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LÍNGUA
4
PORTUGUESA.................................
INFORMÁTICA................................ 294
DIREITO
ADMINISTRATIVO............................. 532
DIREITO
740
CONSTITUCIONAL.............................
DIREITO PENAL.............................. 900
II
LÍNGUA
PORTUGUESA
PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Altíssima. Muitas vezes, até as questões de gramática dependem
da interpretação do texto lido.
DICA: Resolva o máximo de questões que você puder. Se você resolver três questões por dia, em um mês
você estará muito mais atento e menos vulnerável a perder questões, de um certo modo, simples.
DICA DE ESTUDO: Leia, com bastante atenção, a técnica que apresento na sequencia. Não subestime esse
tema. Muitos alunos pensam que, para se sair bem nas questões de interpretação, basta fazer uma boa leitura.
Isso não é verdade. Há mais coisas que envolvem o gesto de interpretar um texto que se encontra numa prova de
concurso. Há detalhes sutis nos enunciados e nos próprios itens. O texto, curiosamente, é o menos perigoso de
todos os elementos que envolvem a interpretação.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Alta. Às vezes, metade da prova é de interpretação de textos. Por is-
so, esse assunto não pode ser deixado de lado.
Texto
Enunciado Itens
É com base nessa dinâmica que o candidato pode chegar a uma conclusão satisfatória.
Vamos agora explorar esse triângulo de forma mais aprofundada. Comecemos pela ponta da figura: o tex-
to. Sugiro, ao ler pela primeira vez o texto da prova, que você fique atento a tudo, que se desligue do mundo a
sua volta e entre no mundo do texto. Se possível, grife, circule ou faça qualquer outra marcação quando vir algo
que lhe chame a atenção, algo inusitado ou alguma coisa que você não tenha entendido direito. Esse procedi-
mento faz com que o candidato ganhe tempo, já que não precisará mais ficar procurando aquela palavra esquisita
ou expressão importante que acabara de ler.
Continuemos, agora, com a parte de baixo da figura: o enunciado. Ler e interpretar o enunciado de uma
questão é fundamental. Contudo, esse sucesso depende de um simples procedimento: encontre o “comando” da
questão. Chamo “comando” determinada palavra ou expressão que, disfarçadamente ou não, orienta o candidato
a encontrar o item correto. O “comando”, não sendo encontrado ou simplesmente esquecido ─ ou mesmo aban-
donado pelo candidato ─, pode trazer vários prejuízos. Por isso, sugiro que você grife o “comando” e não se des-
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ligue dele um só instante. Assim, sempre que terminar a leitura de um item, volte ao “comando” para, só depois,
começar a leitura do próximo item. Repita esse procedimento até o item “E”. Dessa maneira, você terá indicativos
muito mais satisfatórios para julgar uma questão.
Vamos fazer, agora, um pequeno teste. Você lerá, em seguida, alguns enunciados extraídos de provas re-
ais. No final deste capítulo, há as respostas. Seu objetivo é identificar e grifar os “comandos” de cada um deles.
Boa sorte.
01- A analogia estabelecida pelo autor entre a importância do computador e a da primeira Revolução Industrial
deriva do fato de que, em ambos os casos... (FCC).
02- Nessa carta aberta, Einstein demonstra acreditar que a ONU... (FCC).
03- O único elemento que não faz parte da estratégia argumentativa do texto lido é... (Funrio).
05- Assinale a opção que apresenta inferência coerente com as idéias do texto (Esaf).
07- De acordo com o texto II, a única palavra que NÃO pertence ao campo semântico de “camelô” é... (Funrio).
08- A afirmação que está no título do texto faz referência ao fato de que, para o autor, (FCC).
Supondo que você já tenha ido conferir as respostas, vale a pena insistir um pouco mais nesses segundo
momento do triângulo. Às vezes, sentimos grande dificuldade em interpretar os enunciados por conta de deter-
minadas palavras ou expressões que não são de uso comum em nosso cotidiano. É o caso, por exemplo, de pala-
vras como “inferir”, “aferir”, “subjacente”, “antitético”, “coesão”, “nexo”, “léxico”, “lexical”; e de expressões co-
mo “campo semântico”, “elemento anafórico”, “elemento catafórico”, dentre outras. Por esse motivo, é funda-
mental que você saiba o que significa cada uma dessas palavras ou expressões. Abaixo, coloco ─ de forma resu-
mida ─ o significado das que citei anteriormente.
1. Inferir: concluir a partir de indícios textuais; é uma espécie de dedução mais elaborada, em que você usa até
as suas experiências de vida para realizá-la.
2. Depreender: embora signifique a mesma coisa que “inferir”, em provas, esse verbo acaba sendo utilizado de
maneira um pouco diferente. Depreender é, na visão de muitas bancas, colher (coletar) o que está no texto.
Só que essa coleta não é simples (óbvia), é como se você precisasse de uma lupa para enxergar aquilo que
está bem escondido no texto. Depreender é, portanto, um tipo específico de inferência.
4. Subjacente: aquilo que fica por baixo; ou, que vem de baixo.
7. Nexo: algumas organizadoras, como a Conesul, usam essa palavra como sinônimo de conjunção.
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8. Léxico: conjunto de palavras de determinada língua. Ou seja, quando uma questão envolver essa palavra,
pense logo num dicionário, já que é lá que estão as palavras do léxico da língua portuguesa.
10. Campo semântico: cada contexto comunicativo exige um tipo de campo semântico (ou território de sentido).
Nele, as palavras assumem significados próprios. Por exemplo: ao se pensar em fazer um churrasco, uma sé-
rie de palavras surgirá para compor esse “campo”: carne, sal grosso, cerveja, festa, brinde, família, amigos,
música etc. Já para a palavra concurso, outro grupo de palavras aparece: prova, apostila, questões, aula, pro-
fessor, estudo, disciplina etc. Ou seja: campo semântico é um espaço virtual para o qual um grupo afim de
palavras converge.
11. Elemento anafórico: consideremos a seguinte texto “Lula não virá mais a Fortaleza, pois o Presidente está
muito atarefado. Sua viagem à capital cearense fica adiada para o segundo semestre”. Note que “Presidente”
e “Capital cearense” retomam, ou seja, fazem referência aos termos Lula e Fortaleza. Assim, diz-se que es-
tamos diante de elementos anafóricos, já que eles ─ sem promover repetição ─ “apontam” para palavras
que já foram mencionadas. É o que chamamos de anáfora.
12. Elemento catafórico: usa o mesmo princípio do anafórico, só que, em vez de “apontar” para trás, “aponta”
para frente. Por exemplo: “Ele disse que nunca mais voltaria ali, Fortaleza”. Note que o elemento gramatical
“ali” faz referência ao termo que surge imediatamente após. Daí termos uma catáfora.
Há outras muitas palavras que podem surgir ao longo dos enunciados. Sua postura, agora, é procurar sa-
ber o que elas significam para que sua interpretação seja plausível. Tenha sempre consigo um bom dicionário.
Bom, já estamos quase no fim desse capítulo. A última parte do triângulo que nos falta é da dos itens.
Talvez seja esta a parte mais complicada do processo de interpretação, uma vez que ela é a que costuma tirar a
concentração dos candidatos com mais frequência. Por qual seria o motivo? Isso ocorre porque, geralmente, o
candidato se desliga do “comando”. Lembre-se sempre de que seu objetivo é ligar o item correto ou o falso ao
que propõe o enunciado da questão. E, para que isso funcione bem, sugiro que você descarte os itens “podres” o
quanto antes. O que são itens “poderes”? São aqueles que destoam muito do “comando” da questão. Normal-
mente, eles fogem ao assunto do texto, usam palavras generalistas como “apenas”, “tudo”, “nada”, “somente”,
“jamais” etc., trazem comentários cheios de palavras bonitas ou de efeito, ou, finalmente, dizem uma verdade
sobre o texto, mas uma verdade que não é a que a questão deseja saber. Muita atenção para este último caso!
Por fim, um último esclarecimento sobre interpretação é inevitável: se você tiver sido um bom leitor ao
longo de sua carreira escolar e acadêmica, suas chances são bem significativas, e crescem mais ainda quando você
segue as dicas dadas acima. Por outro lado, se seu contato com a leitura não tiver sido dos mais satisfatórios,
sugiro que você estude mais, resolva mais exercícios e não tenha medo de ler. Somente a prática dirigida e orien-
tada pode fazer com que você, em pouco tempo, recupere o tempo perdido.
Boa sorte!
Eli castro.
RESPOSTAS DO TESTE
05- inferência
01- analogia / deriva do
06- deduzir
02- demonstra
07- campo semântico
03- estratégia argumentativa
08- faz referência a
04- paráfrase
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EXERCÍCIOS 01
TEXTO I
Os anônimos
Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior
do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas
vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade.O espelho tentou mudar de assun-
to, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve.
A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-
se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história de-
pende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em
nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de
nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente,
talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história,
sem o qual a história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele
só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa,
pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que
podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece
nos créditos.
Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consci-
ência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou
dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de
conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.
(A) revestem-se de um caráter eminentemente simbólico, ainda que secundário para o desenvolvimento da
trama.
(B) representam a desordem do acaso, entendido este como o destino que os deuses escolhem para a his-
tória humana.
(C) equiparam-se a símbolos reincidentes, como o Príncipe, para melhor sublinharem o ensinamento de
uma fábula.
(D) têm crucial relevância para a história, ainda que relegados à obscuridade de transitórios figurantes.
(E) tornam-se irrelevantes depois de seu desempenho, na sequência de eventos independentes de sua par-
ticipação.
2. O autor do texto levanta a seguinte hipótese para justificar o modo pelo qual personagens como o lenha-
dor são anônimos em muitas histórias: eles seriam vistos como responsáveis por
(A) uma escolha pessoal e independente, que não deixa de afrontar uma instância superior já estabelecida.
(B) atos de subversão e anarquia, dado que, para atender a vontade dos deuses, ignoram a dos homens.
(C) decisões éticas basicamente preocupadas em conciliar a justiça terrena e a vontade divina.
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(D) uma escolha irracional, justificável pela precária condição cultural que os caracteriza.
(E) uma reação de tal modo imprevisível que impossibilita uma sequência lógica de eventos.
3. Deve-se deduzir do texto que a razão pela qual os arquétipos não precisam de nome é que
(A) seu papel, tal como o do lenhador, já está estabelecido pelo Destino.
(B) sua importância, como a do lenhador, é casual, servindo para acentuar o realismo da narrativa.
(C) sua significação, tal como a do Príncipe Encantado, já está estabelecida pela tradição das histórias.
(D) sua função, tal como a da imprensa, é oscilar entre a necessidade pública e o interesse privado.
(E) sua relevância, tal como a da rainha má, está em representar uma rápida indecisão.
TEXTO II
Pós-11/9
Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em:
“Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo o que veio an-
tes – culminando com o day before [dia anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a
véspera mais véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada quanto o
cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sen-
timento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns
direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protes-
tos contra a radicalíssima reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de
setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido, não como sub-
missão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo começo, um pouco como Deus – o
primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados Unidos com relação a Israel e
os palestinos são exemplos disto. E é certo que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo
menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais pro-
fundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o
instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude.
O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais na humanidade. A questão é:
o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma questão
de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez de setembro” na rua.
5. Já se afirmou a respeito de Luis Fernando Verissimo, autor do texto aqui apresentado: "trata-se de um
escritor que consegue dar seriedade ao humor e graça à gravidade, sendo ao mesmo tempo humorista ins-
pirado e ensaísta profundo".
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Essa rara combinação de planos e tons distintos pode ser adequadamente ilustrada por meio destes seg-
mentos do texto:
I. Que penteado mais dez de setembro! e Os Estados Unidos descobriram um sentimento inédito de vulne-
rabilidade.
II. Um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio e o instinto de sobrevivência tam-
bém é um caminho para a virtude.
III. Fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem e não se devem esperar
exames de consciência mais profundos.
(A) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas.
(B) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais drásticas que as en-
tão vigentes.
(C) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de solidarieda-
de.
(D) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar um novo
caminho.
(E) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalis-
mo.
TEXTO III
Os homens-placa
Uma cabeleira cor-de-rosa ou verde, um nariz de palhaço, luvas de Mickey gigantescas, pouco importa. Eis que
surge numa esquina, e replica-se em outras dez, o personagem mais solitário de nossas ruas, o homem-placa das
novas incorporações imobiliárias. Digo homem-placa, não porque ele seja vítima do velho sistema de ficar ensan-
duichado entre duas tábuas de madeira anunciando remédios ou espetáculos de teatro, nem porque, numa versão
mais recente, amarrem-lhe ao corpo um meio colete de plástico amarelo para avisar que se compra ouro ali por
perto. Ele é homem-placa porque sua função é mostrar, a cada encruzilhada mais importante do caminho, a dire-
ção certa para o novo prédio de apartamentos que está sendo lançado.
Durante uma época, a prática foi encostar carros velhíssimos, verdadeiras sucatas, numa vaga de esquina, colo-
cando o anúncio do prédio em cima da capota. O efeito era ruim, sem dúvida. Como acreditar no luxo e na distin-
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ção do edifício Duvalier, com seu espaço gourmet e seu depósito de vinho individual, se todo o sonho estava mon-
tado em cima de um
Opala 74 cor de tijolo com dois pneus no chão?
Esses homens e mulheres-placa não se comparam sequer ao guardador de carros, que precisa impor certa presen-
ça ao cliente incauto. Estão ali graças à sua inexistência social. Só que sua função, paradoxalmente, é a de serem
vistos; um cabelo azul, um gesto repetitivo apontando o caminho já bastam.
(A) da reduzida eficácia que esse antigo e bem-sucedido recurso publicitário obtém nos dias atuais.
(B) de se preservar o romantismo do passado na utilização de uma técnica moderna de comunicação.
(C) de se chamar a atenção para a ostensiva presença pública de quem está imerso no anonimato.
(D) da teimosa insistência dos empreendedores financeiros numa anacrônica tática de vendas.
(E) da resignação com que fazem de seus próprios corpos matéria de propaganda imobiliária.
I. Destituídos de qualquer qualidade pessoal, os homens- placa, em sua função mais recente, funcionam
como meros sinalizadores físicos da localização dos negócios.
II. No terceiro parágrafo, as referências à Estátua da Liberdade, Marilyns e Kennedys mostram como a pro-
paganda se vale de imagens estereotipadas para incutir prestígio em certos produtos.
III. A despersonalização a que se submetem os homens e mulheres-placa só não é maior do que a que sofre
um guardador de carros.
(A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) II, somente.
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11. O autor justifica a afirmação O efeito era ruim, sem dúvida, (2o parágrafo) mostrando
TEXTO IV
Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se traduzindo
numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais. O resultado ideal era um conjunto de
botões que requeria apenas apertar-se no lugar certo para ativar um procedimento, sem demandar maiores con-
tribuições das qualificações e inteligência limitadas e inconfiáveis do ser humano médio.
A cobrança nos caixas de supermercado na década de 1990 tipificava essa eliminação do elemento humano. Não
exigia do operador mais que reconhecer as cédulas e moedas do dinheiro local. Um scanner automático traduzia o
código de barras do artigo num preço, somava todos os preços, deduzia o total da quantia entregue pelo cliente, e
dizia ao operador quanto dar de troco. O procedimento para assegurar essas atividades se baseia numa combina-
ção de maquinaria sofisticada e programação elaborada. Contudo, a menos que alguma coisa desse errado, esses
milagres de tecnologia científica não exigiam mais que um mínimo de atenção e uma capacidade um tanto maior
de concentrada tolerância ao tédio.
Para fins práticos, a situação do operador de caixa do supermercado representava a norma humana de fins do
século XX; não precisamos entender nem modificar os milagres da tecnologia científica de vanguarda, mesmo que
saibamos, ou julguemos saber, o que está acontecendo. Outra pessoa o fará ou já fez por nós. Pois, ainda que nos
suponhamos especialistas num ou noutro campo determinado, diante da maioria dos outros produtos diários da
ciência e tecnologia somos leigos ignorantes sem compreender nada. Assim, a ciência, através do tecido saturado
de tecnologia da vida humana, demonstra diariamente seus milagres ao mundo. É indispensável e onipresente.
E, no entanto, o século XX não se sentia à vontade com a ciência que fora a sua mais extraordinária realização, e
da qual dependia. O progresso das ciências naturais se deu contra um fulgor, ao fundo, de desconfiança e medo.
A desconfiança e o medo da ciência eram alimentados por alguns sentimentos: o de que a ciência era incompreen-
sível; o de que suas consequências tanto práticas quanto morais eram imprevisíveis e provavelmente catastrófi-
cas; o de que ela acentuava o desamparo do indivíduo e solapava a autoridade.
Tampouco devemos ignorar o sentimento de que, na medida em que a ciência interferia na ordem natural das
coisas, era inerentemente perigosa. Os primeiros dois sentimentos eram partilhados tanto por cientistas quanto
leigos, os dois últimos pertenciam basicamente aos de fora.
(Adaptado de: Eric Hobsbawm. Era dos extremos. Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 509-512)
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(A) os grandes avanços provenientes das ciências naturais no século XX foram acompanhados pelo temor e
pela suspeita de que malefícios poderiam deles advir.
(B) a tecnologia das máquinas substitui a mão de obra humana em diversos setores, causando, entre outras
consequências desastrosas, o desemprego.
(C) em termos morais, o avanço da tecnologia trouxe consequências negativas, pois a ciência é desprovida
de ética e é preocupante o uso que se faz dela.
(D) um dos obstáculos que impedem um maior desenvolvimento da ciência até os dias de hoje configura-se
na crença de que devemos seguir as leis da natureza para não corrermos riscos.
(E) ainda que possuam conhecimentos específicos de outras áreas, os que têm pouca familiaridade com a
tecnologia e não a compreendem devem ficar para trás em um mercado competitivo como o dos dias
atuais.
14. O segmento em que o autor NÃO exprime opinião pessoal ou posicionamento crítico é:
(A) Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se tra-
duzindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais.
(B) O procedimento para assegurar essas atividades se baseia numa combinação de maquinaria sofisticada
e programação elaborada.
(C) ... diante da maioria dos outros produtos diários da ciência e tecnologia somos leigos ignorantes sem
compreender nada.
(D) ...esses milagres de tecnologia científica não exigiam mais que um mínimo de atenção e uma capacidade
um tanto maior de concentrada tolerância ao tédio.
(E) ...requeria apenas apertar-se no lugar certo para ativar um procedimento, sem demandar maiores con-
tribuições das qualificações e inteligência limitadas e inconfiáveis do ser humano médio.
15. Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se tradu-
zindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais.
Identificam-se nas frases acima, respectivamente,
TEXTO V
Nosso currículo escolar devia dedicar mais tempo e atenção à anatomia e à fisiologia, para que as crianças se
formassem com conhecimentos mínimos sobre o funcionamento do organismo. Não admitimos que nossos filhos
estudem em colégio que não lhes ensine informática. Fazemos questão que se familiarizem com os computadores,
sem os quais serão atropelados pela concorrência do futuro, mas aceitamos que ignorem a organização básica da
estrutura da qual dependerão para respirar até o dia da morte. Houvesse mais interesse em despertar no aluno a
curiosidade de decifrar como funciona essa máquina maravilhosa, que a evolução fez chegar até nós depois de 3,5
bilhões de anos de competição e seleção natural, desde pequenos trataríamos o corpo com mais respeito e sabe-
doria e não daríamos ouvidos a teorias estapafúrdias, a superstições, ao obscurantismo e à pseudociência que faz
a alegria dos charlatãPes.
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A medicina é um ramo da biologia, ciência que se propõe a estudar os seres vivos e as leis que os regem, não é
domínio da crença; não é religião. O organismo humano é a estrutura mais complexa que conhecemos ─ alguns o
consideram mais complexo do que o próprio Universo. Estudar os mecanismos
responsáveis pela circulação e oxigenação do sangue, pela digestão dos nutrientes, ter uma ideia de como ocor-
rem as principais reações metabólicas e aprender que nosso corpo é uma máquina que se aperfeiçoa com o mo-
vimento é a melhor forma de evitar que ele nos deixe no meio da estrada.
Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o ensino de ciências deve começar na pré-escola. Apren-
dendo desde cedo, as crianças incorporarão o pensamento científico à rotina de suas vidas e descobrirão belezas e
mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se organizou.
(Adaptado de: Drauzio Varella. A ignorância e o corpo. FSP, 18/06/2011, p.E 20)
I. Houvesse mais interesse em despertar no aluno a curiosidade de decifrar como funciona essa máquina
maravilhosa, que a evolução fez chegar até nós depois de 3,5 bilhões de anos de competição e seleção
natural, desde pequenos trataríamos o corpo com mais respeito e sabedoria...
Infere-se do segmento acima que os cuidados com o próprio corpo melhoram à medida que aumenta o
domínio sobre o seu funcionamento.
II. Fazemos questão que se familiarizem com os computadores, sem os quais serão atropelados pela con-
corrência do futuro, mas aceitamos que ignorem a organização básica da estrutura da qual dependerão
para respirar até o dia da morte.
Identifica-se entre as frases acima hipótese seguida de confirmação.
III. ...belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se or-
ganizou.
O segmento acima está reescrito com outras palavras, mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas ge-
rais, o sentido original em: Apenas os que são capazes de julgar as leis que organizam a natureza, com
suas belezas e mistérios, pode se familiarizar com ela.
Está correto o que consta em:
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EXERCÍCIO 02
De volta à Antártida
A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para
reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um
documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020. A principal
delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáti-
cas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta União Soviética à
Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de
pesquisa no continente. A Rússia herdou as estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas pouco
conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras
nações para preservar a “paz e a estabilidade” na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para
tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.
1. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre
mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.
(A) adversativo.
(B) de consequência.
(C) de finalidade.
(D) de proporção.
(E) concessivo.
(A) indica que esse segmento é transcrição literal do documento do governo russo mencionado no início do
texto.
(B) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação aos supostos propósitos da Rússia de manter a
paz na Antártida.
(C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo ao reconstruir estações de pesquisa na Antártida
que datam do período soviético.
(D) aponta para o sentido figurado desses vocábulos, que não devem ser entendidos em sentido literal, co-
mo o constante dos dicionários.
(E) justifica-se pela sinonímia existente entre paz e estabilidade, o que torna impensável a existência de
uma sem a outra.
3. Há exemplos de palavras ou expressões empregadas no texto para retomar outras já utilizadas sem repeti-
las literalmente, como ocorre em:
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Quando eu sair daqui, vamos começar vida nova numa cidade antiga, onde todos se cumprimentam e ninguém
nos conheça. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu
guarda-roupa e livros sérios para você ler. Sinto que você leva jeito porque é aplicada, tem meigas mãos, não faz
cara ruim nem quando me lava, em suma, parece uma moça digna apesar da origem humilde. Minha outra mu-
lher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente
aquela, entre tantas meninas de uma família distinta.
(Chico Buarque. Leite derramado, São Paulo, Cia. das Letras, 2009, p. 29)
I. Ao expressar o desejo de viver numa cidade “onde todos se cumprimentam e ninguém nos conheça”, o
narrador incorre numa evidente e insolúvel contradição.
II. A afirmação de que a “outra mulher teve uma educação rigorosa” é reafirmação, por contraste, de que
aquela a quem o narrador se dirige não a teve, o que já estava implícito no propósito de “lhe ensinar a
falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho etc.”.
III. Ao dizer que sua interlocutora “parece uma moça digna apesar da origem humilde”, o narrador sugere,
por meio da concessiva, que a dignidade não costuma ser característica daqueles cuja origem é humilde.
(A) I, II e III.
(B) II e III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II, apenas.
5. ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler.
A expressão grifada na frase acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original, por:
(A) pessoalmente.
(B) de modo incisivo.
(C) apontando.
(D) entre outras coisas.
(E) cuidadosamente
Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhe-
ra justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta.
6. O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção originais, e o
modo verbal, por:
(A) escolheria.
(B) havia escolhido.
(C) houvera escolhido.
(D) escolhesse.
(E) teria escolhido.
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Cartão de Natal
(A) critica o egoísmo, e manifesta o desejo de que na passagem do Natal as pessoas se tornem generosas e
façam “o sim comer o não”.
(B) demonstra a sua aversão às festividades natalinas, pois “nestes dias a aventura parece em ponto de
voo”, mas depois a rotina segue como sempre.
(C) critica “a atração núbil para o dente” daqueles que transformam o Natal em uma apologia ao consumo
e se esquecem do seu caráter religioso.
(D) observa com otimismo que o Natal é um momento de renovação em que os homens se transformam
para melhor e fazem o “ferro comer a ferrugem”.
(E) manifesta a esperança de que o Natal traga, de fato, uma transformação, e que, ao contrário de outros
natais, seja possível “começar novo caderno”.
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EXERCÍCIO 03
Um circo e um antipalhaço
Em 1954, numa cidadezinha universitária dos Estados Unidos, vi “o maior circo do mundo”, que continua a ser o
sucessor do velho Barnum & Bailey, velho conhecido dos meus primeiros dias de estudante nos Estados Unidos.
Vi então, com olhos de adolescente ainda um tanto menino, maravilhas que só para os meninos têm plenitude de
encanto. Em 1954, revendo “o maior circo do mundo”, confesso que, diante de certas façanhas de acrobatas e
domadores, senti-me outra vez menino.
O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã a Charlottesville e
partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos espectadores juntou-se o ruído metálico do desmonte da tenda
capaz de abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em forma de x, quase iguais às dos teatros e que,
como por mágica, foram se fechando e formando grupos exatos, tantas cadeiras em cada grupo logo transporta-
das para outros vagões de um dos trens. E com as cadeiras, foram sendo transportadas para outros vagões jaulas
com tigres; e também girafas e elefantes que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como se estivessem
num jardim zoológico. A verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica também de
circo: a do próprio circo gigante desaparecer sob seus olhos, sob a forma de pacotes prontos a seguirem de trem
para a próxima cidade.
O gênio de organização dos anglo-americanos é qualquer coisa de assombrar um latino. Arma e desarma um circo
gigante como se armasse ou desarmasse um brinquedo de criança. E o que o faz com os circos, faz com os edifí-
cios, as pontes, as usinas, as fábricas: uma vez planejadas, erguem-se em pouco tempo do solo e tomam como
por mágica relevos monumentais.
Talvez a maior originalidade do circo esteja no seu palhaço principal. Circo norte-americano? Pensa-se logo num
palhaço para fazer rir meninos de dez anos e meninões de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades.
O desse circo – hoje o mais célebre dos palhaços de circo – é uma espécie de antipalhaço. Não ri nem sequer sor-
ri. Não faz uma pirueta. Não dá um salto. Não escorrega uma única vez. Não cai esparramado no chão como os
clowns convencionais. Não tem um ás de copas nos fundos de suas vestes de palhaço.
O que faz quase do princípio ao fim das funções do circo é olhar para a multidão com uns olhos, uma expressão,
uns modos tão tristes que ninguém lhe esquece a tristeza do clown diferente de todos os outros clowns. Trata-se
na verdade de uma audaciosa recriação da figura de palhaço de circo. E o curioso é que, impressionando os adul-
tos, impressiona também os meninos que talvez continuem os melhores juízes de circos de cavalinhos.
Audaciosa e triunfante essa recriação. Pois não há quem saia do supercirco, juntando às suas impressões das ma-
ravilhas de acrobacia, de trabalhos de domadores de feras, de equilibristas, de bailarinas, de cantores, de cômi-
cos, a impressão inesperada da tristeza desse antipalhaço que quase se limita a olhar para a multidão com os
olhos mais magoados deste mundo.
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2. Os trechos de “Em 1954 [...] menino” ( 1º parágrafo inteiro) e “O gênio de organização [...] monumentais.”
(3º parágrafo inteiro) caracterizam-se, quanto ao tipo de texto predominante, por serem, respectivamente
3. Pela leitura do segundo parágrafo, pode-se perceber que o material com que é basicamente feita a estru-
tura da tenda é
(A) metal
(B) madeira
(C) plástico
(D) lona
(E) tijolo
(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e III
(E) II e III
5. A partir do conhecimento do que é um palhaço, infere-se que um antipalhaço age da seguinte maneira:
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EXERCÍCIO 04
A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fize-
ram o sentido de sua vida. Perdendo a força de trabalho, ele já não é produtor nem reprodutor. Se a posse e a
propriedade constituem, segundo Sartre, uma defesa contra o outro, o velho de uma classe favorecida defende-
se pela acumulação de bens. Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa.
Nos cuidados com a criança, o adulto “investe” para o futuro, mas em relação ao velho age com duplicidade e má
fé. A moral oficial prega o respeito ao velho, mas quer convencê-lo a ceder seu lugar aos jovens, afastá-lo delicada
mas firmemente dos postos de direção. Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne a um papel passivo.
Veja-se no interior das famílias a cumplicidade dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com cuidados
“para o seu próprio bem”. Em privá-los da liberdade de escolha, em torná-los cada vez mais dependentes, “admi-
nistrando” sua aposentadoria, obrigando-os a sair do seu canto, a mudar de casa (experiência terrível para o ve-
lho) e, por fim, submetendo-os à internação hospitalar. Se o idoso não cede à persuasão, à mentira, não se hesita-
rá em usar a força.
Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus? Quando se
vive o primado da mercadoria sobre o homem, a idade engendra desvalorização. A racionalização do trabalho,
que exige cadências cada vez mais rápidas, elimina da indústria os velhos operários. Nas épocas de desemprego,
os velhos são especialmente discriminados e obrigados a rebaixar sua exigência de salário e aceitar empreitas
pesadas e nocivas à saúde. Como no interior de certas famílias, aproveita-se deles o braço servil, mas não o con-
selho.
(A) Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne a um papel passivo.
(B) Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa.
(C) Quando se vive o primado da mercadoria sobre o homem, a idade engendra desvalorização.
(D) Veja-se no interior das famílias a cumplicidade dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com
cuidados “para o seu próprio bem”.
(E) Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus?
I. No primeiro parágrafo, ao empregar a expressão à sua obra, a autora está-se referindo às propriedades
acumuladas pelo velho da classe mais favorecida.
II. No segundo parágrafo, o contexto permite entender que o termo “investe”, entre aspas, está emprega-
do na acepção que lhe conferem os economistas.
III. No terceiro parágrafo, a expressão racionalização do trabalho identifica o rigor com que se planeja e se
operacionaliza a produção industrial.
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II, apenas.
(E) II e III, apenas.
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3. Depreende-se da leitura do texto que, na sociedade industrial, a sabedoria acumulada pelos velhos
(A) vale apenas quando eles ainda mostram aptidão para trabalhar.
(B) é menosprezada porque não se costuma considerá-la produtiva.
(C) é cultuada com a mesma complacência com que se vê a criança.
(D) é bem acolhida somente quando eles pertencem à classe abastada.
(E) vale apenas quando eles assumem um papel passivo na família.
EXERCÍCIO 05
Bolsa-Floresta
Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram
trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de floresta mais
uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior
floresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.
O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98%
da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona Franca garante que
uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há
quem acredite que a pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.
João Batista Tezza, diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso traba-
lhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que foi criada pelo governo, mas não é
governamental, e que tem a função de implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas
que vivem perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no projeto de preserva-
ção e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma de compensação pelos serviços que prestam. [...]
— A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da proteção.
[...]
Nas áreas próximas às reservas estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o Bolsa-
Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.
— Trabalhamos com o conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emis-
sões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no mercado voluntário de redu-
ção das emissões — diz Tezza.
Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades,
viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um
mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mes-
mo no Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual que
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liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de
troncos queimados. [...]
LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)
1. Bolsa-Floresta, título do texto, é o nome dado a um(a)
(A) recurso adotado por empresas privadas para que a população dê suporte aos projetos de desmatamen-
to.
(B) mensalidade destinada aos moradores das cercanias de áreas de preservação por sua ajuda.
(C) medida social para apoio às populações da floresta, que não têm de onde obter sobrevivência.
(D) doação governamental regular feita às pessoas que moram na floresta, como se fosse uma bolsa de es-
tudos.
(E) ajuda realizada por organizações não governamentais para que a população de baixa renda possa se
manter melhor.
2. A expressão em destaque no trecho “Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da
gaveta ...” (primeiro parágrafo) pode ser adequadamente substituída, sem alteração do sentido, por
3. No 2º parágrafo, o mérito da Zona Franca na preservação florestal do estado do Amazonas deve-se ao fato
de ter
4. “No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.” (primeiro parágrafo). Tal inicia-
tiva é a(o)
5. Com a leitura do parágrafo que contém a oração “porque criou alternativa de emprego e renda para a po-
pulação do estado.” (segundo parágrafo) pode-se inferir que, no texto, a outra alternativa seria
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EXERCÍCIO 06
O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos. Mais do que com dificuldades de explo-
ração e de extração, o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno, para produzir derivados com
baixos teores de enxofre e aromáticos. Ao mesmo tempo, confirma-se em nosso hemisfério a cruel realidade de
que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se estão esgotando. Isso sem contar o natural
aumento da demanda argentina por gás. Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de
resinas termoplásticas para toda a região, sendo cerca de um terço delas destinado ao Brasil. A delimitação do
Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando estes dois fantasmas nos
assombram, abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das
reservas totais, é úmido e rico em etano, excelente matéria-prima para a petroquímica. Queimá-lo em usinas
térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício.
Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. O mundo está sedento por
gasolina e diesel especiais, mais limpos, menos poluentes. O maior foco desta demanda são os Estados Unidos,
que consomem 46% de toda a gasolina do planeta, mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo
em palha. O Brasil ainda tem a felicidade de dispor de etanol de biomassa produzido de forma competitiva, que
pode somar-se aos derivados de petróleo para gerar produtos de alto valor ambiental.
(Adaptado de Plínio Mario Nastari. O Estado de S. Paulo, Economia, B2, 28 de dezembro de 2007)
1. “Queimá-lo em usinas térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício”.
(final do 2o parágrafo). A opinião do articulista no segmento transcrito acima se justifica pelo fato de que
(A) na Argentina, além de haver aumento da demanda por petróleo, as reservas de gás encontram-se em
processo de esgotamento.
(B) os Estados Unidos são os maiores consumidores da gasolina produzida no planeta, tendência que ainda
vem aumentando.
(C) as possibilidades técnicas de extração de petróleo a mais de 6 mil metros de profundidade ampliam o
prestígio mundial da Petrobras.
(D) as reservas recém-descobertas na Bacia de Santos contêm gás de excelente qualidade para a indústria
petroquímica.
(E) o Brasil dispõe de etanol de biomassa que, somado aos derivados de petróleo, diminui a poluição do
meio ambiente.
2. “O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos”. (início do 2º parágrafo). Ocorre no
contexto a retomada da afirmativa acima na frase:
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(D) Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de reservas termoplásticas...
(E) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando es-
tes dois fantasmas nos assombram...
3. “Isso sem contar o natural aumento da demanda argentina por gás”. (2o parágrafo) O pronome grifado
substitui corretamente, considerando-se o contexto,
EXERCÍCIO 07
Tanto quanto se saiba, a polícia tem praticado entradas forçosas em escritórios de advocacia, apreendido
papéis e praticado outras violências. A versão oficial diz que as chamadas invasões não existem, pois se trata de
ingressos autorizados por ordem judicial para fins determinados, relativos a investigações na apuração de respon-
sabilidades graves.
A regra essencial a esse respeito é, porém, a da inviolabilidade do escritório do advogado. Sou advogado,
além de jornalista e, portanto, parte interessada. Por isso, limitarei as anotações cabíveis estritamente aos cam-
pos da Constituição e da lei vigente, sem qualquer extrapolação. Comecemos pelo inciso 6 do artigo 5o da Carta
Magna, o qual afirma ser “livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer”. A advocacia exige qualificações específicas, na Carta Magna e na Lei no
8.906/94, consistentes no diploma do bacharel em ciências jurídicas, no registro profissional na Ordem dos Advo-
gados, depois da aprovação no Exame da Ordem.
Não é possível o exercício da profissão advocatícia se o cliente não tiver confiança absoluta em que as in-
formações e os documentos passados a seu advogado sejam invioláveis. Nem será possível se o advogado puder
ser constrangido a informar fatos relativos a seu cliente.
O sigilo do médico e o do sacerdote têm força igual à do sigilo do advogado. Daí dizer a Lei no 8.906/94, no
inciso 19 do artigo 7o, ser direito deste profissional recusar-se a depor como testemunha, mesmo quando autori-
zado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. Se não pode depor, mesmo em
juízo, imagine-se a gravidade de ver apreendido, em seu escritório, documento que implique em responsabilidade
de seu cliente.
Tem havido, porém, escritórios que aceitam ser sede de empresas de seus clientes, designando locais, em
seu espaço interno, para esse efeito. Em outros casos, o advogado é diretor de empresa, não se encontrando no
exercício da profissão. São alternativas diversas das que tipificam a atividade profissional, não garantidas pela
Constituição e pelas leis, quanto à inviolabilidade. Fora daí, invadir o escritório e apreender documentos físicos ou
eletrônicos é abuso de direito, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem considerado geradora de
prova ilícita.
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3. No segundo parágrafo, lê-se: “Por isso, limitarei as anotações cabíveis estritamente aos campos da Consti-
tuição e da lei vigente, sem qualquer extrapolação”.
Deve-se entender que a expressão sublinhada na frase remete diretamente a uma informação já explicita-
da no contexto:
4. “Não é possível o exercício da advocacia se o cliente não tiver confiança em que as informações passadas a
seu advogado sejam invioláveis”.
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EXERCÍCIOS 08
(Padrão CESPE)
► SEDU / ES (2010) “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a ascensão
da China como protagonista de primeira grandeza na produção e nas finanças,com consequências marcantes para
o resto do mundo. Para o Brasil, a influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que
cresceram a ponto de a China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras.
O impacto da demanda chinesa nos preços das matérias-primas foi talvez o principal fator da notável transforma-
ção das contas externas brasileiras, o que, por sua vez, abriu caminho para o crescimento. Uma eventual mudan-
ça para pior no quadro da expansão chinesa seria danosa para a economia global e para o Brasil em particular. A
China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado,
enquanto o resto do mundo patinhava”.
01- Depreende-se das informações do texto que o crescimento da economia brasileira foi influenciado pelas
importações de matérias-primas realizadas pela China.
► SEDU / ES (2010) “Passados os tremores do sismo, a dor da perda de 230 mil mortos, enterrados muitos em
valas comuns, a vida no Haiti precisa continuar”.
► SEDU / ES (2010) “Em decorrência da proliferação desenfreada do consumismo nas metrópoles, aconteceu nos
últimos anos aumento sensível do acúmulo de lixo urbano, também chamado de lixo caseiro. Em inúmeros casos,
a situação resulta da falta de princípios elementares de educação e do desconhecimento de mínimas noções de
higiene”.
04- Com o emprego da palavra “consumismo”, confere-se à ideia de consumo a noção de exagero.
► “O exercício do poder ocorre mediante múltiplas dinâmicas, formadas por condutas de autoridade, de domí-
nio, de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma pessoa sobre outra, que se comporta com de-
pendência, subordinação, resistência ou rebeldia. Tais dinâmicas não se reportam apenas ao caráter negativo do
poder, de opressão, punição ou repressão, mas também ao seu caráter positivo de disciplinar, controlar, adestrar,
aprimorar. O poder em si não existe, não é um objeto natural. O que há são relações de poder heterogêneas e em
constante transformação. O poder é, portanto, uma prática social constituída historicamente.
Na rede social, as dinâmicas de poder não têm barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. Conse-
quentemente, podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo
para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel social, que nos faz complementar, passivamen-
te ou não, as regras políticas da situação em que nos encontramos”.
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Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações)
05- A preposição “mediante” (início do texto) estabelece relação de movimento entre “exercício do poder” e
“múltiplas dinâmicas”.
06- É correto concluir, a partir da argumentação do texto, que o poder é dinâmico e que há múltiplas formas de
sua realização, com faces heterogêneas, positivas ou negativas; além disso, ele afeta todos que vivem em so-
ciedade, tanto os que a ele se submetem, quanto os que a ele resistem.
07- De acordo com a argumentação do texto, o poder “não é um objeto natural” porque é criado artificialmente
nas relações de opressão social.
08- Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal
“vivermos”, inserindo-se “podermos”.
EXERCÍCIO 09
(Padrão CESPE)
TEXTO I
Bandos de homens armados perpetram anualmente 450 roubos a bancos e carros-fortes no Brasil. Tais episódios
põem em risco a vida de clientes, agentes de segurança e policiais, mas o prejuízo financeiro é relativamente pe-
queno para as instituições. Para os bancos, a maior ameaça está embutida nos serviços prestados pela Internet ou
por outros meios eletrônicos. As perdas resultantes de assaltos são de 50 milhões de reais anuais. Já os crimes
cujas armas são os computadores devem, em 2010, ser responsáveis por perdas de 900 milhões de reais, dezoito
vezes mais que nos assaltos convencionais.
Os crimes eletrônicos proliferam porque oferecem pouco risco aos bandidos, e as autoridades têm dificuldade de
puni-los. O Código Penal não prevê os crimes virtuais. Quando são presos, os criminosos respondem geralmente
por estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos de cadeia. Se fossem condenados por assalto a banco, eles
poderiam ser punidos com até quinze anos de prisão. Por causa dessas vantagens, há de 100 a 150 quadrilhas
virtuais em atividade no país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de Bancos tenta convencer o Con-
gresso Nacional a criar uma legislação específica para punir os delitos eletrônicos, semelhante àquela adotada há
nove anos pela União Europeia.
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1- Afirma-se, no texto, que os crimes eletrônicos ocorrem cada vez mais amiúde, porque a falta de legislação
específica favorece os bandidos.
2- Infere-se do texto que, embora seja uma das mais avançadas e democráticas do mundo, a legislação brasilei-
ra não tem acompanhado o avanço do crime virtual no país.
3- De acordo com o texto, os assaltos à mão armada são menos nocivos à população e aos bancos do que os
assaltos eletrônicos.
4- Segundo o texto, o risco de uma pessoa ser vítima de assalto na Internet é maior do que o de ela ser assalta-
da em uma agência bancária.
05- O vocábulo “perpetram” (1ª linha do texto) poderia ser substituído por cometem, sem que isso acarretasse
prejuízo semântico ou sintático ao texto.
TEXTO II
No Brasil, um exame, ainda que superficial, da questão da segurança pública revela que há um crescimento contí-
nuo da criminalidade e da violência, principalmente nas regiões metropolitanas e nas periferias das grandes cida-
des do país, e que o sistema judiciário e, em particular, a polícia têm se mostrado ineficazes para o enfrentamen-
to da questão.
Especialmente nas áreas urbanas do país, a sensação de medo e insegurança tem sido experimentada como grave
problema público devido à expectativa de que qualquer pessoa pode-se tornar vítima de crime em qualquer pon-
to das cidades e em qualquer momento de sua vida cotidiana.
Nesse cenário caótico de insegurança, um dos temas frequentemente levantados é a necessidade de profissiona-
lizar
a polícia brasileira como recurso para capacitá-la para o desempenho mais eficiente, mais responsável e mais
efetivo na condução da ordem e da segurança públicas.
Não obstante nas últimas duas décadas se terem verificado inovações na área da formação profissional, poucas
iniciativas lograram sucesso no sentido de implementar mudanças efetivas nas práticas e nos procedimentos do-
minantes. A atividade policial mostra-se inscrita em um padrão de desempenho que se traduz não só na ineficácia
dos resultados, mas que se reveste de aspectos suplementares, relacionados, fundamentalmente, à forma de
atuação predominantemente violenta e arbitrária da polícia, permanecendo como desafio à sociedade contem-
porânea brasileira. Salvo raríssimas exceções, as propostas para reformulação da formação profissional da polícia
no país não incorporaram o debate sobre o modelo profissional a ser adotado pela polícia e as metodologias prá-
ticas de intervenção para a realização das tarefas cotidianas que envolvem a manutenção da ordem e da seguran-
ça públicas.
Paula Poncioni. O modelo policial profissional e a formação profissional do futuro policial nas academias de polícia do estado do Rio de
Janeiro. In: Sociedade e Estado, vol. 20, n.o 3. Brasília, set.-dez./2005. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
06- De acordo com o texto, os sistemas judicial e policial brasileiros têm sido inoperantes no que tange ao aumen-
to da criminalidade.
07- Segundo o texto, a vulnerabilidade da população com relação à exposição à violência urbana confere ao pro-
blema da criminalidade o caráter de problema público de alta gravidade
08- Infere-se do texto que uma atuação renovada e eficaz da polícia deve envolver atitudes menos violentas.
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09- Conforme a autora, a necessidade de profissionalização da polícia brasileira advém do aumento do número
de crimes nas grandes cidades e nas periferias do país.
10- O texto afirma que poucas iniciativas de mudança no setor policial foram bem-sucedidas, conquanto tenha
havido alterações na formação profissional policial nos decêndios mais recentes.
EXERCÍCIOS 10
(Padrão ESAF)
1- (CGU 2008-Técnico de finanças e controle) Assinale a opção incorreta em relação às ideias do texto.
Com a passagem da manufatura para a indústria, a produtividade do trabalho humano deu um grande salto,
provocando uma larga dispensa de mão-de-obra. Legiões de trabalhadores desempregados alargavam o mar
dos excluídos. Para muitos deles, a máquina passou a ser vista como a grande inimiga. E surgiram explosivas
campanhas de quebra-máquinas. Até que as ideias se ajustaram na campanha internacional pela jornada de
oito horas de trabalho, como uma forma de estabelecer um novo equilíbrio entre a produtividade-hora e a
jornada diária de trabalho, atenuando os rigores da exploração capitalista. Com altos e baixos e à custa de
sangue e mortes, a chamada “semana inglesa”, com as 48 horas semanais, terminou se impondo em todo o
mundo.
a) O advento da máquina na indústria provocou uma grande onda de desemprego, pois a produtividade do
trabalho aumentou exigindo menos mão-de-obra.
b) A chamada “semana inglesa”, com jornada de 48 horas semanais, foi uma conquista dos trabalhadores
alcançada com muita luta.
c) Os ajustes para manter a semana de trabalho em torno de 44 horas garantiram o decréscimo das demis-
sões e o pleno emprego no mundo ocidental.
d) A Constituição brasileira de 1988, acompanhando a tendência mundial, consagrou a jornada semanal de
trabalho de 44 horas.
e) Para assegurar emprego para mais trabalhadores, as centrais sindicais europeias, a partir da década de
70, defenderam a jornada semanal de 35 horas.
02- (CGU 2008-Técnico de finanças e controle) Assinale a asserção incorreta a respeito da organização das ideias
do texto, seus sentidos e elementos linguísticos.
Seriam os furtos inconhos da espécie humana? Isso mesmo que deu para entender: inconhos, frutos que
nascem pegados a outros. O trocadilho furtos/frutos saiu-me sem querer. Peço desculpas e repito a pergun-
ta: nasceria o furto inconho, acoplado, pegado à espécie humana?
Sim, porque as coisas que vemos aí, das mais humildes funções aos mais altos escalões, sugerem que o furto
seja tão necessário quanto o oxigênio para a sobrevivência de nossa espécie.
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Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes cidades tomarão nas próximas décadas. Muitas vezes nem se
prevê a dinâmica metropolitana do próximo quinquênio. Mesmo com a capacitação e o preparo dos técnicos
dos órgãos envolvidos com a questão urbana, há variáveis independentes que interferem nos planos e proje-
tos elaborados pelos legislativos e encaminhados ao Executivo. Logicamente não se prevê o malfadado caos
urbano, mas ele pode ensejar que o país se adiante aos eventos e tome medidas preventivas ao desarranjo
econômico, que teria consequências nefastas. Para antecipar-se, o Brasil tem condições propícias para criar
think tanks ou, em tradução livre, usinas de ideias ou institutos de políticas públicas. Essas instituições po-
dem antecipar-se ao que poderá surgir no horizonte. Em outras palavras, deseja-se o retorno ao planejamen-
to urbano e regional visando o bem-estar da sociedade. Medidas nessa direção podem (e devem) estar em
consonância com a projeção de tendências e mesmo com a antevisão de demandas dos destinatários da ges-
tão urbana – os cidadãos, urbanos ou não.
(Adaptado de Aldo Paviani, Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense, 8 de dezembro, 2011)
a) os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser mais capacitados para realizar os
projetos encaminhados ao Executivo.
b) a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo variáveis que devem constar dos planos
e projetos de cada período legislativo.
c) institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento urbano e regional, antecipando-se a
um possível desarranjo econômico.
d) o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos anos terá o desarranjo econômico
como uma de suas piores consequências.
e) as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades contrastam com a baixa demanda dos ci-
dadãos não urbanos.
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a) Há 12 anos, a situação na União Europeia apresentava desemprego muito maior que as taxas atuais.
b) A crise econômica atual começou a provocar o desemprego na área do euro.
c) O rápido envelhecimento da população contribui para diminuir as taxas de desemprego na União Euro-
peia.
d) A antecipação da aposentadoria e a abertura de vagas para os mais jovens fortaleceram os sistemas
previdenciários.
e) Medidas que pretendiam atenuar o impacto da crise do desemprego resultaram em mais desemprego.
A última reforma tributária entrou em vigor em 1967, com a implantação do Imposto sobre Circu-
lação de Mercadorias (ICM) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A Constituição de 1988 man-
teve as características essenciais do sistema e transformou o ICM em ICMS, com a inclusão de alguns serviços
em sua base de incidência.
Eram impostos mais modernos e mais funcionais que os anteriores. Mas com o tempo o sistema foi
desfigurado. A guerra fiscal distorceu as decisões de investimento. Os tributos, acrescidos de várias contri-
buições, passaram a pesar excessivamente sobre os investimentos e a atrapalhar as exportações. A tributa-
ção tornou-se incompatível com uma economia cada vez mais integrada globalmente. Com a abertura da
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economia, as empresas mudaram e tomaram o caminho da competitividade. O setor público mudou muito
menos, apesar das políticas de ajustes e de reformas adotadas com sucesso a partir dos anos 90.
a) A Constituição de 1988 implantou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e o Imposto sobre Produ-
tos Industrializados.
b) O sistema de impostos criado na última reforma tributária sofreu alterações em 1988 e depois foi de-
turpado.
c) As exportações foram beneficiadas pelos investimentos que ficaram livres de grande parte da tributa-
ção.
d) A economia globalizada se beneficiou do sistema de tributação moderno que foi implantado no País e
que vigora desde 1988.
e) O setor público acompanhou as transformações das empresas em direção à competitividade, atualizan-
do-se rapidamente.
GABARITO EXERCÍCIO 01
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D A C E B C D C B E
11 12 13 14 15 16 17
A D A B A E D
GABARITO EXERCÍCIO 02
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C A D B E B E C D B
GABARITO EXERCÍCIO 03
01 02 03 04 05
C B A B D
GABARITO EXERCÍCIO 04
01 02 03 04
C E B D
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GABARITO EXERCÍCIO 05
01 02 03 04 05
B E A B B
GABARITO EXERCÍCIO 06
01 02 04 04
D E B A
GABARITO EXERCÍCIO 07
01 02 03 04
E A B D
GABARITO EXERCÍCIO 08
01 02 03 04 05 06 07 08
C E E C E C E E
GABARITO EXERCÍCIO 09
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C E E E C C C C E C
GABARITO EXERCÍCIOS 10
01 02 03 04 05 06
C D C E C B
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Mais para alta do que para baixa. Tema recorrente. Mas, vamos
entender como é essa recorrência. Você sabe que é nessa aula que voltamos ao ensino fundamental (mais preci-
samente, voltamos à 5ª série, hoje, 6º ano). Bom, naquela época você tinha que saber que um substantivo tinha
inúmeras classificações: se tal substantivo é simples ou composto, primitivo ou derivado, concreto ou abstrato
etc. O mesmo vale para os adjetivos, pronomes, numerais, dentre outros, que apresentam inúmeras classifica-
ções. A questão é: se a organizadora é CESPE, FCC, ESAF, FUNRIO ou CESGRANRIO, por exemplo, não é necessário
que você se entupa de classificações e mais classificações. Não perca tempo com isso. Essas organizadoras costu-
mam cobrar o assunto em questão de maneira inteligente, reflexiva, levando em conta o texto e o contexto. Por
isso, foque nos conceitos. Ou seja: você tem que saber diferenciar, com competência, um substantivo de um pro-
nome; não confundir um verbo com um substantivo, dentre outros.
DICA: Quanto mais desconhecida for a organizadora do seu concurso, mais há a possibilidade de ser co-
brado um conteúdo bem ao estilo da 5ª série. Por exemplo, o CBI Concursos exige, frequentemente, questões de
separação silábica; o IMPARH adora querer saber se o coletivo de “formigas” é mesmo “correição” etc. Logo,
aconselho que você procure conhecer a organizadora desconhecida e adequar-se a ela.
DICA DE ESTUDO: Se você é um concurseiro de primeira viagem e já não estuda Português há bastante
tempo, sugiro que você dê uma atenta lida nos conceitos básicos desse assunto. Ou seja, se você nem mesmo se
lembra o que é um pronome, é melhor, antes de começar a resolver as questões, “amarrar” os conceitos para que
você não os confunda mais tarde. Por isso, é bom ter uma gramática ao seu lado sempre.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no mínimo, duas (isso numa prova de 10
questões); para nível médio, no máximo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a pos-
sibilidade é quase zero.
Qualquer idioma necessita de palavras para que a comunicação se estabeleça. Quando essas palavras se organi-
zam para formar um texto, adquirem significações específicas: nomear seres, indicar características, qualidades,
fazer conexões etc. De acordo com essas significações, as palavras da língua portuguesa estão agrupadas em dez
classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais, a saber: substantivo, artigo, adjetivo, numeral,
pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
01. Substantivos
São as palavras que dão nome aos seres e às coisas em geral.
Como identificá-los em um texto? Os substantivos, em tese, virão sempre acompanhados de um determinante
(artigo, pronome, numeral, adjetivo e/ ou locução adjetiva). Leia o poema baixo:
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Soneto de Fidelidade
(Vinicius de Moraes)
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Quando um substantivo coletivo apresenta valor partitivo, nossa banca pode envolvê-lo numa questão de con-
cordância verbal. Fique atento.
Ex.:
- Bando de bactérias................................o corpo da criança. (invadiu / invadiram).
- A multidão de torcedores........................ a conquista do título. (comemorava / comemoravam).
02. Artigos
São as palavras que acompanham os substantivos, modificando-os ou determinando-os, isto é, indicando gênero
(masculino ou feminino) e número (singular ou plural).
Os definidos dão ao leitor uma ideia precisa do substantivo. Assim, ele é capaz de saber quem é o elemento de-
terminado, mesmo que o texto não o cite anteriormente.
Exemplo:
- Não houve aula de matemática ontem, mas o professor mandou um aviso pelo Facebook. (Sabe-se quem é o
professor).
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Os indefinidos dão ao leitor uma ideia vaga e imprecisa do substantivo. Assim, ele não é capaz de detalhar as ca-
racterísticas do elemento textual. Sabe, apenas, algo genérico.
Exemplo:
- Não houve aula de matemática ontem, mas um coordenador mandou um aviso pelo Facebook. (Não se sabe
quem é o coordenador, também não se consegue apresentar detalhes sobre o aviso).
Há vezes em que o artigo indefinido funciona de maneira diferente. Ele não é impreciso nem vago, mas preciso
demais, carregado de muitas informações históricas. Tal uso é dependente do contexto, e sua utilização é tática.
Exemplo:
Contexto: Num bar, duas amigas bebem e conversam. Em um determinado momento, uma delas diz:
- Joana, não olhe agora! Mas uma pessoa acabou de chegar!
Embora o artigo seja indefinido, ele não é impreciso.
Os artigos definidos são parecidos com outras palavras que pertencem a classes diferentes. Fique atento!
Exemplos:
- Quase todos os alunos saíram; os que ficaram tinham dúvidas.
- O que mais admiro em você é a sinceridade.
- Não sei se o que houve foi proposital.
- Mulheres são exigentes; as que não são devem ter valores diferenciados.
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Detalhe: A frase “O jovem saiu há uma hora atrás” está errada, pois se nota pleonasmo vicioso.
03. Adjetivos
São palavras que caracterizam os seres e as coisas em geral, podendo expressar qualidade, estado, modo de ser,
aparência etc. Os adjetivos sempre orbitam a “atmosfera” do substantivo. Portanto, onde há substantivos, há
grande chance de se notar, no mínimo, um adjetivo.
Ex.: combativo, mau, amargurado, arrogante, tristíssimo etc.
GRAU DO ADJETIVO
O grau comparativo estabelece uma comparação entre dois ou mais seres, uma vez apresentado sob a seguinte
forma:
A) Comparativo de igualdade:
- Lucas é tão extrovertido quanto seu irmão.
- Tuas palavras são tão cativantes como as de minha mãe.
B) Comparativo de inferioridade:
Este livro é menos complexo (do) que a Bíblia.
C) Comparativo de superioridade:
A proposta do engenheiro é mais sensata (do) que a do arquiteto.
Observação:
Detalhe: todos os “do” entre parênteses (do) são
facultativos. As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais
mau”, “mais grande” e “mais pequeno” apenas devem ser
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05. Pronomes
Palavras que acompanham ou substituem o substantivo. Os pronomes apoiam os substantivos ou evitam a repe-
tição deles dentro do texto.
Os pronomes podem ser:
- Pronomes pessoais do caso reto (eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas).
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- Os amigos a viram deixar a cidade. (também certa, pois a posição do pronome é facultativa: antes ou depois do
verbo).
- Pronomes pessoais do caso oblíquo (me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, se, si, consigo, nos, conosco, vos,
convosco, os, as, lhes).
a) Não aceitam ser trocados com os pronomes retos quando antecedidos de preposição:
- Pronomes possessivos: meu(s), minha (s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s), de-
le(s), dela(s).
a) Exceto “dele(a)(s)”, todos os demais possessivos femininos singular permitem a facultatividade da crase.
- O livro O Estrangeiro, de Albert Camus, revelou a verdade a minha consciência. (ou à minha consciência).
- Pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal.
a) Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras ou ideias no texto.
Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e catafórico (referência para frente).
- As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favoreci-
das, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.
- O novo projeto do Governo deseja punir os políticos e assessores envolvidos no novo escândalo. Estes, inclusive,
já receberam uma comunicação formal, enquanto aqueles ainda estão sob investigação.
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- O STF deseja punir Genuíno e demais envolvidos em escândalos. Esses políticos, contudo, não estão nem um
pouco interessados no que pensa o povo sobre essa questão.
- Após a CPI, o único político punido foi este: nenhum. (para frente)
a) este: refere-se ao núcleo “nenhum”.
Detalhe: O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão isolada do texto.
- Pronomes indefinidos: algum, alguma, nenhum, nenhuma, todo(s), toda(s), muitos, muitas, pouco, pouca, certa,
certo, tanta, tanto, vários, diversos, bastante, ninguém, nada, tudo, cada, algo, alguém, qualquer, quaisquer, de-
terminado, determinada, outro, outra etc.
a) Quase todos esses pronomes impedem que o artigo “a” apareça antes de si. Essa condição neutraliza,
quase em 100%, as chances de ocorrer crase diante de pronomes indefinidos. Exceto o pronome-
substantivo “outra(s)”.
a) Nossa banca pode pedir, em relação ao pronome “que”, para você mudar a ordem dos elementos da fra-
se. Na primeira ordem, teríamos o seguinte:
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b) Às vezes, é difícil reconhecer o pronome interrogativo como sujeito, objeto direto ou indireto.
- Quem fez essa bagunça? Sujeito: “Quem”.
- Esse homem viu quem ontem à noite? “Quem” é objeto direto.
- Aquela moça gosta de quem? “de quem” é objeto indireto.
a) Lembre-se de que o pronome QUE pode ser transformado em o qual, os quais, a qual e as quais.
- Os livros de Machado de Assis, que são muito bem conceituados, têm um bom preço.
- Os livros de Machado de Assis, os quais são muito bem conceituados, têm um bom preço.
b) O pronome ONDE só se refere a um lugar: rio, praça, casa, bolso, quintal etc.
FRASES CORRETAS
- Ele conheceu a praça onde havia muitas barracas com comidas exóticas.
FRASES COMPARADAS
- Ele se deparou com um momento onde mudou tudo. (frase errada)
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Obs.: O “onde” está indevido porque os seus referentes não são palavras indicativas de lugar.
Obs.: É totalmente correto substituir QUEM por QUE (o qual, os quais, a qual, as quais), mas a frase vai ficar muito
esquisita (aparentemente errada, mas não estará), é bom avisar.
d) O pronome CUJO(A)(S) estabelece relação de posse e não pode ser trocado pelo QUE.
Pronomes de Tratamento
Pronomes de tra- Abreviatura Abreviatura
Usados para:
tamento Singular Plural
Você V. VV. Usado para um tratamento íntimo, familiar.
Pessoas com as quais mantemos um certo distanciamento mais res-
Senhor, Senhora Sr., Sr.ª Srs., Srª.s
peitoso
Pessoas com um grau de prestígio maior. Usualmente, os emprega-
Vossa Senhoria V. S.ª V. Sª.s mos em textos escritos, como: correspondências, ofícios, requeri-
mentos, etc.
Usados para pessoas com alta autoridade, como: Presidente da Re-
Vossa Excelência V. Ex.ª V. Ex.ªs
pública, Senadores, Deputados, Embaixadores, etc.
Vossa Eminência V. Em.ª V. Em.ªs Usados para Cardeais.
