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UNIVILLE

MESTRADO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS

Tecnologias Limpas Aplicadas a Processos Industriais

UNIDADE I: CONCEITOS, CÁLCULOS E


FLUXOGRAMAS EM PROCESSOS INDUSTRIAIS

Profa. Noeli Sellin


TÓPICOS DA AULA

- Indústrias de processos
- Conceitos e características fundamentais em processos
industriais.
- Unidades Operacionais.
- Balanços materiais em unidades operacionais e processos
industriais.
- Elaboração de fluxograma de processos industriais.
- Análise de fluxogramas de processos industriais.
INDÚSTRIA
Conjunto de atividades produtivas que se
caracterizam pela transformação de matérias-
primas, de modo manual ou com auxilio de
máquinas e ferramentas, no sentido de produzir
mercadorias.
A importância das indústrias

- Contribui em torno de 22% do PIB.


- Desenvolve a economia, pois gera empregos direta
e indiretamente.
- Gera impostos fortalecendo as contas públicas.
- Desenvolve o comércio local.
- Produz novas tecnologias.
- Pode avaliar o nível de desenvolvimento de um
país.
- Todos os setores da economia dependem do setor
industrial.
Impactos negativos da indústrias
⚫ Contribui para a degradação do meio ambiente.
⚫ As indústrias Multinacionais podem interferir na economia de um
país através do seu domínio econômico e político.

⚫ Provoca mudanças no consumo, fazendo com que as pessoas passem


a adquirir o que for de interesse das indústrias.
Modos de produção industrial
INDÚSTRIA ARTESANAL:
Modos de produção industrial
INDÚSTRIA MANUFATUREIRA (Sec. XVII e XVIII)
Modos de produção industrial
INDÚSTRIA MAQUINOFATUREIRA (Sec. XVIII) - INDÚSTRIA
TRANSFORMAÇÕES NA INDÚSTRIA

90 ANOS 100 ANOS 42 ANOS Indústria 4.0

- Iniciou em 2012, por um Projeto estratégico de alta tecnologia


do Governo Alemão, que promove a informatização da manufatura.
INDÚSTRIA 4.0

- É um conceito de indústria proposto recentemente e que


engloba as principais inovações tecnológicas dos
campos de automação, controle e tecnologia da
informação, aplicadas aos processos de produção.

- Sistemas Cyber-Físicos, Internet das Coisas e Internet


dos Serviços → processos de produção cada vez mais
eficientes, autônomos e customizáveis.

- Com as fábricas inteligentes → diversas mudanças


ocorrerão na forma em que os produtos serão
manufaturados.
INDÚSTRIA 4.0

- Fundamento básico: conectando máquinas,


sistemas e ativos → as empresas poderão criar
redes inteligentes ao longo de toda a cadeia de
valor.

- As fábricas inteligentes terão a capacidade e


autonomia para agendar manutenções,
prever falhas nos processos e se adaptar aos
requisitos e mudanças não planejadas na
produção.
INDÚSTRIA 4.0
Principais Princípios
1- Interoperabilidade: conexão e comunicação por sistemas
cyber-físicos dos humanos e Fábricas Inteligentes pela Internet e
da Computação em Nuvem.
2 - Virtualização: cópia virtual das Fábricas Inteligentes - modelos
de plantas virtuais e modelos de simulação.
3 - Descentralização: sistemas cyber-físicos das Fábricas
Inteligentes tomam decisões sem intervenção humana.
4 - Capacidade em Tempo-Real: coleta, análise e entrega de
dados imediata.
5 - Orientação a Serviço: oferecimento dos serviços por
Computação em Nuvem.
6 - Modularidade: flexibilização da produção por meio de
reposição ou expansão de módulos individuais.
INDÚSTRIA 4.0
Principais Benefícios
✓ Redução de Custos
✓ Economia de Energia
✓ Aumento da Segurança
✓ Conservação Ambiental
✓ Redução de Erros
✓ Fim do Desperdício
✓ Transparência nos Negócios
✓ Aumento da Qualidade de Vida
✓ Personalização e Escala sem Precedentes
INDÚSTRIA 4.0
https://www.youtube.com/watch?v=jTLpqipsw0g – Indústria 4.0
Mudanças

https://www.youtube.com/watch?v=L6bmOmfgvsM – Como será o futuro


na próxima década?

