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Seminário sobre o texto de apresentação do livro História das Crianças no Brasil

Disciplina: O Brincar e a Construção das Infâncias

Grupo: Catarina Sarkovas, Fabíola de Haro, Giovanna Amabille, Giselle Moura, Isabel Medeiros

Referência: PRIORI, Mary Del Apresentação. In: ______ História das Crianças no Brasil. São
Paulo: Contexto, 2016

- A variedade de contextos sociais/heranças históricas das crianças brasileiras.

- O que é a infância e a adolescência e como ela se deu e se da atualmente no Brasil?

- Rompimento das tradicionais cadeias de sociabilização em que os laços de obediência,


respeito e dependência que imperavam são substituídos por uma maior autonomia da
criança - quais são as causas e as consequências sociais desta mudança?

- O lugar da criança na sociedade brasileira: do anonimato para a condição de cidadão


com direitos e deveres (aparentemente reconhecidos).

- Por que somos insensíveis ás crianças que mendigam nos sinais? A história nos auxilia
na solução de questões como essa, pois o exercício de “olhar para trás” elucida o
caminho que agora percorremos.

- O abismo entre o mundo infantil descrito pelas organizações internacionais, pelas não
governamentais e pelas autoridades, daquele em que a criança está cotidianamente
imersa. A imagem ideal da criança feliz, que serve a sociedade de consumo X os
contextos reais e bárbaros em que a criança encontra-se inserida, ex.: trabalho infantil,
exploração sexual, aliciação de crianças carentes para o mundo do tráfico de drogas. -
e esses fatos sociais não são “privilégio” do Brasil.

- Fatores de influencia sobre as relações entre adultos e crianças e consequentemente


sobre a infância e as crianças: Fragilização do laços conjugais, urbanização e a vida
que se da em grandes cidades, a globalização cultural, a crise do ensino ante os
avanços cibernéticos.

- Idade Moderna (Europa) : A criança como adulto em gestação, a escola como local de
preparação do futuro adulto, as transformações na família pela emergência e
valorização da vida privada e a consequente supervalorização da criança.

- O historiador brasileiro deve procurar suas próprias respostas, a historiografia


internacional pode servir de inspiração, mas não de bússola. A escolarização, a
emergência da industrialização e da noção de vida privada, que tanto influencia as
relações familiares e a infância, ocorreu muito após ao que é observado no contexto de
outros países ocidentais. Além disso e primordialmente, somos profundamente
marcados por um passado colonialista e escravista, que gerou uma sociedade injusta
na distribuição de suas riquezas e com acesso restrito à educação, reforçada ainda
pela ausência, que sofremos até hoje, de políticas públicas voltadas para a inserção e
formação escolar das crianças de baixa renda.
- As crianças imigrantes foram colocadas a serviço das fábricas, no contexto do
alavancar da industrialização brasileira, tornaram-se os substitutos mais baratos do
trabalho escravo.

- O "não registrado” mal estar das crianças ante os adultos: A história da criança no
Brasil é feita à sombra da história dos adultos, diferentemente de como se da no
estrangeiro. Foi a voz dos adultos que registrou, ou calou, ao longo da história, a
existência dos pequenos. Sendo assim, o que restou da voz das crianças?

- O livro História das Crianças no Brasil, resulta do cruzamento de olhares de


especialistas de diferentes áreas sobre o temática da infância na história e se propõe
resgatar a história da criança brasileira, enfrentando um passado e um presente cheio
de tragédias anônimas, buscando perceber as formas “simples" de existência cotidiana
da criança que na maioria das vezes não nos é contada diretamente por ela.

- Esse resgate é caracterizado por dar voz a documentos históricos, vasculhando-os em


seus pormenores, iluminando as lembranças mais apagadas, interpretando criticamente
a forma como o adulto retrata o estereótipo de criança ideal. Esse resgate também
ocorre por meio de temas presentes na memória e na recordação, associados à coleta
de documentos capazes de nos aproximar da vida cotidiana da criança do passado.

- As crianças são sujeitos históricos e é preciso extraí-las do silêncio e do anonimato em


que foram colocadas, cartografando seus gestos cotidianos de alegria e dor,
ansiedades e preocupações, brincadeiras e temores. Dar importância e buscar a voz
histórica das crianças é uma forma de amá-las.

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