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gerais podem ser assim compreendidas: (i) conhecimento (a filosofia); (ii) antropologia
filosófica (filosofar sobre problemas pertinentes); (iii) filosofia da ação (agir sob orientação
filosófica). Na ATP, o objetivo é a elaboração do Plano de Vida Acadêmica, que poderá
potencializar o engajamento universitário para um melhor aproveitamento do curso, dos
recursos da universidade e das oportunidades que enriquecem a formação acadêmica. Trata-
se de um exercício pedagógico-filosófico da situação na vida universitária, mobilizado pela
consciência de aprendizagens passadas – as quais respaldaram escolhas que resultaram na
situação universitária presente –, de experiências significativas atuais e tendo em vista futuras
realizações pessoais e profissionais. Sustentada pela discussão filosófica, a atividade é
orientada por questões que dizem respeito aos objetivos pessoais e profissionais,
conhecimentos, habilidades, recursos, valores e ações requeridos para o alcance desses
objetivos. Orientado pela filosofia, ao estabelecer possíveis direções à sua realização pessoal e
profissional, as experiências ofertadas pela universidade ganham maior sentido na sua visão,
tornando-se efetivas oportunidades a uma formação acadêmica, profissional e humana, em
consonância com as expectativas do indivíduo e da sociedade. O propósito da primeira etapa
da ATP é um autoconhecimento sobre os objetivos gerais e específicos do seu
desenvolvimento acadêmico e pessoal. A partir do exposto, realize uma reflexão respondendo
aos seguintes questionamentos:
1) Como você se vê, pessoal e profissionalmente, daqui a oito anos? Qual é seu maior
objetivo em relação ao seu desenvolvimento acadêmico-profissional?
Busco conhecimento em administração, quero poder crescer como empreendedora
com direcionamento, me sinto segura em saber o que estou fazendo. Daqui a 8 anos é
ser uma pequena (ou grande) empresária de sucesso.
2) O que você precisa conhecer e saber fazer bem para a realização do objetivo geral?
Quais habilidades já desenvolveu e quais precisará desenvolver para isso?
ATP – Etapa 2 © PUCPR. Todos os direitos reservados. Nenhum texto pode ser reproduzido
sem prévia autorização. A primeira etapa da ATP consistiu em um autoconhecimento sobre os
objetivos gerais e específicos do seu desenvolvimento acadêmico-profissional. Nesta semana,
a proposta é detalhar as possíveis dificuldades que surgirão ao longo da vida universitária.
Tendo como base a reflexão proposta, responda aos seguintes questionamentos:
Que empecilhos você poderá encontrar para alcançar os seus objetivos acadêmico
profissionais?
Os possíveis empecilhos que posso encontrar podem estar relacionados a disponibilidade de
tempo para os estudos, a relevância do curso escolhido para o que eu realmente preciso
profissionalmente ou dificuldades financeiras para pagar o curso.
Quais estratégias propõe para enfrentá-los? Como conciliará as ações previstas com sua
rotina? O que fazer para que seu comprometimento seja mantido?
Meu maior desafio é o tempo, posso afirmar que tenho outras prioridades e obrigações que
vem antes do estudo, que são minha filha e família, trabalho (fixo pela manhã), clientes
particulares e minha lojinha.
ATP – Etapa 3 Como inspiração para elaborar seu plano com perspectivas profissionais e
pessoais, recomendamos uma entrevista com um profissional atuante que julgue “bem-
sucedido”. Caso não seja possível realizar essa entrevista, ela pode ser adaptada a um estudo
sobre a biografia de uma pessoa inspiradora, reconhecida como referência profissional e
pessoal (pode ser de qualquer área de atuação, em qualquer tempo histórico). Nesse caso, as
perguntas e respostas podem corresponder às suas interpretações ao estudar a biografia
escolhida. A entrevista também tem o propósito de trazer à sua percepção os caminhos
seguidos na formação do profissional entrevistado, sobretudo, se houve destaque e
importância para os valores acadêmicos, tais como: autonomia, consciência crítica,
reflexividade, destaque para as diferenças, diálogo, senso crítico, compreensão e ética. Tendo
como base essa reflexão, responda aos seguintes questionamentos:
ATP – Etapa 4 Esta etapa da ATP está vinculada à fundamentação filosófica do planejamento
da vida universitária. Tendo como base a reflexão sobre os filósofos, responda aos seguintes
questionamentos:
1. Quais reflexões você é capaz de desenvolver sobre sua finitude, autonomia, liberdade e/ou
tempo livre?