https://www.youtube.com/watch?v=Mm09iSJR8io – Instituto Mauá

https://www.youtube.com/watch?v=kFQkA9mSYgY - FISPAL

https://www.youtube.com/watch?v=Jgi8m3AQWwM – ABIMAQ protótipo

https://www.youtube.com/watch?v=wETEKO6Yzi0 - FIAT

https://www.youtube.com/watch?v=ZfKEH4wyb50 – JEEP
Tipos de Indústrias
Indústrias de base ou bens de produção

 Produção de bens, equipamentos


e matérias-primas que alimentam
indústrias de bens de capital ou
de consumo.
 Localizam-se de fornecedores ou
dos portos e ferrovias.
 Ex: Siderúrgicas, metalúrgicas,
petroquímicas, material de
construção, etc.
Indústrias de bens de capital
• Produz máquinas e
equipamentos que serão
utilizados pelas indústrias
leves ou pesadas.
• Localizam-se perto de seus
consumidores, nos
centros industriais.
• Ex.: Maquinarias, autopeças,
motores, componentes
eletrônicos, etc.
Indústrias de bens de consumo
⚫ Produzem produtos para consumo em geral.
Dividem-se em:
- Bens duráveis: móveis, eletrodomésticos,
automóveis, etc.
- Bens Semi-duráveis: Vestuário,
acessórios, calçados, etc.
- Bens Não duráveis: alimentos, bebidas,
etc.

⚫ Abrigam a maior parte dos trabalhadores


e atingem amplo mercado consumidor.
Encontram-se nas cidades médias ou em
centros urbanos.
Localização da indústria
Os Fatores locacionais
⚫ São as vantagens que um determinado lugar oferece para a
instalação de indústrias.
▪ Matérias-primas: minerais e agrícolas.
▪ Energia: petróleo , gás, eletricidade, etc.
▪ Tecnologia: parques tecnológicos, universidades, centros de
pesquisa e desenvolvimento (P&D).
▪ Mão de Obra: pouco qualificada (baixa remuneração) ou muito
qualificada (alta remuneração).
▪ Mercado consumidor: relacionado à quantidade de pessoas e
disponibilidade de renda.
▪ Logística: disponibilidade e custos de transporte e armazenagem.
▪ Rede de telecomunicações: telefonia, internet, etc.
▪ Complementaridade: proximidade de indústrias afins.
▪ Incentivos fiscais: redução ou isenção de impostos concedida pelo
Estado.
A desconcentração da atividade industrial
⚫ Saída de indústrias dos grandes centros econômicos
tradicionais onde os custos de produção sejam menores,
devido principalmente:
▪ A possibilidade de pagamentos de salários mais baixos.
▪ Preços dos terrenos mais baixos.
▪ Infra-estrutura não esteja saturada.
▪ Não haja grandes congestionamentos.
▪ Facilidade de obter matérias-primas.

▪ No Brasil essa descentralização ocorre principalmente com


empresas saindo dos grandes centros para o interior dos seus
Estados e de outra regiões como a Região Nordeste.
Distribuição espacial das indústrias no Brasil
Polos industriais em Santa Catarina
Contribuição da indústria Catarinense
Municípios com maior Produto Interno Bruto em Santa Catarina
em 2018 estão entre as 100 maiores economias do país:

- Joinville (28º), Itajaí (36º), Florianópolis (45º) e Blumenau


(56º).

- Juntos, mais de R$ 94 bilhões.

- O Estado teve uma alta de 3,7% no ano, frente a 2017, e


somou R$ 298,23 bilhões → o quarto maior crescimento do
Brasil.

- O Estado catarinense está dividido em 21 Associações de


Municípios. A maior delas em PIB é a Associação de
Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc), com
15,42% de participação no PIB estadual.
Contribuição da indústria Catarinense

- Joinville, em 2018, teve alta de 12,4% e atingiu R$ 30,78 bilhões ou


10,3% do PIB catarinense.

- Santa Catarina é o segundo estado com maior participação da indústria


de transformação no PIB.

- Contribui com 3,6% das exportações brasileiras. Ocupa a décima


colocação no ranking nacional.

