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- MOTIM
- REVOLTA
- DESERÇÃO
- PECULATO
- Coronel Fontes
- Tenente-Coronel Sampaio
- Tenente-Coronel Magalhães
ATIVIDADE
1 – Dentro do rol dos crimes contra a autoridade militar ou disciplina militar, indique: (a)
momento da consumação, (b) se cabe ou não tentativa, (c) qual a posição dos tribunais
superiores (STM, STJ e STF), (d) comente sobre a “greve” dos controladores de voo.
2 – Analisar o voto do ministro Marco Aurélio Belize na 3ª sessão do STJ julgado em 10.04.2013
(Diário da Justiça PJ de 17.04.2013 – Fato do crime militar).
Peculato-furto (Art. 303, §2º, CPM) – Quem, embora não tendo a posse ou detenção do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em proveito próprio ou
alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de militar ou do funcionário.
Peculato culposo (Art. 303, §3º, COM) – “Se o funcionário ou militar contribui culposamente
para que outrem subtraia ou desvie dinheiro, valor ou bem, ou dela se aproprie.
Conforme disposição do Art. 303, §4º, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível,
extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz da metade a pena imposta.
5) O crime de concussão é uma espécie de extorsão praticada por funcionário público, com
abuso de autoridade contra o particular que cede ou virá ceder. Esse crime é impróprio ou
propriamente militar? Como se dá a sua consumação? Juridicamente, admite-se tentativa?
Fundamente. (JCA – pag. 668)
Conforme doutrina de Jorge César de Assis, Concussão é crime militar impróprio: também está
previsto no art. 316 do Código Penal comum. O mesmo doutrinador ainda informa que a
concussão é crime essencialmente formal (o resultado naturalístico existe, mas não
necessariamente tem que ser atingido para configurar a consumação) e consuma-se com o
simples fato da exigência da vantagem indevida, pouco importando se esta vem a ser
devolvida ao particular posteriormente. O crime de concussão não admite tentativa.
6) Como se dá a corrupção passiva, o seu aumento e diminuição da pena? (JCA – pag. 674)
Conforme o disposto no art. 308, CPM, a corrupção passiva consiste no ato de “receber, para si
ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora de função, ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. O aumento é
disciplinado no § 1º do mesmo dispositivo, onde está escrito que “a pena é aumentada de um
terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o agente retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. A diminuição de pena, por sua
vez, encontra-se regulamentada pelo §2º do mesmo dispositivo: “se o agente pratica, deixa de
praticar ou retarda o ato de ofício com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem”.
Conforme entendimento de Jorge César de Assis, o art. 202 do CPM (crime de Embriaguez em
serviço) não é considerado norma penal em branco. O autor afirma que a necessidade de
comprovação efetiva do estado de embriaguez – seja pelo exame de sangue, seja pelo exame
visual médico -, dirige-se tão somente para o esclarecimento da consumação ou não do delito.
Contrário é o procedimento em relação à norma penal em branco, v.g., a inobservância de lei,
regulamento ou instrução, onde a norma completada, de vigência comum, necessita de um
complemento, ou seja, demonstração de qual lei, regulamento ou instrução foi inobservado
no momento considerado. (Ver com TC Jader)
11) Como se consuma o delito de dormir em serviço? Esse delito é doloso ou culposo?
Cícero Coimbra Neves afirma que a consumação ocorre quando o autor se afasta de seu posto,
deixar o lugar em que devia, por imposição de sua função, permanecer, ou, ainda, no
momento em que se interrompe a atividade que desempenhava em serviço.
Conforme redação do art. 187, CPM, o crime de deserção consiste em ausentar-se, o militar,
sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito
dias. A doutrina de Cícero Robson de Coimbra Neves leciona que a consumação ocorre quando
se completar mais que oito dias inteiros. Dessa forma manifestou-se o tribunal de Justiça
Militar do Rio Grande do Sul, no Acórdão referente à Apelação nº 3.877/2005, sob a relatoria
do Juiz Octávio Augusto Simon de Souza: Deserção. Art. 187 do COM. Crime formal que se
consuma com o só fato da ausência do policial militar por mais de oito dias. Réu que ainda foi
alertado em casa por superior. Crime caracterizado. Apelo negado.
14) A prisão em flagrante do desertor se dá por ser crime permanente ou crime propriamente
militar?
15) Violência contra militar em serviço – como se consuma o crime Violência contra militar no
serviço?
Conforme entendimento de Cícero Robson de Coimbra Neves, o delito de violência contra
militar de serviço consuma-se quando o autor atinge fisicamente o ofendido, seja direta, seja
indiretamente, pela utilização de objetos.
17) Comente: tribunal de justiça militar do rio grande do sul AP. 2941/97 – Relator Juiz Cel PM
Antônio Claudio Barcelos de Abreu (crime de violência contra militar de serviço). E se houver
ausência de dolo no resultado?
TC Jader
75988053386