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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Empreendedorismo como estratégia do desenvolvimento económico local

Nome e Código: Momade Braimo Saíde - 708207786

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática


Disciplina: MIC II
Ano de Frequência: 2º
Grupo: C

Nampula, Junho, 2021


Índice
Introdução...................................................................................................................................2

Tema...........................................................................................................................................3

Justificativa.................................................................................................................................3

Problema.....................................................................................................................................3

Hipótese Primária........................................................................................................................4

Hipótese Secundária....................................................................................................................4

Objectivos...................................................................................................................................5

Objectivos específicos................................................................................................................5

Quadro teórico............................................................................................................................5

Conceito, fundamentos e sua importância do empreendedorismo..............................................5

Empreendedorismo como estratégia do desenvolvimento económico local..............................7

Metodologia................................................................................................................................9

Métodos de Abordagem..............................................................................................................9

Orçamento.................................................................................................................................11

Conclusão..................................................................................................................................12

Bibliografia...............................................................................................................................13
Introdução
Promover desenvolvimento económico local é uma ideia antiga e que actualmente, com
o processo de globalização, vem sendo reforçada e aprimorada através de novas formas de
empreendedorismo. A globalização do mercado abriu fronteiras, mas ao mesmo tempo
restringiu algumas localidades devido a alta competitividade e à entrada de produtos externos
com preços mais acessíveis. Estas localidades, por sua vez, buscam formas diferentes de se
desenvolver e até mesmo de sobreviver neste ambiente. O incentivo ao empreendedorismo
pode então favorecer a inovação e a criação de novas empresas e de novas formas de
negociação, e assim contribuir para que um local seja ele uma comunidade, um bairro, uma
cidade ou região, se desenvolva.

De acordo com a visão de Schumpeter (1976) o empreendedor é componente fundamental do


processo de desenvolvimento económico, pois introduz novos produtos e serviços no mercado
através de um processo chamado de destruição criativa, ou seja, a substituição de produtos e
serviços antigos, por outros mais eficientes. Para Leite (2002, p. 51) “os empreendedores
soam um dos activos mais importantes de qualquer economia”. Neste sentido, desenvolver
uma localidade implica empreender iniciativas a partir do potencial local e isso depende em
boa parte da população, do empresariado e da administração local.

O desenvolvimento local, principalmente de regiões menos favorecidas, tem sido tema


frequente de estudos de académicos, pesquisadores, políticos, e de todos aqueles que se
preocupam com as constatações de carência e de desigualdade social das regiões com menor
grau de dinamismo e recurso. A questão do desenvolvimento passou a ser discutida através do
“local”, ou seja, como empreender iniciativas de desenvolvimento a partir de características,
vocações e apelo local, onde esta categoria se apresenta como diversas: económica, social,
cultural, ambiental e físico-territorial, político-institucional e científico-tecnológica que
mantêm umas em relação às outras, um relativo grau de autonomia. (TENÓRIO, 2004).

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Tema
O tema em estudo do presente trabalho é empreendedorismo local. Sabe-se que
empreendedorismo é perseguido como um ideal, o local tende a alcançar condições de
proporcionar respostas às necessidades e anseios da sua população, suprindo suas
necessidades e lhe proporcionando as condições para que nele possa realizar seus projectos.

Justificativa
O empreendedorismo é um assunto que carece de estudos académicos, de pesquisas sobre o
tema e por isso a iniciativa de pesquisar sobre. Um valor estimulante é que devido à crise
mundial presente na nossa economia, é possível visualizar o surgimento de novos
empreendimentos, de negócios autónomos para fugir do actual problema.

Do ponto de vista teórico, estudar o empreendedorismo e os perfis desses empreendedores


pode trazer uma contribuição para essa brecha que existe no meio académico nos estudos
sobre este determinado tema.

Alguns estudos apontam que esse ensino do empreendedorismo, já há algum tempo, vem
sendo incorporado nas grades curriculares das instituições de ensino superior e explorado com
o intuito de fomentar esses alunos que possuem características empreendedoras. E ao saírem
da graduação e sentirem vontade de investir em algum negócio próprio, estejam preparados
para enfrentar o mercado de trabalho.

Problema
O estudo do empreendedorismo é importante, pois é considerado por muitos como o
combustível para o crescimento e desenvolvimento económico, assim podendo criar empregos
e prosperidades. É relevante estudá-lo para assim se preparar e obter o conhecimento
necessário para começar um novo negócio, inserir algum produto novo no mercado, sempre
tentando minimizar os riscos de fracassos, tendo como base muito estudo e planeamento.

