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Esferas Psíquicas: uma introdução prática

Por Lorde Ts.

Você já deve ter ouvido falar de energia psiônica. Diferentes pessoas se referem a ela
de diversas formas. Na China é conhecida como Qi, ou Chi, ou Ki, este termo não
possui uma tradução exata mas o que mais se aproxima, talvez, é "ar"; a tradição
chinesa que trata do Qi é tão antiga quanto o próprio pensamento chines, as menções
mais antigas remontam à origem da escrita deste povo, e retrata este "ar" como uma
energia metafísica que permeia e sustenta os seres vivos. No hinduísmo ela é
conhecida como prana, que em tradução aproximada significaria "sopro de vida".
Assim como sua versão chinesa o prana é retratado como a energia vital que permeia
o cosmo e é absorvida por todos os seres vivos através do ar que respiram. Já no
ocidente nos referimos a essa energia que permeia a tudo como energia psiônica, ou
energia psi. As pessoas que estudam a energia psi afirmam que ela não apenas é uma
energia que nos rodeia, mas uma forma de bio energia que alimenta o corpo e é
produzida ou "destilada" por ele.

No último século a energia psi se tornou peça central em praticamente todas as ordens
iniciáticas, escolas mágicas ou grupos de meditação do mundo, que afirmam que o
controle da mente sobre esta emanação é o que permite que um ser humano realise os
mais fantásticos atos como a telepatia e a telecinese. Embora existam atos ou
"truques" que requerem anos de prática e treino, alguns exercícios são fáceis de serem
realizados e chegam a ser divertidos quando começam a dar resultados. Um deles é o
trabalho com esferas psíquicas.

Uma Esfera Psíquica é uma bola de energia psíquica, cujo uso é muito comum entre
os iniciantes no treinamento psiônico e naqueles que buscam se envolver em magia de
uma forma mais prática. É usada majoritariamente nos estágios iniciais do
treinamento psiquico para desenvolver habilidades de reunir e manipular energia psi.
Algumas pessoas insistem que as esferas psíquicas são inúteis ou triviais, mas isso
não é verdade pois seu domínio equivale ao domínio de técnicas essenciais que
formam a base de poderes futuros mais impressionantes. Além disso a técnica das
esferas psíquicas é relativamente fácil de por em ação, mesmo sem grande experiência
na área, e dará ao estudante uma experiência que não poderia ser atingida tão
rapidamente com outras práticas.

Para fazer uma esfera psíquica você deve ser capaz de manipular a energia psi do seu
próprio corpo, de movimentá-la e concentrá-la em um ponto. Esta é uma manobra
simples, embora algumas pessoas tenham dificuldade com ela. Imagine o ato de se
assobiar com os dedos na boca, é um ato simples de ser realizado, mas por mais
detalhadas que sejam as explicações que você encontre de como fazer isso pode levar
um tempo para conseguir o primeiro resultado, mas com prática este ato se torna
mecânico e fácil de ser realizado sempre que desejar. A esfera psíquica é criada
movendo a energia psi para o local desejado para formar uma esfera e isso em si não é
difícil, naturalmente a energia busca criar um campo que sofra a menor tensão
possível, e a esfera é a forma natural em que esse equilíbrio ocorro, observe líquidos,
ou bolhas de sabão, ou ainda, mergulhe e solte o ar debaixo da água, as bolhas que se
formam possuem um formato esferóide, quando começar a manipular a energia psi e a
concentrar em um ponto a forma esférica surgirá quase sem que você tenha que fazer
força para isso. O tamanho padrão é pouco maior que uma bola de tênis e menor que
uma bola de futebol de salão. Entretanto, obviamente, podem existir psicoesferas de
qualquer tamanho desejado, quando maior seu controle e sua prática, maiores serão as
esferas que você conseguirá produzir.

O primeiro estágio para qualquer trabalho psionico é acumular energia psi o suficiente
para produzir algum resultado perceptível. De fato, qualquer pessoa viva tem sua
porção de energia psi, sem a qual sequer poderia produzir um pensamento simples ou
sentir uma emoção básica. Entretanto uma pessoa doente ou em condições
desfavoráveis não produzirá energia psi o bastante para a produção de uma esfera
psíquica das mais fracas. Para garantir uma boa carga psiônica basta buscar uma vida
saudável e equilibrada. Comer bem, dormir regularmente e evitar situações
estressantes. Além disso a prática de meditação e em especial do pranayama podem
ser bastante benéficas.

Para quem não está habituado segue agora um exercício que deve ser realizado todos
os dias, preferencialmente quando não se estiver de barriga cheia, evite realizá-los
após as refeições, e antes de se praticar seus exercícios de psicoesferas.

Primeiro momento - Ativação do diafragma

Antes de qualuqer coisa lembre-se que a maneira correta de se respirar é através do


nariz, por isso evite a todo custo respirar com a boca, melhor ainda se realizar este
exercício com a boca fechada.