PLANO DE VIDA UNIVERSITÁRIA A partir das reflexões realizadas nas semanas anteriores,
agora é hora de elaborar o seu Plano de Vida Universitária.
O formato do plano fica a seu critério, podendo ser enriquecido pela criatividade, desde que
possa ser postado no Blackboard (sugestões: texto narrativo, apresentação em PowerPoint,
Prezi, entre outros). O objetivo é que você, com a ajuda dos conhecimentos filosóficos trazidos
ao longo do semestre e da autorreflexão que já fez, consiga agora apresentar, argumentar e
indicar que caminhos pretende trilhar como universitário.
1.3.1Conhecimento popular
1.3.2Conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que
não podem ser submetidas à observação: as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e
não da experimentação, conforme nos diz Trujillo Ferrari (1974, p. 12); por esse motivo, o
conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao
contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem refutados.
É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
Tem a característica de sistemático, pois suas hipóteses e enunciados visam a uma
representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Por último, é infalível e exato, visto que, quer na busca da realidade capaz de abranger todas as
outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a realidade, seus postulados, assim
como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação).
O conhecimento filosófico, portanto, é caracterizado pelo esforço da razão pura para
questionar os problemas humanos, recorrendo apenas às luzes da própria razão humana. Assim,
enquanto o conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos e fenômenos perceptíveis
pelos sentidos, por meio do emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação, o
objeto de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são
redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial
direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental. O método
por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e concretos,
afirmando somente o que é autorizado pela experimentação. Ao contrário, a filosofia emprega
“o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que antecede a experiência, e não
exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica” (RUIZ, 1979, p. 110).
O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que se
constitui o objeto da pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo que a filosofia
encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma
concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura responder às grandes
indagações do espírito humano e, até, busca as leis mais universais que englobem e harmonizem
as conclusões da ciência.
1.3.3Conhecimento religioso
1.3.4Conhecimento científico
2CONCEITO DE CIÊNCIA
Os conceitos mais comuns de ciência, mas, a nosso ver, incompletos, são os seguintes:
■Acumulação de conhecimentos sistemáticos.
■Atividade que se propõe demonstrar a verdade dos fatos experimentais e suas
aplicações práticas.
■Forma de conhecimento que se caracteriza pelo conhecimento racional, sistemático,
exato, verificável e, por conseguinte, falível.
■Conhecimento do real pelas suas causas.
■Conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e das leis que a regem, obtido
pela investigação, pelo raciocínio e pela experimentação intensiva.
■Conjunto de enunciados lógica e dedutivamente justificados por outros enunciados.
■Conjunto orgânico de conclusões certas e gerais, metodicamente demonstradas e
relacionadas com um objeto determinado.
■Corpo de conhecimentos que consiste em percepções, experiências, fatos certos e
seguros.
■Estudo de problemas solúveis, mediante método científico.
■Forma sistematicamente organizada de pensamento objetivo.
2.1Conceito de Ander-Egg
Um conceito mais abrangente de ciência é o que Ander-Egg apresenta em sua obra Introducción
a las técnicas de investigación social (1978, p. 15): “A ciência é um conjunto de conhecimentos
racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que fazem
referência a objetos de uma mesma natureza.” Vejamos o que significam essas expressões:
a)Conhecimento racional: tem exigências de método e está constituído por uma
série de elementos básicos, tais como sistema conceitual, hipóteses, definições.
