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Sumário

1. O que é Psicologia Jurídica?


2. Psicologia X Direito
3. Quais são as áreas de atuação?
4. O que é Psicologia Forense?
5. O que é Psicologia Criminal?
6. O que é Psicologia Investigativa?
7. O que é Psicologia Penitenciária?
8. Como se preparar desde a graduação?
9. Como conseguir estágios
10. Novo idioma
11. Pesquisa: sim ou claro?
12. Formei e agora?
13. Como adquirir experiência?
14. Como/onde encontrar pós-graduações?
15. Quais são as formas de atuação?
16. Público X privado
17. Perícia Judicial
18. Assistente técnico
19. Clínica Forense
20. Avaliação Psicológica Forense
21. Quanto ganha?
22. Quanto cobrar?
23. Planejamento financeiro
24. Organização
25. Como/onde oferecer serviços?
26. Expectativa X realidade
27. Concursos: o que você precisa saber
28. Preciso saber Direito?
29. Qual o perfil do profissional?
30. Bibliografia indicada
31. Conclusões
1. O que é Psicologia Jurídica?

Segundo a APA (​American Psychological Association​), é uma área

da Psicologia que começou como ciência auxiliar ao Direito, mais tarde

passando para um ramo próprio de pensamento e criando várias formas

e locais de atuação. Alguns autores denominam a Psicologia Jurídica

como Judicial, Forense ou Legal. No entanto, cada uma das subáreas

da Psicologia Jurídica têm suas diferenças, a Psicologia Jurídica seria

uma noção mais ampla, englobando todas as outras.

É um área que ainda está em construção, porque é uma ciência

jovem (18 anos que o CFP ​reconheceu como área da Psicologia,

embora desde os anos 70 alguns profissionais já trabalhassem ), assim

como a Psicologia é razoavelmente recente no Brasil. O Direito busca

“regular” o comportamento humano, prescrevendo condutas e

solucionando conflitos, a Psicologia busca a ​compreensão do

comportamento, logo as duas áreas desenvolveram relações

importantes.
2. Psicologia x Direito

Você tem que entender que como são ciências diferentes, com

objetivos, atuações e contribuições diferentes, é natural não estarem em

acordo sempre. Cada uma tem suas limitações e devem ficar na sua

área de atuação. Por exemplo: não cabe ao psicólogo fazer indicações

ao juiz sobre quem deve ficar com a guarda de um menor. Quando

avaliamos, devemos responder questões, não julgar. Também é

possível que alguém elabore questões que o psicólogo não pode e nem

deve responder. Temos limites éticos e técnicos que alguns operadores

do Direito podem não entender, devemos explicar e focar no que

podemos e devemos fazer.

3. Quais são as áreas de atuação?

As mais famosas são a penitenciária, forense, criminal e

investigativa. A Psicologia Jurídica é essencial nas questões de família

(Vara da Família): separação, guarda, adoção. No Direito Penal (Vara

Criminal): o crime, suas motivações (conduta), nos delitos sexuais,

imputabilidade penal, na vitimologia. No Direito Penitenciário (Execução


Penal): ressocialização, Direitos Humanos e etc. No Direito da Criança e

Adolescente (Vara da Infância e Juventude), no Direito do Idoso, nos

delitos de trânsito. No Processo Penal: oitiva de testemunhas,

veracidade de depoimentos, interrogatório do réu, estratégias de

convencimento de jurados. No Direito do Trabalho, da Mulher, na

Investigação Criminal (Polícia Civil, Perícia), na Criminologia (explicação

psicológica da delinquência) e outras. E aí, já sabe em que área quer

trabalhar?

4. O que é Psicologia Forense?

O termo “forense” é frequentemente usado como sinônimo para

“jurídica”. Entretanto, “forense” revela uma relação com o fórum,

tribunais e julgamentos. Enquanto o termo “jurídica” engloba todas as

relações da Psicologia com o Direito. Sendo assim, quando falarmos da

Psicologia Forense estaremos nos referindo a atuação da Psicologia

nos tribunais, em relação avaliação de testemunhas, vítimas e

ofensores, respondendo quesitos do juiz.


São questões sobre guarda, adoção (Vara da Família),

capacidade civil (Vara Cível), abusos sexuais e outros crimes (Vara

Criminal), em alguns casos há a Vara da Infância e Juventude separada

da Vara da Família, se for uma cidade pequena pode ter apenas uma

Vara Única responsável por todos os tipos de processos, tudo depende

de qual Órgão você atua e local. Para saber quais as atribuições dos

cargos, basta buscar pelo último edital do Órgão da sua escolha, assim

verá o que o psicólogo faz em cada instituição. Como trabalhar na área?

Por concurso ou como perito judicial ou assistente técnico.

5. O que é Psicologia Criminal?

Se você gosta de estudar sobre crimes, a Psicologia Criminal é

perfeita pra você. Alguns consideram esta subárea da Psicologia

Jurídica como a contribuição da Psicologia para a Criminologia, o

estudo sobre o crime (vítima e ofensor).

É uma área muito teórica, mas como psicólogo(a) (perito judical)

você pode escolher avaliar apenas na área criminal e em vários

momentos. No inquérito policial, como perícia complementar, no

momento da Ação Penal e até da Execução Penal. Para atuar aqui é


apenas por concurso para a Polícia Civil, Federal e Perícia Criminal, em

casos raros podem te contratar como profissional liberal (perito ad hoc,

não concursado), ou como perito judicial na Vara Criminal e de

Execução Penal, mas se quiser ser concursado saiba que concursos

para a área são raros. Você precisará ter noções de Direito Penal e

Processual Penal. Pós-graduações são raras, mas vou voltar ao tópico

depois.

6. O que é Psicologia Investigativa?

Alguns dizem que é uma ramificação da Criminal, mas é fato que

tem uma característica própria: perfis criminais. O criador da Psicologia

Investigativa é David Canter, não tem nenhum livro traduzido para

português. Trabalhando na área, você reduzirá suspeitos traçando perfis

psicocomportamentais dos ofensores (aqui inclui o perfil da vítima e o

geográfico).