Vossa Alteza V. A. V V. A A. Príncipes e duques.
Vossa Santidade V.S. - Para o Papa.
Vossa Reverendís-
V. Rev.mª V. Rev.mªs Sacerdotes e Religiosos em geral.
sima
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06. Verbos
Sem dúvida, é a classe gramatical mais complexa de todas. Rica em variações, usos, substituições, irregularidades,
significações etc., é a classe que iremos analisar ao longo do nosso curso; ou seja, não para por aqui, até porque
seria uma grande injustiça. Portanto, o que iremos investigar, agora, é apenas uma amostra dessa classe tão ver-
sátil.
Definição
Palavra que indica a ação verbal praticada ou recebida pelo sujeito. Também pode simplesmente indicar o estado
ou a qualidade do sujeito.
Exemplos:
- Os médicos deixaram o hospital bem cedo. (ação)
- A Bovespa especula que tais ações podem cair. (ação)
- O tema “verbos” é complexo. (qualidade)
- A cidade parece calma. (estado)
Modos verbais
Os verbos do português têm modos. Os modos indicam os valores semânticos que podem ser notados em cada
verbo. Vamos a eles:
a) Indicativo: Manifesta uma certeza da ação ou do estado que manifesta o verbo. O leitor não dúvidas de que
aquela ação esteja ocorrendo, tenha ocorrido ou venha a ocorrer.
b) Subjuntivo: Manifesta uma ação incerta, duvidosa ou mesmo hipotética. Agora, o leitor não está mais seguro
quanto à ação verbal; tudo é dúvida.
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- Quero que o livro desperte a atenção dos alunos. (Será que vai despertar? É uma hipótese)
- Se eu fizesse uma requisição, eles poderiam me atender. (Eu farei a requisição? Talvez sim, talvez não)
- Quando vocês decidirem, estaremos à disposição. (Quando eles vão decidir? Não se sabe.)
c) Imperativo: Manifesta uma ordem, um conselho, um pedido, uma advertência ou uma súplica. Agora, o sujeito
da ação é orientado a fazer algo.
- Leve este livro até sua mãe, meu filho.
- Nunca mais faça isso, seu mentiroso!!!
- Rapaz, deixe essa vida de farras!
- Gente, fiquemos em pé para saudar o diretor!
Tempos verbais
Presente do indicativo
O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não necessariamente no momento
cronológico atual. Não tem desinência fixa.
- O Brasil vive um momento decisivo: as eleições. (ação presente, mas em curso neste momento)
- Quando Luís Felipe Scolari vê que o Brasil já perde por quatro a zero, manda todos tocarem a bola.
(a ação é passada, mas dita como se fosse presente).
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PRETÉRITOS
Perfeito
O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no passado. Não tem
desinência.
Imperfeito
O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado, mas que ainda não terminou. As desinências são –VA e –IA.
- Hoje cedo, eu preparava os convites, quando tive que sair. (ação interrompida bruscamente no passado)
- Na década passada, os brasileiros camiam menos carne do que hoje. (ação iniciada, mas não finalizada em sua
totaalidade no passado).
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Mais-que-perfeito
O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada que começou no passado distante e terminou no passado.
Geralmente, na oração, existe um outro verbo que está flexionado no passado, servindo para saber de qual
pretérito (perfeito ou imperfeito) que é o passado, senão, não há necessidade do uso (já que não haveria um
passado do passado). Desinência: –RA.
- Quando deixamos o chalé, notamos que nosso filho caçula esquecera um de seus brinquedos no quarto.
Detalhe: as formas do pretérito mais-que-perfeito podem ser substituídas por HAVER ou TER + PARTICÍPIO.
FUTUROS
Futuro do presente
O futuro do presente indica ações convictas (ou seja, certas) que acontecerão em relação ao presente, já que este
permite tal certeza. É um tempo meio “prepotente”, meio “já ganhou”. Desinências: -RÁ ou -RE.
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Futuro do pretérito
O futuro do pretérito (ou condicional) inidica ações futuras em relação ao passado. Desinência: -RIA.
- Caso Pedro chegasse cedo, resolveria esse problema. (Contexto: quem falou a frase espera ainda a chegada de Pedro; ou seja, a ação
ainda não aconteceu, é uma ação futura).
- O Brasil jamais seria goleado por time algum nesta Copa. (Contexto: o Brasil ainda não havia enfrentado a Alemanha).
CLASSIFICAÇÃO DO VERBO
a) Alterações no radical;
b) Não possuem todos os modos;
c) Apresentam mais de um radical;
d) Apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, as duas formas são mais frequentes no particípio.
a) Verbos regulares;
b) Verbos irregulares;
c) Verbos Anômalos;
d) Verbos defectivos;
e) Verbos abundantes.
1- VERBOS REGULARES
Os verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações em seu radical.
1ª conjugação: compreende verbos terminados, em sua forma infinitiva, em –AR.
CantAR
AmAR
AlmejAR
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Vendo
VendER
ContER
EscondER
PartIR
SucumbIR
DiscutIR
2- VERBOS IRREGULARES
Os verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações, em geral, em seu radical.
Faço
Fazes
Faz
Fazemos
Fazeis
Fazem
Observação: note que o verbo FAZER sofreu alterações em seu radical na 1ª pessoa do singular.
Observação: note que o verbo FAZER sofreu alterações em seu radical na 1ª pessoa do singular.
Obs.: O verbo ferir conjuga-se assim: (eu) firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem. Igualmente a ele, conjugam-se os
seguintes verbos:
aderir, inserir, advertir, competir, digerir, divergir, convergir, expelir, gerir, sugerir, vestir, mentir.
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MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Dê Desse Der
Dês Desses Deres
Dê Desse Der
Demos Déssemos Dermos
Deis Désseis Derdes
Deem * Dessem Derem
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Dá Não dês
Dê Não dê
Demos Não demos
Daí Não deis
Deem Não deem*
FORMAS NOMINAIS
b) Infinitivo pessoal ►
Dar
Dares
Dar
Darmos
Dardes
Darem
c) Gerúndio ► Dando
d) Particípio: ► Dado
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Hei Havia Houve Houvera Haverei Haveria
Hás Havias Houveste Houveras Haverás Haverias
Há Havia Houve Houvera Haverá Haveria
Havemos Havíamos Houvemos Houvéramos Haveremos Haveríamos
Havei Havíeis Houveste Houvéreis Havereis Haveríeis
Hão Haviam Houveram Houveram Haverão Haveriam
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MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Haja Houvesse Houver
Hajas Houvesses Houveres
Haja Houvesse Houver
Hajamos Houvéssemos Houvermos
Hajais Houvésseis Houverdes
Hajam Houvessem Houverem
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Há Não hajas
Haja Não haja
Hajamos Não hajamos
Havei Não hajais
Hajam Não hajam
FORMAS NOMINAIS
b) Infinitivo pessoal ►
Haver
Haveres
Haver
Havermos
Haverdes
Haverem
c) Gerúndio ►Havendo
d) Particípio ►Havido
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Firo Feria Feri Ferira Ferirei Feriria
Feres Ferias Feriste Feriras Ferirás Feririas
Fere Feria Feriu Ferira Ferirá Feriria
Ferimos Feríamos Ferimos Feríramos Feriremos Feriríamos
Feris Feries Feristes Feríreis Feríreis Feriríeis
Ferem Feriam Feriram Feriram Ferirão Feririam
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
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MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Fere Não firas
Fira Não fira
Firamos Não firamos
Feri Não firais
Firam Não firam
FORMAS NOMINAIS
b) Infinitivo pessoal ►
Ferir
Ferires
Ferir
Ferirmos
Ferirdes
Ferirem
Gerúndio ►Ferindo
Particípio ►Ferido
VERBOS ANÔMALOS
Os verbos anômalos são aqueles que apresentam mais de um radical quando são conjugados. São apenas dois: IR
e SER. Abaixo as conjugações do verbo IR:
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Vou Ia Fui Fora Irei Iria
Vais Ias Foste Foras Irás Irias
Vai Ia Foi Fora Irá Iria
Vamos Íamos Fomos Fôramos Iremos Iríamos
Ides Íeis Fostes Fôreis Ireis Iríeis
Vão Iam Foram Foram Irão Iriam
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MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Vá Fosse For
Vás Fosses Fores
Vá Fosse For
Vamos Fôssemos Formos
Vades Fosseis Fordes
Vão Fossem Forem
MODO IMPERATIVO
Afirmativo Negativo
Vai Não vás
Vá Não vá
Vamos Não vamos
Ide Não vades
Vão Não vão
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo impessoal ► IR
Infinitivo pessoal ►
Ir
Ires
Irmos
Irdes
Irem
Gerúndio ► Indo
Particípio ► Ido
3- VERBOS DEFECTIVOS
Os verbos defectivos são aqueles que não possuem a conjugação completa; são, portanto, verbos defeituosos.
Essa falha ocorre, muitas vezes, nos presentes do indicativo e do subjuntivo, e no imperativo afirmativo.
- Se tudo não der certo, eu falo a empresa do meu pai. (frase errada)
- Eu bano você da minha vida quando quiser. (frase errada).
- Eu abolo essa lei na hora certa. (frase errada).
Porém,
- Se tudo não der certo, eu posso falir a empresa do meu pai. (frase correta)
- Eu vou banir você da minha vida quando quiser. (frase correta).
- Eu posso abolir essa lei na hora certa. (frase correta)
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PRECAVER
MODO INDICATIVO
Pretérito
Pretérito im- Pretérito per- Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito feito presente pretérito
perfeito
Não tem Precavia Precavi Precavera Precaverei Precaveria
Não tem Precavias Precaveste Precaveras Precaverás Precaverias
Não tem Precavia Precaveu Precavera Precaverá Precaveria
Precavemos Precavíamos Precavemos Precavêramos Precaveremos Precaveríamos
precaveis Precavíeis Precavestes Precavêreis Precavereis Precaveríeis
Não tem Precaviam Precaveram Precaveram Precaverão Precaveriam
MODO SUBJUNTIVO
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Não existe conjugação no Precavesse Precaver
presente do subjuntivo Precavesses Precaveres
Precavesse Precaver
Precavêssemos Precavermos
Precavêsseis Precaverdes
Precavessem Precaverem
No modo imperativo o verbo PRECAVER só possui a 2ª pessoa do plural do imperativo afirmativo: precavei.
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo pessoal ►
Precaver
Precaveres
Precaver
Precavermos
Precaverdes
Precaverem
Gerúndio ►Precavendo
Particípio ► Precavido
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4- VERBOS ABUNDANTES
Os verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, essas formas são mais
frequentes no particípio.
- Havemos ou hemos; haveis ou heis (verbo “haver”), diz ou dize (imperativo do verbo “dizer”), faze ou faz (impe-
rativo do “fazer”), traz ou traze (imperativo do “trazer”).
Geralmente, os particípios regulares são usados com os verbos auxiliares TER e HAVER, enquanto os particípios irregula-
res são usados com o verbo SER.
07. ADVÉRBIO:
Classe que exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio.
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sen-
tido pleno, que no caso é o verbo "chover".
O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado.
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- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto etc.).
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -mente).
- CAUSA
- FINALIDADE
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- INSTRUMENTO
- COMPANHIA
- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.)
08. PREPOSIÇÃO:
Palavra invariável, que liga dois termos. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
por, sem, sob, sobre, trás, durante etc.
As preposições não têm, em si, sentido independente. Porém, podem “parasitar” significados dos contextos.
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09. CONJUNÇÃO:
Conjunção é a palavra cuja função é ligar termos ou orações, atribuindo, muitas vezes, valores semânticos às frases.
Portanto, as conjunções podem ou não manifestar sentido. Detalhe: às vezes, a conjunção apresenta mais de uma pala-
vra; quando isso acontece, chamamos locução conjuntiva.
a) Coordenativas
b) Adverbiais
Na maioria das vezes, pede-se ao candidato para reconhecer as conjunções, seus valores semânticos e se certas trocas
são possíveis.
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante, em contrapartida.
- O prefeito fez a licitação, mas não resolveu os problemas da população carente.
As demais conjunções coordenativas são as seguintes: alternativas (ou...ou; seja...seja; ora...ora; quer...quer), conclusi-
vas (portanto, logo, por conseguinte) e explicativas (porque, pois, que).
A) Causais: introduzem relação de causa e se combinam com uma ideia de consequência. As conjunções e locuções mais
importantes são as seguintes: já que, como, pois que, na medida em que, uma vez que, visto que, sendo que, dado que,
porquanto.
- Já que os médicos iniciaram uma pesada greve, as unidades de saúde vivem um verdadeiro caos.
B) Concessivas: introduzem relação de contradição, oposição. As conjunções e locuções mais importantes são as seguin-
tes: ainda que, mesmo que, embora, posto que, se bem que, em que pese, malgrado, a despeito de, não obstante, con-
quanto.
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- Ainda que todos os médicos tenham entrado em uma pesada greve, as unidades de saúde resistem bravamente.
10. INTERJEIÇÃO:
Palavra que procura expressar sentimentos, emoções. Ih! Oh! Viva! Psiu! Aleluia!
EXERCÍCIOS 01
01- Em: “Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante, ao ajustamento de todas as sociedades...”
(L.32-33)
a) quatro adjetivos
b) três adjetivos
c) dois adjetivos
d) um adjetivo
e) nenhum adjetivo
a) Promoveu um evento grandioso em setembro deste ano onde gastou uma fortuna.
b) O meu engenheiro é um cidadão em cuja capacidade podemos confiar.
c) Certificou a seus superiores no Ministério de que a Comissão de Licitações estava prestes a pedir demissão.
d) Prefiro ficar sozinho do que perdoar os que me deixaram neste estado deplorável de dependência física.
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão e da próxima, sugiro que você consulte a tabela de PRONOMES
RELATIVOS, no final dessa bateria de exercícios, na seção CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS.
03- Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a expressão grifada pela palavra “on-
de”.
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04-
João e Maria
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II, apenas.
e) I, apenas.
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você revise o tema MODOS VERBAIS. Lembre-se de que
modo verbal é totalmente diferente de tempo verbal.
05- “À evidência imposta, que presume que a única forma aceitável de organização de uma sociedade é a regulação
pelo mercado, podemos opor a proposta de organizar as sociedades e o mundo a partir do acesso para todos aos
direitos fundamentais.”
As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas como:
Obs.: Para um aprofundamento dessa questão, sugiro que você vá aos capítulos FUNÇÕES DO “QUE” e ORAÇÕES SU-
BORDINADAS ADJETIVAS.
06- “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a seguir em que a preposição
com tem o mesmo valor semântico da ocorrência sublinhada é:
07- Em “Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal ati-
tude um privilégio dado pela existência”, os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamen-
te, como:
08- Na frase "As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho", as palavras destacadas
são, respectivamente:
a) adjetivo, adjetivo
b) advérbio, advérbio
c) advérbio, adjetivo
d) numeral, adjetivo
e) numeral, advérbio
Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão, sugiro que você vá ao capítulo CONCORDÂNCIA NOMINAL e leia,
com atenção, a parte que fala das palavras “bastante”, “meio”, “caro” e “barato”.
09- Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara vermelha", o termo a está empre-
gado, sucessivamente, como:
a) artigo, preposição preposição
b) pronome, preposição, artigo
c) preposição, preposição, artigo
d) preposição, pronome, preposição
e) preposição, artigo, preposição
Obs.: Não cabe o uso de acento grave nas duas primeiras evidências de “a”, uma vez que, na sequência de tais palavras,
há dois verbos.
10- Observe o período a seguir: "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila". Os dois pontos do período
acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção:
a) portanto
b) e
c) como
d) pois
e) embora
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Obs.: para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo PONTUAÇÃO e leia, com cuidado, o uso de vírgulas
em Orações Coordenadas.
Obs.: Para um melhor entendimento, sugiro que você vá ao capítulo “FUNÇÕES DO QUE”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D B A D B A A C C D
11 12
E D
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Palavras masculinas:
Palavras femininas:
• a abusão (engano);
• a alcíone (ave doa antigos);
• a aluvião, araquã (ave);
• a áspide (reptil peçonhento);
• a baitaca (ave);
• a cataplasma, cal, clâmide (manto grego);
• a cólera (doença);
• a derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);
• a filoxera (inseto e doença);
• a gênese, guriatã (ave);
• a hélice (FeM classificam como gênero vacilante);
• a jaçanã (ave);
• a juriti (tipo de aves);
• a libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);
• a sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);
• a usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);
• a xerox (cópia).
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Gênero vacilante:
• acauã (falcão);
• inambu (ave);
• laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência de auto-
res pelo masculino);
• víspora.
Alguns femininos:
• abade - abadessa;
• abegão (feitor) - abegoa;
• alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;
• aldeão - aldeã;
• anfitrião - anfitrioa, anfitriã;
• beirão (natural da Beira) - beiroa;
• besuntão (porcalhão) - besuntona;
• bonachão - bonachona;
• bretão - bretoa, bretã;
• cantador - cantadeira;
• cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;
• castelão (dono do castelo) - castelã;
• catalão - catalã;
• cavaleiro - cavaleira, amazona;
• charlatão - charlatã;
• coimbrão - coimbrã;
• cônsul - consulesa;
• comarcão - comarcã;
• cônego - canonisa;
• czar - czarina;
• deus - deusa, déia;
• diácono (clérigo) - diaconisa;
• doge (antigo magistrado) - dogesa;
• druida - druidesa;
• elefante - elefanta e aliá (Ceilão);
• embaixador - embaixadora e embaixatriz;
• ermitão - ermitoa, ermitã;
• faisão - faisoa (Cegalla), faisã;
• hortelão (trata da horta) - horteloa;
• javali - javalina;
• ladrão - ladra, ladroa, ladrona;
• felá (camponês) - felaína;
• flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;
• frade - freira;
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• frei - sóror;
• gigante - giganta;
• grou - grua;
• lebrão - lebre;
• maestro - maestrina;
• maganão (malicioso) - magana;
• melro - mélroa;
• mocetão - mocetona;
• oficial - oficiala;
• padre - madre;
• papa - papisa;
• pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;
• parvo - párvoa;
• peão - peã, peona;
• perdigão - perdiz;
• prior - prioresa, priora;
• mu ou mulo - mula;
• rajá - rani;
• rapaz - rapariga;
• rascão (desleixado) - rascoa;
• sandeu - sandia;
• sintrão - sintrã;
• sultão - sultana;
• tabaréu - tabaroa;
• varão - matrona, mulher;
• veado - veada;
• vilão - viloa, vilã.
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos brancos), cócegas, con-
dolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposórios
(presente de núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de
orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos
nomes de naipes.
Coletivos:
• canzoada - cães;
• conclave - cardeais;
• congregação - professores, religiosos;
• consistório - cardeais;
• fato - cabras;
• feixe - capim, lenha;
• junta - bois, médicos, credores, examinadores;
• girândola - foguetes, fogos de artifício;
• grei - gado miúdo, políticos;
• hemeroteca - jornais, revistas;
• legião - anjos, soldados, demônios;
• malta - desordeiros;
• matula - desordeiros, vagabundos;
• miríade - estrelas, insetos;
• nuvem - gafanhotos, pó;
• panapaná - borboletas migratórias;
• penca - bananas, chaves;
• récua - cavalgaduras (bestas de carga);
• renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;
• réstia - alho, cebola;
• ror - grande quantidade de coisas;
• súcia - pessoas desonestas, patifes;
• talha - lenha;
• tertúlia - amigos, intelectuais;
• tropilha - cavalos;
• vara - porcos.
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A análise da estrutura das palavras mostra-nos que existem várias pequenas partes que compõem uma palavra, os cha-
mados morfemas. Há dois tipos de morfemas: os lexicais e os gramaticais.
Portanto, os morfemas lexicais contêm significações básicas, ao passo que os gramaticais não manifestam ideia, mas
sim fazem indicações.
ELEMENTOS MÓRFICOS
►Raiz
► Radical;
►Vogal temática;
►Tema;
►Desinência;
►Afixo;
►Vogais e consoantes de ligação.
1º) RAIZ
É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico.
A raiz encerra sentido lato e geral, comum às palavras de mesma família etimológica. Detalhe: na maioria das vezes, é
impossível identificar a raiz de uma palavra, uma vez que a significação é abstrata.
Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem
comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo etc.
2º) RADICAL
É o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático, dentro da língua. O
radical abriga a raiz, ou seja, abriga o significado originário da palavra. Veja, abaixo, alguns exemplos de radicais não tão
conhecidos do leitor.
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Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo
pertence.
OBSERVAÇÃO:
4º ) TEMA
►DESINÊNCIAS
São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em desinências
nominais e desinências verbais:
5ª ) DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são “a” e “o” (mas há divergên-
cias); as desinências de número são o “s” para o plural e ZERO (Ø) para singular, pois ele não tem desinência própria.
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6º) DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.
Exemplo: cant-á-va-mos
7º) AFIXOS
São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser:
Exemplo:
Pedr-ada.
In-vi-á-vel.
In-feliz-mente
São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja,
para facilitar a pronúncia de certas palavras.
Exemplo: silvícola, cronômetro, psicodélico, cafeicultura, pazada, paulada, chapeLaria, cafeTeira, sonoLento, frioRento
etc.
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Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.
► DERIVAÇÃO ◄
É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem
ocorrer das seguintes maneiras:
Prefixal;
Sufixal;
Parassintética;
Regressiva;
Imprópria.
Exemplos:
DESFAZER
INÚTIL
AMORAL
IMORAL
APODRECER
AFÔNICO
REORGANIZAR
Exemplos
CARRINHO
LOUVÁVEL
BAMBUZAL
REPUBLICANO
COMUNISTA
FRANCÊS
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HORROROSO
TOLICE
►PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo, simultaneamente, ao radical.
Detalhe: não é todo gramático que reconhece esse processo.
Exemplo:
A-NOIT-ECER
PER-NOIT-AR
EN-FORC-AR
DES-ALM-ADO
OBSERVAÇÃO :
Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassín-
tese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta reti-
rar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintéti-
ca. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por deri-
vação prefixal e sufixal.
►REGRESSIVA (ou DEVERBAL)- processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos. As palavras
formadas por deverbal terminam em a, e, o e geram substantivos abstratos.
Exemplo:
Outros exemplos:
Amparar = amparo
Perder = perda
Enlaçar = enlace
Âncora = ancorar
Escova = escovar
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►IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se
altere.
Exemplo: O jantar estava ótimo. (deixou de ser verbo e passou a ser substantivo)
“Os humilhados serão exaltados”. (deixou de ser adjetivo e passou a ser substantivo)
“Vimos uma partida monstro de tênis”. (deixou de ser substantivo e passou a ser adjetivo)
“A noiva não disse o ‘sim’”. (deixou de ser advérbio e passou a ser substantivo).
► COMPOSIÇÃO ◄
É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas
formas:
JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.
JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continuam sendo faladas (escritas) da mesma forma como
eram antes da composição.
AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.
Exemplo: planalto (plano + alto); embora (em+ boa+ hora); viandante (via + andante).
Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e
onomatopeia.
ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO
HIBRIDISMO
ONOMATOPÉIA
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EXERCÍCIO DE CONCURSOS
a) hibridismo
b) aglutinação
c) justaposição
d) parassíntese
e) derivação regressiva
a) desagradável - complemente
b) navio- escola / pé-de-cabra
c) encruzilhada - estremeceu
d) supersticiosa - valiosas
e) desatarraxou - estremeceu
4. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, mar-
que a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada:
( ) aguardente 1) justaposição
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) acéfalo
a) zunzum
b) reco-reco
c) toque-toque
d) tlim-tlim
e) vivido
a) derivação
b) onomatopeia
c) hibridismo
d) composição
e) prefixação
a) prefixal
b) sufixal
c) regressiva
d) parassintética
e) imprópria
10. Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical:
11. Em qual dos exemplos abaixo está presente um caso de derivação parassintética?
12. Em "O pernalta da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua", há, respectivamente:
13. Aponte a alternativa que classifica corretamente os elementos mórficos do verbo a seguir: CONFI-A-SSE-S
14. As Desinências Modo Temporais de LEVAR no futuro do presente (3ª pessoa do singular) e pretérito imperfeito (2ª
pessoa do singular) são:
a) RA e SSE
b) S e MOS
c) VA e RA
d) S e M
e) RÁ e VA
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B B B 2441536 E D A D C B
11 12 13 14
E A C E
CURIOSIDADE
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que for-
mam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os
substantivos simples:
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discus-
sões. Algumas orientações são dadas a seguir:
ESQUEMA
S s Plural – Plural
S A Plural – Plural
A S Plural – Plural
N S Plural – Plural
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ESQUEMA
V S Singular-plural
substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
Exemplos:
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã - homens-rã
peixe-espada - peixes-espada
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Muito alta. Acredito que saber a regência dos principais verbos exigidos
em provas é fundamental. É a partir desse tema que você resolverá questões não só de regência, como também de cra-
se, sintaxe, funções do QUE e do SE etc. Ou seja, se há um assunto que você deve dar atenção especial, não tenha dúvi-
das de que é Regência verbal e nominal.
DICA: Como você nunca saberá todas as regências da Língua Portuguesa (até mesmo porque ninguém as sabe),
sugiro que leia com muita atenção aquilo que chamo de “Regências clássicas”. Elas aparecem com muita frequência em
provas. Quanto às demais, só há uma dica: ler e, se possível, perguntar-se: esse verbo é intransitivo ou transitivo indire-
to? Fazendo, de vez em quando, esse exercício simples você, lentamente, armazenará um banco de dados muito impor-
tante para ser utilizado na hora da prova.
DICA DE ESTUDO: Se você não sabe se o verbo TAL é intransitivo ou transitivo indireto, procure o dicionário. Lá no ver-
bete sempre há, também, esse tipo de informação. Senão vejamos o diz o Dicionário Houaiss sobre o verbo AVANÇAR:
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no máximo, duas (isso numa prova de 10 a 15 ques-
tões); para nível médio, de duas a quatro (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade é
parecida com a do nível médio, o que muda é o grau de dificuldade das questões.
1. REGÊNCIA VERBAL
Ocorre quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma preposição ou não. Aqui
é fundamental o conhecimento da transitividade verbal. Por isso, fique atento à tabela a seguir:
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* Essa exigência é apenas teórica. Logo, é perfeitamente possível que um verbo VTD, por exemplo, apareça sem seu devido complemento.
Ex.: Naquela tarde, ele estudou muito.
Mas, para que você entenda a tabela acima, é necessário que utilizemos um simples procedimento para identifi-
carmos se o verbo pede ou não preposição. A seguir, você verá aquilo que eu chamo de “ferramenta”. É com ela que
você descobre que tipo de complemento o verbo regerá.
2. Leia a sequência completa da ferramenta (do LADO A ao LADO B), repetindo o verbo duas vezes.
3. Se a leitura se efetivar de forma rápida e imediata (direta) até o LADO B (e você não precisar usar nenhuma preposi-
ção do quadrado abaixo da ferramenta), o verbo é transitivo direto.
4. Caso haja uma pausa na leitura e a exigência de preposição por parte do verbo, este será transitivo indireto.
5. Dependendo do verbo, o movimento pode ser duplo, o que gera verbos bitransitivos.
6. Agora, se a leitura da ferramenta nem precisar chegar ao ALGO ou ao ALGUÉM, o verbo deve ser interpretado como
intransitivo.
Antes de entrar no tema Regência Verbal, é importante que conheçamos os complementos verbais: o Objeto Direto e
o Objeto Indireto.
Objeto direto: complemento (raramente introduzido por preposição*) que cumpre o papel de tornar a frase mais deta-
lhada. Sua ausência faz com que o verbo se torne intransitivo.
Ex.:
c) Ontem o Pentágono confirmou que o corpo de Bin Laden foi lançado no Mar da Arábia.
( ) A expressão “que o corpo de Bin Laden foi lançado no Mar da Arábia” funciona como complemento direto oracio-
nal do verbo “confirmar”.
( ) Há dois sujeitos simples e explícitos.
( ) O segundo sujeito sofre a ação verbal; é, portanto, paciente.
( ) “Ontem” poderia estar seguido de uma vírgula, já que se trata de um adjunto adverbial deslocado.
Objeto indireto: complemento (introduzido sempre por uma preposição) que cumpre o papel de tornar a frase mais
detalhada. Sua ausência também faz com que o verbo se torne intransitivo.
Ex.:
a) A oposição opta por esticar desgaste político do ministro.
( ) Ao deslocarmos “A oposição” para o fim da frase, os sentidos e a correção gramatical serão preservados desde que
ajustes de maiúsculas e minúsculas sejam realizados.
( ) Em “a”, “por esticar desgaste político do ministro” funciona como complemento indireto oracional de “opta”.
( ) A substituição de “por” por “em” mantém a correção gramatical do período.
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A) CCC
B) CCC
C) CCCC
D) C E C E/C
A) CCE
B) ECE
C) CCEC
D) CE
E) C
- O SUS vem oferecendo, gratuitamente, diagnóstico da diabete, acompanhamento e medicação, nas unidades de saú-
de, aos pacientes.
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- Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, lembrou aos jornalistas que a aprovação final do texto depende do aval da
presidente Dilma Rousseff.
Verbos que não pedem complemento
Intransitivos: são aqueles cuja significação não exige a presença de complementos. São chamados, também, de verbos
de sentido completo.
- Já Nina diz ter ido ao banheiro e encontrado duas estudantes conversando, sem a presença de fiscais. “Elas pararam
quando cheguei, mas, quando viram que não era um fiscal, continuaram conversando”, disse.
- Acabaram as férias.
Verbos que (pelo contexto) NÃO pedem complemento ou mudam seus complementos
Às vezes, o contexto é tão específico e dinâmico que alguns complementos verbais são dispensáveis. Assim sendo, a
predicação original do verbo deverá ser modificada para acompanhar a semântica da frase. Logo, um verbo que origi-
nalmente é transitivo indireto, por exemplo, pode ser reconfigurado para intransitivo.
- A Rádio Eldorado divulgou que a prova do Enem será refeita. (Originalmente VTDI; agora, VTD).
- O candidato só falou aos sindicalistas depois da reunião. (Originalmente VTDI; agora, VTI).
Verbos de ligação: são aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualificação. A estrutura qualificadora cumprirá a
função sintática de Predicativo do Sujeito. Logo, esses verbos servem para indicar estados ou qualidades do sujeito.
Ex.:
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Verbos supostamente de ligação: são aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação. Con-
tudo, não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma.
Ex.:
Note que “em Fortaleza”, “na fábrica” e “no estojo” indicam ideia de lugar, e não de estado. Logo, são Adjuntos Adver-
biais de lugar. Quando isso ocorre, o verbo não pode mais ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e,
assim, assume o caráter de verbo intransitivo.
Regências clássicas
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Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” não é objeto indireto, mas sim adjunto adverbial de
lugar (também chamado de locativo ou mesmo complemento circunstancial).
4 - CHEGAR
Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”. Tal expressão não é o objeto
indireto, mas sim o adjunto adverbial de lugar, também conhecido como locativo ou complemento circunstancial.
Exemplo:
Obs.: O Dicionário Houaiss considera este verbo transitivo indireto, bem como intransitivo.
5 – IR
Obs.: Esse verbo costumeiramente vem acompanhado de um complemento circunstancial, o qual poderá ser introdu-
zido ou por “a” ou por “para”.
- Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. “Ele ia para Belém no fim deste ano".
- A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. "Ele irá a Sobral no próximo mês".
6 – MORAR
Exemplos:
- Moro em Porto Alegre desde os sete anos.
- Nunca morei só.
7 - NAMORAR
8 – OBEDECER/DESOBEDECER
10 - PISAR
Sentido: Pôr os pés sobre, humilhar, moer (VTD).
Exemplos:
11 – PREFERIR
12 – QUERER
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13 – VISAR
14- IMPLICAR
Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”.
Exemplo: Tal atitude implica com as normas prescritas.
OUTRAS REGÊNCIAS
ABDICAR
Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto.
Exemplo:
- O príncipe abdicou. (VI)
AGRADECER
Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto.
Exemplo:
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CHAMAR
Exemplo:
CUSTAR
Exemplo:
Custou ao governo aquela difícil meta.
Exemplo:
- A insensatez custou-lhe os bens.
ESQUECER
LEMBRAR
Exemplo:
- Esqueci-me do nome da rua.
- Lembrei-me de um caso antigo.
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PRECISAR
Exemplo:
- Nós precisamos de bons políticos.
* O conteúdo dos parênteses se repete para cada um dos verbos citados na lista.
Transitivos Indiretos:
Abusar (de)
Aludir (a)
Assistir (a)
Anuir (a)
Aprazer (a)
Ansiar (por)
Agradar (a)
Atirar (a, em, contra)
Bater (em) [= espancar]
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Bitransitivos
Intransitivos
Sair
Existir
Chorar
Descansar
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Dormir
Morrer
Deitar
Tremer
Chover
Nevar
Trovejar
Garoar
Pensar
Etc.
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EXERCÍCIOS 01
01- FCC: “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção...”.
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase:
a) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem propriamente uma cultura global a ela
vinculada, que possa distingui-la.
b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam
a pureza cultural de cada nação.
c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês tornou-se uma espécie de língua
global.
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade
de cada um.
e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situa-
ções perversas para pessoas e povos.
02- TRE (MA – 2009) CESPE: Em “Sem a teoria da evolução, a moderna biologia, incluindo a medicina e a biotecnologia,
simplesmente não faria sentido. O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre
um vasto contingente de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto”.
03- FCC: “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira incalculável...” (final do texto)
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é:
04- FCC: “Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos humanos ...”. (1o parágrafo)
A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:
05- CESPE (2010) “A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis pelo baixo nível de desenvolvimento
humano e pela origem de uma série de mazelas, algumas das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o
caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja on-
de o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a participarem do processo de
produção”.
( ) O emprego de preposição em "a participarem" é exigido pela regência da forma verbal "obriga".
06- CESPE: “Nas últimas décadas, o aumento dos índices de criminalidade e a atuação de organizações criminosas trans-
nacionais colocaram a segurança pública entre as principais preocupações da sociedade e do Estado brasileiros. A
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delinquência e a violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando apreensão e
medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação às instituições estatais responsáveis pela
manutenção da paz social”.
( ) Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de "toda a população" - a toda a popula-
ção - visto que a forma verbal "afetam" apresenta dupla regência.
07- CESPE: “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição
de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicita-
vam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacio-
nal de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento
da base econômica do país”.
08- CESGRANRIO: Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:
09- UECE: O “Que” devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção:
09- CESGRANRIO: “Foram inúmeros os problemas ________ nos defrontamos e inúmeras as experiências ________
passamos.
a) que e em que.
b) que e de que.
c) de que e por que.
d) com que e por que.
e) com que e em que.
10- FGV: “A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o papel que o superendividamento exerce...”.
Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho destacado acima, não se manteve adequação à norma culta.
Ignore as alterações de sentido.
12- CESPE: “Em razão da complexidade, da amplitude e do poderio das redes criminosas transnacionais, a solução para
a criminalidade depende de decisões político-econômico-sociais e, concomitantemente, de ações preventivas e re-
pressivas de órgãos estatais. Nesse contexto, as operações de inteligência são instrumentos legais de que dispõe o
Estado na busca pela manutenção e proteção de dados sigilosos”.
( ) A preposição "de" empregada antes de "que" é exigência sintática da forma verbal "dispõe"; portanto, sua
retirada implicaria prejuízo à correção gramatical do período.
GABARITO EXERCÍCIOS 01
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E F/V E E V F V B C D
11 12
B V
EXERCÍCIOS 02
(Verissimo, Luis Fernando. Orgias. Porto Alegre, RS: L&PM Editores, 1989, p.80-1, Adaptado).
( ) No segmento “percorrem nossas vias interiores” o termo “nossas vias interiores” expressa uma circunstância de
lugar do verbo intransitivo “percorrem”.
( ) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que houvesse alteração do sentido do
período, a seguinte organização dos termos da primeira oração: Voltaire tem um personagem.
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a) Mais de 1 bilhão de moradores das cidades enfrentarão de uma grave escassez de água em 2050 na medida em que
o aquecimento global piorar os efeitos da urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira.
b) A escassez ameaça o saneamento em algumas das cidades de mais rápido crescimento no mundo, particularmente na
Índia, mas também representa riscos para à vida silvestre caso as cidades bombeiem água de fora, afirma o artigo publi-
cado nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS).
c) O estudo concluiu que, se continuarem as atuais tendências de urbanização, em meados deste século, em torno de
990 milhões de moradores de cidades viverão com menos de 100 litros diários de água cada um ─ mais ou menos a
quantidade necessária para encher uma banheira ─, quantidade que, segundo os autores, é a mínima necessária.
d) Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, tomar banho e ir no banheiro.
"Não tomem os números como um destino. São o sinal de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDo-
nald.
e) Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 litros de uso diári o. A casa de um
americano médio gasta 376 litros por dia por pessoa, apesar do uso real variar dependendo da região, disse McDonald.
Mas o mundo está experimentando de mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as populações rurais
de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se para as cidades
“Restam os pedestres, em sua humilde visibilidade, para nos lembrar de que as cidades foram feitas para as pessoas”.
( ) Seriam mantidos o sentido original do período e a correção gramatical se o último período do texto fosse reescrito
da seguinte forma: Restam os pedestres que, em sua humilde visibilidade, lembram-nos que cidades foram construídas
para pessoas.
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04
EE E C E
EXERCÍCIOS 03
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( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV” (R .13), que serve como aposto apresentador de informações acerca
de William de Ockham, o artigo indefinido poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto.
( ) No trecho “não se visa (...) a informar (...) a fornecer”, o elemento “a”, em ambas as ocorrências, poderia ser omiti-
do sem que isso trouxesse prejuízo à correção gramatical do texto.
( ) A ausência do artigo “as” imediatamente antes de “cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa” permite
inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas.
( ) O uso da forma não pronominal “interessar”, retirando-se o pronome de “interessava-se”, preservaria a correção
gramatical e a coerência textual, desde que fosse empregada a preposição “a” antes de “o jovem arquiteto”, escreven-
do “ao jovem arquiteto interessava”.
“O novo milênio ― designado como era do conhecimento, da informação ―é marcado por mudanças de relevante im-
portância e por impactos econômicos, políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes como
essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de
indefinições e incertezas”.
( ) Estariam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto se, na oração “aumenta-se o grau de indefinições
e incertezas”, a forma verbal estivesse flexionada no plural, desde que suprimida a partícula “-se”.
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( ) A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam” exerce a função de comple-
mento indireto da forma verbal “consiste”.
GABARITO EXERCÍCIO 03
01 02 03 04 05 06
C C C E E C
EXERCÍCIOS 04
( ) Por terem como referente a palavra “concidadãos”, os pronomes empregados em “pedindo-lhes” e “dispensando-
os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para os sentidos e a correção gramatical do texto.
Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. Logo, frustrados, zelamos pela pri-
são daqueles que não se impõem as mesmas renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de
que a morte do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós”.
( ) Considerando-se a dupla regência do verbo “impor” e a presença do pronome “mesmas”, seria facultado o empre-
go do acento indicativo de crase na palavra “as” da expressão “as mesmas renúncias”.
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“Considerai no mistério
dos humanos desatinos,
e no polo sempre incerto
dos homens e dos destinos!
Por sentenças, por decretos,
pareceríeis divinos:
e hoje sois, no tempo eterno,
como ilustres assassinos.
Ó soberbos titulares,
tão desdenhosos e altivos!
Por fictícia autoridade,
vãs razões, falsos motivos,
inutilmente matastes:
— vossos mortos são mais vivos;
e, sobre vós, de longe, abrem
grandes olhos pensativos.
( ) Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v .29) e “Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos” ( v.35-36)
exercem função adverbial nas orações a que pertencem e ambos denotam o meio empregado na ação representada
pelo verbo a que se referem.
GABARITO EXERCÍCIO 04
01 02 03 04
E C E E
EXERCÍCIOS 02
Para que você inicie esta segunda bateria de questões, é importante (para não dizer fundamental) que você conheça o
funcionamento dos pronomes enquanto elementos que representam complementos verbais (ou seja, os objetos diretos
e os indiretos). Portanto, iniciemos com esta tabela:
Portanto, frases como “O professor viu-lhe na rua” não obedecem ao padrão culto da língua, porque não podemos as-
sociar a um verbo transitivo direto (ver) o pronome LHE.
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Por outro lado, é importante salientar que os pronomes O, A, OS e AS podem sofrer transformação para LO, LA, LOS e
LAS, bem como para NO, NA, NOS e NAS. E quando isso ocorre? Vamos ver.
Sempre que você se deparar com verbos terminados em R, S ou Z (e tenha que associá-los aos pronomes O, A, OS e AS)
faça o seguinte: retire a dita consoante, coloque um hífen e acrescente “L” ao pronome que o contexto pedir.
Mas, se você tiver os pronomes O, A, OS e AS ligados a verbos com finais nasais, faça assim: acrescente a letra “N” ao
pronome para indicar nasalização. Só isso.
01- FCC: em “Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos tivessem acesso antes de nós a essa
nova arma”.
Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase acima:
a) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa nova arma.
b) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova arma antes de nós.
c) Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes de nós.
d) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de nós.
e) Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós
02- CESGRANRIO: Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.
03- FCC: “Maquiavel escreveu um tratado político, e a potência de análise desse tratado político permite considerar
esse tratado político como um texto que efetivamente revela os mecanismos do poder, embora sempre haja quem
julgue indevassáveis esses mecanismo do poder, pois todos os políticos buscam dissimular esses mecanismo do
poder”.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por
04- FCC: “A palavra progresso frequenta todas as bocas, todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa
palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos”.
Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:
05- FCC: “O editorial foi considerado um desrespeito à soberania de Cuba, trataram a soberania de Cuba como uma
questão menor, pretenderam reduzir a soberania de Cuba a dimensões risíveis, como se os habitantes do país não
tivessem construído a soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas”.
06-FCC (Metrô São Paulo) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajus-
tes no segmento, foi realizada corretamente em:
(A) que pretende construir máquinas multifuncionais = que lhes pretende construir
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04 05 06
D E A A B C
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2. REGÊNCIA NOMINAL
Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbio – exigem complemento (Complemento
nominal) para que o sentido da frase fique estabilizado. Essa relação entre o nome e seus complementos é estabelecida
pela presença de preposição (a, de, em, para, com, por, entre, sobre, sob etc.).
Exemplos:
Observação: Existem nomes que admitem mais de uma preposição; comportamento absolutamente normal para a lín-
gua portuguesa.
Exemplo:
Obs.: Perceba que, em quase todos os casos, quando o verbo transformou-se em nome, a regência foi alterada. Portan-
to, atenção a esses movimentos.
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acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego, conforme, desatento, desfavorá-
a vel, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inerente, nocivo, obediente, odioso,
oposto, peculiar, pernicioso, próximo (de), superior, surdo (de), visível.
amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente,
de digne, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passí-
vel, pobre, pródigo (em), temeroso, vazio, vizinho.
afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso (de),
com
ingrato, liberal, misericordioso, orgulhoso, parecido (a), rente (a, de).
constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco, forte, hábil, indeciso,
em
lento, morador, perito, sábio, sito, último (de, a), único.
EXERCÍCIOS 01
01- CESPE: “Floresta nacional, floresta estadual e municipal: é uma área com uma cobertura florestal de espécies pre-
dominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas
nativas. É uma área de posse e domínio públicos”.
02- CESPE: “Hipermodernidade é o termo usado para denominar a realidade contemporânea, caracterizada pela cultu-
ra do excesso, do acréscimo sempre quantitativo de bens materiais, de coisas consumíveis e descartáveis”.
( ) A repetição da preposição “de” em "do acréscimo", "de bens materiais" e "de coisas" indica que esses termos
são empregados, no texto, como complementos de "cultura", vocábulo que tem como primeiro complemento
"do excesso".
O Brasil tem 24,8 milhões de pessoas consideradas aptas para trabalhar. Mas, nesse universo, há cerca de 5,5 mi-
lhões de pessoas condenadas a ficar fora do mercado de trabalho, tal como ele se apresenta hoje, visto que lhes
falta a essencial qualificação. Para estes, 20% da força de trabalho, resta tentar ganhar o pão de cada dia fazendo
bicos o trabalhos regulares, porém de baixa exigência e, portanto, com ganhos ínfimos.
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Esses números estão em trabalho recentemente divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA),
no qual se revela que outros 653 mil trabalhadores, no topo da pirâmide do preparo profissional, igualmente ten-
derão a ficar batendo de porta em porta em busca de colocação. Para eles, em razão da crise mundial, fecharam-se
postos de trabalho, pois suas empresas preferiram liberar mão de obra qualificada, reduzir gastos — esses profissi-
onais são os de mais altos salários — e esperar a tempestade passar. E ela ainda não passou.
Em outras áreas, porém, como construção civil, comércio e hotelaria, o estudo do IPEA revela que já se faz sentir a
falta de profissionais por motivo semelhante ao causado pela crise. A recuperação econômica, que ocorreu com ve-
locidade espantosa em áreas como a de construção, não deixou espaço e tempo para que se preparasse tanta gen-
te, em número e qualidade, para atender à demanda, especialmente no Sudeste e no Sul do país, onde se cons-
troem mais moradias e obras de infraestrutura alimentadas por programas habitacionais, pelas eleições e, como
não poderia deixar de ser, pelo futebol, que terá o Brasil como sede da Copa do Mundo em 2014. Casas, saúde,
transportes, saneamento e iluminação implicarão investimentos superiores a R$ 1 trilhão, conforme anunciado pe-
lo governo em março. Para este ano, o crescimento econômico deve gerar 2 milhões de vagas, dizem as estimativas
oficiais.
a) A substituição do termo “aptas” (1º parágrafo) por “capazes” manteria o sentido original, mas não a correção
gramatical do período.
b) Na oração “visto que lhes falta a essencial qualificação” (1º parágrafo), o verbo não exige complemento indire-
to.
c) No trecho “por motivo semelhante ao causado pela crise” (3º parágrafo), o elemento “ao” pode ser correta-
mente substituído por “com o”.
d) O uso do sinal indicativo de crase em “para atender à demanda” (3º parágrafo) ocorre por conta da existência
de regência nominal no período.
e) A inserção da preposição “em” imediatamente após a forma verbal “implicarão” (3º parágrafo) não acarreta
prejuízo ao sentido nem à estrutura sintática do período.
04- FCC: “A ocupação do cerrado por agricultores provenientes de outras áreas ...” (3º parágrafo)
O mesmo tipo de regência assinalado acima SÓ NÃO se configura no segmento grifado em:
Obs.: Uma dica para você não perder a paciência ao resolver essa questão é perceber que nem todos os nomes advêm
das mesmas classes de palavras. Vimos isso no início da aula. Volte um pouco, faça uma nova leitura.
GABARITO 01
01 02 03 04
F F A B
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EXERCÍCIOS 02
01- A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática com
que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:
02- Assinale a opção em que a regência do verbo destacado difere da dos demais.
04- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?
05- Em relação à regência nominal, em qual das frases a seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?
GABARITO 02
01 02 03 04 05 06 07 08
E B E D C C E C
Note que, aparentemente, o período não apresenta falhas; auditivamente, tudo parece estar bem. Contudo, sabendo
que a regência do verbo discordar pede a preposição “de”, fica mais claro que a construção não obedece à norma culta.
Em situações como esta, é necessário antecipar a preposição para antes do pronome relativo QUE. Assim:
Essa nova construção obedece à norma culta e também poderia ser reescrita da seguinte forma:
As duas últimas construções estão corretas, ao passo que a primeira apresenta erro gramatical.
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PRONOMES RELATIVOS
Como já sabemos, os pronomes substituem os nomes. Assim, no lugar de “Ana” em Ana recebeu um comunicado, pode-
ríamos escrever Ela recebeu um comunicado. Contudo, Ela não é um pronome relativo, mas sim um pronome pessoal do
caso reto.
Os pronomes relativos, além de mais complexos, são mais decisivos no momento da redação de um texto. Os mais utili-
zados em provas de concurso são os seguintes: QUE (o qual, a qual, as quais....), QUEM, ONDE e CUJ-. Esses pronomes
seguem uma rigorosa disciplina quanto à sua referência e uso.
Vejamos:
Pronome Referência
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser Humano, an-
terior a ele.
ONDE A um termo (substantivo comum ou próprio) que indique lugar, também ante-
rior a ele.
CUJO(A)(S) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele, mas que estabelece
concordância com seu termo posterior, que também será um substantivo.
Exercícios reflexivos
► Leia, reflita e constate se há a necessidade de preposição antes dos pronomes relativos a seguir. Depois, confira as
respostas.
01- As cidades brasileiras _______ que receberam novas propostas de crescimento tinham boa reputação.
02- Os esforços da população ______ que o ministro se reportou antes das eleições valeram muito.
03- A imagem daquela população ______ que o ministro se reportou antes das eleições demonstrou que ela é, de fato,
atuante.
04- As notícias _____ que os eleitores, de fato, necessitavam ainda não foram tão alvissareiras.
05- O homem maduro, _______ quem ela se apaixonou, era, na verdade, cheio de problemas.
06- As muitas pessoas ______ quem o político dizia se dedicar precisavam demasiado de ajuda.
07- As ruas do bairro ______ onde ela morou no passado eram cheias de crianças.
08- A antiga cidade chilena _______ onde meu amigo foi produzia bons vinhos.
09- O prédio novo ______ onde os computadores foram roubados tinha péssima segurança.
10- O prédio novo ______ onde os computadores foram levados tinha péssima segurança.
11- Aceitei o perfume_____ cuja fragrância não gostei somente por educação.
12- Quem matou o hábito das cartas foi o telefone,____ cujo reinado trouxe muitas mudanças.
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RESPOSTAS
01- Ø
02- A
03- A
04- DE
05- POR
06- A
07- Ø
08- A ou PARA
09- DE
10- DE ou PARA
11- DE
12- Ø
EXERCÍCIOS 01
a) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie.
b) Quando investigamos o porquê da suposta crueldade animal, parece de que nos esquecemos da nossa efetiva
crueldade.
c) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração.
d) Se a ideia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais qualquer traço de cru-
eldade.
e) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela sobrevivência.
a) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara simpatia, misturam-se a outras convic-
ções.
b) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do
mundo.
c) As propostas políticas, de cuja falta sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes.
d) As posições dos jovens manifestantes, das quais o autor se congratulou, eram as mais díspares possíveis.
e) As ruas de Gênova, aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam uma nova animação.
03- “... tema que faz com que em certas ocasiões ...” (último parágrafo)
A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está em:
a) O mercado editorial de autoajuda, ......... abrange várias categorias, cresce a olhos vistos em todo o mundo.
b) O conteúdo dos livros de autoajuda, ......... os leitores acreditam, serve de inspiração para o sucesso na vida e
na carreira profissional.
c) Os leitores estão convictos .......... essas publicações serão a inspiração para uma vida mais harmônica e feliz.
d) Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo ........ sonham.
e) A literatura de autoajuda constitui, no momento, os meios ........ as pessoas recorrem para viver melhor.
a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhe-
cimento.
b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esquivar.
c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso.
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d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama já conhecida de Branca de
Neve.
e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão depender todas as demais.
05- “A diferença é que eles viviam em comunhão com o mundo...” (final do texto)
A frase cuja lacuna estará corretamente preenchida pela palavra grifada acima é:
a) As hipóteses ........ que a humanidade teve sua origem na África já foram comprovadas por cientistas.
b) As armas ......... que os homens primitivos se defendiam dos perigos eram feitas de materiais encontrados na
natureza.
c) Ossos de animais serviam ......... que os nossos ancestrais reproduzissem as melodias percebidas nos sons da
natureza.
d) São inúmeras as cavernas ......... que se encontraram desenhos primitivos, as chamadas pinturas rupestres.
e) Instrumentos foram criados pelo homem de modo ......... que ele conseguisse reproduzir os sons ouvidos no
mundo exterior.
06- As expressões de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas da frase:
a) O prestígio ...... o texto de Maquiavel desfruta até hoje é merecido, pois é um tratado político ...... muitos têm
muito a aprender.
b) As qualidades morais ...... muitos estavam habituados a considerar como tais foram substituídas pelas políti-
cas, no tratado ...... Maquiavel tornou uma obra basilar.
c) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar não tinham, para Maquiavel, qualquer aplicação ......
pudesse se valer na análise da política.
d) O adjetivo maquiavélico, ...... muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém, ganhou uma acepção ......
costumam discordar os cientistas políticos.
e) A leitura de O Príncipe, ...... muita gente até hoje se entrega, interessa a todos ...... se sintam envolvidos na ló-
gica da política.
07- “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção...”.
O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase:
a) A sociedade mundial resultante do processo de padronização não tem propriamente uma cultura global a ela
vinculada, que possa distingui-la.
b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam
a pureza cultural de cada nação.
c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês se tornou uma espécie de língua
global.
d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade
de cada um.
e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situa-
ções perversas para pessoas e povos.
a) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram
a se enfeixar com a expressão dez de setembro.
b) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança em cuja
radicalidade muitos recriminam.
c) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do
pasmo no qual foram tomados tantos americanos.
d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que
queremos nos apegar.
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e) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições terríveis, de cujo significado
não se deve esquecer.
GABARITO 01
01 02 03 04 05 06 07 08
A B D B B A E E
EXERCÍCIOS 02
(Cespe MPU 2010 Técnico) “O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança de gradual retomada do
crescimento do mercado de trabalho no curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse
estancamento encontram-se no comportamento do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo
desenvolvimento econômico começou a desacelerar — ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão”.
01- No trecho “cujo desenvolvimento econômico (...) expansão”, identifica-se relação de causa e consequência en-
tre a construção sintática destacada com travessão e a oração que a antecede.
(Cespe MPU 2010 Técnico) “Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e traficantes que possam ser encon-
trados em uma rua escura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais criminosos causam são
minúsculos quando comparados com os de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e trabalham para as
organizações mais poderosas”.
02- A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser encontrados em
uma rua escura da cidade” estivesse entre vírgulas.
(Cespe Banco do Brasil 2010) “A rede de atendimento aos “famintos de felicidade” tornou-se um negócio rendoso, e os
usuários, para mantê-la, exigem mais exploração dos que já são superexplorados. Quem vive permanentemente na infe-
licidade não pode olhar o outro como alguém com quem possa ou deva preocupar-se. O sentimento íntimo de quem
padece é de que o mundo lhe deve alguma coisa, e não de que ele deva qualquer coisa ao mundo”.
03- A substituição da preposição “com”, exigida pelo verbo “preocupar-se”, pela preposição “em” preservaria a coe-
rência do texto e o respeito às normas gramaticais.
(Cespe MPU 2010 Analista) “Inovar é recriar de modo a agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e a
competitividade nos processos gerenciais e nos produtos e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do
crescimento econômico e social de um país. Para isso, é preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem para
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sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em situações
com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica
para os mais céticos”.
04- O segmento “as quais” remete a “situações” e, por isso, admite a substituição pelo pronome “que”; no entanto,
nesse contexto, tal substituição provocaria ambiguidade.
(Cespe 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final de década de sessenta, no entanto, o jovem arquiteto interes-
sava-se menos por torres que escalavam os céus do que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subter-
râneos da cidade. Em vez de construir, seu projeto era “cortar” edifícios ou “desfazer espaços”. Matta Clark interessava-
se pela situação paradoxal de um contexto urbano em que conviviam modernização e abandono”.
05- As relações gramaticais e textuais em que ocorre a expressão “em que” permitem sua substituição no texto, tanto
por “onde” como por “no qual”, sem se prejudicar a coerência e a correção do texto.
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “Essa abordagem “objetal” levanta um problema específico no plano da
memória. Não seria ela fundamentalmente reflexiva, como nos inclina a pensar a prevalência da forma pronominal:
lembrar-se de alguma coisa é, de imediato, lembrar-se de si? Entretanto, insistimos em colocar a pergunta “o quê?”
antes da pergunta “quem?”, a despeito da tradição filosófica, cuja tendência foi fazer prevalecer o lado egológico da
experiência mnemônica”.
(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “As tecnologias digitais, segundo Pierre Lévy, “surgiram com a infraestrutu-
ra do ciberespaço, novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização e de transação, mas também novo
mercado da informação e do conhecimento”. O ciberespaço abre caminhos para a cibercultura, pela qual a produção e a
disseminação de informações são pautadas pelo dispositivo de comunicação todos-todos”.
07- A expressão “pela qual” poderia ser corretamente substituída por “por que”, o que conferiria mais clareza ao
texto, já que evitaria repetição — “pela” ( da expressão “pela qual” ) e “pelo” (depois de “pautados”).
08- (TJ Rio de Janeiro 2012) “O restaurante Reis, ......... o poeta era assíduo frequentador, ficava no velho centro do
Rio”.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
(A) de cujo.
(B) em que.
(C) o qual.
(D) no qual.
(E) de que.
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09- (TRE São Paulo 2012) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
(A) A argumentação na qual se valeu o ministro baseava-se numa analogia em cuja pretendia confundir função técnica
com função política.
(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta habilitação jamais caberão a quem se promova apenas pela aclama-
ção do voto.
(C) Para muitos, seria preferível uma escolha baseada no consenso do voto do que a promoção pelo mérito onde nem
todos confiam.
(D) A má reputação de que se imputa ao "assembleísmo" é análoga àquela em que se reveste a "meritocracia".
(E) A convicção de cuja não se afasta o autor do texto é a de que a adoção de um ou outro critério se faça segundo à
natureza do caso.
10- (TRT 11ª Região 2012) Está correto o emprego da expressão sublinhada em:
(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para bem discriminarmos o sentido das palavras em cujas resida alguma
ambiguidade.
(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas, pelas quais muitos se contrapuseram por considerá-las discriminató-
rias.
(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas , com as quais tantos aderiram, instaurou-se um caloroso debate pú-
blico.
(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas, dessas em que não conta quem vê cada palavra como a expressão de
um único sentido.
(E) Esclarece-nos o texto as acepções da palavra discriminação, pela qual se expressam ações inteiramente divergentes.
GABARITO EXERCÍCIOS 02
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E E C C E E B E
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05. Crase
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Raras são as provas que não trazem, direta ou indiretamente, uma
questão sobre o tema Crase. Por isso, prepare-se.
DICA: Lembre-se de que Crase tem tudo a ver com Regência. Ou seja, olho atento no dicionário e nas regências
que nós denominamos de clássicas. De todas as organizadoras, o CESPE é a que, de maneira mais reflexiva e inteligente,
cobra esse assunto. Nessa organizadora, o texto é profundamente decisivo. Às vezes, só pela leitura dá para julgar, de
maneira coerente, uma questão do CESPE.
DICA DE ESTUDO: Procure não se agarrar, devotamente, aos famosos e velhos “bizus” sobre o tema. Pouca gen-
te fala isso, mas “bizus” também falham. Um “bizu” é apenas uma dica, ele não concentra todo o assunto. Portanto, use
“bizus” com muita parcimônia.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, a possibilidade é razoável; para nível médio, no má-
ximo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade sobe para duas questões, e o
grau de dificuldade é bem maior do que do médio.
CRASE
ANTES DEPOIS
VTI a + a Substantivo feminino
VTDI a + a Aquilo/ Aquele(a)(s).
Como assim?
ANTES DEPOIS
Vti/Vtdi A a Subs. Fem.
Vti/Vtdi A a -quilo
Vti/Vtdi A a -quele
Vti/Vtdi A a -queles
Vti/Vtdi A a -quela
Vti/Vtdi A a -quelas
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Ou seja, ocorrerá crase sempre que a fonte servidora de preposição for um VTI ou um VTDI, desde que exista um subs-
tantivo feminino ou um pronome demonstrativo que seja iniciado por “a”.
Exemplos:
● A existência de crase se dá porque o termo regente (verbo) fornece a preposição “a” e o substantivo feminino dispo-
nibiliza o artigo definido “a”.
● O fato de o verbo ser transiƟvo direto e indireto moƟva presença da preposição “a”, e o artigo “a” é produto do subs-
tantivo feminino.
Resposta: sempre que uma das fontes fornecedoras de “a” falhar. Abaixo, o ANTES falha. Veja:
Exemplos:
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a) Quando os substantivos femininos “casa” e “terra” (sentido de bordo) aparecerem SEM especificações.
Exemplos:
b) Mas, se os substantivos femininos “casa” e “terra” (sentido de bordo) aparecerem COM especificações, HAVERÁ
crase.
c) PORÉM, se os substantivos femininos “casa” e “terra” (sentido de bordo) surgirem COM especificações, mas
SEM VTI ou VTDI. NÃO haverá crase.
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a) o substantivo feminino estiver no plural, e a preposição “a” surgir sozinha, NÃO haverá crase.
Obs.: Note o profundo tom genérico que toma conta das frases acima. Esse tom ocorre por conta da ausência do arti-
go definido “as”. Sem artigo definido, tudo fica em aberto.
b) o paralelismo sintático não exigir do substantivo feminino o artigo (situação muito rara):
Exemplos:
- O turista foi a parques, tomou sorvete, fotografou montanhas, bebeu cerveja e se dedicou a noitada.
Ou seja,
- O turista foi a Ø parques, tomou Ø sorvete, fotografou Ø montanhas, bebeu Ø cerveja e se dedicou a Ø noitada.
Ou seja,
- O turista foi aos parques, tomou o sorvete, fotografou as montanhas, bebeu a cerveja e se dedicou à noitada.
CASOS FACULTATIVOS
Ex.: Ele disse tudo à minha professora e à tua mãe. (a minha / a tua).