Diferencia-se das sensações ou imagens que se refletem em um estado de ânimo,
como o conhecimento poético, e da compreensão imediata, sem que se busquem os
fundamentos, como é o caso do conhecimento intuitivo.
b)Certo ou provável: não se pode atribuir à ciência a certeza indiscutível de todo o
saber que a compõe. Ao lado dos conhecimentos certos, é grande a quantidade dos
prováveis. Antes de tudo, toda lei indutiva é meramente provável, por mais elevada
que seja sua probabilidade.
c)Obtidos metodicamente: não são adquiridos ao acaso ou na vida cotidiana, mas
mediante regras lógicas e procedimentos técnicos.
d)Sistematizadores: não se trata de conhecimentos dispersos e desconexos, mas de
um saber ordenado logicamente, constituindo um sistema de ideias (teoria).
e)Verificáveis: as afirmações que não podem ser comprovadas ou que não passam
pelo exame da experiência não fazem parte da ciência, que necessita, para incorporá-
las, de afirmações comprovadas pela observação.
f)Relativos a objetos de uma mesma natureza: os objetos pertencem a determinada
realidade, que guardam entre si certa homogeneidade.
2.4Natureza da ciência
A palavra ciência pode ser entendida em duas acepções: lato sensu tem simplesmente o
significado de conhecimento; stricto sensu não se refere a um conhecimento qualquer, mas
àquele que, além de apreender ou registrar fatos, os demonstra por suas causas constitutivas ou
determinantes. Como não é possível à mente humana atingir o universo em sua abrangência
infinita, a ciência não se apresenta una nem infinita, como seu próprio objeto também não o é.
Assim, as próprias limitações de nossa mente exigem a fragmentação do real para que possamos
atingir um de seus segmentos, resultando desse fato a pluralidade das ciências.
Tratando-se de analisar a natureza da ciência, por sua vez, podem ser explicitadas duas
dimensões, na realidade, inseparáveis: a compreensiva (contextual ou de conteúdo) e a
metodológica (operacional), abrangendo tanto aspectos lógicos quanto técnicos.
O aspecto lógico da ciência conceitua-se como método de raciocínio e de inferência sobre
os fenômenos já conhecidos ou a serem investigados; em outras palavras, o aspecto lógico
constitui-se em método para a construção de proposições e enunciados, objetivando a descrição,
a interpretação, a explicação e a verificação mais precisas.
A logicidade da ciência manifesta-se por meio de procedimentos e operações intelectuais
que: “(a) possibilitam a observação racional e controlam os fatos; (b) permitem a interpretação e
a explicação adequadas dos fenômenos; (c) contribuem para a verificação dos fenômenos,
positivados pela experimentação ou pela observação; (d) fundamentam os princípios da
generalização ou o estabelecimento dos princípios e das leis” (TRUJILLO FERRARI, 1974, p.
9).
A ciência, portanto, constitui um conjunto de proposições e enunciados, hierarquicamente
correlacionados, de maneira ascendente ou descendente, que vão gradativamente de fatos
particulares para os gerais, e vice-versa (conexão ascendente = indução; conexão descendente =
dedução), comprovados (com a certeza de serem fundamentados) pela pesquisa empírica
(submetidos à verificação).
O aspecto técnico da ciência, por sua vez, caracteriza-se pelos processos de manipulação
dos fenômenos que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar, cuidando para que
sejam medidos ou calculados com a maior precisão possível; registram-se as condições em que
eles ocorrem, assim como sua frequência e persistência, procedendo-se a sua decomposição e
recomposição, sua comparação com outros fenômenos, para detectar similitudes e diferenças e,
finalmente, seu aproveitamento. Portanto, o aspecto técnico da ciência corresponde ao
instrumento metodológico e ao arsenal técnico que indica a melhor maneira de se operar em
cada caso específico.
2.5Componentes da ciência
As ciências possuem:
a)Objetivo ou finalidade: preocupação em distinguir a característica comum ou as
leis gerais que regem determinados eventos.
b)Função: aperfeiçoamento, por meio do crescente acervo de conhecimentos, da
relação do homem com seu mundo.
c)Objeto: subdividido em:
■Material: o que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar, de modo
geral.