Você definitivamente tem que ser concursado na Polícia Civil ou

Federal (ou ser muito bom no que faz, para eles te procurarem quando

precisarem), e estudar Criminal Profiling, que é uma técnica difícil que


requer estudo. Pode fazer especialização ou mestrado, em alguns

casos na Academia de Polícia tem cursos próprios e depois de entrar

para a Polícia você pode fazer um concurso interno (só para policiais) e

se aprovado, pode usar 10h semanais da sua carga horária (costuma

ser 40h) para trabalhar com Profiling, mas são raros e em pouquíssimos

estados. O IPEBJ (SP) tem uma pós em Criminal Profiling, a Unijorge

(BA) tem uma de Psicologia Investigativa e a UNIPÊ (PB) tem uma

mistura de Criminal com Investigativa. Mestrado só na Inglaterra, berço

da Psicologia Investigativa.

1. https://www.ipebj.com.br/pos-graduacao/criminal-profiling-psicologi

a-investigativa

2. https://pos.unijorge.edu.br/cursos/especializacao-e-mba/especializ

acao-em-psicologia-investigativa.html

3. https://unipe.edu.br/pos-graduacao/criminologia-e-psicologia-inves

tigativa-criminal/

7. O que é Psicologia Penitenciária?

Se você quer trabalhar com presos, pode que fazer concurso para

DEPEN ou a Secretaria de Administração Penitenciária do seu estado, o


trabalho tem um leve toque de políticas públicas, visa diminuir a

reincidência criminal, ajudar no processo de ressocialização conforme

forem progredindo de regime, sem esquecer os contexto clínicos e

organizacionais que acontecerão (terapia grupal, e etc). Dê uma olhada

nos editais do seu estado, também recomendo duas leituras: “Vigiar de

Punir” de Foucalt e “Criminologia Clínica e Psicologia Criminal” de

Alvino Augusto de Sá. Pode acontecer de ser contratada sem passar

por concurso, mas é mais raro.

Se você quer trabalhar com adolescentes em conflito com a lei

(socioeducação), recomendo que preste concurso para a Secretaria de

Socioeducação, em alguns casos a pasta estará na Secretaria De

Administração Penitenciária, Prisional, Da Infância e Juventude, dos

Direitos Humanos… procure no seu estado, costumam chamar de

Cases (Fundação Casa, Fundase, Funase e etc).

8. Prepare-se desde a graduação

Se na sua grade curricular existe a disciplina de Psicologia

Jurídica/Forense (optativa ou não), sugiro que curse. Se não há, sugiro


que faça um curso para dar a base que você precisa. Encontro anuncios

de cursos no Instagram (nas hastags (#) de psicologia jurídica, forense,

criminal) e nos grupos do Facebook, eu pretendo lançar cursos online

em breve. Eu não recomendo aqueles cursos gerais sobre psicopatas e

serial killers, você precisará de base sólida, poupe seu dinheiro. Se não

encontrar, melhor investir em livros do que nos cursos que citei.

Participar de eventos é fundamental, é sua chance de encontrar

profissionais e saber sobre sua atuação na prática. Encontro anúncios

de eventos nos mesmos lugares que falei acima. Também indico que

faça estágios, teremos um tópico específico sobre ele. Você sabia que

existem Associações de Psicologia Jurídica? Você pode ser sócio

(média de 200 por mês) e participar de eventos que elas promovem.

1. http://www.abpj.org.br/

2. https://www.sbpj.com.br/

Recomendo que dê uma olhada na biblioteca da sua faculdade,

veja o que tem sobre a área, se puder tire xerox. Livros sobre psicologia

Jurídica são raros e caros, então aproveite o acesso gratuito. Depois

terá que comprar os seus, compro na Amazon (costumam estar mais

baratos e entregam rápido).


9. Estágios: como conseguir?

Para encontrar instituições vá até a coordenação de estágio do

seu curso e peça a lista de instituições com as quais sua faculdade tem

vínculo. Nenhuma na área jurídica? Você pode procurar na internet

instituições (vou deixar uma lista em anexo) e ver quais funcionam na

sua cidade, o próximo passo é saber se há vaga ou se pode ser criada.

Em caso positivo você pode voltar até sua coordenação e pegar a

papelada necessária para criar vínculo entre as duas instituições. Para

sua faculdade aceitar seu estágio é necessário que exista um

profissional psicólogo na instituição escolhida que seja seu supervisor

(ou preceptor).

Você precisa saber que existe o estágio obrigatório e o voluntário

(remunerado ou não). O obrigatório está na sua grade curricular, tem

momento certo pra começar e terminar, o voluntário você faz quando

quiser, não tem necessariamente a ver com a faculdade. Qualquer um

dos dois que você conseguir, faça.

Nenhuma instituição funciona na sua cidade? É hora de buscar

áreas relacionadas. Pode ser em Organizacional, Avaliação Psicológica,

Clínica, CREAS, CAPS, CRAS e etc. Você faz o que der pra fazer,
garantindo que consiga o máximo e a melhor experiência possível. O

que importa é adquirir experiência na área jurídica, social e/ou clínica,

serão importantes mesmo que não sejam na área jurídica, porque você

terá contato com áreas relacionadas.

Por exemplo: atender vítima de violência, fazer avaliações

psicológicas (mesmo gerais, já é um treinamento para o seu futuro), no

CAPS e CREAS você pode encontrar vítimas, infratores ou seus

familiares… são casos de vulnerabilidade que farão parte do seu futuro

trabalho.

10. Novo idioma

Algumas subáreas (criminal, investigativa) são mais carentes de

material teórico em nossa língua, então se quiser ler e/ou traduzir você

precisará saber outros idiomas, destaco inglês e espanhol. Se você

quiser se tornar uma referência ou se destacar na área, saber outro

idioma é fundamental. Você não precisa fazer um curso formal como

Fisk, CCAA, Wizard, não precisa ser fluente. Há canais no Youtube que

podem ajudar, existem cursos de App baratos como Buusu e Babbel.