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Ex.: O tresloucado diretor não obedeceu à minha orientação, nem à tua. (A última evidência é obrigatória, pois
o substantivo “orientação” não está explícito).
Ex.: O turista inglês irá até a barraca dos peixes. (até à barraca dos peixes)
Cuidado: para que sejam facultativos, não basta que apenas existam pronomes possessivos femininos, nomes
próprios femininos ou presença de preposição “até”. Se não houver verbos ou nomes que rejam preposição
“a”, é mesmo que nada. Veja:
1- O vento arrastava até as mesas pesadas. (Não é possível usar crase, pois “arrastar” é VTD)
2- O garoto paquerou a Ana Lúcia. (Não é possível usar crase, pois “paquerar” é VTD)
3- O arquiteto projetou a minha varanda com perfeição. (Não é possível usar crase, pois “projetar” é VTD).
CONCLUSÕES INEVITÁVEIS
03- Mesmo que as palavras “aquilo”, “aquele” e “aqueles” sejam masculinas, elas permitem a possibilidade de crase
porque já têm um “a” iniciando sua estrutura.
04- Se você vir um “a” e, imediatamente a ele, um substantivo feminino no plural, não haverá crase.
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Portanto,
Exemplo 02
Exemplo 03
ANTES DEPOIS
Nome a A Subs. Fem.
Nome a A -quilo
Nome a A -quele
Nome a A -queles
Nome a A -quela
Nome a A -quelas
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Obs.: Veja que as palavras fornecedoras de preposição não são mais os verbos, e sim os NOMES.
CASO ESPECIAL
Exemplo 01:
⇒ A peça de teatro que vi na semana passada é semelhante à que Joana comentou.
⇒ A peça de teatro que vi na semana passada é semelhante à Ø que Joana comentou.
Logo, Ø = peça.
Exemplo 02:
⇒ Suas palavras se comparam às de Carlos Drummond.
⇒ Suas palavras se comparam às Ø de Carlos Drummond.
Logo, Ø = palavras.
às = àquelas.
Exemplo 03:
⇒ Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas são semelhantes às da classe patronal.
⇒ Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas são semelhantes às Ø da classe patronal.
Logo, Ø = reivindicações.
às = àquelas.
4ª CONDIÇÃO.1
1
Muita atenção porque aqui surge mais uma divergência entre os gramáticos: para Evanildo Bechara, Celso Cunha, Lindley Cintra e Marcelo Rosenthal “locuções
adverbiais femininas regidas de preposição A, por motivo de clareza, devem ocorrer com acento grave”. Essa afirmação foi retirada de Gramática para concursos,
página 375. Fiz essa referência porque existem muitos gramáticos que “inventam” exceções. Dizem, por exemplo, que locuções adverbiais que indicam noção de
instrumento não recebem crase. Veja os exemplos: “Ele escreveu a carta a mão”. Ou “O bandido foi morto a faca pelo comparsa”. Tais gramáticos acreditam que a
crase é desnecessária, uma vez que o entendimento da frase não é comprometido. Nem Sempre: se eu escrevo “Trancou a casa à chave”, entendo que alguém trancou a
casa usando a chave; mas se escrevo “Trancou a casa a chave” posso entender tão-só que a chave trancou a casa. Portanto, não são iguais os sentidos.
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Obs.: Lembre-se de que, nos casos que vamos investigar agora, levar em conta o contexto é fundamental.
1º Momento: é de tradição acentuar o "a" nas locuções femininas para evitar ambiguidades na frase. Veja-
mos:
2- A artista fotografou a noite. (tirou fotos da noite, da lua, das nuvens etc.)
8- Não se mata à fome. (modo como não se deve matar alguém: à míngua, sem comida)
2º Momento: usa-se acento indicativo de crase nas indicações de hora, quando houver precisão (exatidão).
5- À medida que se envolvia com pessoas incautas, começava a ter problemas na família.
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Obs.: Aqui não ocorre presença de acento indicativo, pois não temos mais uma expressão, mas sim apenas subs-
tantivo antecedido de artigo “a”.
5º Momento: não se emprega acento grave em expressões adverbiais cuja primeira palavra for masculina.
Exemplos de outras expressões que podem receber, quando o contexto for favorável, o acento indicativo de
crase apoiados na 4ª possibilidade.
2- Não ocorre acento indicativo de crase antes de pronomes pessoais, demonstrativos, indefinidos, e pronomes
de tratamento iniciados por Vossa.
- Refiro-me a ti.
- Dirigi-me a ela.
- Apresento-o a você.
- Venha a nós o Vosso Reino.
- Respondo a Vossa Senhoria.
- Não me referi a esta carta.
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Obs.: Senhora, Senhorita, Dona e Madame são substantivos e não pronomes de tratamento; logo, permitem o uso de
crase.
4- Quando estiver subentendida a expressão “à moda de” antes de um substantivo masculino, há crase.
- Fiz uma maminha à Alex Atala.
RESUMÃO DE CRASE
- VTI;
- VTDI;
- NOME (substantivos, adjetivos, advérbios).
- substantivos;
- pronomes demonstrativos;
- pronomes relativos.
3º) SOMENTE TRÊS palavras femininas estão impedidas de crase (caso não estejam especificadas), a saber:
- casa;
- terra;
- distância.
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- aquilo;
- aquele;
- aqueles.
EXERCÍCIOS 01
01- CEPSE: “O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como mera “escolha”, sequer como de-
sobediência civil ou protesto. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores,
reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.
( ) Ao se substituir o trecho "aos conservadores" por à parcela inovadora da sociedade, o uso do acento indicativo de
crase será obrigatório.
Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cida-
dania e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai selecionar e dar visibilidade
__1___ experiências em todo o país que estão contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade infantil. Os ODM fazem
parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__
18 metas sociais até o ano de 2015.
(Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 390, Brasí-
lia, 06 de janeiro de 2006)
a) a – à – à –a – às
b) as – a – a –à – as
c) às – à – a –à – às
d) a – a – a –a – as
e) a – a – a –à – às
04- CESPE: “O Decreto n.º 3.298/1999 considera apoios especiais a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas que
auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com
deficiência. Adaptar provas é tornar acessível o seu conteúdo, que é o mesmo para todos os candidatos, de tal forma
que o candidato com deficiência possa se apropriar do inteiro teor das questões formuladas e, ao mesmo tempo, ter
condições de proceder à resposta à formulação”.
( ) O emprego do sinal indicativo de crase, nas duas ocorrências, em “ter condições de proceder à resposta à formula-
ção”, justifica-se pela regência de “proceder”, que exige emprego de preposição “a”, e da presença de artigo definido
feminino precedendo os substantivos “resposta” e “formulação”.
05- FCC: Opção que preenche corretamente as lacunas: “O gerente dirigiu-se ....... sua sala e pôs-se ....... falar ....... todas
as pessoas convocadas”.
a) à, à, à
b) a, à, à
c) à, a, a
d) a, a, à
e) à, a, à
06- CESPE: “Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites
que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com
a estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público”.
( ) O uso do sinal indicativo da crase em "à privatização" mostra que o conectivo "bem como" introduz um segundo
complemento ao verbo assistir.
GABARITO
01 02 03 04 05 06
V D B F C V
EXERCÍCIOS 02
I- "Ele não quis reconhecer, mas preferia esta vida insossa em casa humilde.......... outra de barão”.
III- "Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer ....... ."
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02- Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:
a) 1, 2 e 3 somente.
b) 1, 3 e 5 somente.
c) 1, 3 e 4 somente.
d) Somente 1.
e) Somente 3.
PADRÃO CESPE: “Segundo preceituam diversos documentos bioéticos, éticos e, em alguns países, até normas legais,
qualquer voluntário tem que ser informado sobre os possíveis riscos que a experiência, à qual será submetido, poderá
acarretar, para somente depois dar seu aceite; porém, se considerarmos o desnivelamento sócio-educacional da popu-
lação, veremos que é no mínimo dúbia a plena capacidade de entendimento dos voluntários sobre a experiência à qual
será submetido”.
04- A ocorrência de crase em à qual (nas duas evidências) ocorre pelas seguintes razões: primeiro, a estrutura será
submetido é fornecedora de preposição A; e, segundo, o pronome relativo a qual, cuja referência é feita à palavra expe-
riência, disponibiliza o artigo A em sua composição original.
05- Ainda sobre a ocorrência de crase do texto acima, é correto afirmar que, caso substituíssemos o conjunto à qual
(também nas duas possibilidades) por à que os sentido bem como a correção gramatical seriam mantidos.
GABARITO
1 2 3 4 5
C B B V F
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EXERCÍCIOS 03
01- CESPE: “A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), deve
assumir a missão de centralizar, processar e distribuir dados e informações estratégicas para municiar os órgãos policiais
(federais, estaduais e municipais) nas ações de combate ao crime organizado. Além disso, a ABIN é responsável por
manter contato com os serviços de inteligência parceiros, para favorecer a troca de informações e a cooperação multila-
teral”.
( ) A substituição da expressão "ao crime organizado" por à criminalidade alteraria o sentido original do texto, mas
não prejudicaria a correção gramatical do período.
02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de inteligência exigem a criação de
mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”.
( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os dilemas inerentes à convivência" não é obrigatório.
03- CESPE: “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por seus produtos provavel-
mente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América
durante uma década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais mortes
do que essas”.
( ) No segmento "quanto as destruídas" o emprego do acento grave é facultativo, visto que o termo "quanto" rege
complemento com ou sem a preposição “a”.
04- CESPE: “Essa análise permite, ainda, abordar um outro ponto: a caracterização dos grupos em função de sua repre-
sentação social. Isto quer dizer que é possível definir os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo de outro
pelo estudo das representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto social. Graças a essa reciprocidade
entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo fundamental na definição de um grupo”.
( ) Já que a estrutura sintática exige a preposição “a”, a ausência de sinal indicativo da crase em "a essa reciproci-
dade" mostra que, por causa da presença do pronome demonstrativo "essa", o artigo não é aí usado.
05- FCC: Leia atentamente as orações abaixo e, em seguida, faça o que se pede:
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06- CESGRANRIO: Na frase: "O pacote econômico tende a satisfazer as exigências do mercado", substituindo-se satisfa-
zer por satisfação, tem-se a forma correta:
07- FCC: “Uma floresta secundária apresenta, segundo estudo recente, biodiversidade semelhante ...... da floresta origi-
nal, embora haja especialistas que contestam o fato de que as matas de segunda geração evoluam de modo ...... garan-
tir as condições ideais de sobrevivência ...... cada uma das espécies”.
a) a - à - à
b) à - a - à
c) à - a - a
d) a - à - a
e) à - à - a
Obs.: O detalhe dessa questão é lembrar que crase pode ocorrer em palavras elididas (ou seja, apagadas).
08- FCC: Os objetivos ...... que se propunham os idealizadores da Declaração dos Direitos Humanos referiam-se ...... cria-
ção de situações favoráveis de vida ...... mais diversas populações do planeta.
a) a - a - às
b) à - à – as
c) à - à – às
d) à - a - as
e) a - à – às
Obs.: Lembre-se de que adjetivos não neutralizam crase. Tipo: “Eu fui à mais antiga praia da cidade”.
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(E) A comunidade dos justos assiste à obrigação de dar combate à tal ousadia.
Obs.: O detalhe dessa questão baseia-se no fato de que “tal” é um pronome indefinido. Não ocorre crase diante de pro-
nomes indefinidos.
10- ESAF: Marque o item que preenche de forma correta as lacunas do texto seguinte:
“Institucionalizada ___ partir das lutas antiabsolutistas, no século 18, e da expansão dos movimentos constitucionalis-
tas, no século 19, ___ democracia representativa foi consolidada ao longo de um processo histórico marcado pelo reco-
nhecimento de três gerações de direitos humanos: os relativos ___ cidadania civil e política, os relativos ___ cidadania
social e econômica e os relativos ___ cidadania "pós-material", que se caracterizam pelo direito ___ qualidade de vida,
___ um meio ambiente saudável, ___ tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da subjetivida-
de”.
a) a, à, à, a, à, à, a, a
b) a, a, à, à, à, à, a, à
c) à, a, a, à, à, a, a, à
d) à, a, a, à, à, à, a, à
e) a, à, à, a, à, à, a, à
Obs.: Uma boa leitura, entendendo o conjunto das ideias, resolve suas dúvidas.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
V F F V D E C E D B
EXERCÍCIOS 04
01- CESPE: “E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares ─ 3% do total das propriedades rurais do Brasil ─ ocu-
pam 57% agriculturáveis, 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera de chão para plantar”.
( ) O emprego do sinal indicativo de crase na expressão "à espera" é obrigatório; portanto, sua retirada acarretaria
prejuízo ao sentido do texto.
Obs.: Mesmo que você não perceba, quando se retira acendo grave de expressões como “à vontade” ou “às vezes” os
sentidos serão alterados ou danificados.
02. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase:
03- Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em relação à crase:
Obs.: Se você vir uma “a” e, depois, uma palavra feminina no plural, nunca haverá crase. Lembre-se!
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07- Assinale a frase que pode ser completada por Há - a - à, nessa ordem:
a) ....... tempos não ....... via, mas sempre estive ....... espera de um encontro.
b) Aqui, ....... beira do rio, ....... muitos anos, existiu ....... casa-grande do engenho.
c) Em resposta ....... essa solicitação, só posso dizer que não ....... vaga ........ disposição.
d) Fiz ver, ....... quem de direito, que não ....... possibilidades de atender ....... solicitação.
e) ....... esperança de obtermos, ....... custa de muito empenho, ....... vaga de segurança.
Obs.: “Haver” pode assumir valor de “existir” e de “fazer”, indicando tempo decorrido (ou seja, tempo passado).
09- Preencha a sequência da melhor forma possível. “O fenômeno ....... que aludi é visível ....... noite e ....... olho nu”.
a) a - a - a
b) a - à - à
c) a - à - a
d) à - a - à
e) à - à – a
11- Assinale a frase na qual a palavra não deve receber o acento indicativo de crase:
Obs.: Note que, antes de “da” (item d) e “que” (item e) notam-se as respectivas palavras subentendidas “reivindicações”
e “pauta” (ambas femininas).
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
V D C D B A A A C D B
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Exercícios 05
01- CESPE: “A tintura do alecrim-pimenta é um medicamento fitoterápico, ou seja, produzido exclusivamente de maté-
ria-prima ativa vegetal. O líquido, obtido após a maceração das folhas e o descanso em uma solução com álcool, é indi-
cado para muitas aflições”.
( ) A correção gramatical do texto seria mantida se, no trecho "após a maceração" fosse empregado acento indica-
tivo de crase, dado que a expressão nominal está antecedida da palavra "após", a qual faculta o uso desse acento.
02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de inteligência exigem a criação de
mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”.
( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os dilemas inerentes à convivência" não é obrigatório.
03- PADRÃO CESPE: “Em dezembro de 2010, no auge da perseguição ao Wikileaks, os EUA conseguiram tirá-lo do ar. O
site acabou voltando, mas, motivado por esse episódio, um grupo de hackers e piratas quer tomar uma medida radical:
criar uma rede alternativa, que seria imune às autoridades. O projeto é encabeçado pelo sueco Peter Sunde, que tem
motivos para isso - é dono do site Pirate Bay, que vive na mira da polícia”.
a) Uma maneira correta de reescrever a estrutura “...quer tomar uma medida radical:...” seria da seguinte forma:
“...quer tomar à medida radical de...”.
b) A ocorrência de crase na estrutura “às autoridades” é, conforme as regras gramaticais, facultativa e, por isso, poderí-
amos escrevê-la assim: “a autoridades”.
c) A ocorrência de crase em “às autoridades” é obrigatória porque a estrutura verbal reclama a presença de preposição
e “autoridades” é substantivo feminino que aceita artigo “as”.
d) Caso substituíssemos a expressão “na mira da polícia” por “à mercê da polícia”, as regras gramaticais seriam respei-
tadas bem como os sentidos originais seriam preservados.
e) Embora os sentidos fossem levemente alterados (sem que houvesse prejuízo ao texto), seria correto gramaticalmente
escrever “a autoridades” no lugar de “às autoridades”.
Obs.: Volte aos casos facultativos e confirme quais elementos gramaticais permitem uso ou não de crase.
04- PADRÃO CESPE: “Segundo o inglês Jack Challoner, autor de diversos livros sobre história da ciência, entre eles 1.001
invenções que mudaram o mundo (Sextante), recém-lançado no Brasil, embora toda invenção tenha a sua importância,
algumas mudaram mais os rumos do mundo por serem essenciais em momentos específicos. “Se você estiver no ba-
nheiro e precisa se limpar, o motor a vapor ou a roda não tem a mínima importância. Naquele momento, a maior inven-
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ção do mundo é o papel higiênico, algo bem mais simples”, exemplifica o escritor em entrevista ao Correio.
A análise de Challoner mostra que não é porque algo foi criado há muito tempo e seu uso acabou extremamente banali-
zado que ele deixa de ser importante. A cola, ele lembra, foi desenvolvida pelos egípcios há cerca de 6 mil anos.
(...)
As primeiras versões, feitas à base de cera de abelha, serviam para colar as tábuas dos barcos. “Os humanos inventam
coisas há milhares de anos, e as espécies anteriores ao homem, há mais tempo ainda. Mesmo assim, ao pensarmos em
invenções, logo imaginamos realizações do último século”, afirma Challoner. “Isso acontece porque o mundo muda mui-
to mais rápido do que antes. As novas invenções chamam mais a atenção do que aquilo que foi feito há séculos”, com-
pleta”.
a) O uso de acento indicado de crase em “a”, antes de “sua” é facultativo, já que existe a presença de pronome posses-
sivo feminino.
b) As expressões “a vapor” e “a roda” não recebem acento indicador de crase por tratarem de expressões gramaticais
cuja classificação é igual à que surge na frase a seguir: “O petroleiro cheirava a gás”.
c) O uso de acento grave na expressão “à base de” justifica-se pela mesma razão que ocorre tal fenômeno na sentença a
seguir: “Aquela criança está à margem da civilidade humana”.
d) O verbo “há”, depois de “coisas”, poderia ser substituído por “à cerca de” sem que a correção gramatical bem como
os sentidos textuais fossem comprometidos.
Obs.: Adjuntos adverbiais (que se relacionam com verbos, adjetivos e até advérbios) são diferentes de adjuntos adno-
minais (que se relacionam com substantivos).
GABARITO
01 02 03 04
F F E C
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Para um concurseiro, entender os termos da oração é fundamental. Eles são decisivos para o entendimento das rela-
ções sintáticas e, muitas vezes, influenciam até na intepretação dos enunciados.
As bancas gostam de pedir o seguinte em relação aos termos da oração:
01- Essenciais:
- Sujeito.
- Predicado.
02-Termos integrantes:
- Objeto direto.
- Objeto indireto.
- Complemento nominal.
- Agente da passiva.
03-Termos acessórios:
- Adjunto adnominal.
- Adjunto adverbial.
- Aposto.
- Vocativo.
Termos essenciais
Sujeito
Palavra ou expressão que pratica, sofre ou pratica e sofre (ao mesmo tempo) a ação verbal. O sujeito pode também
simplesmente receber uma qualidade, sem desenvolver ação verbal alguma.
a) Simples.
Quando possui apenas um núcleo (geralmente um substantivo). Esse núcleo traz a ideia principal do sujeito:
Ex.:
- O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais é necessário tanto para as atividades artísticas como para as científi-
cas.
b) Composto.
Ex.:
- Os crimes de estelionato e o tráfico de drogas exigiram mais atenção das autoridades.
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Neste caso, sabemos que ele existe, porém não está explícito na oração. A forma pela qual o reconhecemos é pela
terminação verbal (desinência).
Ex.:
d) Indeterminado.
Quando ele não está expresso e não podemos reconhecê-lo nem pela terminação do verbo e nem pela identificação
dos elementos aos quais o predicado se refere.
1º) Quando o verbo está na terceira pessoa do plural, sem que se notem antecedentes no texto:
Obs.: Na sentença a seguir, note que o sujeito não é indeterminado, mas sim subentendido.
- Muitos policiais aderiram à greve da última semana. Devem, provavelmente, exigir melhores condições de trabalho.
2º) Quando o verbo (VTI, VI ou VL) está na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome “se”, funcionando
como índice de indeterminação do sujeito:
Ocorre quando simplesmente não existe um elemento ao qual o predicado se refere. Especificamente neste caso, há
regras mais complexas que o determinam:
i- Verbos que indicam fenômenos da natureza, como: nevar, chover, trovejar, relampejar (raramente acionados).
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- Tempo decorrido:
Razão: o verbo “fazer” indicando tempo decorrido NUNCA vai para o plural.
Quando o sujeito é formado por uma estrutura verbal. Trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva ou
de uma oração reduzida de infinitivo.
O PREDICADO
Os predicados contêm necessariamente um verbo, mas seu núcleo pode ser um verbo, um nome, ou pode ser formado
por um verbo e um nome. De acordo com o tipo de núcleo os predicados se classificam em:
Ex.:
b) Predicado nominal é aquele que tem como núcleo um nome, uma forma verbal (substantivo, adjetivo, locução
adjetiva). Tipo de predicado em que ocorre verbo de ligação e predicativo do sujeito.
Ex.:
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Ex.:
02-Termos integrantes
Objeto direto: complemento verbal (geralmente não preposicionado) que estabiliza a carência semântica do verbo.
Ex.:
Esse objeto é pouco conhecido. Ele só é utilizado quando se deseja valorizar muito o objeto direto por algumas razões
específicas, a saber: ambiguidade, ideologia ou extração de sentido.
Também conhecido como objeto direto enfático, ele repete o complemento, só que na forma pronominal.
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Objeto indireto: complemento (sempre preposicionado) que estabiliza a carência semântica do verbo.
Ex.:
Também conhecido como objeto indireto enfático, ele repete o complemento, só que na forma pronominal.
Ex.:
- A mim, o médico me falou tudo.
- Dos filhos, o pai nunca discordava deles.
Complemento nominal
Elemento (sempre preposicionado) que estabiliza os sentidos de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Ex.:
- Este medicamento é compatível com aquela erva medicinal.
- O combate à dengue começa na casa de cada brasileiro.
- O pai tem orgulho da filha.
Agente da passiva
Termo que representa quem pratica a ação verbal na voz passiva. É sempre preposicionado.
Ex.:
- O livro foi descrito pelo crítico.
(Na voz ativa: O crítico descreveu o livro)
- Os assuntos vêm sendo discutidos pela população.
(Na voz ativa: A população vem discutindo os assuntos)
- Os brasileiros são cercados de “impostos vampiros”.
(Na voz ativa: “Impostos vampiros” cercam os brasileiros)
Termos acessórios
Os termos acessórios da oração são aqueles considerados dispensáveis, porém necessários, em alguns contextos, para o
entendimento daquilo que é enunciado. Além de serem termos de função secundária, os termos acessórios são respon-
sáveis por caracterizar um ser, determinar os substantivos e exprimir alguma circunstância. Os termos acessórios são os
seguintes: adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. Apesar de o vocativo ser um termo independente, ele
está presente neste artigo.
Resumindo
Termos acessórios da oração:
- Adjunto adnominal.
- Adjunto adverbial.
- Aposto.
- Vocativo (com ressalvas).
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ADJUNTO ADNOMINAL
Termo acessório cujo objetivo é apoiar os substantivos, determinando-os, especificando-os e/ou adjetivando-os. As
classes de palavras que podem desempenhar a função de adjunto adnominal são adjetivos, locuções adjetivas, prono-
mes, numerais e artigos. Ele é uma expressão que acompanha um ou mais nomes, conferindo-lhe um atributo. Trata-se,
portanto, de um termo de valor adjetivo que modificará o nome a que se refere.
Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão complemento/adjunto.
No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir esses dois termos.
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o complemento nominal e o adjunto
adnominal.
PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se
liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos.
SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que
se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele.
TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse.
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos
abstratos.
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Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o adjunto não.
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor.
ADJUNTO ADVERBIAL
O adjunto adverbial é um termo acessório da oração que obrigatoriamente exprime valor circunstancial, podendo mo-
dificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio. Pode vir preposicionado ou não.
O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sen-
tido pleno, que no caso é o verbo "chover".
O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado.
Exemplo 3: Aquele foi um planejamento tão criteriosamente estudado! - Adjunto Adverbial de intensidade.
- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto, em casa, no cinema).
- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -mente).
- CAUSA
- FINALIDADE
- INSTRUMENTO
- COMPANHIA
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- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.)
APOSTO
Serve para explicar, esclarecer, elucidar, discriminar ou mesmo enumerar um termo que venha antes ou depois. Nesta
função, os sinais gráficos, na maioria das vezes, são decisivos.
Aposto explicativo
Aposto enumerativo
Exemplo:
Aposto especificativo
Exemplo:
Aposto oracional
Exemplo:
Exemplo:
• Trocar fraldas, amamentar, colocar para dormir, acordar à noite, tudo exige paciência.
• Vento, chuva, neve, nada o impediu de cumprir sua missão.
VOCATIVO
É o nome do termo sintático que serve para nomear um interlocutor a que se dirige a palavra ( chama a atenção da fra-
se).
Exemplos
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Raras são as provas que não trazem uma questão sobre o tema
Concordância Verbal. Atenção!
DICA: Não é possível estudar Concordância Verbal sem saber a classificação de todos os tipos de sujeito. Perce-
ba que, ao encontrar o sujeito do período ou do parágrafo, você fica muito perto de acertar a flexão do verbo. Por isso,
sugiro que comecemos essa jornada pelo tema Sujeito.
DICA DE ESTUDO: As regras são muitas, mas você não precisa tentar memorizar todas. Algumas são muito restri-
tas ao universo do vestibular ou são comuns apenas a textos literários, os quais figuram menos nas provas.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, a possibilidade é razoável (uma questão); para nível
médio, no mínimo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e, para nível superior, a possibilidade é igual à do nível
médio, o grau de dificuldade é que será maior.
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
Concordância Verbal
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL
Como a concordância verbal baseia-se essencialmente na relação Sujeito-Verbo, apresento como proposta de melhor
compreensão desse assunto a troca do sujeito (que pode vir explicitamente, como também bastante disfarçado) pelos
seguintes pronomes pessoais:
Eu
Tu
Ele/a
Nós
Vós
Eles/as
A ideia é, depois de localizado o sujeito, tentar ver por qual desses pronomes ele pode ser substituído. Feita essa confe-
rência, ajuste o sujeito (ou o pronome) à sua devida flexão verbal.
- Obras de contenção de encosta, treinamento de voluntários, monitoramento da aproximação das chuvas, medição do
índice pluviométrico por área das cidades e cálculo do grau de saturação do solo encharcado (prevendo-se o risco de
deslizamento) estão entre as medidas que reduziram o número de mortes e de desabrigados em Belo Horizonte e no
Rio de Janeiro
Trocaremos o sujeito “Obras de contenção de encosta, treinamento de voluntários, monitoramento da aproximação das
chuvas, medição do índice pluviométrico por área das cidades, cálculo do grau de saturação do solo encharcado (pre-
vendo-se o risco de deslizamento)” por “Eles” (3ª pessoa do plural); daí o verbo ter que ir também, obrigatoriamente,
para o plural.
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E em:
- A União, após realizar levantamentos em determinada área do pantanal mato-grossense, editou decreto expropriató-
rio de uma fazenda ali situada.
Trocaremos o sujeito “A União” por “Ela” (3ª pessoa do singular); daí o verbo ter que ir, obrigatoriamente, para o
singular.
• 1º. Caso:
Quando o sujeito composto vier anteposto ao verbo, o verbo irá para o plural.
Obs.: quando os núcleos são palavras sinônimas, é permitido o uso do singular por se entender que ambos são, na
verdade, apenas um.
Ex.:
2º Caso:
Quando os núcleos do sujeito composto vierem resumidos por tudo, todos, nada, alguém ou ninguém, o verbo concor-
dará com a palavra resumidora.
Ex.:
3º. Caso:
Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, o verbo irá para o plural ou concordará apenas com o nú-
cleo do sujeito que estiver mais próximo.
Ex.:
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- Criticou-se o jornal.
Então:
- Questionou-se a vitória do Brasil, a expulsão do jogador adversário e a demora para o início da partida.
- Questionaram-se a vitória do Brasil, a expulsão do jogador adversário e a demora para o início da partida.
Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção “Ou”, o verbo ficará no singular se houver ideia de exclu-
são. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural.
Ex.:
CONDIÇÃO ESPECIAL
Para termos que indiquem ideia partitiva ou fracionária, quando possuírem adjunto adnominal pluralizado, admitirão
que o verbo vá para o plural ou fique no singular.
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Ex.:
Ex.:.
Caso não haja adjunto no plural, a concordância se dará normalmente com o número percentual.
Ex.:
Ex.:
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CONCORDÂNCIAS PROBLEMÁTICAS
Considero problemáticas porque essas concordâncias não são consensuais entre os gramáticos. Abram-se dez
manuais e você notará divergências, senão pouca clareza nas definições. Nesses casos, expressões conjuntivas
ou mesmo preposições NORMALMENTE ou PREFERENCIALMENTE aparecem com muita frequência conduzindo a
regra, o que revela a total insegurança dos próprios legisladores. O que podemos fazer é torcer para que tais
concordâncias não apareçam em nossos concursos. Mas, se aparecerem, siga a linha do que NORMALMENTE
costuma acontecer.
Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por uma série aditiva enfática (não só...mas também; tan-
to...quanto; não só...como também etc.), o verbo vai, NORMALMENTE, para o plural.
Ex.:
Essas explicações evitavam que o desembargador com os seus velhos amigos interrogassem os primeiros suspeitos.
O rei, com toda a sua corte, estava satisfeito por tudo que ocorria no castelo.
Quando o sujeito for ligado pela série aditiva nem..nem, o verbo pode ir, NORMALMENTE, para o plural ou ficar
no singular.
Ex.: É difícil entender que nem o respeito nem o amor comoviam (comovia) o ator.
Mas cuidado!!!
Se o sujeito for constituído por nem um nem outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no singular.
Entretanto, o verbo Ser pode, em vez de concordar como o sujeito, concordar como o seu predicativo.
INFORMAÇÃO BASE
A regra da prevalência
Ex.:
Ex.:
Ex.:
- Sua roupa eram alguns trapos.
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a) Quando aparecerem os pronomes isto, isso, aquilo, tudo, ninguém, nenhum ou expressão de valor coletivo, como o
resto ou o mais.
Exemplos:
- Tudo eram alegrias e cânticos.
- Isso são mentiras.
Veja que ele falou muita coisa importante; o resto foram bobagens de homem apaixonado.
b) Quando o sujeito for formado pelos pronomes interrogativos que, quem ou o que.
Exemplos:
- Que são essas cartas?
- O que são atos éticos?
- Quem eram os convidados?
- Não sei quem são os vencedores. (Veja que aqui há uma interrogação indireta).
Exemplos:
- São dez horas.
- Hoje são 15 de novembro.
Obs.: Aqui também se permite a forma “Hoje é dia 15 de novembro” e “Hoje é 15 de novembro”, quando, neste último
caso, a palavra “dia” estará implícita.
d) Quando o verbo “Ser” for usado nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto e o sujeito for representado por
termo no plural que denote preço, medida ou quantidade.
Exemplos:
- Oitenta mil reais é pouco para quem quer mudar radicalmente de vida.
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Quando os pronomes pessoais do caso reto representarem o sujeito, você terá dois caminhos, a saber:
b) Se o “Tu” fizer parte do sujeito (sem que exista o “Eu”), concorde com “Vós” (menos usual) ou com “Eles/as”
(mais usual).
CONCORDÂNCIAS ESPECIAIS
Com a expressão "Um dos que" ou "Uma das que" o verbo ficará no singular ou no plural (preferível). Por isso, o
plural é construção dominante.
Mas, cuidado!!!
A estrutura “Um dos” só admite a concordância do verbo no singular por uma questão semântica. Veja: quando
se diz “Ricardo foi um dos que fez o exercício”, não só Ricardo fez o exercício, como os outros também o fizeram. Po-
rém, quando se informa: “Um dos alunos fez o exercício”, está claro que apenas um fez o exercício, os outros não.
Quando o sujeito for constituído das expressões aproximativas "mais de", "menos de", "cerca de" o verbo concordará
com o numeral que segue as expressões.
Ex.:
Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se esses pronomes
estiverem no plural, o verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal. As expressões mais utilizas são: Quais de
nós; qual de vós, Alguns de nós, Muitos de vós, Poucos deles; Poucos de nós, Qual deles etc.
Ex.:
Não esqueça!!!
Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural.
Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o antecedente deste pronome.
Ex.:
Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º
pessoa do singular concordando com o sujeito “quem”.
Ex.:
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Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular;
se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o plural.
Ex.:
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Ex.:
Não esqueça:
- Também fica na 3ª pessoa de singular o verbo auxiliar que se põe junto a um verbo impessoal formando uma locução
verbal.
VERBO EXISTIR
Ex.: Devem existir crianças na fila. (O verbo auxiliar de um verbo pessoal concordará com o sujeito).
Com os verbos "dar", "bater", "soar", se aparecer o sujeito "relógio", ou qualquer objeto que indique a quantidade de
horas, a concordância se fará com ele; se não aparecer com o sujeito "relógio" a concordância se fará com o número de
horas.
Ex.:
2
Entenderemos verbos impessoais aqueles que não nos autorizam as conjugações verbais. Também podemos perceber que uma pessoa não pode
realizar ações do tipo Chover, Trovejar, haver etc.
3
O verbo EXISTIR é pessoal porque pode ser conjugado perfeitamente em todas as pessoas.
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A) Quando "se" funcionar como Partícula Apassivadora (P.A)4 o verbo concordará normalmente com o sujeito da ora-
ção.
Ex.:
- Pintou-se o carro.
- Devem-se resolver os problemas do banco.
- Alugam-se casas.
- Pode-se falar a verdade aos alunos.
Obs.: A palavra “se” será pronome apassivador sempre que o verbo associado a ela for transitivo direto ou bitransitivo.
B) Quando o "se" funcionar como Índice de Indeterminação do Sujeito (I.I.S) o verbo ficará, sempre, na 3º pessoa do
singular.
Ex.:
- Precisa-se de secretária.
- Estuda-se muito aqui.
- Gosta-se de carnaval.
- Era-se feliz na infância.
Obs.: A palavra “se” será índice de indeterminação do sujeito sempre que o verbo associado a ela for transitivo indireto,
intransitivo ou de ligação.
4
Essa classificação existe pela seguinte razão: a frase “Escrevem-se cartas de amor” (voz passiva sintética) pode ser transposta para a forma analíti-
ca, mas sem a presença do agente da passiva: “Cartas de amor são escritas”.
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01- Na oração "Há vinte meses que o Decreto foi revogado", a forma verbal "Há" poderia ser corretamente substituída
por Faziam.
02- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo "anexa"
está no feminino para concordar com a expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujeito da
oração.
03- “Estudos e o senso comum mostram que a carga genética exerce forte influência nas características pessoais às
quais damos o nome de talento”.
► A flexão de plural em "mostram" deve-se à concordância com o sujeito composto por dois termos; se qualquer um
desses termos fosse retirado, o verbo deveria ir para o singular para que as regras de concordância da norma culta fos-
sem respeitadas.
04- “ Da combinação entre velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade surge a noção contemporânea
de agilidade, transformada em principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando lugar
comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos discursos. Empresas, governos, universidades,
exércitos e indivíduos querem ser ágeis”.
►A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no plural, para concordar com
"velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade".
05- “Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição, nem que lá chegue tão cedo. Os meus pupilos não são os solá-
rios de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume
das nações seculares”.
► A forma verbal "formam" está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com a ideia de coletividade que
a palavra "povo" expressa.
06- “A recuperação econômica dos países desenvolvidos começou perigosamente a perder fôlego. A reação dos indica-
dores de atividade na zona do euro, que já não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à
paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos ana-
listas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre”.
► Se o verbo da oração "mas a maioria dos analistas aposta" estivesse flexionado no plural - apostam -, o período esta-
ria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa natureza,
deve ser feita com o termo "maioria".
07- “Assim, distintas teorias políticas e econômicas, fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um as-
pecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses soci-
ais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das
ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais
e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual
do humano”.
► Na concordância com "cada uma das ideologias", a flexão de plural em "fundamentam" reforça a ideia de pluralidade
de "ideologias"; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar "cada uma", empregando-se o
referido verbo no singular.
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08- “O movimento da vida passa a ser uma efervescência constante e as mudanças a ocorrer em ritmo quase esquizo-
frênico, determinando os valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela efemeridade. Como tentativas de
acompanhar essa velocidade vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade hipermoderna, surge a
flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações interpessoais”.
► A forma verbal "surge" está flexionada no singular porque estabelece relação de concordância com o conjunto das
ideias que compõem a oração anterior.
10- “Em consonância com essa visão do desenvolvimento, a expansão da capacidade humana pode ser descrita como a
característica central do desenvolvimento. O conceito de “capacidade” de uma pessoa pode ser encontrado em
Aristóteles, para quem a vida de um indivíduo pode ser vista como uma sequência de coisas que ele faz e que cons-
tituem uma sucessão de funcionamentos. A capacidade refere-se às combinações alternativas de funcionamentos a
partir das quais uma pessoa pode escolher”.
► A flexão de plural em "constituem" mostra que o pronome "que" (anterior ao verbo) concorda em número com "coi-
sas"; mas seria igualmente correto e coerente usar-se aí a flexão de singular, constitui, caso em que o pronome concor-
daria com "sequência".
10- “Entre outros exemplos, citemos a formação da consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos
numa dada civilização, ou o dinheiro e tempo. A cada um deles correspondem maneiras pessoais de agir e sentir,
um habitus social que o indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade”.
► A flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas
seria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um", enfatizando este termo pelo uso do verbo no
singular: corresponde.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E E E E E E C E
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 02
(Padrão CESPE)
TEXTO I
“Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo
em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia. Para ser democrático, deve contar, a partir das
relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos
claros”.
01- O desenvolvimento das ideias demonstra que a flexão de singular em “deve” estabelece relações de coesão e de
concordância gramatical com o termo “democracia”.
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TEXTO II
“O governo garante que não faltarão recursos para as obras de infraestrutura. As favelas ocupadas dispunham de cerca
de 827 milhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento para obras de saneamento e outras intervenções
urbanas. Também foram anunciados a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um programa habi-
tacional orçado em 144 milhões de reais, entre outras medidas”.
02- A substituição de “foram anunciados” por “foi anunciado” manteria a correção gramatical do texto.
TEXTO III
“Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da acessibilidade, degradação das condições ambi-
entais e altos índices de acidentes de trânsito já constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras”.
03- A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com “problemas graves”.
TEXTO IV
“Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades brasileiras, esse resultado expõe as
fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, preju-
dica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O carro, no entanto, não é o único vilão”.
04- O trecho “o transporte motorizado individual” poderia, sem prejuízo à coerência da argumentação, ser substituído
por os transportes motorizados individuais; contudo, para se preservar a correção gramatical do texto, seria ne-
cessário flexionar a forma verbal “prejudica” na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam.
TEXTO V
“A Bike será, quando entrar em linha de montagem, uma sucessora do Fusca. Tem a mesma conjugação de linhas cur-
vas. Encarna a próxima geração do meio de transporte ao mesmo tempo racional, popular e simpático. Como tal, apre-
sentou-se oficialmente ao público, semanas atrás, em uma feira de automóveis na China.
Ela é elétrica. Carrega-se até em bateria de automóvel. Dobrável como um contorcionista de circo, cabe no comparti-
mento do estepe, no fundo do porta-malas”.
05- Preservam-se a correção gramatical e as relações de coerência entre os argumentos do texto ao se inserir a forma
verbal “É” no período sintático iniciado por “Dobrável”, escrevendo-se “É dobrável”.
TEXTO VI
“A evidência surgiu com a análise das informações colhidas pela sonda Lcross da agência espacial norte-americana. Os
cientistas apresentam quatro hipóteses para explicar a presença de água na Lua. Ela pode ter chegado ao satélite a bor-
do de cometas, astros formados por gelo e poeira”.
06- A substituição de “apresentam” por “têm apresentado” mantém a correção gramatical do texto.
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TEXTO VII
“O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica,
com destaque para a psicanálise”.
TEXTO VIII
“Durante a realização das provas, o chefe da sala, verificando que Roberto não tinha condições para a escrita cursiva,
solicitou a presença do coordenador para orientá-lo quanto à exigência dos procedimentos de identificação desse can-
didato. O coordenador orientou-o, dizendo que a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar em branco,
sem a assinatura do candidato e sem a transcrição da frase, e que a ocorrência deveria ser relatada na ata de sala”.
08- Estaria mantida a correção gramatical do texto se, em “a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar
em branco” , a forma verbal “poderiam” fosse substituída pelo singular poderia, estabelecendo-se a concordância
com o termo mais próximo.
TEXTO IX
Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado,
aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída.
09- Preserva-se a correção gramatical do período substituindo-se a forma verbal “estão” pelo singular “está”.
TEXTO X
“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio,
com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes. Entre elas, destacam-se a limi-
tação da jornada diária para seis horas, a obrigatoriedade de pagamento do auxílio-transporte, a concessão do recesso
obrigatório de 30 dias após um ano de estágio e o limite máximo de dois anos de permanência em uma mesma empre-
sa”.
10- A concordância verbal permaneceria igualmente correta se, em lugar de “destacam-se”, fosse empregada a forma
“destaca-se”.
TEXTO XI
“Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade
dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados.
Ainda assim, só um em cada dois norte americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de
evolução”.
13- Levando-se em conta o contexto, o verbo “acredita” poderia concordar com a ideia de plural que a frase dá a en-
tender que exista, escrevendo-se “acreditam”.
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GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E E C C E E C C
11 12 13
E E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03
(padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH)
01. Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma culta:
04- Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em:
06- Indique o único segmento que apresenta concordância verbal condizente com as normas do português padrão:
a) O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais são necessários tanto para as atividades artísticas como para
as científicas.
b) As diferentes divisões e subdivisões a que se submetem a área de ciências humanas provocam uma indesejá-
vel pulverização de domínios do conhecimento.
c) Normalmente, a aplicação de métodos quantitativos e exatos acaba por distorcer as linhas de raciocínio em ci-
ências humanas.
d) Uma das premissas básicas do conjunto de assunções teóricas e epistemológicas do trabalho que ora vêm a
lume é a concepção da Arte como uma entre as muitas formas por meio das quais o conhecimento humano se
expressa.
e) Não existem fórmulas precisas ou exatas para avaliar uma obra de arte, não existe um padrão de medida ou
quantificação, tampouco podem haver modelos rígidos pré-estabelecidos.
12- É provável que ....... vagas na academia, mas não ....... pessoas interessadas: são muitas as formalidades a .......
cumpridas.
13- Complete as lacunas: ........ de exigências! Ou será que não ....... os sacrifícios que ....... por sua causa?
Gabarito
01 02 03 04 05 06 07
C D D D B C D
08 09 10 11 12 13
C D C D C A
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04
(padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH)
01- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal.
( ) Surgiu, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas construtivas.
( ) Surgiram, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas construtivas.
( ) O homem do campo e da cidade mantém diferenças flagrantes entre si.
( ) Os povos andinos e sua cultura, assim diz a tradição, contém muita riqueza.
02- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal.
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a) I–C–C─C
b) I – C – I─ C
c) C–I–C─C
d) C – I – I─ I
e) C – C – I─ I
03- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
08- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
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09- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal, segundo o registro culto e formal da língua.
Substituindo-se em I o verbo “haver” por “existir” e em II o verbo existir por haver, a sequência correta é
11- De acordo com a norma, o verbo pode ficar, indiferentemente, no singular ou no plural na frase da alternativa
12- Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho “’Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto
dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e
eram mais agressivas’, diz Cláudia.” mantém a correção gramatical e não compromete o sentido original.
a) A maioria dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas mais experientes na condução
de veículos automotivos cometem mais erros e são mais agressivas.
b) 84% dos entrevistados afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas, que tinham mais tempo de habi-
litação e dirigiam com maior frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas.
c) Dos entrevistados, 84% afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habi-
litação e dirigiam com mais frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas.
d) Dos entrevistados, 84% afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas com mais tempo de habilitação e
que dirigiam com mais frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas.
e) A maior parte dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirigem. Pessoas que dirigiam com mais
tempo de habilitação frequentemente cometiam mais erros.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C D E E E C D D A
11 12
E A
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A organizadora FCC traz uma abordagem bastante particular no que diz respeito ao tema concordância verbal. Em vez
de exigir que o candidato tenha em mente um arsenal de regras, ela se satisfaz em sondar se o candidato entende a
“simples” relação sujeito/verbo. Contudo, não pense que as questões sejam, por isso, fáceis. Ao contrário, você nota-
rá que, muitas vezes, a dificuldade é até maior. Sabendo que tais questões, realmente, pedem muito discernimento
do candidato, apresento a você uma sequência de dicas que farão toda a diferença. Leia com bastante atenção e bons
estudos.
Ex.: A atividade da aviação geral e dos aviões de voo visual está proibida dentro de um raio de 30 milhas náuticas.
Ex.: Uma das pesquisas revisadas para o relatório examinou ciclistas quando treinavam depois de comer e quando trei-
navam em jejum.
2- É comum, na FCC, que o sujeito seja distanciado do verbo ou da locução verbal com o propósito de confundir o
candidato.
Ex.: O conceito, defendido em livros populares de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-
se com o estômago vazio força o corpo a buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada.
Ex.: Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano no Strength and Conditioning
Journal concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se
alimentou ou não antes do exercício.
3- É comum, na FCC, que o sujeito seja deslocado para o meio ou fim do período a fim de confundir o candidato.
Ex.: Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de talião ainda goza de prestígio
entre cidadãos que se dizem civilizados
Ex.: Demonstram como se formaram os primeiros agrupamentos humanos os vestígios que a ciência estuda para tentar
recompor os hábitos de nossos ancestrais.
4- Quando o sujeito for uma oração, lembre-se de que o verbo fica, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo.
Ex.: Cabe aos candidatos, segundo dizem os especialistas, organizar um horário satisfatório de estudos.
Sujeito: “organizar um horário satisfatório de estudos”.
5- Quando o sujeito estiver representado por um pronome relativo, concorde com o termo ao qual o pronome se
refere.
Ex.: O estudioso apresentou os detalhes que fazem toda a diferença na hora de estudar.
Ex.: O estudioso apresentou os detalhes. Os detalhes (que) fazem toda a diferença na hora da prova.
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Ex.: Grande foi a comoção que, depois de muitas horas passadas e discutidas, revelou as verdadeiras facetas daquela
instituição.
6- Quando a oração não tem sujeito, o verbo fica sem “comando”; por isso, permanecerá na 3ª pessoa singular (e
raras vezes no plural).
Ex.: Contra as organizações, não havia luta possível a não ser em termos de guerra (era a via revolucionária).
Ex.: Organizam-se em torno da busca de uma atitude que associa, num mesmo movimento, a resistência ao poder, a
constituição de si e o diagnóstico do presente.
Ex.: A resistência ao poder, a constituição de si e o diagnóstico do presente, num mesmo movimento, são organizados
em torno da busca de uma atitude que associa tais atitudes.
- Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a constância com que promovem abusos, na exploração da cultura
popular. (Forma verbal correta: Deve-se ressaltar)
- Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente núcleo de práticas
comunitárias. (Forma verbal correta: Resta)
- Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da cultura de massa, lento e seguro dina-
mismo de cultura popular. (Forma verbal correta: Produz-se)
- Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos carros-
placa. (Forma verbal correta: sensibiliza)
- Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade
social. (Forma verbal correta: Destina-se)
- O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos
depois se esclareceram. (Forma verbal correta: se esclareceu)
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a) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a constância com que promovem abusos, na exploração da
cultura popular.
b) Nem mesmo um pequeno espaço próprio querem conceder à cultura popular os que a exploram por interes-
ses estritamente econômicos.
c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente núcleo de prá-
ticas comunitárias.
d) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por boa parte desses processos de
falseamento da cultura popular.
e) Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da cultura de massa, lento e seguro
dinamismo de cultura popular.
a) A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros é uma das metas que devem ser
atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito nas grandes cidades.
b) Em cidades maiores, inúmeros moradores, para fugir da violência e do estresse urbano, se mudou para con-
domínios fechados próximos e passou a depender de carro para seus deslocamentos.
c) O planejamento urbano das grandes e médias cidades nem sempre acompanharam os deslocamentos de
grandes contingentes da população, que depende de transporte coletivo para ir e vir do trabalho diariamente.
d) O número de automóveis nos países desenvolvidos costumam ser mais elevados, mas nessas cidades existe
bons sistemas de transporte coletivo e as pessoas usam seus carros apenas para viagens e passeios de fins de
semana.
e) No caso das regiões metropolitanas brasileiras, é necessário os investimentos na expansão de sistemas inte-
grados de transporte coletivo, para desestimular o uso de veículos particulares no dia a dia das cidades.
03- Para cumprimento das normas de concordância verbal, será necessário CORRIGIR a frase:
a) Atribui-se aos esquemas de construção das fábulas populares a capacidade de representarem profundos an-
seios coletivos.
b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a possibilidade de virem a se tornar membros da rea-
leza.
c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas das fábulas analisadas, a transformação
de pobres em príncipes.
d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas quais se traduzem aspirações de po-
der e de justiça.
e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez ou o descalabro das expectativas ali-
mentadas.
a) Presume-se que já tenha sido extinto muitas espécies da fauna e da flora com a destruição de enormes exten-
sões de florestas.
b) Os desequilíbrios no ecossistema de uma floresta pode pôr em risco a sobrevivência de certas espécies de
plantas.
c) Deve valer para todos os países as medidas de segurança a ser tomada em relação à preservação de florestas.
d) Para a restauração de áreas ocupadas por atividades agrícolas, é observado os tipos de uso do solo e as carac-
terísticas do entorno para traçar o projeto de ação.
e) Projetos desenvolvidos por especialistas mostram que é possível conciliar restauração de florestas nativas com
o manejo sustentável de seus recursos naturais.
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a) Há frases que se repete à exaustão e que, exatamente por isso, passam a soar como se constituíssem cada
uma delas uma verdade incontestável.
b) Frases sempre haverão que, à força de se repetirem ao longo do tempo, acabam sendo tomadas como verda-
des absolutas.
c) Quando a muitas pessoas interessam dar crédito a frases feitas e lugares-comuns, há o risco de se cristalizar
falsos juízos.
d) O hábito da repetição mecânica de frases feitas e lugares-comuns acabam por nos conduzirem à fixação de
muitos preconceitos.
e) Cabe aos indivíduos mais conscientes combater o chavão e o lugar-comum, para que não se percam de vista os
legítimos valores sociais.
GABARITO
01 02 03 04 05
B A C E E
01. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher de modo correto a
lacuna da frase:
a) Jamais ...... (satisfazer) as crianças aquele tipo de resposta convencional às perguntas essenciais que elas formu-
lam.
b) Como ...... (poder) ocorrer ao professor respostas exatas para um questionário irrespondível?
c) Não ...... (dever) envergonhar a ninguém as lacunas do conhecimento humano sobre os mistérios do universo.
d) A aflição a que ....... (levar) um cientista tais perguntas é a mesma que perturba as crianças.
e) Quanto às questões que a mais ninguém ...... (conseguir) incomodar, ou já encontraram resposta ou não eram
essenciais.
a) Entre as questões essenciais, que a todo cientista deve importar, estão as que se prendem à origem e ao destino
do ser humano.
b) Não houvesse outras razões, bastaria a propriedade das perguntas que lhe dirigiu o público para fazê-lo sentir-
se um professor privilegiado.
c) Só é dado alimentarem a curiosidade e a insatisfação ao cientista que não abdica de fazer as perguntas funda-
mentais.
d) Diante do interesse que representavam cada uma das perguntas que lhe cabiam responder, o professor sentiu-
se um privilegiado.
e) O autor considerou um privilégio o fato de o interrogarem, com perguntas tão instigantes, aquele público curio-
so que encontrou na escola.
a) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência não caracterizam ape-
nas os animais irracionais.
b) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só
anos depois se esclareceram.
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c) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que os
seres humanos se mostram capazes.
d) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão
da propagação das espécies.
e) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das larvas
que as devoram inapelavelmente.
04. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a la-
cuna da frase:
a) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas.
b) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel.
c) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é capaz
um homem enciumado.
d) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como
crueldade.
e) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie.
05. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher corretamente a
lacuna da frase:
a) Há muito não se ...... (tolerar) atitudes arrogantes como a do editorial da revista britânica.
b) É natural que ...... (ferir) o orgulho do povo cubano as exortações publicadas na revista britânica.
c) Os pesquisadores não ...... (haver) de se ofender, caso os termos do editorial da revista fossem menos prepo-
tentes.
d) Foi precisa a argumentação de que se ...... (valer) os pesquisadores latino-americanos em sua réplica ao editori-
al.
e) Aos países ricos não ...... (competir) tomar decisões que afetem a soberania dos países em desenvolvimento.
06. Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase:
a) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano.
b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano.
c) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado dúvidas sobre sua eficácia?
d) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde?
e) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de saúde de Cuba?
a) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à palavra progresso algumas conotações mágicas.
b) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem conhecer seu sentido real muitos equívocos ideológicos.
c) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a representarem, de fato, qualquer avanço
significativo.
d) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a fundo, veríamos que são irrelevantes para a
melhoria da vida.
e) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma
boa qualidade da vida.
08. As normas de concordância verbal estão plenamente atendidas na frase:
a) Fosse porcas, arruelas, parafusos, tudo o que não tivesse aplicação imediata era remetido à “bacia das almas.”
b) O fato é que muita gente, tal como ocorre com o pai no referido texto da Internet, têm a tendência de alimentar
preconceitos contra os poetas.
c) Atira-se à “bacia das almas” as tranqueiras que não parecem úteis, e que talvez nunca de fato os sejam.
d) Costumam-se atribuir às expressões evocativas e nostálgicas o sentido poético que advém de tudo o que nos fa-
la do passado.
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e) Ao filho não pareceu coerente que expressões tão sugestivas fossem criadas justamente por quem tinha por
hábito desancar os poetas.
09. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher de modo correto a
lacuna da frase:
a) ...... (acabar) por mais nos favorecer o que foi esquecido do que todas as coisas de que costumamos nos lem-
brar.
b) ......-se (costumar) atribuir às nossas memórias uma vantagem que, para o autor do texto, elas não propiciam.
c) A ninguém ...... (dever) limitar essas expectativas, criadas pela memória que cristaliza a personalidade.
d) ......-se (sedimentar) nos processos da nossa memória o perfil de uma personalidade a que nos obrigamos a ser
fiéis.
e) À força dos nomes próprios ...... (corresponder), pelas razões expostas no texto, a força de estreitamento do es-
paço que há numa gaiola.
10. A concordância verbo-nominal está inteiramente correta na frase:
a) No século XX, a produção em massa permitiu que objetos, antes de posse restrita a reis, fossem acessíveis a to-
da a população.
b) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atração sobre pessoas quanto mais estra-
nho ele é.
c) No século XIX, foi dividido as áreas temáticas da ciência, surgindo então os colecionadores especializados em
reunir um único tipo de objetos.
d) Permaneceu imutável por séculos as razões que levam algumas pessoas a colecionar objetos, algumas delas de
gosto duvidoso.
e) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exóticos mudaram a paisagem de alguns
países e modernizaram a Europa.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11
A B E E E A A E C A C
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: De razoável para baixa. Nem todas as organizadoras simpatizam com
esse tema. CESPE, FCC e ESAF, por exemplo, fazem pouco caso do assunto em questão. Já CESGRANRIO, IMPARH, UECE,
FGV, CONESUL, dentre outras, costumam, com frequência, exigir esse assunto.
DICA: É na Concordância nominal que precisamos, principalmente, dos conceitos sintáticos de Adjunto adnomi-
nal, Predicativo do sujeito e Predicativo do objeto. Caso você não faça a mínima ideia do que sejam tais sintagmas, é
necessário revisar tais conceitos o quanto antes.
DICA DE ESTUDO: Como as regras não são muitas, você logo se familiarizará com quase todas. A fim de que você
as memorize o quanto antes, faça bastantes exercícios. É só uma questão de prática.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (no máximo uma questão).
STATUS: Em sala e com o professor (dependendo da banca, o status pode mudar).
Regra geral:
O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral e pronome) concordam em gênero e número com o substan-
tivo a que se refere.
No exemplo acima, percebe-se que as palavras adjetivas (as, minhas e novas) referem-se ao substantivo revis-
tas, concordando com ele.
• 1º. Caso:
Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo gênero, ele vai para o plural ou concorda com o
substantivo mais próximo.
• 2º. Caso:
Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir para o plural masculino ou pode concordar
com o substantivo mais próximo.
Ex.:
• 3º. Caso:
Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente para o plural.
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Ex.:
- O limão e a laranja são azedos.
REGRAS ESPECÍFICAS
• 1º. Caso:
Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorda, preferencialmente, com o mais próximo.5
Ex.:
• 2º. Caso:
Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com o substantivo mais próximo ou
pode ir para o plural.
Ex.:
1ª . Possibilidade:
2ª . Possibilidade:
5
Aqui existe uma grande divergência entre os gramáticos Evanildo Becharra e Celso Cunha. Para o primeiro, os adjetivos antepostos a vários substantivos podem
concordar com o mais próximo ou com todos os substantivos pela lei da soma. Exemplo: Lerei interessante (interessantes) livro e jornal. Já para o segundo, a concor-
dância, nesta situação, só ocorrerá com o mais próximo. Exemplo: Comprei novo carro e casa.
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• 1º. Caso:
A palavra Bastante:
Ex.:
Ele tem bastantes livros (substantivo).
Havia bastantes pessoas na rua.
DICA: quando o a palavra BASTANTE for um adjetivo (o que significará, sempre, volume, quantidade), permitirá as se-
guintes trocas:
Obs.:
- Nessa regra, podemos incluir ainda as seguintes palavras: meio, muito, pouco, caro, barato, longe. Só variam se
acompanhar o substantivo.
• 2º. Caso:
Palavras como: quite, obrigado, anexo (incluso ou apenso), obrigado, mesmo, próprio, leso e incluso são adje-
tivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que se referem.
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Ex.:
• 3º. Caso:
Se nas expressões: "é proibido", "é bom", "é preciso" e "é necessário", o sujeito não vier antecipado de artigo,
tanto o verbo de ligação quanto o predicativo ficam invariáveis.
Ex.:
É proibido ∅ entrada.
∅ Estudar é preciso.
Entretanto: Se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, numeral ou pronome (femininos, no
singular ou no plural), tanto o verbo de ligação quanto o predicativo variam para concordar com o sujeito.
Ex.:
• 4º. Caso:
Palavras invariáveis:
- Menos.
- A olhos vistos (expressão).
- Em anexo.
- A sós.
- Azul-marinho.
- Monstro (na condição de adjetivo).
- Alerta.
- Todo (em termos compostos).
- Mediante.
- Tirante.
- Pseudo.
- Salvo (significando exceto, afora).
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Ex.:
• 5º Caso:
Nas expressões "o mais ... possível" e "os mais ... possíveis" , o adjetivo "possível"concorda com o artigo que
inicia a expressão.
Exs:
Evanildo Bechara afirma: “a construção natural e mais frequente da expressão haja vista, com o valor de “veja”
ou “por exemplo”, é ter invariável o verbo, qualquer que seja o número do substantivo seguinte” (p. 565 de Moderna
Gramática da Língua Portuguesa, 1999).
Ex.: Ele foi sempre muito dedicado à família, haja vista o quanto era dedicado aos filhos.
Para Marcelo Rosenthal ”o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado esteja no singular, o verbo
somente poderá estar no singular; caso o elemento exemplificado esteja no plural, o verbo tanto poderá vir no singular
como no plural”. (p. 437 de Gramática para concursos, 2007).
Ex.: O repórter era mesmo competente, haja (hajam) vista seus últimos trabalhos.
DICA: Como é um caso polêmico, prefira usar a estrutura com o verbo sempre no singular “haja vista”. Fazendo assim,
você nunca estará errando.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01
TEXTO 1
"Nenhum trabalhador recebeu a dose de radiação acima do estipulado pelo Japão, de 250 millisieverts, que iria restrin-
gir a exposição dos funcionários de emergência", disse a AIEA nesta sexta-feira.
No mês passado, dois funcionários de Fukushima foram levados ao hospital depois que seus pés e mãos foram expostos
a 175 millisiverts quando eles pisaram em água contaminada. Eles se recuperaram bem”.
01- O adjetivo “expostos” concorda com os termos “pés” e “mãos”; contudo, seria correto gramaticalmente estabele-
cer vínculo sintático com o termo mais próximo, escrevendo-se “expostas”.
02- O pronome “seus” poderia, segundo prescrevem as normas gramaticais, concordar somente com o termo mais
próximo “pés”, mesmo que este estivesse no singular. Esse procedimento, entretanto, comprometeria os sentidos
textuais.
03- Embora os sentidos textuais fossem gravemente alterados, seria correto gramaticalmente escrever, em vez de “a
dose de radiação”, “a pseudadose de radiação”, o que agora significaria falsa dose de radiação.
TEXTO 2
“Definida como uma combinação de ilusões paranoicas, alucinações sensoriais e diminuição das funções cognitivas, a
esquizofrenia é fruto de muitas combinações genéticas e de fatores ambientais. Gage diz que, devido à variedade e à
complexidade dos sintomas, ela é uma das doenças mentais que mais desafiam os cientistas”.
