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RLM – POLÍCIA PENAL RR

PROFº THIAGO NOGUEIRA

APRESENTAÇÃO

Cursou Licenciatura Plena em Matemática pela


Universidade Federal de Roraima, Graduado em
Segurança Pública pela Faculdade UNOPAR, é
Policial Militar desde 2014, concluindo o curso de
formação de SD também em 2014. Já atuou como
professor substituto de Matemática na rede
Estadual. Atualmente leciona no CPC Concursos as
seguintes matérias: Matemática/Raciocínio
Lógico, Legislação Específica Militar e Legislação
Extravagante.
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SUMÁRIO

1. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO......................................................................................03

1.1 PROBLEMAS ENVOLVENDO FRAÇÕES...............................................................................03-07

1.2 PROBLEMAS ENVOLVENDO CONJUNTOS .........................................................................07-12

1.3 PROBLEMAS ENVOLVENDO PORCENTAGEM ...................................................................12-14

1.4 SEQUENCIAS COM NÚMEROS, FIGURAS, E PALAVRAS......................................................14-15

2. RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO........................................................................................16

2.1 PROPOSIÇÕES...................................................................................................................16-17

2.2 CONECTIVOS.....................................................................................................................17-20

2.3 EQUIVALÊNCIA E IMPLICAÇÃO LÓGICA.............................................................................20-23

2.4 ARGUMENTOS VÁLIDOS..................................................................................................23-25

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1 - RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

1.1 FRAÇÃO

Na matemática, as frações correspondem a uma representação das partes de um todo. Ela


determina a divisão de partes iguais sendo que cada parte é uma fração do inteiro.

Como exemplo podemos pensar numa pizza dividida em 8 partes iguais, sendo que cada fatia
corresponde a 1/8 (um oitavo) de seu total. Se eu como 3 fatias, posso dizer que comi 3/8 (três
oitavos) da pizza.

Importante lembrar que nas frações, o termo superior é chamado de numerador enquanto o
termo inferior é chamado de denominador.

Tipos de Frações
Fração Própria

São frações em que o numerador é menor que o denominador, ou seja, representa um


número menor que um inteiro. Ex: 2/7

Fração Imprópria

São frações em que o numerador é maior, ou seja, representa um número maior que o inteiro.
Ex: 5/3

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Fração Aparente

São frações em que o numerador é múltiplo ao denominador, ou seja, representa um número


inteiro escrito em forma de fração. Ex: 6/3= 2

Fração Mista

É constituída por uma parte inteira e uma fracionária representada por números mistos. Ex: 1
2/6. (um inteiro e dois sextos)

Obs: Há outros tipos de frações, são elas: equivalente, irredutível, unitária, egípcia, decimal,
composta, contínua, algébrica.

Operações com Frações:

Adição

Para somar frações é necessário identificar se os denominadores são iguais ou diferentes. Se


forem iguais, basta repetir o denominador e somar os numeradores.

Contudo, se os denominadores são diferentes, antes de somar devemos transformar as


frações em frações equivalentes de mesmo denominador.

Neste caso, calculamos o Mínimo Múltiplo Comum (MMC) entre os denominadores das
frações que queremos somar, esse valor passa a ser o novo denominador das frações.

Além disso, devemos dividir o MMC encontrado pelo denominador e o resultado


multiplicamos pelo numerador de cada fração. Esse valor passa a ser o novo numerado

Subtração

Para subtrair frações temos que ter o mesmo cuidado que temos na soma, ou seja, verificar se
os denominadores são iguais. Se forem, repetimos o denominador e subtraímos os
numeradores.

Se forem diferentes, fazemos os mesmos procedimentos da soma, para obter frações


equivalentes de mesmo denominador, aí sim podemos efetuar a subtração.

A Adição e Subtração de Frações é feita somando-se ou subtraindo-se os numeradores,


conforme a operação. Quanto aos denominadores, desde que sejam iguais, mantêm a mesma
base.

Lembre-se que nas frações, o termo superior é o numerador e o termo inferior é o


denominador.

Exemplos:

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E quando os denominadores são diferentes?

Quando os denominadores são diferentes é preciso igualá-los. Isto é feito a partir do mínimo
múltiplo comum (MMC), que nada mais é do que o menor número capaz de dividir outro
número.

Exemplo 1:

O MMC é 280 por quê?