Também indico comprar uma gramática e um excelente dicionário.

Outra coisa que gosto de fazer é me envolver com a língua: escutar

músicas, aprender a letra e tradução, assistir séries legendadas com

áudio original ou dublada com legenda na língua original (Netflix ajuda).

Leio textos e vou traduzindo para aumentar o vocabulário. Espero que

dê certo pra você.

11. Pesquisa: sim ou claro?

Recapitulando: você irá cursar a disciplina (e/ou fará o maior

número de cursos possíveis), fará estágio na área. E depois? Fará

pesquisa (artigos e TCC sobre a área), saiba que não é fácil encontrar

orientador de TCC que oriente pesquisas sobre Psicologia Jurídica,

então você precisará de jogo de cintura.

Vou te contar um exemplo: eu queria fazer meu TCC sobre a área,

não encontrei orientador, consegui um da minha abordagem, pesquisei

sobre o que a Psicanálise diz sobre o crime. Pesquisei o que eu queria,

sem resistência por parte do orientador, já que era especialista na

Psicanálise e orientaria qualquer pesquisa sobre ela.


Você pode pesquisar o que a sua abordagem diz sobre algo, ou

como um psicólogo jurídico com a sua abordagem atua, ou fazer uma

revisão de literatura sobre algo do ponto de vista da psicologia jurídica,

criminologia, sociologia, filosofia, ou fazer estudo de um caso real pela

ótica da sua abordagem, ou relacionar com filmes e séries… as

possibilidades são infinitas.

A pesquisa se resume ao TCC? Não, há Iniciação Científica,

grupos de pesquisa, veja na sua faculdade como participar. Você

também pode estender sua pesquisa para a pós-graduação

(especialização, mestrado, doutorado).

12. ​Formei, e agora?

Pode ser a hora de procurar o primeiro emprego ou

pós-graduação. Ou pode começar como profissional liberal. Não se

sente preparado para começar a trabalhar? Tenha um supervisor. A

maioria dos alunos não fazem terapia durante a faculdade e muito

menos contratam um supervisor depois de formados. Ter um

profissional experiente te “orientando” é excelente, não sentirá que está


fazendo algo “errado” porque o supervisor avisaria e qualquer dúvida

seria tirada.

13. Como adquirir experiência?

Você não tem ideia de como ter experiência é fundamental para

obter sucesso na carreira. Em alguns casos é uma exigência, então

você precisa ter e não é fácil conseguir, ninguém quer dar o primeiro

emprego. Saiba que depois de formado pode prestar trabalho voluntário

nas mesmas instituições que indiquei (anexo I), garantindo a

experiência necessária antes de atuar remuneradamente. Você não

ganhará salário, só experiência, então precisará de outra fonte de

renda para se manter.

Outra opção é começar uma pós e depois procurar estágios de

pós-graduação (sim, existem), não pagam muito, mas você adquire a

experiência necessária. Como encontrar? Nos mesmos lugares que

indiquei, geralmente fazem uma prova e você precisa comprovar que

faz pós-graduação.
14. Como encontrar pós-graduações?

Comece procurando na sua faculdade/universidade. Sabia que na

minha faculdade não tinha e ajudei a criar? Fui até a coordenação de

pós-graduação e perguntei a quantidade mínima de alunos para formar

uma turma de pós. Fui de sala em sala (9º e 10º semestres) passando

uma lista e encontrando alunos interessados, entreguei a lista com

nomes, e-mails e telefones na coordenação. Ficaram impressionados,

confirmaram com os alunos o interesse, formaram a turma e ainda

ganhei 30% de desconto!

Não tem na sua faculdade e/ou não conseguiu formar a turma?

Hora de procurar na sua cidade, na sua região, no seu estado ou em

outros próximos. Lembre que pós tem que ser perto de você, para evitar

gastos e cansaço com viagens. Não encontrou nenhuma na internet?

Procure o currículo dos professores de cursos e eventos que você já foi,

ou profissionais que você admira. Assim verá onde se formaram, onde

ensinam, e ficará mais fácil de encontrar a sua pós.

Longe demais? Caras? Não se interessou por nenhuma? Saiba

que existem instituições que oferecem pós à distância (EaD). Conheço a


Faculdade Unyleya, lá as pós são mais curtas e ainda oferecem

desconto para fazer mais de uma. Tem de Psicologia Jurídica, Forense,

Investigação Criminal e Criminologia (ótima para quem quer a Criminal,

mas não encontrou uma presencial).

Se interessa em fazer mestrado? A única faculdade que oferece

mestrado na área (forense) é a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), é

particular. Não tem como pagar? Saiba que não precisa fazer apenas lá,

basta procurar as linhas de pesquisas de mestrados e ver se alguma se

relaciona com o tema da sua pesquisa. Exemplo: se quero estudar

psicopatia, posso me aplicar nas linhas de pesquisa em psicopatologia,

neuropsicologia criminologia, desenvolvimento infantil, segurança

pública, ciências forenses e etc.

Você pode participar de programas que não sejam de Psicologia

também, é só pesquisar se aceitam o curso de Psicologia. Pode ser de

Direito, Segurança Pública, Criminologia, Ciências Forenses e etc.

Indico a UMESP, lá o Antônio de Pádua Serafim orienta pesquisas em

neuropsicologia forense, violência e personalidade.

Eu sei que todos querem fazer pós na subárea que escolheram,

mas algumas são bem caras e raras, então não se preocupe com o

título que vai receber. Por exemplo, em uma pós em Jurídica pode ter
uma disciplina de Criminal Profiling, em uma pós em Forense você pode

encontrar a disciplina de Criminologia.

Você tem que se importar com a grade curricular, com o conteúdo

que verá nas aulas. Não busquem título pelo título, já investi em pós que

não gostei e preferiria ter investido em livros. Você faz seu curso

estudando em casa, não só indo até as aulas, de nada adianta só ir até

a faculdade. Não tenha medo de fazer pós em instituições

“não-famosas”, nenhuma começou com renome, como referência.