Acredita-se que, hoje em dia, é possível se ensinar o empreendedorismo, que é além daquele
empreendedor nato, que nascia com tal “dom”. O sucesso pode depender de factores internos
e externos, como é sua administração, se é organizado ou não, do perfil do empreendedor,
quais são as perspectivas para o futuro do negócio. E a motivação das pessoas pode vir de

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diversos factores, como desemprego, o sonho do negócio próprio, aumento da renda, uma
perspectiva melhor.

O empreendedor é visto como uma pessoa capaz de ter liderança, criar boas equipas para se
trabalhar desenvolver excelentes relacionamentos no seu ambiente de trabalho, são capazes
também de assumirem riscos calculados, terem grande poder de persuasão, e apesar de
arriscarem, chegam a evitar riscos desnecessários para os seus negócios.

Esta pesquisa tem uma importância economia local de mostrar os conceitos gerais do
empreendedorismo, as características dos perfis empreendedores na economia local.

Dessa forma, o problema tratado nesse trabalho pode ser definido pelos seguintes
questionamentos: O que é empreendedorismo? Quais são essas características?

Em uma questão de estrutura e ordem cronológica, o presente trabalho está subdivido nas
seguintes partes: Introdução; Revisão Bibliográfica; Empreendedorismo: conceitos e
fundamentos; As características do empreendedor, empreendedorismo como estratégia de
desenvolvimento económico local; Conclusão e Referências bibliográficas.

Hipóteses

Hipótese Primária
A grande maioria dos empreendedores criou o seu negócio nas décadas de 80 e 90 do século
XX. Precisamente, em Portugal, foi na década de 80 do século passado que se começou a
reconhecer a importância do empreendedorismo, fenómeno que estimulava os indivíduos,
sobretudo desempregados, a não ficarem à espera de um emprego que poderia não vir, mas a
criá-lo, fazendo apelo às competências ganhas ao longo da sua vida profissional ou em outras
actividades extra-profissionais Actualmente, este fenómeno está associado à capacidade do
indivíduo tomar iniciativas através da transformação de uma ideia num produto/serviço,
mediante uma atitude arriscada, inovadora e pró-activa.

Hipótese Secundária
A palavra local, não é sinónima de pequeno e não restringe necessariamente à diminuição ou
redução. O conceito de local adquire, pois, a conotação de alvo socio-territorial das acções e
passa, assim, a ser definido como o âmbito abrangido por um processo de desenvolvimento
em curso, em geral quando esse processo é pensado, planejado, promovido ou induzido.

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(FRANCO, 2000). Portanto, de certa forma, todo o desenvolvimento é local, seja este local
um distrito, um município, uma região de um país, um país, uma região do mundo.

Objectivos
O presente estudo tem como tema principal “O Empreendedorismo como estratégia de
desenvolvimento económico local” e tem o objectivo de apresentar, analisar e discutir o
referencial teórico, de natureza técnico-científica. Analisando a trajectória do que é o
empreendedorismo, seus principais conceitos, abordando o seu processo histórico.

Ainda tem como finalidade compreender como que se surgiu o empreendedorismo.

Objectivos específicos
Os objectivos específicos foram definidos da seguinte forma:

 Elaborar uma revisão bibliográfica sobre os conceitos e fundamentos do


empreendedorismo e verificar sua importância;
 Falar do empreendedorismo como estratégia do desenvolvimento económico local;
 Fazer comentários sobre os resultados alcançados.

Quadro teórico

Conceito, fundamentos e sua importância do empreendedorismo.


Segundo Hisrich e Peters (2014) o empreendedorismo tem uma função importante na criação
e no crescimento dos negócios e como consequência, uma prosperidade das nações e regiões.
Ele destaca que essas acções começam no ponto que o indivíduo empreendedor se depara com
as oportunidades empreendedoras, nos quais são: “situações nas quais novos bens, serviços,
matérias-primas e métodos organizacionais podem ser introduzidos e vendidos por um valor
maior do que seu custo de produção”. Sintetizando, é como se essa oportunidade viesse da
entrada de um produto tecnológico utilizado em tal mercado para assim, criar um novo
mercado em um novo local. E para usufruir de tais oportunidades empreendedoras, é preciso
que se tenha uma acção empreendedora, que se dá através: “da criação de novos
produtos/processos e/ou a entrada em novos mercados, que pode ocorrer por meio de uma
organização recém-criada ou dentro de uma organização estabelecida”.