Após encontrar o MMC de 7, 8 e 5, temos de o dividir pelo denominador e multiplicar pelo


numerador. Assim: 280 /7 = 40 e 40*32 = 1280. Por sua vez, 280 /8 = 35 e 35*19 = 665, bem
como 280/5 = 56 e 56*23 = 1288.

Exemplo 2:

O MMC é 18 por quê?

Após encontrar o MMC de 9 e 2, temos de o dividir pelo denominador e multiplicar pelo


numerador. Assim: 18/9 = 2 e 2*25 = 50. Por sua vez, 18/2 = 9 e 9*20 = 180, bem como 18/2
=9 e 9*42 = 378

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Neste último exemplo, simplificamos a fração, o que significa que a reduzimos pelo seu divisor
comum. Assim, tornamos a fração mais simples dividindo o numerador e o denominador pelo
mesmo número: 248/2 = 124 e 18/2 = 9.

Multiplicação

A multiplicação de frações é feita multiplicando os numeradores entre si, bem como seus
denominadores.

Aprenda como fazer a multiplicação de frações passo a passo

Antes de iniciar, vamos revisar os termos de uma fração para não ficar nenhuma dúvida.

O numerador é o número que fica acima do traço de fração e indica as partes tomadas. Já o
número abaixo é o denominador, que nos dá a informação de quantas partes o todo foi
dividida.

Caso 1: multiplicação de fração por um número inteiro

Para multiplicar um número inteiro por uma fração devemos multiplicar apenas o numerador
da fração e repetir o denominador.

Caso 2: multiplicação de frações com denominadores iguais

Na multiplicação das frações os numeradores e denominadores são multiplicados mesmo que


apresentem termos iguais.

Caso 3: multiplicação de frações com denominadores diferentes

Não importa a quantidade de frações, vamos sempre multiplicar numeradores com

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Divisão

Na divisão entre duas frações, multiplica-se a primeira fração pelo inverso da segunda, ou seja,
inverte-se o numerador e o denominador da segunda fração.

Na divisão de frações a regra é a seguinte:

1.º O numerador da primeira fração multiplica o denominador da segunda;


2.º O denominador da primeira fração multiplica o numerador da outra fração.

Tal como na multiplicação, também na divisão a regra se aplica independentemente do


número de frações.

1.2 CONJUNTOS
Os conjuntos numéricos são:

Números Naturais (N)


Números Inteiros (Z)
Números Racionais (Q)
Números Irracionais (I)
Números Reais (R)

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UNIÃO DE CONJUNTOS:

A união de conjuntos corresponde a junção dos elementos dos conjuntos dados, ou seja, é o
conjunto formado pelos elementos de um conjunto mais os elementos dos outros conjuntos.

Se existirem elementos que se repetem nos conjuntos, ele aparecerá uma única vez no
conjunto união.

Para representar a união usamos o símbolo U.

Exemplo:

Dados os conjuntos A = {c, a, r, e, t} e B = {a, e, i, o, u}, represente o conjunto união (A U B).

Para encontrar o conjunto união basta juntar os elementos dos dois conjuntos dados. Temos
de ter o cuidado de incluir os elementos que se repetem nos dois conjuntos uma única vez.

Assim, o conjunto união será:

A U B = {c, a, r, e, t, i, o, u}

Intersecção de Conjuntos:

A intersecção de conjuntos corresponde aos elementos que se repetem nos conjuntos dados.
Ela é representada pelo símbolo ∩.

Exemplo:

Dados os conjuntos A = {c, a, r, e, t } e B= B = {a, e, i, o, u}, represente o conjunto intersecção


(A∩B).

Devemos identificar os elementos comuns nos conjuntos dados que, neste caso, são os
elementos a e e, assim o conjunto intersecção ficará: A∩B= {a, e}

Obs: quando dois conjuntos não apresentam elementos em comum, dizemos que a
intersecção entre eles é um conjunto vazio.

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Nesse caso, esses conjuntos são chamados de disjuntos: A ∩ B = Ø

Diferença de Conjuntos:

A diferença de conjuntos é representada pelos elementos de um conjunto que não aparecem


no outro conjunto.

Dados dois conjuntos A e B, o conjunto diferença é indicado por A - B (lê-se A menos B).

