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Abaixo seguem as orientações acerca da primeira etapa desse trabalho.

CASO CLÍNICO 09
• Doença crônica? Qual impacto no exame?
Neste caso e com os sintomas relatados, consideramos um quadro de
pancreatite aguda, onde refere-se à inflamação do pâncreas que causa dor
abdominal violenta súbita. O processo inflamatório pode envolver os
órgãos/tecidos locais ou resultar na falência de órgãos à distância. É uma
doença na maioria dos casos ligeira, não resultando em complicações.
Numa reduzida percentagem de casos, cursa com um quadro clínico grave
sendo acompanhada de falência de órgãos e necessidade de tratamento em
cuidados intensivos, podendo resultar na morte dos doentes.
Já na pancreatite crônica o paciente provavelmente já passou por outros
episódios ou manifestou sintomas antecedentes ao diagnóstico, mas o
mecanismo da doença é bastante semelhante em ambos: algo desencadeia
uma obstrução do ducto pancreático e inicia a inflamação do órgão.
O órgão vai sendo afetado de modo gradual e persistente, causando a
formação de um tecido cicatricial, resultado do endurecimento dos tecidos
do pâncreas. Aos poucos, as células que produzem o suco pancreático vão
sendo destruídas e, por isso, há a perda de funcionalidade.
Com a menor quantidade de enzimas digestivas, há maiores probabilidades
de haver problemas relacionados à digestão, sobretudo de gorduras.
No tipo crônico, fatores hereditários ou a presença de câncer podem estar
envolvidos na patologia, sendo que, além da dor abdominal, é comum que
o paciente desenvolva diabetes tipo 2 e síndrome da má absorção
intestinal.
Portanto, se houver casos na família, é preciso manter atenção à saúde do
pâncreas.

Fisiopatologia da Pancreative Aguda.


https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5614/pancreas_panc
reatite_aguda_e_cronica.htm

• Uso de medicamentos? Qual impacto no exame?


Os objetivos principais do tratamento para pancreatite aguda consistem em
reduzir a morbimortalidade, prevenir necrose pancreática e infecções,
tratar a inflamação pancreática e corrigir os fatores predisponentes.
O tratamento é de suporte, incluindo reposição hídrica, controle da dor e
abstenção de dieta enteral para o paciente até a melhora clínica
(desaparecimento da dor e restauração da peristalse normal). A
administração de analgésicos é essencial, preferencialmente de opioides.
Entre eles, a meperidina é a mais utilizada por ocasionar menos ação
espasmódica sobre o esfincter de Oddi quando comparada à morfina.
As formas graves da doença requerem internação em centro de terapia
intensiva para monitoração contínua dos sinais vitais e restabelecimento do
equilíbrio hidreletrolítico e acidobásico. Muitas vezes, pode ser necessária a
instituição de ventilação mecânica e hemodiálise.
A antibioticoterapia é indicada tanto nos casos de pancreatite necrosante
infectada quanto nos de pancreatite necrosante estéril, reduzindo a
incidência de sepse. Os antibióticos recomendados são ciprofloxacino e
metronidazol ou imipenem.
O tratamento cirúrgico é indicado para os quadros que desenvolvem
complicações peripancreáticas, como pseudocistos, abscessos e
hemorragia. A colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE) deve
ser indicada nas primeiras 72 horas para pacientes com pancreatite grave
de origem biliar e em casos de suspeita de colangite associada. Após a
recuperação clínica do paciente, deve-se realizar colecistectomia com o
intuito de prevenir a reincidência de pancreatite biliar.
O paciente recebe soro intravenoso, antibióticos e medicamentos
analgésicos para aliviar as dores, conforme a necessidade de cada caso.
Porém, o principal procedimento a ser adotado é suspender o consumo de
alimentos ou bebidas até que o pâncreas se recupere.
Quando há vômitos, pode ser necessário realizar o esvaziamento de
líquidos e ar que estejam no estômago. Para isso, é inserida uma sonda
bastante fina pelo nariz, até o estômago.
Em casos sem agravantes, são necessários poucos dias para a recuperação
do paciente, mas se a condição se prolongar, pode ser necessário recorrer à
alimentação por sonda nasoenteral (é introduzida uma sonda pelo nariz,
que conduz a dieta líquida até o intestino delgado, suprindo as
necessidades do organismo).
Pacientes com pancreatite aguda de origem biliar (causadas por pedras na
vesícula) são submetidos à colecistectomia com colangiografia
videolaparoscópica, em que pequenas incisões (4 cortes) são realizadas no
abdômen para a remoção da vesícula biliar.

Para os casos de pancreatite aguda grave, além dos procedimentos básicos


(jejum, hidratação e acompanhamento), é necessário programar a
alimentação parenteral (glicose, gorduras e proteínas, eletrólitos, sais
minerais e vitaminas administrados por soro), pois o período de jejum será
mais prolongado (entre 7 e 11 dias).
O uso de antibióticos deve ser avaliado, pois ainda gera controvérsias em
relação à capacidade de prevenir necrose dos tecidos infectados.

Bibliografia:
https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/9234/7129

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