■Formal: o enfoque especial, em face das diversas ciências que possuem o
mesmo objeto material.
3.1Classificação de Comte
Uma das primeiras classificações foi estabelecida por Augusto Comte. Para ele, as ciências, de
acordo com a ordem crescente de complexidade, apresentam-se da seguinte forma: Matemática,
Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral. Outros autores utilizaram também o
critério da complexidade crescente, originando classificações com pequenas diferenças em
relação a Comte.
3.3Classificação de Carnap
Quanto à classificação em relação ao conteúdo, podemos citar, inicialmente, a de Rudolf
Carnap, que divide as ciências em:
a)Formais: contêm apenas enunciados analíticos, isto é, cuja verdade depende
unicamente do significado de seus termos ou de sua estrutura lógica.
b)Factuais: além dos enunciados analíticos, contêm sobretudo os sintéticos, aqueles
cuja verdade depende não só do significado de seus termos, mas, igualmente, dos
fatos a que se referem.
3.4Classificação de Bunge
Mario Bunge (1976, p. 41), partindo da mesma divisão em relação às ciências, apresenta a
seguinte classificação:
3.5Classificação de Wundt
Wundt (In: PASTOR; QUILLES, 1952, p. 276) indica a classificação que se segue:
3.6Classificação adotada
Nas classificações expostas, nota-se que não há consenso entre os autores, nem sequer quando
se trata da diferença entre ciências e ramos de estudo: o que para alguns é ciência, para outros
ainda permanece como ramo de estudo, e vice-versa.
Com base em Bunge, a classificação das ciências é a seguinte:
A classificação das ciências tem sido objeto de estudo de variados autores. O CNPq utiliza
a expressão áreas do conhecimento, apresentando extensa lista delas com subdivisões
(Disponível em:
<http://www.cnpq.br/documents/10157/186158/TabeladeAreasdoConhecimento.pdf>. Acesso
em: 6 jul. 2016). Para Chaui (1997, p. 260), a classificação de ciência hoje seria:
■Ciências Matemáticas ou Lógico-matemáticas: Aritmética, Geometria, Álgebra,
Trigonometria, Lógica, Física Pura, Astronomia Pura.
■Ciências Naturais: Física, Química, Biologia, Geologia, Astronomia, Geografia
Física, Paleontologia.
■Ciências Humanas ou Sociais: Psicologia, Sociologia, Antropologia, Geografia
Humana, Economia, Linguística, Psicanálise, Arqueologia, História.
■Ciências Aplicadas: Direito, Engenharia, Medicina, Arquitetura, Informática.
■Outras vezes, fato denota uma proposição que afirma uma sucessão ou
conjunção invariável de caracteres.
■Finalmente, fato denota coisas que existem no espaço e no tempo (assim como
as relações entre elas), em virtude das quais uma proposição é verdadeira. A
função de uma hipótese é chegar aos fatos neste quarto sentido.
c)Parte dos fatos, pode interferir neles, mas sempre retorna a eles. Durante o processo
de conquista da realidade, nem sempre é possível (ou desejável) respeitar a
integridade dos fatos: a interferência (nessa integridade) pode conduzir a dados
significativos sobre as propriedades reais dos fatos.
Exemplos: A existência do átomo foi predita, muito antes de poder ser comprovada;
em fins do século XIX, Mendeleev faz a classificação periódica dos elementos
químicos em ordem crescente de acordo com seu peso atômico, elaborando quadros
que, em virtude de apresentarem lacunas, levaram a prever a existência de elementos
até então desconhecidos (e mais tarde encontrados); a descoberta do planeta Netuno
decorreu de cálculos matemáticos de perturbações nas órbitas dos planetas externos
conhecidos.
2.4Natureza da ciência
A palavra ciência pode ser entendida em duas acepções: lato sensu tem simplesmente o
significado de conhecimento; stricto sensu não se refere a um conhecimento qualquer, mas
àquele que, além de apreender ou registrar fatos, os demonstra por suas causas constitutivas ou
determinantes. Como não é possível à mente humana atingir o universo em sua abrangência
infinita, a ciência não se apresenta una nem infinita, como seu próprio objeto também não o é.
