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a
ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele
acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é “Arte”. E podemos desconcertar qualquer
pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo que ele gosta não é Arte,
mas algo muito diferente.
Na realidade não existem quaisquer razões erradas para se gostar de um quadro ou de uma
escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um retrato
porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. Todos nós, quando vemos um quadro, podemos
recordar mil e uma coisas que influenciam o nosso agrado ou desagrado. Na medida em que essas
lembranças nos ajudam a fruir do que vemos, não temos por que nos preocupar. Somente quando alguma
recordação irrelevante nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas
a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos
perscrutar o nosso íntimo para desvendar as razões de aversão que estraga um prazer que de outro
modo poderíamos ter. Há razões erradas para não se gostar de uma obra de arte.
Muitas pessoas gostam de ver em quadros o que também lhes agradaria ver na realidade. Isso é
uma preferência muito natural. Todos gostamos de beleza na natureza e somos gratos aos artistas que
a preservaram em suas obras. Mas essa propensão para admirar o tema bonito e atraente é passível de
se converter num obstáculo se nos levar a rejeitar obras que representam um tema menos atraente.
O problema com a beleza é que gostos e padrões do que é belo variam imensamente.
O que ocorre com a beleza ocorre também com a expressão. De fato, é frequentemente a expressão
de uma figura na pintura que nos leva a gostar da obra ou detestá-la. Algumas pessoas gostam de uma
expressão que possam facilmente entender e que, portanto, as comove profundamente.
Ainda que essa intensa expressão de sentimentos nos cative, não devamos, por essa razão, voltar
as costas a obras cuja expressão talvez seja menos fácil de entender.
Existirão realmente pessoas que nada sabem sobre arte? Se excetuarmos as crianças pequenas e
as pessoas vítimas de graves doenças ou deficiências mentais, nossa resposta será negativa, pois é
impossível deixar de saber alguma coisa sobre arte. A arte é parte tão integrante da tessitura da vida
humana que nos deparamos com ela o tempo todo, mesmo que nossos contatos com ela se limitem ao
mais baixo denominador comum do gosto popular. Mesmo assim, trata-se de algum tipo de arte; e como
se trata da única forma de arte conhecida pela maior parte das pessoas é o que configura suas idéias
sobre arte em geral. Quando dizem “Sei do que gosto”, querem realmente dizer “Gosto daquilo que
conheço (e rejeito tudo que não se assemelhe às coisas com as quais estou familiarizado)”, na verdade
tais preferências não são absolutamente suas, mas foram-lhes impostas pelo hábito e pelas
circunstâncias, sem qualquer escolha pessoal. Gostar daquilo que conhecemos e desconfiar do que
não conhecemos é uma das mais antigas características humanas. Mas por que tantos de nós
deveríamos acalentar a ilusão de ter feito uma escolha pessoal quanto às nossas preferências em arte,
quando na verdade não a fizemos? Há aqui um outro pressuposto tácito que é mais ou menos o seguinte:
“Uma vez que a arte é um assunto tão” difícil de se dominar” que até mesmo os especialistas discordam
entre si, minha opinião é tão boa quanto a deles – é tudo uma questão de preferência subjetiva. De fato,
deve existir algo de errado com uma obra de arte, já que sua apreciação necessita de um especialista”.
Esse, também é um falso pressuposto. Para saber por quê, precisamos refletir sobre a razão pela qual o
artista cria – e para quem.

Considere o excerto a seguir:

“Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente
artistas. Outrora, eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de
um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os
tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas
atividades arte, desde que conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas muito
diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe.”
GOMBRICH, Ernst H. História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2012, p. 15

Com base nas informações contidas no texto, avalie as asserções a seguir em V para as verdadeiras e
F para as falsas:

( ) A definição de arte é bem estabelecida. Como consequência, as únicas obras consideradas


artísticas são as dos pintores e escultores renascentistas.
( ) A arte não se limita num tempo, ela está presente em toda a história da humanidade, com objetivos
diferentes e de formas diferentes.
( ) A Arte com A maiúsculo é a verdadeira Arte, pois é o que representa os verdadeiros sentimentos
humanos.
( ) O que se define Arte, são os objetos consagrados pelo tempo, como exemplo, a Pietà de
Michelangelo.

Assinale a alternativa correta:


a) Alternativa 1: V, F, V, F
b) Alternativa 2: F, V, F, F
c) Alternativa 3: F, F, V, V
d) Alternativa 4: V, F, V, V
e) Alternativa 5: F, V, F, V

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