Conjunto Complementar

Dado um conjunto A, podemos encontrar o conjunto complementar de A que é determinado


pelos elementos de um conjunto universo que não pertençam a A.

Este conjunto pode ser representado por

Quando temos um conjunto B, tal que B está contido em A (), a diferença A - B é igual ao
complemento de B.

Exemplo:

Dados os conjuntos A= {a, b, c, d, e, f} e B = {d, e, f, g, h}, indique o conjunto diferença entre


eles.

Para encontrar a diferença, primeiro devemos identificar quais elementos pertencem ao


conjunto A e que também aparecem ao conjunto B.

No exemplo, identificamos que os elementos d, e e f pertencem a ambos os conjuntos. Assim,


vamos retirar esses elementos do resultado. Logo, o conjunto diferença de A menos B sera
dado por:

A – B = {a, b, c}

EXERCICIOS:

1- Considerando que A U B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}, A ∩ B = {4, 5} e A – B = {1, 2, 3}, determine o


conjunto B.

Solução:

Resolveremos o exercício com o auxílio dos Diagramas de Venn. Observe:

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A U B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
A ∩ B = {4, 5}
A – B = {1, 2, 3}

O conjunto B é formado pelos seguintes elementos: {4, 5, 6, 7, 8}.

2- Dados os conjuntos A = {0, 1}, B = {0, 1, 2} e C = {2, 3}, determine (A U B) ∩ (B U C).

Solução:

A = {0, 1}
B = {0, 1, 2}
C = {2, 3}

A U B = {0, 1, 2}

B U C = {0, 1, 2, 3}

(A U B) ∩ (B U C) = {0, 1, 2}

3- Considerando os conjuntos U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, A = {1, 2}, B = {2, 3, 4}, C = {4, 5}


determine (U – A) ∩ (B U C).

Solução:

U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}
A = {1, 2}
(U – A) ∩ (B U C)

(U – A) → {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} – {1, 2} → {0, 3, 4, 5, 6}


(B U C) → {2, 3, 4} U {4, 5} → {2, 3, 4, 5}
(U – A) ∩ (B U C) = {0, 3, 4, 5, 6} ∩ {2, 3, 4, 5}
(U – A) ∩ (B U C) = {3, 4, 5}

4- O dono de um canil vacinou todos os seus cães, sendo que 80% contra parvovirose e 60%
contra cinomose. Determine o porcentual de animais que foram vacinados contra as duas
doenças.

Solução:

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80 – x + x + 60 – x = 100
140 – 2x + x = 100
– x = 100 – 140
– x = – 40
x = 40

O porcentual de animais vacinados contra as duas doenças é de 40%.

5- Os senhores A, B e C concorriam à liderança de certo partido político. Para escolher o líder,


cada eleitor votou apenas em dois candidatos de sua preferência. Houve 100 votos para A e B,
80 votos para B e C e 20 votos para A e C. Em consequência:

a) venceu A, com 120 votos.


b) venceu A, com 140 votos.
c) A e B empataram em primeiro lugar.
d) venceu B, com 140 votos.
e) venceu B, com 180 votos.

Solução:

Votos recebidos pelo candidato A = 100 + 20 = 120


Votos recebidos pelo candidato B = 100 + 80 = 180
Votos recebidos pelo candidato C = 80 + 20 = 100

Portanto, letra e).

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1.3 - Porcentagem

A Porcentagem ou Percentagem representa uma razão cujo denominador é igual a 100 e


indica uma comparação de uma parte com o todo.

O símbolo % é usado para designar a porcentagem. Um valor em porcentagem, pode ainda ser
expresso na forma de fração centesimal (denominador igual a 100) ou como um número
decimal.

Exemplo:

Para facilitar o entendimento, veja a tabela abaixo:

Porcentagem Razão Centesimal Número Decimal


1% 1/100 0,01
5% 5/100 0,05
10% 10/100 0,1
120% 120/100 1,2
250% 250/100 2,5

Como Calcular a Porcentagem?

Podemos utilizar diversas formas para calcular a porcentagem. Abaixo apresentamos três
formas distintas:

Regra de três
Transformação da porcentagem em fração com denominador igual a 100
Transformação da porcentagem em número decimal

Devemos escolher a forma mais adequada de acordo com o problema que queremos resolver.

