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Não existe desenvolvimento pessoal sem

considerar a totalidadede uma pessoa humana:


CORPO, ALMA E ESPÍRITO.
pré imersão Rota 2020

O desejo real que


o outro dure.
O desejo real que
o outro dure.

O verdadeiro desenvolvimento do ser humano só


acontece, na totalidade, a partir do olhar que
lançamos para o alto e para o outro. Esse olhar é um
processo de amadurecimento quando o tiramos de
nós e lançamos, com amor, ao outro, e só somos
capazes de praticá-lo e nos desenvolver, enquanto
pessoa, quando não mais me vejo ao olhar para o
próximo.

Existe hoje um problema social com pornografia, que


vem destruindo casais, famílias e a forma de se
relacionar como indivíduo. As pessoas que vivem
esse vício, por maioria das vezes, não entendem que
essa dinâmica não só afeta a si, ela corrompe a vida
dos que estão ao seu redor e interfere na sociedade
de modo geral, pois se torna comum se relacionar
com tudo a partir da satisfação dos seus próprios
desejos. Tudo que está ao seu redor vira objeto.

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Geralmente nos esquecemos que há na história todo
o declínio que podemos ser como pessoas: os mitos
Gregos catalogam muito bem o quão baixo nossa
alma pode chegar, e a história de Narciso é um
clássico que documenta o quanto o autoamor nos
leva à ruína como seres humanos.

Há um episódio da história de Narciso que relata sua


primeira paixão na adolescência: ele se apaixona por
seu eco.

Quando Narciso se apaixona por seu eco, está em


busca de posse, quer o controle. Ele tem alguém
retribuindo, tem a certeza de que seu desejo e sua
carência serão atendidos. Sua maior preocupação é
ter o retorno daquilo que ele deu, mesmo que em
migalhas.

Amar é gratuito, livre e inseguro, isso faz parte de


nós como humanos.

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Se não estamos atentos, reproduzimos em nossas
relações essa insegurança, esse medo, fazendo com
que só demos ao outro àquilo que tenho certeza de
que terei de volta. Essa é a forma imatura de amar.

O amor maduro é quando amamos o outro porque


amamos. Amar é estar vulnerável, é ser responsável
por fazer o melhor para o outro.

Somos criados em uma cultura que isso não é


ensinado. Somos carentes de figuras que zelam ou
que exerçam esse amor. Somos apresentados cada
vez mais novos a um conteúdo que nos conduz a
tornamos Narcisos, sempre nos colocando à frente
de qualquer situação: primeiro me satisfaço, sacio
minha necessidade de afeto.

O movimento de amor é para fora, onde vemos no


outro tudo o que ele é e todas as possibilidades que
ele tem de ser. E eu sou aquele que irá amar para
emergir tudo que o outro é.

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Agora, o cuidado aqui é ver o outro sem posse, sem
controle: o vejo por tudo que ele é, e não pela minha
necessidade de que ele seja. Precisamos nos pergun-
tar: quantas vezes me relaciono com o outro por ele?
Ou apenas com meu próprio desejo? Tal como Narci-
so e sua relação com o eco!

Narciso então morre sozinho e triste por medo de


amar! Não perdemos o medo de amar, destruímos o
apego à nossa própria imagem!

É isso que a pornografia faz: ela aprisiona a pessoa


em desejos físicos, e isso aprisiona sua inteligência.
Perde-se a liberdade de captar as sutilezas que as
cercam: quanto mais pornografia é consumida, mais
presa ela fica ao corpo. Assim, passa a reagir identifi-
cando o outro como objeto, apenas para sua satisfa-
ção material.

Em uma relação de objeto não habita o amor. Só há o


amor na relação entre pessoas e no sentir.

A matéria acaba, envelhecemos, a beleza física se


esvai; seremos consumidos pelo tempo, se não
vivermos nossa vida com o olhar para o alto, de
enxergar e trabalhar para atingir aquilo que está
além da matéria, seremos movidos pelo vazio.

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Parafraseando Ortega y Gasset: “Amar é um talento,
não é democrático, é improvável e nem todos querem
aprender a amar”.

Precisamos nos mover, ir contra a nossa imitação de


Narciso, romper com a nossa inclinação natural ao
mínimo esforço, por isso as relações acabam, os
casamentos não duram.

Nossa felicidade está ligada a capacidade de


caridade.

Assim como fez João que se inclinou para ouvir o


coração de Jesus Cristo com presença e entrega,
colocando toda sua atenção e seu amor, para ouvir a
carne, o sangue e o espírito.

O quanto estamos dispostos a nos inclinarmos diante


do outro?

O quanto estamos dispostos a deixarmos nossa


mesquinhez, dar e fazer pelo outro?

O quanto estamos dispostos a entregar para o outro?

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Se para você ainda for uma incógnita
a busca do real propósito de vida e
da totalidade do ser, te convido a
continuar assistindo a série de lives
da Pré Imersão ROTA2020,
com os temas:

Como escrever sua própria história


com o Dr. Saulo Barbosa.

Um corpo saudável aponta para o amadurecimento


pré imersão Rota 2020

com a Dra. Priscila Antunes.

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