Você não deve se importar em se intitular de psicólogo isso ou

aquilo, você deve escolher sua aŕea pelas suas preferências. Com o

que quer trabalhar? Que tipos de casos? De família? Forense/jurídica.

De crime? Criminal/investigativa. Nos tribunais? Forense/jurídica.

15. Quais são as formas de atuação?

Saiba que quase todas as formas de atuação na Psicologia

Jurídica será no Serviço Público, como concursado ou contratado.

Como concursado não tem escapatória, só estudando muito, depois de

aprovado vem a nomeação e finalmente a posse do cargo. Quer saber


mais sobre concursos? Veja nos perfis: @psicologianova,

@psicologoconcurseiro, @concursos_psi. Eles vendem cursos e livros

para concursos e lá você se mantém informado dos concursos abertos e

previsões dos próximos.

Mas se concurso não é pra você e quer trabalhar como

profissional liberal, você pode ver se as mesmas instituições que citei

estão contratando ou contratam. Pode ir pessoalmente e entregar

currículo, ligar ou mandar e-mail. Aqui entra o perito judicial e assistente

técnico.

16. Privado x Público

A diferença salarial pode variar muito dependendo de onde você

trabalha e em que estado é. Pode ser que ganhe mais trabalhando

como profissional liberal do que como concursado (servidor público),

dependendo de vários fatores como experiência, contatos, currículo e

até um pouco de sorte. Mas também pode ser que só ganhe bem sendo

concursado.
A principal diferença é a estabilidade, não perderá o trabalho a

não ser que cometa certos atos. Terá férias remuneradas e etc. Veja o

que é melhor pra você no momento e saiba que é uma decisão fácil de

mudar, caso não goste de algo.

17. Perícia Judicial

Código de Processo Civil

Título IV

Capítulo III

Seção II

Do Perito

Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento

técnico ou científico.

§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos

técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está

vinculado.

§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de

divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta

direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem

dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.


§ 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro,

considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos

interessados.

§ 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos ​arts.

148 ​e ​467 ​, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os

nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade.

§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a

nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou

científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.

Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando

toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.

§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da

suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.

§ 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos

documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja

distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.

Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos

prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a

5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o

fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.

Seção X

Da Prova Pericial

Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.

§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:


I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;

II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;

III - a verificação for impraticável.

§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia,

determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor

complexidade.

§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz,

sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.

§ 4 o​ ​Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área

objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons

e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.

Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo

para a entrega do laudo.

§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de

nomeação do perito:

I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;

II - indicar assistente técnico;

III - apresentar quesitos.

§ 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:

I - proposta de honorários;

II - currículo, com comprovação de especialização;


III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as

intimações pessoais.

§ 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no

prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os

fins do ​art. 95 ​.

§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados

a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois

de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.

§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração

inicialmente arbitrada para o trabalho.

§ 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à

indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia.

Art. 466. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,

independentemente de termo de compromisso.

§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou

suspeição.

§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das

diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com

antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Art. 467. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição.

Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, nomeará

novo perito.

Art. 468. O perito pode ser substituído quando:

I - faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;


II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.

§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional

respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o

possível prejuízo decorrente do atraso no processo.

§ 2º O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo

trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5

(cinco) anos.

§ 3º Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2º, a parte que tiver realizado o

adiantamento dos honorários poderá promover execução contra o perito, na forma dos ​arts. 513 e

seguintes deste Código ​, com fundamento na decisão que determinar a devolução do numerário.

Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que

poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.

Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos autos.

Art. 470. Incumbe ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;

II - formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.

Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante

requerimento, desde que:

I - sejam plenamente capazes;

II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.

§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para

acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e local previamente anunciados.


§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em

prazo fixado pelo juiz.

§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito

nomeado pelo juiz.

Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação,

apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que

considerar suficientes.

Art. 473. O laudo pericial deverá conter:

I - a exposição do objeto da perícia;

II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;

III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente

aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;

IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão

do Ministério Público.

§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com

coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.

§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões

pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.

§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de

todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos

que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo

com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao

esclarecimento do objeto da perícia.


Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo

perito para ter início a produção da prova.

Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento

especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente

técnico.

Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o

juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.

Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte)

dias antes da audiência de instrução e julgamento.

§ 1º As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo

no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual

prazo, apresentar seu respectivo parecer.

§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:

I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do

Ministério Público;

II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.

§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande

intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento,

formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.

§ 4º O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10

(dez) dias de antecedência da audiência.

Art. 478. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento ou for

de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos


estabelecimentos oficiais especializados, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos autos,

bem como do material sujeito a exame.

§ 1º Nas hipóteses de gratuidade de justiça, os órgãos e as repartições oficiais deverão cumprir

a determinação judicial com preferência, no prazo estabelecido.

§ 2º A prorrogação do prazo referido no § 1º pode ser requerida motivadamente.

§ 3º Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e da firma, o perito poderá

requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas e, na falta

destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento lance em

folha de papel, por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.

Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto no ​art. 371 ​, indicando na

sentença os motivos que o levaram a considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo,

levando em conta o método utilizado pelo perito.

Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia

quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.

§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a primeira e

destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.

§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.

§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o valor de uma e de

outra.

Quando um juiz acha necessário, pode solicitar uma perícia para

solucionar alguma questão. Quando não há na instituição nenhum perito


concursado (um psicólogo, por exemplo), o juiz pode nomear um

profissional de sua confiança, que se cadastrou na instituição para ser

perito judicial. O perito realiza a perícia e emite um laudo, o juiz pode

acatá-lo no todo ou em parte. Para trabalhar como perito, além de se

cadastrar no Tribunal de Justiça, você vai precisar de uma sala, móveis

e testes psicológicos.

“Ah, mas e a concorrência?” Algumas cidades já contam com

muitos peritos cadastrados, a solução seria trabalhar no interior, talvez

se cadastrar em mais de uma comarca e dividir seu tempo. Não

esqueça de fazer cursos, ler bastante sobre o trabalho e ter

conhecimentos básicos de Direito (Código Civil, Processual Civil,

Código Penal e Processual Penal), sem esquecer Avaliação psicológica

e Psicopatologia. Viu como ter a experiência como estagiário ajuda?

