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CESV - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE VITÓRIA

DANIEL ANJOS DE SOUZA SANTOS

OS CONFLITOS CONSTITUCIONAIS ACERCA DO CUNHO


PÉRPETUO DOS
ANTECEDENTES CRIMINAIS

VITÓRIA
2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................3
1.1. TEMA...........................................................................................................3
1.2. PROBLEMA.................................................................................................3
1.3. HIPÓTESES.................................................................................................3
2. JUSTIFICATIVA..............................................................................................3
3. OBJTETIVOS DA PESQUISA.........................................................................4
3.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................4
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.........................................................................4
1. INTRODUÇÃO

1.1. TEMA

Disposto no artigo 59 do Código Penal brasileiro, o antecedente criminal


é uma ferramenta a ser considerada na primeira fase do cálculo da dosimetria
da pena do condenado, no condão de circunstância judicial apta a majorar sua
pena-base por um comportamento em sociedade destoante ao que almeja o
Estado para os cidadãos.

1.2. PROBLEMA

Ocorre que o antecedente criminal é imprescritível, deixando o agente


maculado de forma vitalícia. Colacionando com outro instituto de aumento da
pena-base, a reincidência, podemos observar que, passados os 5 (cinco) anos
após o cumprimento da pena ou a extinção do processo, o reeducado se torna
tecnicamente primário. não incidindo mais sobre ele essa majorante num
eventual delito posterior. O fato dos antecedentes criminais sempre poder
incidir sobre o calculo da pena do a gente, independentemente do intervalo de
tempo entre um delito e o outro, estaria violando a vedação constitucional de
dupla punição pelo mesmo fato?

1.3. HIPÓTESE

Acontece que não fora observado pelo legislador, ao criar o instituto em


questão no ordenamento jurídico, alguns princípios basilares da Carta Magna
brasileira, quais sejam, a dignidade da pessoa humana e o que proíbe qualquer
espécie de pena perpétua. Sendo assim, podemos estudar as formas de
solucionar esta aparente incoerência legislativa de forma mais benéfica para a
sociedade. A revogação dos antecedentes criminais pode ser uma solução,
porem o mais seguro socialmente pode ser atribuir prescritibilidade à
majorante. Será analisado cada uma das hipóteses no decurso deste artigo.

2. JUSTIFICATIVA
Um sociedade salutar, democrática e igualitária é feita pelos cidadãos,
que são a base do Estado Democrático de Direito. E sempre que estão em
desacordo com alguma ação Estatal, devem exercer seu direito de
discordância por diversos meios legais. E um deles é o estudo fundamentado e
compartilhado de forma disseminem o conhecimento para seus iguais afim que
esses possam formar a sua própria opinião, resultando no fortalecimento de
uma opinião que reprova ações do Estado ou não.
Sendo assim, afim de zelar por todas as conquistas históricas que
transformou o Brasil num Estado Democrático e, ainda, buscando melhorar,
não é benéfico a omissão diante de circunstancias que exclamam a deficiência
ou atraso estatal no âmbito jurídico penal.
Visto que o Direito Penal pode ser considerada a área de tutela do estado que
requer mais atenção, pois interfere de forma direta à liberdade dos cidadãos,
todo abuso ou injustiça tem que ser denunciada.
E no instituto dos antecedentes criminais há um caráter que viola a
dignidade do cidadão, o direito ao esquecimento e, ademais, um princípio
igualmente importante que diferencia uma nação madura e justa de várias
outras distópicas juridicamente, qual seja, a vedação do princípio non bis in
idem.

3. OBJETIVOS DA PESQUISA

3.2. OBJETIVO GERAL

A presente pesquisa visa fazer uma montagem com dados históricos,


filosóficos, sociais e jurídicos, afim de passar ao leitor toda base que
fundamenta de forma simples e lógica o âmbito inconstitucional dos
antecedentes criminais.

3.3 OBJETIVO ESPECÍFICO


Destarte, o primeiro capítulo da presente pesquisa visa a uma
apresentação mais ampla do instituto dos antecedentes criminais, fazendo uma
introdução ao seu estudo propriamente dito, passando pela origem e finalidade
da pena, além de uma explanação acerca da prescritibilidade e, ainda, o que
vem a ser o princípio do non bis in idem. Imediatamente, no segundo capítulo,
faz-se uma explicação direcionada especificamente à origem histórica, conceito
e aplicação dos antecedentes criminais, traçando ainda um paralelo com o
instituto da reincidência, abordando o seu conceito, particularidades e
diferenciando-se os institutos.
Exordialmente, este artigo trará uma apresentação mais completa do
instrumento dos antecedentes criminais, introduzindo à ciência do dispositivo,
explorando a origem e intenção da sanção e, ainda, estudará a esfera da
imprescritibilidade contrastando ao princípio constitucional non bis in idem,
instituto que também será explanado na primeira parte desta pesquisa, usando
como base exemplificativa a reincidência.
À segunda parte deste estudo, haverá uma elucidação focada
singularmente ao nascimento histórico, definição e execução dos antecedentes
criminais, balanceando, ainda, com o instituto da reincidência.
Por fim, esta pesquisa edificará, com base nas duas partes pregressas,
o caráter inconstitucional dos antecedentes criminais no que tange a
perpetuação dos seus efeitos infinitos, principiando de forma translúcida a
realização dos princípios da Constituição Brasileira. Expondo de forma
categórica os dispositivos violados pela ferramenta dos antecedentes criminais,
encerrando com premissas legais que contemplam a resolução deste
problema, qual seja, a individualização da pena.

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