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Direito

Administrativo
Discente: Mayla da Silva Henrique – UFMA 2020.1
@vishvouestudar

Conceitos Inicias
O que é Direito Administrativo?
Segundo Alexandre Mazza1 (2019) é o “ramo do direito público que estuda princípios e
normas reguladores do exercício da função administrativa”.
Quais as características?
1. Não está codificado;
2. Adota o modelo inglês de jurisdição uma para controlar a administração;
3. Sofre pouca influência da jurisprudência;
Qual o objeto do Direito Administrativo?
O desempenho da função administrativa, tendo em vista as alterações sofridas ao longo dos
anos.
O Direito Administrativo possui dois tipos de normas cogentes que são: os princípios (art. 37
CF) e as regras (art.40, §1º, II, CF)
Quais são os princípios que regem o Direito Administrativo?
O art. 37, caput, CF “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”. Tais princípios são considerados princípios
explícitos!
MACETE: L(egalidade)I(mpessoalidade)M(oralidade)P(ublicidade)E(ficiência)
Quais os tipos de objetos do Direito Administrativo?
Objeto imediato = princípios e normas que regulam a função administrativa.
Objeto mediato = atividades, agentes, pessoas e órgãos da Administração Pública.
Quais são os pressupostos do Direito Administrativo?
1.Subordinação do Estado às regras jurídicas.
2.Divisão de tarefas entre os órgãos estatais.
Alguns conceitos importantes para a compreensão do Direito Administrativo, segundo
Alexandre Mazza:

1
MAZZA, Alexandre. Manual de direito administrativo. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
Estado = é um povo situado em determinado território que está sujeito a um governo. [povo
= dimensão pessoal do Estado, conjunto de indivíduos; território = dimensão geográfica do Estado,
dimensão espacial; governo = cúpula diretiva do Estado]
Governo = é a cúpula diretiva do Estado responsável pela condução dos interesses estatais e
pelo poder político.
Poder Executivo = complexo de órgãos estatais verticalmente estruturados sob a direção
superior do Presidente/Governador/Prefeito.
Administração Pública = conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função
administrativa, independe aos poderes.
Administração pública = são expressões que designam a atividade que consistem na defesa
concreta do interesse público.
Fazenda Pública = termo utilizado para designar as pessoas jurídicas governamentais que
estão no polo ativo de ações judiciais.
Sentidos da expressão ‘Administração Pública’:
1. Sentido subjetivo, orgânico ou formal: conjunto de agentes, órgãos e entidades que exercem
a função administrativa.
2. Sentido objetivo, material ou funcional: atividade estatal defensora do interesse público.
A administração pública lato sensu compreende a função administrativa quanto função política,
já a administração pública stricto sensu abrange apenas o desempenho da função administrativa.
As tarefas precípuas da Administração Pública:
1. Exercício de poder de polícia: (séc.XIX) consiste na limitação e no condicionamento pelo
Estado da liberdade e propriedade privadas em favor do interesse público.
2. Prestação de serviços públicos: (séc.XX) após a Segunda Guerra Mundial as Constituições
sociais atribuíram funções estatais positivas como a prestação de serviços públicos.
3. Realização de atividades de fomento: (séc.XX) a Administração Pública passou a incentivar
setores sociais específicos, nesse sentido, estimulando o desenvolvimento da ordem social e
econômica.
4. Intervenção: seria uma quarta tarefa precípua da Adm, e é divida em algumas categorias
como: intervenção na propriedade privada, intervenção no domínio econômico, intervenção
no domínio social.
Interpretação do Direito Administrativo
A interpretação do Direito Administrativo é baseada nos princípios hermenêuticos. Todavia,
tal direito está submetido a três pressupostos que deve ser utilizado na interpretação das normas
administrativas:
1. Desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados: desiquilíbrio entre as
partes.
2. Presunção de legitimidade dos atos da Administração: inversão do ônus da prova sobre a
validade do ato administrativo, logo o particular tem o encargo de demonstrar eventual
defeito do ato administrativo.
3. Necessidade de poderes discricionários para Administração atender ao interesse público:
a lei confere uma margem de liberdade para que decida a partir de um caso concreto qual
a melhor maneira de defesa do interesse público.
Codificação do Direito Administrativo
O Direito Administrativo brasileiro não é codificado. A partir dos estágios de codificação
defendidos por Hely Lopes Meirelles o direito Administrativo brasileiro está no estágio de
codificação parcial.
Fontes do Direito Administrativo
No Direito Administrativo a única fonte primária é a lei (qualquer veículo normativo:
Constituição Federal, Constituições estaduais, leis orgânicas, leis ordinárias, leis complementares,
leis delegadas e medidas provisórias), as secundárias são: doutrina (a doutrina ostenta papel
importante como fonte do direito administrativo, esclarecendo e elucidando normas de modo a
fomentar a sua observância e aplicação), jurisprudência (a jurisprudência não é vinculante, podendo
cada juiz decidir livremente (livre-convencimento motivado). Assim, a jurisprudência não vincula os
juízes, exceto em casos de súmula vinculante) e costumes (não admite costume contra legem).
Sistemas Administrativos
1. Sistema da Jurisdição Una: todas as causas são julgadas pelo Poder Judiciário. (forma
atual do Brasil)
2. Sistema Contencioso Administrativo: repartição da função jurisdicional entre o Poder
Judiciário e tribunais administrativos.
Competência para legislar
A competência em regra é concorrente (União, Estados e o DF).
Reserva de Lei Complementar no Direito Administrativo
Regra geral = lei ordinária (âmbito federal admite medidas provisórias)
Exceção = Lei complementar (determinados temas, como áreas de atuação das fundações
governamentais, logo é vedada a edição de medida provisória)
Função Administrativa
É exercida pelo Poder Executivo com caráter infralegal e mediante a utilização de prerrogativas
instrumentais.

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