Exemplos:

1) Calcule 30% de 90

Para usar a regra de três no problema, vamos considerar que 90 corresponde ao todo, ou seja
100%. O valor que queremos encontrar chamaremos de x. A regra de três será expressa como:

100.X=90.30 X=2700/100=27

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Para resolver usando frações, primeiro temos que transformar a porcentagem em uma fração
com denominador igual a 100:

30% = 30/100 = 3/10 3/19x90 = 27

Podemos ainda transformar a porcentagem em número decimal:

30% = 0,3 0,3 . 90 = 27

O resultado é o mesmo nas três formas, ou seja 30% de 90 corresponde a 27.

2) 90 corresponde a 30% de qual valor?

Note que nesse exemplo, já conhecemos o resultado da porcentagem e queremos conhecer o


valor que corresponde ao todo (100%).
Usando a regra de três, temos:

30x = 100.90 x = 900/30 x= 300

Podemos ainda resolver o problema transformando a porcentagem em número decimal:


30% = 0,3
Então é só resolver a seguinte equação:

0,3.x = 90 x = 90/0,3 x= 300

Assim, 30% de 300 é igual a 90.

3) 90 corresponde a quanto por cento de 360?

Podemos resolver esse problema escrevendo na forma de fração:

90/360 = ¼ = 25/100 = 25%

Ou ainda, podemos resolver usando regra de três:

360.x = 90.100 x = 9000/360 x = 25%

Desta forma, 90 corresponde a 25% de 360.

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1.4 - SEQUENCIAS COM NÚMEROS, FIGURAS, E PALAVRAS

1- Determine os três próximos números da sequência 0, 5, 10, 15, 20, …

Perceba que temos uma PA com razão 5.

Portanto, podemos continuar desenvolvendo a sequencia utilizando a fórmula do termo geral


da PA.

Solução

an = a1 + (n – 1) . r

Assim, os três próximos termos são:

a6 = 0 + (6 – 1) . 5 = 0 + 5 . 5 = 25

a7 = 0 + (7 – 1) . 5 = 0 + 6 . 5 = 30

a8 = 0 + (8 – 1) . 5 = 0 + 7 . 5 = 35

Portanto, os três próximos termos da sequência são: 25, 30 e 35

0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, …

2- Determine a soma dos dois próximos termos da sequência com ordem lógica 0, 2, 6, 2, 4, 12,
4, 6, 18, 6, …

Solução

Veja que a sequência é formada pelos múltiplos de 6 e de 2.

Múltiplos de 2 repetidos: _, 2, _, 2, 4, _, 4, 6, _, 6

Múltiplos de 6: _, _, 6, _, _, 12, _, _, 18, _, …

Então, podemos continuar a sequência:

0, 2, 6, 2, 4, 12, 4, 6, 18, 6, 8, 24, 8, 10, 30, 10, …

Os dois próximos números da sequência da questão são 8 e 24. Portanto,

24 + 8 = 32

3- Assinale a alternativa que completa a seguinte série: 9, 16, 25, 36.

A) 45 B) 49 C) 61 D) 63 E) 72

Solução

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A primeira dica que podemos te dar é: Sempre que aparecer os seguintes números: 4, 9, 16,
25, 36, 49, 64, 81, 100, etc. pense em números ao quadrado.

2 ao quadrado: 4;
3 ao quadrado: 9;
4 ao quadrado: 16;
e assim sucessivamente.

Ficou fácil agora né? A resposta é a letra B.

4- Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a linha, segundo determinado padrão.

Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui corretamente o ponto de interrogação


é:

Solução

Analisamos cada elemento da sequência temos:

Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas por quadrado, triângulo e círculo.

Na 3ª linha já há cabeças com círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura que está
faltando é um quadrado.

As mãos das figuras estão levantadas, em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura que falta
deve ter as mãos levantadas (é o que ocorre em todas as alternativas).

As figuras apresentam as 2 pernas ou abaixadas, ou 1 perna levantada para a esquerda ou 1


levantada para a direita. Nesse caso, a figura que está faltando na 3ª linha deve ter 1 perna
levantada para a esquerda.

Logo, a figura tem a cabeça quadrada, as mãos levantadas e a perna erguida para a esquerda.

Resposta: C.

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2- RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO

2.1 PROPOSIÇÃO:

Proposições serão denotadas por letras do tipo: P, Q, R ...