04- A palavra “muitas” poderia, sem comprometer os sentidos nem a correção gramatical, ser substituída por “bastan-
tes”.
05- O vocábulo “definida” poderia ir para o plural a fim de que estabelecesse coesão com “ilusões paranoicas, alucina-
ções sensoriais e diminuição das funções cognitivas”.
TEXTO 3
“Universidades virtuais, palestras de graça com especialistas do mundo todo, professores on-line para tirar dúvidas.
Mais parece uma escola do futuro, mas é realidade cada vez mais frequente na internet. A web oferece diversas possibi-
lidades para o estudante aproveitar os livros e as horas preciosas na rede. As aulas gratuitas, por exemplo, são uma boa
opção para quem quer resumir conteúdo já visto, aprofundar um assunto ou se aventurar em aprender”.
06- A expressão “haja vista”, que significa “por exemplo” ou “veja”, poderia surgir depois “aulas gratuitas”, desde que a
segunda vírgula fosse suprimida.
07- O vocábulo “Mais”, início do segundo período, poderia ser substituído por “Mas” ou “Entretanto”, sem que os sen-
tidos originais fossem alterados.
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08- O adjetivo “preciosas” poderia ser substituído por “preciosos”; mas, se assim fosse feito, os sentidos originais seri-
am alterados.
TEXTO 4
“Ler cansa. Cansa porque envolve esforço, tempo e concentração. Hoje, com todas as facilidades da vida moderna, mui-
tos leem somente quando obrigados: na escola, para o vestibular, na faculdade ou para se manterem atualizados profis-
sionalmente. Poucos leem por prazer. Menos ainda os que escrevem por prazer. Segundo Schopenhauer, a maioria dos
escritores "vivem da literatura e não para a literatura". Raras são as vezes que ambas são exercidas pelo mesmo ho-
mem. Enquanto muitos preferem gastar energias e recursos raros em festas, divertimentos ou prazeres fugazes, A arte
de escrever mostra como gastar as mesmas energias e recursos com a literatura e obter retorno”.
09- A palavra “somente” poderia ser substituída por “sós”, sem que os sentidos bem como a correção gramatical fos-
sem comprometidos.
10- “Poucos” permitiria troca equivalente semântica e sintaticamente por “Raros” ou “Raras”.
11- Por estabelecer vínculo sintático com “muitos”, “obrigados” fica, obrigatoriamente, no masculino plural.
12- O vocábulo “Menos” não permite, em hipótese alguma, variação tanto de gênero quanto de número.
13- As palavras “ambas” e “exercidas” estão no feminino plural para estabelecerem vínculo nominal com a elidida pa-
lavra “pessoas”.
14- Levando em conta que os sentidos serão alterados, seria, entretanto, possível substituir “ambas’ por “extras”, o que
continuaria respeitando o padrão culto da língua.
15- A estrutura “Cansa porque envolve esforço, tempo e concentração” permitiria a seguinte reescritura sem que os
sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos: “Cansa porque é necessário esforço, tempo e concen-
tração”.
16- Caso antecipássemos o adjetivo “raros” ao fragmento “...energias e recursos...”, a única construção que respeitaria
os padrões da norma culta e preservaria os sentidos originais seria: “...raras energias e recursos...”.
TEXTO 5
“A vitória da sociedade burguesa e industrial estabeleceu o papel crucial do trabalho no mundo moderno. Quem não
trabalha é visto, muito comumente, como vagabundo ou desocupado. Diferentemente dos aristocratas e nobres, para
quem o trabalho era atividade de menor valor e reservada para a plebe e para os escravos”.
17- Seria possível e correto gramaticalmente reescrever o início to texto da seguinte forma: “A vitória das sociedades
burguesa e industrial...”.
18- Caso substituíssemos “muito” por “bastante” a correção gramatical não seria comprometida.
19- A substituição de “reservada” por “reservado” não altera os sentidos originais do texto.
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TEXTO 6
“O primeiro período do pensamento grego toma a denominação substancial de período naturalista, porque a nascente
especulação dos filósofos é instintivamente voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio
unitário de todas as coisas; e toma, outrossim, a denominação cronológica de período pré-socrático, porque precede
Sócrates e os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento autônomos e, por conseguinte, o começo de
um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termi-
na dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V”.
20- Caso substituíssemos o vocábulo “instintivamente” pela expressão “ instintiva e”, continuaria havendo respeito às
normas de concordância. Contudo, os sentidos originais seriam alterados.
21- O adjetivo “autônomos” poderia estar grafado no singular, sem que houvesse desrespeito às normas gramaticais.
22- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida a regra de concordância nominal, visto que o adjetivo "ane-
xa" está no feminino para concordar com a expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujei-
to da oração.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E C E E E E E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C E E C E C C C C
21 22
C C
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02
(Padrão UECE, IMPARH, FCC, CESGRANRIO, FGV).
a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal da prosperidade familiar.
b) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do acidente.
c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do interior.
d) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço direitos, mas estava totalmente lúcido.
e) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser importante para a pesquisa que estou fazendo.
02. Todas as alternativas, abaixo, estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:
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04. Quanto à redação das frases a seguir, assinale a que estiver errada:
05. Assinale a alternativa errada no que diz respeito ao atendimento à norma culta:
07. “Fazia ............................... elogios, embora as saudações fossem agora ........................ enfáticas para uns e talvez
............................... evasivas para outros”.
A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
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a) Com opinião e propostas claras desfez as dúvidas que pairavam sobre a questão.
b) Tenho por mentirosos o réu e seu cúmplice.
c) Por que os namorados preferem andar só, detestando as companhias?
d) Sua atitude, seu olhar, seu gesto suspeito chamou a atenção da polícia.
e) Não temos razões bastantes para impugnar sua candidatura.
10. Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma culta.
11. Assinale a alternativa cuja redação não está de acordo com a norma culta.
14. Assinale a alternativa em que a frase está gramaticalmente correta quanto à concordância nominal.
a) Eles estão só.
b) Não gostei dos seus ternos azul-celestes.
c) Pimenta não é bom, mas no momento é prato propício.
d) Vendeu duas meia entradas para o teatro.
e) Só as meninas estão meias sonolentas.
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16. Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado, segundo a norma gramatical, poderia igualmente aparecer
flexionado em outro gênero.
a) "... permite que uns meninos boêmios e esquisitos toquem música [...] nas suas missas."
b) "... começa a [...] abrir novas portas e janelas."
c) "... e também pelas minhas leituras e opiniões."
d) "... nós apegávamos a tesouros e pompas terrenos."
e) "Esse é o caso de muitos escritores e pensadores católicos..."
17. Todas as alternativas estão corretas quanto à concordância nominal, exceto em:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09
D D E E E E E D C
10 11 12 13 14 15 16 17
B C D C C D D D
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09. Pontuação
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Em quase todas as provas esse tema é abordado. No CESPE, na
FCC e na ESAF a abordagem é bem reflexiva, ou seja, essas organizadoras costumam usar o sistema de pontuação do
texto da própria prova, e questionam a justificativa para se ter ou não uma vírgula, um ponto, uma travessão etc. Elas
também propõem trocas de vírgulas, por travessões, por exemplo; podem também querer que você note a mudança de
sentido quando certas vírgulas são suprimidas; ou podem propor reconstruções no próprio texto a fim de que você jul-
gue se estão ou não respeitando a norma culta. Já CESGRANRIO, UECE, IMPARH, FGV, CONESUL, dentre outras, são me-
nos reflexivas: usam, com mais freqência, frases soltas e fora de contexto, o que prejudica muito a avaliação do candida-
to.
DICA: Aproveite esse assunto para relembrar ou sedimentar conceitos extremamente complexos, como o de
Aposto (tanto o explicativo como o enumerativo), Adjuntos Adverbiais, Orações subordinadas (tanto as adjetivas como
as adverbiais), Oração intercalada etc. Caso você deseje dar uma conferida nesses conceitos antes, não é nada mal; pelo
contrário, só quem ganha é você.
DICA DE ESTUDO: Depois de passar por esse assunto, procure (sempre que estiver lendo qualquer texto) justifi-
car certos sinais de pontuação. Como a vírgula é o sinal mais complexo e versátil (por isso é o mais cobrado em provas),
tente (sozinho mesmo) apresentar justificativas coerentes para aquela vírgula que está lá no artigo que você está lendo
enquanto espera sua vez na fila do banco. Dá para realizar esse reflexivo exercício com os outros sinais de pontuação. Se
eu fosse você, seguia essa dica. Fazendo esse exercício, você ainda ganhará muito na leitura, você aprenderá a ler me-
lhor, logo, terá mais facilidades com as questões de interpretação de texto. Veja como é proveitosa essa aula!
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Considerável para todos os níveis (mínimo de duas questões por prova).
Apresentação
Em qualquer língua, existem certos recursos – como pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio – que só estão
presentes na oralidade. Na forma escrita da linguagem, no intuito de substituir tais recursos, usamos os sinais de pon-
tuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim
de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
1. VÍRGULA
Obs.: os elementos de uma lista sempre pertencem à mesma classe gramatical e têm a mesma função sintática.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, dois banheiros.
A pontuação abaixo, contudo, está incorreta: não se usa “, e” para concluir listas.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, e dois banheiros.
- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
NOTA
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
- Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
Obs.: O nome do fenômeno que se dá na frase acima é polissíndeto (ou seja, presença de várias (poli) conjunções (sín-
deto, que vem do grego).
- Alex Atala, um dos maiores chefs do mundo, é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala, um dos maiores chefs do mundo.
- Um dos maiores chefs do mundo, Alex Atala é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo ― é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo) é um brasileiro apaixonado por sua cultura.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo.
- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo).
É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala: um dos maiores chefs do mundo.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
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Lembrete: o que temos abaixo é uma mera especulação com base nos gabaritos das bancas CESPE e FCC, pois ne-
nhum gramático ousa resolver tal imbróglio.
REALIDADE A:
1 2 3
Adjuntos com até três termos: o CESPE, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como facultativa(s).
Adjuntos com até três termos: a FCC, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como facultativa(s).
REALIDADE B:
1 2 3 4
Adjuntos a partir de quatro termos: o CESPE, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como obrigatória(s).
Adjuntos a partir de quatro termos: a FCC, normalmente, vê as vírgulas ou a vírgula como obrigatória(s).
"No ano de 2007, eu estava à frente da 28ª DP, investigava a atuação da milícia naquele local e recebi, via disque-
denúncia, três informes sobre a possibilidade de um atentado que seria feito contra a minha pessoa", disse o investiga-
dor.
6
Aqui existe uma pequena polêmica. Para alguns gramáticos, a vírgula antes das conjunções coordenadas (principalmente a E) é obrigatória. Entretanto, gramáticos
renomados, como Evanildo Bechara e Celso Cunha discordam dessa opinião. Para Bechara “A vírgula pode ser usada para separar orações coordenadas aditivas ainda
que sejam iniciadas pela conjunção E, proferida com pausa” ( Moderna Gramática da Língua Portuguesa, p.609). Para Cunha, a vírgula antes do E só aparecerá se os
sujeitos das duas orações forem diferentes.
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- Na manhã de hoje, houve um novo deslizamento de terra, mas, segundo o coordenador da Defesa Civil de Santos, a
queda do bloco não modificou a questão da segurança do local.7
(Obs.: Veja que a estrutura “,pois” poderia ser substituída por dois-pontos).
- Cheguei bem cedo ao estádio; não vi, entretanto, a apresentação do hino nacional.
(Obs.: Não se esqueça de que, nesse caso, as vírgulas que envolvem a conjunção “entretanto” são obrigatórias porque a
conjunção está posposta ao verbo VER. Sempre que a conjunção estiver posposta ao verbo, uso obrigatório de duas
vírgulas).
CONJUNÇÕES X PONTUAÇÃO
____________________ , e _____________________
Ou _________________ , ou ___________________
____________________ , mas___________________
____________________, pois__________________
____________________, porque________________
____________________, que___________________
____________________; e _____________________
Ou _________________; ou ___________________
____________________; mas___________________
____________________; pois_______________
____________________; porque________________
____________________; que___________________
7
Para Bechara e Cunha é possível, antes de conjunções adversativas, usar também o PONTO-E-VÍRGULA quando há a intenção de realçar o con-
traste entre as duas orações.
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Obs.: quem está entre vírgulas é o adjunto adverbial “depois de muitas tentativas”.
____________________, porém________________
____________________, contudo_______________
____________________, todavia _______________
____________________, entretanto_____________
____________________, no entanto_____________
____________________, em contrapartida_______
____________________, todavia________________
____________________, portanto_______________
____________________, logo__________________
____________________, assim_________________
(Essa versão somente será possível quando a conjunção estiver deslocada do verbo ou do sujeito).
____________________, porém,________________
____________________, contudo,_______________
____________________, todavia, _______________
____________________, entretanto,____________
____________________, no entanto,____________
____________________, em contrapartida,______
____________________, todavia,_______________
____________________, portanto,______________
____________________, logo,_________________
____________________, assim,________________
____________________; porém________________
____________________; contudo_______________
____________________; todavia _______________
____________________; entretanto_____________
____________________; no entanto_____________
____________________; em contrapartida_______
____________________; todavia________________
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____________________; portanto_______________
____________________; logo__________________
____________________; assim_________________
____________________. Porém,________________
____________________. Contudo,______________
____________________. Todavia, ______________
____________________. Entretanto,____________
____________________. No entanto,____________
____________________. Em contrapartida,______
____________________. Todavia,_______________
____________________. Portanto,______________
____________________. Logo,_________________
____________________. Assim,________________
- Atenciosamente,
- Respeitosamente,
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- Os médicos, que nem sempre tratam bem os pacientes, receberam um “não” do Conselho Regional de Medicina quan-
to ao aumento de salário.
- Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que pode chegar a 2 toneladas, dá
muito trabalho para ser estudado.
2. PONTO
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou
composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com pri-
mor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. =
rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
3. PONTO-E-VÍRGULA
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa inter-
mediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
- Ele chegou adiantado, como de costume; por isso presenciou a cena desde o começo.
- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de formatura.
b) num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte.
- Destacam-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes; o poeta Claudio Manoel da
Costa, autor do poema épico Vila Rica; o poeta Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu; o desembargador
Inácio Alvarenga Peixoto; e o padre Luis Viera da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.
Veja que, sem os sinais de ponto e vírgula, a frase ficaria muito desorganizada.
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- Destacam-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes, o poeta Claudio Manoel da
Costa, autor do poema épico Vila Rica, o poeta Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu, o desembargador
Inácio Alvarenga Peixoto e o padre Luís Viera da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.
- Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos pertencem ao grupo azul; Maria, Jorge e Rute, ao vermelho; e Otávio,
Andréa e Lucas, ao branco.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais.
4. DOIS-PONTOS
a) uma enumeração:
Obs.: Veja que, se os dois-pontos fossem substituídos por vírgula, os sentidos originais seriam alterados, mas a correção
gramatical seria preservada.
b) uma citação:
c) um esclarecimento:
- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
- Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso,
descriminar/discriminar etc.
- Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
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Querida amiga:
Prezados senhores,
5. PONTO DE INTERROGAÇÃO
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa,
que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
7. RETICÊNCIAS
- Bem, eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...
(Júlio Dinis)
Assim, só aparece aos nossos olhos uma verdade que seria riqueza, fecundidade, força doce e insidiosamente universal.
E ignoramos, em contrapartida, a vontade de verdade, como prodigiosa maquinaria destinada a excluir todos aqueles
[...].
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- As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei,
Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... E morro, porque não
posso, nem poderei jamais resgatar-te.
(Camilo Castelo Branco)
8. ASPAS
- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessi-
tam para a comunicação quotidiana".
- O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.
9. TRAVESSÃO
(Ferreira de Castro)
Um novo livro ─ muito bem comentado pela crítica ─ foi lançado na livraria do centro.
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Um grupo de turistas estrangeiros ― todos muito ruidosos ― invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.
10. PARÊNTESES
- Além dos bombeiros e da Defesa Civil, trabalham no resgate equipes do Instituto Geológico (IG) e Instituto de Pesqui-
sas Tecnológicas (IPT), do governo de São Paulo, e a Polícia Civil do Guarujá (litoral de SP).
b) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:
- Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam libera-
dos sem o recolhimento das multas.
01- “Na Grécia antiga, a arrogância (Hybris) era o maior de todos os pecados, aquele que não tinha remissão. Os deuses
não o perdoavam porque, para eles, escondia o mais nefasto dos desejos: o de se igualar aos próprios deuses”.
► Por introduzir uma explicação, o sinal de dois-pontos ( após “desejos”) admite a substituição pelo sinal de vírgula
seguido de uma oração subordinada iniciada por “que era”.
02- “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a ascensão da China como protago-
nista de primeira grandeza na produção e nas finanças, com consequências marcantes para o resto do mundo. Para
o Brasil, a influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que cresceram a ponto de a
China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras”.
► O emprego de vírgula logo após “commodities” (2º período) justifica-se por isolar oração explicativa subsequente.
03- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano. O Cinema Novo, a
partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itália e na Nouvelle Vague da França. Outras artes, incluindo pintu-
ra, escultura, coreografia, música erudita e popular, absorveram fórmulas imigrantes, mesmo que seus mestres
buscassem identificações brasileiras”.
► O emprego de vírgulas logo após “pintura”, “escultura” e “coreografia” (3º período) tem justificativas gramaticais
diversas.
04- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano. O Cinema Novo, a
partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itália e na Nouvelle Vague da França”.
► O emprego de vírgula logo após “Novo” justifica-se por isolar aposto explicativo.
05- “Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como
novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia”.
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► Seriam preservadas as relações semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção gramatical, caso
fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede.
06- “No projeto Segurança Pública para o Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se como principal
causa do aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. A articulação entre esses dois ilícitos potencia-
liza e diversifica as atividades criminosas. Homicídios dolosos, roubos, furtos, sequestros e latrocínios estão, fre-
quentemente, associados ao consumo e venda de drogas e à utilização de armas ilegais”.
► A supressão das vírgulas que isolam a expressão "da Secretaria Nacional de Segurança Pública" alteraria o sentido do
texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para
o Brasil.
07- Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano,
um “deus que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabri-
ca interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos os detalhes — joias e ornamentos para os deuses e deu-
sas, armas, escudos, redes e armadilhas”.
► A colocação de vírgula antes e depois do vocábulo "interminavelmente" não prejudicaria a correção gramatical do
texto.
08- “Uma parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar sobre a constituição do poder político. O desinteresse
pela política e a descrença no voto são registrados como mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou pro-
testo. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da so-
berania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.
► Ao se trocar o ponto-final logo após "político" por vírgula e, logo após, inserir-se a conjunção embora, seria formado
um período coerente.
09- “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por seus produtos provavelmente
custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América duran-
te uma década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais mortes
do que essas”.
► Não haveria prejuízo para o sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão "a cada ano"
fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para imediatamente depois de "e".
10- “No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país deve priorizar investimentos que ex-
pandam a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos
com educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, geradoras de renda, de maneira
sustentável”.
► A ausência de vírgula logo após o termo "investimentos" permite concluir que, segundo o autor do texto, é necessá-
rio que, no Brasil, sejam priorizados investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento da produti-
vidade.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C E E C C C E C C
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02
A água pode ter diversas finalidades, como: abastecimento humano, dessedentarão animal, irrigação, indústria, ge-
ração de energia elétrica, lazer, navegação etc. Muitas vezes, esses usos podem ser concorrentes, o que gera confli-
tos entre setores usuários ou mesmo impactos ambientais. Nesse sentido, é necessário gerir e regular os recursos
hídricos, acomodando as demandas econômicas, sociais e ambientais por água em níveis sustentáveis, para permitir
a convivência dos usos atuais e futuros da água sem conflitos. Por isso, a outorga é fundamental, pois, ordenando e
regularizando o uso da água, é possível assegurar ao usuário o efetivo acesso a ela, bem como realizar o controle
quantitativo e qualitativo dos usos desse precioso recurso.
a) As vírgulas presentes após os “dois pontos” (no primeiro período do texto) justificam-se porque isolam elemen-
tos de mesma função gramatical, componentes de uma enumeração.
b) O emprego do sinal de dois-pontos (no primeiro período) justifica-se por anteceder oração subordinada adjetiva
restritiva.
c) A vírgula apos “Muitas vezes”(antes de “etc”) justifica-se para isolar conjunção temporal.
d) O emprego de vírgula apos “hídricos”(no terceiro período) justifica-se para isolar oração subordinada adverbial
comparativa.
e) O emprego de vírgula após “fundamental” (último período do texto) justifica-se por isolar oração subordinada
adverbial.
02. Em relação ao texto, assinale a opção incorreta a respeito dos sinais de pontuação.
O governo, de janeiro a maio deste ano, arrecadou R$ 937 milhões adicionais por meio do Programa de Integração
Social – PIS. Em dezembro do ano passado, a alíquota da contribuição subiu de 0,65% para 1,65%. O aumento foi
concedido para compensar possíveis perdas de arrecadação com o fim da cumulatividade – incidência da contribui-
ção em todas as etapas da fabricação do mesmo produto –, que foi aprovado no final do ano passado.
a) As duas primeiras vírgulas do texto se justificam por isolar um complemento circunstancial intercalado entre o
sujeito e o predicado do período.
b) Eliminando-se o travessão (presente no primeiro período), “PIS” poderia estar entre parênteses, sem prejuízo
gramatical para o período.
c) Se a expressão “Em dezembro do ano passado” (início do segundo período) estivesse no final do período (com
minúscula) não haveria exigência de isolá-la antecedendo-a com uma vírgula.
d) Os travessões das linhas (presentes no último período) poderiam ser substituídos por parênteses e o período se
manteria gramaticalmente correto.
e) A vírgula, após o último travessão do texto, justifica-se para isolar a subsequente oração de caráter relativo.
03. Assinale a opção em que o emprego dos sinais de pontuação está correto.
a) Motoristas e montadoras de automóveis, não terão que desembolsar mais recursos com a mudança para o bio-
diesel, pois esse combustível não exige nenhuma alteração nos motores dos veículos.
b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), assegurou a garantia dos motores
dos veículos que utilizarem o biodiesel misturado ao diesel na proporção de 2%, como foi autorizado.
c) Além disso, o combustível renovável poderá ser usado, em substituição ao óleo diesel em usinas termelétricas,
na geração de energia elétrica em comunidades de difícil acesso, como é o caso de diversas localidades na regi-
ão Norte.
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d) Para autorizar o uso do biodiesel no mercado nacional, o governo, editou um conjunto de atos legais que tratam
dos percentuais de mistura do biodiesel ao diesel, da forma de utilização e do regime tributário.
e) Tal regime, considera a diferenciação das alíquotas com base na região de plantio, nas oleaginosas e na catego-
ria de produção (agronegócio e agricultura familiar). O governo cria também o Selo Combustível Social e isenta a
cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
a) O Direito do Trabalho tem sua origem ligada, visceralmente, à historiografia da crise econômica.
b) Nos seus períodos pré-histórico e protohistórico, que significaram, na lapidar expressão do professor José Mar-
tins Catharino, a gestação mais longínqua e a transição para uma sistematização científica do fenômeno laboral,
a influência da economia é visível, como substrato do Direito do Trabalho.
c) A denominada “Questão Social”, iniciada no século XVIII, fase proto-histórica por excelência do Direito do Traba-
lho, catalisou a formação do novo ramo da Ciência Jurídica.
d) O liberalismo clássico discursou sobre a liberdade, mas, em verdade, usou-a para continuar a espoliação da
massa anônima de trabalhadores.
e) Nascia portanto, o direito laboral de uma realidade fática incontestável: a necessidade de proteção à dignidade
da pessoa do trabalhador.
01 02 03 04
A E C E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03
01. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não ca-
bendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência:
‘Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos
.... para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes’.
02. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não
havendo sinal, O indicará essa inexistência.
“Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... indiscutivel-
mente ..... de forma diferente”.
a) O - O - vírgula - vírgula
b) O - dois pontos - O - vírgula
c) O - dois pontos - vírgula - vírgula
d) vírgula - vírgula - O - O
e) vírgula - O - vírgula - vírgula
04. No período a seguir: “Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade”. Cabem no má-
ximo:
a) 3 vírgulas
b) 4 vírgulas
c) 2 vírgulas
d) 1 vírgula
e) 5 vírgulas
a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.
b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.
c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de con-
servar as suas roupas e o seu calçado.
d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de
ABC, triturados soltos no ar.
e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.
06.
a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada.
b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada.
c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.
d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada.
e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada.
07.
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.
e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.
08. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontua-
ção correta:
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Gabarito
01 02 03 04 05 06 07 08
C E C A C C D E
a) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à sua devoração, pelas larvas,
que saem dos ovos ali chocados.
b) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua devoração pelas larvas
que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da vítima.
c) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua devoração pelas larvas,
tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira, ajudou a chocar.
d) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à devoração de suas próprias
entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de reação.
e) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta, compulsoriamente, chocará os
ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que abrigou em suas entranhas.
a) Ficou claro no texto, que o autor não só abona as opiniões dos dois escritores citados, mas também, parece en-
tusiasmar-se com elas.
b) A ligação feita entre Amilcar Herrera e Alberto Caeiro, parece justificada pelo fato de que, para ambos o tema
da memória reveste-se, de fundamental importância.
c) Caso viéssemos a nos esquecer, do nosso próprio nome, será que de fato também nos esqueceríamos, dos tra-
ços essenciais de nossa identidade?
d) Se, a princípio o autor do texto não entendeu as palavras do amigo Herrera, nem por isso, deixou de compreen-
dê-las e de aceitá-las depois.
e) Supondo, por hipótese, que o nome próprio diga tanto do indivíduo, será que esquecê-lo redundaria, de fato,
em tanta liberdade de ação?
a) Nicolau Maquiavel analisando os problemas dos principados italianos, escreveu em plena Renascença, um tra-
tado sobre os fundamentos das ações políticas.
b) Em plena Renascença, Maquiavel, analisando os problemas dos principados italianos, escreveu O Príncipe, um
verdadeiro tratado de política.
c) Quando escreveu O Príncipe Maquiavel preocupou-se com os problemas, dos principados italianos, resultando
uma obra, considerada basilar, para quem se interesse por política.
d) Tendo escrito O Príncipe, em plena Renascença Maquiavel nos legou sem dúvida, um tratado sobre política cujo
valor continua sendo reconhecido em nosso tempo.
e) Poucos imaginariam que, aquele tratado sobre política datado da Renascença, teria um valor tal que se mante-
ria vivo, por tantos séculos, e, continuaria atual em plena modernidade.
a) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a porta para um mundo, mágico de prosperidade
garantida.
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b) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações aparentemente irrisórias, cuja execução cotidiana
é, no entanto, importantíssima.
c) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos,
dessa palavrinha mágica.
d) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes represas, costuma trazer também uma série de
conseqüências ambientais que, nem sempre, foram avaliadas.
e) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso
está sujeito a uma permanente avaliação.
a) Comparações entre épocas, embora possam ser úteis, nem sempre são animadoras.
b) Não parece haver, de fato, muita vantagem no uso de rádios nas viaturas, se comparado com o antigo sistema
de apitos.
c) Embora mais ostensivas, que as de antigamente, as rondas noturnas de hoje, não têm a mesma eficiência.
d) Se mudasse a música dos apitos, algumas pessoas ficavam intranqüilas, mas voltavam a dormir, retomados os
trilados regulares.
e) Eram poucos, e quase sempre sem gravidade, os incidentes que quebravam a paz das antigas madrugadas.
Gabarito
01 02 03 04 05
D E B B C
“Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de atra-
ção do litoral. Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em
direção ao Centro-Oeste e ao Norte”.
“Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de atra-
ção do litoral. Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em
direção ao Centro-Oeste e ao Norte”.
02- O emprego de vírgula logo após “Brasília” justifica-se porque isola adjunto adverbial anteposto à oração principal.
“A História não é feita apenas de brados retumbantes, de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. Exis-
tiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em Jataí,
Goiás?”.
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03- A vírgula depois de “retumbante” justifica-se por isolar adjunto adverbial subsequente.
“A História não é feita apenas de brados retumbantes, de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. Exis-
tiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em Jataí,
Goiás?”.
04- A expressão “em 4 de abril de 1955” está entre vírgulas por ser um dos elementos de uma enumeração.
“Ali, depois dos discursos, JK se colocou à disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando Antônio Soares Neto,
o Toniquinho, quis saber se o candidato cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa a mudança da capi-
tal para o Planalto Central”.
05- O termo “o Toniquinho” está isolado por vírgulas por se tratar de vocativo.
“Muito embora cada um de nós seja movido pelo próprio existir, dependemos também de relações com pessoas que, ao
longo da vida, tornam-se coautoras dos nossos feitos. Até mesmo nas ações mais íntimas, que implicam rever valores
pessoais, estabelecer novas relações e fechar ciclos, existe uma parceria autoral”.
06- O emprego das vírgulas imediatamente após “íntimas” e logo após “pessoais” é obrigatório, visto que elas demar-
cam o início e o fim de uma oração com valor explicativo.
“Único bioma de ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a caatinga experimenta um
processo acelerado de desmatamento — que pode significar a desertificação do semiárido nordestino”.
07- O trecho “que já ocupou 10% do território nacional” está entre vírgulas porque tem natureza restritiva.
“Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado,
aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída”.
09- O segmento “que é de 826.000 km²” está entre vírgulas porque é um aposto.
“Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor bem velhinho e bem simpáti-
co. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro, encaracolado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e sadio, uma
dessas crianças que a gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso. Ela está
vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo”.
10- A inclusão de vírgula logo após o pronome “Ela” (em destaque no texto) não causaria prejuízo para a correção gra-
matical do texto.
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“Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por bai-
xo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra que a mocinha não
é apenas novinha, mas moderninha também. O velhinho tem um tipo bem italiano. O boné cinza é típico desses senho-
res que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde”.
11- A substituição do ponto-final após o vocábulo “italiano” por dois-pontos manteria a correção gramatical e o sentido
original do período.
“O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde. Estatura mediana,
cabelos e bigodes branquinhos, rosto e mãos enrugadas que traem uma idade bem avançada. Paletó marrom e calça
cinza, ambos de lã, malha creme, abotoada até o último botão, como faz todo senhor que se preze”.
12- Na linha 8, se, em vez de vírgula, fosse usado ponto-e-vírgula entre os vocábulos “lã” e “malha”, o trecho permane-
ceria gramaticalmente correto.
“Ela, por sua vez, não se deve importar com que seu ouvinte durma. Afinal, ela só quer colo e aquela mão terna, enru-
gada e querida em volta da sua cintura pequenina. Mesmo desatento, ele está dando a ela seu tempo e seu carinho
sonolento. O balanço de jardim pode ser gostoso de sentar. Mas como você pode ver não é o local mais confortável
para se dormir. Principalmente em um dia frio como esse, em um descampado de uma varanda. Mas o fato é que ele
não sente a dureza do balanço porque dorme, e ela, igualmente, não sente a dureza da madeira e a frieza do tempo por
vários motivos”.
13- O emprego de vírgula logo após o trecho “Mas como você pode ver” é facultativo.
“O foco no desenvolvimento é relativamente recente: menos de dois séculos. A renda per capita estagnou por milênios
até começar a crescer quase continuamente no princípio do século XIX, particularmente na Inglaterra”.
14- O sinal de dois-pontos introduz uma expressão que explica a expressão “relativamente recente”.
“Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a acumulação de capital físico e humano, e ganhos permanentes de produ-
tividade. Esta depende da acumulação de conhecimento, que resulta da educação. A inovação é crucial. Mais recente-
mente, percebeu-se que as instituições políticas e econômicas são essenciais para explicar o mistério do desenvolvimen-
to”.
15- Seria mantida a correção gramatical do texto caso a vírgula logo após “humano” fosse retirada, o que, entretanto,
tornaria menos claras as relações sintáticas estabelecidas pela conjunção “e” , em sua segunda ocorrência.
“Atualmente, a noção de Segurança Cidadã constitui referência central na luta pela exclusão definitiva do modelo re-
pressivo e pela construção de um novo paradigma”.
16- A colocação de vírgula logo após o termo “constitui” manteria a correção gramatical e o sentido do texto.
“Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha horário para tudo e não misturava
as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar. Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo seqüen-
cial”.
17- O sinal de dois-pontos depois de “coisas” tem a função de introduzir uma explicação, ou justificativa, para a idéia
expressa nas orações anteriores. Essa função deixaria de ser marcada pela pontuação caso esse sinal fosse substitu-
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ído pelo ponto — com o correspondente ajuste na letra inicial de “brincar” —, mas a coerência e a correção grama-
tical do texto seriam preservadas.
“Ao chegar ao local de realização das provas, o candidato Roberto, tetraplégico, que se locomove em cadeira de rodas,
verificando que a sala em que faria as provas estava localizada no primeiro andar do prédio, com acesso somente por
escadas, solicitou ajuda a dois seguranças que se encontravam no portão de entrada, que o carregaram pela escada e o
conduziram até a respectiva sala”.
18- O emprego de vírgula após “Ao chegar ao local de realização das provas” justifica-se por isolar oração de sentido
adverbial antecipada em relação à principal.
“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio,
com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes”.
20- Na oração “A nova lei não recebeu mais questionamentos quando foi apresentada em setembro de 2008”, é facul-
tativo o emprego de vírgula logo após a palavra “questionamentos”.
“Ninguém questiona a força dos desastres naturais. Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para,
no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa. Em Blumenau, há uma estação telemétrica que monitora a vazão
do rio Itajaí e tem condições de emitir sinais de alerta para inundações. Há também um programa de monitoramento do
clima — que previu até a gravidade do furacão Catarina, em 2004. O dilúvio ninguém previu, mas já chovia no estado
quase a primavera toda, e estudos sobre as áreas de risco de enchentes e deslizamentos apontavam o que podia acon-
tecer se chovesse demais”.
21- A vírgula imediatamente antes de “e estudos sobre as áreas de risco” não precisa ser necessariamente empregada,
já que se trata de um processo de coordenação, mas se justifica pelo fato de criar ênfase sobre o fato de os estudos
poderem prever os acontecimentos futuros.
“Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobre-
tudo nos grandes centros urbanos, as dificuldades relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça
criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos presídios, as rebe-
liões, as fugas, a degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, a corrupção, o aumento dos
custos operacionais do sistema, a ineficiência da investigação criminal e das perícias policiais e a morosidade judicial,
entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Bra-
sil”.
22- O emprego de vírgula logo após “policial”, “instituições” e “rebeliões” deve-se a regras gramaticais diferentes.
“Um prognóstico possível: no século XXI, as guerras provavelmente não serão tão mortíferas quanto o foram no século
XX. Mas a violência armada, gerando sofrimentos e perdas desproporcionais, persistirá, onipresente e endêmica — oca-
sionalmente epidêmica —, em grande parte do mundo. A perspectiva de um século de paz é remota”.
23- No trecho “Mas a violência armada, gerando sofrimentos e perdas desproporcionais, persistirá, onipresente e en-
dêmica — ocasionalmente epidêmica —, em grande parte do mundo”, estariam mantidos o sentido e a correção
gramatical do texto caso fosse suprimida a vírgula que precede a expressão “em grande parte do mundo”.
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“A desigualdade e a sustentabilidade estão diretamente ligadas aos desequilíbrios na inclusão das pessoas nos proces-
sos produtivos. A mão de obra, a nossa imensa capacidade ociosa de produção, mais parece um problema do que uma
oportunidade”.
24- A expressão “a nossa imensa capacidade ociosa de produção” deve ser, necessariamente, demarcada por vírgulas
porque sua função é a de explicar como deve ser compreendida, no desenvolvimento da argumentação, “A mão de
obra”.
“Viviane, candidata com deficiência física (membros superiores amputados), cuja solicitação de atendimento especial
do PAS – 3.ª Etapa foi deferida pelo CESPE/UnB, indicou os seguintes recursos especiais para a realização das provas:
mesa/prancheta adaptada para escrever com os pés,
caneta preta especial e calculadora com teclas grandes”.
25- O segmento “candidata com deficiência física (membros superiores amputados)” está entre vírgulas porque consti-
tui aposto explicativo.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E E E E E E E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E C C E C C C C
21 22 23 24 25
C E E C C
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DICA: É comum que as organizadoras peçam ao candidato para descobrir o significado de determinada palavra
do texto. Às vezes, você não tem a mínima ideia do que signifique tal palavra. É aí que entra o contexto. Você tem que
saber realizar inferências, ou seja, deduzir, pelas pistas textuais, o que determinada palavra quer dizer.
DICA DE ESTUDO: Tenha sempre um bom dicionário ao seu lado. Sugiro também que procure ─ quando estiver
lendo um texto, e que encontrar uma palavra que você não conheça ─ inferir seu significado; depois, confira no dicioná-
rio. É um simples exercício, mas que funciona bastante.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO I
1) Assinale o item em que se trocou o emprego adequado de uma das palavras homófonas.
a) Ele trabalha na oitava seção (sessão, seção, cessão) da primeira zona eleitoral.
b) Na repartição todos o taxam (taxam, tacham) de relapso.
c) Sua entrevista está inserta (inserta, incerta) nos maiores jornais do país.
d) Desculpemos sua inexperiência, afinal todo jovem incipiente (incipiente, insipiente) merece nossa compreen-
são.
3) Assinale o item em que se trocou o termo adequado de acordo com o sentido da 1a frase à esquerda.
5) Assinale o erro em alguns dos itens abaixo em relação à grafia das homófonas.
6) Assinale o item em que ocorre erro no emprego das homófonas “há”, “a”.
7) Assinale o item em que ocorre erro no emprego das homófonas “há cerca de”, “a cerca de”, “acerca”.
b) Expiar/espiar - homófonas.
c) O acordo/eu acordo - homônimas.
d) Concordância/discordância - antônimas.
9) Assinale o item em que há erro no emprego de parônimas de acordo com o sentido.
a) aceitar.
b) refutar.
c) confirmar
d) ocultar.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B D A A A A B C A B
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO II
RESPOSTAS
1- sortir 2-cassado
3- mandato 4- cerração
5- senso 6- assento
7- vultosa 8- sessão
9- cumprimentaram. 10- intersecção
11- tráfego 12- despercebido
13- infringir 14- imergiu.
15- imigrantes 16- discriminação
17- dispensa 18- eminente / iminente
19- decente 20- incidentes
21- destratados. 22- cessão
23- seção. 24- distinto
25- xeque / cheque 26- infestou
27- conserto / concerto 28- fruem
29- apressado / apreçar 30- acender / ascender
31- celas 32- prescrição
33- recriados 34- listras
35- apreender 36- espiará
37- cédulas 38- chácara / xácara
39- sesta 40- incipiente
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Mas há duas abordagens bem definidas: a das organizadoras que
exigem que o candidato saiba a classificação integral de todas as orações (tanto as coordenadas quanto as subordina-
das), e a das organizadoras que cobram o tema ligado ao texto, desprezando a “fria” classificação da oração. Por exem-
plo: a FCC pede, com muita frequência, que candidato reconheça que sentido determinada passagem do texto expressa,
e, dentre as opções, sugere se é de tempo, concessão, finalidade, causa ou consequência. Veja que, em vez de pergun-
tar se a oração é subordinada adverbial causal (até porque, às vezes, nem se trata de uma oração, mas sim de um frag-
mento do texto), a FCC apela para os sentidos tanto da expressão, como do contexto ali presentes. As organizadoras
que, normalmente, seguem a primeira abordagem são as seguintes: ACEP, CESGRANRIO, IMPARH, FGV, CONESUL, FUN-
RIO, dentre outras menos conhecidas nacionalmente. E usam, costumeiramente, a segunda abordagem as seguintes:
FCC, CESPE e ESAF (não descarto que organizadoras menos conhecidas nacionalmente usem, também, essa última
abordagem, como, por exemplo, a UECE ou a CCV).
DICA: Dentre as orações, há aquelas que mais se destacam em provas de concurso. São elas: as coordenadas
(ênfase nas aditivas, adversativas e conclusivas), as subordinadas adjetivas (ênfase no sistema de pontuação e nos pro-
nomes relativos) e subordinadas adverbiais (ênfase nas iniciadas com a letra “C”: causal, consecutiva, concessiva e con-
dicional). É por isso que muitas questões pedem para que você identifique, por exemplo, relações de causa e conse-
quência.
DICA DE ESTUDO: Procure resolver exercícios de toda natureza, tanto os tradicionais (aqueles bem técnicos, que
lembram as questões do colégio), como os mais contemporâneos (mais ligados ao texto e ao contexto).
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Considerável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
STATUS: Parte em sala e com o professor; outra, em casa e com leitura individual.
TEORIA BÁSICA
STATUS: Leitura individual, antes da aula.
CONCEITOS-CHAVE:
FRASE:
ORAÇÃO:
Todo enunciado linguístico dotado de sentido e com presença de verbo ou locução verbal.
PERÍODO:
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1. Período Simples
- Na rua 7, diante das lojas mais elegantes do bairro, transita um carro aberto, com cores chamativas.
2. Período Composto
- Abria-se uma nova era, pois o primeiro carro de motor à explosão circulava no Brasil.
ORAÇÕES COORDENADAS
As orações coordenadas podem ser:
1. Assindéticas
► Quando estão simplesmente colocadas uma ao lado da outra, sem qualquer conjunção entre elas (a = "não"; síndeto
= palavra de origem grega que significa "conjunção" ou "conectivo").
● "Subo por uma velha escada de madeira mal iluminada, chego a uma espécie de salão" .
● "Grita, sacode a cabeleira negra, agita os braços, para, olha, ri".
2. Sindéticas
1. Aditivas
• "Não olha para trás, não sente saudades, não deixa NEM CARREGA CONSIGO AMOR NENHUM."
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Detalhe: Principais conjunções aditivas: e, nem, (não só)... mas também, mas ainda, senão também, como também,
bem como.
2. Adversativas
Expressam a ideia de oposição, contraste ou restrição:
Detalhe: Principais conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, em contraparti-
da, senão.
3. Alternativas
Expressam alternância de ideias:
Detalhe: Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja...seja....
4. Conclusivas
Expressam ideia de conclusão, consequência:
• "O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; MERECE, POIS, TODA A CONFIANÇA DA EMPRESA."
• "Os cães passaram três dias sem comer, LOGO ESTAVAM FAMINTOS."
☼ Detalhe: Principais conjunções conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo) e por isso.
5. Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira oração:
Detalhe: Principais conjunções explicativas: porque, que, pois (anteposto ao verbo) etc.
PARTICULARIDADES
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1) As orações coordenadas sindéticas aditivas podem estar correlacionadas através das expressões: (não só)... mas tam-
bém, (não somente)... mas ainda, (não só)... como também. Exemplo:
a) Aditivo:
•"Esse menino fala QUE fala!!! Não para um instante!" (Fala e fala.)
b) Adversativo:
•"Todos receberão os salários hoje, QUE não você."
VERSÃO 01: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, mas começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria
das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 02: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, pois começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria
das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 03: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
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Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, e começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria das
pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 04: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, portanto começaram a cair no meio da manhã, quando a
maioria das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 05: “As pessoas no mundo todo são mais felizes durante a manhã e tarde da noite, segundo um estudo realiza-
do nos Estados Unidos e publicado nesta quinta-feira, que analisou milhares de mensagens no site de microblog Twit-
ter.
Os picos positivos no humor foram detectados bem cedo, ou começaram a cair no meio da manhã, quando a maioria
das pessoas inicia seu dia de trabalho”.
VERSÃO 01: O uso da conjunção adversativa “mas” é correto, pois indica ao leitor que ele deve interpretar a próxima
oração como uma ressalva (uma restrição) sobre o que foi afirmado na oração anterior. A conjunção “mas” poderia, no
presente contexto, ser substituída por: “porém”, “todavia”, “contudo”, “entretanto” ou “no entanto”.
VERSÃO 02: O uso da conjunção explicativa “pois” torna o texto incoerente, já que não há como pensar que a segunda
oração esteja explicando a primeira.
VERSÃO 03: O uso da conjunção “e” é correto, mas lembre que este “e” não tem valor aditivo, mas sim, no presente
contexto, valor adversativo.
VERSÃO 04: O uso da conjunção conclusiva “portanto” não faz sentido, pois não a primeira oração não “provoca” a rea-
lização da segunda; ou seja, não se deduz, pela primeira oração, o que irá acontecer na segunda.
VERSÃO 05: O uso da conjunção alternativa “ou” gera uma sensação de dúvida no texto, o que prejudica os sentidos
originais.
- “A projeção política do atual governo continua em alta, e, desde 2003, o Congresso não poupa esforço para manter
essa estratégica e interessante imagem”.
- “A projeção política do atual governo continua em alta. Ø Desde 2009, o Congresso não poupa esforço para manter
essa estratégica e interessante imagem”.
- “Os homens não deveriam permanecer solitários por tanto tempo, pois já foi provado que relacionamentos amadure-
cem mais do que solidão”.
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- “Os homens não deveriam permanecer solitários por tanto tempo: já foi provado que relacionamentos amadurecem
mais do que solidão”.
- “Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do
que a sua. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve”.
- “Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do
que a sua. O espelho tentou mudar de assunto; Ø finalmente, respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve”.
*Entendamos “mutação semântica” como a mudança de sentido que certas conjunções demonstram nos textos.
Exemplos:
- O jornalista trouxe todas as informações, mas elas não eram suficientes para a publicação da matéria. (ADVERSATIVA)
- O jornalista trouxe todas as informações, e elas não eram suficientes para a publicação da matéria. (ADVERSATIVA)
- A jovem trabalhava que trabalhava, mas a vida continuava difícil. (ADITIVA / ADVERSATIVA)
- A jovem trabalhava e trabalhava, e a vida continuava difícil. (ADITIVA / ADVERSATIVA)
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, pois, toda a confiança. (CONCLUSIVA)
- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, logo, toda a confiança. (CONCLUSIVA)
Exemplos:
- Muitos correntistas fizeram significativos saques, pois havia a possibilidade de que suas economias fossem bloquea-
das. (EXPLICATIVA)
- A tentativa de bloquear as contas dos funcionários públicos provocou insegurança em toda a população; houve, pois,
retiradas significativas de poupança e outros investimentos. (CONCLUSIVA)
- Muitos correntistas fizeram significativos saques, pois, pelo que foi divulgado na imprensa, havia a possibilidade de
que suas economias fossem bloqueadas.
- Questionamento possível pelas bancas: por estar entre vírgulas, a conjunção “pois” teria valor conclusivo?
- Resposta: Não, uma vez que o “pois” não está entre vírgulas, mas sim a expressão “pelo que foi divulgado na impren-
sa”. Sem falar que a conjunção não está depois do verbo.
- Todas as iniciativas do governo obtiveram críticas dos mais diversos setores da imprensa escrita e televisiva; a Presi-
dente Dilma, entretanto, disse que os jornalistas estão exagerando em suas análises. (USO CORRETO).
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- Todas as iniciativas do governo obtiveram críticas dos mais diversos setores da imprensa escrita e televisiva; a Presi-
dente Dilma, mas, disse que os jornalistas estão exagerando em suas análises. (USO INCORRETO).
EXERCÍCIO 01
Texto I
“Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver uma
vida tranquila em outro lugar. Mudar de vida pode ser uma excelente solução para a tensão, dependendo evidentemen-
te da vida que se leva. Qualquer decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza: ninguém pode
evitar completamente situações estressantes. O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva ao perigo real ou
imaginário ou a uma situação de desafio. “Uma cascata bioquímica que prepara o corpo para lutar ou fugir”, na defini-
ção do manual de técnicas para aliviar o estresse, elaborado pela Escola de Medicina de Harvard, um centro de excelên-
cia nos Estados Unidos da América”.
01- Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir “porém” (depois de “nesse sentido”) por
“mas”.
02- A conjunção “ou” (início do texto) estabelece relação de alternância. Acrescenta-se que seria possível substituí-la
pela conjunção “seja”. Tal mudança mantém a ideia de alternatividade e a correção do período.
03- Por cumprir papel copulativo, a conjunção “e” (depois de “largar tudo”) permite substituição por “mas”.
04- O valor adversativo da conjunção “e” (antes de “não é doença”) permite sua substituição por “mas”, sem que a
argumentação do texto seja prejudicada.
05- Por desempenhar papel explicativo, “que” (depois de “se leva”) poderia ser substituído por “, pois”, sem que os
sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos.
06- “Ou” em “prepara o corpo para lutar ou fugir” estabelece coordenação entre termos nominais, o que descarta a
hipótese de se ter qualquer tipo de oração.
GABARITO
01 02 03 04 05 06
E E E C E E
EXERCÍCIO 02
A questão mais importante para entender a reforma tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um projeto
que sai do nada, mas que herda muito das discussões realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Bra-
sil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo
longo de transição, um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua implantação.
Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos de Problemas Brasileiros, n.º 391, jan./fev./2009 (com adaptações).
03- A oração “que sai do nada” poderia ser inaugurada por uma vírgula sem que os sentidos e classificação sintática
sejam comprometidos.
04- Depois de “naturalmente” (3º período) uma vírgula poderia existir, sem que nenhum prejuízo fosse causado ao
texto.
05- Levando em conta que os sentidos originais serão alterados, uma maneira de conectar o penúltimo período ao
último seria assim: no lugar de “A principal é” usar “, uma vez”.
06- A inserção de uma conjunção coordenativa “e” no lugar da vírgula presente no último período não alteraria as rela-
ções de sentido do texto.
07- O trecho “um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua implantação” (último período) funcio-
na como aposto enumerativo da expressão “um prazo longo de transição”.
01 02 03 04 05 06 07
E C E C C E E
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Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos: objeto direto, objeto indireto,
sujeito, predicativo, complemento nominal e aposto. São introduzidas por conectores específicos: que, se, quem, quanto
e como.
Exemplo:
Desenvolvendo:
2- A jornalista expôs..............................................
Ou seja:
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto da Oração Principal.
A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto da Oração Principal.
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A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como complemento nominal da Oração Principal.
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f) Faço apenas um pedido ─ que você nunca abandone os seus princípios ─ , e todos os seus amigos ficarão mais
tranquilos.
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i) Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens da cultura latino-americana.
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GABARITO
TEXTO I
Conforme pesquisa, o fumo passivo mata 7,5 mil brasileiros por ano.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 40% das vítimas do uso passivo de cigarros, ca-
chimbos, charutos etc. no Brasil são crianças.
Conforme cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos
7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade.
01- É possível deduzir do texto que seu título está ligado ao 1º parágrafo por meio de coesão lexical, já que os termos
pesquisa, fumo e mata (no título) se concatenam a estudo, cigarros/cachimbos/ charutos e vítimas (1º parágrafo)
porque têm, esses termos, no presente contexto, vínculos semânticos entre si.
02- A conjunção QUE (após aponta) poderia ser substituída por dois-pontos, sem que os sentidos originais fossem alte-
rados.
03- A conjunção CONFORME, início do segundo parágrafo, poderia ser substituída por LOGO, seguida de vírgula. Tal
mudança mantém a relação semântica original entre o 1º e o 2º parágrafos.
TEXTO II
Reia, uma lua de Saturno com 1.500 km de diâmetro e composta basicamente de rocha e gelo, tem uma atmosfera tê-
nue que é composta por 70% de oxigênio e 30% de gás carbônico, dois gases que, na Terra, são essenciais para as for-
mas mais complexas de vida. A descoberta, feita pela sonda Cassini, da Nasa, é descrita na edição desta semana da re-
vista Science.
Embora o oxigênio existente hoje na atmosfera da Terra seja produto da atividade de seres vivos que fazem fotossínte-
se, este dificilmente será o caso em Reia, explica o principal autor do artigo que analisa os dados da Cassini, Ben Teolis.
"A atmosfera de Reia é muito fina, e a lua não tem um campo magnético próprio", explica. "Sua superfície está total-
mente desprotegida dos íons e elétrons aprisionados no campo magnético de Saturno". O constante bombardeio de
partículas sobre o gelo da superfície causa reações que formam o oxigênio, que então ou fica preso no gelo sólido ou é
ejetado para atmosfera.
"O bombardeio é suficiente para criar e sustentar a atmosfera", diz o cientista, que considera muito improvável a exis-
tência de vida em Reia, por conta das baixas temperaturas – segundo a Nasa, o clima na Lua oscila de -174º C a -220º C
─ e da ausência de água no estado líquido.
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Mas Teolis lembra que a descoberta de oxigênio na atmosfera da lua se segue à detecção de sinais da mesma substância
em várias luas do planeta Júpiter, incluindo Europa, onde cientistas acreditam que existe um oceano sob a crosta de
gelo.
"Isso sugere que a formação de oxigênio em corpos gelados submetidos à radiação pode ser muito comum no Universo,
e pode existir o potencial para química orgânica complexa movida a oxigênio dentro de objetos como Europa ou Encé-
lado, no nosso próprio Sistema Solar, e em outras luas pelo Universo", especula o pesquisador. Encélado é uma lua de
Saturno que apresenta sinais de água sob a superfície. "Esse tipo de química pode ser considerado um pré-requisito
para a vida".
04- O pronome relativo QUE, após tênue (primeiro parágrafo), poderia ser substituído pela conjunção E sem que os sen-
tidos e as relações sintáticas originais fossem comprometidos.
05- Uma maneira de reescrever corretamente o segundo parágrafo seria da seguinte forma: “O oxigênio existente, hoje,
na atmosfera da Terra, é produto da atividade de seres vivos que fazem fotossíntese; contudo, este dificilmente
deverá ser o caso em Reia (...)”.
06- A conjunção E presente no 1º período do 3º parágrafo tem valor conclusivo. Por isso, sua substituição por PORTAN-
TO manteria as relações sintático-semânticas do texto.
07- A vírgula presente após fina (início do 3º parágrafo) poderia ser suprimida sem que os sentidos e correção gramati-
cal fossem comprometidos, já que noção de coordenação permanece.
08- O termo QUE (após oxigênio, 3º período do 3º parágrafo) não poderia ser substituído pela conjunção E, uma vez que
os sentidos originais sofreriam alterações.
09- No último período do terceiro parágrafo, seria possível suprimir a primeira conjunção OU (após então) sem que a
correção gramatical bem como os sentidos originais fossem comprometidos.
10- No 4º parágrafo, a oração intercalada “diz o cientista” se concatena, assindeticamente, com a oração que a antece-
de e a precede. Salienta-se que seria possível substituir a segunda vírgula, mantendo as relações originais do texto
e preservando a correção gramatical.
11- A palavra MAS (início do 5º parágrafo) poderia, livremente, ser substituída por CONTUDO, PORÉM, ENTRETANTO e
EMBORA. Por outro lado, caso fosse substituída pela última conjunção citada, o verbo lembra (modo indicativo)
deveria ser reescrito para lembre (modo subjuntivo) a fim de que não houvesse prejuízo sintático para a oração.
12- A conjunção integrante QUE, localizada no 5º parágrafo, poderia ser substituída pelo sinal de dois-pontos sem que
os sentidos nem correção gramatical fossem comprometidos.
13- Após sugere (início do 6º parágrafo) seria possível a inserção da conjunção PORTANTO (entre vírgulas), a fim de que
possa ser exposta a relação de conclusão existente entre o que é dito no parágrafo anterior e o será anunciado,
agora, no 6º parágrafo.
GABARITO
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11 12 13
E C C
EXERCÍCIOS 02
02- Em “Convém que a leitora do JB e outros desinformados saibam que o eucalipto é uma árvore predadora”, encon-
tramos, além da oração principal, respectivamente:
a) Duas orações subordinadas subjetivas.
b) Uma oração subordinada objetiva direta e uma subjetiva.
c) Uma oração subordinada objetiva direta e uma adjetiva.
d) Duas orações subordinadas completivas nominais.
e) Uma oração subordinada subjetiva e uma objetiva direta.
03- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e acrescentarmos “Se” à forma verbal “informou”, na frase “ Nin-
guém informou que haverá aula”, o sujeito da oração principal é:
a) Ninguém.
b) Aula.
c) Indeterminado.
d) Que haverá aula.
e) Inexistente.
01 02 03
D E D
1- O homem espacial.
2- O homem do espaço.
2- O vereador por quem ele não tem nenhuma admiração foi notificado pela polícia.
Pronome Referência
QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser Humano,
anterior a ele.
ONDE A um termo (substantivo comum ou próprio) que indique lugar, também
anterior a ele.
CUJ- A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.
1. Oração adjetiva: é aquela que caracteriza o substantivo a que se refere. Logo, seu papel é de adjetivo. É sempre in-
troduzida por um pronome relativo.
2. Pontuação: interfere tanto na interpretação da frase, como na classificação da oração. Se houver vírgulas, a oração
será explicativa; se não, restritiva.
1. Meus livros, que estão rasgados, foram levados ao livreiro. (Note que a leitura é pausada)
Leitura e interpretação permitidas:
1.2. Não é possível deduzir que existam outros livros, além dos rasgados.
Logo, a oração classificada é adjetiva explicativa.
2. Meus livros que estão rasgados foram levados ao livreiro. (Note que a leitura é rápida)
Leitura e interpretação permitidas:
2.1. Somente os meus livros que estão rasgados foram levados ao livreiro.
2.2. É possível deduzir que existem outros livros, e que não devem estar rasgados.
Logo, a oração classificada é adjetiva restritiva.
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OUTROS EXEMPLOS
EX²: Os jogadores /que foram convocados / representaram bem a seleção de seu país.
Não restringem a significação do nome; pelo contrário, acrescentam uma característica que é própria do ele-
mento a que se refere.
Ex¹ : Letícia gosta do professor de matemática/, que tem olhos azuis,/desde o primário.
EX² : O funcionário da escola/, que se aposentou mês passado,/ está muito feliz.
Ex³: Joana/, cujo bom gosto esteve sempre ao seu lado/, recebeu mais uma homenagem.
“Ao tentar explicar o processo criativo, alguns autores de tendência psicanalítica oferecem argumentos interessantes
sobre como o inconsciente pode estar envolvido nisso. Para Storr, trata-se de uma relação entre criação e prazer que
parece valer tanto para a criação artística quanto para a científica. Beveridge faz referência a esse prazer quando consi-
dera a pesquisa científica uma aventura intelectual. O próprio termo aventura lembra ventura, que é sinônimo de pra-
zer, felicidade, além de englobar ainda a característica de alguém que está disposto a correr riscos e a enfrentar o des-
conhecido. Com relação às características do ambiente sociocultural, observam-se diferenças entre sociedades quanto à
extensão e à profundidade com que são cultivados os traços favorecedores da produção e a respeito de que oportuni-
dades são oferecidas para o desenvolvimento das habilidades e potencialidades de cada indivíduo. Constata-se que
valores diversos predominam em sociedades distintas com relação à inovação e ao estímulo ao talento criativo”.
Eunice Soriano de Alencar e Afonso Galvão. Condições favoráveis à criação nas ciências e nas artes. In: Ângela Virgolim (Org.). Talento criativo:
expressão em múltiplos contextos. Brasília: EDUNB, 2007, p. 105-9 (com adaptações).
► Use “C” para correto e “E” para errado. No desenvolvimento das ideias no texto, o pronome relativo “que”,
01- ( ) No 2º período, refere-se a “prazer”; por isso, admite a substituição por “o qual”.
02- ( ) No 4º período, tanto se refere a “aventura” quanto a “ventura”, pois os dois termos são tomados como sinô-
nimos.
03- ( ) No 4º período, depois de “alguém”, não poderia ser omitido, já que tal supressão acarretaria erro gramatical
no período em que se encontra.
04- ( ) No 5º período, é precedido pela preposição “com” porque se refere a “características do ambiente sociocultu-
ral”.
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05- ( ) No 5º período, é precedido pela preposição “de”, a qual não pode ser omitida, pois faz parte da expressão “a
respeito de”.
06 - ( ) O relativo “que”, depois de “prazer”, poderia ser substituído por “no qual”, sem que a correção gramatical
fosse comprometida.
07- ( ) Ao substituir a estrutura a seguir “quando considera a pesquisa científica...” por “cuja pesquisa científica é
considerada...”, os sentidos seriam alterados, mas a correção gramatical seria mantida.
08- ( ) O relativo “que”, após “alguém”, 4º período, pode ser substituído por “quem”, uma vez que faz referência a
um pronome que está intimamente ligado à ideia de “ser”.
09- ( ) A palavra “que”, último período, pode ser classificada como pronome relativo, já que permite substituição por
“os quais”.
10- ( ) A expressão “com que” poderia ser substituída pelo pronome relativo “onde” sem que a correção gramatical
fosse comprometida.
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E E C E C E C E E E
A disputa pelo controle de pontos de venda de drogas em favelas na Ilha do Governador — que provocou a morte de 12
traficantes há 11 dias — impôs nova noite de terror no bairro carioca. O tiroteio entre bandos rivais, em três diferentes
localidades, matou uma mulher que saía de uma padaria e feriu três pessoas, entre elas uma menina de seis anos. A
guerra entre integrantes de uma mesma facção criminosa fez que moradores do bairro se mantivessem no chão de suas
casas, atrás de móveis, enquanto durou a fuzilaria. Balas atravessaram a lataria de carros estacionados próximos às en-
tradas das favelas.
01- O primeiro QUE destacado no texto poderia ser substituído por O QUAL, pois ele se relaciona diretamente com a
palavra que a antecede, ou seja, Governador.
03- O conjunto “a morte de 12 traficantes há 11 dias” funciona como objeto direto do verbo da oração subordinada
adverbial.
