Comente sobre os processos de arrecadação, distribuição, aplicação e fiscalização

dos recursos do novo FUNDEB

O novo Fundeb é caracterizado como 27 fundos de natureza contável, que fica a

cargo da secretaria de estado de educação, em que os municípios e os estados
fazem o recolhimento dos impostos das transferências constitucionais de 25% e
colocam no fundo e quem gerencia o fundo é o ESTADO, mas os municípios
também recebem.

Os fundos vão ser constituídos por 20% de recursos oriundos de impostos e

transferências constitucionais do ITCD, ICMS, IPVA, ITR, IPI, FPE, FPM.

A complementação da União vai subir gradativamente dos atuais 10% para 23% em
2026. Já neste ano (2021), o percentual alcançará os 12%. Em seguida, passará
para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; encerrando 2026
com 23%.

Essa complementação é dividida em três referências de gastos sendo elas:

I - Uma complementação-VAAF de 10% sempre que o valor anual por aluno no

fundo for menor que o definido nacionalmente.

II - Uma complementação-VAAT de 10,5% sempre que o valor anual TOTAL for

menor que o definido nacionalmente.

III - Uma complementação-VAAR de 2,5% para quem cumprir melhorias, elevar os

indicadores ou elevar os padrões irá receber essa complementação.

Os recursos são distribuídos proporcionalmente aos alunos matriculados na

educação básica pública presencial, onde os municípios vão atuar prioritariamente
no ensino infantil e fundamental, já os estados vão atuar prioritariamente no ensino
fundamental e médio. Usando o censo escolar para verificar a quantidade de alunos
matriculados em cada escola, quanto mais alunos, mais recursos para a escola,
levando em consideração uma ponderação, seja nível escolar, aluno de zona rural
ou alunos especiais, pois os recursos utilizados na educação de um aluno especial
vão ser superiores aos recursos de um aluno considerado “normal”.

Além dessas ponderações, entra o nível socioeconômico, disponibilidade de

recursos e a capacidade de utilização da arrecadação tributária.
Em relação ao nível sócio econômico é pensado nos insumos necessários para
obter qualidade de educação, como também suas especificidades.

Em relação a disponibilidade de recursos esse cálculo vai ser feito por VAAT mínimo
pelos recursos recebidos no penúltimo exercício financeiro anterior ao da referência.

Em relação a utilização do potencial de arrecadação tributária leva em consideração

as características sociodemográficas econômicas e tem a finalidade de incentivar
que os entes federados se esforcem para arrecadar os tributos necessários para
serem aplicados na educação.

A caixa econômica federal e o Banco do brasil ficam responsáveis pelas

distribuições dos valores, e é feita pelo repasse automático a uma conta vinculada
ao fundo. Os recursos tem que ser utilizados naquela conta e não podem ser
transferidos para outra. Caso sobrar um saldo e o uso dele for previsto pra mais de
15 dias ele precisa ser aplicado em operações financeiras de curto prazo, e seus
ganhos deveram ter as mesmas finalidades e os mesmos critérios de uso do seu
valor principal.

A mudança desse novo fundeb também traz a conquista de algo interessante que é
o mínimo 70%: pagamento de remuneração dos profissionais da educação básica
em efetivo exercício. Os profissionais que se encaixam nessa lei são professores
habilitados em nível médio ou superior, trabalhadores em educação portadores de
diploma de pedagogia com habilitação em administração, planejamento e
supervisão, inspeção e orientação educacional, trabalhadores em educação
portadores de diploma de curso técnico superior em área pedagógica, profissionais
com notório saber reconhecidos pelo sistema de ensino, profissionais graduados
que tenham feito complementação pedagógica, além de profissionais que oferecem
serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas da educação básica.

Cabe ao Tribunal de Contas da União fiscalizar repasse de verbas federais ao

Fundeb tendo como as bases, o acompanhamento, a avaliação, o monitoramento, o
controle social, a comprovação e por fim a fiscalização dos recursos.