Na posição sentada ou de pé, esvaie completamente os pulmões e movimente a


barriga para frente e para trás, usando seu diafragma para causar o movimento. Você
deve manter, durante todo o exercício, atenção no que faz. Nas primeiras tentativas
tente fazer isso por um minuto, com o tempo estenda este tempo para cinco minutos.
Não force seus movimentos para evitar sentir dor. Muitas pessoas conseguem realizar
esta prática mais facil e naturalmente inclinando o tronco para frente e apoiando as
mãos nas coxas acima dos joelhos.

Segundo momento - Limpeza do pulmão

Ao contrário do que você pode imainar, quando respira não usa todo o seu pulmão
para isso e sim apenas uma terceira parte dele, as duas partes restantes ficam cheias de
ar estagnado e sem renovação. Você precisa, portanto, limpar os seus pulmões da
mesma forma que deve limpar os filtros de seu ar condicionado para tirar deles o
maior proveito.

Após movimentar seu diafragma, expulse todo o ar dos pulmões. É normal que nas
primeiras tentativas você tenha que tossir um pouco para conseguir esvaziá-los
completamente. Termine comprimindo a musculatura abdominal comprimindo seu
diafragma o máximo que conseguir. Para ilustrar claramente, tente a todo custo fazer
seu umbigo chegar o mais perto que conseguir de suas costas. Depois inspire
lentamente pelo nariz tentando suprir a necessidade de ar. Repita algumas vezes, de
início você pode sentir uma leveza forte na cabeça e alguma tontura, isso é porque
você não está habituado a respirar corretamente, com a prática essas sensações
desaparecerão e serão substituidas por uma clareza mental muito forte.
Terceiro passo - Respiração diafragmática

Deite-se de costas em uma superfície dura, pode ser no chão, se desejar forre-o com
um tapete ou lençol. Encolha as pernas, dobrando os joelhos e mantendo-os juntos,
afastando levemente os pés. Repouse suas mãos sobre o abdômem e relaxe seus
músculos. Como no passo anterior esvazie seus pulmões ao máximo e segure-os
assim o máximo que conseguir até se sentir compelido a inspirar, neste momento você
sentirá seu abdômem tentando expandir-se. Relaxe-o e deixe o ar entrar sem fazer
força. Neste momento, quando seu abdomem se dilatar ele arrasta seu diafragma que
por sua vez puxa a base do pulmão enchendo-o de ar. Então para expelir o ar
comprima o abdômem, isso fará com que o seu diafragma se suspenda e mande o ar
para fora.

Durante todo este processo os únicos movimentos devem ser do abdômem, seu peito
deve permanecer imóvel. Com a prática você irá notar que toda a sua respiração está
sendo realizada pelo diafragma.

Lembre-se sempre de que na respiração deve ser calma, como se você estivesse
experimentando um sono profundo. Com o tempo suas pernas poderão se estender ao
invés de ficarem flexionadas.

Quarto passo - Respiração plena

Após praticar por algum tempo a respiração diafragmática fique de pé ou sente-se


com a coluna vertebral ereta, mas sem estar forçosamente esticada, deixe-a repousar
em sua posição natural, relaxe. Limpe totalmente os pulmões e permaneça sem ar por
alguns segundos e então libere o abdômem deixando entrar livremente o ar, quando
sentir que a musculatura relaxada permitiu entrar todo o ar possível alargue os
músculos toráxicos, alargando suas costelas, assim que sentir os pulmões cheios,
ainda relaxando, erga suavemente os ombros. Para expirar faça o exercício de maneira
inversa, esvaziando os pulmões de cima para baixo.

Esta prática que a princípio pode parecer um tanto complexa se torna um ato natural e
mecãnico com alguns dias de prática. Lembre-se que no inicio você, caso não tenha o
costume de práticas de pranayama, pode sentir-se com tonturas mas isso passará.
Também com alguma prática você se tornará mais sensível para a presença de sua
energia psi.

Voltando às psicoesferas, ao contrário do que algumas escolas ensinam não existe


uma única posição correta para as mãos, cabe a você decidir qual é a mais
confortável. Realize seus exercícios respiratórios, recolha-se para um ambiente calmo,
onde não terá distrações e coloque-se em sua posição. A posição mais usada é como
se você estivesse segurando uma bola invisivel com as duas mãos. Certifique-se
apenas de escolher uma que posição que não lhe canse nem o faça vacilar. É
igualmente importante que os dedos não se toquem, pois isso fecha o circuito psionico
do seu corpo e não sobra muita energia para formar a esfera.

O próximo passo é fazer sua energia fluir de seu sistema nervoso em direção ao seu
constructo psiônico. Em primeiro lugar visualise sua energia psi emanando de seu
externo (o osso achatado que cobre seu coração que serve de sustentação para as
costelas). A forma como você enxerga a energia psi não é tão importante quanto o
fato de você enxergá-la. O recomendado é que você siga seus instintos e use a mesma
forma que a energia psi lhe causou em suas primeiras impressões. Seja um fluido
dourado ou uma luz azul ou etc., sinta por alguns instantes seu externo pulsando de
enegia psi.