04- O segundo QUE destacado no texto é um pronome relativo e pode ser substituído por CUJA sem que haja nenhum
dano à frase.
05- Já na frase “A violência urbana, cuja a vítima maior é sempre o cidadão, deve ser alvo de projetos mais ousados por
parte do Governo”, o pronome relativo CUJA está, sintaticamente, bem estruturado dentro do período e deve ser
classificado como Adjunto Adnominal.
01 02 03 04 05
E C E E E
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EXERCÍCIOS FINAIS
01- Na seguinte oração “Os viajantes, que possuem passaporte, podem viajar”.
► Em relação à frase, o único comentário falso é que:
03- Assinale a opção em que apresenta um período com oração subordinada adjetiva.
01 02 03
A A D
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. É iniciada por uma conjunção subordinativa causal ou por uma
locução conjuntiva subordinativa causal. São elas: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, sendo
que, dado que, na medida em que.
Também pode ser iniciada pela preposição Por, estando o verbo no infinitivo.
- Já que a polícia não conseguiu prender ninguém, a imprensa vem questionando a eficiência dos investigadores.
- Por ter deixado a cidade na infância, não viu as melhorias do governo.
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B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada
por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.
Exemplo:
Perceba que o verbo ser, na segunda oração, está subentendido: ele era mais esforçado que o irmão era.
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão. É iniciada por uma conjunção subordinativa concessiva
ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. São elas: embora, conquanto, não obstante, apesar de que,
se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese, a despeito de, malgrado.
Exemplos:
- Conquanto a comunidade venha reclamando do acúmulo de lixo, não é novidade vê-la despejando-o em qualquer lugar
público.
- O homem é um ser dotado de inteligência e capacidade, se bem que nem todos as aproveitam para o bem de si e dos
outros.
- Todos deixaram a sala de aula rapidamente, apesar de não terem terminado a prova.
Mesmo que ele traga todos os documentos, não há mais tempo hábil para sua inscrição.
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição. É iniciada por uma conjunção subordinativa condicional
ou por uma locução conjuntiva subordinativa condicional. São elas: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.
Também pode ser iniciada pela preposição A, estando o verbo no infinitivo.
Exemplos:
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E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa con-
formativa ou por uma locução conjuntiva subordinativa conformativa. São elas: como, conforme, segundo, consoante.
Exemplos:
- Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década passada
F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência. É iniciada pela conjunção subordinativa consecuti-
va que. Na oração principal normalmente surge um advérbio de intensidade tal, tanto, tamanho(a): (tão)... que, (tan-
to)... que, (tamanho)... que.
Exemplos:
- O esforço do presidente foi tal, que as obras terminaram antes do prazo previsto.
- Tamanha era impaciência do aluno, que não conseguia ficar
concentrado nem por um minuto.
G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma conjunção subordinativa temporal ou
por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que,
logo que, mal.
Exemplos:
Fico triste, sempre que vejo cenas de violência.
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por uma
locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de que, para que.
Também pode ser iniciada pela preposição Para, estando o verbo no infinitivo.
Exemplos:
- O brasileiro procura economizar no fim do ano para que consiga comprar mais em janeiro.
I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa
proporcional. São elas: à proporção que, à medida que, tanto mais...mais..., tanto mesmo...menos..., enquanto.
Exemplo:
01- “Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos. Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de
pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem re-
curvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo menos no que diz respeito a qualquer forma de
voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, em ninhos construídos no chão.
Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavel-
mente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu so-
bretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana”.
Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido e a correção, respecti-
vamente,por:
03- “Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas
basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos”.
a) O emprego de “Certamente”, no lugar de Decerto, expressaria a ideia de certeza, não encontrada no trecho.
b) Transpondo o uso do véu é imposto pela família para a voz ativa, a forma verbal obtida é “impõe”.
c) A ausência de vírgula após muitos casos constitui deslize do autor, pois, nesse específico contexto, ela é obri-
gatória.
d) Se, em vez de uma, fossem consideradas “duas mulheres”, o segmento estaria correto assim “mas basta duas
que os faça...”.
e) A expressão para que introduz a finalidade de uma ação, finalidade que o autor considera desejável.
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04- “As flores têm pétalas brancas; o fruto, uma cápsula fusiforme com 10 centímetros, provido de pequenas sementes
envoltas por pelos, ou painas. Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de
líquido, dá uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica. Ouve-se à distância o ruído do
movimento da água”.
O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em:
05- “Antes do pôr-do-sol, costumavam os homens arranchar-se e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijão
com toucinho, além da indefectível farinha, e algum pescado ou caça apanhados pelo caminho. Quando a bordo, e
por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera”.
a) modo e consequência.
b) causa e concessão.
c) temporalidade e causa.
d) modo e temporalidade.
e) consequência e oposição.
06- “A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudan-
ças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros”.
a) adversativo.
b) de consequência.
c) de finalidade.
d) de proporção.
e) concessivo.
Cartão de Natal
08- “Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvi-
mento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show
business”.
Na frase acima, o segmento destacado equivale a:
09- “Falha o arqueiro que ultrapassa o alvo, da mesma maneira que aquele que não o alcança”. (Adaptado de Mon-
taigne, Ensaios)
12- “Foi [Lévi-Strauss] um crítico demolidor da arrogância ocidental: os índios deixaram de ser relíquias do passado,
deixaram de ser alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais do que qualquer análise”.
O sinal de dois-pontos da frase acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido, por
a) entretanto.
b) a fim de que.
c) não obstante.
d) em razão do que.
e) mesmo porque.
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D B B A C C D B C D
“Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separa-
vam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estrutu-
ração de novas relações familiares, bem como à privatização do público”.
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01- A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é responsável pelo uso do modo subjuntivo em “tenha”; por isso, a
substituição dessa forma verbal por “tem” desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua.
“Dezenas de milhares de funcionários públicos gregos saíram às ruas em Atenas e Tessalônica para protestar contra as
medidas de austeridade, em um ambiente tenso que teve como saldo 10 pessoas detidas. Num momento em que o
fantasma do default ainda ronda este país altamente endividado, as forças policiais lançavam bombas de gás lacrimogê-
neo contra dezenas de jovens encapuzados que atiravam garrafas e pedras à margem da manifestação de Atenas, que
reuniu cerca de 18.000 pessoas, segundo a polícia”.
02- A oração “para protestar contra as medidas de austeridade” se relaciona com a oração anterior a partir de um vín-
culo de finalidade.
03- Seria facultativo o uso de uma vírgula após “Tessalônica”, sem comprometer a correção gramatical.
04- Seria possível (mantendo os sentidos originais), correto gramaticalmente e coerente articular a primeira oração do
texto à segunda a partir da troca de “para protestar” por “ao passo que protestavam”.
05- O segundo período é iniciado por uma oração de caráter temporal e permitiria, sem comprometer os sentidos ou
correção gramatical, a substituição da expressão “Num momento em que ”por “Enquanto”.
06- A oração “que reuniu cerca de 18.000 pessoas” tem natureza restritiva.
07- No último período, após “segundo”, é notória a elipse de um verbo de valor declarativo, como, por exemplo, “dis-
se”.
08- A substituição de “segundo” por “conforme” não altera a correção gramatical ou mesmo os sentidos textuais.
“Apesar de ter o maior índice de alta confiança na polícia, mesmo que seja abaixo dos 6%, o Nordeste também é a
região que tem o menor índice de sensação de segurança do País. Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Soci-
al (Sips) sobre segurança pública 2010, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 85,8% dos entrevistados têm
medo de serem assassinados”.
09- A substituição de “Apesar de” por “Porquanto” mantém correção gramatical do período desde que se substitua o
verbo “ter” por “tenha”.
10- A oração “mesmo que seja abaixo dos 6%” imprime uma relação de causa quando se refere à oração anterior.
11- A substituição de “mesmo que” por “posto que” mantém correção gramatical do período.
12- A oração “o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de segurança do País” pode ser ca-
racterizada como a oração principal da estrutura que imediatamente a antecede.
“Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que as vendas de
materiais de construção têm crescido acima da média do comércio em geral, mas que esse fator não se reflete em me-
lhores salários para os trabalhadores”.
Correio Braziliense
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13- Seria possível manter a correção gramatical ao se substituir a expressão “mas que” por “embora”.
“Segundo especialistas, esse comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define o pouco tempo que
permanecemos com os produtos que compramos. Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais
quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos
poucos, sem perceber, vamos construindo uma sociedade descartável”.
14- Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” ao anterior por
meio da conjunção “conquanto”, escrevendo-se do seguinte modo: “(...) profissionais, conquanto priorizamos (...)”.
“O cérebro não guarda informações como em um dicionário, em que o verbete “teatro” vai estar na letra “T”. Nele, a
palavra “teatro” é associada a experiências distintas por nós vividas. Algumas são lógicas, outras menos óbvias. Quanto
maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”.
15- O período “Quanto maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer” dá
ideia de proporcionalidade.
16- Ao se substituir “Quanto maior” por “À medida que cresce”, mantém-se a correção gramatical do período.
O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas, ajudar no desenvolvimento do aluno
com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação Nacional, conjunto de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro”.
“Na realidade, à exceção das manifestações indígenas, o restante do que se pode definir como cultura brasileira veio de
fora. A multirracialidade do país contribuiu para isso. Mesmo quando determinados movimentos estéticos adotaram um
comportamento nacionalista, os modelos foram importados. Apesar de as esculturas de Aleijadinho, do século XVIII,
terem fisionomia mestiça, esse era um artista barroco, com influência europeia. A Semana de Arte Moderna em São
Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano”.
18- Caso se substitua “Apesar de” por “Embora”, é necessário também substituir “terem” por “tenham”, de forma a
assegurar a correção gramatical do período.
“Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa decepção: não conseguiu pro-
duzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos”.
19- A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula seguida da expressão “uma vez que” prejudicaria a correção
gramatical e a informação original do período.
“Sabe-se que, no Brasil, a questão do acesso à escola não é mais um problema, já que a quase totalidade das crianças
ingressa no sistema educacional. Entretanto, as taxas de repetência dos estudantes são bastante elevadas...”.
20- A locução “já que” confere a noção de causa à oração em que ocorre.
Várias cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais convivem com oferta anual inferi-
or 2 milhões de litros por habitante, para uso direto e indireto. O consumo per capita dobrou em 20 anos, enquanto a
disponibilidade de água ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício: cerca de 30% da água
tratada é perdida em vazamentos nas ruas do país — só na Grande São Paulo o desperdício chega a 10 metros cúbicos
de água por segundo, o que daria para abastecer cerca de 3 milhões de pessoas diariamente.
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21- Prejudicam-se a coerência textual e as informações originais do texto ao se substituir o termo “enquanto” por “ao
passo que”.
A cena é muito comum: cidade afora, pessoas abusam do uso da água, lavando calçadas, passeios e carros. Mesmo que
o Brasil seja o grande reservatório de água doce do mundo (11,6% do total disponível, com cada brasileiro, em tese,
dispondo de 34 milhões de litros por ano, embora possa levar vida confortável com 2 milhões de litros anuais), tem na
distribuição o seu maior gargalo: 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem apenas 5% da população do país, com
os 20% restantes abastecendo 95% dos brasileiros.
22- A expressão “Mesmo que” confere ao trecho em que se insere a noção de condição, por isso, poderia ser trocada
por “A menos que”.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C C C E E E C C E E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E E C C C C C C
21 22
E E
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1
(Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH)
01. Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada
pelo nome da conjunção que a encabeça”.
Assinale uma alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:
a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa.
b) Ambos se amavam, contudo não se falavam.
c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças.
d) Chora, que as lágrimas lavam a dor.
e) O time ora atacava, ora defendia, e no placar aparecia o resultado favorável.
02. No período “Sabe-se que Jacó propôs a Labão que lhe desse todos os filhos das cabras...”, a alternativa que contém
a análise correta das orações, na sequência em que vêm no período, é:
03. Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o
erro, e Fabiano perdeu os estribos.”
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era.
Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e, portanto, deve ficar entre vírgulas?
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante
razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu."
07. No período "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumis-
mo", a oração destacada é:
a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa/ oração subordinada adverbial condicional
b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração subordinada substantiva objetiva direta
c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada adjetiva restritiva
d) Via-se muito que D. Glória era interesseira/ oração subordinada substantiva subjetiva
e) A ideia é tão santa que não está mal no santuário/ oração subordinada adverbial consecutiva
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09. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a ruas dos
finados.", a segunda oração é:
10. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se:
11. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração subordinada indica idéia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
- Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução fiel da realidade.
- Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
GABARITO 1
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D A D
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E D
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C D A B C C D
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 2
(Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH)
01- “Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver
uma vida tranquila em outro lugar.
As respectivas conjunções grifadas assumem no texto valor de:
a) Alternância e adversidade.
b) Alternância e dúvida.
c) Dúvida e adição.
d) Exclusão e adição.
e) Dúvida e conclusão.
02- “O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio”.
I- A conjunção destacada pode ser substituída por “mas”, preservando a correção e os sentidos.
II- A conjunção destacada não poderia ser substituída por “em contrapartida”, pois provoca truncamento na fra-
se.
III- A conjunção destacada classifica-se como coordenativa adversativa.
a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e III.
d) Somente I.
e) Somente III.
03- “Um estudo da Organização Mundial da Saúde aponta que quase 40% das vítimas do uso passivo de cigarros, ca-
chimbos, charutos etc. no Brasil são crianças”.
a) , e
b) , porque
c) , já que
d) , pois
e) :
04- “Segundo cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil
dos 7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade”.
A palavra destacada poderia ser corretamente substituída por:
a) Embora
b) À medida que
c) Em que pese
d) Consoante
e) Malgrado
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05- “Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a
entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de
confiança, que façam o que lhes for pedido”.
A estrutura destacada desempenha, na frase, valor sintático de:
a) Sujeito.
b) Objeto direto.
c) Agente da passiva.
d) Predicativo do sujeito.
e) Aposto.
06- “Trabalhar em grupo é uma operação tão prestigiada – na escola, no trabalho, no clube – que ninguém a discute. O
que é um perigo: as verdades dadas como indiscutíveis costumam paralisar as iniciativas”.
a) Concessão
b) Causa
c) Consequência.
d) Condição.
e) Conformidade.
07- “Reconhecer o rosto de cada membro num time de verdade não é ceder a algum nefasto individualismo: é saber
reconhecer e identificar o valor de cada sujeito”.
08- “Reia, uma lua de Saturno com 1.500 km de diâmetro e composta basicamente de rocha e gelo, tem uma atmosfera
tênue que é composta por 70% de oxigênio e 30% de gás carbônico, dois gases que, na Terra, são essenciais para as
formas mais complexas de vida”.
a) Consequência / causa
b) Explicação / restrição
c) Restrição / restrição.
d) Modo / explicação.
e) Restrição / explicação.
10- Em “Convém que a leitora do Jornal do Brasil e outros desinformados saibam que o eucalipto é uma árvore preda-
dora”, a oração destacada desempenha papel de:
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a) Sujeito oracional.
b) Objeto direto oracional.
c) Complemento oracional
d) Restrição.
e) Explicação.
11- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e acrescentarmos “Se” à forma verbal “informou”, na frase “
Ninguém informou que haverá aula”, o sujeito da oração principal é:
a) Ninguém.
b) Aula.
c) Indeterminado.
d) Que haverá aula.
e) Inexistente.
12- Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada
pelo nome da conjunção que a encabeça”.
Assinale uma alternativa em que aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:
13. Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o
erro, e Fabiano perdeu os estribos.”
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante
razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu."
15. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma comunidade distante, dobrando a ruas
dos finados.", a oração destacada é:
a) causal
b) consecutiva
c) concessiva
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d) comparativa
e) subjetiva
16. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se, na oração destacada, sentido
de:
a) conformidade
b) condicionalidade
c) causalidade
d) concessividade
e) finalidade
17. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração destacada indica ideia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas:
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D C E D B B A C D A
11 12 13 14 15 16 17 18
D D D C B C C C
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. Como a palavra “porque” pode assumir várias ortografias
e funções dentro de um mesmo texto, é totalmente viável que você conheça cada uma delas. As organizadoras cobram
esse assunto de várias maneiras: podem sugerir trocas de um determinado “porquê” por outro; substituição do “por-
quê” por dois-pontos, comum no CESPE, na FCC e na UECE; supressão total da palavra a fim de que você reconheça se
os sentidos e correção gramatical são mantidos etc.
DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada um dos “porquês” assume dentro do texto.
DICA DE ESTUDO: Faça bastante exercício, é necessário que você memorize bem cada um deles para que não os
confunda na hora da prova.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
STATUS: Dependendo da banca, em sala e com o professor; de outro modo, em casa e com leitura individual.
Quando for a junção da preposição “por” + pronome interrogativo ou indefinido “que”, possuirá o significado de “por
qual razão” ou “por qual motivo”:
Exemplos:
Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as
flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.
Exemplo:
- Os assuntos por que o jovem se interessava tinham muita relevância. (pelos quais)
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, deverá vir separado e acentuado, e continuará
com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.
Exemplos:
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É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”.
Exemplos:
- Não fui ao cinema, porque tenho que estudar para a prova. (pois)
- Não vá fazer intrigas, porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.
Exemplos:
- Diga-me dois porquês para não fazer o que devo. (duas razões)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
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GABARITO
a) Por que
b) Porquê
c) Por que
d) Por quê
e) Porque
f) Porquê
g) Por que
h) Por que
i) Por que
j) Porquês
k) Porque
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. A palavra “SE” pode assumir diversas funções no texto. As
diferenças são, quase sempre, muito sutis. Portanto, atenção.
DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada “SE” assume dentro do texto. É aqui que as
organizadoras podem indagar aos candidatos se o “SE” do 1º parágrafo de um determinado texto pode ser classificado
da mesma maneira que o “SE” do 3º parágrafo.
DICA DE ESTUDO: Não são todos os casos de “SE” que são cobrados em provas. Haverá sempre preferências en-
tre as organizadoras. Por isso, é bom ficar atento quando o “SE” for: pronome apassivador (PA), índice de indetermina-
ção do sujeito (IIS), pronome reflexivo ou parte integrante do verbo. Quanto aos demais, são raros em provas de con-
cursos.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
► Será conjunção.
a) Conjunção integrante:
DICA: Sempre que você substituir a oração iniciada pelo SE por ISSO, e tal substituição fizer sentido, constata-se que o
SE é conjunção integrante.
b) Conjunção condicional.
DICA: O SE condicional fará parte de uma oração de valor hipotético, provável ou incerto. Esse mesmo SE terá o valor
da conjunção CASO, e, por esta, muito provavelmente, poderá ser substituída.
- A população poderia ser compreensiva com os políticos se eles tivessem mais compromisso com os seus programas
eleitorais.
- Se todos compreendessem o verdadeiro sentido da palavra respeito, a humanidade cresceria muito mais.
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c) Conjunção temporal.
DICA: A oração em que esse SE se insere não terá valor hipotético, provável ou incerto, mas sim de certeza, de convic-
ção e/ou de fato. Será equivalente à conjunção QUANDO, e por esta poderá ser substituído.
- Se as chuvas devastam cidades todos os anos, os governantes dizem a mesma coisa: que a tragédia não era esperada.
- O país deixa de arrecadar uma fortuna em impostos se não fiscaliza os grandes sonegadores.
d) Conjunção causal.
DICA: Certamente, o SE menos comum de todos. A oração em que ele estiver envolvido relacionar-se-á com uma se-
gunda de valor consecutivo. Permite troca por JÁ QUE, PORQUANTO, COMO etc.
1. “SE” será pronome reflexivo quando a ação verbal puder ser desempenhada, voluntariamente ou não, pelo su-
jeito contra si mesmo.
2. Essas ações são, quase sempre, físicas (objetivas e/ou conscientes), mas podem ser também psicológicas (subje-
tivas e/ou inconscientes).
3. O contexto, nessas horas, é fundamental.
Exemplos:
b) Partícula apassivadora:
Exemplos:
- Destina-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade social.
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Ex.:
- As flores murcharam-se todas.
- O amor foi-se embora.
- Os atletas partiram-se chorando.
Ex.:
- O homem arrependeu-se de suas palavras.
- A jornalista se referiu aos casos de irregularidade.
- O talentoso artista suicidou-se nesta manhã.
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3 - No período "O irmão deixou-se envolver por más companhias ", o SE é classificado como:
a) Conjunção Subordinativa
b) Pronome Reflexivo.
c) Pronome Apassivador
d) Índice de Indeterminação do Sujeito.
e) Partícula Expletiva ou de Realce
a) Conjunção Subordinativa.
b) Pronome Reflexivo.
c) Pronome Apassivador.
d) Índice de Indeterminação do Sujeito.
e) Partícula Expletiva ou de Realce.
a) Conjunção Subordinativa
b) Pronome Reflexivo.
c) Parte Integrante do verbo.
d) Pronome Apassivador
e) Partícula Expletiva ou de Realce
RESPOSTAS
01- Pronome apassivador; índice de indeterminação do sujeito; partícula de realce; conjunção condicional; conjunção
integrante.
02- (2), (4), (1), (5), (3).
03- B
04- A
05- C
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Razoável. A palavra “QUE” também pode assumir diversas funções no
texto.
DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada “QUE” assume dentro do texto. É aqui que as
organizadoras exploram as diferenças entre um “QUE” pronome relativo e um “QUE” conjunção integrante, por exem-
plo. Sugiro que você volte ao conteúdo “Sintaxe da oração e do período” e revise os potencias dessa palavra. É dentro
das orações, funcionando como conector (ou elemento de coesão, como algumas organizadoras preferem), que a pala-
vra “QUE” costuma ser mais perigosa.
DICA DE ESTUDO: Não são todos os casos de “QUE” que são cobrados em provas. Haverá sempre preferências
entre as organizadoras. Por isso, é bom ficar atento quando o “QUE” for: pronome relativo, conjunção integrante e con-
junção coordenativa explicativa. Quanto aos demais, são menos frequentes.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova).
1- SUBSTANTIVO: Com o sentido de algo, alguma coisa (como substantivo deve ser acentuado)
Ex.: Ele tem um quê de misterioso. Todos os gênios têm um quê de loucos.
2- PRONOME ADJETIVO:
A casa em que João mora é muito ventilada. (sintaticamente = adjunto adverbial de lugar)
A situação por que passei foi delicadíssima. (sintaticamente = por + que = objeto indireto )
6- ADVÉRBIO:
Ex.:
8- PARTÍCULA ENFÁTICA: (DE REALCE, ou EXPLETIVA, não tendo, assim, função na oração)
Ex: Há anos que não o vejo. (Há anos não o vejo.) - Trata-se, nesta frase, de mero adorno.
Aparece constantemente nas expressões: é que, foi que, era que, será que, seria que...
Ex: Eu é que dei o recado. - Será que vai chover? - Isso é que é... (uma oração só)
EXERCÍCIOS I
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a) Pronome
b) Advérbio
c) Preposição
d) Conjunção
e) Interjeição
a) Pronome
b) Advérbio
c) Preposição
d) Conjunção
e) Interjeição
a) Pronome
b) Advérbio
c) Preposição
d) Conjunção
e) Interjeição
RESPOSTAS
EXERCÍCIOS II
Texto I
“O governo estadual está adotando uma série de medidas com o objetivo de transformar o Departamento Estadual de
Trânsito (Detran) num órgão eficiente, desburocratizado, transparente e acessível a todo cidadão. Falhas de gestão
permitiram que ele fosse dominado, nas últimas décadas, por esquemas de corrupção e falcatruas de todo tipo, que
beneficiavam várias máfias em prejuízo da população, sempre mal atendida. No dia 10 de março, o governador Geraldo
Alckmin assinou o decreto que transfere o Detran da Secretaria da Segurança Pública para a Secretaria de Gestão Públi-
ca. Com a mudança, 1.394 policiais, incluindo delegados e investigadores, voltarão às suas atividades na área de segu-
rança pública”.
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01- As duas evidências de “que”, depois de “permitiram” e antes de “ beneficiavam”, apresentam igual classificação
morfossintática.
02- A palavra “que” depois de “decreto” pode ser substituída por “do qual” sem que a correção gramatical seja com-
prometida.
03- A estrutura oracional reduzida “incluindo delegados e investigadores” permite reescritura, a fim de que alcance
desenvolvimento, da seguinte forma: “que incluem delegados e investigadores”.
Texto II
“Os bens de consumo duráveis acusam, com dados dessazonalizados, recuo de 2,3%, apesar de um crescimento de 4,7%
no caso dos veículos automotores, o que parece indicar que a indústria não está acreditando muito nos efeitos da políti-
ca de restrição do crédito. Em compensação, a queda de produção desses bens se vincula à importação favorecida pela
nova onda de desvalorização do real ante o dólar.
(...)
É possível que os dados da produção industrial tenham sido favorecidos com mais dias úteis do que fevereiro de 2010.
Porém, o importante é que a demanda doméstica continua robusta”.
04- Por ser um pronome relativo, “que”, após “o”, pode ser substituído por “o qual”, já que faz referência ao termo
imediatamente anterior a si.
05- Como “que”, depois de “indicar”, é uma conjunção integrante, sua substituição por “se” não alteraria os sentidos
originais, nem comprometeria as relações sintáticas.
06- O vocábulo “se”, depois de “bens”, permite, preservando a correção gramatical, substituição por “que”.
07- A palavra “se”, depois de “bens”, cumpre o papel sintático de complemento direto e apresenta valor reflexivo.
08- A estrutura de voz passiva analítica “os dados da produção industrial tenham sido favorecidos” poderia ser substi-
tuída por “se tenham favorecido os dados da produção industrial”, agora, na voz passiva sintética.
Texto III
É importante para as empresas que atuam no setor, para as demais empresas, que dependem de conexão rápida e con-
fiável com a internet, e para os cidadãos em geral conhecer as metas oficiais para os próximos anos. Mas, no caso da
banda larga, as metas são pouco ambiciosas se comparadas com as de outros países e, principalmente, quando são le-
vadas em conta as necessidades futuras do País.
(...)
A tributação é apontada como um dos principais responsáveis pelo alto custo. Estima-se que, do valor da assinatura
mensal, os tributos representem 40% (no Japão, correspondem a 5% e na Argentina, a 27%). O ministro Paulo Bernardo
previu que, com o corte de tributos federais, a banda larga popular poderá custar R$ 35. Se os Estados reduzirem o
ICMS, o valor poderá ficar abaixo de R$ 30 por mês. É uma medida elogiável, mas ainda insuficiente, diante do custo da
banda larga no País.
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09- Embora a palavra “que” (início do primeiro período) se refira a “empresas”, sua substituição por “onde” não preser-
varia a correção gramatical, tampouco as relações originais de sentido.
10- A palavra “se”, depois de “ambiciosas” pode ser classificada como pronome apassivador.
11- A palavra “se”, depois de “ambiciosas” pode ser substituída por “caso”, já que imprime no texto relação de condi-
ção.
12- “SE”, na estrutura “Estima-se que...”, indica que o sujeito da oração é indeterminado.
13- “SE”, ante de “os Estados reduzirem...”, indica nexo de condição, e poderia ser substituído por “Caso”, sem que os
sentidos, nem a correção gramatical fossem comprometidos.
Texto IV
“Não vejo mais como me furtar a um comentário sobre o Egito. A confusão ali, afinal, pode virar do avesso a geopolítica
do Oriente Médio e, por extensão, a do globo.
Comecemos pelos consensos. Existe uma unanimidade no mundo árabe. É a de que os valores ocidentais não podem ser
simplesmente importados e implantados sem tradução. Por isso, os países árabes precisam encontrar seu próprio cami-
nho, que deve culminar na união de todas as nações da região. Em minha modesta interpretação, isso tem a ver com a
noção de "umma". Modernamente, a palavra pode ser traduzida como "nação". Seu significado primordial, contudo, é o
de "comunidade", que idealmente engloba todo o islã e à qual todo bom muçulmano deve submeter-se, sem dissenso
(ou quase). O termo, que aparece 64 vezes no Alcorão, é derivado da palavra "umm", que significa "mãe". Uma alterna-
tiva de tradução à Caetano Veloso seria "mátria". A concórdia para nessa ideia de diferença em relação ao Ocidente e
união entre os árabes.
Para lograr esse objetivo, uma parte se voltou para o nacionalismo secular. É dessa tradição que Hosni Mubarak é her-
deiro, muito embora o pan-arabismo já tenha contado com representantes mais populares, notadamente Gamal Abdel
Nasser (1918-70).
O outro ramo é o dos que apostaram na religião como força unificadora. É aí que se encaixa a Irmandade Muçulmana
("al Ikhuan"). Fundada em 1928, é a primeira representante do pan-islamismo”.
14- Na estrutura “(...)contudo, é o de "comunidade", que idealmente engloba todo o islã e à qual todo(...)”, as senten-
ças destacadas poderiam ser substituídas, sem causar prejuízo ao texto por, respectivamente “a qual” e “a que”.
15- A expressão “à qual” (antes de “todo”) desempenha o papel sintático de assistir os sentidos do verbo “submeter-
se”, que reclama complementação indireta.
16- A palavra “que” (depois de “termo”) funciona, sintaticamente, como sujeito.
17- A palavra “se” (depois de “uma parte”) recebe classificação gramatical de pronome apassivador, uma vez que im-
prime à oração valor de passividade.
18- A palavra “que” (último parágrafo) funciona como partícula expletiva e se mantém ligada à oração porque faz refe-
rência a “ramo”.
19- A palavra “se” (antes de “encaixa”, último parágrafo) desempenha papel de pronome reflexivo, já que a ação de
“encaixar” permite movimento de dupla referência.
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Texto V
Embora não notifique todas as denúncias de violência financeira que recebe, o Ministério Público do DF abre dois inqué-
ritos por mês, em média, que se tornam, em seguida, processos judiciais contra os exploradores. “Num contexto em que
o idoso não costuma denunciar, é um número alto de ocorrências. E posso afirmar que em 100% dos casos temos a fa-
mília envolvida”, diz Sandra Julião, promotora da área do idoso no DF.
Correio Braziliense, 05/ 04/ 11
20- A palavra “se” pode ser classificada como uma parte integrante do verbo, dentre outras razões, porque não de-
sempenha função sintática. Seu papel é o de pronominalizar o verbo, o que implica importante mudança para a es-
trutura da frase. Sua ausência comprometeria tanto os sentidos textuais como as regras gramaticais.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E C C E E C C C E
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E C C C E E E C
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. Entender esse assunto significa enxergar algo a mais nu-
ma simples frase e até melhorar na interpretação de certos enunciados.
DICA: Se há uma organizadora que explora bastante esse tema, esta é a FCC. Nas provas de todos os níveis é
possível encontrar questões sobre esse assunto. O CESPE também o explora, mas não costuma “avisar” ao candidato
que está tratando de tal assunto. Por exemplo, é comum que o CESPE diga “A substituição de ‘erguem-se’ (linha 10) por
‘são erguidas’ prejudica a correção do período”. Ora, é uma nítida questão de passividade verbal. A organizadora quer
que você reconheça se a passagem da “voz passiva sintética” para a “voz passiva analítica” mantém a correção gramati-
cal.
DICA DE ESTUDO: Cuidado com os modos e tempos verbais. É fundamental que você não confunda o pretérito
perfeito como o imperfeito, por exemplo. Assim, se a questão pede para que você passe a seguinte frase para a voz
passiva analítica “O projeto trouxe benefícios”, e você pensar que “Benefícios são trazidos pelo projeto” é a estrutura
correta, você está confundindo os tempos verbais. Corrigindo: se “trouxe” está no pretérito perfeito, o verbo “ser” deve
ficar também no pretérito perfeito “foram”, e não no presente.
► Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe (ao mesmo tempo) a
ação verbal.
01) Voz Ativa: quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Exemplos
02) Voz Passiva: quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora) e sujeito paciente.
Exemplos
- Entregam-se encomendas.
- Aluga-se casa.
- Compram-se roupas usadas.
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B) Voz Passiva Analítica: a voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo princi-
pal indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva. Veja mais detalhes
aqui.
Exemplos
a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Exemplos:
- Carla machucou-se.
- Raimundo cortou-se com a faca.
b) Reflexiva recíproca: será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a
ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Exemplos
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte maneira:
3- Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
Sujeito = os jogadores.
Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
Agente da passiva = pela torcida.
EXERCÍCIO
01- Transpondo para a voz passiva a frase “Ele tinha estabelecido um roteiro de fiscalização do dia”, obtém-se a forma:
a- tivera estabelecido
b- foi estabelecido
c- estava estabelecendo
d- tinha sido estabelecido
e- estava sendo estabelecido
02- Transpondo para a voz passiva a frase “a menina estava compondo uma bela música”, obtém-se a forma:
a- Era composta
b- Tinha sido composta
c- Estava sendo composta
d- Fora composta
e- Estaria sendo composta
04- Transpondo para a voz ativa a oração “O dissídio já havia sido homologado”, o verbo apresentará a forma:
a- homologara-se
b- homologar-se-ia
c- homologariam
d- haviam homologado
e- houvera sido homologado
05- Passando para a voz ativa a frase “O texto será corrigido pelo técnico especializado”, obtém-se a forma verbal:
a- corrigirá
b- fará a correção
c- corrigir-se-á
d- vai corrigir
e- deve corrigir
06- Passando para a voz passiva a frase “Lídia ia marcando as falhas tipográficas sobre o próprio texto”, obtém-se a
forma verbal:
a- estava marcando
b- foi sendo marcado
c- foram marcados
d- iam sendo marcadas
e- eram marcados
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GABARITO
01 02 03 04 05
D C D A D
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RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Baixa. As organizadoras vêm trabalhando muito pouco com esse tema.
As regras do Novo Acordo Ortográfico só serão mesmo obrigatórias a partir de 2013. Logo, convivem, atualmente, duas
ortografias oficiais no Brasil. Por esse motivo, as organizadoras estão dando tempo ao tempo. Penso que, depois de
2013, questões sobre esse assunto deverão ser mais frequentes. Por enquanto, são raras.
DICA: Quando o edital sair, verifique se há prova de redação (prova discursiva). Caso haja, note que o edital dirá
qual modelo ortográfico você deverá seguir. Quase sempre, as organizadoras pedem que o candidato escolha um dos
dois modelos.
DICA DE ESTUDO: Embora muitos alunos fiquem bastante preocupados com o Novo Acordo Ortográfico, este
não é o assunto mais relevante dos programas. Por isso, não tente, intempestivamente, memorizar todas as mudanças.
Relaxe, o novo acordo só alterou 0,5% das regras de ortografia. Pense comigo: se já são poucas as questões envolvendo
esse tema, e se somente 0,5% foi alterado, o risco de cair uma questão é baixo. Contudo, é sempre bom examinar com
calma o edital; se nele contiver afirmações do tipo: “Será cobrado Novo Acordo Ortográfico”, aí, você deve ler com bas-
tante calma o que há neste primeiro capítulo. Por essas razões, caso queira, você pode até pular este capítulo. Comece
pelo próximo assunto. Aconselho que você vá lendo as novas regras aos poucos, afeiçoando-se a elas devagar, sem cor-
rerias.
POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no mínimo, uma (isso numa prova de 10 questões);
para nível médio, no máximo, uma (isso numa prova de 10 a 20 questões); já para nível superior a possibilidade é míni-
ma, quase zero.
1- Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas: árvore, lâmpa-
da, déficit, esplêndido.
2- Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o acento tônico na penúltima sílaba) terminadas em:
A) a, e, o, seguidos ou não de s: cá, vatapá, fé, café, pó, cipó, avô, pôs, você, vocês, mês, três.
B) ém, éns, excluindo-se os monossílabos: armazém, armazéns, alguém, também, parabéns; mas: tem (ele), tens, vem
(ele), vens;
C) êm, na terceira pessoal do plural dos verbos: têm (eles), vêm (eles), detêm (eles), provêm (eles).
4- Acento nas vogais i e u: Para serem acentuadas, as vogais I e U precisam preencher as seguintes condições:
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a) ser tônicas;
b) ser precedidas de vogal;
c) formar sílaba sozinha ou com S: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre.
Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q RS U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em
várias situações. Por exemplo:
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung
fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
• Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que, qui.
Atenção:
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na
penúltima sílaba).
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andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
colméia colmeia
Atenção:
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas
terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Atenção:
Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exem-
plos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
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Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do
indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo:
Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que
foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
Eles intervêm em
todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento
deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indica-
tivo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, de-
saguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente
do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
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Exemplos:
c) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é
tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
Exemplos:
• Uso do hífen
Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria contro-
vertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orien-
tam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que
podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro,
entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró,
pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
Exemplos:
anti-higiênico anti-histórico
co-herdeiro macro-história
mini-hotel proto-história
sobre-humano super-homem
ultra-humano
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial agroindustrial
anteontem antiaéreo
antieducativo autoaprendizagem
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autoescola autoestrada
autoinstrução coautor
coedição extraescolar
infraestrutura plurianual
semiaberto semianalfabeto
semiesférico semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar,
coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou
s.
Exemplos:
anteprojeto antipedagógico
autopeça autoproteção
coprodução geopolítica
microcomputador pseudoprofessor
semicírculo semideus
seminovo ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, dupli-
cam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico antirracismo
antirreligioso antirrugas
antissocial biorritmo
contrarregra contrassenso
cosseno infrassom
microssistema minissaia
multissecular neorrealismo
neossimbolista semirreta
ultrarresistente ultrassom
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
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Exemplos:
anti-ibérico anti-imperialista
anti-inflacionário anti-inflamatório
auto-observação contra-almirante
contra-atacar contra-ataque
micro-ondas micro-ônibus
semi-internato semi-interno
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado inter-racial
inter-regional sub-bibliotecário
super-racista super-reacionário
super-resistente super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc.
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez hiperativo
interescolar interestadual
interestelar interestudantil
superamigo superaquecimento
supereconômico superexigente
superinteressante superotimismo
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar além-túmulo
aquém-mar ex-aluno
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ex-diretor ex-hospedeiro
ex-prefeito ex-presidente
pós-graduação pré-história
pré-vestibular pró-europeu
recém-casado recém-nascido
sem-terra
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamen-
te vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol madressilva
mandachuva paraquedas
paraquedista pontapé
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen,
ele deve ser repetido na linha seguinte.
Exemplos:
- Na cidade, conta-se que ele foi viajar.
- O diretor recebeu os ex-alunos.
Regra básica
Anti-higiênico, super-homem.
Outros casos
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Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras inicia-
das por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-
americano etc.
3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coor-
denar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
ACORDO ORTOGRÁFICO
Exercícios - Lista 1
1 – Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja grafia não atende ao previsto no Acordo Ortográfico:
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2 – Assinale a opção em que figura uma forma verbal grafada, consoante a nova ortografia, erroneamente:
a) verbo ter:
tem detém contém mantém retém
têm detêm contêm mantêm retêm
b) verbo vir:
vem advém convém intervém provém
vêm advêm convêm intervêm provêm
3 – Identifique a alternativa em que um dos vocábulos, segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente acen-
to gráfico:
4 – As sequências abaixo contêm paroxítonas que, segundo determinada regra do Acordo Ortográfico, não são acen-
tuadas. Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica:
5 – Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as novas regras:
6 – Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-, pré- e pró-, quando átonos, aglutinam-se com o segundo
elemento do termo composto.Marque a alternativa em que, segundo as novas regras, há erro de ortografia:
7 – O uso do acento diferencial, consoante as novas regras, é facultativo nos seguintes casos, exceto em:
8 – Identifique a alternativa em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as novas regras:
RESPOSTAS
01 02 03 04 05 06 07 08
E D D A C A B B
Acordo Ortográfico
Exercícios - Lista 2
a) capim-açu;
b) anajá-mirim;
c) abaré-guaçu;
d) tamanduá-açu;
e) trabalhador-mirim.
a) sino-japonês – sinorrusso;
b) hispano-árabe – hispano-marroquino;
c) teutoamericano – teutodescendente;
d) anglo-brasileiro – anglo-descendente;
e) angloamericano – anglofalante.
a) averíguo – averiguo;
b) averíguas – averiguas;
c) averígua – averigua;
d) averíguamos – averiguamos;
e) averíguam – averiguam.
a) coabitar – coerdeiro;
b) coexistência – coindicado;
c) cofundador – codominar;
d) co-ordenar – co-obrigar;
e) corresponsável – cossignatário.
a) parabactéria;
b) parabrisa;
c) parachoque;
d) paralama;
e) paravento.
a) para-biologia;
b) para-psicologia;
c) para-linguagem;
d) para-normal;
e) para-chuva.
a) pró-ativo – proativo;
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b) pró-ótico – proótico;
c) pré-eleição – preeleição;
d) pré-demarcar – predemarcar;
e) pré-eleito – preeleito.
a) predelinear;
b) predestinar;
c) pré-questionar;
d) preexistência;
e) proembrionário.
a) arguiamos;
b) arguiríamos;
c) arguíssemos;
d) arguímos;
e) arguirmos.
a) arco e flecha;
b) arco de triunfo;
c) arco de flores;
d) arco da chuva;
e) arco da velha.
RESPOSTAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A C E B D D A E B C
11 12
A E
“Ontem o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, assinou um decreto que autoriza a concessão de vistos temporá-
rios a imigrantes do norte da África que fugiram de seus países por conta dos recentes graves ações políticas.
(...)
O anúncio foi feito pelo ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, e não agradou ao governo francês, que teme uma
onda de imigração, já que, com os vistos, os imigrantes poderiam circular pela UE e levá-la a complicadas situações”.
► Com relação às regras de acentuação gráfica, assinale C para certo e E para errado.
01- ( ) O acento agudo ocorre em “Itália” porque se tem aí presença de vocábulo proparoxítono.
03- ( ) O verbo “assinou”, na 3ª pessoa do futuro do pretérito do indicativo, é grafado assim: “assinaría”.
05- ( ) Por ser uma paroxítona terminada em “a”, “África” recebe acento gráfico.
07- ( ) A supressão do acento agudo de “políticas” geraria novo vocábulo, incompatível com o contexto.
08- ( ) Por ser palavra oxítona terminada em “e”, seguida de “s”, “francês” deve receber acento circunflexo.
09- ( ) O acento em “anúncio” se dá porque tal palavra é uma paroxítona terminada em ditongo crescente.
10- ( ) Caso o acento de “anúncio” fosse suprimido, teríamos agora a formação de uma palavra pertencente a outra
classe gramatical.
11- ( ) O acento da palavra “já” se justifica pela mesma razão que “fé”, “chá”, só” e “aí” são corretamente acentua-
dos.
12- ( ) Caso o verbo “autorizar” em “...um decreto que autoriza” fosse para 3ª pessoa do futuro do presente ou do
futuro do pretérito o uso de acento agudo (no dois novos tempos) seria obrigatório, mas por razões distintas.
13- ( ) Em “...e não agradou ao governo...”, caso o verbo destacado fosse para 2ª pessoa do singular do pretérito
mais que perfeito, não haveria acento gráfico, já que a tonicidade recai na penúltima sílaba; contudo, se o mesmo
verbo, na mesma pessoa, fosse, agora, para o futuro do presente, o acento agudo seria obrigatório, uma vez que se
tem aí vocábulo oxítono terminado em “a”, seguido de “s”.
14- ( ) O uso de acento agudo em “levá-la” se justifica porque têm-se aí palavra oxítona terminada em “a”.
15- ( ) Em “Já que é difícil comprovar o amor, é muito melhor intuí-lo”. O uso de acento agudo se justifica porque se
tem aí vocábulo oxítono terminado em vogal “i”.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E E C E C C C C C
11 12 13 14 15
E E C C E
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Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comu-
nicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de vista do Poder Executivo. A redação oficial deve caracterizar-se pela impes-
soalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que devem
igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais. Não se concebe que um ato normativo de qualquer
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um
texto legal não seja entendido pelos cidadãos. Implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
A Impessoalidade
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a)
alguém que comunique, b) algo a ser comunicado, e c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação ofici-
al, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço,
Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatário dessa
comunicação ou é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros Poderes da
União.
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais
decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado
por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome do Serviço Público que é feita a comunicação.
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão,
sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma
homogênea e impessoal.
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural que não cabe qualquer tom particular ou pessoal.
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à
concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se
fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o
substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
conhece o assunto”.
Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira
pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses
pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que com-
põe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria
deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
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Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado:
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo
Presidente da República;
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado
Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
Oficiais-Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo
c) do Poder Judiciário
Vocativo
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo
respectivo:
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
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Envelope
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguin-
te forma:
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é:
Senhor Fulano de Tal,
(...)
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no123
12345-000 – Curitiba. PR
Fechos para Comunicações
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a
seguinte:
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Tipos de documentos
A) Atos Comprovativo-Declaratórios
São os atos pelos quais se declara, para fins de comprovação, o que consta de um assentamento ou processo ou, ainda,
o que é apenas do conhecimento de quem assina o ato.
1º) Alvará
2º) Certificado
3º) Atestado
4º) Declaração
5º) Certidão
B) Atos de assentamento
São atos que se destinam a registros. Esses documentos contêm assentamentos sobre fatos ou ocorrências.
1º) Apostila
2º) Ata
3º) Auto de Infração
1º) Contrato
2º) Convênio
3º) Termo Aditivo
D) Atos de Correspondência
Os atos de correspondência são aqueles que têm por finalidade estabelecer comunicações entre pessoas, órgãos ou
entidades.
1º) Aviso
2º) Carta
3º) Circular
4º) Exposição de Motivos
5º) Memorando
6º) Mensagem
7º) Ofício
E) Atos Deliberativo–Normativos.
Os atos normativos são aqueles que transmitem orientações do Executivo, visando à correta aplicação a lei.
F) Atos Enunciativo-Esclarecedores
Atos enunciativos são aqueles que se limitam a emitir opinião sobre determinado assunto ou declarar um fato com base
em dispositivos legais.
1º) Relatório
2º) Parecer
3º) Despacho
G) Outros atos
1º) Relatório
2º) Parecer
3º) Despacho
O Padrão Ofício
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memoran-
do. Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício. As
peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças.
Definição e Finalidade
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso
é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é
expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos
da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destina-
tário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
02- Memorando
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminen-
temente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes, etc. a
serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para
evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio
documento e, no caso de falta de espaço, em
folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve
ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício (v. 3. O Padrão Ofício). O anexo que acom-
panha a exposição de motivos que proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo
descrito adiante.
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela
que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato
normativo.
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do
Presidente da República, sua estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
04- Mensagem
Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens
enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor o
plano de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que depen-
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dem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de inte-
resse dos poderes públicos e da Nação.
05- Telegrama
Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de tele-
grama toda comunicação oficial expedida por meio de telegrafia, telex etc. Por tratar-se de forma de comunicação dis-
pendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas situa-
ções que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também em
razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão
Definição e finalidade
O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal forma de
comunicação para transmissão de documentos.
Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida
para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. O campo
assunto do formulário de correio eletrônico mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organização docu-
mental tanto do destinatário quanto do remetente.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem que
encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo. Sempre que disponível, deve-se utilizar
recurso de confirmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar da mensagem pedido de confirmação de re-
cebimento.
Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, i. é, para que
possa ser aceita como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remeten-
te, na forma estabelecida em lei.
07- CERTIDÃO
Documento fornecido pela administração ao interessado, afirmando a existência de ato ou assentamentos constantes
de processo, livro ou documentos que se encontrem nas repartições públicas. A certidão autenticada tem o mesmo
valor probatório do original, como documento público, e seu fornecimento gratuito por parte da administração pública
que a expediu; conforme artigo 5º,XXXIV b da Constituição da República Federativa do Brasil –1998.
08- APOSTILA
Apostilar é o mesmo que notar à margem, emendar, corrigir. É a complementação de um ato. Apostila é o aditamento a
um ato administrativo anterior, para fins de retificação ou atualização. Trata-se de um ato aditivo, confirmatório de alterações de
honras, direitos, regalias ou vantagens, exarado em documento oficial, com finalidade de atualizá-lo. A apostila tem por
objetivo a correção de dados constantes em atos administrativos ou o registro de alterações na vida funcional de um
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servidor, tais como promoções, lotação em outro setor, majoração de vencimentos, aposentadoria, reversão à atividade, dentre
outros. Geralmente, a apostila é feita no verso do documento a que se referir. Pode, no entanto, caso não haja mais espaço para o
registro de novas alterações, ser feita em folha separada (com timbre oficial), que será anexada ao documento principal.
É lavrada como termo e publicada em órgão oficial.
09- ATA
É o registro resumido e claro, exato e metódico de fatos, ocorrências, resoluções e decisões de assembleias numa ses-
são de corpo deliberativo ou consultivo, conselhos, congregações, ou outras entidades semelhantes, de pessoas reuni-
das para determinado fim.
A Ata é documento que tem valor jurídico. Por essa razão deve ser lavrada de tal maneira que não possam introduzir
modificações posteriores. Geralmente é lançada em livro próprio, devidamente autenticado, cujas páginas são rubrica-
das por quem redigiu os termos de abertura e de encerramento, o que lhe dá cunho oficial. Há os que substituem os
livros por folhas soltas, sistema que, embora ofereça algumas vantagens de caráter prático, tem, por outro lado, sérios
inconvenientes, tais como a facilidade de extravio, de acréscimos ou de modificações posteriores, com objetivos fraudu-
lentos. Para se evitarem fraudes, é possível fazer o registro das atas no Cartório de Títulos e Documentos. Na Ata não se
fazem parágrafos ou alíneas: escreve-se tudo seguidamente, para evitar que, nos espaços em branco, se façam acrésci-
mos.
Existem, no entanto, tipos de atas que, por se referirem a atos rotineiros e de procedimento padronizado, são lançadas
em formulários com claros a serem preenchidos. Mesmo nesse tipo de ata é conveniente, com a finalidade de prevenir
qualquer fraude, preencher os eventuais espaços em branco com ponto ou outros sinais convencionais.
A ata de uma reunião será lida e aprovada na reunião seguinte. Na ata não se admitem rasuras. Para ressalvar erro
constatado durante a redação, usa-se apalavra “digo”, depois da qual se repete a palavra ou expressão anterior ao
mesmo erro; Data sempre por extenso: “Aos dezesseis dias do mês de agosto, digo, do mês de setembro de mil nove-
centos e setenta e quatro, reuniu-se o……”. Quando se constata erro ou omissões após a redação, usa-se a expressão
“em tempo”, que é colocada após o escrito , seguindo-se a emenda ou o acréscimo.
Em caso de contestações ou emendas ao texto apresentado, a ata só poderá ser assinada depois de aprovadas as corre-
ções. Como a ata deve ser um registro fiel dos fatos ocorridos em determinada reunião, sua linguagem deve ser simples
e despretensiosa, clara, precisa ou concisa, não se prestando, por isso mesmo, para a demonstração ou extravasamento
de prováveis ou supostos dotes literários do redator. Assinam a ata, geralmente, todas as pessoas presentes na reunião,
mas pode também ser assinada somente pelo presidente e pelo secretário.
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10- Atestado.
É o documento do qual se afirma a verdade de um fato, situação ou existência, de obrigação não necessariamente cons-
tante em livros, papéis ou documentos. Destina-se, basicamente, à comprovação de fatos ou situações transitórias, pas-
síveis de modificações frequentes. Ato administrativo enunciativo, o atestado é, em síntese afirmação oficial de fatos.
Tem-se, por exemplo, atestado ou certidão de idade, de sanidade mental, de óbito (hospital), de boa conduta, de bons antece-
dentes, de vida de residência, de idoneidade moral, de vacina. Quando os fatos ou situações constam em arquivos da
administração, utiliza-se a certidão para comprovar sua existência. Enquanto o atestado declara, a certidão é a transcri-
ção de algo já existente.
11- CIRCULAR
É toda comunicação reproduzida em vias, cópias, ou exemplares de igual teor emanadas de autoridade competente e
expedida aos chefes de serviço dos diversos setores. Especificamente, como documento, é correspondência multidireci-
onal endereçada simultaneamente a diversos destinatários, para divulgar avisos, ordens e instruções, matéria de inte-
resse geral, recomendações, informações e esclarecimentos sobre atos e fatos administrativos.
12- Parecer
O Parecer é uma manifestação técnica fundamentada e resumida sobre uma questão focal cujo resultado pode ser indi-
cativo ou conclusivo.
O Parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de
uma avaliação técnica especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na
decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
13- Despacho
É a nota escrita pela qual uma autoridade dá solução a um pedido ou encaminha a outra autoridade pedido para que
decida sobre o assunto, podendo ter caráter decisório ou apenas de expediente.
Observações:
1. É breve e baseado em informações ou parecer.
2. Consta do corpo do processo (quando houver).
3. É geralmente manuscrito.
4. É assinado pela autoridade competente, podendo, contudo, ser elaborado e assinado por outros servidores desde
que lhes seja delegada competência. Nesse caso, inicia-se pela expressão: “De ordem”.
5. Não é publicado.
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14- Autorização
A Autorização é o ato administrativo ou particular que permite ao pretendente realizar atividades ou utilizar determi-
nado bem fora das rotinas estabelecidas.
15- Procuração.
A Procuração é o instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou ad-
ministrar haveres.
16- Requerimento
LEMBRETES:
Aviso x Ofício
Aviso
- Finalidade: avisar; prevenir; admoestar; pedir providências; comunicar decisões, ordens, agradecimentos, elogios etc.
- Expedido exclusivamente: por Ministros de Estado para autoridades da MESMA
hierarquia.
- Fecho: ATENCIOSAMENTE.
Ofício
- Finalidade: avisar; prevenir; admoestar; pedir providências; comunicar decisões, ordens, agradecimentos, elogios etc.
- Expedido: para e pelas demais autoridades.
- Fecho: RESPEITOSAMENTE / ATENCIOSAMENTE.
Exposição de motivos
BATERIA I
1 O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X torna pública a autorização do Presidente do TJX para a realização de Concurso
Público para Provimento de 200 cargos de Analista Judiciário criados pela Lei n.º 10.000, de 10 de dezembro de 2000, e
de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias.
2 O Edital de Abertura de inscrição deverá ser publicado em Abril de 2001 e disporá sobre as normas de realização do
concurso.
01 ( ) O uso das letras iniciais maiúsculas no corpo do documento respeita as normas de elaboração de documentos
oficiais ao seguir as regras gramaticais do padrão culto da língua portuguesa, escrevendo com iniciais maiúsculas os
nomes tratados como únicos e singulares.
02 ( ) Apesar de nomear o emissor do texto pelo nome próprio, o documento não fere o princípio da impessoalidade
exigido nos documentos oficiais.
03 ( ) Trechos com informações vagas, como “e de outros decorrentes de aposentadorias e vacâncias”, e com uso
de tempo verbal de futuro, como “deverá ser publicado” e “disporá sobre”, provocam falta de clareza e concisão, carac-
terísticas estas que devem ser respeitadas nos documentos oficiais.
CESPE (Polícia Civil 2012) Acerca da redação de documentos oficiais, julgue os próximos itens.
04 ( ) Nos documentos oficiais encaminhados por correio eletrônico, eficiente meio de comunicação, por seu baixo
custo e celeridade, deve-se empregar o padrão culto da linguagem.
05 ( ) Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, os expedientes oficiais têm como finalidade in-
formar com clareza e objetividade. Para atender a essa finalidade, foi estabelecido um padrão oficial de linguagem,
chamado de linguagem burocrática.
06 ( ) Em um memorando expedido no primeiro dia do mês de fevereiro do corrente ano, a forma correta de indicar
a data seria “Em 1.º de fevereiro de 2012”.
07 ( ) As autoridades que devem ser tratadas por Vossa Excelência incluem os juízes, procuradores, reitores e minis-
tros de Estado.
08 ( ) O aviso é documento emitido por ministro de Estado para destinatário de mesma hierarquia e segue o mode-
lo do padrão ofício.
Cada um dos próximos itens apresenta um trecho de redação de correspondência oficial que deve ser julgado certo se
atender os requisitos de impessoalidade, uso do padrão culto da linguagem, clareza, concisão, formalidade, uniformida-
de e normas da redação oficial, ou errado, em caso contrário.
09 ( )
Mem. (...)
[data]
(...)
Vimos por meio deste solicitar o concerto dos aparelhos de ar condicionado pois os mesmos encontram-se com pro-
blemas de funcionamento. Cordiais saudações,
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[nome do signatário]
[cargo do signatário]
10 ( )
(...) Com a presente argumentação, informamos a impossibilidade de atendimento ao pleito, nos termos da Nota Técni-
ca n.º 66/2011/SRH, considerando o seu impacto negativo nos compromissos institucionais desta empresa.
CESPE ( Polícia Federal 2012) Julgue os fragmentos contidos nos itens a seguir quanto à sua correção gramatical e à sua
adequação para compor um documento oficial, que, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República,
deve caracterizar-se pela impessoalidade, pelo emprego do padrão culto de linguagem, pela clareza, pela concisão, pela
formalidade e pela uniformidade.
11 ( ) Solicito a Vossa Senhoria a indicação de cinco agentes de polícia aptos a ministrar aulas de direção no curso de
formação de agentes. O início do curso, que será realizado na capital federal, está previsto para o segundo semestre
deste ano.
12 ( ) Cumpre destacar a necessidade de aumento do contingente policial e que é imperioso a ação desses indiví-
duos em âmbito nacional, pelo que a realização de concurso público para provimento de vagas no Departamento de
Polícia Federal consiste em benefício a toda a sociedade.
13 ( ) Caro Senhor Perito Criminal, Convidamos Vossa Senhoria a participar do evento “Destaques do ano”, em que
será homenageado pelo belo e admirável trabalho realizado na Polícia Federal. Por gentileza, confirme sua presença a
fim de que possamos providenciar as honrarias de praxe.
15 ( ) Senhor Delegado, Segue para divulgação os relatórios das investigações realizadas no órgão, a fim de fazer
cumprir a lei vigente.
CESPE ( Polícia Federal 2012) Com relação ao formato e à linguagem das comunicações oficiais, julgue os itens que se
seguem com base no Manual de Redação da Presidência da República.
16 ( ) A menos que o expediente seja de mero encaminhamento de documentos, o texto de comunicações como
aviso, ofício e memorando, que seguem o padrão ofício, deve conter três partes: introdução, desenvolvimento e conclu-
são.
19 ( ) As comunicações oficiais emitidas pelo presidente da República, por chefes de poderes e por ministros de
Estado devem apresentar ao final, além do nome da pessoa que as expede, o cargo ocupado por ela.
20 ( ) O referido manual estabelece o emprego de dois fechos para comunicações oficiais: Respeitosamente, para
autoridades superiores; e Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. Tal regra,
no entanto, não é aplicável a comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras.
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CESPE (Perícia Forense do Ceará 2012) Considerando o seguinte requisito: “A redação oficial deve caracterizar-se pela
impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade” (Manual de Redação
da Presidência da República, 2002), cada um dos itens seguintes apresenta um fragmento de texto que deve ser julgado
certo se atender ao citado requisito, ou errado, em caso contrário.
21 ( ) O perito declinou à oferta de ascensão de posto dentro do departamento por julgar a atitude perfídia na atual
circunstância.
22 ( ) Os recursos de que dispõe o Departamento serão aplicados consoante a lei vigente. A verba destinada à segu-
rança pública será encaminhada ao setor responsável, e o relatório contábil a ela referente deverá ser apresentado em
um prazo máximo de quinze dias a contar desta data.
23 ( ) Comunicamos a Vossa Senhoria que terça parte da corporação foram convocados para trabalhar em regime
de plantão a partir do próximo ano.
CESPE (Perícia Forense do Ceará 2012) Com relação ao formato de documentos oficiais, julgue os itens a seguir.
24 ( ) Uma certidão só tem validade quando, entre outros requisitos, apresenta o visto da autoridade responsável
por sua lavratura.
25 ( ) Um relatório descreve fatos passados e tem como função determinar soluções que devam ser aplicadas em
casos específicos.
26 ( ) O texto final de uma ata deve ser redigido de forma que não possa sofrer alterações posteriores
CESPE (Banco da Amazônia 2012) Com referência aos requisitos da correspondência oficial, julgue os itens que se se-
guem.
27 ( ) Caso o presidente da República precisasse se ausentar do Brasil por mais de quinze dias, deveria expedir men-
sagem ao
Congresso Nacional com pedido de autorização para praticar
tal ato.
28 ( ) Estaria correta a seguinte construção no corpo de um ofício que visasse oferecer a entidades privadas os servi-
ços da instituição bancária pública Banco da Amazônia S.A.: Alinhado com a sustentabilidade, o Banco da Amazônia S.A.
busca alternativas de negócios que utilizem tecnologias e suporte técnico com a finalidade de desenvolver a região, para
garantir recursos às gerações futuras.
CESPE (Anatel 2012) Julgue os itens a seguir com base no Manual de Redação da Presidência da República .
30 ( ) A hierarquia existente entre o remetente e o destinatário determina o pronome de tratamento a ser utilizado
nas correspondências oficiais.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E C E C E C E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C E E C E C E C E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E C E C C C E E
31 32
C E
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18 - FIGURAS DE LINGUAGEM
A gramática normativa, partindo de aspectos lógicos e gerais observados na língua culta, aponta princípios que presi-
dem às relações de dependência ou interdependência e de ordem das palavras na frase. Ensina-nos, entretanto, que
aqueles aspectos lógicos e gerais não são exclusivos; ocasionalmente, outros fatores podem influir e, em função deles, a
concordância, a regência ou a colocação (planos em que se faz o estudo da estrutura da frase) apresentam-se, às vezes,
alteradas. Tais alterações denominam-se figuras de construção também chamadas de figuras sintáticas.
