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Índice
1O início
2O auge
3Reconhecimento
4Influência
5Referências
6Bibliografia
O início
A introdução de Segovia ao violão foi aos quatro anos de idade. Quando era pequenino, o
seu tio entoava-lhe canções enquanto ele tocava um violão imaginário. Isso incitou
Segovia a elevar o violão para o status do piano e do violino. Em particular, ele queria que
o violão fosse tocado e estudado em todos os países e universidades do mundo, e passar
o seu amor por ela para as gerações futuras.
A primeira apresentação de Segovia foi em Espanha, quando tinha 16 anos. Poucos anos
depois, fez o seu primeiro concerto profissional em Madrid, tocando transcrições
de Francisco Tárrega e algumas obras de Bach, que ele próprio transcreveu e arranjou.
A sua primeira turnê foi pela América do Sul em 1916. Em 1924, apresentou-se em Paris e
em Londres. Seguiu depois por várias outras cidades na Europa e na Rússia.
Embora não fosse aprovado pela família, ele prosseguiu os estudos em violão. A sua
técnica diferencia-se das técnicas de Tárrega e dos seus sucessores, como Emilio Pujol.
Como Miguel Llobet (que pode ter sido seu professor por um curto período), Segovia
atacava as cordas com uma combinação da unha com a carne da ponta dos dedos,
produzindo um som mais preciso do que os seus contemporâneos. Com esta técnica, foi
possível criar uma paleta de timbres maior, em comparação com o uso da carne ou das
unhas sozinhas.
Muitos músicos proeminentes acreditaram que o violão de Segovia não seria aceite pela
comunidade da música erudita, porque nas suas mentes, o violão não poderia ser usado
para música erudita. Apesar disso, a excelente técnica de Segovia e o seu toque único
atordoaram plateias. Consequentemente, o violão não foi mais visto estritamente como um
instrumento popular, mas sim como um instrumento apto para tocar música erudita.
O auge
Como progredia na sua carreira e tocava para audiências cada vez maiores, Segovia
constatou que os violões existentes não eram suficientes para tocar em grandes salas de
concerto, porque não conseguiam produzir volume de som suficiente. Isso estimulou-o a
procurar inovações tecnológicas que poderiam melhorar a amplificação natural do violão.
Trabalhando a par com o luthier Hermann Hauser, ajudou na construção da que hoje é
conhecida como violão clássico, de melhores madeiras e cordas de nylon. O formato do
violão também foi mudado para melhorar a acústica. O novo violão podia
produzir notas com maior volume sonoro do que os modelos anteriores, usados em
Espanha e noutras partes do mundo, embora fosse ainda baseado no modelo básico
desenvolvido por Antonio Torres quase 50 anos antes de Segovia nascer. Depois de uma
viagem de Segovia pelos Estados Unidos em 1928, Heitor Villa-Lobos compôs e dedicou-
lhe os "12 Estudos". Segovia também transcreveu muitas peças eruditas e reescreveu
obras transcritas por outros (como Tárrega). Muitos guitarristas nas Américas, entretanto,
já tinham tocado as mesmas obras antes de Segovia chegar.
Em 1935, fez a estreia da "Chaconne" de J. S. Bach, uma peça difícil para qualquer
instrumento (original para violino solo). Mudou-se para Montevidéu, fazendo muitos
concertos na América do Sul nas décadas de 30 e 40. Depois da II Guerra, Segovia
começou a gravar mais frequentemente e a fazer digressões regulares
pela Europa e EUA, uma agenda que ele manteria pelos 30 anos seguintes da sua vida.
Reconhecimento
Segovia ganhou o prémio Grammy pelo Melhor Trabalho Erudito - Instrumental em 1958,
pela sua gravação Segovia Golden Jubilee.
Em reconhecimento à sua enorme contribuição cultural, foi elevado para a nobreza
espanhola em 1981, com o título de Marquês de Salobreña.
Andrés Segovia continuou a apresentar-se já idoso e viveu uma semirreforma durante os
anos 70 e 80 na Costa del Sol. Dois filmes foram feitos sobre a sua vida e obra - um
quando tinha 75 anos e outro 9 anos depois. Estão disponíveis no DVD Andres Segovia -
in Portrait.
Influência
Segovia teve muitos alunos durante a sua carreira, incluindo alguns violonistas hoje
famosos como Steve Hackett, John Williams, Rouland Solarese, Eliot Fisk, Oscar
Ghiglia, Charlie Byrd, Christopher Parkening, Michael Lorimer, Michael
Chapdelaine, Virginia Luque e Alirio Diaz. Muitos outros violonistas, como Lily Afshar,
foram também influenciados pelas históricas master-classes. Estes alunos, entre muitos
outros, carregam a tradição de Segovia de expandir a presença, o repertório e o
reconhecimento do violão.
Morreu em Madrid, vítima de ataque cardíaco, aos 94 anos, tendo completado o desejo de
transformar a guitarra (outrora um instrumento de dança cigana) num instrumento
de concerto.
Referências
1. ↑ The Larousse Encyclopedia of Music 1982, p. 467.
Bibliografia
Geoffrey Hindley, ed. (1982). «The Age of Polyphony: The music of Spain» e
«Music in the Modern World: Spanish music in the 19th and 20th centuries». The
Larousse Encycloped