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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – DEPARTAMENTO DE

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA

ISADORA MENDONÇA DE FREITAS

A AÇÃO DO ENFERMEIRO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

RIO DE JANEIRO – RJ

2020
ISADORA MENDONÇA DE FREITAS

A AÇÃO DO ENFERMEIRO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Trabalho de Conclusão de curso


apresentado como requisito para
aprovação no curso de pós-
graduação em Enfermagem
Obstétrica, da Universidade Estácio
de Sá, sob orientação da Professora.

RIO DE JANEIRO – RJ

2020
A AÇÃO DO ENFERMEIRO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Isadora Mendonça de Freitas1


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RESUMO:

Descritores: Promoção à saúde, desenvolvimento infantil, cuidados de


enfermagem, atenção primária à saúde, saúde da criança.

1 Enfermeira. Aluna do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica da Universidade Estácio


de Sá. Campus-Norte Shopping Rio de Janeiro em Rio de Janeiro. E-mail: isadoramrf@gmail.com
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1. Introdução:

Ao identificar a necessidade de vínculo como meio pelo qual se dá a relação


entre a enfermagem e a família da criança durante o desenvolvimento infantil,
percebi a importância de estudar essa interação a partir da perspectiva da atenção
primária, uma vez que representa a porta de entrada dos serviços de saúde, a qual
possibilita à equipe uma compreensão ampliada do processo saúde-doença e das
necessidades de intervenção, para além das meramente curativas. (SOUZA et al,
2013)

Essa proposta se torna viável ao bem-estar da criança, pois possibilita um


atendimento sistemático, estratégia indispensável para garantir um
acompanhamento do desenvolvimento infantil.

O presente estudo tem como objeto a ação de promoção e prevenção na


consulta de enfermagem como ferramenta fundamental no acompanhamento do
desenvolvimento infantil.

O serviço da Atenção Primária à Saúde (APS) propicia aos usuários o


contato primordial com o sistema de saúde e é encarregado pela ordem do cuidado
dos indivíduos e da comunidade (CONASS, 2011).

Através da Política Nacional de Atenção Básica que foi instituída pela


Portaria 648/GM de 28 março de 2006 e atualizada pela Portaria 2488, de 21 de
outubro de 2011, é estabelecido a revisão de diretrizes e normas para a organização
da Atenção básica, a Estratégia de Saúde da Família e Programa de Agentes
Comunitários. É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e
gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigida a
populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária,
considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações
(BRASIL, 2012).

A Atenção Básica é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza


por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que envolve a
promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o
objetivo de desenvolver uma atenção integral que resulte positivamente na situação
de saúde das coletividades. (BRASIL, 2012)

Entre os cuidados ofertados através do cuidado na APS, se ressaltam


aqueles relacionados à saúde das crianças, visando à promoção da saúde e a
prevenção de doenças e agravos por meio do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento, imunização e vigilância nutricional.

Com a finalidade de um crescimento saudável, são essenciais cuidados


básicos que visam precaver, promover e recuperar a saúde da criança, esses
cuidados devem ser proporcionados pela atenção básica à saúde através de ações
práticas, habilidades e conhecimentos, sendo a Unidade de Saúde da Família (USF)
a porta de entrada desse processo (REICHIERT et al, 2012).

Através de um acompanhamento periódico e sistemático para avaliação do


crescimento e desenvolvimento, orientações às mães sobre prevenção de acidentes
e higiene individual, vacinação, aleitamento materno, detecção precoce de agravos,
o desempenho de toda equipe proporciona a expansão na oferta dessa atenção por
meio da consulta de enfermagem.

A consulta de enfermagem tem por finalidade a assistência sistematizada


e individual, determinando problemas de saúde e doença, analisando cuidados que
favorecem a promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde, abrangendo
uma série sistematizada de ações como histórico de enfermagem, exame físico,
diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem e avaliação da consulta.
(REICHERT et al. 2012)

Na consulta de puericultura, o enfermeiro deve proceder como educador


em saúde, focando a aprendizagem das mães sobre amamentação assim como
dando introdução à entrada oportuna e adequada de alimentos complementares,
auxiliando na redução de agravos associados aos erros alimentares na infância e na
vida adulta (CARNEIRO et al, 2015).

Considerando que a atenção à saúde da criança é um campo primordial


para a atuação do enfermeiro, através da prevenção de agravos e promoção da
saúde, este estudo objetivou analisar a prática da enfermagem assim como as
facilidades e dificuldades da prática de promoção e prevenção à saúde da criança
para a execução do Programa de desenvolvimento e crescimento da criança na
Unidade de Saúde da Família, tendo como norteadoras as seguintes questões:
Como a Enfermagem age na detecção precoce de agravos? Como manter um
vínculo do profissional de saúde com a família da criança para um acompanhamento
eficaz? O que engloba as ações de promoção e prevenção na consulta de
Enfermagem?

Neste trabalho, foi analisada a partir da literatura científica a relação do


enfermeiro com a família da criança. Este estudo traz contribuições consideráveis
para o entendimento da necessidade de uma assistência holística direcionada ao
binômio criança-família.

É relevante para a criança e a família pois atua no sentido de manter a


criança saudável para assegurar seu pleno desenvolvimento, chegando à vida
adulta sem influências desfavoráveis e sem problemas trazidos da infância,
contemplando a promoção da saúde infantil, prevenção de doenças e educação da
criança e de seus familiares através de orientações antecipatórias aos riscos de
agravos à saúde, podendo-se oferecer medidas preventivas mais eficazes.

2. Referencial Teórico

O Sistema Único de Saúde foi criado a partir das manifestações de um


conjunto de necessidades sociais de saúde, as quais imprimem um caráter ético-
moral que a defende como direito de todo cidadão. Enquanto conquista das lutas
participativas e democráticas, o SUS se desenvolve com base nos princípios de
acesso, universalidade, equidade e integralidade, e com base nas diretrizes
organizativas de descentralização, regionalização, hierarquização e participação da
comunidade. (BRASIL, 2002)
Como estratégia de reformulação do modelo brasileiro de atenção à saúde e
o fortalecimento dos princípios e diretrizes do SUS, o Ministério da Saúde criou, em
1994, a Estratégia Saúde da Família (ESF), inicialmente denominada Programa de
Saúde da Família. A estratégia iniciou-se na tentativa de repensar os padrões de
pensamento e comportamento dos profissionais e cidadãos brasileiros, até então
vigentes. Sistematizada e orientada por equipes de saúde da família que envolve
médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, odontólogos e Agentes
Comunitários de Saúde (ACS). (COSTA et al, 2009)

REFERÊNCIAS:

ASSIS; L.C. Consulta de enfermagem pediátrica: a percepção dos acompanhantes


no pós atendimento. Revista da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras,
v.8, n.1, p. 21-9, 2008.
BARATIERI, T. et al. Consulta de enfermagem em puericultura: um enfoque nos
registros de atendimentos. Rev Enferm UFSM. v. 4, n. 1, p. 206-216, 2014.

Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de atenção básica nº 33. Brasília: Ministério da


saúde. 2012
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério
da saúde, 2012

COSTA; G.D. Saúde da família: desafios no processo de reorientação do modelo


assistencial. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v. 62, n. 1, p. 113-8, 2009.

COSTA; R.K.S; MIRANDA; F.A.N. Contribuição para a mudança do modelo


assistencial. Rev. Rene. Revista da Rede Enfermagem do Nordeste, v. 9, n. 2, p.
102-128, 2008

WILL, T.K. et al. Fatores de proteção para a amamentação na primeira hora de vida.
Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 26, n. 2, p. 274-280, 2013.

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