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- DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR;

- MOTIM

- REVOLTA

- DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR E O DEVER MILITAR

- DESERÇÃO

OBS.: NO CASO DE DESERÇÃO POR ALCOOLISMO, DEVE-SE BUSCAR O


TRATAMENTO AO INVÉS DE SE LAVRAR O AUTO DE DESERÇÃO;

- DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR

- PECULATO

OBS.: O STJ ENTENDE QUE NÃO EXISTE PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SE UM SERVIDOR ROUBA UM BORRACHA SEQUER,
DEVE RESPONDER POR ISSO. O STF ENTENDE O CONTRÁRIO: QUE CABERIA O
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.

- Coronel Fontes

- Tenente-Coronel Sampaio

- Tenente-Coronel Magalhães

ATIVIDADE

1 – Dentro do rol dos crimes contra a autoridade militar ou disciplina militar, indique: (a)
momento da consumação, (b) se cabe ou não tentativa, (c) qual a posição dos tribunais
superiores (STM, STJ e STF), (d) comente sobre a “greve” dos controladores de voo.

2 – Analisar o voto do ministro Marco Aurélio Belize na 3ª sessão do STJ julgado em 10.04.2013
(Diário da Justiça PJ de 17.04.2013 – Fato do crime militar).

CRIMES QUE VÃO CAIR NA PROVA

- Desacato a superior (art. 298)

1) Como se configura o crime de desacato a superior? E se o superior for comandante da


unidade? (JCA

Conforme doutrina de Célio Lobão Ferreira, o crime de desacato consiste na falta de


acatamento, no menosprezo, no ultraje, no insulto, na ofensa moral, praticados contra
funcionário público, civil ou militar, no exercício da função ou em razão da função. Se o
superior é comandante da unidade do agente, há uma agravação da pena

2) Conceitue peculato. (JCA – pag. 659)


Conforme o art. 303 do CPM, o peculato consiste em apropriar-se de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem a posse ou detenção, em razão
do cargo ou comissão ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio.

3) Quais os tipos de peculato? (JCA – pag. 659)

Peculato-furto (Art. 303, §2º, CPM) – Quem, embora não tendo a posse ou detenção do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em proveito próprio ou
alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de militar ou do funcionário.

Peculato culposo (Art. 303, §3º, COM) – “Se o funcionário ou militar contribui culposamente
para que outrem subtraia ou desvie dinheiro, valor ou bem, ou dela se aproprie.

4) Como se dá a minoração ou extinção da pena? (JCA – pag. 659)

Conforme disposição do Art. 303, §4º, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível,
extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz da metade a pena imposta.

5) O crime de concussão é uma espécie de extorsão praticada por funcionário público, com
abuso de autoridade contra o particular que cede ou virá ceder. Esse crime é impróprio ou
propriamente militar? Como se dá a sua consumação? Juridicamente, admite-se tentativa?
Fundamente. (JCA – pag. 668)

Conforme doutrina de Jorge César de Assis, Concussão é crime militar impróprio: também está
previsto no art. 316 do Código Penal comum. O mesmo doutrinador ainda informa que a
concussão é crime essencialmente formal (o resultado naturalístico existe, mas não
necessariamente tem que ser atingido para configurar a consumação) e consuma-se com o
simples fato da exigência da vantagem indevida, pouco importando se esta vem a ser
devolvida ao particular posteriormente. O crime de concussão não admite tentativa.

6) Como se dá a corrupção passiva, o seu aumento e diminuição da pena? (JCA – pag. 674)

Conforme o disposto no art. 308, CPM, a corrupção passiva consiste no ato de “receber, para si
ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora de função, ou antes de assumi-la, mas
em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. O aumento é
disciplinado no § 1º do mesmo dispositivo, onde está escrito que “a pena é aumentada de um
terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o agente retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. A diminuição de pena, por sua
vez, encontra-se regulamentada pelo §2º do mesmo dispositivo: “se o agente pratica, deixa de
praticar ou retarda o ato de ofício com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou
influência de outrem”.

7) Corrupção ativa: explique como se dá o aumento da pena.

A aumento de pena da corrupção ativa se dá em um terço, se, em razão da vantagem, dádiva


ou promessa, é retardado ou omitido o ato, ou praticado com infração de dever funcional.