Você já sabe o que fazer.

E quais as perícias mais comuns? Nas Varas da Infância e

Juventude são as de perda de poder familiar (quando acontece algo

muito grave, já que é uma medida extrema para a proteção da

criança/adolescente), habilitação para adoção, suspeita de abuso

sexual, relatório psicossocial na avaliação de adolescente infrator e etc.


Nas Varas de Família: regulamentação de guarda e visitas,

avaliação de criança que resiste ao contato parental e etc. Nas Varas de

Violência Domésticas, avaliação de violência intrafamiliar, contra

mulher, idoso e etc. Nas Varas Cíveis, avaliação de interdição e de dano

psíquico e etc. Nas Varas Criminais e de Execução, avaliação de

imputabilidade, de psicopatia, exame criminológico e etc. Mas a perícia

da área criminal é regida pelo Código de Processo Penal:

Título VII

Da Prova

CAPÍTULO II

DO EXAME DE CORPO DE DELITO, DA CADEIA DE

CUSTÓDIA E DAS PERÍCIAS EM GERAL

(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

[…]

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,

portador de diploma de curso superior. ​(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 1​o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras

de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação

técnica relacionada com a natureza do exame. ​(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2​o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o

encargo. ​(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 3​o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao

querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 4​o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos

exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.

​(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 5​o​ Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:

​(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos,

desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam

encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em

laudo complementar; ​(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo

juiz ou ser inquiridos em audiência. ​(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 6​o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será

disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de

perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.

​(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)

§ 7​o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento

especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de

um assistente técnico. ​(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)


Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que

examinarem, e responderão aos quesitos formulados. ​(Redação dada pela Lei nº

8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este

prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. ​(Redação

dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

[…]

Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as

declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a

autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a

novo exame por outros peritos.

Art. 181. No caso de inobservância de formalidades, ou no caso de omissões, obscuridades ou

contradições, a autoridade judiciária mandará suprir a formalidade, complementar ou esclarecer o

laudo. ​(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)

Parágrafo único. A autoridade poderá também ordenar que se proceda a novo exame, por

outros peritos, se julgar conveniente.

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em

parte.

Art. 183. Nos crimes em que não couber ação pública, observar-se-á o disposto no ​art. 19​.

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a

perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
Nas avaliações de determinação de imputabilidade penal, quando

solicitado, o psicólogo faz uma perícia complementar a do psiquiatra.

Quanto ao sujeitos que já se encontram sentenciados (ingressando no

sistema penal), a Lei de Execução Penal dá três possibilidades de

avaliações técnicas: exame criminológico (artigo 8 e 12), exame de

personalidade (artigo 9) e o parecer das Comissões Técnicas de

Classificação (artigo 8, tem o objetivo de avaliar as condições psíquicas

na requisição de benefícios). Quer saber o que o CFP fala sobre

avaliação psicológica pericial? Leia a resolução nº 08/2010.

CAPÍTULO I

REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

Art. 1º - O Psicólogo Perito e o psicólogo assistente técnico devem evitar qualquer tipo de

interferência durante a avaliação que possa prejudicar o princípio da autonomia teórico-técnica e

ético-profissional, e que possa constranger o periciando durante o atendimento.

Art. 2º - O psicólogo assistente técnico não deve estar presente durante a realização dos

procedimentos metodológicos que norteiam o atendimento do psicólogo perito e vice-versa, para que

não haja interferência na dinâmica e qualidade do serviço realizado. Parágrafo Único - A relação

entre os profissionais deve se pautar no respeito e colaboração, cada qual exercendo suas

competências, podendo o assistente técnico formular quesitos ao psicólogo perito.

Art. 3º - Conforme a especificidade de cada situação, o trabalho pericial poderá contemplar

observações, entrevistas, visitas domiciliares e institucionais, aplicação de testes psicológicos,

utilização de recursos lúdicos e outros instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas pelo Conselho

Federal de Psicologia.
Art. 4º - A realização da perícia exige espaço físico apropriado que zele pela privacidade do

atendido, bem como pela qualidade dos recursos técnicos utilizados.

Art. 5º - O psicólogo perito poderá atuar em equipe multiprofissional desde que preserve sua

especificidade e limite de intervenção, não se subordinando técnica e profissionalmente a outras

áreas.

CAPÍTULO II

PRODUÇÃO E ANÁLISE DE DOCUMENTOS

Art. 6º - Os documentos produzidos por psicólogos que atuam na Justiça devem manter o

rigor técnico e ético exigido na Resolução CFP nº 07/2003 (​revogada pela nº 06/2019​), que institui o

Manual de Elaboração de Documentos Escritos produzidos pelo psicólogo, decorrentes da avaliação

psicológica.

Art. 7º - Em seu relatório, o psicólogo perito apresentará indicativos pertinentes à sua

investigação que possam diretamente subsidiar o Juiz na solicitação realizada, reconhecendo os

limites legais de sua atuação profissional, sem adentrar nas decisões, que são exclusivas às

atribuições dos magistrados.

Art. 8º - O assistente técnico, profissional capacitado para questionar tecnicamente a análise

e as conclusões realizadas pelo psicólogo perito, restringirá sua análise ao estudo psicológico

resultante da perícia, elaborando quesitos que venham a esclarecer pontos não contemplados ou

contraditórios, identificados a partir de criteriosa análise.

Parágrafo Único - Para desenvolver sua função, o assistente técnico poderá ouvir pessoas

envolvidas, solicitar documentos em poder das partes, entre outros meios (Art. 429, Código de

Processo Civil).

CAPÍTULO III

TERMO DE COMPROMISSO DO ASSISTENTE TÉCNICO

Art. 9º – Recomenda-se que antes do início dos trabalhos o psicólogo assistente técnico

formalize sua prestação de serviço mediante Termo de Compromisso firmado em cartório onde está

tramitando o processo, em que conste sua ciência e atividade a ser exercidas, com anuência da

parte contratante.
Parágrafo Único – O Termo conterá nome das partes do processo, número do processo, data

de início dos trabalhos e o objetivo do trabalho a ser realizado.