Assim, as próprias limitações de nossa mente exigem a fragmentação do real para que possamos
atingir um de seus segmentos, resultando desse fato a pluralidade das ciências.
Tratando-se de analisar a natureza da ciência, por sua vez, podem ser explicitadas duas
dimensões, na realidade, inseparáveis: a compreensiva (contextual ou de conteúdo) e a
metodológica (operacional), abrangendo tanto aspectos lógicos quanto técnicos.
O aspecto lógico da ciência conceitua-se como método de raciocínio e de inferência sobre
os fenômenos já conhecidos ou a serem investigados; em outras palavras, o aspecto lógico
constitui-se em método para a construção de proposições e enunciados, objetivando a descrição,
a interpretação, a explicação e a verificação mais precisas.
A logicidade da ciência manifesta-se por meio de procedimentos e operações intelectuais
que: “(a) possibilitam a observação racional e controlam os fatos; (b) permitem a interpretação e
a explicação adequadas dos fenômenos; (c) contribuem para a verificação dos fenômenos,
positivados pela experimentação ou pela observação; (d) fundamentam os princípios da
generalização ou o estabelecimento dos princípios e das leis” (TRUJILLO FERRARI, 1974, p.
9).
A ciência, portanto, constitui um conjunto de proposições e enunciados, hierarquicamente
correlacionados, de maneira ascendente ou descendente, que vão gradativamente de fatos
particulares para os gerais, e vice-versa (conexão ascendente = indução; conexão descendente =
dedução), comprovados (com a certeza de serem fundamentados) pela pesquisa empírica
(submetidos à verificação).
O aspecto técnico da ciência, por sua vez, caracteriza-se pelos processos de manipulação
dos fenômenos que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar, cuidando para que
sejam medidos ou calculados com a maior precisão possível; registram-se as condições em que
eles ocorrem, assim como sua frequência e persistência, procedendo-se a sua decomposição e
recomposição, sua comparação com outros fenômenos, para detectar similitudes e diferenças e,
finalmente, seu aproveitamento. Portanto, o aspecto técnico da ciência corresponde ao
instrumento metodológico e ao arsenal técnico que indica a melhor maneira de se operar em
cada caso específico.
3.6Classificação adotada
Nas classificações expostas, nota-se que não há consenso entre os autores, nem sequer quando
se trata da diferença entre ciências e ramos de estudo: o que para alguns é ciência, para outros
ainda permanece como ramo de estudo, e vice-versa.
Com base em Bunge, a classificação das ciências é a seguinte:
A classificação das ciências tem sido objeto de estudo de variados autores. O CNPq utiliza
a expressão áreas do conhecimento, apresentando extensa lista delas com subdivisões
(Disponível em:
<http://www.cnpq.br/documents/10157/186158/TabeladeAreasdoConhecimento.pdf>. Acesso
em: 6 jul. 2016). Para Chaui (1997, p. 260), a classificação de ciência hoje seria:
■Ciências Matemáticas ou Lógico-matemáticas: Aritmética, Geometria, Álgebra,
Trigonometria, Lógica, Física Pura, Astronomia Pura.
■Ciências Naturais: Física, Química, Biologia, Geologia, Astronomia, Geografia
Física, Paleontologia.
■Ciências Humanas ou Sociais: Psicologia, Sociologia, Antropologia, Geografia
Humana, Economia, Linguística, Psicanálise, Arqueologia, História.
■Ciências Aplicadas: Direito, Engenharia, Medicina, Arquitetura, Informática.
Essas ciências subdividem-se em ramos específicos, com novas delimitações de objeto e
de método de investigação. Por exemplo: a Biologia subdivide-se em: Botânica, Zoologia,
Fisiologia, Genética; a Sociologia subdivide-se em: Sociologia da Educação, Sociologia
Ambiental, Sociologia da Administração,Sociologia da Arte, Sociologia do Conhecimento etc.