Elipse
Exemplos:
- No lugar de: Ele está bêbado, está com a camisa rota e está com as calças rasgadas.
Zeugma
Omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode necessitar adaptações de número e pessoa
verbais. Utilizada, sobretudo, nas orações comparativas. Muitos gramáticos consideram o zeugma igual à elipse.
Exemplos:
"O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) -
O missão de “era”.
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Hipérbato
Alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período. São determinadas por ênfase.
Exemplo:
- Morreu o presidente.
Pleonasmo
Exemplos:
- "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes).
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro decorre da ignorância, perdendo o caráter enfático (hemorragia de sangue, descer
para baixo etc.)
Polissíndeto
Exemplo:
- "E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e sob a gosma e o vômito
(...)" (Carlos Drummond de Andrade).
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Anacoluto
Termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, inicia-se uma determinada construção sintática
seguida de vírgula e depois se opta por outra estrutura.
Exemplos:
Anáfora
Exemplos:
- "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta / Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico
Buarque)
- “Era uma estrela tão alta / Era uma estrela tão fria / Era uma estrela sozinha...” (Manoel Bandeira).
Silepse
É a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. Existem três tipos:
- Os brasileiros somos otimistas (3ª pessoa - os brasileiros, mas quem fala ou escreve também participa do processo
verbal)
Metáfora
Emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de comparação implícita, sem termo compara-
tivo.
Ex.:
- "Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)
- “Na parede da memória / esta lembrança é o quadro que dói mais” (Belchior).
Comparação (Símile)
Metonímia
Substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associação de significado.
Ex.:
Perífrase
Substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expressão que facilmente o identifique. Fusão entre
nome e seu aposto.
Exemplo:
Sinestesia
Interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão, audição, gustação e tato).
Ex.:
Antítese
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" (Vinicius de Moraes)
Paradoxo (Oxímoro)
Duas ideias contrárias que coexistem, implicando falta de lógica. Contudo, aceita-se e compreende-se o que se diz.
Eufemismo
Exemplo:
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Hipérbole
Exemplos:
Ironia
Utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor irônico.
Exemplo:
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao Bosco / Aldir Blanc)
- Dicas de Viagem
Caro aluno,
Apresentaremos agora algumas dicas importantíssimas para a prova do INSS que você fará em instantes. Leia-as com
muita atenção.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
1ª DICA: Após ler o texto, faça logo as questões de interpretação. Aproveite que as ideias ainda estão “frescas” na me-
mória. Logo, se a primeira for de gramática, pule-a.
2ª DICA: Se você ficar na dúvida entre dois itens (o que é comum), releia o enunciado e o interprete, pois ele oferece,
sutilmente, o comando, ou seja, o alvo da questão.
3ª DICA: Cuidado com itens que dizem verdades sobre o mundo, mas não a verdade dita ou sugerida no texto.
4ª DICA: Itens que contêm palavras generalistas, como “sempre”, “todos”, “nunca”, “jamais”, “em todos os casos” etc.,
quase sempre, trazem informações falsas.
5ª DICA: “Inferir” significa deduzir a partir do texto ou de fragmento do texto. Uma inferência não estará escrita no tex-
to, mas subentendida.
7ª DICA: Em questões recentes, a banca pediu que o candidato apontasse o item que “cotejava” as informações do tex-
to. “Cotejar” é o mesmo que confrontar ou comparar pessoas, dados ou informações do texto lido.
8ª DICA: Se o texto for dissertativo, sua ideia principal estará em suas extremidades, ou seja: no início (1º parágrafo)
e/ou no fim (último parágrafo, a conclusão).
GRAMÁTICA
1ª DICA: A FCC vem exigindo, com frequência, que o candidato saiba que PORQUANTO é conjunção causal, e que pode
ser substituída por UMA VEZ QUE, JÁ QUE, COMO e PORQUE.
2ª DICA: Também exige que o candidato saiba que CONQUANTO é conjunção concessiva, e que pode ser substituída por
EMBORA, AINDA QUE ou MESMO QUE.
5ª DICA: O uso de crase é facultativo diante de pronomes possessivos femininos e de nomes próprios femininos que
não sejam famosos. Exemplos: “Ele mostrou dedicação à sua esposa (ou a sua esposa)” e “Dedicou o livro à Antônia (ou
a Antônia)”.
6ª DICA: O uso de crase também é facultativo depois da preposição ATÉ. Exemplo: “O homem foi até à esquina 15 (ou a
esquina 15)”.
7ª DICA: Nas questões de pontuação, NUNCA separe o sujeito do verbo por uma única vírgula. Exemplo:
- As fotografias por prosaicas que possam ser, representam um corte temporal (...).
Comentário: O uso da vírgula após “ser” está errado. Para corrigir, é necessário o uso também de uma vírgula após “fo-
tografias”.
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8ª DICA: Lembre-se de que a estrutura POR QUE figura em muitas questões da FCC. Como ela não costuma soar como
correta, sugiro que a troque por pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais (dependendo do contexto você optará
por uma). Exemplo:
- “O texto esclarece-nos as acepções da palavra discriminação, por que (ou pela qual) se expressam ações inteiramente
divergentes”.
9ª DICA: Quando a questão pedir assim “O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase”, lembre-se de
que ela quer que você descubra se o verbo destacado é VTD, VTI, VTDI, VI ou VL. Se você notar que o verbo destacado é
VTD, por exemplo, então procure o item que contém um VTD.
10ª DICA: Nas questões de concordância verbal, é comum que a FCC desloque e distancie o sujeito do verbo. Veja este
exemplo:
- Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para discutir o sentido de um juízo e as consequências
de sua difusão.
Comentário: A concordância está errada, pois o sujeito de “notar” é “qualquer disposição”; logo, deveria estar no singu-
lar, “nota”.
11ª DICA: Quando o sujeito for uma oração, o verbo irá sempre para a 3ª pessoa do singular. Veja:
- Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento quando esta pode levá-los a permanecer na situ-
ação de desigualdade.
Comentário: concordância correta. Mas, se o verbo estivesse escrito “convêm” (com acento circunflexo), agora estaria
incorreto.
1. Interpretação de texto
É muito comum que o Cespe introduza as suas questões de interpretação de texto com enunciados parecidos com este:
“A respeito das ideias do texto acima, assinale a opção correta”. Para que você tenha êxito nesse tipo de questão, pro-
ceda da seguinte forma:
a) Leia com muita atenção o texto. (Não faça duas ou três leituras do mesmo texto, uma vez que você terá que retornar
várias vezes a ele).
b) Fique bem atento a certas palavras ou expressões de valor genérico, tais como: qualquer que seja; todos; nenhum;
somente; em todos os níveis; em qualquer situação etc. Normalmente, essas palavras e expressões trazem afirmações
equivocadas ou distorcidas. Fique atento!!!!
c) Tenha muito cuidado com afirmações que não estão no texto, mas que são de conhecimento prévio de qualquer lei-
tor razoável. Por exemplo, o texto trata do tema aquecimento global. Contudo, em nenhum momento, fala (nem dá a
entender) que a poluição das fábricas e automóveis contribui para tal efeito climático. O Cespe, inteligentemente, pode
dizer algo do tipo: “é possível inferir do texto que a causa maior do aquecimento global está relacionada à poluição de
fábricas e automóveis”. Essa afirmação é, de certo modo, verdadeira; entretanto, o texto não permite essa inferência.
Esse tipo de questão costuma complicar a vida de muita gente. Atenção!!!
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2. Gramática
a) Crase: quase sempre há uma questão sobre esse tema. O Cespe costuma usar as seguintes ferramentas para compli-
car a vida dos candidatos desatentos: a evidência de crase em tal passagem é facultativa porque.... (verifique os casos
de facultatividade); o termo regente que faz com que ocorra crase na linha X é a palavra TAL, localizada na linha Y (lem-
bre-se de que, quando ocorre crase por motivação sintática, os termos regentes são sempre um verbo ou um nome ─
substantivo, adjetivo e advérbio ─); o acento indicador de crase na linha X poderia ser suprimido sem que danos sintáti-
cos ou semânticos ocorram ao período (quase sempre, a supressão de um acento indicador de crase causa danos sintá-
ticos e semânticos ao texto).
b) Concordância verbal: normalmente as questões que envolvem esse tema são, de certo modo, fáceis. O Cespe gosta
de envolver verbos que apresentam acentos diferenciais, tais como: mantém (se o sujeito for plural ficará mantêm; o
mesmo ocorre com reter, conter, advir etc. ); se o verbo não tiver acento diferencial, o Cespe proporá ao candidato
trocar o número do verbo, de singular para plural, ou vice versa. Assim enunciados como os seguintes são bastante co-
muns: na linha X o verbo arrecadaram poderia, sem causar danos sintáticos ou semânticos ao texto, ser substituído por
acarreta. Para resolver esse tipo de questão, sugiro que você fique atento a um conjunto de regras que, é bem verdade,
permitem a troca do singular para o plural. Essas regras já foram mencionadas em sala.
c) Concordância nominal: poucas são as questões envolvendo esse tema. Quando ocorre, o Cespe diz coisas do tipo: a
palavra TAL, localizada na linha Y, relaciona-se com a palavra DAL, localizada na linha X. Esse tipo de questão procura
saber se o candidato está atento aos adjetivos e às palavras adjetivas da língua portuguesa: pronomes, numerais e arti-
gos.
d) Predicação verbal: o mesmo que transitividade verbal. Aqui o Cespe explora as noções de complemento verbal. Logo,
é bem comum que apareçam afirmações do tipo: o verbo TAL, localizado na linha Y, tem sentido completo (a organiza-
dora está querendo saber se o podemos considerar o verbo intransitivo). Ou: o verbo TAL, localizado na linha X, permiti-
ria a supressão do seu complemento (ou seja, seu objeto) sem que isso cause danos sintáticos ou semânticos ao texto.
Aqui, você tem que examinar se o contexto permite essa substituição.
e) Ortografia: assunto muito presente em provas de nível médio. Para esse tema, o Cespe usa dois modelos: ou propõe
ao candidato que verifique se a ortografia, em determinadas passagens, está respeitando a norma culta, ou pede que o
candidato analise fragmentos longos, e repare se há erro gramatical. Nessa última abordagem, os erros podem ser de
várias naturezas: de ortografia, regência, concordância, crase etc.
e) Acentuação gráfica: assunto também muito presente em provas de nível médio. Constantemente, esse conteúdo
está ligado ao tema ortografia. Aqui, é sempre bom revisar aquelas regrinhas: todas as palavras proparoxítonas devem
ser acentuadas, todas as palavras oxítonas terminadas em A, E, O (seguidas ou não de S) devem ser acentuadas etc.
f) Novo acordo ortográfico: embora todos os textos e enunciados já estejam adequados ao novo acordo, o Cespe ainda
não explorou profundamente esse tema em suas provas.
g) Paralelismo sintático: Observe a seguinte frase: Ele negou seu interesse no programa e que o telefonema do empre-
sário revelasse alguma relação com a CPI do Orçamento. Aqui, há quebra de paralelismo, uma vez que os termos e ora-
ções com funções iguais devem ter estruturas iguais. Se, por exemplo, um verbo pede dois objetos diretos, ambos de-
vem ter a mesma construção sintática:
1. Ele negou seu interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI do Or-
çamento.
2. Ele negou dois fatos: a) seu interesse no programa e b) que o telefonema do empresário revelasse alguma relação
com a CPI do Orçamento.
Os dois fatos, sendo objeto direto do mesmo verbo (negou), deveriam ter a mesma estrutura: ou os dois nominais ou os
dois verbais. Assim, as duas construções a seguir respeitam o paralelismo exigido pela estrutura.
- Ele negou seu interesse no programa e a relação do telefonema do empresário com a CPI do Orçamento.
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PORTUGUÊS
Prof. Eli Castro
- Ele negou que tivesse interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI
do Orçamento.
h) Pontuação: questão certa. O Cespe gosta de explorar esse tema da seguinte forma: normalmente, ela exige que o
candidato saiba que adjuntos adverbiais, quando deslocados para o início ou meio da frase podem (e raramente devem)
vir marcados por vírgula. O Cespe também procura saber se o candidato sabe apostos explicativos devem vir sempre
marcados por vírgula(s). Nessa toada, a organizadora explora quase tudo sobre esse assunto. Assim, o uso de traves-
sões, parênteses, aspas e, principalmente, vírgula aparecem com muita frequência.
i) Sujeito preposicionado: de vez em quando, a Cespe explora esse curioso caso de sintaxe:
DE + O
Antes do sujeito, não se usa a combinação da preposição com o artigo. Preposição e artigo ficam soltos. Na frase: “Os
técnicos do Banco Central descartam a idéia de o governo impor a suspensão do reajuste”, o substantivo governo é o
sujeito, por isso não há combinação da preposição de com o artigo o.
Veja outros exemplos: “Apesar de o ministro (sujeito) negar, é certa a edição de nova medida provisória”. Ou: “A fim de
o povo (sujeito) se familiarizar com a nova moeda, ampla campanha será veiculada pelos meios de comunicação de
massa”.
A mesma regra se aplica a de este e de ele: Apesar de essa informação (sujeito) ter sido confirmada... A fim de ele (sujei-
to) continuar no páreo...
Obs.: é importante frisar que, nesses casos, se você preposicionar o sujeito, o sentido não será comprometido. Contudo,
sintaticamente, há erro.
a) voz passiva
b) coesão e coerência.
c) redação de correspondências oficiais (sugiro a seguinte bibliografia: LIMA, A. Oliveira. Manual de redação oficial.
Editora Elsevier, 2010, Rio de Janeiro).
e) uso de pronomes relativos (que, quem, onde e cujo)
f) vocabulário
g) uso da partícula SE.
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INFORMÁTICA
Informática
Aula XX
Para iniciar nosso estudo, vamos iniciar pela parte que mais importa para quem utiliza
planilhas: entender como fazer cálculos. Para isso, considero bem importante que se entenda
como criar Fórmulas e, posteriormente, as funções, para que, aí sim, passemos para a etapa de
formatações, configurações e demais assuntos.
Contudo, antes de iniciarmos os cálculos de fato, vamos entender alguns conceitos básicos:
CÉLULAS
Dá-se o nome de Célula à interseção de uma Coluna e uma Linha, formando, assim, um
Endereço. As linhas são identificadas por números, enquanto m as colunas são identificadas
por letras do alfabeto. Sendo assim, o encontro da Coluna “B” com a Linha “6”, chamamos de
célula “B6”.
Para inserir qualquer tipo de informação em uma célula, deve-se, em primeiro lugar, ativá-la.
Para tanto, pode-se usar as teclas ENTER e TAB, as SETAS, o MOUSE ou digitar, na caixa de
nome, o endereço da célula desejada.
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TIPOS DE INFORMAÇÕES QUE UMA CÉLULA PODERÁ CONTER
Conteúdo: o dado propriamente dito.
Formato: recurso aplicado ao conteúdo de uma célula, como, por exemplo, definição de cor,
tamanho ou tipo de fonte ao conteúdo.
TIPOS DE CONTEÚDO
Texto – Este será automaticamente alinhado à esquerda.
Número – Números são alinhados à direita.
Fórmula – Dependendo do resultado, poderá ser alinhado à esquerda (texto) ou à direita
(número).
Observação
Observação: Datas são tipos de dados numéricos, porém já inseridos com formatação.
Exemplo: 10/02/2004. Para o Excel toda data é internamente um número, ou seja, por
padrão, a data inicial é 01/01/1900, que equivale ao nº 1, 02/01/1900 ao nº 2, e assim
consecutivamente.
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FÓRMULAS EM PLANILHAS
Ao olharmos para uma planilha, o que vemos sobre as células são RESULTADOS, que podem
ser obtidos a partir dos CONTEÚDOS que são efetivamente digitados nas células. Quer dizer, o
conteúdo pode ou NÃO ser igual ao resultado que está sendo visto.
Os conteúdos podem ser de três tipos:
Strings (numéricos, alfabéticos ou alfanuméricos)
Fórmulas matemáticas
Funções
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FÓRMULAS
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula inicia
com um sinal de igual (=). Por exemplo, a fórmula a seguir multiplica 2 por 3 e depois adiciona
5 ao resultado.
=5+2*3
Uma fórmula também pode conter um ou todos os seguintes elementos: funções, referências,
operadores e constantes.
Partes de uma fórmula:
TIPOS DE OPERADORES
Há quatro diferentes tipos de operadores de cálculo: aritmético, de comparação, de
concatenação de texto e de referência.
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OPERADORES ARITMÉTICOS
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, use estes operadores aritméticos.
OPERADORES DE COMPARAÇÃO
Você pode comparar dois valores utilizando os operadores a seguir. Quando dois valores são
comparados usando esses operadores, o resultado é um valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.
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OPERADORES DE REFERÊNCIA
Combine intervalos de células para cálculos com estes operadores.
Operador de
Significado Exemplo
referência
Operador de intervalo, que
produz uma referência para
: (dois-pontos) todas as células entre duas B5:B15
referências, incluindo as duas
referências
Operador de união, que
; (ponto e vírgula) combina diversas referências SOMA(B5:B15;D5:D15)
em uma referência
NO EXCEL – Operador de
interseção, que produz uma
Espaço em branco B7:D7 C6:C8
referência a células comuns a
dois intervalos
USANDO AS FUNÇÕES
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos,
denominados argumentos, em determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas
para executar cálculos simples ou complexos.
A estrutura de uma função começa com um sinal de igual (=), seguido do nome da
função, de um parêntese de abertura, dos argumentos da função separados por ponto
e vírgulas e deum parêntese de fechamento.
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Exemplo:
SOMA
Retorna a soma de todos os números na lista de argumentos.
Sintaxe
=SOMA(núm1;núm2; ...)
Núm1, núm2,... são os argumentos que se deseja somar.
Exemplos:
=SOMA(A1;A3) é igual a 10
=SOMA(B1:C2)
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Observação:
Intervalo só funciona dentro de função.
=SOMA(A1)
=SOMA(A1+A2)
=SOMA(A1:A4;3;7;A1*A2)
Observação:
Primeiro se resolve a equação matemática; depois a função.
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Observação:
Não se pode ter um operador matemático entre dois intervalos.
=SOMA(A1:A3)/SOMA(B1:B2)
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Observação:
O texto como argumento nas planilhas deve ser colocado entre “aspas“ para não ser
confundido com um intervalo nomeado ou com outro nome de função. Entretanto,
não será possível realizar soma, média, etc., entre um “texto“ colocado como
argumento em uma função e os demais argumentos.
CONCATENAR
Use CONCATENAR, umas das funções de texto, para unir duas ou mais cadeias de texto em uma
única cadeia.
Sintaxe: CONCATENAR(texto1, [texto2], ...)
Por exemplo:
=CONCATENAR(“População de fluxo para”, A2, “ ”, A3, “ é ”, A4, “/km”)
=CONCATENAR(B2, “ ”, C2)
Exemplos
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Observação Importante:
CONT.NÚM
Conta quantas células contêm números e também os números na lista de argumentos. Use
CONT.NÚM para obter o número de entradas em um campo de número que estão em um
intervalo ou em uma matriz de números.
Sintaxe
CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
Valor1; valor2, ... são argumentos que contêm ou se referem a uma variedade de diferentes
tipos de dados, mas somente os números são contados.
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Exemplo:
=CONT.NÚM(C1:E2)
Observação:
R$ 4,00 é o NÚMERO 4 com formatação, bem como a Data também é número.
CONT.VALORES
Calcula o número de células não vazias e os valores na lista de argumentos. Use o Cont.Valores
para CONTAR o número de células com dados, inclusive células com erros, em um intervalo ou
em uma matriz.
Sintaxe
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
Exemplo:
=CONT.VALORES(C1:E3)
MÉDIA
Retorna a média aritmética dos argumentos, ou seja, soma todos os números e divide pela
quantidade de números somados.
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Sintaxe
=MÉDIA(núm1;núm2;...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você deseja
a média.
núm2, ... Opcional. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais você
deseja a média, até, no máximo, 255.
Exemplos:
=MÉDIA(C1:E2)
=MÉDIA(C1:E2;3;5)
MULT
A função MULT multiplica todos os números especificados como argumentos e retorna o
produto. Por exemplo, se as células A1 e A2 contiverem números, você poderá usar a fórmula
=MULT(A1;A2) para multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode
ser realizada usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1*A2.
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A função MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Por
exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3;C1:C3) equivale a =A1*A2*A3*C1*C2*C3.
Sintaxe
=MULT(núm1;[núm2]; ...)
A sintaxe da função MULT tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número ou intervalo que você deseja multiplicar.
núm2, ... Opcional. Números ou intervalos adicionais que você deseja multiplicar.
Exemplo:
ABS
Retorna o valor absoluto de um número. Esse valor é o número sem o seu sinal.
Sintaxe
=ABS(núm)
Núm é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Exemplo:
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MOD
Retorna o resto de uma divisão. Possui dois argumentos (valor a ser dividido e divisor).
Sintaxe
=MOD(Núm;Divisor)
Núm é o número para o qual você deseja encontrar o resto.
Divisor é o número pelo qual você deseja dividir o número.
Exemplo:
=MOD(6;4)
Resposta: 2
MÁXIMO
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÁXIMO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são de 1 a 255 números cujo valor máximo você deseja saber.
Exemplos:
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=MÁXIMO(A1:C5)
MÍNIMO
Retorna o menor valor de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÍNIMO(número1, [número2], ...)
A sintaxe da função MÍNIMO tem os seguintes argumentos:
Núm1, núm2,... Núm1 é obrigatório, números subsequentes são opcionais. De 1 a 255 números
cujo valor MÍNIMO você deseja saber.
Exemplos:
=MÍNIMO(A1:C5)
MAIOR
Retorna o MAIOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MAIOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao maior número.
Sintaxe
=MAIOR(MATRIZ;posição)
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Exemplos:
=MAIOR(A3:D4;3) 2 4 6 9 12 23 35 50
Resposta: 23
=MAIOR(A1:C5;3)
MENOR
Retorna o MENOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MENOR
número. Possui dois argumentos. O primeiro argumento é a matriz, e o segundo é a posição em
relação ao menor número.
Sintaxe
=MENOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:
=MENOR(A3:D4;3)
Qual é o terceiro MENOR número:
2 4 6 9 12 23 35 50 Resposta → 6
=MENOR(A1:C5;5)
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=MENOR(A1:C5;19)
DATA
HOJE()
Retorna o número de série da data atual. O número de série é o código de data/hora usado
pela planilha para cálculos de data e hora. Se o formato da célula era Geral antes de a função
ser inserida, a planilha irá transformar o formato da célula em Data. Se quiser exibir o número
de série, será necessário alterar o formato das células para Geral ou Número.
A função HOJE é útil quando você precisa ter a data atual exibida em uma planilha,
independentemente de quando a pasta de trabalho for aberta. Ela também é útil para o cálculo
de intervalos. Por exemplo, se você souber que alguém nasceu em 1963, poderá usar a seguinte
fórmula para descobrir a idade dessa pessoa a partir do aniversário deste ano:
=ANO(HOJE())-1963
Essa fórmula usa a função HOJE como argumento da função ANO de forma a obter o ano atual
e, em seguida, subtrai 1963, retornando a idade da pessoa.
Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12
AGORA()
Retorna a data e a hora atuais formatados como data e hora. Não possui argumentos.
A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou
calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que
abrir a planilha.
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Exemplos:
SE
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for considerada
VERDADEIRO e um outro valor se essa condição for considerada FALSO. Por exemplo, a fórmula
=SE(A1>10;“Mais que 10”;“10 ou menos”) retornará “Mais que 10” se A1 for maior que 10 e
“10 ou menos” se A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE(teste_lógico;[valor_se_verdadeiro];[valor_se_falso])
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como
VERDADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10
for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de comparação.
valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
teste_lógico for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia
de texto “Dentro do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado VERDADEIRO,
a função SE retornará o texto “Dentro do orçamento”. Se teste_lógico for considerado
VERDADEIRO e o argumento valor_se_verdadeiro for omitido (ou seja, há apenas um ponto e
vírgula depois do argumento teste_lógico), a função SE retornará 0 (zero). Para exibir a palavra
VERDADEIRO, use o valor lógico VERDADEIRO para o argumento valor_se_verdadeiro.
valor_se_falso Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento teste_
lógico for considerado FALSO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia de
texto “Acima do orçamento” e o argumento teste_lógico for considerado FALSO, a função SE
retornará o texto “Acima do orçamento”. Se teste_lógico for considerado FALSO e o argumento
valor_se_falso for omitido (ou seja, não há vírgula depois do argumento valor_se_verdadeiro),
a função SE retornará o valor lógico FALSO. Se teste_lógico for considerado FALSO e o valor do
argumento valor_se_falso for omitido (ou seja, na função SE, não há ponto e vírgula depois do
argumento valor_se_verdadeiro), a função SE retornará o valor 0 (zero).
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Exemplos:
SOMASE
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que, em uma coluna que contém números, você deseja
somar apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE(B2:B25;“>5”)
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em
um intervalo correspondente. Por exemplo, a fórmula =SOMASE(B2:B5;“John”;C2:C5) soma
apenas os valores no intervalo C2:C5, em que as células correspondentes no intervalo B2:B5
equivalem a “John”.
Sintaxe
=SOMASE(intervalo;critérios;[intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células em
cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm números.
Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
critérios Necessário. Os critérios na forma de número, expressão, referência de célula, texto
ou função que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem ser
expressos como 32, “>32”, B5, 32, “32”, “maçãs” ou HOJE().
Observação:
Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou
matemáticos deve estar entre aspas duplas (“). Se os critérios forem numéricos, as
aspas duplas não serão necessárias.
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intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células
diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento intervalo_soma for
omitido, a planilha adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as mesmas
células às quais os critérios são aplicados).
Exemplos:
CONT.SE
A função CONT.SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com
uma certa letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que
um número que você especificar. Suponha uma planilha que contenha uma lista de tarefas na
coluna A e o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B. Você pode usar a função
CONT.SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece na coluna B e, dessa
maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT.SE(B2:B25;“Nancy”)
Sintaxe
=CONT.SE(intervalo;“critério”)
intervalo Necessário. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números.
critérios Necessário. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia de
texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos
como 32, “32”, “>32”, “maçãs” ou B4.
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Exemplos:
MAIÚSCULA
Converte o texto em maiúsculas.
Sintaxe
=MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto que se deseja converter para maiúsculas. Texto pode ser uma referência ou uma
sequência de caracteres de texto.
Exemplo:
MINÚSCULA
Converte todas as letras maiúsculas em uma sequência de caracteres de texto para minúsculas.
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Sintaxe
=MINÚSCULA(texto)
Texto é o texto que você deseja converter para minúscula. MINÚSCULA só muda caracteres de
letras para texto.
Exemplo:
PRI.MAIÚSCULA
Coloca a primeira letra de uma sequência de caracteres de texto em maiúscula e todas as outras
letras do texto depois de qualquer caractere diferente de uma letra. Converte todas as outras
letras em minúsculas.
Sintaxe
=PRI.MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto entre aspas, uma fórmula que retorna o texto ou uma referência a uma célula
que contenha o texto que você deseja colocar parcialmente em maiúscula.
Exemplo:
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USANDO REFERÊNCIAS EM FÓRMULAS
Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa
a planilha na qual procurar pelos valores ou dados a serem usados em uma fórmula. Com
referências, você pode usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em uma
fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células
de outras planilhas na mesma pasta de trabalho e a outras pastas de trabalho. Referências de
células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências externas.
O estilo de referência A1
O estilo de referência padrão. Por padrão, o Excel 2013 usa o estilo de referência A1, que se
refere a colunas com letras (A até XFD, para um total de 16.384 colunas) e se refere a linhas com
números (1 até 1.048.576). Essas letras e números são chamados de títulos de linha e coluna.
Para se referir a uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo,
B2 se refere à célula na interseção da coluna B com a linha 2.
Fazendo referência a uma outra planilha. No exemplo a seguir, a função de planilha MÉDIA
calcula o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta
de trabalho.
Referência a um intervalo de células em outra planilha na mesma pasta de trabalho.
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Referências relativas. Uma referência relativa em uma fórmula, como A1, é baseada na posição
relativa da célula que contém a fórmula e da célula à qual a referência se refere. Se a posição da
célula que contém a fórmula se alterar, a referência será alterada. Se você copiar ou preencher
a fórmula ao longo de linhas ou de colunas, a referência se ajustará automaticamente. Por
padrão, novas fórmulas usam referências relativas. Por exemplo, se você copiar ou preencher
uma referência relativa da célula B2 para a B3, ela se ajustará automaticamente de =A1 para
=A2.
Referências absolutas. Uma referência absoluta de célula em uma fórmula, como $A$1,
sempre se refere a uma célula em um local específico. Se a posição da célula que contém a
fórmula se alterar, a referência absoluta permanecerá a mesma. Se você copiar ou preencher a
fórmula ao longo de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, novas
fórmulas usam referências relativas, e talvez você precise trocá-las por referências absolutas.
Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência absoluta da célula B2 para a célula
B3, ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.
Referências mistas. Uma referência mista tem uma coluna absoluta e uma linha relativa, ou
uma linha absoluta e uma coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim
por diante. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada, e a referência absoluta não se alterará. Se você copiar ou preencher a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente, e a referência
absoluta não se ajustará. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência mista da
célula A2 para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1.
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Fórmula copiada com referência mista
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Funções aninhadas
Em determinados casos, talvez você precise usar uma função como um dos argumentos de
outra função. Por exemplo, a fórmula a seguir usa uma função aninhada MÉDIA e compara o
resultado com o valor 50.
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LISTAS NAS PLANILHAS
O Excel possui internamente listas de dias da semana, meses do ano e trimestres e permite a
criação de novas listas.
Quando se insere em uma célula um conteúdo pertencente a uma lista e se arrasta a alça de
preenchimento desta mesma célula, o Excel preencherá automaticamente as demais células
por onde o arrasto passar, com os dados sequenciais a partir da célula de origem.
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Atenção
No Excel, se selecionarmos apenas um número e o arrastarmos pela alça de
preenchimento, o que acontece é a Cópia somente, ou seja, se colocarmos um número
em uma célula e o arrastarmos pela alça de preenchimento, não ocorre a sequência e
esse número somente é copiado nas demais células.
Quando forem selecionadas duas células consecutivas e arrastadas pela alça de preenchimento,
o que ocorrerá é a continuação da sequência com a mesma lógica aplicada nas duas células.
Se for colocado também texto seguido de números ou números seguidos de texto, ocorrerá
novamente a sequência.
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FORMATAÇÃO DE CÉLULAS
NÚMERO
Use as opções na guia Número para aplicar um formato de número
específico aos números nas células da planilha. Para digitar números
em células da planilha, você pode usar as teclas numéricas ou pode
pressionar NUM LOCK e, então, usar as teclas numéricas no teclado
numérico.
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ALINHAMENTO
Use as opções do grupo Alinhamento na guia
Início ou na caixa de diálogo Formatar Células
a guia Alinhamento para alterar o alinhamento
do conteúdo da célula, posicionar o conteúdo
na célula e alterar a direção desse conteúdo.
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Alinhamento de Texto
•• Horizontal. Selecione uma opção na lista Horizontal para alterar o alinhamento horizontal
do conteúdo das células. Por padrão, o Microsoft Office Excel alinha texto à esquerda,
números à direita, enquanto os valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram os tipos de
dados.
•• Vertical. Selecione uma opção na caixa de listagem Vertical para alterar o alinhamento
vertical do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmente na parte
inferior das células. O alinhamento vertical padrão é Geral.
•• Recuo. Recua o conteúdo das células a partir de qualquer borda da célula, dependendo das
opções escolhidas em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale à
largura de um caractere.
•• Orientação. Selecione uma opção em Orientação para alterar a orientação do texto
nas células selecionadas. As opções de rotação poderão não estar disponíveis se forem
selecionadas outras opções de alinhamento.
•• Graus. Define o nível de rotação aplicado ao texto na célula selecionada. Use um número
positivo na caixa Graus para girar o texto selecionado da parte inferior esquerda para a
superior direita na célula. Use graus negativos para girar o texto da parte superior esquerda
para a inferior direita na célula selecionada.
Controle de texto
•• Quebrar texto automaticamente. Quebra o texto em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula.
•• Reduzir para caber. Reduz o tamanho aparente dos caracteres da fonte para que todos
os dados de uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente se você alterar a largura da coluna. O tamanho de fonte
aplicado não será alterado.
•• Mesclar Células. Combina duas ou mais células selecionadas em uma única célula. A
referência de célula de uma célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
original de células selecionadas.
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BORDAS
Use as opções na guia Borda para aplicar uma borda ao redor de células selecionadas em um
estilo e uma cor de sua escolha.
•• Linha. Selecione uma opção em Estilo para especificar o tamanho e o estilo de linha de
uma borda. Para alterar o estilo de linha de uma borda já existente, selecione a opção de
estilo de linha desejada e clique na área da borda no modelo de Borda onde quiser que o
novo estilo de linha seja exibido.
•• Predefinições. Selecione uma opção de borda predefinida para aplicar bordas nas células
selecionadas ou removê-las.
•• Cor. Selecione uma cor da lista para alterar a cor das células selecionadas.
•• Borda. Clique em um estilo de linha na caixa Estilo e clique nos botões em Predefinições ou
em Borda para aplicar as bordas nas células selecionadas. Para remover todas as bordas,
clique no botão Nenhuma. Você também pode clicar nas áreas da caixa de texto para
adicionar ou remover bordas.
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FONTE
Use as opções na guia Fonte para alterar a fonte, o estilo de fonte, o tamanho da fonte e outros
efeitos de fonte.
•• Fonte. Selecione o tipo da fonte para o texto nas células selecionadas. A fonte padrão é
Calibri.
•• Estilo da Fonte. Selecione o estilo da fonte para o texto nas células selecionadas. O estilo
de fonte padrão é Normal ou Regular.
•• Tamanho. Selecione o tamanho da fonte para o texto nas células selecionadas. Digite
qualquer número entre 1 e 1.638. O tamanho de fonte padrão é 11.
Observação:
Os tamanhos disponíveis na lista Tamanho dependem da fonte selecionada e da
impressora ativa.
•• Sublinhado. Selecione o tipo de sublinhado que deseja usar para o texto nas células
selecionadas. O sublinhado padrão é Nenhum.
•• Cor. Selecione a cor que deseja usar para as células ou o texto selecionados. A cor padrão é
Automático.
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•• Fonte Normal. Marque a caixa de seleção Fonte Normal para redefinir o estilo, o tamanho
e os efeitos da fonte com o estilo Normal (padrão).
•• Efeitos. Permite que você selecione um dos seguintes efeitos de formatação.
•• Tachado. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como tachado.
•• Sobrescrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como sobrescrito.
•• Subscrito. Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como subscrito.
•• Visualização. Veja um exemplo de texto que é exibido com as opções de formatação que
você seleciona.
PREENCHIMENTO
Use as opções na guia Preenchimento para preencher as células selecionadas com cores,
padrões e efeitos de preenchimento especiais.
•• Plano de Fundo. Selecione uma cor de plano de fundo para células selecionadas usando a
paleta de cores.
•• Efeitos de preenchimento.
Selecione este botão para aplicar gra-
diente, textura e preenchimentos de ima-
gem em células selecionadas.
•• Mais Cores. Selecione este botão
para adicionar cores que não estão
disponíveis na paleta de cores.
•• Cor do Padrão. Selecione uma cor de
primeiro plano na caixa Cor do Pa-
drão para criar um padrão que usa
duas cores.
•• Estilo do Padrão. Selecione um pa-
drão na caixa Estilo do Padrão para
formatar células selecionadas com
um padrão que usa as cores que você
seleciona nas caixas Cor de Plano de
Fundo e Cor Padrão.
Exemplo: Veja um exemplo das opções de cor, efeitos de preenchimento e de padrões que
selecionar.
Neste Menu foram reunidas todas as opções que permitirão ao usuário trabalhar a apresentação
do texto (formatação) de forma a torná-lo mais atrativo e de fácil leitura, com diferentes estilos
de parágrafos, diferentes fontes e formatos de caracteres, etc.
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PROTEÇÃO
Para impedir que, por acidente ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou exclua dados
importantes de planilhas ou pastas de trabalho, você pode proteger determinados elementos
da planilha ou da pasta de trabalho, com ou sem senha. É possível remover a proteção da
planilha, conforme necessário.
Quando você protege uma planilha, todas as células são bloqueadas por padrão, o que significa
que elas não podem ser editadas. Para permitir que as células sejam editadas enquanto apenas
algumas células ficam bloqueadas, você pode desbloquear todas as células e bloquear somente
células e intervalos específicos antes de proteger a planilha. Você também pode permitir que
usuários específicos editem intervalos específicos em uma planilha protegida.
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Clique no título da linha ou coluna.
1. Título da linha
2. Título da coluna
Uma linha ou coluna
inteira Você também pode selecionar células em uma linha ou
coluna selecionando a primeira célula e pressionando
CTRL + SHIFT + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA
ou SETA PARA A ESQUERDA para linhas,
SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
Observação: Se a linha ou coluna contiver dados, CTRL +
SHIFT + tecla de DIREÇÃO selecionará a linha ou coluna
até a última célula utilizada. Pressione CTRL + SHIFT
+ tecla de DIREÇÃO uma segunda vez para selecionar
toda a linha ou coluna.
Arraste através dos títulos de linha ou de coluna ou
selecione a primeira linha ou coluna. Em seguida,
Linhas ou colunas adjacentes
pressione SHIFT enquanto seleciona a última linha ou
coluna.
Clique no título de linha ou de coluna da primeira linha
ou coluna de sua seleção. Pressione CTRL enquanto
Linhas ou colunas não adjacentes
clica nos títulos de linha ou coluna de outras linhas ou
colunas que você deseja adicionar à seleção.
Selecione uma célula na linha ou na coluna e, em
seguida, pressione CTRL + tecla de DIREÇÃO (SETA PARA
A primeira ou a última célula de uma linha
A DIREITA ou SETA PARA A
ou coluna
ESQUERDA para linhas, SETA PARA CIMA ou SETA PARA
BAIXO para colunas).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
A primeira ou a última célula em uma
CTRL + SHIFT + END para estender a seleção de células
planilha ou em uma tabela do Microsoft
até a última célula usada na planilha (canto inferior
Office Excel
direito).
Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione
Células até o início da planilha. CTRL + SHIFT + HOME para estender a seleção de
células até o início da planilha.
Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na última
Mais ou menos células do que a seleção célula que deseja incluir na nova seleção. O intervalo
ativa retangular entre a e a célula em que você clicar passará
a ser a nova seleção.
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GRÁFICOS
Gráficos são usados para exibir séries de dados numéricos em formato gráfico, com o objetivo
de facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e do relacionamento entre
diferentes séries de dados.
Para criar um gráfico no Excel, comece inserindo os dados numéricos desse gráfico em
uma planilha e experimente o comando Gráficos Recomendados na guia Inserir para criar
rapidamente o gráfico mais adequado para os seus dados.
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Dica:
Se você não vir um gráfico que lhe agrade, clique em Todos os Gráficos para ver todos
os tipos de gráfico disponíveis.
Tipos de Gráficos
Há várias maneiras de criar um gráfico em uma planilha do Excel, em um documento do
Word ou em uma apresentação do PowerPoint. Independentemente de você usar um gráfico
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recomendado para os seus dados ou um gráfico escolhido na lista com todos os gráficos, saber
um pouco mais sobre cada tipo de gráfico pode ser de grande ajuda.
Se você já tem um gráfico e só quer mudar seu tipo:
Gráficos de colunas
Os dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de colunas. Em geral, um gráfico de coluna exibe categorias ao longo do eixo horizontal
(categoria) e valores ao longo do eixo vertical (valor), como mostra o seguinte gráfico:
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Gráficos de linhas
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de linhas. Nesse tipo de gráfico, os dados de categorias são distribuídos uniformemente ao
longo do eixo horizontal, e todos os dados de valores são distribuídos uniformemente ao longo
do eixo vertical. Gráficos de linhas podem mostrar dados contínuos ao longo do tempo em um
eixo com escalas iguais e, portanto, são ideais para mostrar tendências de dados em intervalos
iguais, como meses, trimestres ou anos fiscais.
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Gráficos de rosca
Dados organizados apenas em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um
gráfico de rosca. Como um gráfico de pizza, um gráfico de rosca mostra a relação das partes
com um todo, mas pode conter mais de uma série de dados.
Gráficos de barras
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de barras. Esses gráficos ilustram comparações entre itens individuais. Em um gráfico de barras,
as categorias costumam ser organizadas ao longo do eixo vertical, enquanto os valores são
dispostos ao longo do eixo horizontal.
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Considere a utilização de um gráfico de barras quando:
•• Os rótulos dos eixos forem longos;
•• Os valores mostrados forem durações.
Gráficos de área
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de áreas. Esses gráficos podem ser usados para plotar mudanças ao longo do tempo e chamar
a atenção para o valor total no decorrer de uma tendência. Mostrando a soma dos valores
plotados, um gráfico de áreas também mostra a relação de partes com um todo.
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Gráficos de bolhas
Semelhante a um gráfico de dispersão, um gráfico de bolhas adiciona uma terceira coluna para
especificar o tamanho das bolhas exibidas para representar os pontos de dados na série de
dados.
Gráficos de ações
Dados organizados em colunas ou linhas em uma ordem específica em uma planilha podem ser
plotados em um gráfico de ações. Como o nome sugere, esse gráfico pode ilustrar flutuações
nos preços das ações. No entanto, também pode ilustrar flutuações em outros dados, como
níveis de chuva diários ou temperaturas anuais. Lembre-se de organizar seus dados na ordem
correta para criar um gráfico de ações. Por exemplo, para criar um simples gráfico de ações de
alta-baixa-fechamento, você deve organizar seus dados com os valores Alta, Baixa e Fechamento
inseridos como títulos de colunas, nessa ordem.
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Gráficos de superfície
Dados organizados em colunas ou linhas de uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de superfície. Esse gráfico é útil quando você quer encontrar combinações ideais entre dois
conjuntos de dados. Como em um mapa topográfico, cores e padrões indicam áreas que estão
no mesmo intervalo de valores. Você pode criar um gráfico de superfície quando tanto as
categorias quanto a série de dados são valores numéricos.
Gráficos de radar
Dados organizados em colunas ou linhas em uma planilha podem ser plotados em um gráfico
de radar. Esses gráficos comparam entre si os valores agregados de várias série de dados.
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Gráficos de combinação
Dados organizados em colunas e linhas podem ser plotados em um gráfico de combinação.
Esse gráfico combina dois ou mais tipos de gráfico para facilitar a interpretação dos dados,
especialmente quando estes são muito variados. Exibido com um eixo secundário, esse gráfico
é ainda mais fácil de ler. Neste exemplo, usamos um gráfico de colunas para mostrar o número
de casas vendidas entre os meses de janeiro e junho e depois usamos um gráfico de linhas para
que os leitores possam identificar com mais facilidade o preço médio das vendas em cada mês.
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1. Clique na caixa Título do Gráfico e digite o título.
CLASSIFICAR DADOS
A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados. Talvez você queira colocar
uma lista de nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis de inventário de produtos
do mais alto para o mais baixo ou organizar linhas por cores ou ícones. A classificação de dados
ajuda a visualizar e a compreender os dados de modo mais rápido e melhor, a organizar e
localizar dados desejados e, por fim, a tomar decisões mais efetivas.
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Classificar texto
4. Como opção, você pode fazer uma classificação que diferencie letras maiúsculas de
minúsculas.
Classificar números
2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de números baixos para números altos, clique em Classificar do Menor para
o Maior.
•• Para classificar de números altos para números baixos, clique em Classificar do Maior para
o Menor.
3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, siga
um destes procedimentos:
•• Para classificar de uma data e hora anterior para uma data ou hora mais recente, clique em
Classificar da Mais Antiga para a Mais Nova.
•• Para classificar de uma data e hora recente para uma data ou hora mais antiga, clique em
Classificar da Mais Nova para a Mais Antiga.
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Classificar uma coluna em um intervalo de células sem afetar outros
Aviso:
Cuidado ao usar esse recurso. A classificação por uma coluna em um intervalo pode
gerar resultados indesejados, como movimentação de células naquela coluna para
fora de outras células na mesma linha.
3. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e siga um dos
seguintes procedimentos, após caixa de diálogo Aviso de Classificação ser exibida.
5. Clique em Classificar.
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Valor Comentário
Os números são classificados do menor número negativo ao maior
Números
número positivo.
Datas As datas são classificadas da mais antiga para a mais recente.
O texto alfanumérico é classificado da esquerda para a direita, caractere
por caractere. Por exemplo, se uma célula contiver o texto “A100”, o
Excel a colocará depois de uma célula que contenha a entrada ”A1” e
antes de uma célula que contenha a entrada “A11”.
Os textos e os textos que incluem números, classificados como texto,
são classificados na seguinte ordem:
• 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (espaço) ! “ # $ % & ( ) * , . / : ; ? @ [ \ ] ^ _ ` { | } ~ +
<=>ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Texto
• Apóstrofos (') e hífens (-) são ignorados, com uma exceção: se duas
sequências de caracteres de texto forem iguais exceto pelo hífen, o texto
com hífen será classificado por último.
Observação: Se você alterou a ordem de classificação padrão para que ela
fizesse distinção entre letras maiúscula e minúsculas na caixa de diálogo
Opções de Classificação, a ordem para os caracteres alfanuméricos é a
seguinte: a A b B c C d D e E f F g G h H i I j J k K l L m M n N o O p P q Q r
RsStTuUvVwWxXyYzZ
Lógica Em valores lógicos, FALSO é colocado antes de VERDADEIRO.
Erro Todos os valores de erro, como #NUM! e #REF!, são iguais.
Na classificação crescente ou decrescente, as células em branco são
sempre exibidas por último.
Células em branco
Observação: Uma célula em branco é uma célula vazia e é diferente de
uma célula com um ou mais caracteres de espaço.
CLASSIFICAÇÃO PERSONALIZADA
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário.
2. Na guia Página Inicial, no grupo Edição, clique em Classificar e Filtrar e, em seguida, clique
em Personalizar Classificação.
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A caixa de diálogo Classificar será exibida.
3. Em coluna, na caixa Classificar por ou Em seguida por, selecione a coluna que deseja
classificar. Se for necessário, adicione mais níveis.
5. Clique em OK.
CONFIGURAR PÁGINA
Área de Impressão
Se você imprime frequentemente uma seleção específica da planilha, defina uma área de
impressão que inclua apenas essa seleção. Uma área de impressão corresponde a um ou mais
intervalos de células que você seleciona para imprimir quando não deseja imprimir a planilha
inteira. Quando a planilha for impressa após a definição de uma área de impressão, somente
essa área será impressa. Você pode adicionar células para expandir a área de impressão quando
necessário e limpar a área de impressão para imprimir toda a planilha.
Uma planilha pode ter várias áreas de impressão. Cada área de impressão será impressa como
uma página separada.
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1. Na planilha, selecione as células que você deseja definir como área de impressão. É possível
criar várias áreas de impressão, mantendo a tecla CTRL pressionada e clicando nas áreas
que você deseja imprimir.
Observação:
Se as células que você deseja adicionar não forem adjacentes à área de impressão
existente, uma área de impressão adicional será criada. Cada área de im- pressão em
uma planilha é impressa como uma página separada. Somente as células adjacentes
podem ser adicionadas a uma área de impressão existente.
Observação:
Se a sua planilha contiver várias áreas de impressão, limpar uma área de impressão
removerá todas as áreas de impressão na planilha.
1. Clique em qualquer lugar da planilha na qual você deseja limpar a área de impressão.
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Quebras de Página
Quebras de página são divisores que separam uma planilha (planilha: o principal documento
usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica,
que consiste em células organizadas em colunas e linhas e é sempre armazenada em uma pasta
de trabalho) em páginas separadas para impressão. O Microsoft Excel insere quebras de página
automáticas com base no tamanho do papel, nas configurações de margem, nas opções de
escala e nas posições de qualquer quebra de página manual inserida por você. Para imprimir
uma planilha com o número exato de páginas desejado, ajuste as quebras de página na planilha
antes de imprimi-la.
Embora você possa trabalhar com quebras de página no modo de exibição Normal, é
recomendável usar o modo de exibição Visualizar Quebra de Página para ajustá-las de forma
que você possa ver como outras alterações feitas por você (como alterações na orientação
de página e na formatação) afetam as quebras de página automáticas. Por exemplo, você
pode ver como uma alteração feita por você na altura da linha e na largura da coluna afeta o
posicionamento das quebras de página automáticas.
Para substituir as quebras de página automáticas que o Excel insere, é possível inserir suas
próprias quebras de página manuais, mover as quebras de página manuais existentes ou
excluir quaisquer quebras de página inseridas manualmente. Também é possível removê-las de
maneira rápida. Depois de concluir o trabalho com as quebras de página, você pode retornar ao
modo de exibição Normal.
Dica:
Também é possível clicar em Visualizar Quebra de Página na barra de status.
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Observação:
Se você obtiver a caixa de diálogo Bem-vindo à Visualização de Quebra de Página,
clique em OK. Para não ver essa caixa de diálogo sempre que você for para o modo de
exibição Visualização de Quebra de Página, marque a caixa de seleção Não mostrar
esta caixa de diálogo novamente antes de clicar em OK.
Dica:
Também é possível clicar com o botão direito do mouse na linha abaixo da qual ou
na coluna à direita da qual você deseja inserir uma quebra de linha e clicar em Inserir
Quebra de Página.
Imprimir Títulos
Se uma planilha ocupar mais de uma página, você poderá imprimir títulos ou rótulos de linha e
coluna (também denominados títulos de impressão) em cada página para ajudar a garantir que
os dados sejam rotulados corretamente.
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Observação:
O comando Imprimir Títulos aparecerá esmaecido se você estiver em modo de edição
de célula, se um gráfico estiver selecionado na mesma planilha ou se você não tiver
uma impressora instalada.
Dica:
Também é possível clicar no botão Recolher Caixa de Diálogo , na extremidade
direita das caixas Linhas a repetir na parte superior e Colunas a repetir à esquerda, e
selecionar as linhas ou as colunas de título que deseja repetir na planilha. Depois de
concluir a seleção das linhas ou colunas de título, clique no botão Recolher Caixa de
Diálogo novamente para voltar à caixa de diálogo.
Observação:
Se você tiver mais de uma planilha selecionada, as caixas Linhas a repetir na parte
superior e Colunas a repetir à esquerda não estarão disponíveis na caixa de diálogo
Configurar Página. Para cancelar uma seleção de várias planilhas, clique em qualquer
planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não selecionada estiver visível, clique
com o botão direito do mouse na guia da planilha selecionada e clique em Desagrupar
Planilhas no menu de atalho.
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IMPRESSÃO
É possível imprimir planilhas e pastas de trabalho inteiras ou parciais, uma ou várias por vez. Se
os dados que você deseja imprimir estiverem em uma tabela do Microsoft Excel, você poderá
imprimir apenas a tabela do Excel.
3. Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, a(s) planilha(s) ativa(s) ou
a pasta de trabalho inteira.
Observação:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.
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Imprimir várias planilhas de uma vez
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e
clique na guia.
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1. Dimensionamento de coluna
2. Dimensionamento de linha
Observação:
Algumas formatações, como texto colorido ou sombreamento de célula, podem ficar
com uma boa aparência na tela, mas você pode não gostar de sua aparência quando
for impressa em uma impressora branco e preto. Talvez você queira imprimir uma
planilha com as linhas de grade exibidas para que os dados, as linhas e as colunas
fiquem mais realçadas.
Recursos adicionais:
•• Visualizar páginas da planilha antes de imprimir
•• Imprimir uma planilha na orientação paisagem ou retrato
•• Inserir, mover ou excluir quebras de página manuais em uma planilha
•• Usar cabeçalhos e rodapés em impressões de planilhas
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Imprimir uma ou várias planilhas
Selecione as planilhas que você deseja imprimir.
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique
nos botões de rolagem de guias para exibi-la e,
em seguida, clique na guia.
Dica:
Quando várias planilhas são selecionadas, [Grupo] aparece na barra de título na parte
superior da planilha. Para cancelar uma seleção de várias planilhas em uma pasta
de trabalho, clique em alguma planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não
selecionada estiver visível, clique com o botão direito do mouse na guia da planilha
selecionada e clique em Desagrupar Planilhas.
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Dica:
Se uma planilha tiver áreas de impressão definidas, o Excel imprimirá apenas essas
áreas. Se você não quiser imprimir apenas uma área de impressão definida, marque a
caixa de seleção Ignorar área de impressão.
Todos os arquivos da pasta de trabalho que você deseja imprimir devem estar na mesma pasta.
Clique em Arquivo e em Abrir.
Atalho de teclado. Você também pode pressionar CTRL + O.
Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.
Siga um destes procedimentos:
Em um computador que esteja executando o Windows 7 ou Vista:
•• Clique com o botão direito do mouse na seleção e, em seguida, clique em Imprimir.
Em um computador que esteja executando o Windows XP:
•• Na caixa de diálogo Abrir, clique em Ferramentas e, em seguida, clique em Imprimir.
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Em Configurações, clique na seta ao lado de Imprimir Planilhas Ativas e selecione Tabela
Selecionada.
Clique no botão Imprimir.
Dica:
Se você imprimir posteriormente o arquivo em um tipo de impressora diferente, as
quebras de página e o espaçamento de fonte poderão mudar.
A primeira coisa que você verá quando abrir o Excel é uma nova aparência. Ela é mais organizada
e foi desenvolvida para ajudar você a obter resultados com aparência profissional rapidamente.
Você encontrará muitos recursos novos que permitirão que você se livre de paredes de
números e desenhe imagens mais persuasivas de seus dados, que o auxiliarão a tomar decisões
melhores e com base em mais informações.
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Os modelos fazem a maior parte da configuração e o design do trabalho para você, assim você
poderá se concentrar nos dados. Quando você abre o Excel 2013, são exibidos modelos para
orçamentos, calendários, formulários e relatórios e muito mais.
A nova ferramenta Análise Rápida permite que você converta seus dados em um gráfico ou
em uma tabela, em duas etapas ou menos. Visualize dados com formatação condicional,
minigráficos ou gráficos e faça sua escolha ser aplicada com apenas um clique.
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Salvar e compartilhar arquivos online
O Excel torna mais fácil salvar suas pastas de trabalho no seu próprio local online, como seu
OneDrive gratuito ou o serviço do Office 365 de sua organização. Também ficou mais fácil
compartilhar suas planilhas com outras pessoas. Independentemente de qual dispositivo elas
usem ou onde estiverem, todas trabalham com a versão mais recente de uma planilha. Você
pode até trabalhar com outras pessoas em tempo real. Para obter mais informações, consulte
Salvar uma pasta de trabalho na Web.
O novo botão Gráficos Recomendados na guia Inserir permite que você escolha entre uma
série de gráficos que são adequados para seus dados. Tipos relacionados de gráficos como
gráficos de dispersão e de bolhas estão sob um guarda-chuva. E existe um novo botão para
gráficos combinados: um gráfico favorito que você solicitou. Quando você clicar em um gráfico,
você também verá uma faixa de opções mais simples de Ferramentas de Gráfico. Com apenas
uma guia Design e Formatar, ficará mais fácil encontrar o que você precisa.
Três novos botões de gráfico permitem que você escolha e visualize rapidamente mudanças
nos elementos do gráfico (como títulos ou rótulos), na aparência e no estilo de seu gráfico ou
nos dados que serão mostrados. Para saber mais sobre isso, consulte Formatar seu gráfico.
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Agora você pode incluir um texto sofisticado e atualizável de pontos de dados ou qualquer
outro texto em seus rótulos de dados, aprimorá-los com formatação e texto livre adicional
e exibi-los em praticamente qualquer formato. Os rótulos dos dados permanecem no lugar,
mesmo quando você muda para um tipo diferente de gráfico. Você também pode conectá-los
a seus pontos de dados com linhas de preenchimento em todos os gráficos, não apenas em
gráficos de pizza. Para trabalhar com rótulos de dados sofisticados, consulte Alterar o formato
dos rótulos de dados em um gráfico.
Atingir Meta
Se você conhece o resultado que deseja obter de uma fórmula, mas não tem certeza sobre o
valor de entrada necessário para chegar a esse resultado, use o recurso Atingir Meta.
Por exemplo, suponha que você precise de algum dinheiro emprestado. Você sabe o quanto
precisa, por quanto tempo deseja pagar o empréstimo e quanto pode pagar por mês. Nesse
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caso, você pode usar Atingir Meta para determinar que taxa de juros precisa fixar para atender
à sua meta de empréstimo.
Para acessar esse recurso basta clicar em teste de hipóteses na Guia Dados:
Validação de Dados
Você usa a validação de dados para restringir o tipo de dados ou os valores que os usuários
inserem em uma célula.
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Para acessar esse recurso você deve selecionar Validação de Dados na Guia Dados.
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Triângulos coloridos na planilha
Dois triângulos que podem aparecer em uma célula
Triângulo verde
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Questões
Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no LibreOffice Calc, julgue
os itens a seguir. Devido a sua extensão ODS, a planilha da figura poderá ser aberta apenas em
computadores que operem com sistema operacional Linux.
( ) Certo ( ) Errado
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4. (86979) 2010 – ABIN
Uma planilha criada no Excel 2007 e armazenada em arquivo no formato xlsx pode ser exportada
para o padrão XML, por meio do próprio Excel 2007.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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A figura acima mostra uma planilha do Excel 2010, na qual constam notas de alunos de uma
turma escolar. Considerando essa figura, os conceitos relativos ao ambiente Windows e os
modos de utilização de aplicativos nesse ambiente, julgue o item seguinte.
Considere que a nota da prova tenha peso três e que os trabalhos tenham peso um. Nessa
situação, a fórmula correta para calcular a média de João é =(3*B2+C2)/4.
( ) Certo ( ) Errado
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13. (86992) 2008 – INSS – Técnico do Seguro Social
Considere que, em uma planilha do Excel 2003, as células C2, C3 e C4 contêm, respectivamente,
os números 238, 285 e 251, referentes a pagamentos de contas de luz de um usuário em
três meses sucessivos. Nessa situação, para se calcular a média aritmética dos três valores e
apresentar o resultado na célula C5, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações: clicar a
célula C5, digitar = (C2 + C3 + C4)/3 e, em seguida, teclar Enter.
( ) Certo ( ) Errado
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Se o usuário clicar a célula F2, digitar =$B2+D$3 e, em seguida teclar ENTER, o conteúdo da
célula F2 será 31, a soma dos conteúdos das células B2 e D3. Se, em seguida, o usuário clicar a
célula F2; pressionar e manter pressionada a tecla CTRL; teclar a tecla C, liberando em seguida
a tecla CTRL; clicar a célula G3; pressionar e manter pressionada a tecla CTRL; teclar a tecla
V, liberando em seguida a tecla CTRL, a célula G3 passará a conter o número 50, soma dos
conteúdos das células B3 e E3.
( ) Certo ( ) Errado
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21. (19558) Cespe – 2013 – MTE – Superior
Com relação ao Excel 2010 e a figura acima, que mostra uma janela desse software com dados
de uma planilha em processo de edição, julgue o próximo item.
Para se calcular as somas do salario e da gratificação de Joao, de Jose e de Maria, inserindo os
resultados, respectivamente, nas células D2, D3 e D4, e suficiente realizar a seguinte sequencia
de ações: clicar a célula D2, digitar =B2+C2 e, em seguida, teclar Enter; posicionar o ponteiro
do mouse sobre o canto inferior direito da célula D2; pressionar e manter pressionado o botão
esquerdo do mouse; arrastar o mouse ate que seu ponteiro esteja posicionado no canto inferior
direito da célula D4; finalmente, soltar o botão esquerdo do mouse.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no LibreOffice Calc, julgue
os itens a seguir. A média da coluna Hoje da planilha pode ser calculada usando-se a seguinte
fórmula: =MÉDIA(D4;D7).
( ) Certo ( ) Errado
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27. (3309) CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – SUP
Com base na figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, a partir da qual foi
gerado o gráfico mostrado, julgue os itens que se seguem.
É possível calcular a média aritmética dos valores contidos nas células B2, B3, B4 e B5 a partir
da fórmula = ∑ Média(B2;B5)
( ) Certo ( ) Errado
28. (86990) O valor da média aritmética dos seis processos pode ser obtido com o seguinte
procedimento: clicar a célula C9 e, em seguida, digitar a fórmula =MÉDIA(C2;C7).
( ) Certo ( ) Errado
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A figura acima ilustra uma pasta de trabalho aberta em uma janela do programa Excel 2010,
em um computador com o sistema operacional Windows 7. A respeito dessa figura e do Excel
2010, julgue o item que se segue.
Os valores contidos nas células de E3 a E8 podem ter sido obtidos mediante a execução do
seguinte procedimento: clicar na célula E3; digitar =MÉDIA(B3:D3); teclar ; clicar na célula
E3; arrastar o canto inferior direito da célula E3 até a célula E8.
( ) Certo ( ) Errado
31. (86997) A média dos valores contidos nas células de B3 a B7 pode ser calculada usando-se a
fórmula =média X (B3;B7).