Conforme você respira faça a energia preencher seu peito e a cada batida de seu
coração subir em direção a sua cabeça. Tente visualizar a energia psi vibrando com
mais força nas áreas onde há maiores ramificações nervosas. Suba pelos ombros e
esforce-se para sentir sua presença correndo pelos seus braços até suas mãos. Não
direcione a energia psi para sua esfera psíquica ainda. Em vez disso traga-a de volta
pelos seus braços até o externo. Faça este procedimento mais algumas vezes até
sentir-se pleno e carregado de energia psi acumulada.

A seguir dê o próximo passo, empurrando a energia acumulada novamente de seu


externo pelo método exposto acima. Contudo ao senti-la preencher suas mãos, em vez
de traze-la de volta, faça-a fluir para formar uma esfera espectral. Esta esfera é a que
você usará como casca para criar sua esfera psíquica. Esta esfera espectral é
importantíssima, pois será a membrana que evitará que sua energia psi se disperse por
todas as direções como normalmente acontece. Depois de criar a esfera espectral você
vai precisar preenche-la abundantemente de energia psi. Faça isso e terá criado sua
esfera psíquica.

De início você pode encontrar alguma dificuldade para fazer a energia psi se irradiar
de suas mãos e formarem a esfera. Um exercício simples para se familiarizar com este
ato é, de olhos fechados, com os proprios dedos ou um outro objeto delicado,
desenhar circulos na palma de uma das mãos. Suas palmas são extremamente
sensíveis, assim quando sentir o toque apenas se concentre na sensação. Depois de
algum tempo pare de desenhar os círculos com o objeto, ou os dedos da outra mão, e
tente continuar sentindo a mesma resposta do toque, tente sentir o circulo pulsando
levemente na mão, se fizer isso primeiro na mão esquerda depois troque para a direita.
Faça isso por um tempo e então tente aproximar as mãos lentamente, ainda de olhos
fechados, de forma que fiquem próximas, mas não se toquem. Tente sentir a
proximidade das mãos aumentando na proporção que o formigamento nas palmas, ou
o calor entre elas, aumenta. Com isso você vai se sensibilizando à energia que flui por
suas mãos, ao aproximá-las sente a energia se acumulando, repare que sempre que as
palmas se tocam, por mais leve e rápido que seja o contato, a tensão desaparece, pois
fechando o circuito a energia se escoa pelo corpo.

Agora como ter certeza de que você de fato está criando psicoesferas? Com apenas
algumas tentativas será inegável que durante os exercícios de canalização de energia
você a sentirá em suas mãos, seja como um formigamento, uma fonte de calor ou
mesmo de queda de temperatura, algumas pessoas dizem que canalizam a energia tão
rápido que ela acaba drenando a temperatura do corpo, fazendo a psicoesfera se tornar
levemente mais fria do que o próprio corpo. Isto é um indicativo importante, não a
falta ou o excesso de calor da esfera, mas o fato dela apresentar essas diferenças, seja
as sensações tácteis ou físicas, porque se você sente, isso significa que, se sua esfera
não for apenas um truque da sua própria imaginação, outros devem ser capazes de
senti-la também. Treine por algum tempo até que as sensações não possam ser
consideradas apenas como a sua própria imaginação. Você deve ser capaz de sentir a
tensão da esfera, sua forma e principalmente a energia psi que a forma. Então peça
para alguém tentar tocar sua psicoesfera e ver o que sente, se sente a mudança de
temperatura, uma descarga de energia percorrer a mão, formigamento ou qualquer
coisa parecida. Uma esfera psíquica feita com competência é uma ferramenta
divertida para quem tem pouca experiência com psionica e quer explorar suas próprias
capacidades. Com alguma prá tica o pró prio local onde a esfera for criado poderá
ser alterado com o tipo de energia com que a esfera foi construída. Em ambientes
de baixa luminosidade é até mesmo possível visualizar a luminescência que
emana da esfera. Caso você se torne cético lembre-se, sua esfera afeta o meio,
assim ela pode ser medida, um simples termô metro digital deve ser capaz de
detectá -la. Se concentre em criar a esfera e entã o tente colocá -la na parte
sensível do termô metro e veja se há variaçõ es na mediçã o. Você pode praticar
atirar sua psicoesfera de um lado para o outro e assim tentar atingir o
termô metro ligado a certa distâ ncia e ver como ele é afetado.

Se você achar que nã o obteve o sucesso almejado na primeira tentativa tente


quantas vezes for necessá rio. Mesmo se você nã o falhar, a repetiçã o do exercício
melhorará suas habilidades psionicas bá sicas. Quanto mais prá tica, mais
potentes suas esferas serã o, lembre-se de que tamanho nã o é sinô nimo de força,
você pode criar uma psicoesfera do tamanho de uma melancia para ela
simplesmente se evaporar em seguida, sem deixar vestígios, ou pode criar outra
do tamanho de um ovo que, quando lançada, pode derrubar um livro. Tente, apó s
criar sua esfera, comprimi-la em um tamanho menor de forma a forjar uma
esfera mais densa e entã o repetir o processo de carga. Nos pró ximos artigos
mostrarei algumas aplicaçõ es prá ticas da esfera psíquica,

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