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Prof.

João Pedro Marra Nogueira


Direito Eleitoral
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Case:
Vendo o 1 caso, De acordo com o estudado, para resolver casos de partidos e
relacionados a políticos são as Consultas que são atribuições restrita do TSE e dos TREs
para responderem a questionamentos sobre o direito de partidos políticos e
autoridades.

No 2 caso O instrumento que o TSE pode utilizar para estabelecer regras de acordo
com o material são as resoluções do próprio órgão, que são competência exclusiva do
TSE em âmbito nacional e exclusiva dos TREs em âmbito regional, e não podem
afrontar as resoluções do TSE — art. 105 da Lei n. 9.504/97.

As resoluções tem o objetivo principal de regulamentar as eleições, o TSE edita


diversas Resoluções que disciplinam procedimentos não previstos na legislação
eleitoral para que ocorram da melhor maneira no ano da eleição.

Já as consultas são atos da Justiça Eleitoral que se prestam apenas a dar orientações
sobre uma situação jurídica qualquer no que tange à matéria de Direito Eleitoral. Elas
não têm força para serem executados e que não obrigam os juízes a decidirem daquela
forma, são apenas esclarecimentos.

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PRIVAÇÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS –

Segundo o art. 15 da Constituição Federal de 1988, é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
ou suspensão somente se dará:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;


II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
Segundo a Súmula n. 9 do Excelso Tribunal Superior Eleitoral, “a suspensão de direitos políticos
decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o cumprimento ou a extinção da
pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos” (art. 15, III, da CF/88)
(Referências: Recursos n. 9.900/92; n. 9.760/92; n. 10.797/92).
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

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O Professor Teori Albino Zavascki entende mais um caso de perda de direitos políticos
não contemplado no art. 15 da Constituição Federal de 1988, qual seja, o de perda de
nacionalidade, de que trata o art. 12, § 4º, II. O cidadão brasileiro que adquirir outra
nacionalidade por naturalização voluntária perderá a nacionalidade brasileira e,
consequentemente, seus direitos de cidadania.

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Para fechar o conteúdo:

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O voto é instrumento de ação política, ou seja, é a forma do cidadão exercer
seus direitos políticos. Daí dizer que o voto é exercício do sufrágio.

O voto, à luz do nosso ordenamento e de acordo com a doutrina, possuí


diversas características:

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Enquanto não regularizar sua situação com a Justiça Eleitoral, o eleitor não poderá, conforme o § 1º do art. 7º do Código Eleitoral - Lei nº
4.737, de 1965:

• obter passaporte (1) ou carteira de identidade;

(1) A restrição prevista no § 1º não é aplicável ao brasileiro residente no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao
Brasil, conforme disciplinado pelo § 4º do art. 7º do Código Eleitoral.

• receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações
governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam
serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

• participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos estados, dos territórios, do Distrito Federal, dos municípios ou das
respectivas autarquias;

• obter empréstimos nas autarquias, nas sociedades de economia mista, nas caixas econômicas federais e estaduais, nos institutos e caixas
de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe,
e com essas entidades celebrar contratos;

• inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e neles ser investido ou empossado;

• renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

• praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda;

• obter certidão de quitação eleitoral, conforme disciplina a Res.-TSE nº 21.823/2004;

• obter qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

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Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRE-SP Prova: FCC - 2017 - TRE-SP - Técnico Judiciário – Área Administrativa
Com relação à obrigatoriedade do voto no Brasil,
A - os maiores de 18 anos são obrigados a votar, podendo ser impedidos de obter
empréstimos em estabelecimentos de crédito mantidos pelo governo caso não apresentem
a prova de votação na última eleição.
B - a ausência de comprovação do cumprimento da obrigação de votar implica a suspensão
imediata de aluno de instituição de ensino oficial.
C - o eleitor que deixar de votar deverá justificar sua ausência perante o Juiz Eleitoral no
prazo de 60 dias e ainda efetuar o pagamento de multa, em qualquer hipótese.
D - a ausência de votação, por pelo menos 3 eleições consecutivas ou a falta de alistamento
eleitoral dos maiores de 18 anos, implicarão o cancelamento do alistamento ou a proibição
de sua realização.
E - os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, que não comprovarem a votação na última
eleição, não poderão obter passaporte ou carteira de identidade.

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Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-MG
Prova: CESPE - 2018 - TCE-MG
A capacidade eleitoral ativa é inviabilizada pela
A - inalistabilidade.
B - incompatibilidade.
C - inelegibilidade funcional.
D - descompatibilização.
E - inelegibilidade relativa reflexiva.

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