( ) Certo ( ) Errado
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32. (2016 – CESPE – TRE-PI)
Considerando que a figura acima mostra parte de uma planilha em processo de edição no Excel,
na qual estão contidas notas de sete alunos, assinale a opção que apresenta a fórmula correta
para se calcular a média dessas notas, apresentada na célula B9 da planilha.
a) =MÉDIA(B2:B8)
b) =MÉDIA(B2∑B8)
c) =MÉDIA(B2,B8)
d) =MÉDIA(B2;B8)
e) =MÉDIA(∑B2:∑B8)
( ) Certo ( ) Errado
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Assertiva: Nessa situação, por meio da fórmula =MED(A1:A5;5), inserida na célula A6, Fábio
poderá determinar corretamente a média desejada.
( ) Certo ( ) Errado
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36. (2015 – CESPE – TRE-MT)
Considerando que a planilha apresentada acima esteja em execução no Microsoft Excel 2013,
assinale a opção correta.
a) A média aritmética dos elementos A1, B2 e C3 pode ser calculada utilizando-se a expressão
= {A1+B2+C3}/3.
b) Utilizando-se a expressão =MED(E3)+ABS(C3-B3-A3) – SOMA(A5), o resultado obtido será
igual a 0.
c) O resultado obtido utilizando-se a expressão = MAXIMO(A1:E1)/E1+A1 será igual a 11.
d) A média aritmética de todos os elementos da linha 4 pode ser calculada utilizando-se a
expressão = MED(A4;B4;C4;D4;E4).
e) A soma de todos os elementos da coluna A pode ser obtida utilizando-se a expressão =
SOMA(A1+A5).
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Com relação ao Microsoft Excel 2010 e à figura acima, que apresenta uma planilha em edição
nesse software, julgue os itens seguintes. A fórmula =SOMASE($B$4:$B$9;"D";C4:C9) pode ser
utilizada para se inserir, na célula C11, o total das despesas do mês de janeiro.
( ) Certo ( ) Errado
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41. (87001) 2009 – BB – Escriturário
Se a sequência de operações a seguir for realizada na planilha mostrada, nesse caso, a soma do
conteúdo das células D2, D3 e D4 será igual a 99.
( ) Certo ( ) Errado
42. (86987) A figura abaixo ilustra uma planilha em edição no Microsoft Excel 2007, que
apresenta valores hipotéticos de seis processos. Nessa planilha, o total e a média aritmética
dos valores dos seis processos serão inseridos nas células C8 e C9, respectivamente. Com base
nessas informações, julgue o item subsequente.
Para formatar a fonte dos valores abaixo de R$ 500.000,00 com a cor vermelha e a dos valores
acima de R$ 500.000,00 com a cor azul, é suficiente selecionar a coluna, clicar o menu Fórmulas,
digitar =SE(C2<500000;"vermelho";"azul") e arrastar tudo, copiando a fórmula para as demais
células dessa coluna.
( ) Certo ( ) Errado
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A figura acima ilustra uma pasta de trabalho aberta em uma janela do programa Excel 2010,
em um computador com o sistema operacional Windows 7. A respeito dessa figura e do Excel
2010, julgue o item que se segue.
O resultado apresentado na célula G3 pode ter sido obtido mediante a execução da seguinte
sequência de operações: selecionar a célula G3; digitar a fórmula =SE(E3<$E$12;$G$11;SE(E3<
$E$13;$G$12;$G$13)); pressionar a tecla
( ) Certo ( ) Errado
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44. (86993) Considerando a figura abaixo, que ilustra uma janela do Microsoft Excel 2003, julgue os
itens que se seguem.
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Com relação ao Microsoft Excel 2010 e à figura acima, que apresenta uma planilha em edição
nesse software, julgue os itens seguintes. Ao se selecionar as células C2 e D2 e, com o mouse,
arrastar a alça de preenchimento até a célula H2, os meses de março a junho serão incluídos
automaticamente nas células de E2 a H2, respectivamente.
( ) Certo ( ) Errado
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49. (86434) CESPE – 2013 – FUB – Auxiliar de Administração
Com referência ao Microsoft Excel 2010 e à figura acima, que mostra uma janela desse software
com uma planilha em edição, julgue os itens seguintes. Na situação da planilha mostrada na
figura, a alça de preenchimento não pode ser utilizada, pois não há informações nas células que
possibilitem a sua utilização.
( ) Certo ( ) Errado
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O conteúdo da célula B2 será exibido como 1,00 ao final da seguinte sequência de ações: clicar
a célula B2, clicar duas vezes o botão .
( ) Certo ( ) Errado
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54. (86994) 2010 – MPS – Agente Administrativo
Considerando a figura abaixo, que ilustra uma janela do Microsoft Excel 2003, julgue os itens
que se seguem.
Sabendo que a célula C7 foi definida para o formato do tipo numérico e contém o valor 15,00,
é correto afirmar que o seu valor será alterado para 15.000,00, caso o botão seja clicado.
( ) Certo ( ) Errado
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55. (22278) Considerando a figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, e os
sistemas operacionais e aplicativos dos ambientes Microsoft Office e BrOffice, julgue os itens
subsecutivos.
O formato do texto Número do processo foi obtido mesclando-se as células A1 e A2.
( ) Certo ( ) Errado
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56. (86948) Com base na figura, que apresenta um texto em edição no Microsoft Word 2007, julgue
os próximos itens,
Considere que o último parágrafo do texto mostrado na figura seja copiado do MSWord 2007
para uma célula de uma planilha do Microsoft Excel 2007. Nesse caso, é possível tornar todo
o conteúdo visível nessa célula, com exibição em várias linhas, formatando- a com a opção
Quebrar Texto Automaticamente.
( ) Certo ( ) Errado
57. (22277) Por meio do recurso de formatação condicional, é possível definir que todos os valores
superiores a R$ 1.200.000,00 apareçam na planilha na cor vermelha.
( ) Certo ( ) Errado
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58. (86998) A figura abaixo mostra uma janela do Excel 2003, com uma planilha em processo de
edição, em que os conteúdos de todas as células são números inteiros, sendo essas células
formatadas com números, sem casas decimais. Considerando essas informações, julgue os
itens seguintes, relativos a essa janela e ao Excel 2003.
Para se alinhar à esquerda os conteúdos das células de A1 a B3, é suficiente realizar a seguinte
sequência de ações: aplicar um duplo clique à célula A1; aplicar um duplo clique à célula B3;
clicar .
( ) Certo ( ) Errado
Considerando a figura acima, que ilustra parte de uma janela do Excel 2010 em execução em
um computador com sistema operacional Windows 7, julgue os itens subsecutivos.
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Por meio da ferramenta , é possível, entre outras tarefas, copiar o conteúdo da área de
transferência do Windows e colá-lo na célula desejada, sendo possível, ainda, formatar o estilo
de uma célula em moeda, por exemplo.
( ) Certo ( ) Errado
60. (3298) CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – MED
Tendo como referência a figura acima, que exibe um gráfico contido em um texto em edição no
Word, julgue os itens a seguir.
O gráfico apresentado pode ter sido criado com ferramentas próprias do Excel e transferido em
seguida para Word.
( ) Certo ( ) Errado
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Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha do Excel a partir de qual se gerou um
gráfico, assinale a opção correta.
a) O gráfico pode ser copiado para um arquivo do Word sem que haja necessidade de se
copiar a planilha.
b) A média de eleitores pode ser calculada corretamente a partir da fórmula
=B3+B4+B5+B6+B7/5.
c) O arquivo Pasta1 poderá ser compartilhado em um grupo de discussão ou em uma rede
social sem perda de dados, desde que a planilha fique separada do gráfico, em outra página
da planilha ou em outro arquivo.
d) Caso as legendas ao lado do gráfico sejam excluídas, os nomes correspondentes às zonas
eleitorais serão automaticamente excluídos os conteúdos das células A3 a A7.
e) O arquivo Pasta1 pode ser aberto por um programa do BrOffice, desde que seja salvo no
formato PPT.
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62. (3865) CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – SUP
Com base na figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, a partir da qual foi
gerado o gráfico mostrado, julgue os itens que se seguem.
Depois de se salvar a planilha juntamente com o gráfico, será impossível abrir o arquivo no
aplicativo Calc do BrOffice sem que haja perda de dados.
( ) Certo ( ) Errado
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63. (3866) CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – SUP
Com base na figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, a partir da qual foi
gerado o gráfico mostrado, julgue os itens que se seguem.
De acordo com os dados mostrados na figura, é correto afirmar que 30% dos processos
pertencem à zona 002.
( ) Certo ( ) Errado
64. 86995
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d) Para se transferir o conteúdo de uma planilha editada no Calc para o Word, é necessário
criar, no Word, uma tabela com o mesmo número de linhas e colunas dessa planilha.
e) Um texto no Word poderá ser formatado em duas colunas, ser justificado e ser escrito com
fonte Times New Roman
67. (3308) CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – SUP
Com base na figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, a partir da qual foi
gerado o gráfico mostrado, julgue os itens que se seguem.
O gráfico em questão pode ser colado em um relatório editado no Writer do BrOffice sem que
haja perda de dados.
( ) Certo ( ) Errado
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70. (3310) CESPE – 2013 – TRT – 10ª REGIÃO (DF e TO) – SUP
Com base na figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, a partir da qual foi
gerado o gráfico mostrado, julgue os itens que se seguem.
Ao se aplicar duplo clique no gráfico, selecionar o menu Dados de Origem e clicar a opção
Linhas, nessa ordem, alterar-se-á o estilo do gráfico, que se tornará um gráfico de linha.
( ) Certo ( ) Errado
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71. (48524) A figura acima ilustra parte de uma janela do Excel, na qual se destaca a ferramenta
AutoSoma, recurso que pode ser corretamente utilizado, entre outras funcionalidades,
72. (86988) A figura abaixo ilustra uma planilha em edição no Microsoft Excel 2007, que
apresenta valores hipotéticos de seis processos. Nessa planilha, o total e a média aritmética
dos valores dos seis processos serão inseridos nas células C8 e C9, respectivamente. Com base
nessas informações, julgue os itens subsequentes.
Para classificar os processos do menor valor para o maior, é suficiente selecionar as células de
C2 até C7; clicar a ferramenta ; selecionar a opção Classificar do Menor para o Maior e, em
seguida, clicar o botão Classificar.
( ) Certo ( ) Errado
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74. (48524) A figura acima ilustra parte de uma janela do Excel, na qual se destaca a ferramenta
AutoSoma, recurso que pode ser corretamente utilizado, entre outras funcionalidades,
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78. (86386) 2015 – CESPE – FUB – Engenheiro Civil
Com referência aos softwares Autodesk AutoCAD 2014 e Microsoft Excel 2013, julgue o seguinte
item. No Excel, o comando Atingir Metas, que utiliza um método iterativo para definir o valor
que atenda a determinada situação proposta, pode ser utilizado para problemas de mais de
uma variável.
( ) Certo ( ) Errado
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83. (86395)
Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no Excel, julgue os itens
a seguir, acerca de sistemas operacionais e aplicativos. Para se acrescentar uma nova linha de
cabeçalho na planilha, é suficiente clicar o botão direito do mouse sobre “1” e, em seguida,
escolher a opção Inserir.
( ) Certo ( ) Errado
84. (92010)
Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no Excel, julgue os itens
a seguir. A presença do nome do arquivo PLANILHA EM EDIÇAO na barra de título indica que o
sistema operacional salvou o arquivo no disco rígido do computador.
( ) Certo ( ) Errado
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85. (106392) 2014 – CESPE – Caixa – Nível Superior
Com relação aos conceitos e ao uso de ferramentas e aplicativos do Windows, julgue os itens
a seguir. No Excel, ao se selecionar uma célula que contém um valor numérico e, em seguida,
clicar o botão Estilo de Porcentagem, o valor será multiplicado por 100 e o símbolo % será
colocado ao lado do valor resultante.
( ) Certo ( ) Errado
86. (38171) CESPE – 2013 – TRT – 17ª Região (ES) – Médio – Noções de Informática – Linux
Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no Excel, julgue os
itens a seguir, acerca de sistemas operacionais e aplicativos. O arquivo apresentado na figura
acima foi criado no ambiente Microsoft Office, portanto ele não poderá ser executado em um
computador no qual conste apenas o sistema operacional Linux.
( ) Certo ( ) Errado
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87. (92013)
Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no Excel, julgue os itens a
seguir. As células de A3 a A6 foram mescladas e centralizadas.
( ) Certo ( ) Errado
8. (48522) Considerando a figura acima, que ilustra parte de uma janela do Microsoft Excel 2007
com uma planilha em processo de edição, assinale a opção correta.
a) As informações contidas na janela mostrada evidenciam que o valor contido na célula D3
foi inserido por meio de digitação direta de valor pelo usuário, não podendo ter surgido
como resultado da aplicação de fórmula.
b) Por meio do botão , é possível criar bordas para as células com formato de texto;
bordas para células com formato de números devem ser criadas por meio do botão .
c) Para se alterar a orientação do conteúdo em determinada célula, como, por exemplo, na
direção de uma das diagonais da célula, é correto o uso do botão .
d) As informações representadas pelos ícones evidenciam que essa planilha Excel está
configurada para a inserção apenas de texto e de números, e não, de figuras e imagens.
e) Na situação da planilha mostrada, a célula D2 pode conter uma fórmula do tipo =C2*B2.
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89. (86419)
Considerando a figura acima, que apresenta uma planilha em edição no LibreOffice Calc, julgue
os itens a seguir. Os arquivos criados no LibreOffice Calc não estão sujeitos à contaminação por
vírus, mais frequente em arquivos do sistema operacional Windows.
( ) Certo ( ) Errado
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A partir das figuras acima, que ilustram, respectivamente, uma janela do Excel 2010 e uma
janela do PowerPoint 2010, julgue os itens que se seguem.
Utilizando-se o Excel, para calcular o preço total das cadeiras e inserir o resultado na celular D3,
e suficiente realizar a seguinte sequencia de operações: clicar a celular D3, digitar B3xC3 e, em
seguida, pressionar a tecla Enter.
( ) Certo ( ) Errado
91. (86402)
A figura acima mostra uma janela do Excel 2010, com uma planilha em processo de edição. Essa
planilha hipotética contém os preços unitários de cadeiras e mesas, assim como a quantidade
de itens a serem adquiridos de cada um desses móveis. Com relação a essa planilha e ao Excel
2010, julgue o item seguinte. Para se inserir na célula D2 o preço total das duas mesas e na
célula D3, o preço total das oito cadeiras, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações:
clicar a célula D2; digitar =B2*C2 e, em seguida, teclar Enter; clicar a célula D2 com o botão
direito do mouse e, na lista de opções que surge em decorrência dessa ação, clicar a opção
Copiar; clicar a célula D3; pressionar e manter pressionada a tecla Ctrl e, em seguida, acionar a
tecla V.
( ) Certo ( ) Errado
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93. (22276)
Considerando a figura acima, que ilustra uma planilha em edição no Excel, e os sistemas
operacionais e aplicativos dos ambientes Microsoft Office e BrOffice, julgue os itens
subsecutivos.
Para editar a referida planilha usando-se o Calc, é necessário salvá-la na subpasta BrOffice na
pasta arquivos de programas.
( ) Certo ( ) Errado
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95. (86431)
Com referência ao Microsoft Excel 2010 e à figura acima, que mostra uma janela desse software
com uma planilha em edição, julgue os itens seguintes. O recurso de autossoma — ∑ — facilita
a soma dos valores de um conjunto de células.
( ) Certo ( ) Errado
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97. (95931)
A figura acima mostra uma janela do Excel 2013 em um computador com o sistema operacional
Windows 8. A respeito dessa figura e do Excel 2013, julgue o item subsequente. Para se
selecionar as células de B1 a E1, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações: clicar a
célula B1, pressionar e manter pressionada a tecla SHIFT, clicar a célula E1.
( ) Certo ( ) Errado
98. (86433)
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Com referência ao Microsoft Excel 2010 e à figura acima, que mostra uma janela desse software
com uma planilha em edição, julgue os itens seguintes. De acordo com a situação mostrada na
figura, é correto afirmar que as células no intervalo A1:E1 estão mescladas.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. (87014) Errado 2. (86420) Errado 3. (19528) Certo 4. (86979) Certo 5. (92039) Errado 6. Errado
7. (86981) Certo 8. (86368) Certo 9. Errado 10. (86982) Certo 11. Certo 12. Certo 13. (86992) Certo 14. Errado
15. Errado 16. Errado 17. Certo 18. Errado 19. (95932) Certo 20. (19494) A 21. (19558) Errado 22. Errado
23. Certo 24. Certo 25. Certo 26. (86421) Errado 27. (3309) Errado 28. (86990) Errado 29. (97213) Certo
30. (95938) Errado 31. (86997) Errado 32. A 33. Errado 34. Errado 35. Certo 36. C 37. Certo 38. (86412) Certo
39. Errado 40. Certo 41. (87001) Errado 42. (86987) Errado 43. (97212) Certo 44. (86993) Certo 45. (91940) Errado
46. (87005) Errado 47. (87009) Certo 48. (86413) Certo 49. (86434) Errado 50. (86984) Errado 51. (92023) Certo
52. (86999) Certo 53. (86978) Certo 54. (86994) Errado 55. (22278) Errado 56. (86948) Certo 57. (22277) Certo
58. (86998) Errado 59. (5551) Errado 60. (3298) Certo 61. (92912) A 62. (3865) Errado 63. (3866) Certo
64. (86995) Certo 65. (92902) E 66. (72197) Errado 67. (3308)Certo 68. (106404) Certo 69. (91613) Errado
70. (3310) Errado 71. (48524) D 72. (86988) Certo 73. Errado 74. (48524) D 75. Errado 76. Certo
77. (106454) Errado 78. (86386) Errado 79. (86379) Errado 80. Certo 81. (100033) Errado 82. Certo 83. (86395) Certo
84. (92010) Errado 85. (106392) Certo 86. (38171) Errado 87. (92013) Certo 88. (48522) E 89. (86419) Errado
90. (19580) Errado 91. (86402) Certo 92. (86976) Certo 93. (22276) Errado 94. (8747) Certo 95. (86431) Certo
96. (19528) Certo 97. (95931) Certo 98. (86433) Errado 99. (87013) Errado 100. (92024) Errado
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Informática
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Edital
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Informática
HARDWARE
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Hardware Software
É a parte Física do Computador.
Antônimo de Hardware, é tudo que não
São os equipamentos, os
faz parte dos equipamentos físicos. É a
componentes eletrônicos. “É a
lógica, os programas do computadores.
parte dura (hard)”.
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Software Hardware
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Figura. Diagrama Simplificado de von Neumann
fonte: Tanenbaum
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Tanembaum explicou o funcionamento nesse desenho.
Tanembaum explicou o funcionamento nesse desenho.
Velocidade
Armazenamento
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Unidades de Armazenamento
•• A linguagem dos computadores
•• Uma notação matemática
•• Aritmética binária: utiliza apenas os dígitos 0 e 1
•• Internamente:
•• Há corrente: 1
•• Não há corrente: 0
•• Bit e byte
•• Bit: um dígito binário (0 ou 1) (binary digit)
•• Byte: conjunto de 8 bits
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Unidades de
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Armazenamento
KILO Kade KILO Kade
MEGA Minhas MEGA Meus
GIGA Gatinhas GIGA Gatinhos
TERA Taradas TERA Tarados
Unidades de
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processamento
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Processador www.facebook.com/professortonzera
Processador
Memória
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Hardware – Armazenamento
Hardware
HD – Hard Disk - Gigabyte
Armazenamento
/ Terabyte 1 TB
CD – Rom Megabyte 700 MB
Equipamento Medida Utilizada Exemplo
Zip Drive
Disquete 3,5 Megabyte
Megabyte 1,44 MB100 MB
Blu-Ray
HD – Hard Disk Gigabyte
Gigabyte / Terabyte 25
1 TB a 50 GB*
CD - Rom Megabyte 700 MB
DVD Zip Drive Gigabyte
Megabyte 100 4,7
MB a 17 GB*
Blu-Ray Gigabyte 25 a 50 GB*
DVD gigabyte 4,7 a 17 GB*
Periféricos
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Entrada
Periféricos
Entrada
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Saída
Periféricos
Saída
Entrada é saída.www.facebook.com/professortonzera
Periféricos
Entrada é saída.
Portas
•• Porta serial
•• Porta paralela
•• USB
•• HDMI
•• VGA
•• PS/2
•• Conector Speaker
•• Porta LAN (RJ-45)
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Porta serial
Porta paralela
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USB
Tecnologia Plug and Play e conectar até 127 dispositivos ao mesmo tempo.
VGA
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HDMI
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Portas
PS/2 PS/2
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Portas
Conector Speaker
• Conector Speaker
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Questões
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7. (CESPE – 2011 – TRE-ES – Técnico Judiciário) 11. (CESPE – TER-PE – 2016)
Julgue o item subsequente, relativo a con- Assinale a opção que apresenta dispositivo
ceitos básicos de informática. Para que um de conexão que suporta, por meio de um
programa possa ser executado em um com- único cabo, formatos de imagens de televi-
putador, é necessário que um HD (hard disk) são ou de computador, incluindo resoluções
seja instalado nesse computador. padrão, alta definição e 4k.
( ) Certo ( ) Errado a) EGA
b) HDMI
c) VGA
8. (CESPE – 2011 – TRE-ES – Técnico Judiciário) d) videocomponente
Considerando a manutenção de equipa- e) DVI
mentos de informática, julgue o item subse-
cutivo. Para a recuperação de arquivos em 12. (CESPE – TRE-RS – 2015)
HD danificado, um dos procedimentos nor- Com relação aos componentes básicos de
malmente utilizados é o Particionar. um computador, assinale a opção correta.
( ) Certo ( ) Errado a) A memória do computador é composta
por um conjunto de registradores, sen-
9. (CESPE – TRE-PI – 2016) do o tamanho de cada um calculado em
bits.
Um usuário necessita realizar uma cópia de b) Para melhorar o desempenho do pro-
segurança do disco rígido do computador, cessador, cada registrador é responsá-
cujo tamanho total é de 4 GB. Para atender vel por armazenar vários endereços,
a essa demanda de becape, ele deve utilizar compostos de radicais, que, na prática,
um são as três primeiras letras de uma pa-
lavra, associadas a um número único
a) CD-RW virgem.
gerado pelo sistema.
b) disquete de alta densidade formatado.
c) A UCP é a parte mais importante de um
c) pendrive que contenha 3.800 MB de es-
computador, a qual é formada por três
paço livre.
outras unidades principais: a unidade
d) smartphone com cartão SD que tenha
lógica (UL), a unidade aritmética (UA) e
3.800 MB de espaço livre.
a unidade de controle (UC).
e) DVD-RW virgem.
d) Conceitualmente, um processador é di-
ferente de uma unidade central de pro-
10. (CESPE – 2011 – TRE-ES – Técnico Judiciário)
cessamento (UCP). Enquanto o primeiro
Com relação aos componentes de computa- é responsável por executar operações
dores digitais e aos seus periféricos e dispo- de adição e subtração, o segundo é
sitivos de armazenamento de dados, julgue responsável por transferir o resultado
o item que se segue. O termo ROM é utiliza- dessas operações para a memória prin-
do para designar os discos rígidos externos cipal.
que se comunicam com o computador por e) Os barramentos servem para interligar
meio de portas USB e armazenam os dados os componentes da memória secundá-
em mídia magnética, sendo, portanto, um ria, área responsável por armazenar e
tipo de memória volátil. processar os dados no computador.
( ) Certo ( ) Errado
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13. (CESPE – 2011 – TRE-ES – Técnico Judiciário) 15. (CESPE – 2011 – TRE-ES – Técnico Judiciário)
Com relação aos componentes de computa- Com relação aos componentes de computa-
dores digitais e aos seus periféricos e dispo- dores digitais e aos seus periféricos e dispo-
sitivos de armazenamento de dados, julgue sitivos de armazenamento de dados, julgue
o item que se segue. A comunicação entre o item que se segue. Quando usado correta-
o microprocessador e as memórias RAM e mente, um modem adequado pode permi-
cache de um computador digital é sempre tir que um computador transmita e receba
feita através de uma porta USB, pois essas dados de outros sistemas computacionais,
memórias são as que apresentam o tempo também conectados a dispositivos adequa-
de acesso mais rápido possível. dos e corretamente configurados, por via
telefônica.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
14. (CESPE – TRE-PE – 2016)
16. (CESPE – TRE-PE – 2016)
O dispositivo de impressão dotado de agu-
lhas constitui parte do modelo de impressora O dispositivo responsável por armazenar
dados, mas que, diferentemente dos siste-
a) de sublimação. mas magnéticos, não possui partes móveis
b) com tecnologia digital LED. e é construído em torno de um circuito inte-
c) a jato de tinta. grado semicondutor é o(a)
d) matricial.
e) a laser. a) DVD.
b) SSD.
c) DDS.
d) HDD.
e) disquete.
Gabarito: 1. Certo 2. Certo 3. Errado 4. Errado 5. Certo 6. Errado 7. Errado 8. Errado 9. E 10. Errado
11. B 12. A 13. Errado 14. D 15. Certo 16. B
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REDE
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Rede de Computadores
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Protocolos – TCP X UDP
Alguns protocolos
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Atenção!!
CUIDADO!
HTTPS
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Protocolo de E-mail
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Intranet
LAN (Local Area Network) – Também chamada de Redes Locais, são o tipo de redes mais
comuns uma vez que permitem interligar computadores, servidores e outros equipamentos
de rede, numa área geográfica limitada (ex. Salas de Aula, Residências, Praças de Alimentação,
etc).
PAN (Personal Area Network) – Também é designada como redes de área pessoal, é o tipo de
rede onde é utilizada tecnologias de rede sem fios para interligar os mais variados dispositivos
(ex. computadores, smartphones, tablets etc) em uma área muito reduzida.
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WWAN (Wireless Wide Area Network) – Rede de longa distância sem-fio é uma tecnologia
que as operadoras de celulares utilizam para criar a sua rede de transmissão. (Ex. CDMA, GSM,
HSPA, etc).
MAN (Metropolitan Area Network) – Permitem a ligação de redes e equipamentos em uma
área metropolitana (ex. locais situados em diversos pontos de uma cidade). O serviço NET
Virtua pode ser considerado uma Rede MAN.
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RAN (Regional Area Network) é uma rede de uma região geográfica específica. Caracterizadas
pelas conexões de alta velocidade utilizando cabo de fibra óptica, RANs são maiores que as
redes LAN e MAN, mas são menores que as Redes WAN. Num sentido mais restrito as Redes
RANs são consideradas uma sub-classe de redes MAN.
WMAN (Wireless Metropolitan Area Network) – Muito similar a Redes MAN, mas esta não
possui fios. Foi atribuído a este padrão, o nome WiMAX (Worldwide Interoperability for
Microwave Access) onde oferece conectividade para uso doméstico, empresarial e em hotspots
através de um único ponto linear.
CAN (Campus Area Network) – Rede que interliga computadores situados em diferentes
edificações de um mesmo complexo institucional (Ex. Universidades, Condomínios, etc).
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Bluetooth
Rede de Computadores
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Placa de rede
HUB
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Switch
Topologia de Redes
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Comparação!
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Questões
1. (CESPE – 2014 – ICMBIO – Nível Médio – Uma rede local (LAN) permite conectar um
Conhecimentos Básicos – Todos os Cargos) número reduzido de computadores entre si,
uma vez que ela é usada para comunicação
Julgue os itens a seguir acerca de redes de em uma área geograficamente pequena. A
computadores, de correio eletrônico Ou- recomendação técnica é de que esse núme-
tlook Express e computação na nuvem ro não ultrapasse cem computadores.
Uma rede de dados, assim como os softwa- ( ) Certo ( ) Errado
res, tem a função de transmitir informações
e processá-las
5. (CESPE – 2013 – ANS – Técnico Administrativo)
( ) Certo ( ) Errado
Com base em conceitos de segurança da in-
formação, julgue o item abaixo.
2. (CESPE – 2014 – ICMBIO – Nível Médio –
Conhecimentos Básicos – Todos os Cargos) Para conectar um computador a uma rede
wireless, é imprescindível a existência de
Julgue os itens a seguir acerca de redes de firewall, haja vista que esse componente,
computadores, de correio eletrônico Ou- além de trabalhar como modem de cone-
tlook Express e computação na nuvem xão, age também como sistema de elimina-
Uma rede de dados, assim como os softwa- ção de vírus.
res, tem a função de transmitir informações ( ) Certo ( ) Errado
e processá-las
( ) Certo ( ) Errado 6. (CESPE – 2014 – Polícia Federal – Agente de
Polícia Federal)
3. (CESPE – 2014 – CADE – Nível Médio – Julgue o item a seguir, relativo a computa-
Conhecimentos Básicos) ção em nuvem e ao programa de correio
No que se refere a redes de computadores, eletrônico Mozilla Thunderbird.
julgue o próximo item. Entre as desvantagens da computação em
Tamanho físico, tecnologia de transmissão e nuvem está o fato de as aplicações terem de
topologia são critérios utilizados para classi- ser executadas diretamente na nuvem, não
ficar as redes de computadores. sendo permitido, por exemplo, que uma
aplicação instalada em um computador
( ) Certo ( ) Errado pessoal seja executada.
( ) Certo ( ) Errado
4. (CESPE – 2013 – MJ – Analista Técnico –
Administrativo – Conhecimentos Básicos)
Julgue os próximos itens, acerca de redes
de computadores, do programa de correio
eletrônico Outlook Express e do Microsoft
Office 2013.
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7. (CESPE – 2015 – Telebras – Analista Supe- 9. (CESPE – 2012 – PC-AL – Agente de Polícia)
rior – Comercial)
No que se refere à segurança da informação
Com relação a redes de computadores e a em redes de computadores, julgue os itens
Internet, julgue o item subsequente. Redes seguintes.
de comunicação do tipo ponto a ponto são
indicadas para conectar, por exemplo, ma- A rede privada virtual (VPN) do tipo site-to-
triz e filiais de uma mesma empresa, com -site constitui-se, entre outros elementos,
altas taxas de velocidade de conexão. de um canal de comunicação criptografado
entre dois gateways de rede.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. Errado 2. Errado 3. Certo 4. Errado 5. Errado 6. Errado 7. Certo 8. Certo 9. Certo
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INTERNET
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WWW -> WORLD WIDE WEB
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A URL é o endereço de um recurso disponível em uma rede, seja a rede internet, intranet ou
Extranet e significa em inglês Uniform Resource Locator, e em português é conhecido
por Localizador Padrão de Recursos, ENDEREÇO VIRTUAL.
Com relação ao ambiente Windows e a aplicativos de edição de textos e de
navegação na Internet, julgue os itens seguintes.
Uma URL contém o nome do protocolo utilizado para transmitir a informação
ou arquivo e informações de localização da máquina onde esteja armazenada
uma página web.
IP
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DOWNLOAD/UPLOAD
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opções
Pocket
V
A i p
d
d s r Navegação
o
i u i compartilhada
w
c a n
n
i l c
l
o i i
o
n z p
a
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d
r r l
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Mozilla FireFox – Atalhos
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Ctrl + (1,2,3, ..., 9): abre a aba ordenada pelo algarismo;
Ctrl + clique: abre link em uma nova aba;
Shift + Clique: abre link em uma nova janela;
Ctrl + “+”: aumenta o texto da página;
Ctrl + “-”: diminui o texto da página;
Ctrl + 0 (zero): retorna o texto para o tamanho padrão;
Ctrl+ O (letra O): abre um arquivo do computador no Google Chrome;
Motores de Busca
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Motores de Busca
Pesquisa
Botão estou com sorte, funciona como uma espécie de buscador rápido, uma espécie de atalho.
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Correio Eletrônico
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Questões
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6. (2016 – CESPE – PC-PE) 7. (2011 – CESPE)
Dois analistas, que compartilham a mesma O protocolo mais utilizado para acessar da-
estação de trabalho ao longo do dia — um dos da World Wide Web (WWW) é o
no turno matutino e outro no turno vesper-
tino —, utilizam a versão mais recente do a) UDP.
Google Chrome e desejam que esse navega- b) HTTP.
dor memorize os dados de formulários dos c) URL.
sistemas web do órgão em que atuam, sem d) HTML.
que as senhas desses formulários sejam e) TCP.
memorizadas.
8. (2016 – CESPE – INSS – Técnico do Seguro
Considerando essa situação hipotética, assi- Social)
nale a opção correta.
Com relação a informática, julgue o item
a) É possível configurar o browser para que se segue.
memorizar dados dos formulários, en-
tretanto isso implica necessariamente Na Internet, os endereços IP (Internet Pro-
o armazenamento das respectivas se- tocol) constituem recursos que podem ser
nhas, ainda que de modo independente utilizados para identificação de microcom-
para cada analista. putadores que acessam a rede.
b) Não é possível memorizar nomes de ( ) Certo ( ) Errado
usuários e senhas para cada analista in-
dividualmente, visto que o navegador
em questão armazena os dados de for- 9. (2016 – CESPE – DPU)
mulários no mesmo local, independen-
A respeito da Internet e suas ferramentas,
temente do perfil do usuário na estação
julgue o item a seguir.
de trabalho.
c) Cada analista deve, ao fim de seu tur- O TCP/IP, conjunto de protocolos criados no
no, limpar os dados de navegação e de início do desenvolvimento da Internet, foi
privacidade para evitar sobreposição e substituído por protocolos modernos, como
compartilhamento de dados dos formu- o WiFi, que permitem a transmissão de da-
lários no navegador, pois independen- dos por meio de redes sem fio.
temente da configuração os dados do
browser são únicos para todos os usuá- ( ) Certo ( ) Errado
rios que acessem a estação.
d) Não é possível realizar quaisquer confi- 10. (2015 – CESPE – TRE-GO)
gurações adicionais no navegador, uma
vez que este, necessariamente, armaze- Internet e redes de computadores, julgue o
na dados e senhas de formulários. item a seguir.
e) É possível configurar o browser para
O endereço IPv6 tem 128 bits e é formado
memorizar dados dos formulários e não
por dígitos hexadecimais (0-F) divididos em
armazenar senhas de modo indepen-
quatro grupos de 32 bits cada um.
dente para cada analista.
( ) Certo ( ) Errado
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11. (2013 – CESPE – IBAMA – Analista Ambiental) 14. (2016 – CESPE – PC-PE)
Com referência ao Portal do Software Públi- Assinale a opção que apresenta correta-
co, que é um espaço reservado para o com- mente o texto que, ao ser digitado no sítio
partilhamento de software de interesse pú- de buscas Google, permite localizar, na web,
blico, julgue os itens que se seguem. arquivos no formato pdf que contenham a
frase “valorização do policial civil”, mas não
Um software que seja candidato a ser ofe- contenham o vocábulo “concurso”.
recido no referido portal, mas que dependa
de sistemas operacionais proprietários, não a) ‘valorização do policial civil’ without
atenderá às condições para ser ofertado no ‘concurso’ type(pdf)
portal em questão. b) ‘valorização do policial civil’ no:concurso
archive(pdf)
( ) Certo ( ) Errado c) “valorização do policial civil”
not(concurso) in:pdf
12. (2013 – CESPE – SEFAZ-ES) d) “Valorização do Policial Civil.” -concurso
filetype:pdf
Serviços de correio eletrônico gratuitos, e) valorização and do and policial and civil
como o Gmail, o Hotmail e o Outlook Ex- exclude(concurso) in:pdf
press, utilizam, pelo menos, dois protocolos
de aplicação na Internet. A interface desses 15. (2015 – CESPE – TRE-MT)
serviços é web, logo eles suportam o proto-
colo HTTP. No entanto, para o envio de cor- Assinale a opção que apresenta uma forma
reio eletrônico para domínios de email dife- adequada e específica de
rentes do domínio de origem, esses serviços buscar no Google por arquivos pdf relacio-
utilizam, pelo menos, o protocolo. nados ao BrOffice.
a) IMAP. a) filetype:pdf broffice
b) SNMP. b) related:pdf broffice
c) RTSP. c) link:pdf broffice
d) POP3. d) link broffice
e) SMTP. e) type:file broffice
13. (2013 – CESPE – Polícia Federal – Perito Cri- 16. (2016 – CESPE – TRE-PI Prova)
minal Federal)
Assinale a opção que apresenta a combina-
Considere que um usuário necessite utilizar ção de teclas que permite abrir uma nova
diferentes dispositivos computacionais, per- aba no navegador Mozilla Firefox, em sua
manentemente conectados à Internet, que versão mais recente e com configuração pa-
utilizem diferentes clientes de email, como o drão, instalada em uma máquina com siste-
Outlook Express e Mozilla Thunderbird. Nes- ma operacional Windows.
sa situação, o usuário deverá optar pelo uso
do protocolo IMAP (Internet message access a) Ctrl + B
protocol), em detrimento do POP3 (post offi- b) Ctrl + D
ce protocol), pois isso permitirá a ele man- c) Ctrl + E
ter o conjunto de emails no servidor remoto d) Ctrl + T
ou, alternativamente, fazer o download das e) Ctrl + A
mensagens para o computador em uso.
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. Certo 2. Certo 3. Errado 4. Errado 5. D 6. E 7. B 8. Certo 9. Errado 10. Errado 11. Certo
12. E 13. Certo 14. D 15. A 16. D
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SEGURANÇA
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Computação e nuvens
COMPUTAÇÃO EM NUNVESN
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(2013 – CESPE – PC-BA – Delegado de Polícia)
Considerando aspectos gerais de informática, julgue o item subsequente.
São vantagens do uso de cloudstorage, em comparação com as formas tradicionais de uso
de infraestruturas de tecnologias de informação e comunicação, independentemente da
disponibilidade de acesso à Internet, a manutenção, sob quaisquer circunstâncias, do sigilo e a
preservação de dados pela nuvem.
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Segurança da informação
Princípios: CIDA
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(2013 – CESPE – SEFAZ-ES – Auditor Fiscal da Receita Estadual)
Com base nas propriedades da segurança da informação, é correto afirmar que a utilização de
assinatura digital garante.
a) cifra simétrica.
b) disponibilidade
c) confidencialidade.
d) autenticação.
e) integridade.
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Trojan
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PHARMING – DNS
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SPYWARE – Espião
Tipos de Spyware
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BOTS (“ROBOS”)
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ROOTKIT
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SPAM
Sniffer
É o processo de captura das informações da rede por meio de um software de escuta de rede
(sniffer), que é capaz de interpretar as informações transmitidas no meio físico, esse é um
ataque à confidencialidade dos dados.
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SPoofing – Falsificação o de Endereço
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SPoofing - Falsificação o de Endereço
COOKIES
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Agentes de Segurança
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Agentes de Segurança
Antivírus
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Prevenção de Intrusão e Firewall
Prevenção de Intrusão e
Firewall
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Tecnicas de defesa
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Criptografia simétrica
Criptografia assimétrica
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Dicas
Assinatura Digital
A assinatura digital busca resolver dois problemas não garantidos apenas com uso da
criptografia para codificar as informações: a Integridade e a Procedência.
Pega o arquivo que quer assinar, geramos um HASH dele e ciframos esse HASH com a chave
privada do emissor da mensagem. Dessa forma, ao receber o arquivo, o receptor pode gerar o
HASH do arquivo, decifrar a assinatura digital com a chave pública do emissor, e comparar os
HASH’s: se eles forem iguais , a assinatura está válida, se não estiverem iguais, a assinatura está
inválida.
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Autoridades Certificadores
AC – Autoridade Certificadora
É uma entidade, pública ou privada, subordinada à hierarquia da ICP-Brasil, responsável por
emitir, distribuir, renovar, revogar e gerenciar certificados digitais.
AR – Autoridade de Registro
É responsável pela interface entre o usuário e a Autoridade Certificadora. Vinculada a uma AC,
tem por objetivo o recebimento, validação, encaminhamento de solicitações de emissão ou
revogação de certificados digitais e identificação, de forma presencial, de seus solicitantes.
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Julgue os itens seguintes, relativos a noções de informática.
Quando um documento assinado digitalmente sofre algum tipo de alteração, automaticamente
a assinatura digital vinculada ao documento torna-se inválida.
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Backup
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Backup Completo
Backup incremental
Backup Diferencial
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Questões
( ) Certo ( ) Errado
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6. (2015 – CESPE – TJ-DFT) zadas a emitir certificados digitais para usu-
ários ou instituições que desejam utilizá-los.
A respeito de sistemas operacionais e apli-
cativos para edição de textos, julgue o item ( ) Certo ( ) Errado
que se segue.
Para que se utilize o firewall do Windows, 10. (2015 – CESPE – TRE-MT)
mecanismo que auxilia contra acessos não
autorizados, a instalação de um equipa- A função principal de uma ferramenta de
mento de hardware na máquina é desne- segurança do tipo antivírus é
cessária. a) monitorar o tráfego da rede e identificar
( ) Certo ( ) Errado possíveis ataques de invasão.
b) verificar arquivos que contenham códi-
7. (2015 – CESPE – TJ-DFT) gos maliciosos.
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Gabarito: 1. Errado 2. Certo 3. A 4. Errado 5. Certo 6. Certo 7. Certo 8. Errado 9. Certo 10. B 11. Errado
12. Certo 13. Certo 14. Errado 15. Certo 16. Certo 17. Certo 18. Errado
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Informática
SOFTWARE
Software é uma sentença escrita em uma linguagem computável, para a qual existe uma má-
quina (computável) capaz de interpretá-la.
Software livre
X
Software Proprietário
Software livre: não é sinônimo de software grátis. E sim disponível a todos, porem pode ser
Gratís.
1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito;
2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades.
O acesso ao código-fonte é um pré-requisito;
3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao próximo – colegas
ligados a este universo da TI e em geral;
4. A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos para que toda a
comunidade se beneficie.
Software Proprietário: É um produto criado por uma empresa que detém os direitos sobre o
produto, e sua distribuição é feita mediante pagamento de licença de uso.
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1. (CESPE – 2012)
Acerca dos sistemas operacionais Windows e Linux, assinale a opção correta.
a) Arquivos criados no Linux podem ser lidos no Windows por meio da ferramenta Restaura-
ção do sistema, existente no menu Iniciar do Windows.
b) No Linux, o programa PlanCalc permite a elaboração de planilhas eletrônicas, de forma
equivalente ao Excel no Windows.
c) No sistema Windows, o aplicativo Windows Explorer tem a função exclusiva de facilitar o geren-
ciamento das informações em um computador, permitindo criar, excluir e renomear arquivos e
pastas; enquanto o Internet Explorer é um browser que permite a navegação na Internet.
d) Por ser software livre, o usuário tem a liberdade de copiar e modificar uma distribuição do
Linux, sem solicitar qualquer tipo de permissão.
e) Por meio da opção Windows UpDate, é possível ajustar data, hora e fuso horário do com-
putador.
Windows
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Windows 8
Windows 10
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Sistemas de Arquivos
Um sistema de arquivos é a estrutura usada pelo computador para organizar dados em um
disco rígido. Se você está instalando um novo disco rígido, é necessário particionar e formatar
esse disco usando um sistema de arquivos antes de começar a armazenar dados ou programas
•• A sua primeira versão foi desenvolvida no ano de 1980.No início, ele trabalhava somente
com 12 bits de endereçamento, valor que passou para 16 em 1987. Finalmente, no ano de
1996 passou a usar os 32 bits, versão que é utilizada até hoje.
•• Suporta partição de até 2TB.
•• Tamanho de Arquivos de 4gb
•• Nome de Arquivos de 256 caracteres
•• Não é possível limitar o acesso.
•• NTFS é o sistema de arquivos preferencial para esta versão do Windows. Esse sistema ofe-
rece muitas vantagens em relação ao sistema de arquivos FAT32 anterior, incluindo:
•• A capacidade de recuperar alguns erros de disco automaticamente, o que o FAT32 não faz.
•• Maior suporte para discos rígidos de maior capacidade.
•• Mais segurança, pois permite usar permissões e criptografia para restringir o acesso a
determinados arquivos a usuários aprovados.
•• Aceita volumes de até 2 TB
Particionamento HD
•• É a divisão do disco rígido dos computadores em espaços que permitam melhor organiza-
ção dos arquivos que ali serão gravados.
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2. (2016 – CESPE – TRE-PE)
Em sua instalação padrão, o sistema operacional Windows 8.1 suporta o sistema de arquivos
a) EXT4.
b) EXT3.
c) NTFS.
d) REISERFS.
e) XFS.
Arquivos
Nome.estenção → teste.doc
Pasta e Subpastas
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C:\Users\welington\alvo
Windows Explorer
Considerando-se que todas as pastas sejam configuradas para guardar documentos e possuam per-
missão de escrita e leitura para todos os usuários da estação de trabalho, assinale a opção correta.
a) A quinta estrutura apresentada não poderá ser criada, se as pastas forem criadas na ordem
apresentada
b) A primeira estrutura apresentada será imune a pragas virtuais, devido ao fato de ser uma
pasta-raiz.
c) É possível criar todas as pastas e subpastas apresentadas, mas não será possível inserir nas
pastas e nas subpastas arquivos do tipo imagem.
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d) É possível criar a estrutura apresentada, mas, caso não haja proteção adequada, os arquivos
inseridos em todas pastas e subpastas estarão suscetíveis a infecção por pragas virtuais.
e) Não é possível sincronizar essas pastas por meio de cloud storage, visto que armazenamentos
na nuvem não suportam estrutura com subpastas.
A partir da figura ao lado, que mostra a janela Meu computador do Windows Explorer, assinale
a opção correta.
4. (Cespe – 2016)
a) Na unidade , estão listadas as pastas que contêm apenas os arquivos do
sistema operacional windows, os quais são responsáveis pelo funcionamento correto do
sistema.
b) Na pasta , são armazenados os documentos copiados temporariamente por meio
dos atalhos , para serem reutilizados posteriormente.
c) O lado direito da janela mostra as pastas das unidades, ou arquivos nelas contidos, que
foram selecionadas do lado esquerdo da janela, o que permite acesso rápido por meio de
cliques do mouse.
d) A opção permite aos programas de navegação na rede local, na internet ou em
intranet.
e) A opção oferece mecanismo de busca na internet, via Bing ou Goo-
gle, para encontrar arquivos armazenados pelos usúarios nas unidades remotas de armaze-
namento em nuvem.
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Extensões
•• As extensões de arquivos são sufixos que designam seu formato e principalmente a função
que desempenham no computador. Cada extensão de arquivo tem funcionamento e carac-
terísticas próprias, portanto demanda um software específico para trabalhar com ela.
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Windows 7 Tela inicial
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Novidades do Windows 10
•• Windows Defender Advanced Threat Protection: concebido para detectar, investigar e res-
ponder a ataques maliciosos. Este recurso recebe dados da maior variedade de sensores do
mundo e de especialistas em proteção avançada contra ameaças, incluindo uma equipe de
pesquisadores especialistas em segurança da Microsoft;
•• Windows Information Protection: conhecido como proteção de dados corporativos, ajuda
a proteger as empresas de vazamentos de dados acidentais, separando dados pessoais e
organizacionais, protegendo dados corporativos onde estiverem.
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Cortana
Assistente de voz
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Microsoft Edge é o novo navegador web da Microsoft. Exclusivo para Windows 10, o browser
tem suporte para baixar aplicativos da web e extensões, até mesmo as de outros navegadores,
como Chrome, com algumas modificações. Ele possui uma nova página inicial que reúne os
sites mais visitados e também informações importantes. Além disso, a Cortana e o recurso de
anotações ajudam a alavancar o sucessor do Internet Explorer.
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Diretórios
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ComandosLinux
Permissões no linux
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Permissão Binário Decimal
--- 000 0
--x 001 1
-w- 010 2
-wx 011 3
r-- 100 4
r-x 101 5
rw- 110 6
rwx 111 7
O único usuário que tem permissão total 777 OU rwx rwx rwx é o root.
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Comandos Linux
Comandos de Comunicações
mail Enviar e receber emails
mesg Permitir ou negar mensagens de terminal e pedidos de conversação (talk requests)
pine Outra forma de enviar e receber emails, uma ferramenta rápida e prática
talk Falar com outros utilizadores que estejam logados no momento
write Escrever para outros utilizadores que estejam logados no momento
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Comandos de Gestão de Ficheiros e Directorias
cd Mudar de directoria actual, como por exemplo cd directoria, cd .., cd /
Mudar a protecção de um ficheiro ou directoria, como por exemplo chmod 777,
chmod
parecido com oattrib do MS-DOS
chown Mudar o dono ou grupo de um ficheiro ou directoria, vem de change owner
chgrp Mudar o grupo de um ficheiro ou directoria
cmp Compara dois ficheiros
comm Selecciona ou rejeita linhas comuns a dois ficheiros seleccionados
cp Copia ficheiros, como o copy do MS-DOS
crypt Encripta ou Desencripta ficheiros (apenas CCWF)
diff Compara o conteúdo de dois ficheiros ASCII
file Determina o tipo de ficheiro
Procura um ficheiro por um padrão, sendo um filtro muito útil e usado, por exemplo
grep um cat a.txt | grep ola irá mostrar-nos apenas as linhas do ficheiro a.txt que contenham
a palavra “ola”
gzip Comprime ou expande ficheiros
ln Cria um link a um ficheiro
ls Lista o conteúdo de uma directoria, semelhante ao comando dir no MS-DOS
lsof Lista os ficheiros abertos, vem de list open files
mkdir Cria uma directoria, vem de make directory”
mv Move ou renomeia ficheiros ou directorias
Mostra-nos o caminho por inteiro da directoria em que nos encontramos em dado
pwd
momento, ou seja a pathname
quota Mostra-nos o uso do disco e os limites
Apaga ficheiros, vem de remove, e é semelhante ao comando del no MS-DOS, é preciso
rm
ter cuidado com o comando rm * pois apaga tudo sem confirmação por defeito
rmdir Apaga directorias, vem de remove directory
Mostra o estado de um ficheiro, útil para saber por exemplo a hora e data do último
stat
acesso ao mesmo
Faz um flush aos buffers do sistema de ficheiros, sincroniza os dados no disco com a
sync
memória, ou seja escreve todos os dados presentes nos buffersda memória para o disco
Ordena, une ou compara texto, podendo ser usado para extrair informações dos
sort ficheiros de texto ou mesmo para ordenar dados de outros comandos como por
exemplo listar ficheiros ordenados pelo nome
Cria ou extrai arquivos, muito usado como programa de backup ou compressão de
tar
ficheiros
tee Copia o input para um standard output e outros ficheiros
tr Traduz caracteres
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Comandos de Notícias ou Rede
netstat Mostra o estado da rede
rsh Corre umam shell em outros sistemas UNIX
ssh Versão segura do rsh
nmap Poderoso port-scan, para visualizarmos portas abertas num dado host
ifconfig Visualizar os ips da nossa máquina, entre outras funções relacionadas com ips
Pingar um determinado host, ou seja, enviar pacotes icmp para um determinado host
ping
e medir tempos de resposta, entre outras coisas
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11. (2014 – CESPE – Polícia Federal)
No que diz respeito aos sistemas operacionais Windows e Linux, julgue os próximos itens.
No ambiente Linux, é possível utilizar comandos para copiar arquivos de um diretório para um
pen drive.
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. D 2. C 3. D 4. C 5. E 6. C 7. B 8. A 9. Certo 10. Certo 11. Certo 12. Errado 13. Certo
14. Errado 15. C 16. D 17. Errado
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EDITOR DE TEXTO
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Textos
DOCX, DOCM, DOTX, DOTM.
Words
Planilhas
XLSX, XLSM, XLTX, XLTM, XLSB, XLAM.
Excel
A presentações PPTX, PPTM, POTX, POTM, PPAM, PPSX, PPSM, SLDX, SLDM,
Power Point THMX.
Notas
ONE, ONEPKG
OneNote
Banco de Dados
ACCDB, MDB, ACCDE, MDE, ACCDT, ACCDR.
Access
Textos ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), RTF, SDW, VOR, TXT,
Writer HTML, PDB, XML, PSW, UOT.
Planilhas ODS, OTS, SXC, STC, DIF, DBF, XLS (Excel), XLSX, SLT, SDC,
Calc VOR, SLK, CSV, HTML, XTML, XML, PXL e UOS
Apresentações ODP, OTP, SXI, STI, PPT (PowerPoint), PPTX, POT, SXD, DAS,
Impress SDD, VOR, UOR e ODG.
Desenho
ODG, OTG, SXD, STD, DAS, VOR e SDD
Draw
Banco Dados
ODB
Base
Fórmula
MathML
Math
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1. (2016 – CESPE – PC-PE)
Assinale a opção que apresenta corretamente os passos que devem ser executados no BrOffice
Writer para que os parágrafos de um texto selecionado sejam formatados com avanço de 2 cm
na primeira linha e espaçamento 12 entre eles.
a) Acessar o menu Editar, selecionar a opção Texto e inserir os valores desejados no campo
Recuos e Espaçamento
b) Acessar o menu Formatar, selecionar a opção Parágrafo e inserir os valores desejados no
campo Recuos e Espaçamento.
c) Acessar o menu Formatar, selecionar a opção Texto e inserir os valores desejados no campo
Espaçamento.
d) Acessar o menu Editar, selecionar a opção Recuos e inserir os valores desejados no campo
Recuos e Espaçamento.
e) Pressionar, no início da primeira linha, a tecla Tab e, em seguida, a tecla Enter duas vezes
após o primeiro parágrafo do texto selecionado. Assim, o Writer repetirá essa ação para os
demais parágrafos selecionados.
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Menu Arquivo no Writer
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4. (2014 – CESPE – Polícia Federal – Agente de Polícia Federal)
Julgue o item a seguir, relativo aos sistemas operacionais Linux e Microsoft Word 2013.
Para criar um documento no Word 2013 e enviá-lo para outras pessoas, o usuário deve clicar o
menu Inserir e, na lista disponibilizada, selecionar a opção Iniciar Mala Direta.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
A opção Marcador do menu Inserir permite inserir marcações na posição em que estiver o
cursor. Os marcadores são âncoras para utilização em navegação pelo documento.
O recurso utilizado para pintar o fundo de um texto com uma cor diferente é chamado de Real-
ce e é encontrado na barra de formatação.
( ) Certo ( ) Errado
6. (2015 – CESPE)
No que se refere ao ambiente Microsoft Office, julgue o item a seguir.
Em um documento do Word, o uso simultâneo das teclas CTRL e ENTER, ou a seleção da opção
Quebra de Página no menu Inserir, faz que o cursor vá para a página seguinte.
( ) Certo ( ) Errado
Quebrar a pagina levando o curso para próxima pagina basta aperta as teclas, CTRL e ENTER.
( ) Certo ( ) Errado
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Ferramentas Writer
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Menu Formatar → parágrafo → bordas
9. (2015 – CESPE)
Acerca do Microsoft Office 2013 e dos conceitos básicos de redes de computadores, julgue o
item a seguir.
Um documento do Word 2013 pode ser gravado diretamente na nuvem, sem que seja neces-
sário armazená-lo inicialmente no computador. Ao se acessar a opção Salvar como, no menu
Arquivo, o Word permite criar, automaticamente, uma cópia do documento em uma pasta defi-
nida pelo usuário antes de enviá-lo para a nuvem, eliminando essa cópia após o envio.
( ) Certo ( ) Errado
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Cliques do mouse
No Word
Duplo clique na palavra Seleciona a palavra
Triplo clique na palavra Seleciona o parágrafo
Um clique à esquerda de uma linha Seleciona a linha
Duplo clique à esquerda de uma linha Seleciona o paragrafo
Triplo clique à esquerda de uma linha Seleciona o documento
No Writer
Duplo clique na palavra Seleciona a palavra
Triplo clique na palavra Seleciona o período
Quádruplo clique na palavra Seleciona Parágrafo
Duplo clique à esquerda de uma linha Seleciona a primeira palavra
Triplo clique à esquerda de uma linha Seleciona o período
Quádruplo clique à esquerda de uma linha Seleciona o parágrafo
Atalhos
Menu Arquivo
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Menu Editar
Menu Formatar
11. (CESPE)
Considere que um usuário do Word deseje copiar, para um arquivo do Word, uma figura conti-
da em uma página da Web, exibida no Internet Explorer que possa ser copiada para a área de
transferência. Para essa finalidade, ele deve.
a) Aplicar um duplo clique sobre a figura, trazer a janela do word para o primeiro plano, clicar
o menu editar clicar copiar.
b) Clicar a figura com o botão direito do mouse, e clicar em seguida a opção copiar; trazer a
janela do word para o primeio plano, clicar , na área de texto do word, o local de destino da
figura , clicar o menu Editar clicar e colar.
c) Clicar a figura com o botão esquerdo do mouse, pressionar simultaneamente as teclas CTRL
e X; trazer para o primeiro plano a janela do word, clicar na área de texto do word o local de
destino da figura e clicar
d) Clicar a figura com o botão esquerdo do mouse, clicar ; trazer para o primeiro planoa
janelado word; clicar na área de texto do word o local de destino da figura; pressionar
simultaneamente as teclas CTRL e C.
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12. (2014 – CESPE – FUB)
Word Writer
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19. (2016 – CESPE – Prefeitura de São Paulo – SP)
Considerando a figura precedente, que ilustra uma janela do Microsoft Word contendo um do-
cumento em edição no qual há uma palavra selecionada, assinale a opção correta.
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. B 2. A 3. Certo 4. Errado 5. Errado 6. Certo 7. Certo 8. Errado 9. Errado 10. A 11. B 12. Certo
13. Errado 14. Errado 15. Certo 16. Certo 17. Certo 18. Errado 19. A 20. Certo
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DIREITO
ADMINISTRATIVO
Direito Administrativo
AGENTES PÚBLICOS
1. Conceitos introdutórios
Agente público é toda pessoa que desempenha atividade administrativa, temporária ou não,
com ou sem remuneração.
Agente Público é a expressão mais ampla para designar de forma genérica aqueles sujeitos que
exercem funções públicas. Quem quer que desempenhe funções estatais é um agente público
enquanto as exercita.
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Os agentes públicos podem ser classificados em:
a) Agentes Políticos – Exercem função pública de alta direção do Estado. Em regra, ingressam
por meio de eleição, com mandatos fixos, ao término dos quais a relação com o Estado de-
saparece automaticamente. Exemplos: Chefes do Poder Executivo (Presidente da República,
Governadores dos Estados e Prefeitos Municipais, com seus respectivos vices), Parlamenta-
res (Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores), Ministros de Estado...
b) Agentes Administrativos (ou Servidores Estatais ou Servidores Públicos em sentido am-
plo) – São as pessoas que prestam serviço público para a Administração, com natureza pro-
fissional e remunerada. Dividem-se em:
•• Servidores Públicos Estatutários (são os ocupantes de cargos públicos e submetidos a regi-
me estatutário). Em sentido estrito, “servidor público” é apenas o estatutário.
•• Empregados Públicos (são os ocupantes de emprego público e submetidos a regime cele-
tista – CLT)
•• Servidores Temporários (aqueles contratados por tempo determinado para atender a ne-
cessidade temporária de excepcional interesse público, não tendo cargo nem emprego pú-
blico, exercendo função pública remunerada e temporária).
Obs.: Há doutrina e questões que entendem que “Servidor Público em sentido amplo” abran-
ge essas 3 espécies (servidores públicos estatutários, empregados públicos e servidores tem-
porários), enquanto “Servidor Público em sentido estrito” seria apenas o Servidor Estatutário.
Vejamos o esquema:
874 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello
Cargo Público
Os cargos públicos (que podem ser efetivos ou em comissão) são ocupados por servidores pú-
blicos, submetidos ao regime estatutário.
A Lei nº 10.098/1994 define: “Art. 3º Cargo público é o criado por lei, em número certo, com
denominação própria, consistindo em conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a
um servidor, mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.”
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Cargos são as mais simples e indivisíveis uni-
dades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com
denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei”.
Cargos públicos são próprios dos órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações
Públicas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 875
Emprego Público
Os empregos públicos são ocupados por empregados públicos, os quais se submetem ao regime
celetista (Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT). Os empregados públicos ingressam por meio
de concurso público para ocupar empregos públicos, de natureza essencialmente contratual.
De acordo com Celso Antônio Bandeira de Mello: “Empregos públicos são núcleos de encargos
de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los,
sob relação trabalhista”.
Empregos públicos são próprios das pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Indireta, mais especificamente as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. São
exemplos, os empregados da Caixa Econômica Federal (empresa pública) e do Banco do Brasil
(sociedades de economia mista).
Função Pública
De acordo com Maia Sylvia Di Pietro: “São funções públicas as funções de confiança e as exer-
cidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público (CF, art. 37, IX).”
876 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Administrativo – Profª Tatiana Marcello
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Es- § 3º Da análise e descrição de cargos de que
tado de Goiás e de suas Autarquias. trata o parágrafo anterior constarão, dentre
outros, os seguintes elementos: denomina-
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOI- ção, atribuições, responsabilidades, condi-
ÁS decreta e eu sanciono a seguinte lei: ções para provimento, habilitação e requisi-
tos qualificativos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 877
Art. 6º É vedado cometer ao funcionário atri- II – elaborar os editais que deverão conter
buições diferentes das de seu cargo, bem como os critérios, os programas e demais elemen-
é proibida a prestação de serviços gratuitos. tos indispensáveis;
Parágrafo único. Não se incluem nas proi- III – publicar a relação dos candidatos con-
bições a que se refere este artigo o desem- correntes, cujas inscrições foram deferidas
penho de função transitória de natureza ou indeferidas;
especial e a participação em comissões ou IV – decidir, em primeira instância, questões
grupos de trabalho, para elaboração de es- relativas às inscrições;
tudos ou projetos de interesse público.
V – publicar a relação dos candidatos apro-
vados, obedecida a ordem de classificação.
