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Química Geral: Distribuição Eletrônica

A distribuição dos elétrons dos átomos em níveis e subníveis de energia


geralmente é feita por meio do Diagrama de Pauling (pois foi criado pelo
cientista Linus Carl Pauling (1901-1994)), também conhecido como Diagrama
de distribuição eletrônica, ou, ainda, Diagrama dos níveis energéticos. Esse
diagrama tem o seguinte aspecto:

Vejamos o que significa cada termo nesse diagrama

Primeiramente, deve-se ter em mente que os elétrons se distribuem na


eletrosfera do átomo em níveis e subníveis diferentes; isto porque cada elétron
é caracterizado por uma determinada quantidade de energia.

Assim, os diferentes níveis de energia (n), ou camadas, são representados por


números (1, 2, 3, 4, 5, 6, e 7), sendo que cada número desse corresponde às
camadas eletrônicas K, L, M, N, O, P e Q, respectivamente. A ordem crescente
de energia dessas camadas vai da camada mais interna (K) para a camada mais
externa (Q).

Cada nível apresenta um ou mais subníveis (l), que são representados pelas
letras s, p, d, f. Os subníveis em um mesmo nível apresentam energias
diferentes entre si, que aumentam na seguinte ordem:

s<p<d<f
O primeiro nível K (n = 1) apresenta apenas um subnível, que é o s; o segundo
nível L (n = 2) apresenta dois subníveis, que são o s e o p; e assim por diante,
segundo mostrado no diagrama.

Os diferentes níveis e subníveis possuem uma quantidade máxima específica de


elétrons com os quais podemos preenchê-los. A seguir, essas quantidades são
mostradas:

Ao fazermos a distribuição eletrônica utilizando o diagrama de Pauling,


anotamos a quantidade de elétrons em cada subnível no seu lado direito
superior, conforme o modelo abaixo:

Um aspecto também muito importante a ser ressaltado é que nem sempre o


subnível mais externo é o mais energético. Por isso, ao se realizar a
distribuição eletrônica, a ordem crescente de energia que deve ser seguida
é a indicada pelas setas. Ao seguirmos as setas do diagrama de Pauling,
verificamos que a ordem crescente de energia dos subníveis é:
1s < 2s< 2p < 3s < 3p < 4s < 3d < 4p < 5s < 4d < 5p < 6s < 4f < 5d < 6p < 7s
< 5f < 6d < 7p

Veja alguns exemplos que mostram como a distribuição eletrônica é feita:

• Distribuição eletrônica do átomo de ferro (Z = 26):

Veja que o subnível 3d foi preenchido somente com 6 e não com a sua
quantidade máxima, que era de 10. Isso ocorre porque o número atômico do
ferro é 26, então era preciso distribuir 26 elétrons; como já haviam sido
distribuídos 20, faltavam apenas 6 para completar o subnível.

Escrevendo a distribuição eletrônica, por extenso, em ordem de energia (ordem


das setas diagonais): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6

Note que os elétrons mais energéticos do átomo de ferro no estado


fundamental são os que possuem o estado de energia: 3d6 e não os
elétrons mais externos ou elétrons de valência: 4s2.

Pode-se também escrever a distribuição, por extenso, em ordem


geométrica (ordem crescente de n): 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d6 / 4s2

• Distribuição eletrônica do átomo de bromo (Z = 35):


Escrevendo a distribuição eletrônica, por extenso, em ordem de energia (ordem
das setas diagonais): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5

Pode-se também escrever a distribuição, por extenso, em ordem


geométrica (ordem crescente de n): 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d10 / 4s2 4p5

Nível mais energético: 4p5.

• Distribuição eletrônica do átomo de tungtênio (Z = 74):

Escrevendo a distribuição eletrônica, por extenso, em ordem de energia (ordem


das setas
diagonais): 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f14
2 2 6 2 6 2 10 6 2 10 6 2

5d4

Pode-se também escrever a distribuição, por extenso, em ordem


geométrica (ordem crescente de n): 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d10 /
4s2 4p6 4d10 4f14 / 5s2 5p6 5d4 / 6s2

Nível mais energético: 5d4.

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