8) Art. 202 – Embriaguez em serviço – Como se consuma o crime de embriaguez em serviço


(CCN – pag. 1.227; JCA – pag. 410)

Conforme doutrina de Cícero de Coimbra Neves, o crime de embriaguez está consumado


quando o autor alcança o estado de embriaguez, mensurado por avaliação médica (clínica ou
laboratorial) ou por provas testemunhais.
9) Exponha as quatro comprovações de embriaguez do agente.

Ver com o TC Jader se são quatro comprovações mesmo ou são duas.

10) Embriaguez em serviço é norma penal em branco? (JCA – pag. 411)

Conforme entendimento de Jorge César de Assis, o art. 202 do CPM (crime de Embriaguez em
serviço) não é considerado norma penal em branco. O autor afirma que a necessidade de
comprovação efetiva do estado de embriaguez – seja pelo exame de sangue, seja pelo exame
visual médico -, dirige-se tão somente para o esclarecimento da consumação ou não do delito.
Contrário é o procedimento em relação à norma penal em branco, v.g., a inobservância de lei,
regulamento ou instrução, onde a norma completada, de vigência comum, necessita de um
complemento, ou seja, demonstração de qual lei, regulamento ou instrução foi inobservado
no momento considerado. (Ver com TC Jader)

11) Como se consuma o delito de dormir em serviço? Esse delito é doloso ou culposo?

Conforme entendimento de Cícero Coimbra Neves, o delito se consuma quando o autor


adormece, ou seja, perde a consciência daquilo que se passa à sua volta, desliga-se da
realidade que o cerca, independente do tempo de duração. Ainda conforme doutrina de Jorge
César de Assis, esse delito é sempre doloso: punindo condutas de oficiais ou praças que
preencham os requisitos do tipo penal.

12) Abandono de posto – como se consuma o abandono de posto?

Cícero Coimbra Neves afirma que a consumação ocorre quando o autor se afasta de seu posto,
deixar o lugar em que devia, por imposição de sua função, permanecer, ou, ainda, no
momento em que se interrompe a atividade que desempenhava em serviço.

13) Deserção – O que é, como se consuma a deserção?

Conforme redação do art. 187, CPM, o crime de deserção consiste em ausentar-se, o militar,
sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito
dias. A doutrina de Cícero Robson de Coimbra Neves leciona que a consumação ocorre quando
se completar mais que oito dias inteiros. Dessa forma manifestou-se o tribunal de Justiça
Militar do Rio Grande do Sul, no Acórdão referente à Apelação nº 3.877/2005, sob a relatoria
do Juiz Octávio Augusto Simon de Souza: Deserção. Art. 187 do COM. Crime formal que se
consuma com o só fato da ausência do policial militar por mais de oito dias. Réu que ainda foi
alertado em casa por superior. Crime caracterizado. Apelo negado.

14) A prisão em flagrante do desertor se dá por ser crime permanente ou crime propriamente
militar?

A doutrina de Cícero Robson de Coimbra Neves afirma que a consumação do delito de


deserção protrai-se no tempo (crime permanente), estando o desertor, desde a consumação,
materializada pelo Termo de Deserção, sujeito à prisão (art. 452 do CPPM).

15) Violência contra militar em serviço – como se consuma o crime Violência contra militar no
serviço?
Conforme entendimento de Cícero Robson de Coimbra Neves, o delito de violência contra
militar de serviço consuma-se quando o autor atinge fisicamente o ofendido, seja direta, seja
indiretamente, pela utilização de objetos.

16) Explique as majorantes.

As majorantes (assim como as minorantes) encontram-se previstas no art. 76 do COM:


“Quando a lei prevê causas de aumento ou diminuição da pena, não fica o juiz adstrito aos
limites da pena cominada ao crime, senão apenas aos da espécie de pena aplicável (art. 58).”
Ainda no parágrafo único do referido dispositivo temos: “No concurso dessas causas especiais,
pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a
causa que mais aumenta ou diminua.”

Conforme o artigo supracitado, as majorantes são causas especiais de facultativo ou


obrigatório aumento ou diminuição de pena, rubricadas no Código em seu art. 76, de
majorantes ou minorantes conforme o caso.

17) Comente: tribunal de justiça militar do rio grande do sul AP. 2941/97 – Relator Juiz Cel PM
Antônio Claudio Barcelos de Abreu (crime de violência contra militar de serviço). E se houver
ausência de dolo no resultado?

Obs.: O crime de concussão é um crime unisubssistente? (questão de prova)

TC Jader

75988053386

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