- Principais mercados de destino dos produtos catarinenses em 2018:


EUA (11,8%), China (8,0%), Japão (6,0%).

- Indústria de transformação é a quarta do país em quantidade de


empresas e a quinta em número de trabalhadores.

- Artigos do vestuário e alimentar são os que mais empregam, seguindo-


se o de artigos têxteis.
Processos Industriais - Aspectos Gerais

- Processo: sequência de operações realizadas em fluxos e


correntes com objetivo de propiciar transformações
necessárias às substâncias envolvidas, obtendo-se o
produto.
- Engenharia de processos: identificar elementos (matéria-
prima, insumos, produtos desejados), quantificá-los,
selecionar e/ou projetar equipamentos que promovam a
transformação desejada.
Processos Industriais - Aspectos Gerais

Energia Coadjuvantes
Água
Recursos Humanos

Matérias- Processo de Produto


primas Transformação

Coprodutos Tratamento/
Resíduos
destinação

Reaproveitamento
Produção Linear
Produção Circular
Processos Industriais - Aspectos Gerais

Processo Estado 2
Estado 1
(tempo, espaço)

Correntes de entrada Correntes de saída

Variáveis de processo
Reações
Acúmulo ou esgotamento de matéria,
energia e/ou insumos.
Análise de Processos Industriais

-Termodinâmica: entalpia, energia, calor, trabalho


(transformação de energia).

- Cinética: velocidade/tempo em que as reações e


transformações ocorrem.

- Fenômenos de transporte: transferência de massa


energia e momento.
Processos Industriais - Aspectos Gerais
Fluxograma

Diagrama de blocos - BFD (Block Flow Diagram)


Processos Industriais - Aspectos Gerais
Fluxograma
Diagrama de processo – PFD
(Process Flow Diagram)
Processos Industriais - Aspectos Gerais
Fluxograma
P&ID (Pipe & Instrumentation Diagram)
Operações Unitárias da Indústria
Operações Unitárias da Indústria
✓ Mecânicas: Operações envolvendo transporte
de sólidos particulados, sólido-fluido e
sistemas fluidos.

Exemplos: peneiramento, moagem, filtração,


decantação, flotação, centrifugação, sistemas de
membranas, bombeamento, mistura e agitação.
Operações Unitárias da Indústria
✓ Transferência de Calor: Operações envolvendo
trocas térmicas entre fluídos.

Exemplos: Aquecimento e resfriamento de


fluidos (trocadores de calor), evaporação,
cristalização, secagem.
Operações Unitárias da Indústria
✓ Transferência de Massa: Operações
envolvendo trocas de massas entre fluídos.

Exemplos: Destilação; Adsorção; Absorção;


Extração; Cristalização; Troca iônica; Secagem.
Operações Unitárias da Indústria
REATORES QUÍMICOS
Filtração
Extração
Absorção gasosa
Coluna de
absorção/
Lavadores de
gases
Adsorção
Adsorventes
Sílica gel, carvão ativado, terra de
diatomáceas, talco, amido, etc.

Terra de diatomáceas
Secagem
Destilação
Cristalização
Leito fluidizado
Centrifugação
Extrusão
Injeção
Injeção
Injeção
Fundição
Fundição
Classificação dos Processos Industriais

- Processos Batelada: não há transferência de massa pelas


fronteiras do sistema entre o tempo de entrada da
alimentação e a saída dos produtos.

- Processos Contínuos: há alimentação contínua das


matérias-primas e retirada dos produtos (entrada e saída
fluem continuamente durante o processo).

- Processos semi-batelada ou semi-contínuos: são


processos que não são nem batelada e nem contínuos.
Classificação dos Processos Industriais

- Processos em estado-estacionário ou regime permanente: os


valores das variáveis de processo (T, P, V, etc.) não mudam com
o tempo, exceto por pequenas flutuações.

- Processos em estado transiente ou não-estacionários: qualquer


variável do processo muda com o tempo, operação descontínua.

- Processos Contínuos → operação estacionária. Vantagens:


grandes escalas de produção, melhor controle operacional e
qualidade, maior produtividade e preço/produto reduzido.

