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APS de Evolução

Anna Beatriz Schulz Rodriguez RA: 21318558


Atividade 1

Os lagartos brasileiros, o Tropidurus torquatus, são uma espécie muito comum em


áreas neotropicais e têm o habito de se esconder em tocas, onde ficam durante as
horas mais quentes do dia, além de passar a noite nesses pequenos buracos.
Eles vivem nas proximidades de árvores e plantas, que ajudam a formar abrigos
para os lagartos durante diversas situações; um exemplo disso é o “coqueirinho de
guriri”, cujas folhas pendem até o chão e servem como proteção.
São uma espécie predominantemente carnívora, cuja dieta varia entre pequenos
insetos, como abelhas e formigas, e flores, que podem – ou não- terem sido
ingeridas sem querer junto das abelhas. Sendo animais que põe ovos, foi observado
que há uma desova prolongada para a espécie, e o número de ovos varia de 2 a 4.
Por ocuparem diferentes habitats e terem um hábito alimentar bastante variado,
essa espécie de lagarto possui importantes fatores que corroboraram com o seu
sucesso evolutivo, em relação à outras espécies.
Com o passar do tempo, houveram mudanças na forma como o T. torquatus ataca
suas presas, por exemplo, as presas pequenas são predadas sem qualquer gasto
de energia, já que elas são atacadas quando estão em grande quantidade. Já
quando a presa são abelhas, o lagarto fica se movendo de flor em flor, até achar o
momento ideal para investir.
Ao comerem as sementes do “coqueirinho de guiri”, o T. torquatus também pode
fazer o papel de disseminador da semente dessa espécie de planta, uma das mais
existentes na área de estudo.
Sua forma de predação, dando preferência a presas menores, evidencia sua
preferência por economizar energia, em contrapartida, há o contra de que o lagarto
precisa ingerir uma maior quantidade de sua presa para que possa existir o
aproveitamento energético.
A vida dos lagartos é, geralmente, plástica. Variando em reposta à temperatura,
disponibilidade de alimente e umidade. A temperatura é um fator de extrema
importância para a história dos lagartos, além disso, as mudanças no clima
causadas pelo aquecimento global, encaminham para trocas de precipitação ou de
distribuição dos biomas.
A influência da temperatura na vida dos lagartos está amparada por outros
elementos naturais, como a termorregulação comportamental; com esse tipo de
regulação de temperatura, muitas espécies apresentam valores altos e pouca
variação na temperatura corporal. O resultado disso é um tamponamento dos
efeitos da variação térmica decorrente da mudança diária, sazonal ou geográfica
dos ambientes térmico.
Em adultos, os efeitos da variação da temperatura são consistentes, naqueles que
têm maior temperatura corpórea, apresentam maiores taxas de crescimento, além
de anteciparem o amadurecimento sexual, assim como naqueles que vivem em
ambientes mais quentes.
Nessas situações, há a possibilidade de existir mais de uma ninhada por ano. Além
disso, as taxas de sobrevivência anual, também possuem relações com a
temperatura, sendo mais altas em ambientes mais frios.
Como nos adultos, o desenvolvimento embrionário também é influenciado pela
temperatura, que produz efeitos visíveis no desenvolvimento dos embriões, não só
na determinação do sexo – em algumas espécies -, mas afeta, também, as taxas de
crescimento, o período de incubação e, até os padrões de comportamento sexual e
termorregulação.
Em altas temperaturas, a taxa de crescimento e desenvolvimento dos embriões são
maiores, com isso, o período de incubação é bem menor; os ovos que eclodem
mais rápido podem atingir sua maturidade sexual mais rápido.
Com tudo isso, podemos entender que o impacto da temperatura na vida dos
lagartos é atenuado se os outros fatores não se modifiquem. Esses outros fatores
são: o escopo (que influencia no tamanho da ninhada), os padrões de chuva
(podem afetar a reprodução de populações da mesma espécie), os componentes
gerais do clima, precipitação (que afeta as taxas de crescimento), entre outros.
Em regiões com redução de chuvas, há um decréscimo no tamanho das fêmeas e,
dessa forma, uma possível diminuição nas taxas de fecundação. Nas regiões com
aumento de chuvas, pode haver o aumento do tamanho e, com isso, também há um
aumento na fecundidade.
Concluindo, há muitos fatores que podem afetar a vida dos lagartos brasileiros e,
com isso, eles sempre vão precisar se adaptar ao ambiente em que vivem, se é em
um lugar quente, ou frio, com altas ou baixas taxas de chuva, etc. Analisando tudo o
que foi estudado nesses artigos, é possível entender a importância desse exemplo
para que possamos compreender a teoria evolutiva.
Os lagartos vivem na Terra desde a época dos dinossauros e, desde àquela época,
eles vêm se adaptando ao mundo conforme ele vai sofrendo mudanças climáticas e
geográficas. O mundo está muito menos aquecido nos dias de hoje do que era
antigamente e, com essas mudanças, os lagartos tiveram de se adaptar ao clima e
à novas formas de alimentação que foram surgindo com o tempo.
Atividade 2

