Você está na página 1de 8

Indíce

Página 2- Introdução
Página 3 – As origens do Direito Ambiental e O Direito Internacional do Ambiente
Pagina 4 - O Direito Comunitário do Ambiente e O Direito Nacional do Ambiente
Pagina 5- Os princípios fundamentais do Direito do Ambiente
Pagina 6 /7-Conclusão
Pagina 8 -Bibliografia

1
Introdução

Toda a problemática ambiental veio para ficar e crescentemente ocupará as


preocupações de governantes, empresários, juristas, técnicos, cidadãos e demais
intervenientes numa nova sociedade, agora mais preocupada com o frágil equilíbrio
ecológico do nosso planeta.

2
As Origens

Em Portugal encontramos uma preocupação com os problemas ambientais que remonta


ao séc. XIX.
Na constituição de 1822,as Câmaras Municipais deviam plantar árvores nos baldios e
terrenos Concelhios.
Em 1919 foi publicada a primeira Lei das Águas.
A nível internacional, no início do século XIX, o direito do ambiente caracterizava-se
sobretudo pela preocupação de assegurar uma utilização não conflituosa de alguns
recursos naturais que começavam a ser disputados.
Segundo Diogo Freitas do Amaral “ O Direito do Ambiente surge para tentar disciplinar
as relações do ser humano com a natureza e eventualmente os direitos da natureza
perante o ser humano.”

O Direito Internacional do Ambiente

O Direito internacional do ambiente surge como um meio de resolução de alguns


conflitos de vizinhança que iam aparecendo numa sociedade crescentemente
industrializada e povoada.
É no entanto no final dos anos 60 devido a uma série de catástrofes ecológicas de
grande dimensão que a consciência humana muda.
Com o aumento da poluição e da destruição dos valores naturais do nosso planeta, a
humanidade começa a ver ameaçado o mais primário dos seus direitos, o direito á
existência, estabelecendo-se assim a tomada de consciência da relação directa entre a
vida, qualidade saúde e ambiente.
Em 1972 ocorre a 1ª Conferência de Estocolmo sobre a protecção do ambiente humano
de que resultou o UNEP( Programa das Nações Unidas para o Ambiente). A declaração
de Estocolmo não tem força de lei, mas a sua significância jurídica resulta do facto de
ela constituir uma interpretação geralmente aceite da noção de direito do homem, que

3
figura na carta das Nações Unidas. Por outro lado esta declaração forneceu uma
motivação filosófica e jurídica a elaboração do direito do homem ao Ambiente.

O Direito Comunitário do Ambiente

Foi na cimeira de Paris em 1972 que a protecção ambiental começou a fazer parte da
política comunitária. Os Chefes de Estado e Governos, adoptaram a primeira declaração
comunitária sobre o ambiente convidado a Comissão Europeia a apresentar um
programa de acção.

O Direito Nacional do Ambiente

Em 1971,é criada em Portugal a CNA (Comissão Nacional de Ambiente).


Em 1974,é criada a Secretaria de Estado do Ambiente.
O Direito comunitário é muito importante para o direito ambiental português, pois a
grande maioria de diplomas traduz a necessidade de transposição de directivas
comunitárias, em certos domínios como por exemplo Águas e Florestas.
Já são detectáveis certos princípios comuns ao direito do ambiente que decorrem
fundamentalmente da Lei de Bases do Ambiente, Lei nº11/87, que se limita a enunciar
os grandes princípios direito de todos a um ambiente de vida humano, sadio e
ecologicamente equilibrado -,também enunciados na Constituição da Republica
Portuguesa artigo 66/2

4
Os princípios fundamentais do Direito do Ambiente

1- Prevenção - Devem ser tomadas medidas preventivas que inviabilizem danos


ambientais. Como instrumento de prevenção geral temos a AIA, importada dos
EUA, pela Comunidade Europeia numa tentativa de antecipar e minorar os
danos provocados por instalações fabris.
2- Poluidor – Pagador - É um instrumento fundamental da politica do ambiente a
internalização ,pelos vários agentes, dos custos da protecção dos recursos.
3- Cooperação Internacional - As soluções ambientais passam por uma concertação
global ,devendo o Estado respeitar compromissos assumidos, assim como
assumir futuros acordos.
4- Responsabilização por danos ecológicos
5- Aproveitamento racional dos recursos naturais.

5
CONCLUSÃO

Como a maior parte das vezes a sensibilização para os valores ambientais enfrenta
hábitos de consumo e produção desregrados, o direito do ambiente tem que se servir
de normas repressivas como por exemplo leis penais contra-ordenacionais, com
vários graus de eficácia, através da cominação de crimes ambientais, de contra
ordenações ambientais.
Podem ser tomadas medidas preventivas como por exemplo avaliação do impacto
ambiental, obrigatoriedade de licenças ambientais.
Podem ser tomadas medidas repressivas,

Como exemplo de normas preventivas temos

Decreto-lei nº352/90 – Regula a qualidade do ar;


Decreto-lei nº1058/94-Fixa os valores limite e valores guia para diversos poluente;
Decreto-lei nº251/87- Aprova o regulamento geral sobre o ruído;

Como exemplo de normas repressivas temos:

Artigo 278.º do Código Penal

(Danos contra a natureza)

1 - Quem, não observando disposições legais, regulamentares ou obrigações


impostas pela autoridade competente em conformidade com aquelas disposições:

a) Eliminar exemplares de fauna ou flora em número significativo ou de


espécie protegida ou ameaçada de extinção;
b) Destruir habitat natural protegido ou habitat natural causando a este perdas
em espécies de fauna ou flora selvagens legalmente protegidas ou em número
significativo;
c) Afectar gravemente recursos do subsolo;
é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa até 600 dias.
2 - Quem comercializar ou detiver para comercialização exemplar de fauna ou flora
de espécie protegida, vivo ou morto, bem como qualquer parte ou produto obtido a
partir daquele, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até
120 dias.

6
3 - Se a conduta referida no n.º 1 for praticada por negligência, o agente é punido
com pena de prisão até um ano ou com pena de multa

Artigo 279.º do Código Penal


(Poluição)
1- Quem, não observando disposições legais, regulamentares ou obrigações
impostas pela autoridade competente em conformidade com aquelas disposições:

a) Poluir águas ou solos ou, por qualquer forma, degradar as suas


qualidades;
b) Poluir o ar mediante utilização de aparelhos técnicos ou de instalações;
ou
c) Provocar poluição sonora mediante utilização de aparelhos técnicos ou
de instalações, em especial de máquinas ou de veículos terrestres, fluviais,
marítimos ou aéreos de qualquer natureza;

de forma grave, é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de
multa até 600 dias.
2 - Se a conduta referida no n.º 1 for praticada por negligência, o agente é
punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa.
3 - Para os efeitos dos números anteriores, o agente actua de forma grave
quando:

a) Prejudicar, de modo duradouro, o bem-estar das pessoas na fruição da


natureza;
b) Impedir, de modo duradouro, a utilização de recurso natural; ou
c) Criar o perigo de disseminação de microrganismo ou substância
prejudicial para o corpo ou saúde das pessoas.

7
BIBLIOGRAFIA:

CRP
Lei de Bases do Ambiente (Lei 11/87 de 7 Abril)
Textos dispersos sobre Direito do Ambiente, Lisboa 2005
Apontamentos da Dra. Carla Gomes, docente da FDL
Livro Direito do 12º da Almerinda Dinis, da Evangelina Henriques e da Maria Isidra
Contreiras
Código Penal português

Você também pode gostar