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No que diz respeito ao conceito de empreendedorismo, Dolabela (1999) afirma:

O empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra


entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu
perfil, suas origens, seu sistema de actividades, seu universo de actuação. O
empreendedorismo deve conduzir ao desenvolvimento económico, gerando e
distribuindo riquezas e benefícios para a sociedade. Por estar constantemente diante
do novo, o empreendedor evolui através de um processo interactivo de tentativa e
erro; avança em virtude das descobertas que faz, as quais podem se referir a uma
infinidade de elementos, como novas oportunidades, novas formas de
comercialização, vendas, tecnologia, gestão. (DOLABELA, 1999, p. 43)

Ainda, segundo Dolabela (2006), esse “empreendedor” se iniciou nesse ambiente empresarial,
mas em sua obra “O Segredo de Luísa”, ele expande esse conceito para poder atender,
também, seus propósitos educacionais. Em sua obra, também é ressaltado, que o tema em
questão está conectado ao conceito de inovação e o empreendedor deve ter liberdade para
criar, ousadia, e assim inventando novas formas de produção.

Seguindo um pouco da linha empresarial, Chiavenato (2007) traz como definição que o
empreendedor é a energia da economia, a alavanca para os recursos disponíveis, dinamiza as
ideias e está sempre buscando novas oportunidades, assumindo riscos, tomando
responsabilidades, tendo como consequência novas inovações. Assim, no que diz respeito aos
empreendedores, Chiavenato afirma:

Fornecem empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento económico.


Não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de
energia que assumem riscos em uma economia em mudança, transformação e
crescimento. (...) inauguram novos negócios por conta própria e agregam a liderança
dinâmica que conduz ao desenvolvimento económico e ao progresso das nações.
(CHIAVENATO, 2007, p. 4)

Empreendedorismo para Filion (1999) é quando uma pessoa com as habilidades consegue
alcançar resultados tanto tangíveis quanto intangíveis, levando em conta sua criatividade,
sendo inerente a condição de risco durante a sua prática. E de acordo com o autor, o
empreendedor é conhecido como:

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[...] um indivíduo criativo, com a capacidade de estabelecer e alcançar metas,
possuindo um alto nível de consciência do contexto para poder detectar as
oportunidades de negócios, buscando uma aprendizagem contínua em relação às
oportunidades e revelando um processo de tomada de decisão com riscos moderados
visando à inovação. (Filion, 1999, p. 19)

Empreendedorismo como estratégia do desenvolvimento económico local


Ainda citando Tenório et. al. (2004), é preciso empreender iniciativas de desenvolvimento a
partir de características, vocações e apelo local, na ordem económica, social, cultural,
ambiental e físico-territorial, político-institucional e científico-tecnológica que mantêm umas
em relação às outras, um relativo grau de autonomia. Percebe-se que o desenvolvimento deve
ocorrer a partir da necessidade e do potencial de cada localidade, além de observar e analisar
aspectos relacionados à cultura da população, do ambiente físico, político entre outras
variáveis.

Neste sentido, Meyer-Stamer (2001) evidencia etapas da promoção local ocorridas nos países
desenvolvidos, que serviriam como um bom roteiro a ser seguido em países em
desenvolvimento. Estas etapas são inicialmente a disponibilidade de terrenos; logo após apoio
e a atracão de empresas e faz-se um marketing de imagem local; o próximo passo é dar apoio
com uma agência de desenvolvimento, sucessão empresarial, suporte para empresas novos
empreendimentos; e por fim fazer a integração com a agenda 21, definir uma estratégia
regional e fazer ligação entre promoção económica e outras actividades.

Meyer-Stamer (2004, p.12) cita que: “planejar DEL, é em particular uma estratégia para
vários anos, é geralmente baseado numa análise profunda da economia local. Preparar
tais análises é algo que requer pelo menos várias pessoas-meses, senão pessoas-anos”. Para
promover um Desenvolvimento Económico Local é preciso, segundo Meyer-Stamer (2001),
primeiramente promover empresas residentes através da administração e promoção de Micro
e Pequenas Empresas, em seguida atrair novos investidores através de actividades de
marketing
e incentivar novos empreendedores através de benefícios e apoio.

Formas de empreendimento que geram o desenvolvimento local

Na visão de Schumpeter o empreendedor é o agente de mudança, ou seja, aquele que destrói a


ordem económica existente através da introdução de novos produtos e serviços, através da
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criação de novas formas de organização e também da exploração de novos recursos e
materiais. (SCHUMPETER, 1991). Schumpeter postulava que o desequilíbrio dinâmico
provocado pelo empreendedor inovador, em vez de equilíbrio e optimização, é a norma de
uma economia sadia e a realidade central para a teoria e a prática económicas (DRUCKER,
1987).

