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RATOS: SAIBA QUAIS SÃO AS

DOENÇAS TRANSMITIDAS E
CUIDADOS
Leptospirose  – A leptospirose é causada pela bactéria leptospira, transmitida ao homem
pela urina de ratos, ratazanas e camundongos. A leptospira penetra no corpo pela pele,
principalmente se houver algum ferimento ou arranhão.

Após chuvas intensas, as águas invadem as tocas dos roedores e carregam as bactérias
para as residências e as vias públicas. Em situações de enchentes e inundações, a urina
dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes.
Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama contaminadas pode se infectar.
Geralmente os surtos de leptospirose começam uma semana após as enchentes.

Na época de seca, também oferecem riscos à saúde humana o contato com água ou lama
de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios onde existem ratos. Portanto,
deve-se evitar o contato com esses ambientes.

Os sintomas da leptospirose são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo


(especialmente na panturrilha, conhecida como “batata” da perna), pele amarelada e
calafrios. Eles surgem de sete a quinze dias após a infecção. Ao perceber os sintomas,
deve-se procurar, o mais rapidamente possível, um hospital e informar ao medico a
ocorrência do contato com água ou lama das enchentes.

Hantavirose – A hantavirose é uma doença infecciosa grave, causada pelo hantavírus,


transmitido por saliva, fezes ou urina dos roedores. Essas secreções secam e misturam-se
à poeira do ar. A principal forma de infecção ocorre quando a pessoa inala poeira em
ambientes onde o vírus esteja presente, principalmente em locais fechados. Depois de ser
inalado, o vírus pode levar até 60 dias para entrar em ação.

Apesar de ter sido detectada há poucas décadas, a doença já se espalhou pelo mundo e
têm alto índice de mortalidade. Na região do cerrado brasileiro, o rato silvestre transmissor
do hantavírus é o rato do capim ou rato-da-cauda-peluda. Apesar de registrada em quase
todo país, a doença tem maior incidência nas regiões Sul e Centro-Oeste.

Nas zonas rurais e silvestres, os casos são mais frequentes e o acesso a um tratamento
adequado é mais difícil. A hantavirose é considerada uma doença sazonal e, segundo o
Ministério da Saúde,  surge em maior número nas regiões de cerrado durante os períodos
de seca, entre março e agosto.  Com o fim das chuvas, os alimentos para os roedores
diminuem e eles saem para buscar comida no habitat humano. Nas regiões de Mata
Atlântica, os casos são mais frequentes entre os meses de outubro e dezembro, e o
transmissor é o rato da taquara.

Sintomas – Os sintomas da hantavirose são: febre e dores de cabeça, no corpo e na


região abdominal, mas como esses sintomas também estão presentes em gripes,
pneumonias e nos casos de dengue, fica mais difícil o diagnóstico da doença ainda na
fase inicial. No entanto, isso é importante para evitar o agravamento dos sintomas, tais
como a tosse seca e dificuldade de respirar. Nessa fase, se não for internado em uma
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o paciente pode morrer, pois precisa de aparelhos
para ajudá-lo a respirar. Não existe vacina ou tratamento específico para a hantavirose. As
únicas medidas capazes de evitar a morte são o diagnóstico precoce e os cuidados
adequados em uma UTI.

Prevenção – De acordo com o Ministério da Saúde, para prevenir a doença, os celeiros,


porões e casas nas regiões rurais devem ser limpos, o que ajuda a evitar a propagação do
vírus. Os grãos devem ser armazenados em locais bem fechados, que impeçam o acesso
dos roedores, e não se deve deixar lixo acumulado nas redondezas da casa. Há risco,
ainda, de se contrair o hantavírus durante pescarias e passeios de ecoturismo. Quem
gosta de estar junto à natureza deve evitar deitar diretamente no chão, acampar em locais
com presença de fezes de roedores ou de outros pequenos animais e andar descalço.
Caso levem alimentos, os turistas devem mantê-los em recipientes hermeticamente
fechados.

Peste – A peste negra ou “febre do rato”, como é conhecida popularmente,  é uma doença
infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga (de ratos) infectada pela
bactéria Yersinia pestis. A peste teve um impacto enorme na Europa no século XIV,
quando se espalhou rapidamente e matou cerca de 25 milhões de europeus – um terço da
população do continente naquela época. A epidemia voltou a ocorrer várias vezes nos
séculos seguintes.

A peste continua sendo muito perigosa em diversas partes do mundo. Focos naturais da
doença persistem na África, na Ásia, no sudeste da Europa, na América do Norte e na
América do Sul. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, entre os anos de 1993 e
2007, foram notificados 74 casos de peste humana. Além do potencial epidêmico, é alta a
mortalidade que a doença pode causar. Na forma bubônica, quando não tratada, pode
alcançar 50%, e nas formas pneumônica e septicêmica, pode alcançar uma letalidade
próxima de 100%.

Picadas de outros artrópodes


Por 
 

Robert A. Barish

, MD, MBA, University of Illinois at Chicago;


 

Thomas Arnold

, MD, Department of Emergency Medicine, LSU Health Sciences Center Shreveport

Última modificação do conteúdo ago 2018


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Nos EUA, artrópodes comuns, não carrapatos, incluem picadas por

 Mosquitos-pólvora
 Mutucas
 Moscas do cervo
 Borrachudos
 Moscas de estábulo
 Mosquitos
 Pulgas
 Percevejos
 Piolhos
 Percevejos
 Moscas de roda
 Certos percevejos d'água

Todos esses artrópodes, exceto percevejos de água e de roda, também sugam o


sangue, mas nenhum é venenoso.

A transmissão da doença é a principal preocupação em relação às picadas de mosquito.


Mosquitos podem transmitir

 Vírus chicungunha, dengue
 Alguns tipos de encefalite
 Malária
 Febre amarela
 Vírus da zica
A composição da saliva dos artrópodes varia consideravelmente, e as lesões produzidas
por picadas variam de pequenas pápulas a grandes úlceras com edema e dor de forte
intensidade. Dermatite também pode ocorrer. As consequências mais sérias resultam de
infecção secundária ou de reações de hipersensibilidade, as quais podem ser fatais em
pessoas sensibilizadas. Em algumas pessoas, alergia a pulgas pode desencadear
alergia respiratória, mesmo sem a picada.

Às vezes, localização e disposição das urtigas são diagnósticas da origem da picada.


Por exemplo, as picadas de borrachudo ocorrem geralmente em pescoço, orelhas e face;
as picadas de pulgas podem ser numerosas, ocorrendo em sua maioria em pés e
pernas; e picadas de percevejos frequentemente ocorrem em disposição linear, mais
comumente no torso.

Tratamento
 Cuidado rotineiro da ferida
 Para o prurido, um anti-histamínico tópico ou corticosteroide

As picadas devem ser limpas e tratadas com cremes de corticoides ou anti-histamínicos


no local do prurido. Deve-se tratar as reações graves de hipersensibilidade .

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