E quais os testes mais usados? HTP, Palográfico, ​Rorschach

(R-PAS), Zulliger, Teste de Apercepção Temática para Adultos e

Crianças (TAT e CAT), Escala Hare (PCL-R), Inventario Fatorial de

Personalidade (IFP II), ​Escala Wechsler Abreviada de Inteligência

(WASI), ​Escala Wechsler de Inteligência para crianças (​WISC),

Psicodiagnóstico Miocinético (PMK), Escala Fatorial de Socialização

(EFS), Estaca de Stress Infantil (ESI), Escala de Stress Adolescente

(ESA), Matrizes Progressivas de Raven, Inventário de Frases no

Diagnóstico de Violência Doméstica Contra Criança e Adolescentes

(IFVD), Sistema de Avaliação do Relacionamento Parental (SARP),

Inventário de Estilos Parntais (IEP), Escala para Avaliação de

Tendência à Agressividade (EATA) e ​Protocolo NICHD. Alguns são bem

caros, dê uma olhada no site: https://www.valordoconhecimento.com.br/

17. Assistente Técnico

Cada uma das partes litigantes podem também contratar um

assistente técnico, um outro psicólogo particular que garantirá a atuação


ética e técnica do perito. Ou seja, ele lê o laudo do perito e emite um

parecer, confirmando ou questionando se tudo correu de acordo com as

normas éticas e técnicas da profissão. A assistente técnico também

pode criar quesitos/questões para o perito responder na avaliação,

também participa de todas as fases do processo, auxiliando no que for

preciso.

Não há como se cadastrar para ser Assistente Técnico, basta criar

conexões com outros profissionais e oferecer seus serviços. Parcerias

com firmas de advogados são recomendadas. Você gastaria bem

menos para atuar, mas não acredito que haja muita demanda (por

causa do valor, já que também estarão pagando/ou pagarão o perito e

advogados), então seria melhor deixar como um segundo serviço

oferecido por você. Você precisa saber sobre Avaliação Psicológica,

Psicopatologia e noções de Direito. Nos artigos do tópico anterior você

encontra citações do trabalho do assistente técnico, releia com atenção.

18. Assessoria/Consultoria

Quando você for referência na sua área, poderá ser chamado para dar

pareceres sobre casos, reavaliar se o perito não fez tudo corretamente


ou o juiz te chama para dar uma segunda ou terceira opinião (quando

não há consenso entre peritos). Seria como se você fosse tão

importante que é última chance, última carta. Você é tão requisitado,

experiente e caro que te deixam por último como uma uma verdadeira

última alternativa.

Para nós, reles mortais, oferecer consultoria quer dizer que você

pode explicar casos e decisões que foram definidos por questões

psicológicas. Ou quando um advogado tem dúvida se um psicólogo

pode ajudar no caso ou não. Se você pode atestar alguma coisa, emitir

um documento depois de uma avaliação que não foi pedida por um juiz,

mas que pode ajudar no caso. A assessoria/consultoria é a porta de

entrada para os seus serviços. Responde perguntas como: a Psicologia

pode ajudar? O que um psicólogo pode dizer sobre isso? Você pode

atestar que eu…? (depois de uma avaliação, que pode afirmar ou não o

que o cliente quer). O que o documento do psicólogo tal quis dizer? Por

causa de tal coisa estou sofrendo disso, posso processar?”. Percebe

como é uma porta de entrada? Um caso começa assim para o

assistente técnico ou para um psicólogo que trabalha com avaliação

psicológica forense no consultório particular.


19. Clínica Forense

Ainda engatinhando no Brasil, a clínica forense é uma nova forma

de atuação para quem gosta das duas áreas. Infelizmente ainda não

alcançou todo o seu potencial, mas está lutando para isso.

Imagine um juiz te encaminhando um caso para psicoterapia

porque além de clínico você entende de psicologia forense, isto é, por

ter noções de Direito você entende melhor o processo judicial do

paciente e percebe como pode afetar sua subjetividade. São dois

olhares sobre o sujeito que está ali para cumprir uma condição imposta

pelo juiz, trazendo questões transferenciais próprias da psicologia

jurídica (o que eu disser o juiz saberá?).

Aqui ainda não funciona assim, mas sabe aquele paciente que

enfrenta vulnerabilidades sociais? Que não tem direitos básicos

garantidos? Que sofre algum tipo de violência? Que está exposto a

violência (policiais, por ex.)? Atuando na Clínica Forense, você poderia

encaminhá-lo para serviços públicos que ajudariam a garantir seus

direitos, poderia fazer preço social nos seus serviços ou trabalhar

voluntariamente nos locais onde eles estão e ter uma escuta


diferenciada (clínica + psicologia forense + políticas públicas). Às vezes

o paciente não sabe, mas há ajuda governamental para ele, em outras

ele sabe, mas não tem esperança que funcione, que consiga sozinho.

Você encontra mais sobre o tema no livro “Introdução à Psicologia

Forense” da Editora Juruá.

20. Avaliação Psicológica (Forense)

Aqui você tem sua sala, seus testes e oferece o serviço de

avaliação (que pode ser forense ou não). Você divulga seus serviços,

faz parceria com outros profissionais. Pode se cadastrar na Polícia

Federal para avaliar quem quer ter posse de de armas e etc. Nem

preciso dizer que você precisa ter conhecimento sobre Avaliação

psicológica, psicopatologia, Psicologia Forense. Vão surgir vários tipos

de demanda de avaliação no contexto forense se você oferecer o

serviço. Antes de iniciar qualquer trabalho com perícia psicológica,

indico que faça um curso específico que te ensine sobre Avaliação,

processos e metodologia. Recomendo o curso do Antônio de Pádua

Serafim:
https://www.ceip.org.br/cursos-e-eventos/curso-de-formacao-em-p

ericia-psicologica-e-neuropsicologica-202013-019/

21. Quanto ganha?

Recentemente vi um anuncio: “ganhe X mil por mês com

psicologia forense”. Pensei: onde e como, pelo amor de Deus? Preciso

mandar meu currículo. Brincadeiras à parte, é muito fácil um profissional

no auge da carreira dizer “ganhe tanto quanto eu!”. Parecem esquecer o

quanto são difíceis os primeiros anos, ninguém começa do topo. Nem

sempre o mais qualificado, ou quem tem “mais conhecimento” é o mais

bem-sucedido. Já vi colegas excepcionais nunca conseguirem emprego

e os que brincaram na graduação conseguirem.