Definição → Proposição “vem de propor” que significa submeter à apreciação; requerer um


juízo. Trata-se de uma sentença (fechada) declarativa – algo que será declarado por meio de
termos, palavras ou símbolos – e cujo conteúdo poderá ser considerado verdadeiro ou falso.

OBS. Não podem ser consideradas como Proposição as orações do tipo;


- Interrogativas
- Exclamativas e
- Imperativas
Dessa forma a única oração possível de ser julgada como Proposição são as
Declarativas/Afirmativas.

Exemplos:

1- João estuda todos os dias.


2- Eles são amigos desde criança.

O exemplo 1 pode ser considerado Proposição, observe que existem todos elementos de uma
oração Afirmativa, e por termos como saber de quem a oração se trata, logo temos como
atribuir um valor lógico a essa sentença, sendo assim o exemplo 1 um típico exemplo de
Proposição.

Observem que no exemplo 2 o sujeito é desconhecido, e por mais que seja uma oração
Afirmativa fica impossível atribuir um valor lógico, pelo simples fato de não se saber de quem
se trata. - Se não sei de quem ou do quê estou falando, não consigo julgar a veracidade da
sentença.

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÃO ( ~ / ¬)

Definição→ Para negar uma Proposição basta encontrar o Verbo e negar sua ação.

Exemplos:

P- Alberto subiu as escadas. Q- O carro de Maria é escuro.


~P= Alberto não subiu as escadas. ~Q= O carro de Maria não é escuro.

Obs. Existe uma outra forma porém pouco utilizada como forma de negação de Proposição,
trata-se da negação pelo EXTREMO OPOSTO.

Exemplos:

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R- Maria é baixa
~R= Maria é alta

Algumas bancas de concurso aceitam como negação o Extremo Oposto, conforme exemplo a
cima, porém a forma mais cobrada é pela negação do verbo.

2.2 CONECTIVOS LÓGICOS:

Conectivo símbolo como se lê

Conjunção ^ e
Disjunção ν ou
Condicional → se, então
Bicondicional ↔ ...se e somente se...
Disjunção Exclusiva v ou, ou

PROPOSIÇÕES COMPOSTAS

Definição: → Será considerada proposição composta se houverem duas ou mais proposições


interligadas por Conectivos Lógicos.

Exemplo:

P- A terra gira em torno do sol.


Q- A terra é plana.

Ligando a Proposição P à Proposição Q com o conectivo Disjunção:

PvQ= Aterra gira em torno do sol ou a terra é plana.

Ligando a Proposição P à Proposição Q com o conectivo Condicional:

P→Q= Se a terra gira em torno do sol, então a terra é plana.

Obs. As proposições devem ser escritas na integra, ligadas ao conectivo, independente do


sentido final da frase.

NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS LIGADAS A UM CONECTIVO

Definição→ Para negar uma Proposição Composta deve ser levado em consideração a regra de
cada conectivo.

Negação da Disjunção:

~(PvQ)= ~P^~Q
A negação de P ou Q deve ser feita da seguinte forma: Nega-se o valor logico de P, o conectivo
que era Disjunção passa a ser Conjunção e Negamos também o valor logico de Q.

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Exemplo:

P- A terra gira em torno do sol.


Q- A terra é plana
PvQ= A terra gira em torno do sol ou a terra é plana.
~(PvQ)= A terra não gira em torno do sol e a terra não é plana.

Negação da Conjunção:

~(P^Q)= ~Pv~Q
A negação de P ou Q deve ser feita da seguinte forma: Nega-se o valor logico de P, o conectivo
que era Conjunção passa a ser Disjunção e Negamos também o valor logico de Q.

Exemplo:

P- A terra gira em torno do sol.


Q- A terra é plana
P^Q= A terra gira em torno do sol e a terra é plana.
~(PvQ)= A terra não gira em torno do sol ou a terra não é plana.

Negação da Condicional:

~(P→ Q)= P^~Q


Negamos duas Proposições ligadas ao conectivo Condicional da seguinte forma: Mantemos a
primeira Proposição na sua integralidade, mudamos o conectivo de Condicional para
Conjunção e negamos a ultima proposição.

Exemplo:

P- A terra gira em torno do sol.


Q- A terra é plana
P→ Q= Se a terra gira em torno do sol, então a terra é plana.
~(P→ Q)= A terra gira em torno do sol e a terra não é plana.