Baseado no texto apresentado, as duas características que evidenciam a evolução


escolhidas foram: características homólogas e anatomia.
Começando pela anatomia, que é a principal evidencia da evolução; um dos
principais exemplos dados por todos os professores é o da girafa, que teve seu
pescoço desenvolvido pelos melhores alimentos estarem nas partes mais altas das
árvores.
Outra evidencia que comprova essa característica é o fato de os animais terem
diminuído de tamanho conforme os séculos se passam, registros fósseis apontam
que os animais na era pré-histórica tinham tamanhos imensos, enquanto seus
descendentes atuais não possuem 70% da altura de seus ancestrais.
Um bom exemplo de um animal ancestral que era gigante e que, nos dias atuais,
diminuíram de tamanho, é o das aves, que possuíam uma enorme diversidade de
espécies gigantes durante a pré-história, como o Paraphysornis brasiliensis, entre
outros.
Essas são evidências da seleção natural, pois o fato de a girafa ter tido seu pescoço
alongado para acessar os ramos mais altos das árvores, assim como o fato de os
animais terem diminuído de tamanho, mostra que essas foram as características
selecionadas pelo ambiente a continuar nas próximas gerações.
O próximo ponto a ser abordado são as características homólogas, que são aquelas
características divididas entre indivíduos de espécies diferentes, o que evidencia a
teoria da evolução.
Um exemplo desse evento é o fato de baleias, humanos, aves e cães possuírem a
estrutura óssea dos membros inferiores parecida, com os mesmos padrões de
ossos. Isso quer dizer que essas espécies possuem um ancestral em comum, que
possui esse padrão ósseo e essa característica se irradiou para seus descendentes.
Isso também representa uma evidência da seleção natural, pois esse padrão dos
ossos inferiores foi a característica selecionada pelo meio para ser passada para os
descendentes desse ancestral em comum, resultando em todas essas espécies
terem esse tipo de ossada.
Referências Bibliográficas

BRANDT, R. Mudanças climáticas e os lagartos brasileiros sob a perspectiva da


história de vida. Revista da Biologia (2012) 8: 15-18. 2012. Disponível em:
http://www.ib.usp.br/revista/node/88
TEIXEIRA, R. L.; GIOVANELLI, M. Ecologia de Tropidurus torquatus (Sauria:
Tropiduridae) da Restinga de Guriri, São Mateus, ES. Rev. Brasil. Biol., 59(1): 11-
18. 1999. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71081999000100002
Revista Incrível, As 12 maiores aves pré-históricas. Disponível em:
https://incrivel.club/admiracao-animais/as-12-maiores-aves-pre-historicas-que-ja-
existiram-637360/
A evolução e a árvore da vida. Disponível em:
https://pt.khanacademy.org/science/biology/her

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