No começo vai ser difícil, talvez sem lucro nenhum, mas muitos

investimentos. Você precisa usar tudo que estiver ao seu alcance para

melhorar na carreira. Contatos, localização, marketing, experiência,

currículo. Talvez tenha que trabalhar em outra área da psicologia

(organizacional oferece muitas vagas nas regiões metropolitanas) para

conseguir se manter e continuar investindo nos estudos.


Vai chegar o momento em que você vai ganhar 20 mil por mês,

mas não será no primeiro ano, a não ser que passe em concurso e o

salário inicial seja 20 mil. Você precisa ter paciência. Sinto muito se não

era o que você queria ler, mas você precisa saber a realidade para

poder se preparar.

22. Quanto cobrar?

Não se preocupe, o CFP disponibiliza uma tabela anual (link

abaixo) com os valores máximos e mínimos que devem ser cobrados

pela hora de trabalho do psicólogo em cada serviço. Então, basta

multiplicar as horas trabalhadas pelo valor (algo entre o mínimo e

máximo para cada serviço) e você saberá quanto cobrar.

Se você for perito judicial, alguns tribunais têm uma tabela com os

honorários (média de 300 reais por caso na justiça gratuita). É pouco,

eu sei. Você não gasta menos que 10 horas em um caso, se cobrasse

100 por hora (valor abaixo da tabela do CFP para avaliação

psicológica), seria 1.000. Mas podem surgir perícias que não estão

contempladas com a Justiça Gratuita, assim eles perguntarão seus


honorários e você poderá dizer o valor real, o que não quer dizer que

eles aceitarão pagar, podem fazer uma contra-proposta ou

simplesmente procurar outro perito.

https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/08/SINDPSI_FENA

PSI_TABELA_ATUALIZADA_Junho_2019_5.pdf

23. Planejamento financeiro

Ninguém avisa, não gostam de falar de dinheiro. Mas para

trabalhar por conta própria você precisará investir muito

financeiramente, como fazer isso estando desempregado? É a realidade

depois da formatura. O melhor é se planejar antes do desemprego.

Talvez trabalhar durante a graduação, pedir ajuda dos parentes, se

movimentar de alguma forma.

É muito fácil falar, mas acredite: ninguém fala do desemprego

depois da formatura. Você fica com o diploma na mão e pensa: pronto,

cadê meu emprego? Então se você já puder criar o seu, não passará

por isso. Tive colegas extraordinários que não conseguiram trabalhar na

área de formação. Não quero te assustar, mas se soubessem que era


assim desde a graduação, teriam feito as coisas de forma diferente, eu

garanto.

“Não tenho dinheiro pra começar por conta própria”. Saiba que

começar a estudar para concursos também gera gastos, a não ser que

compre ou tire xerox de livros na graduação, mas mesmo assim terá

inscrições, passagens e hospedagem.

Faça um planejamento financeiro do que irá precisar, quanto

custa, quanto tempo para juntar, o que precisa comprar, o que você

pode fazer para conseguir o dinheiro, se alguém pode te ajudar, se pode

dividir gastos com um amigo que quer trabalhar na mesma coisa, como

pode economizar… eu vendi doces durante a faculdade, minhas amigas

vendiam bijuterias, Avon, Natura. Não precisa ser um emprego formal

que te ocupe muito tempo, mas você precisará de dinheiro pra começar

por conta própria e só saberá quanto depois que fizer um orçamento.

Planeje-se desde já. Outra opção é trabalhar em outra área da

psicologia enquanto junta o que precisa para estudar ou trabalhar por

conta própria.

24. Onde e como oferecer serviços?


Lembra da lista de instituições? (anexo I). Vá até os que

funcionam na sua cidade, seja simpático, faça amizades, pergunte como

trabalhar, deixe currículo/número. Se for tímido, ligue ou mande um

e-mail bem educado. Conexões não nascem prontas, não precisa ser

influente ou ter pais importantes. Você mesmo pode criar suas

conexões.

Em qualquer, caso faça cartões de visita, feche parceria com

advogados, crie um blog/site, instagram profissional, página no

Facebook. Assim quem precisar e for pesquisar, vai te encontrar na

internet. Nas redes sociais, fale sobre se trabalho, quem você é, o que

faz, como faz, onde faz, pra que serve. Veja se deve patrocinar

anúncios no Facebook/Instagram.

25. Expectativa x realidade

Alguns acham que eu sou pessimista, mas a verdade é que a

maioria das pessoas parecem sofrer de otimismo delirante, como se

tudo se resolvesse sozinho e não precisasse mover um dedo. Eu sou

realista, trabalho com fatos, gosto de saber o que vem pela frente.
Imagino a pior e a melhor hipótese, me preparo para a pior esperando a

melhor. É claro que não há como prever tudo, é claro que coisas

escaparão do seu controle. Mas não fazer nada pela sua carreira e

esperar ser uma referência enquanto assiste Netflix… não vai

acontecer.

Tenha metas claras e mensuráveis, por exemplo: até 2025 quero

começar um mestrado. Pronto? Não. O que você vai fazer todo dia para

alcançar? Estudar 1 hora de inglês e estudar (o que vai ser cobrado na

prova) 1 hora por dia. Pronto, tirando 2h para o mestrado, pode fazer o

que quiser do dia, de segunda e sexta, e ainda tem o fim de semana

livre de estudos. Pode trabalhar a vontade, estudar as 2 horas no

trânsito, no almoço, antes ou depois de trabalhar… se decidir estudar

pra concursos é a mesma lógica. Nem preciso dizer como a

organização é importante.