Segundo Degen (1989), esse processo, chamado por Schumpeter de “destruição criativa”, – é
“o impulso fundamental que acciona e mantém em marcha o motor capitalista” e quem dirige
esse motor é o empreendedor. Tal processo é responsável pela substituição de produtos
antigos por outros mais eficientes, mais baratos, mais ágeis, mais acessíveis, de melhor
qualidade e comodidade.

Segundo Leite (2001) estão engajados num processo que o economista Joseph Schumpeter
descreveu como “destruição criativa” - romper os velhos hábitos, para gerar respostas novas
às carências e desejos do mercado. Para o autor, os empreendedores são ágeis, persistente e,
geralmente, trabalham como um tipo de capital intangível: boas ideias.

Além de acções básicas como infra-estrutura para o município (investimentos em saúde,


escolas, saneamento, moradia), torna-se necessárias algumas práticas que promova e
desenvolva o local. Neste sentido, muitos municípios estão conseguindo promover iniciativas
empreendedoras e inovadoras para desenvolver suas regiões, destacando-se como verdadeiras
alavancas (ANPROTEC, 2004):

 Incubadoras de empresas: ambientes dotados de infra-estrutura física e todo um


conjunto de serviços de suporte, podendo ser tradicionais, tecnológicas, de
cooperativas, de design, culturais, de turismo, de artesanato, de agros negócios, de
serviços especializados, etc.
 Cooperativas: junção de indivíduos ou empresas, com trabalho cooperado, em prol de
um objectivo mútuo;
 Parques tecnológicos: espaços planejados para abrigar permanentemente empresas
inovadoras, apoiando o seu desenvolvimento e competição, com integração com
entidades de ensino e pesquisa;
 Condomínios empresariais: espaços preparados para receber empresas dentro de um
sistema cooperativo de rateio de custos e busca de competitividade;
 Parques agro-industriais: áreas voltadas para receber equipamentos,
empreendimentos e infra-estruturas estratégicas para o agro negócio;
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 Arranjos produtivos locais (APLs): organização de empresas de um mesmo sector
ou cadeia produtiva, que buscam se diferenciarmos do mercado por meio de acções
colectivas inovadoras;
 Hotel de projectos: programas implantados em instituições de ensino ou pesquisa
com o objectivo de estimular e apoiar o surgimento de novos projectos de
empreendimentos;

Metodologia
Segundo PRODANOV e FREITAS (2013), a metodologia constitui-se em: estudar,
compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para se realizar uma pesquisa
académica. Segundo os autores:

A metodologia, em um nível aplicado, examina, descreve e avaliam métodos e


técnicas de pesquisa que possibilitam a colecta e o processamento de informações,
visando ao encaminhamento e à resolução de problemas e/ou questões de
investigação. (PRODANOV e FREITAS, 2013, p. 14).

Ou seja, tem como propósito utilizar certos procedimentos e as técnicas necessárias para a
construção do conhecimento, com o objectivo de deixar claro sua validade e utilidade nos
diversos campos da sociedade como um todo.

Métodos de Abordagem
Os métodos de abordagem irão fornecer ao pesquisador normas capazes de marcar uma
quebra entre os objectivos científicos estabelecidos e os não científicos (que podem também
pode ser chamados de senso comum). Esses métodos, segundo PRODANOV e FREITAS
(2013), esclarecem os procedimentos lógicos que deverão ser seguidos no processo de
investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade. Os métodos podem ser: dedutivo,
indutivo, hipotético-dedutivo, dialéctico e fenomenológico.

Para o presente trabalho irá se utilizar do método indutivo que se relaciona com o empirismo,
ou seja, é responsável pela generalização, isto significa que parte de uma questão particular
para uma mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007):

Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados


particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal,

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não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas
quais se basearam. (LAKATOS e MARCONI, 2007, p. 86)

Então, a indução para se chegar a uma lei geral, partindo de uma questão particular, deve
passar por meio de uma observação e de uma experimentação, com objectivo de investigar a
relação existente entre os fenómenos.