- Processos batelada e semi-batelada → operações não


estacionárias, transientes. Pequena escala de produção.
FUNDAMENTOS DE
BALANÇO DE MASSA

Lei da Conservação da Massa

“A massa não pode ser criada nem destruída, porém,


pode ser transformada”

Antoine Laurent Lavoisier


Definições importantes:
Volume de controle: sistema delimitado (escolhido) para se aplicar o balanço de
massa.

Exemplos: 1 etapa do processo

Corrente de entrada Corrente de saída


Equipamento

V.C.

Várias etapas do processo

Equipamento 1 Equipamento 2 Equipamento 3

V.C.
Sistema aberto: permite o fluxo de matéria através da fronteira do sistema.
Característica de regime permanente (processos contínuos).

Massa Massa
Energia Equipamento Energia

Sistema fechado: não há transferência de massa através da fronteira do sistema


no intervalo de tempo de interesse (a massa é fixa dentro do sistema).
Característica de regime transiente ou batelada (processos descontínuos).

Energia Equipamento Energia

dm
=0 Ou massa do sistema = constante
dt
A equação geral do balanço:

Massa de entrada Massa de saída


PROCESSO

ENTRADA + GERAÇÃO - SAÍDA - CONSUMO = ACÚMULO


Massa que Massa Massa que sai Massa Massa
entra através produzida através da consumida acumulada
da fronteira do dentro do fronteira do dentro do dentro do
sistema sistema sistema sistema sistema
Tipos de Balanços:
Dois tipos de balanços materiais podem ser descritos:

Balanço diferencial: indica o que está acontecendo em um sistema em um


instante determinado de tempo. Cada termo da equação do balanço é uma taxa,
e tem as unidades da quantidade dividida por uma unidade de tempo (ex: kg/h,
L/h, Pessoas/ano). É usualmente utilizado em um processo contínuo.

Balanço integral: descreve o que acontece entre dois instantes de tempo. Cada
termo da equação do balanço é uma porção da grandeza balanceada e tem as
unidades correspondentes (ex: kg, L, Pessoas). É normalmente aplicado a
processos em batelada (descontínuo), onde os dois instantes de tempo são o
momento depois da entrada das matérias-primas e o momento antes da retirada
dos produtos.

Importante: um processo em batelada em um longo intervalo de tempo, pode ser


tratado como contínuo.
Regras para simplificar os cálculos do balanço de massa:
- Se a substância balanceada é uma espécie não-reativa (ou seja, não é
um reagente ou um produto de reação) → geração = 0 e consumo = 0;
- Se o sistema está em estado estacionário → acúmulo = 0.

Assim:

ENTRADA - SAÍDA = ACÚMULO

E se o processo for em regime permanente:

ENTRADA - SAÍDA = 0
Passos para se fazer um balanço de forma organizada:

1. Colete todos os dados conhecidos de massa e composição de todas


as correntes de entrada e saída do problema;

2. Desenhe um diagrama de blocos (fluxograma), indicando o processo


com entradas e saídas identificadas. Desenhe as fronteiras;

3. Escreva todos os dados disponíveis no diagrama de blocos;

4. Selecione uma base de cálculo conveniente;

5. Escreva o balanço material de acordo com a base de cálculo. Para


cada variável é necessário um balanço;

6. Analise o grau de liberdade do sitema;

7. Resolva as equações para determinar as variáveis desconhecidas.


Reciclo:
É uma derivação da corrente de saída de um processo, a qual retorna em
mistura com a corrente de alimentação.
Usado para enriquecer um produto, aumentar rendimentos, reduzir custos
operacionais, conservar energia, etc.

Reciclo

Alimentação Produto
M PROCESSO S
misturador separador

Alguns exemplos:
- Reciclo parcial de ar em processos de secagem, com intuito de
aproveitamento de energia do ar já aquecido.
- Reciclo em destilação, refino de petróleo, processamento de polímeros, etc.
- Diluição de corrente de processo;
- Recuperação de catalisadores;
- Controle de uma variável de processo (calor em reações químicas);
- Recicrculação de fluidos de trabalhos (ciclos de refrigeração).
Bypass ou desvio:
É uma derivação da corrente de alimentação, desviada do processo e misturada
com a corrente de saída, fornecendo uma composição desejada.