Mas qual é a realidade? Algo vai te atrapalhar, você vai duvidar,

querer parar ou pular um dia, achar difícil ou impossível, cansar, chorar,

mas se é algo que você ​realmente quer, não pode desistir, então adie,

pause, folgue, mas não desista dos seus sonhos.

Antecipe as dificuldades que poderá enfrentar, pergunte para

outros profissionais, use a lógica, tenha um plano B, C… Z. Quando


estamos na faculdade temos sonhos lindos que podem não se realizar

por fatores externos, tente imaginar quais seriam e os evite. É como

aquele meme: expectativa x realidade. Faça o que puder para chegar o

mais perto da sua “expectativa” sem esquecer de pensar à frente da sua

“realidade”.

Não acredito que tudo ocorrerá como planejado, mas suas

reservas (plano B, C…) darão uma saída quando outros desistiriam

porque tudo que tinham foi ao chão ​na primeira dificuldade.​

26. Concursos: o que você precisa saber

Muuuuita concorrência, questões de concurso não são as mesmas

das provas da faculdade, você não pode estudar do mesmo jeito que

estudava na faculdade, o nível de conhecimento exigido é outro. O pior

é que estão cada vez mais raros (principalmente na área criminal) e

oferecem menos vagas. Alguns estados passam por problemas

financeiros e chegam a dividir o salário em partes, alguns ainda devem

13º do ano anterior. Mas é a forma de entrada mais comum e estável.


Você terá que estudar disciplinas novas como português, informática,

raciocínio lógico, atualidades e etc.

27. Preciso saber sobre Direito?

Sim, é raro um concurso para a área jurídica sem cobrar no

mínimo uma legislação específica. Eu estudo Direito Administrativo,

Constitucional, Penal e Processual Penal, porque estudo para carreiras

policiais. Em outros casos podem cobrar Direito Civil e Processual Civil,

estatutos e outras legislações. Não se assuste, só precisa ser uma

noção, para você entender processos quando entrar no trabalho e

conseguir se comunicar com operadores do Direito. Existem cursos de

Direito para concurso, veja no @grancursosonline e

@estrategiaconcursos e procure pelo edital da sua escolha, assim será

focado nele e no precisa saber para passar.

28. Qual o perfil do profissional?


Eu vejo o mercado de psicologia jurídica crescendo diariamente, o

que quer dizer que a concorrência está aumentando. Se você é

iniciante, outros já estão com mais passos a sua frente, como

alcançá-los? Você tem que encontrar formas de se destacar. Não dá

mais para querer ser psicólogo jurídico sem estudar (aqui incluo pós,

mas estou falando de sentar e ler), sem saber avaliar, fazendo laudos

péssimos e sujando o nome da Psicologia Jurídica.

No começo era comum que recém formados começassem a

trabalhar nos Tribunais, ganham experiência e depois escrevessem

livros, assim começaram vários, assim se criaram referências. Mas

atualmente você precisa de experiência (estágio ou trabalho voluntário)

e conhecimento (pós+estudo), não é nenhuma lei, é bom senso e o

mercado selecionando os “melhores” (muito relativo) em cada cidade.

Você nunca deve parar de estudar, tem que estar atualizado, tem

artigo novo todo dia com excelentes discussões. Você deve fazer o que

puder para ter um bom currículo, não precisa ser melhor que o de

ninguém, só precisa ter um bom conjunto de experiência e

conhecimento.
29. Bibliografia indicada

Avaliação Psicológica no Contexto Forense

Psicologia e Práticas Forenses

Temas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica (I, II e III)

Introdução à Psicologia Forense

Psicologia Forense: Temas e Práticas

Manual de Psicologia Jurídica para Operadores do Direito

Criminologia Clínica e Psicologia Criminal

Psicologia Jurídica no Brasil

Psicologia Jurídica e Direito de Família

Psicologia Forense (Huss)

Psicologia Jurídica: Perspectivas teóricas e processos de

intervenção

Fundamentos da Perícia Psicológica Forense

30. Conclusão

Que percurso você fará? Cursos, estágio e trabalho voluntário?

Qual pós-graduação fará, especialização ou mestrado? Concursado ou


profissional liberal? Qual área da psicologia Jurídica escolheu? Se ainda

tem dúvidas, sugiro que continue estudando até decidir qual combina

mais com você. Eu espero ter te alertado (e não assustado) sobre as

dificuldades que você pode chegar a enfrentar. Espero ter te inspirado a

entrar nessa área linda com ​determinação.​ E, claro, espero ter dado as

peças necessárias para você decidir sua área/forma de atuação e

conseguir dar seus primeiros passos na carreira, desde a graduação.

Espero você como colega de profissão ;) Estou aberta ao seu feedback,

quero fazer novas edições, respondendo outras dúvidas, com novas

dicas que me surjam, e você vai receber as novas edições de forma

gratuita <3

Nem preciso dizer para não compartilhar este material com

ninguém, não é? Como futuro estudante da área jurídica e profissional

ético, sabe que seria crime ;)


Anexo I

Segue a lista dos Órgãos que já abriram vagas para Psicologia (você também pode tentar estágio):

1. Secretaria de Justiça (municipal ou estadual)

2. Secretaria de Administração Penitenciária (ou de ressocialização)

3. Secretaria de Socioeducação, Segurança, Direitos Humanos (municipal ou estadual)

4. Defensoria Pública Estadual

5. Tribunal de Justiça

6. Tribunal Regional do Trabalho

7. Tribunal Regional Eleitoral

8. Tribunal Regional Federal

9. Tribunal Superior do Trabalho

10. Superior Tribunal Militar

11. Superior Tribunal Eleitoral

12. Supremo Tribunal Federal

13. Conselho Nacional de Justiça

14. Ministério da Justiça

15. Ministério Público da União

16. Departamento Penitenciário Nacional

17. Ministério Público

18. Polícia Civil

19. Perícia Criminal

20. Polícia Federal

21. Agência Brasileira de Inteligência

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