Um método de abordagem para dar veracidade aos argumentos foi à utilização da colecta de
dados, fazendo-se uma pesquisa documental ou de fontes primárias, que segundo Lakatos e
Marconi (1992) são aqueles oriundos dos próprios órgãos que efectivaram as observações e
englobam todos os materiais, podendo ser não elaborados, que serviriam como uma fonte de
informação para a pesquisa científica e bibliográfica. Ou podendo também ser de fontes
secundárias, que ainda de acordo com os autores, é uma complementação da pesquisa
documental, pois é feito todo um levantamento da bibliografia, seja em forma de livros,
revistas, pesquisas mundiais, pesquisas em sites de instituições que desenvolvem esse tipo de
acção, monografias, teses, artigos, todos com carácter técnico-científico, com base nos
conceitos centrais referentes ao empreendedorismo, partindo para questões mais particulares,
como: quais são as características de um empreendedor, o empreendedorismo como estratégia
de desenvolvimento económico local.

Métodos de Procedimento

Segundo Lakatos e Marconi (1992), os métodos de procedimento constituem etapas concretas


de investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos fenómenos
menos abstractos, ou seja, estão relacionados com os procedimentos técnicos a serem
seguidos pelo pesquisador dentro de determinada área de conhecimento. “Esses métodos têm
por objectivo proporcionar ao investigador os meios técnicos, para garantir a objectividade e a
precisão no estudo dos fatos sociais. ” (GIL, 2008, p. 15). Eles têm como objectivo principal
fornecer a orientação necessária para a realização da pesquisa e assim dar valor aos dados que
se referem ao problema principal da investigação realizada.

O método de procedimento utilizado no presente trabalho foi o método de estudos de caso.


Estimula o empreendedor, o aluno estudado, incentiva à instituição de ensino a presenciar e
vivenciar uma situação presente/real.

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Orçamento

Item Custo (MZM)


Computador
Impressoras
Encadernação
Total

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Conclusão
Pode-se concluir então que o desenvolvimento económico local é uma forma de contribuir
para que um determinado local desenvolva suas potencialidades e capacidades, gerando
inclusão social, igualdade de renda, qualidade de vida e equilíbrio ambiental. Para que ele
ocorra é necessária uma maior participação cívica de forma democrática e acções políticas
que o favoreça e estimule. Quanto à participação cívica, envolve altos níveis de confiança,
participação e comprometimento, que são os aspectos básicos da formação do capital social.
E, quanto às acções políticas, elas ocorrem no fornecimento de infra-estrutura adequada de
um local, incentivos fiscais, apoio para desenvolvimento com instituições de fomento que
gerem pesquisas e tecnologia, que são práticas de apoio ao empreendedorismo e geração de
novas empresas.

Como formas de empreender para gerar desenvolvimento local, foram citadas as cooperativas,
incubadoras, parques tecnológicos, arranjos produtivos locais, redes, entre outros, que são
estratégias voltadas para a abertura de um mercado e para melhor negociação, alem de serem
estratégias que geram o envolvimento, a participação, a confiança e o comprometimento de
todos os envolvidos.

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Bibliografia
ANPROTEC. (2004). Agenda das cidades empreendedoras e inovadoras. Fonte:
www.anprotec.org.br
CHIAVENATO, I. (2007). Empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor. São
Paulo: Saraiva.
DEGEN, R. J. (1989). O empreendedor: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo:
McGraw-Hill.
DOLABELA, F. (1999). Oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura.
DRUCKER, P. (1987). Inovação e Espírito Empreendedor: prática e princípios. São Paulo:
Pioneira.
FRANCO, A. (2000). Porque precisamos de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável.
Brasília- DF: Editora Electrónica: comprukromus Editoração e Assessoria Gráfica
Ltda.
GIL, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
HISRICH, R. D. (2014). Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman.
LAKATOS, E. M., & MARCONI, M. d. (2007). Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas.
LEITE, E. F. (2002). O fenômeno do empreendedorismo criando riquezas. Recife: Bagaço.
MEYER-STAMER, J. (2001). Estratégias de Desenvolvimento Local e regional: clusters,
políticas de localização e competitividade sistêmica. Policy Paper: Friedrich Ebert
Stiftung.
PRODANOV, C. C., & FREITAS, E. C. (2013). Metodologia do Trabalho Científico:
Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Rio Grande do Sul:
Universidade Feevale.
SCHUMPETER, J. A. (1976). Capitalismo, Socialismo e Democracia. (S. G. Paula, Trad.)
Rio de Janeiro: Zahar Editores.
TENÓRIO, F. G., DUTRA, J. L., & MAGALHÃES, C. M. (2004). Gestão social e
Desenvolvimento Local: uma perspectiva a partir da cidadania. PR: Curitiba.

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