Negação da Bicondicional:

~(P↔Q)= P v Q
Negamos duas Proposições ligadas ao conectivo Bicondicional da seguinte forma: Mantemos a
primeira e a segunda Proposição intactas, mudamos o conectivo de Bicondicional para
Disjunção Exclusiva.

Exemplo:

P- A terra gira em torno do sol.


Q- A terra é plana
P↔Q= A terra gira em torno do sol, se e somente se a terra é plana.
~(P↔Q)= Ou a terra gira em torno do sol ou a terra é plana

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Negação da Disjunção Exclusiva:

~(P v Q)= P ↔Q
Negamos duas Proposições ligadas ao conectivo Disjunção Exclusiva da seguinte forma:
Mantemos a primeira e a segunda Proposição intactas, mudamos o conectivo de Disjunção
Exclusiva para Bicondicional.

Exemplo:
P- A terra gira em torno do sol.
Q- A terra é plana
P v Q= Ou a terra gira em torno do sol ou a terra é plana
~(P v Q)= A terra gira em torno do sol, se e somente se a terra é plana.

TABELA VERDADE:

Tabela verdade é um dispositivo utilizado no estudo da lógica matemática. Com o uso desta
tabela é possível definir o valor lógico de uma proposição, identificar Equivalências, tautologia,
Contradição e Contingencia entre outras funcionalidades.

A quantidade de linhas da tabela verdade depende da quantidade de proposições trabalhadas,


para isso temos a seguinte formula: {2n } Temos o Numero 2 como base, o n como
quantidade de Proposições, o resultado da equação será a quantidade de linhas da minha
Tabela Verdade.

Obs. Para construir a tabela verdade de cada conectivo, deve-se levar em consideração a regra
de cada conectivo e a estrutura Logica pré-estabelecida:

Estrutura Lógica
Utilizaremos essa estrutura na construção de todas as tabelas. São as possíveis condições de
veracidade ou falsidade para as duas Proposições P, Q.

P Q
V V
V F
F V
F F

DISJUNÇÃO
Regra: O resultado terá valor lógico Verdadeiro se ao menos uma Proposição for Verdadeira
P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F

CONJUNÇÃO
Regra: O resultado terá valor lógico Verdadeiro se e somente se as duas Proposições forem
Verdadeiras

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P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F

CONDICIONAL
Regra: O resultado terá valor lógico Falso se a primeira Proposição for Verdadeira e a segunda
Proposição for Falsa
P Q P→ Q
V V V
V F F
F V V
F F V

BICONDICIONAL
Regra: O resultado terá valor lógico Verdadeiro se as duas proposições tiverem valores lógicos
Iguais.
P Q P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V

DISJUNÇÃO EXCLUSIVA
Regra: O resultado terá valor lógico Verdadeiro se as duas proposições tiverem valores lógicos
Diferentes.
P Q P↔Q
V V F
V F V
F V V
F F F

2.3EQUIVALÊNCIA LOGICA:

Definição: Duas ou mais Proposições serão Equivalentes entre si, se e somente se, suas tabelas
verdades forem Idênticas:

Exemplo:
P Q ~P ~Q P→ Q ~Q→ ~P
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

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Observando a tabela a cima, verificamos que a Proposição P→ Q e a Proposição ~Q→ ~P são


Equivalentes entre si, pois suas tabelas verdades são Idênticas.

TAUTOLOGIA CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA:

Definição:

Tautologia: Proposição tautológica onde só admitem valores lógicos Verdadeiros.

Contradição: Proposição Contraposta onde só admitem valores lógicos Falsos.

Contingência: Proposição onde existam valores lógicos Verdadeiros e Falsos ao mesmo tempo

Exemplo:
Tautologia Contradição Contingência
V F V
V F F
V F V
V F F

3 EXERCÍCIOS:

1- Considere o valor lógico das Proposições P,Q e R, assinale a única que tem valor logico
verdadeiro:

P- A capital do estado da Bahia é Vitória.


Q- A terra gira em torno do sol.
R- A primeira guerra mundial terminou em 1945.

a) ~Q b) P^Q c) PvQ d) Q^~R e) Pv~R

Gabarito letra d) conforme aula de exercício 1.

2- Considere o valor lógico das Proposições P,Q e R, assinale a única que tem valor logico Falso:

P- Onze é um número primo.


