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RESENHA SOBRE O ESTRUTURALISMO E O PÓS

ESTRUTURALISMO, COSTURANDO OS CONCEITOS


APRESENTADOS NOS TEXTOS “CRUZAMENTOS
FILOSÓFICOS EM PROCESSO DE PROJETO NA
ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA: GILLES DELEUZE
E PETER EISENMAN” E “O PÓS-FUNCIONALISMO”

ANAHNGUERA DE NITERÓI – UNIAN


THAMIRES SCIAMMARELLA CALVELLI – 161513811019
HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA, URBANISMO E PAISAGISMO III
No texto “Cruzamentos filosóficos em processo de projeto na arquitetura
contemporânea: Gilles Deleuze e Peter Eisenman” é feita uma abordagem explicativa,
apresentando ao leitor a ideia de teorias multidisciplinares aplicadas na arquitetura
contemporânea. Dentro deste contexto, foi apresentado diversas exemplificações
deste acolhimento de temas filosóficos pela arquitetura e a discussão sobre ‘forma’ e
‘função’.
Já o texto “O pós-funcionalismo”, também de forma explicativa, apresenta a
perspectiva direta de Peter Eisenman sobre o pós-funcionalismo e sua postura
controversa ao modernismo, e consecutivamente ao pós-modernismo. Dentro da sua
abordagem, ele expõe uma nova definição do que seria o modernismo e um
ressignificado aos ideais do período.
No primeiro texto citado é apresentado o início da apropriação interdisciplinar entre a
filosofia e arquitetura contemporânea. Junto da apresentação de novos conceitos
históricos trazidos para arquitetura, o texto também elucida de forma breve o
desdobramento da evolução arquitetônica e a constante reformulação dos estilos. O
texto cita que “A tentativa de tradução para a arquitetura de alguns conceitos
filosóficos foi um ato de Eisenman que pode ser considerado experimental”,
imprimindo todo o processo em que Pete Eisenman teve para tradução dos conceitos
filosóficos para dentro da arquitetura. O arquiteto explicita constantemente a influência
do discurso de Deleuze, que conforme descrito no texto “o influenciou a desviar sua
concepção do diagrama de algo estrutural [...], para assimila-lo como “um conjunto de
relações flexíveis entre forças””. Gilles Deleuze, assim como Pete Eisenman,
promoveu a releitura de temas filosóficos, onde criava novos conceitos dentro de uma
perspectiva particular.
O segundo texto citado também apresenta o debate sobre a evolução e modificação
dos estilos arquitetônicos, assim como no parágrafo em que expressa que o
funcionalismo seria uma fase posterior, porém contínua, do conceito humanista,
estabelecendo que o modernismo não havia existido. Desta forma é possível perceber
que o argumento defendido pelo autor para justificar a sua posição é que a relação
entre forma e função não é uma característica exclusiva do modernismo, mas sim um
conceito antigo e repetido ao longo da história. O texto se encerra com a afirmação de
que o pós-funcionalismo sugere determinadas alternativas teóricas concretas,
fragmentos do pensamento existente, e uma vez examinados, poderia servir de
armação para o desenvolvimento de uma estrutura teórica maior.
Por fim, de acordo com a minha perspectiva, ambos os textos discorrem sobre a
contínua ressignificação ideológica da arquitetura ao longo da história, ressaltando as
influências multidisciplinares, sejam históricas, culturais, sociais ou filosóficas, que ela
sofre. Tanto um quanto outro conseguem expressar a tamanha importância da análise
de diferentes narrativas, cada um defendendo a perspectiva de ‘forma’ e ‘função’.

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