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Nome: Pedro Ramos Barreto Valeiko Resumo de História Aulas em 17/05 e 18/05

Aluno: 1009 Valeiko Turma: 13

Neste resumo falar-se-á sobre a cultura grega clássica, sua herança para as sociedades ocidentais e o desenrolar das
guerras que aconteceram na Grécia nesse período, as quais determinariam a futura disposição política, econômica e
cultural na região.

A religião na Grécia clássica era politeísta, composta por diversas divindades e deuses. Devido ao fato de os gregos
possuírem uma tendência antropocentrista (centrada no ser humano e sua figura), seus deuses se assemelhavam aos
humanos fisicamente e emocionalmente, de modo que eram imperfeitos. Os conflitos entre os deuses, explicáveis por
sua imperfeição, refletiriam no mundo terreno, ocasionando as guerras. Vale ressaltar ainda que o aspecto religioso era
bastante influente na vida dos gregos e em seus costumes. São exemplos de deuses gregos Zeus (deus do céu e do
trovão), Hades (deus do submundo), Poseidon (deus dos mares) e Ares (deus da guerra).

Ainda segundo a mitologia grega, um importante evento cultural e esportivo grego (existente ainda na atualidade e
herdado pela cultura ocidental), chamado de Olimpíada, teria sido a forma através da qual Zeus, o maior dos deuses
gregos, conseguira pacificar os conflitos humanos entre as cidades-estado da Grécia Clássica. Consistia em uma série de
competições de variadas modalidades, nas quais atletas representantes de suas respectivas cidade-estado se
esforçavam para vencer e prestigiá-la, geralmente sendo retribuídos no caso de vitória. Dessa forma, ao invés de
guerrearem constantemente para demonstrar superioridade, realizando tréguas para a rearticulação da sociedade, as
cidades-estado gregas (seus atletas representantes) reunir-se-iam na cidade de Olímpia a cada quatro anos, resolvendo
suas desavenças de forma pacífica e sadia, através do esporte. São exemplos de modalidades da clássica olimpíada
grega lançamento de discos e dardos, salto, corrida, luta e levantamento de peso.

Um importante ponto da cultura grega é sua filosofia, a qual rompe com a mitologia grega e utiliza apenas o
pensamento racional para encontrar respostas. Os gregos passaram a acreditar que poderiam possuir mais sabedoria do
que os seus imperfeitos deuses, a humanidade não possuiria limites. Diferentes grupos de filósofos se originariam na
Grécia clássica, como os Pré-socráticos (filósofos que, em geral, procuravam desvendar os mistérios da natureza e a
origem de tudo), os Sofistas (considerados grandes sábios que ensinavam a arte do diálogo, da argumentação e da
persuasão), Sócrates e Platão (buscariam o conhecimento e a verdade através do diálogo e do questionamento), e
Aristóteles (valorizava o uso dos sentimentos humanos para a busca do “verdadeiro conhecimento” e se preocupava em
desvendar as leis da natureza).

Outro aspecto da cultura grega o qual influencia a sociedade atual são as artes. A tendência humanista e
antropocentrista dos gregos também está refletida em sua arte; especialmente em suas esculturas e arquitetura, que
visam a estética e a perfeição da forma humana. As artes cênicas gregas (teatro) também influenciaram profundamente
a cultura ocidental com suas encenações de tragédia e comédia, apresentadas à população em arenas. O teatro
moderno e o cinema são oriundos dessas encenações.

Tendo agora em vista o plano geopolítico deste período da antiguidade, o Império Persa estava em seu auge e
ameaçava conquistar as desunidas cidades-estado gregas. As colônias helênicas na Anatólia, com seu grande poder
comercial, estavam sob o jugo persa. O sentimento separatista cresce e estas colônias começam a se revoltar contra o
Império Persa, recebendo apoio grego. Percebendo que os gregos eram a principal causa e incitavam as revoltas, o
Imperador Persa, Dario, decide invadir a Grécia continental e dar um fim à resistência grega contra seu império,
iniciando as Guerras Médicas. O exército persa cruza o mar Egeu por meio de uma grande frota, mas é atacado e
cercado ao desembarcar em Maratona, perto de Atenas. Apesar de oferecerem grande resistência, os Persas perdem a
batalha e deixam a Grécia. Dario desiste de invadir a Grécia.

Com a morte de Dario, porém, seu filho Xerxes vem ao poder. Querendo vingar a derrota sofrida por seu pai em
Maratona, reúne um grande exército para invadir a Grécia. Em vez de simplesmente cruzar o mar Egeu à navio, seu
exército vai mais ao norte e o cruza em um local estreito, através de uma ponte constituída por barcos, construída pelos
engenheiros de Xerxes.
O exército Persa cruzou o estreito e marchou para o sul, travando a batalha das Termópilas contra os gregos. Nesta
batalha, os gregos resistiram bravamente ao exército Persa , que era muito superior em número de soldados, mas foram
derrotados. A batalha, entretanto, deu tempo para as cidades-estado gregas reunirem seus exércitos.

Posteriormente, os Persas penetraram no território grego, saqueando e arrasando cidades, inclusive Atenas. Conflitos
internos no Império Persa fariam com que o exército de Xerxes ficasse enfraquecido. A situação dos Persas piora
progressivamente. Os gregos vencem a poderosa armada persa no mar na batalha de Salamina. Em terra, os persas
também são derrotados na batalha de Plateias, que dá fim à invasão de Xerxes à Grécia, forçando seu exército a recuar
para Ásia menor.

Com a derrota do Império Persa, algumas pólis gregas, como Esparta, se retiram do conflito. Outras, como Atenas,
dão continuidade a ele, devido ao interesse comercial nas colônias gregas na Anatólia. Atenas forma a Liga de Delos,
uma união econômica e militar entre as pólis, visando construir uma esquadra e um exército para conter os Persas,
sustentar o esforço de guerra. O governante de Atenas, Péricles, usa os recursos da liga para reconstruir a devastada
Atenas e posteriormente ampliar seus domínios. Atenas passa a usufruir da Liga de Delos, usando-a contra outras pólis
gregas. Algumas cidades-estado veem isto com ressentimento. Temendo o imperialismo Ateniense, surge a Liga do
Peloponeso, chefiada por Esparta. As duas ligas causam uma situação de polarização na Grécia.

A Liga de Delos, liderada por Atenas, apoia um sistema democrático, a economia baseada no comércio e a
thalassocracia (domínio dos mares). Já a liga do Peloponeso, liderada por Esparta, apoia o sistema oligárquico, a
economia baseada na agricultura e o poder militar terrestre. As duas ligas passam a disputar a hegemonia, ou seja, a
supremacia sobre as outras pólis. Após um incidente diplomático que colocou as duas ligas em oposição, iniciou-se a
guerra do Peloponeso. Esparta e a Liga do Peloponeso sairiam vitoriosas e seus princípios foram adotados, gerando o
declínio de algumas cidades comerciais e de Atenas, mas a guerra custara muito a todos os participantes. Aproveitando
o desgaste dos gregos, a Macedônia organiza um poderoso exército para invadir a Grécia.

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