Bypass

Alimentação Produto
S PROCESSO M
separador misturador

Exemplo típico:
Quando o processo em si pode ser muito drástico, ocasionando características
indesejáveis ao produto (ex. perda de aromas), a derivação em bypass pode
minimizar o problema.
- Indústria de sucos, café solúvel, leite em pó, etc.
Purga:
É usada quando uma corrente contém um componente desejável, que é de
interesse reciclar no processo, mas também contém componentes indesejáveis
que devem ser mantidos dentro de limites aceitáveis.

misturador separador
Alimentação Produto
M PROCESSO S

Purga

Alimentação secundária

Exemplo:
- Reaproveitamento de ar de secagem que pode ser reciclado com o ar ambiente,
porém com umidade aceitável.
- compressores, tubulações de vapor.
- inertes em reatores químicos, etc.
Exemplo:
1) Considere a seguinte unidade operacional:
Topo
Benzeno (B) = 450 kg/h
Tolueno (T) = ? Kg/h

1000 kg/h mistura


Coluna de
50% Benzeno (B) Destilação
50% Tolueno (T)

Base Benzeno (B) = ? kg/h


Tolueno (T) = 475 kg/h

Determinar a vazão do componente desconhecido em cada


corrente de saída e as composições (%) de cada
componente em todas as correntes.
Exemplo:
3) Considere a seguinte unidade experimental de produção de alimentos:
Informações:
D • A corrente C se divide
F I
Alimentação 150 kg/h
igualmente (mesma
1000 kg/h 0 % ST vazão) entre as
15 % ST
B
A correntes E e G;
85 % água
5 % ST II • P é o produto final
C desejado;
R
E (10 % ST) G • A corrente K é um
subproduto do processo;
III IV
• Todas as correntes
L apresentam em sua
W composição apenas
V
água sólidos (ST) e água.

Calcule:
K P
450 kg /h Produto a) A vazão de P;
20 % ST 80 % ST b) A vazão do reciclo A;
c) A vazão do reciclo R.
ANÁLISE DE GRAUS DE LIBERDADE:
- Desenhe e rotule o fluxograma, conte as incógnitas e depois
as equações independentes que as relacionam e aplique a
equação a seguir:
ngl = nincógnitas - nequações independentes
1. Se ngl = 0, existem n equações independentes e n incógnitas e o problema
pode, em princípio, ser resolvido;
2. Se ngl > 0, existem mais incógnitas do que equações independentes e, no
mínimo, ngl valores de variáveis adicionais devem ser especificados antes
que as restantes possam ser determinadas. Pode ser que estejam faltando
relações ou que o problema esteja subespecificado e tenha infinitas
soluções. Em qualquer caso, começar os cálculos será uma perda de
tempo;
3. Se ngl < 0, existem mais equações do que variáveis. Pode ser que o
diagrama esteja mal rotulado ou que o problema esteja
superespecificado com relações redundantes e possivelmente
inconsistentes. Assim, não faz sentido perder tempo resolvendo o problema
até que as equações e incógnitas estejam, balanceadas.
BIBLIOGRAFIA
e-Book Biblioteca Virtual
✓ CREMASCO, M.A. Operações unitárias em sistemas particulados e
fluidomecânicos. Blucher, 3ª ed., 2018.
✓ BARBOSA, Gleisa Pitareli. Operações da indústria química princípios,
processos e aplicações. São Paulo: Editora Erica, 2015.
✓ FELDER, R.M.; ROUSSEAU, R.M.; BULLARD, L. G. Princípios elementares
dos processos químicos. LTC, 4ª ed., 2018.
✓ HIMMELBLAU, D. Engenharia Química - Princípios e Cálculos. LTC, 8ª ed.
2014.
✓ MATOS, Simone Pires de. Operações unitárias fundamentos,
transformações e aplicações dos fenômenos físicos e químicos. São
Paulo: Editora Erica, 2015.
✓ SHREVE, R. N., BRINK Jr., J. A. Indústrias de Processos Químicos. Editora
Guanabara, Rio de Janeiro, 6ª edição, 1998.
✓ TOLENTINO, N. M. C. Processos químicos industriais. Matérias-primas,
técnicas de produção e métodos de controle de corrosão. São Paulo: Editora
Erica, 2015.

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