Q- Evaporação é a passagem da água, do estado sólido para o gasoso.
R- O cloreto de sódio é utilizado para cozinhar.

a) P→~R b) ~R→~P c) Q↔R d) P↔~Q e) P→R

Gabarito letra c) conforme aula de exercício 2.

3- Considere verdadeiras as quatro afirmações:

I- Ou Luiza é médica ou Marcia é advogada.


II- Carlos não é dentista e Luiz é engenheiro.

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III- Se Carlos é dentista, então Marcia não é advogada.


IV- Luiza não é médica.

a) Luiz é engenheiro e Carlos é dentista.


b) Marcia é advogada e Luiz é engenheiro.
c) Nem luíza é medica nem Luiz é engenheiro.
d) Luíza não é médica mas é dentista
e) Carlos é dentista ou Marcia não é advogada

Gabarito letra b) conforme aula de exercício 3.

4- Considere as afirmações a seguir:

I- Se Célia é assistente, então Dalva é escrivã.


II- Aline é juíza ou Dalva é escrivã.

Sabe-se que a afirmação (I) é verdadeira e a (II) é falsa, assim, podemos concluir que:

a) Aline é juíza ou Dalva não é escrivã.


b) Célia é assistente e Dalva é escrivã.
c) Se Célia não é assistente, então Aline é juíza.
d) Aline é juíza ou Célia é assistente.
e) Ou Aline não é juíza ou Célia não é assistente.

Gabarito letra a) conforme aula de exercício 4.

5- Huguinho, Zezinho e Luizinho, três irmãos gêmeos, estavam brincando na casa de seu tio
quando um deles quebrou seu vaso de estimação. Ao saber do ocorrido, o tio perguntou a
cada um deles quem havia quebrado o vaso. Leia as respostas de cada um.

Huguinho – “Eu não quebrei o vaso”.


Zezinho - “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso”.
Luizinho – “O Zezinho está mentindo”.

Sabendo que somente um dos três falou a verdade, conclui-se que o sobrinho que quebrou o
vaso e o que disse a verdade são, respectivamente,

a) Huguinho e Luizinho
b) Zezinho e Huguinho.
c) Huguinho e Zezinho.
d) Luizinho e Zezinho.
e) Luizinho e Huguinho.

Gabarito letra a) conforme aula de exercício 5.

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6- Há um diamante dentro de uma das três caixas fechadas e de cores diferentes (azul, branca,
cinza). A etiqueta da caixa azul diz “o diamante não está aqui”, a da caixa branca diz “o
diamante não está na caixa cinza”, e a da caixa cinza diz “o diamante está aqui”. Se apenas
uma das etiquetas diz a verdade, então, a caixa em que está o diamante e a caixa com a etiqueta
que diz a verdade são, respectivamente,

a) Cinza e cinza
b) Cinza e azul
c) Azul e branca
d) Azul e cinza
e) Branca e azul

Gabarito letra c) conforme aula de exercício 6.

2.4 ARGUMENTOS VÁLIDOS

A noção de argumento é fundamental para a lógica. Argumento é um conjunto de enunciados


que estão relacionados uns com os outros. Argumento é um raciocínio lógico.

Observe o seguinte argumento:

Todos os homens são mortais.


Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal....

Este é um argumento formado por duas premissas e uma conclusão.


Os dois primeiros enunciados são as premissas e o último enunciado é a conclusão.

Os fatos apresentados nas premissas servem de evidência para a conclusão, isto é, são eles
que sustentam a conclusão.

Para que o argumento seja válido, não basta que a conclusão seja verdadeira.
É preciso que as premissas e a conclusão estejam relacionadas corretamente.
Distinguir os raciocínios corretos dos incorretos é a principal tarefa da lógica.

Os argumentos sempre apresentam uma ou mais premissas e uma conclusão....

Vejamos um exemplo:

Todo molusco é invertebrado. premissa


O caracol é um molusco. premissa
Logo, o caracol é invertebrado. conclusão ...

Observamos que este argumento tem a mesma forma lógica do primeiro argumento
apresentado. Ambos são silogismos categóricos. Ambos são argumentos válidos. Todos os
argumentos que apresentarem esta forma lógica serão argumentos válidos.

Todo A é B.
C é A.
Logo, C é B...

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BONS ESTUDOS!
MANTEM CAVEIRA!

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