TÍTULO II § 2º Em casos especiais, o titular da Pasta da
Administração, sem prejuízo de sua supervi-
Do Concurso, do Provimento são e homologação, poderá delegar compe-
e da Vacância tência para a realização de concursos públicos.
§ 3º Os concursos para provimento de car-
gos que, pela especificidade de suas atri-
CAPÍTULO I buições, sejam privativos de determinado
DO CONCURSO órgão, serão realizados sob a direção do res-
pectivo titular, com a supervisão e homolo-
Art. 7º O concurso público será de provas ou de
gação do Secretário da Administração.
provas e títulos e, em casos especiais, poderá
exigir aprovação em curso específico de forma- Art. 9º São requisitos para inscrição em concur-
ção profissional mantido por instituição oficial so, além de outros que as respectivas instruções
do Estado, sem prejuízo de outros requisitos. exigirem;
§ 1º À pessoa deficiente é assegurado o di- I – ser brasileiro;
reito de candidatar-se ao ingresso no servi- II – estar em gozo dos direitos políticos;
ço público para o exercício de cargos cujas
atribuições não sejam incompatíveis com a III – estar em dia com as obrigações milita-
deficiência de que é portadora. res e eleitorais;
§ 2º No caso de empate na classificação, IV – idade mínima de 18 (dezoito) anos;
para efeito de matrícula no curso de forma- V – ter nível de escolaridade ou habilitação
ção profissional ou nomeação, terá priorida- legal para o exercício do cargo.
de, sem prejuízo de outros critérios a serem
Parágrafo único. As atribuições do cargo
estabelecidos nas instruções do concurso, o
podem justificar a exigência de outros re-
candidato que já for funcionário do Estado.
quisitos estabelecidos em lei.
Art. 8º Os concursos para provimento de cargos
nas administrações direta e autárquica do Poder Art. 10. Não cumpridas as exigências de que trata o
Executivo serão realizados diretamente pela Se- artigo anterior, a inscrição será indeferida, cabendo
cretaria da Administração ou sob a sua supervisão dessa decisão recurso à autoridade competente.
e controle, a cujo titular compete a decisão sobre Art. 11. A matrícula nos cursos de formação
a respectiva homologação, no prazo de 60 (sessen- profissional será disciplinada nas instruções do
ta) dias, a contar da realização do concurso. concurso, atribuindo-se ao candidato matricula-
§ 1º Para os efeitos do disposto neste artigo, do uma bolsa de estudos mensal em valor cor-
incumbirá à Secretaria da Administração: respondente a 60% (sessenta por cento) do ven-
cimento básico do cargo a que concorrer.
I – publicar a relação das vagas;
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Art. 19. O regulamento ou edital do concurso II – os Secretários de Estado, aos dirigentes
indicará o respectivo prazo de validade, que não das entidades jurisdicionadas às respectivas
poderá ser superior a 4 (quatro) anos, incluídas Pastas;
as prorrogações.
III – o Secretário da Administração, aos de-
Art. 20. A nomeação para os cargos de que trata mais funcionários do Poder Executivo e das
o item II do art. 16 deste Estatuto recairá, prefe- autarquias estaduais.
rencialmente, em funcionário público.
•• Vide Lei nº 13.266, de 16-04-1998 e
Parágrafo único. A nomeação a que se re- 14.662, de 08-01-2004, art. 8º.
fere este artigo dependerá sempre de ha-
bilitação compatível com a necessária ao Art. 26. Além dos requisitos exigidos nos incisos
desempenho das atribuições inerentes ao I a III e V do art. 9º, o nomeado deverá apresen-
cargo. tar, no ato da posse, prova de quitação com a
Fazenda Pública. de sanidade física e mental
Art. 21. Só haverá Substituíção no impedimento mediante inspeção da Junta Médica Oficial do
legal e temporário de ocupante de cargo em co- Estado e declaração sobre acumulação de car-
missão de direção e de função por encargos de gos.
Chefia.
§ 1º É obrigatória, também, a apresentação
Art. 22. A Substituição será: de declaração de bens e valores, no caso de
investidura em cargo de direção, de provi-
I – gratuita, desde que automática e não ex- mento em comissão.
cedente a 15 (quinze) dias;
§ 2º A deficiência física, comprovadamente
II – remunerada, nas demais hipóteses. estacionária, não impedirá a posse desde
Art. 23. O Substituto perceberá, durante o tem- que não obste o desempenho normal das
po da Substituição, além do vencimento ou re- atribuições do cargo.
muneração do cargo de que for titular efetivo, § 3º Ao funcionário admitido nos termos
a diferença necessária para completar o venci- do parágrafo anterior não se concederão
mento do Substituído mais a gratificação de re- quaisquer vantagens, direitos ou benefícios
presentação ou por encargo de chefia respecti- em razão da deficiência existente à época
va. da admissão.
Seção III Art. 27. Em casos de doença devidamente com-
DA POSSE provada, admitir-se-á a posse por procuração.
Art. 24. Posse é a aceitação formal das atribui- Art. 28. A posse deverá ser tomada no prazo de
ções, deveres e responsabilidades inerentes ao 30 (trinta) dias, a contar da data da publicação
cargo público, com o compromisso de bem ser- do ato no órgão oficial, prorrogável por mais 30
vir. (trinta), a requerimento do interessado.
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Art. 30. O funcionário nomeado terá exercício I – o ônus poderá ser suportado pelo órgão
na repartição em que houver claro de lotação. de lotação ou exercício, a juízo do Gover-
nador do Estado, se resultar comprovada a
§ 1º Lotação é o número de funcionários de impossibilidade legal de sua assunção pelo
cada classe que deve ter exercício em cada requisitante;
repartição ou serviço.
II – o ônus será suportado pelo órgão de lo-
§ 2º O funcionário elevado por acesso po- tação ou exercício para atendimento de so-
derá continuar em exercício na repartição licitação da Assembléia Legislativa do Esta-
em que estiver servindo. do, da Câmara dos Deputados e do Senado
Art. 31. O chefe da repartição ou do serviço em Federal, casos em que o número de servido-
que for lotado o funcionário é autoridade com- res cedidos não poderá exceder:
petente para dar-lhe exercício. a) o dobro da soma dos parlamentares goia-
Art. 32. O exercício do cargo terá início dentro nos componentes das duas Casas do Con-
do prazo de 30 (trinta) dias, contados da: gresso Nacional;
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VI – exercício de cargo de provimento em XIX – de exercício de mandato eletivo fede-
comissão na administração direta ou autár- ral, estadual ou municipal.
quica ou em fundações instituídas pelo Es-
tado de Goiás; XX – exercício de mandato em confedera-
ção, federação, associação e sindicato re-
VII – exercício de cargo ou função de governo presentativo de categoria de servidores pú-
ou administração, em qualquer parte do terri- blicos estaduais, ou entidade fiscalizadora
tório nacional, por nomeação do Governador da profissão.
do Estado ou do Presidente da República;
XXI – doação de sangue, desde que devida-
VIII – exercício do cargo de Secretário de mente comprovado.
Município ou de Estado em outras Unida-
des da Federação, com prévia e expressa § 1º Considera-se ainda, como de efetivo
autorização do Chefe do Poder Executivo. exercício o período em que o funcionário
estiver em disponibilidade.
IX – desempenho de mandato diretivo em
empresa pública e sociedade de economia § 2º Na hipótese do inciso XX deste artigo,
mista sob o controle acionário do Estado de poderão ser licenciados somente servidores
Goiás; eleitos para cargos de direção das referidas
entidades, limitando-se a 5 (cinco) servido-
X – licença-prêmio; res por entidade, sendo assegurada a remu-
neração de seus cargos efetivos.
XI – licença à funcionária gestante por 180
(cento e oitenta) dias; § 3º O servidor ocupante de cargo em dire-
ção, comissão, chefia ou função de confian-
•• Redação dada pela Lei n° 16.677, de 30- ça, na hipótese de afastamento prevista no
07-2009, art. 3º. inciso XX, deverá descompatibilizar-se do
•• Vide Lei Complementar nº 88, de 13- cargo ou função.
10-2011, art. 2º. § 4º Os afastamentos previstos nos incisos
XII – licença para tratamento de saúde até o IV, VII, VIII, IX, X, XI, XIX e XX deste artigo im-
limite máximo de 24 (vinte e quatro) meses; portarão na suspensão imediata do estágio
probatório.
XIII – licença por motivo de doença em pes-
soa da família, enquanto remunerada; § 5º Na hipótese prevista no inciso VI deste
artigo, a assunção, pelo servidor, de atribui-
XIV – licença ao funcionário acidentado em ções diversas das do cargo de provimento
serviço ou acometido de doença profissional; efetivo implicará suspensão imediata da
contagem do prazo de estágio probatório.
XV – missão ou estudo no País ou no exterior,
quando o afastamento for remunerado; § 6º Nos demais casos de afastamento pre-
vistos neste artigo e que excederem a 30
XVI – doença de notificação compulsória; (trinta) dias, suspensa será a contagem do
XVII – participação em programa de treina- prazo do estágio probatório a partir do 31º
mento regularmente instituído; (trigésimo primeiro) dia, salvo se, relativa-
mente ao inciso XVII deste artigo, o evento
XVIII – trânsito do funcionário que passar a guardar relação com as atribuições do cargo
ter exercício em nova sede, definido como ocupado e o afastamento não impedir a re-
o período de tempo nunca superior a 15 alização da avaliação especial de desempe-
(quinze) dias, contados do seu desligamen- nho.
to, necessário à viagem para o novo local de
trabalho;
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§ 6º Nas hipóteses de cessão de servidor em § 3º Uma vez encerrada a fase instrutória
estágio probatório, a contagem do respecti- do processo administrativo de exoneração,
vo prazo e a sua avaliação serão suspensas com a apresentação do relatório final da co-
quando o servidor assumir atribuições di- missão processante, será ele encaminhado,
versas das do cargo de provimento efetivo, com a manifestação conclusiva do titular do
bem como quando tiver exercício fora dos órgão ou da entidade de origem do servidor,
quadros da Administração Pública estadual. à decisão final do Chefe do Poder Executivo.
•• Acrescido dada pela Lei nº 19.156, de •• Redação dada pela Lei nº 19.156, de 29-
29-12-2015. 12-2015.
Art. 39-A. Durante o ano civil, as avaliações se- Art. 41. O servidor público não aprovado no es-
rão realizadas em meses prefixados, conforme tágio probatório será exonerado ou, se estável,
definido em regulamento. reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.
•• Acrescido dada pela Lei nº 19.156, de •• Redação dada pela Lei nº 19.156, de 29-
29-12-2015. 12-2015.
Parágrafo único. Excepcionalmente, na 1ª Seção VI
(primeira) avaliação e nos casos de afasta- DA ESTABILIDADE
mentos que resultarem em suspensão da
contagem do tempo de estágio probatório, Art. 42. Cumprido satisfatoriamente o estágio
as avaliações poderão ser realizadas em in- probatório, o funcionário adquirirá estabilidade
terstício inferior a 6 (seis) meses, desde que no serviço público.
observado o mínimo de 90 (noventa) dias
de efetivo exercício. Art. 43. O funcionário estável somente perderá
o cargo em virtude de sentença judicial ou me-
•• Acrescido dada pela Lei nº 19.156, de diante processo administrativo em que lhe seja
29-12-2015. assegurada ampla defesa.
Art. 40. O não-atendimento de quaisquer dos Parágrafo único. Extinto o cargo ou declara-
requisitos estabelecidos para o estágio probató- da a sua desnecessidade, o funcionário es-
rio implicará instauração do processo adminis- tável ficará em disponibilidade remunerada,
trativo de exoneração do servidor pelo titular com vencimento proporcional ao tempo de
do órgão ou da entidade onde aquele tem exer- serviço, até seu adequado aproveitamento
cício, na forma da Lei nº 13.800, de 18 de janei- em outro cargo.
ro de 2001, com observância do contraditório
e da ampla defesa, e do procedimento previsto Seção VII
em regulamento. DA REMOÇÃO
•• Redação dada pela Lei nº 19.156, de 29-
Art. 44. Remoção é a movimentação do funcio-
12-2015.
nário, a pedido ou de ofício, no quadro a que
§ 1º A apuração dos requisitos de que tra- pertence, com ou sem mudança de sede, me-
ta o art. 39 desta Lei deverá ser processada diante preenchimento de claro de lotação, sem
de modo que o processo administrativo de se modificar, entretanto, a sua situação funcio-
exoneração seja instaurado antes de findo o nal.
período de estágio, sob pena de responsa-
Art. 45. A remoção dar-se-á a pedido escrito do
bilidade da autoridade.
funcionário ou de ofício no interesse da Admi-
•• Redação dada pela Lei nº 19.156, de 29- nistração, devidamente comprovado:
12-2015.
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Art. 47. Sendo ambos funcionários, a remoção § 2º Os titulares de cargos de direção e che-
de ofício de um dos cônjuges assegurará a do fia, mediante aprovação de Secretário de
outro para serviço estadual na mesma localida- Estado ou autoridade equivalente, poderão
de. alterar o horário de que trata este artigo,
observado o limite ali estabelecido, sempre
Art. 48. A remoção de que trata o item I do art. que as necessidades do serviço exigirem.
45 competirá ao Secretário da Administração e
a de que trata o item II do mesmo dispositivo, •• Redação dada pela Lei nº 16.509, de 02-
ao titular do órgão em que for lotado o funcio- 04-2009.
nário. § 3º Fica o Chefe do Poder Executivo auto-
Art. 49. É vedada a remoção de ofício de fun- rizado a reduzir para 6 (seis) horas diárias a
cionário que esteja regularmente matriculado jornada de trabalho do servidor que perce-
em curso de treinamento, aprimoramento ou ba remuneração inferior a 2 (dois) salários
aperfeiçoamento profissional, mantido por ins- mínimos, a ser prestada, preferencialmen-
tituição oficial do Estado, ou em curso de espe- te, das 12 (doze) às 18 (dezoito) horas.
cialização que guarde correspondência com as •• Redação dada pela Lei nº 16.509, de 02-
atribuições do cargo ocupado, mesmo que mi- 04-2009.
nistrado por entidades de ensino superior.
§ 4º Os servidores portadores de deficiên-
Art. 50. A remoção do pessoal do Fisco Estadu- cia, necessitados de cuidados especiais e
al, na hipótese do item II do art. 45 deste Esta- que pratiquem atividades físicas direcio-
tuto, será objeto de regulamento a ser baixado nadas ou não, e as servidoras que tenham
pelo Chefe do Poder Executivo. em sua companhia filho portador de defi-
ciência, necessitado de cuidados especiais,
Seção VIII ficam sujeitos à jornada de trabalho de 6
DO REGIME DE TRABALHO (seis) horas diárias.
•• Vide Decreto nº 8.465, de 05-10-2015. •• Redação dada pela Lei nº 16.938, de 12-
03-2010, art. 1º.
•• Vide Lei nº 19.019, de 25-09-2015.
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§ 5º O disposto neste artigo não se aplica § 8º É vedada a prorrogação da jornada de
à duração de trabalho estabelecida em leis trabalho nas atividades de teleatendimen-
especiais, caso em que a jornada do servi- to, telefonista ou telemarketing, salvo por
dor poderá ser fixada em 6 (seis) ou 4 (qua- motivo de força maior, necessidade impe-
tro) horas diárias, em 36 (trinta e seis) ou 24 riosa ou para a realização ou conclusão de
(vinte e quatro) horas semanais e em 180 serviços inadiáveis, cuja execução possa
(cento e oitenta) ou 120 (cento e vinte) ho- acarretar prejuízo manifesto, com respeito
ras mensais. ao limite de 36 (trinta e seis) horas sema-
nais.
•• Acrescido pela Lei nº 16.509, de 02-04-
2009. •• Acrescido pela Lei nº 19.145, de 29-12-
2015, art. 31.
§ 6º O tempo de trabalho em efetiva ativi-
dade de teleatendimento, telefonista ou te- § 9º Em caso de prorrogação da jornada
lemarketing é de, no máximo, 6 (seis) horas normal de trabalho de teleatendimento,
diárias, nele incluídos os seguintes interva- telefonista ou telemarketing, será obrigató-
los para repouso e alimentação, sem qual- ria a concessão de descanso mínimo de 15
quer prejuízo remuneratório: (quinze) minutos antes do início do período
extraordinário de trabalho.
•• Acrescido pela Lei nº 19.145, de 29-12-
2015, art. 31. •• Acrescido pela Lei nº 19.145, de 29-12-
2015, art. 31.
I – 2 (dois) intervalos de 10 (dez) minutos
contínuos após os primeiros e antes dos úl- Art. 52. Os órgãos cujos serviços se fizerem ne-
timos 60 (sessenta) minutos de trabalho; cessários diuturnamente e/ou aos sábados, do-
mingos e feriados civis ou religiosos funcionarão
•• Acrescido pela Lei nº 19.145, de 29-12- nesses dias em regime de plantão, fixado pelos
2015, art. 31. respectivos dirigentes.
II – 1 (um) intervalo de 20 (vinte) minutos Art. 53. Os ocupantes de cargos em comissão
contínuos durante a 4ª (quarta) hora de tra- ou de função gratificada por encargo de che-
balho. fia, assessoramento, secretariado ou inspeção
•• Acrescido pela Lei nº 19.145, de 29-12- estão sujeitos, qualquer que seja seu cargo ou
2015, art. 31. emprego de origem, à jornada de 8 (oito) horas
diárias de trabalho.
§ 7º Para os fins do disposto no § 6º deste
artigo, entende-se como trabalho de tele- •• Vide Decreto nº 4.960, de 2-10-98.
atendimento, telefonista ou telemarketing Parágrafo único. Estarão também sujeitos
aquele cuja comunicação com interlocuto- à carga horária de 8 (oito) horas diárias os
res internos e externos é realizada, predo- ocupantes dos cargos de Fiscal de Vigilância
minantemente, à distância por intermédio Sanitária e Sanitarista.
da voz e/ou mensagens eletrônicas, com a
utilização simultânea de equipamentos de Art. 54. A jornada de trabalho dos médicos, ci-
audição/escuta e fala telefônica e sistemas rurgiões dentistas e fixada em 4 (quatro) horas
informatizados ou manuais de processa- diárias, reduzindo-se-lhes, de consequência,
mento de dados, em ambiente no qual a pela metade os seus vencimentos, quando fixa-
principal atividade é conduzida via telefone dos para carga horária de 8 (oito) horas.
e/ou rádio.
•• Redação dada pela Lei nº 12.716, de
•• Acrescido pela Lei nº 19.145, de 29-12- 2-10-95, art. 1º inciso I.
2015, art. 31.
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§ 1º O pessoal de que trata este artigo po- das atribuições que desempenham, não es-
derá, a critério da administração e median- tão sujeitos a ponto.
te autorização expressa do Chefe do Poder
Executivo ou de quem este delegar tal com- Art. 56. Ponto é o registro pelo qual se verifica-
petência, ter dobrada a sua carga horária, rão, diariamente, a entrada e a saída do funcio-
passando, nessa hipótese, a perceber, tam- nário em serviço.
bém duplicado, o respectivo vencimento, § 1º Nos registros de ponto deverão ser
com a redução prevista no “caput” deste lançados todos os elementos necessários à
artigo. apuração da frequência.
•• § 1º constituído pela Lei nº 10.629, 13- § 2º Para o registro do ponto serão usados,
9-88, art. 3º. preferencialmente, meios mecânicos.
§ 2º A dobra vencimental a que se refere o § 3º Salvo nos casos expressamente pre-
parágrafo anterior incorporar-se-á aos pro- vistos neste Estatuto, é vedado dispensar o
ventos de aposentadoria do funcionário funcionário do registro do ponto e abonar
que permanecer no regime de trabalho ali faltas ao serviço.
previsto por prazo igual ou superior a cinco
anos consecutivos ou dez intercalados. § 4º As autoridades e os funcionários que,
de qualquer forma, contribuírem para o
•• Acrescido pela lei nº 10.629, de 13-9- descumprimento do disposto no parágrafo
88, art. 3º. anterior, serão obrigados a repor, aos cofres
§ 3º O beneficiário do disposto no § 1º que públicos, as importâncias indevidamente
já contar com tempo de serviço necessá- pagas aos servidores faltosos, sem prejuízo
rio à implementação de sua aposentadoria da ação disciplinar cabível.
voluntária ou vier a completá-la nos cinco § 5º Em cada mês civil poderão ser abona-
anos Subsequentes à data da vigência desta das até 03 (três) faltas do servidor, desde
lei, desde que, consecutivamente, nos últi- que devidamente justificadas por atestado
mos cinco anos ou por dez intercalados te- médico e não excedam a 18 (dezoito) em
nha prestado serviço com cargo de 40 (qua- cada exercício.
renta) horas semanais, poderá computar
tais períodos para efeito do interstício a que •• Redação dada pela Lei nº 18.861, de 10-
se refere o parágrafo anterior”. 06-2015.
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II – suspensão por 60 (sessenta) dias, na se- § 2º Para valer-se de qualquer das facul-
gunda ocorrência; dades previstas neste artigo, o funcioná-
rio, semestralmente, no início das aulas,
III – demissão, na terceira. encaminhará requerimento à autoridade
§ 8º Recebendo o autor a conivência de ter- competente, instruindo-o com atestado do
ceiros, a estes será aplicada a mesma pena. diretor do estabelecimento de ensino que
Se o conivente for encarregado do ponto, estiver frequentando, o qual deverá preen-
ser-lhe-á aplicada, na primeira ocorrência, cher os seguintes requisitos:
suspensão por 60 (sessenta) dias e, na se- I – ser passado em papel marcado com o
gunda, a pena de demissão. timbre do estabelecimento;
Art. 57. Excetuados os ocupantes de cargos de II – conter o nome e filiação do funcionário,
direção superior, todos os funcionários estão data e local em que nasceu, curso e classe
sujeitos à prova de pontualidade e frequência em que estiver matriculado, número da ma-
mediante o sistema de marcação de ponto. trícula, horário completo de suas atividades
•• Vide decreto nº 4.671, de 22-4-96, art. escolares e declaração de frequência.
1º. Art. 59-A. O servidor que comprovar participação
•• Vide Decreto nº 8.465, de 05-10-2015, em programas de treinamento sistemático para
art. 20. atletas fará jus à redução de até 30% (trinta por cen-
to) da carga horária de sua jornada de trabalho.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não
se aplica ao funcionário que, necessariamen- •• Acrescido pela Lei nº 15.662, de 23-05-
te, desempenhe suas atividades em serviços 2006.
externos, bem assim, ao que, pela natureza •• Regulamentado pelo Decreto nº 7.948,
de suas atribuições – quando comprovada- de 1º-08-2013.
mente no exercício delas – tenha de deslo-
car-se da repartição em que estiver lotado. § 1º Não será exigida compensação de ho-
rário do servidor beneficiário do horário es-
Art. 58. A falta de marcação do ponto importa pecial fixado no caput deste artigo.
na perda de vencimento ou da remuneração
do dia; se prolongada por 30 (trinta) dias con- •• Acrescido pela Lei nº 15.662, de 23-05-
secutivos ou 45 (quarenta e cinco) intercalados, 2006.
dentro do período de 365 (trezentos e sessenta
e cinco) dias, na perda do cargo, por abandono, § 2º A concessão de horário especial, nos
na forma preconizada no art. 37 deste Estatuto. termos deste artigo, não acarretará prejuízo
financeiro ao servidor atleta.
Art. 59. Os funcionários que estiverem cursan-
do estabelecimentos de ensino, oficiais ou re- •• Acrescido pela Lei nº 15.662, de 23-05-
conhecidos, poderão marcar o ponto até meia 2006.
hora depois, na entrada, ou até meia hora antes, Art. 59-B. Ao servidor inscrito em competição
na saída, dos horários a que estiverem sujeitos. desportiva local, regional, nacional ou internacio-
nal será concedido afastamento remunerado do
§ 1º Em casos especiais, atendida a conve- serviço durante o período de translado, prepara-
niência do serviço, ao funcionário estudan- ção e competição devidamente comprovada.
te poderá ser concedido horário especial,
quando comprovada a incompatibilidade •• Acrescido pela Lei nº 15.662, de 23-05-
entre o horário escolar e o da repartição, 2006.
contudo, sem prejuízo de sua carga horária
semanal.
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Art. 66. O disposto nesta Seção não se aplica § 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o pe-
aos titulares de cargos que, por sua natureza, dido de recondução somente poderá ser apre-
exijam a prestação de serviço em regime de sentado enquanto o servidor não for confirma-
tempo integral. do no cargo objeto de estágio probatório.
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IV – 10 (dez) para cada pena de suspensão § 1º Somente estará habilitado ao processo
de até 30 (trinta) dias; de seleção previsto neste artigo o funcioná-
rio que obtiver, no mínimo, 60 (sessenta)
V- 15 (quinze) para cada pena de suspensão pontos positivos, já computados pontos ne-
superior a 30 (trinta) dias; gativos definidos no § 2º do art. 75, devida-
VI – 50 (cinquenta) para cada destituição de mente publicados no Boletim de Avaliação
função ou pena de suspensão preventiva ou de que trata o artigo anterior.
prisão administrativa. § 2º A pontuação correspondente ao pro-
Art. 76. Os dados sobre o merecimento do fun- cesso seletivo estabelecido neste artigo
cionário, na classe a que pertença, serão levan- será fixada à razão de, no mínimo, 50 (cin-
tados, trimestralmente, e apurados nos meses quenta) pontos para as provas e 20 (vinte)
de dezembro e junho, pelo Departamento de para os títulos.
Recursos Humanos do órgão de sua lotação, § 3º Para os efeitos deste artigo, somente
mediante o preenchimento de Ficha Individual serão considerados como títulos os perti-
de Acompanhamento de Desempenho, confor- nentes à especialização e ao aperfeiçoa-
me modelo próprio. mento dentro das especificações da classe
Parágrafo único. Os dados sobre o mereci- a que estiver concorrendo o funcionário
mento do funcionário com exercício em ór- e correspondentes a cursos realizados em
gão diverso do de sua lotação serão neste entidades de ensino superior ou institui-
avaliados. ções oficiais congêneres, nacionais ou es-
trangeiras, bem como os ministrados pelos
Art. 77. As condições essenciais e complemen- órgãos próprios da Superintendência de
tares do merecimento, constantes da Ficha In- Recrutamento, Seleção e Desenvolvimento
dividual, serão aferidas pela autoridade compe- de Pessoal da Secretaria da Administração,
tente, definida no Regulamento de cada órgão, do Departamento de Recursos Humanos da
ouvidos, sempre, o chefe imediato atual e o Secretaria da Fazenda, pela Superintendên-
anterior do funcionário, sem prejuízo de outros cia da Academia de Polícia e os cursos da
meios e fontes de indagação e formação do con- própria Secretaria da Educação do Estado
vencimento. de Goiás, e, ainda, aqueles oferecidos por
Art. 78. A aferiação do merecimento, que se entidades conveniadas com o Estado objeti-
dará nos meses imediatamente posteriores ao vando o aprimoramento de pessoal.
da expedição da ficha individual prevista no art. § 4º Para o cumprimento das disposições
76, será publicada no órgão oficial do Estado, deste artigo, será publicado no órgão oficial
através de “Boletim de Avaliação”, podendo o ou em jornal diário de grande circulação no
funcionário, a partir desta e no prazo de 10 (dez) Estado o edital expedido pelo titular do ór-
dias, interpor recurso para a autoridade de que gão, regulamentando o processo de seleção
trata o artigo precedente que, em igual prazo, profissional, com prazo nunca inferior a 20
decidirá sobre o mesmo em caráter definitivo. (vinte) dias de sua realização.
Art. 79. Para ter direito à promoção por mere- Art. 80. Obedecida a seriação de valores esta-
cimento o funcionário deverá, ainda, submeter- belecida para os pontos positivos, decorrentes
-se a processo de seleção profissional, de provas das condições essenciais, e os negativos, relati-
e títulos, a realizar-se nos meses de fevereiro e vos às condições complementares, bem assim
agosto, através do qual comprove possuir expe- para o processo seletivo interno, a pontuação
riência e capacidade funcionais e os conheci- final do merecimento de que trata este artigo
mentos requeridos pela especificação de classe perfará, no máximo, um total de 150 (cento e
a que concorra. cinquenta) pontos.
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Art. 81. O merecimento do funcionário, para Art. 88. Não concorrerá à promoção, salvo por
efeito de promoção, decorrerá da soma dos antiguidade, nas hipóteses dos incisos III e VII, o
pontos obtidos nos termos do art. 78, constan- funcionário:
tes da publicação do Boletim de Avaliação, e dos
oriundos do procedimento seletivo, de que tra- I – em estágio probatório ou em disponibi-
ta o art. 79, cujo resultado final deverá ser pu- lidade;
blicado no orgão oficial do Estado, sob a forma II – que não obtiver, no caso de promoção
de Boletim de Promoção. por merecimento, no mínimo 30 (trinta)
§ 1º Serão promovidos, obedecido o núme- pontos nas provas ou 40 (quarenta) pontos
ro de pontos obtidos, constantes do Bole- no somatório das provas e títulos, ou, ain-
tim de Promoção, tantos funcionários quan- da, 60 (sessenta) pontos de merecimento,
tas forem as vagas fixadas no edital a que se nos termos do § 1º do art. 79;
refere o parágrafo único do art. 70. III – que estiver em exercício de mandato
§ 2º Ocorrendo empate, aplicar-se-á o mes- eletivo federal, estadual ou municipal re-
mo critério estabelecido no art. 106. munerado;
Art. 82. O merecimento é adquirido especifica- IV – que estiver em licença para tratar de
mente na classe; promovido, o funcionário co- interesse particular ou afastado, a qualquer
meçará a adquirir merecimento a contar de seu título, sem ônus para os cofres públicos;
ingresso na nova classe. V – que não possuir os cursos exigidos pela
Art. 83. As promoções por antiguidade recairão especificação da classe a que concorra;
em funcionários que tiverem sucessivamente VI – que estiver cumprindo pena disciplinar;
maior tempo de efetivo exercício na classe, em
número sempre correspondente ao de vagas. VII – que estiver à disposição da administra-
ção federal, da municipal ou da de outros Es-
Art. 84. A antiguidade será determinada pelo tados, bem como de entidades de direito pri-
tempo líquido de exercício do funcionário na vado, salvo em virtude de convênios firmados
classe a que pertencer. para fins assistenciais e/ou educacionais.
Art. 85. Quando houver fusão de classes, os Art. 89. Somente concorrerão à promoção os fun-
funcionários contarão, na nova classe, a antigui- cionários que tiverem alcançado a última referên-
dade que guardavam na situação anterior. cia horizontal da classe de que for ocupante.
Art. 86. A antiguidade na classe será contada: Parágrafo único. O disposto neste artigo
I – nos casos de nomeação, readmissão, re- não se aplica ao funcionário que, por for-
versão ou aproveitamento, a partir da data ça de enquadramento, já esteja ocupando
em que o funcionário assumir o exercício do a última referência de sua classe, hipótese
cargo; em que deverá cumprir o interstício de dois
anos na mesma, apurado de acordo com as
II – nos casos de readaptação, acesso ou normas que regulam a contagem de tempo
promoção, a partir da vigência do ato res- para efeito de antiguidade na classe, para
pectivo. que possa fazer jus à promoção à classe
imediatamente superior.
Art. 87. Na apuração do tempo líquido de efeti-
vo exercício, para determinação da antiguidade Art. 90. Em benefício do funcionário a quem de
na classe, bem como para efeito de desempe- direito cabia a promoção, será declarado sem
nho, serão incluídos os períodos de afastamen- efeito o ato que a houver decretado indevida-
to previstos no art. 35. mente.
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§ 1º O funcionário promovido indevida- II – comprovação da habilitação profissional
mente não ficará obrigado a restituir o que exigida para o cargo a que concorra o fun-
a mais tiver recebido. cionário;
§ 2º O funcionário a quem cabia a promo- III – frequência e titulação em curso de trei-
ção será indenizado da diferença do venci- namento ou de especialização, quando esta
mento a que tiver direito. condição se fizer necessária.
Art. 91. Para os efeitos de promoção, por anti- Art. 95. Não poderá concorrer ao acesso o fun-
guidade ou merecimento, o órgão de delibera- cionário que incorrer nas situações previstas no
ção coletiva, onde houver, ou o Departamento art. 88, ressalvada a do inciso II.
de Recursos Humanos ou unidades equivalentes
do órgão de lotação do funcionário, elaborará, Art. 96. Os concursos de acesso serão realiza-
semestralmente, a relação de classificação por dos, anualmente, de preferência no mês de ju-
tempo apurado e por pontos obtidos, encami- lho, salvo se inexistirem vagas.
nhando-a à Secretaria da Administração, para, Art. 97. Os trabalhos relativos ao concurso de
após consolidada, adotar as providências neces- acesso reger-se-ão pelos mesmos moldes do
sárias ao provimento das vagas existentes. concurso público de que tratam os arts. 7º a 12
Parágrafo único. Para os efeitos deste ar- deste Estatuto.
tigo, serão obedecidas rigorosamente a Art. 98. O concurso de acesso precederá o con-
ordem de classificação, de acordo com os curso público, destinado-se, a cada um 50%
pontos obtidos nos termos do art. 81, bem (cinquenta por cento) das vagas apuradas em
como a ordem de antiguidade apurada em classes únicas ou iniciais de séries de classes.
relação própria.
§ 1º Sendo ímpar o número de vagas, serão
Art. 92. Para todos os efeitos, será considerado reservadas para o acesso metade mais uma.
promovido o funcionário que vier a falecer sem
que tenha sido decretada, no prazo legal, a pro- § 2º Na falta de funcionários habilitados ou
moção que lhe cabia. não sendo preenchida a totalidade das va-
gas destinadas ao acesso, as mesmas pode-
Seção XII rão ser providas por concurso público.
DO ACESSO § 3º A distribuição de vagas para efeito de
•• Vide Lei nº 10.872, de 7-7-89, art. 2º. acesso far-se-á de acordo com as necessi-
dades dos diversos órgãos da administração
•• Suspenso para o pessoal do magisté- direta do Poder Executivo e de suas atuar-
rio fundamental e médio pela Lei nº quias.
11.756, de 7-7-92, art. 2º.
Art. 99. O edital de abertura do concurso será
Art. 93. Acesso é a passagem do funcionário, publicado por 3 (três) vezes consecutivas no
pelo critério de merecimento, de classe inte- órgão oficial e em jornal diário de grande circu-
grante de uma série de classes, ou de uma clas- lação no Estado, com antecedência mínima de
se única, para classe inicial de outra série de 30 (trinta) dias, dele constando prazo, horário e
classes, ou outra classe única de nível hierár- local de recebimento das inscrições, bem como
quico superior, da mesma ou de outra categoria instruções especiais, determinando:
funcional.
I – classes com especificação das respecti-
Art. 94. São requisitos indispensáveis para o vas atribuições;
acesso:
II – número de vagas por classe e cargos;
I – concurso interno de provas;
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III – condições para inscrição e provimento curso de acesso, anulando todos os atos decor-
do cargo, a saber: rentes da inscrição.
a) situação funcional do candidato; Art. 104. Os candidatos serão convocados para
as provas por edital, devidamente publicado,
b) diploma, certificados e títulos; que deverá conter a indicação do dia, hora e lo-
c) outras considerações necessárias; cal das mesmas.
IV – tipo e programas das provas; Parágrafo único. Não haverá segunda cha-
mada, em nenhuma das provas, seja qual
V – curso de treinamento a que ficarão su- for o motivo alegado.
jeitos os candidatos, quando previsto;
Art. 105. O resultado da avaliação das provas
VI – critério de avaliação dos certificados e/ será homologado pela autoridade competente
ou títulos obtidos no curso de treinamento e publicado em ordem de classificação por pon-
de que trata o item anterior; tos obtidos pelos aprovados.
VII – outros requisitos essenciais ao provi- § 1º A classificação a que se refere este ar-
mento do cargo. tigo ficará limitada a 20 % (vinte por cento)
Art. 100. A inscrição para o concurso de aces- além do número de vagas oferecidas.
so será feita pelo próprio candidato ou por pro- § 2º Os classificados entre os 20% (vinte por
curador, mediante comprovação dos requisitos cento) excedentes somente serão aprovei-
exigidos e preenchimento de formulário pró- tados se ocorrerem desistência de candida-
prio. tos classificados dentro do número de vagas
Art. 101. As inscrições deferidas e/ou indeferi- fixado no edital.
das serão publicadas até 10 (dez) dias úteis após Art. 106. Quando ocorrer empate na classifica-
o encerramento do prazo de efetivação das ção, terá preferência, sucessivamente, o funcio-
mesmas. nário:
Art. 102. Do indeferimento de inscrição cabe re- I – que tiver a maior carga horária em cur-
curso administrativo a ser impetrado no prazo sos de especialização e/ou extensão, trei-
de 5 (cinco) dias úteis, contado a partir da publi- namento ou aperfeiçoamento, compatíveis
cação a que se refere o artigo anterior. com o cargo objeto do concurso;
§ 1º O recurso, devidamente instruído, de- II – com maior número de pontos constan-
verá ser dirigido à autoridade competente tes da última publicação do Boletim de Pro-
para execução dos trabalhos inerentes ao moção;
concurso, nos termos do art. 97.
III – de maior tempo de serviço estadual;
§ 2º O candidato poderá participar condi-
cionalmente das provas enquanto seu re- IV – de maior tempo de serviço público;
curso estiver pendente de decisão. V – de maior número de dependentes;
§ 3º A decisão do recurso de que trata este VI – mais idoso.
artigo, de ciência obrigatória ao funcioná-
rio, será irrecorrível por via administrativa. Art. 107. O curso de treinamento ou de especia-
lização será realizado quando necessário para
Art. 103. A inexatidão ou irregularidade na do- complementação das qualificações exigidas
cumentação apresentada, ainda que verificada pelo exercício do cargo.
posteriormente, eliminará o candidato do con-
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Parágrafo único. Só poderão participar do Art. 114. Não haverá readmissão em cargo para o
curso de que trata este artigo os candidatos qual haja candidato habilitado em concurso público
classificados nas provas do concurso interno. ou em teste de avaliação para promoção e acesso.
Art. 108. Serão fixados em edital o período, local Art. 115. A readmissão dependerá sempre da
do estabelecimento de ensino e horário do con- existência de vaga, excluída a destinada a pro-
curso para o qual o candidato deverá inscrever-se. moção ou acesso, e dar-se-á, de preferência, no
cargo anteriormente ocupado ou em outro de
Art. 109. O provimento por acesso far-se-á por or- atribuições análogas e de vencimentos equiva-
dem de classificação, no prazo máximo de 20 (vinte) lentes.
dias da publicação do resultado final do concurso.
Art. 116.O tempo de serviço público do readmi-
Art. 110. O funcionário elevado por acesso pas- tido será computado para os efeitos previstos
sará a integrar a nova classe e poderá ser lotado em lei.
em outro órgão, no interesse do serviço público.
Art. 111. No caso do concurso de acesso ser re- Seção XIV
alizado na forma da delegação prevista no § 2º DA REINTEGRAÇÃO
do art. 8º, deverá ser apresentado à Secretaria
da Administração o competente relatório, no Art. 117. Reintegração é o reingresso, no serviço
prazo de 30 (trinta) dias após a homologação do público, do funcionário demitido, com ressarci-
resultado final do concurso. mento de vencimento e vantagens inerentes ao
cargo, por força de decisão administrativa ou ju-
Parágrafo único. Verificada qualquer irregu- diciária.
laridade praticada em decorrência da dele-
gação referida neste artigo, o Secretário da Parágrafo único. A decisão administrativa
Administração poderá anular total ou par- de reintegração será sempre proferida à vis-
cialmente o concurso. ta de pedido de reconsideração, através de
recurso ou revisão de processo.
Art. 112. Os casos omissos serão resolvidos pelo
titular da Secretaria da Administração. Art. 118. A reintegração dar-se-á no cargo an-
teriormente ocupado, no que resultou de sua
Seção XIII transformação ou, se extinto, em cargo equiva-
DA READMISSÃO lente, para cujo provimento seja exigida a mes-
ma habilitação profissional, e tenha vencimento
Art. 113. Readmissão é o reingresso, no servi- idêntico.
ço público, sem ressarcimento de vencimento Parágrafo único. Se inviáveis as soluções in-
e vantagens, atendido o interesse da adminis- dicadas neste artigo, será restabelecido, por
tração, do ex-ocupante de cargo de provimento lei, o cargo anterior, no qual se dará a rein-
efetivo, VETADO. tegração.
Parágrafo único. Para os fins deste artigo o Art. 119. Invalidada por sentença a demissão, o
ex-funcionário deverá: funcionário será reintegrado e o eventual ocu-
I – VETADO; pante da vaga, se estável, retornará ao cargo de
origem, sem direito a indenização.
II – gozar de boa saúde física e mental, com-
provada em inspeção por Junta Médica Ofi- Parágrafo único. Se extinto ou transforma-
cial do Estado. do o cargo, dar-se-á o retorno no resultante
da transformação ou em outro de mesmo
III – satisfazer as condições e os requisitos vencimento e atribuições equivalentes, ob-
exigidos para o provimento do cargo. servada a habilitação legal.
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II – quando o nível de desenvolvimento IV – readaptação;
mental do funcionário não mais correspon-
der às exigências da função; V – aposentadoria;
Art. 133. Não se fará readaptação em cargo para a) a critério da autoridade competente para
o qual haja candidato aprovado em concurso ou o respectivo provimento, quando se tratar
teste de avaliação para promoção ou acesso. de cargo em comissão;
Art. 134. O funcionário readaptado que não se b) quando o funcionário não tomar posse
ajustar às condições de trabalho e atribuições ou deixar de entrar em exercício nos prazos
do novo cargo será submetido a nova avaliação legais;
pela Junta Médica Oficial do Estado e, na hipó- c) quando não satisfeitos os requisitos do
tese do § 1º do art. 262, será aposentado. estágio probatório e não couber a recondu-
ção;
d) quando o servidor for investido em car-
CAPÍTULO III go, emprego ou função pública incompatí-
DA VACÂNCIA vel com o de que é ocupante, excetuando-
-se a previsão contida no inciso IX do art.
Art. 135. Vacância é a abertura de claro no qua- 135 desta Lei;
dro de pessoal do serviço público, permitindo o
preenchimento do cargo vago VETADO, e decor- •• Acrescido pela Lei nº 19.156, de 29-12-
rerá de: 2015.
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rimento escrito do próprio interessado e as serviço, fora dos casos expressamente pre-
de que tratam as alíneas “b” a “e” do inciso vistos neste Estatuto.
II do mesmo dispositivo mediante proposta
motivada da autoridade competente da re-
partição em que o funcionário estiver lotado. TÍTULO III
§ 3º É vedada a exoneração a pedido, bem
como a concessão de aposentadoria volun- Dos Direitos E Vantagens
tária, a funcionário que esteja respondendo
a processo administrativo disciplinar.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- CAPÍTULO I
01-2004. DO VENCIMENTO, DA
Art. 137. Ocorrerá a vaga na data: REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGENS
I – da publicação do ato de recondução, •• Vide Lei nº 18.231, de 28-11-2013.
promoção, acesso, readaptação, aposenta-
doria, exoneração ou demissão; Seção I
II – da posse em outro cargo cuja acumula- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
ção seja incompatível;
Art. 139. Além do vencimento, poderão ser de-
III – do falecimento do funcionário; feridas ao funcionário as seguintes vantagens
pecuniárias:
IV – da vigência da lei que criar o cargo.
I – indenizações:
Parágrafo único. O ato de demissão men-
cionará sempre o dispositivo em que se fun- a) ajuda de custo;
damenta.
b) diárias;
Art. 138. Em se tratando de encargo de chefia,
assessoramento, secretariado ou inspeção, a va- c) despesas de transporte;
cância se dará por dispensa: II – auxílios:
I – a pedido do funcionário; a) salário-família;
II – de ofício, nos seguintes casos: b) auxílio-saúde;
a) quando o funcionário designado não as- c) auxílio-funeral;
sumir o exercício no prazo legal;
d) auxílio-creche.
b) a critério da autoridade competente para
o provimento. •• Acrescida pela Lei nº 18.092, de 17-07-
2013.
§ 1º A vacância ainda se dará por destitui-
ção, na forma prevista no inciso II, alínea III – gratificações:
“b”, como penalidade, no caso de falta de
exação no cumprimento do dever. a) adicional por tempo de serviço;
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d) de representação especial; § 3º É vedada a participação do funcionário
público no produto da arrecadação de tri-
•• Revogado pela Lei Delegada nº 01, de butos e multas.
23-05-2003.
Art. 140. Salvo disposição em contrário, a com-
•• Vide Leis nºs 10.872, de 7-7-89, art. 22, petência para a concessão dos benefícios de
11.865, de 28-12-92, art. 17, Decreto que trata este Título é dos Secretários de Estado
nº 4.476, de 21-6-95 e 5.435, de 1º-6- ou de autoridade equivalente e dos dirigentes
2001. das autarquias.
e) especial de localidade e por atividades
penosas, insalubre ou perigosas; Seção II
DO VENCIMENTO E DA
f) pela participação em órgão de delibera- REMUNERAÇÃO
ção coletiva;
g) pela prestação de serviço em regime de Art. 141. Vencimento é a retribuição paga ao
tempo integral; funcionário pelo efetivo exercício de cargo pú-
blico, correspondente ao padrão fixado em lei.
•• Revogada pela Lei nº 12.716, de 2-10-
95, art. 1º inciso II. •• Redação dada pela Lei nº 11.783, de
h) pela prestação de serviço extraordinário; 3-9-92, art. 10.
i) pelo exercício de encargo de chefia, asses- Art. 142. Remuneração é o vencimento acresci-
soramento, secretariado e inspeção; do das vantagens de caráter permanente ou a
ele incorporáveis, na forma prevista em lei.
j) por encargo de curso ou concurso;
Art. 143. O funcionário somente perceberá o
l) pela elaboração ou execução de trabalho vencimento ou a remuneração quando estiver
relevante de natureza técnica ou científica; em efetivo exercício do cargo ou nos casos de
afastamento expressamente previsto em lei.
m) por hora de vôo;
Art. 144. O funcionário investido em mandato
n) de produtividade fiscal; eletivo federal, estadual ou municipal será afas-
o) de transporte; tado do exercício de seu cargo de acordo com as
normas constitucionais e legais aplicáveis.
p) de ciclo básico e ensino especial;
Art. 145. Ao funcionário investido em cargo de
q) de incentivo à permanência no serviço ativo; provimento em comissão na administração dire-
r) VETADO; ta e autárquica é dado optar pelo vencimento
ou remuneração a que fizer jus em razão de seu
IV – progressão horizontal; cargo efetivo, sem prejuízo da gratificação de
representação respectiva.
V – 13º (décimo terceiro) salário.
Art. 146. A investidura em cargo público, de
§ 1º As indenizações não se incorporam aos provimento em comissão, não importa em sus-
vencimentos ou proventos, para qualquer pensão do contrato individual de trabalho do
efeito, nem ficam sujeitas a imposto ou con- servidor da administração indireta, que conti-
tribuição previdenciária. nuará percebendo o salário e demais vantagens
§ 2º As gratificações poderão incorporar- de seu emprego diretamente da entidade de
-se ao vencimento ou provento nos casos e origem.
condições indicados nesta lei.
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§ 1º Pela repartição onde estiver provido pronúncia, com direito a receber a diferen-
perceberá o servidor, na hipótese deste ar- ça, se absolvido;
tigo, a diferença a maior, se houver, entre o
vencimento do cargo em comissão e o salá- III – 2/3 (dois terços) do vencimento ou da
rio correspondente ao emprego de origem, remuneração:
cumulativamente com a gratificação de re- a) do nono ao décimo segundo mês de li-
presentação respectiva. cença por motivo de doença em pessoa de
§ 2º Sobre a diferença de vencimento e a sua família;
gratificação de representação a que se refe- b) durante o período de afastamento em
re o parágrafo anterior incidirá a contribui- virtude de condenação, por sentença defini-
ção previdenciária do IPASGO. tiva, a pena que não determine a demissão;
§ 3º Compreende o salário, para efeito de IV – o vencimento ou remuneração:
apuração da diferença a que alude o § 1º ,
todas as vantagens remuneratórias perce- a) do décimo terceiro ao vigésimo quarto
bidas pelo servidor, exceto salário-família e mês de licença por motivo de doença em
adicionais por tempo de serviço. pessoa de sua família;
Art. 147. Ao servidor da União, de outros Esta- b) do dia em que, não sendo feriado ou
dos, do Distrito Federal, dos Territórios e dos ponto facultativo, deixar de comparecer ao
Municípios, inclusive das respectivas entidades serviço, salvo motivo legal ou falta abonada,
autárquicas e paraestatais, investido em cargo até três em cada mês civil.
público de direção superior na administração di-
Art. 149. O vencimento e as vantagens pecuniá-
reta, sem ônus para o órgão de origem, é asse-
rias percebidos pelo funcionário não sofrerá:
gurado o direito de perceber, mediante opção,
o vencimento ou salário e demais vantagens a I – redução, salvo o disposto em lei, conven-
que faria jus como se em efetivo exercício es- ção ou acordo coletivo;
tivesse no seu cargo ou emprego, cumulativa-
mente com a gratificação de representação do II – descontos, além dos seguintes;
cargo em comissão. •• Redação dada pela Lei nº 12.819, de 27-
Art. 148. O funcionário perderá: 12-95, art. 1º.
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•• Acrescida pela Lei nº 12.819, de 27-12- § 3º Após o prazo previsto no parágrafo an-
95, art. 1º. terior, o saldo remanescente será inscrito na
dívida ativa e cobrado por ação executiva.
e) pensão alimenticia;
Art. 151. A revisão geral dos vencimentos dos
•• Acrescida pela Lei nº 12.819, de 27-12- funcionários públicos estaduais regidos por este
95, art. 1º. Estatuto far-se-á, preferencialmente, sempre
f) VETADO; que houver idêntico tratamento para os servi-
dores públicos da União.
•• Acrescida pela Lei nº 12.819, de 27-12-
95, art. 1º. •• Vide Lei nº 15.581, de 23-01-2006.
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Art. 154. O funcionário restituirá a ajuda de cus- deslocamento do funcionário, de acordo com a
to quando: regulamentação que for expedida.
I – não se transportar para nova sede nos Art. 157. O funcionário que, indevidamente, re-
prazos determinados; ceber diária será obrigado a restituir, de uma só
vez, a importância recebida, ficando ainda sujei-
II – antes de terminada a missão, regres- to à punição prevista no artigo seguinte.
sar voluntariamente, pedir exoneração ou
abandonar o serviço. Art. 158. É vedada a concessão de diárias com o
objetivo de remunerar outros serviços ou encar-
§ 1º A restituição é de responsabilidade pes- gos, sob pena de responsabilidade.
soal e, em casos especiais a critério da auto-
ridade competente para atribuir o benefício, Subseção III
poderá ser feita parceladamente, salvo nas DAS DESPESAS DE TRANSPORTE
hipóteses de exoneração e de demissão.
§ 2º Não haverá obrigação de restituir: Art. 159. Conceder-se-á indenização de trans-
porte ao funcionário que realizar despesas em
I – quando o regresso do servidor for deter- serviços externos, por força das atribuições nor-
minado de ofício ou por doença comprova- mais de seu cargo.
da;
Parágrafo único. O valor das indenizações
II – quando o pedido de exoneração for de que trata este artigo e as condições para
apresentado após 90 (noventa) dias de sua concessão serão estabelecidos em regu-
exercício na nova sede; lamento.
III – no caso de falecimento do servidor, Seção IV
mesmo antes de empreender viagem.
DOS AUXÍLIOS
Subseção II
Subseção I
DAS DIÁRIAS
DO SALÁRIO-FAMÍLIA
•• Vide Decreto nº 7.141, de 06-08-2010.
Art. 160. O salário- família será concedido ao fun-
Art. 155. O funcionário que, a serviço, se des- cionário ativo, inativo ou em disponibilidade, que
locar da sede em caráter eventual e transitório tiver dependentes vivendo às suas expensas.
fará jus a diárias compensatórias das despesas
de alimentação e pousada. Parágrafo único. O valor do salário família
será fixado em ato do Governador do Esta-
§ 1º Entende-se por sede da repartição a ci- do.
dade ou localidade onde o funcionário tem
exercício habitualmente. •• Redação dada pela Lei nº 12.716, de
2-10-95, art. 1º, inciso I.
§ 2º Não se concederá diária ao funcioná-
rio: •• Vide Decreto nº 4.222/94, art. 2º.
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II – o filho de qualquer condição, os entea- quer contribuição, ainda que para fim de previ-
dos e os adotivos, desde que menores de 18 dência social.
(dezoito) anos de idade;
Art. 167. Será cassado o salário-família, quando:
III – o filho inválido, de qualquer idade.
I – verificada a falsidade ou inexatidão da
Parágrafo único. Para concessão do salário- declaração de dependência;
-família equiparam-se:
II – o dependente deixar de viver às expen-
I- ao pai e à mãe, o padrasto e a madrasta; sas do funcionário; passar a exercer função
pública remunerada, sob qualquer forma,
II – ao cônjuge, a companheira, com, pelo ou atividade lucrativa ou vier a dispor de
menos, 5 (cinco) anos de vida em comum economia própria;
com o funcionário;
III – falecer o dependente;
III – ao filho, o menor de 14 (quatorze) anos
que, mediante autorização judicial, viva sob IV – comprovadamente, o funcionário des-
a guarda e sustento do funcionário. cuidar da guarda e sustento dos dependen-
tes.
Art. 162. O ato de concessão terá por base as
declarações do próprio funcionário, que respon- § 1º A inexatidão ou falsidade de declara-
derá funcional e financeiramente por quaisquer ção de dependência acarretará a restituição
incorreções. do salário-família indevidamente recebido,
sem prejuízo da penalidade cabível.
Art. 163. Quando o pai e a mãe forem funcioná-
rios estaduais e viverem em comum, o salário- § 2º Ressalvado o disposto no parágrafo
-família será concedido, mediante opção, àque- anterior, a suspensão ou redução relativa a
le que o requerer. cada dependente ocorrerá no mês seguinte
ao do ato ou fato que a determinar.
§ 1º Se não viverem em comum, será con-
cedido ao que tiver os dependentes sob sua § 3º O funcionário, sob pena disciplinar, será
guarda. obrigado a comunicar ao órgão de pessoal,
dentro de 15 (quinze) dias, toda e qualquer
§ 2º Se ambos os tiverem, será concedido alteração que possa acarretar a supressão
a um e outro, de acordo com a distribuição ou redução do salário-família.
dos dependentes.
§ 3º Ao pai e à mãe, na falta de padrasto e Subseção II
madrasta, equiparam-se os representantes DO AUXÍLIO-SAÚDE
legais dos incapazes.
Art. 168. O auxílio-saúde é devido ao funcioná-
Art. 164. O salário-família relativo a cada de- rio licenciado por motivo de acidente em servi-
pendente será devido a partir do mês em que ço, doença profissional ou moléstia grave, es-
tiver ocorrido o fato ou ato que lhe der origem, pecificada em lei, com base nas conclusões da
ainda que verificada no último dia do mês. Junta Médica Oficial do Estado.
Art. 165. O salário-família será pago mesmo nos Parágrafo único. O auxílio de que trata este
casos em que o funcionário deixar de perceber, artigo será concedido após cada seis meses
temporariamente, vencimento ou provento. consecutivos de licença, até o máximo de
24 (vinte e quatro) meses, em importância
Art. 166. O salário-família não está sujeito a ne- equivalente a um mês da remuneração do
nhum tributo, nem servirá de base para qual- cargo.
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•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07- clusive suas Subsidiárias, ou sociedade con-
2013. trolada, direta ou indiretamente pelo poder
público estadual, bem como na iniciativa
§ 5º Havendo acumulação legal de cargos, privada.
o auxílio será pago em correspondência a
apenas um dos cargos ocupados pelo fun- •• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
cionário, sem prejuízo da aplicação do dis- 2013.
posto no § 4º.
§ 7º A declaração a que se refere o inciso V
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07- do § 6º será emitida pelo órgão e/ou pela
2013. entidade na qual o funcionário cônjuge
exerça suas atividades.
§ 6º Para a concessão do benefício deverão
ser apresentados pelo funcionário: •• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
2013.
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
2013. § 8º Na hipótese de divórcio ou separação
judicial, o benefício será pago ao funcio-
I – cópia da Certidão do seu Registro Civil e nário que mantiver o dependente sob sua
do seu CPF; guarda ou tutela.
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07- •• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
2013. 2013.
II – cópia da Certidão de Nascimento, do § 9º O auxílio-creche não será devido ao
Termo de Guarda ou Tutela, se necessário, e servidor:
do cartão de vacinação do dependente;
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07- 2013.
2013.
I – em usufruto de licença por motivo de
III – cópia do laudo médico, no caso de de- afastamento do cônjuge ou para tratar de
pendente portador de necessidade espe- interesses particulares;
cial, emitido por junta médica oficial;
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07- 2013.
2013.
II – quando de sua passagem para inativida-
IV – declaração em papel timbrado da cre- de;
che, instituição educacional regularmente
autorizada a funcionar, ou da instituição de- •• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
dicada a portadores de necessidades espe- 2013.
ciais de que o dependente esteja ali matricu-
lado; III – na hipótese de seu falecimento.
•• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07- •• Acrescido pela Lei nº 18.092, de 17-07-
2013. 2013.
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§ 1º O funcionário fará jus à percepção da Art. 174. A gratificação adicional não será de-
gratificação adicional a partir do dia em que vida enquanto o funcionário, por qualquer mo-
completar cada quinquênio. tivo, deixar de receber o vencimento do cargo,
exceto na hipótese do artigo anterior.
§ 2º A gratificação adicional será sempre
atualizada, acompanhando, automatica- Parágrafo único. Toda vez que o funcionário
mente, as modificações do vencimento ou sofrer corte em seu vencimento, será tam-
remuneração do funcionário. bém feita, automática e proporcionalmen-
te, a redução correspondente em sua grati-
§ 3º A apuração do quinquênio será feita ficação adicional.
em dias e o total convertido em anos, consi-
derado este sempre como de 365 (trezentos Subseção II
e sessenta e cinco) dias. DA GRATIFICAÇÃO
§ 4º Entende-se por tempo de efetivo ser- DE INCENTIVO FUNCIONAL
viço público, para o fim deste artigo, o que
tenha sido prestado a pessoa jurídica de •• Vide Leis nºs 11.071, de 15-12-89, art.
direito público, bem assim a sociedade de 9º, 11.336, de 19-10-90, art. 239 e
economia mista, empresa pública e funda- 11.727, de 22-5-92, art. 6º.
ção instituído pelo Estado de Goiás, a partir
de 20 de julho de 1947. Subseção III
•• Redação dada pela Lei nº 10.515, de 11- DA GRATIFICAÇÃO DE
5-88. REPRESENTAÇÃO DE GABINETE
§ 4º VETADO. Art. 178. A gratificação de representação de ga-
binete será devida ao funcionário investido em
§ 5º Quando da passagem do funcionário à
cargo de direção ou assessoramento superior,
inatividade, a incorporação da gratificação
de livre nomeação e exoneração.
adicional será integral, se decretada a apo-
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Parágrafo único. A gratificação de que trata Subseção VI
este artigo não é acumulável com as de fun- DA GRATIFICAÇÃO PELA
ção e pela prestação de serviço em regime
de tempo integral. PARTICIPAÇÃO EM ÓRGÃOS
DE DELIBERAÇÃO COLETIVA
•• Vide Lei nº 12.700, de 12-9-95, art. 2º.
Art. 182. A gratificação pela participação em ór-
Subseção IV gãos de deliberação coletiva será fixada em lei.
DA GRATIFICAÇÃO DE
Art. 183. Quando designado ou eleito, o funcio-
REPRESENTAÇÃO ESPECIAL nário somente poderá participar de um órgão
(...) de deliberação coletiva.
Subseção V § 1º O funcionário que, por força de lei ou re-
DA GRATIFICAÇÃO ESPECIAL DE gulamento, for membro nato de órgão de de-
LOCALIDADE E POR ATIVIDADES liberação coletiva, não poderá ser designado
para nenhum outro, mesmo a título gratuito.
PENOSAS, INSALUBRES OU
PERIGOSAS § 2º O funcionário que, por força de lei ou
regulamento, for membro nato de mais de
Art. 181. A gratificação pelo exercício em deter- um órgão de deliberação coletiva, poderá
minadas zonas ou locais e pela execução de ati- deles participar, vedada, porém, a percep-
vidades penosas, insalubres ou perigosas, será ção de qualquer remuneração ou vantagem
fixada por ato do Chefe do Poder Executivo ou de tal acumulação decorrente.
autoridade equivalente.
Subseção VII
•• Redação dada pela Lei nº 11.783, de
3-9-92, art. 10.
DA GRATIFICAÇÃO PELA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
•• Vide Leis nºs 15.337, art. 7º, § 1º de 1º- EM REGIME DE TEMPO INTEGRAL
09-2005, 11.719, de 15-5-92, art. 21, in-
ciso I, e Subseção VIII
•• Vide Decreto nº 7.860, de 19-04-2013. DA GRATIFICAÇÃO PELA PRESTAÇÃO
•• Vide Decreto nº 7.073, de 09-03-2010. DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO
•• Vide Decreto nº 6.606, de 29-03-2007. Art. 186. A gratificação pela prestação de ser-
viço extraordinário se destina a remunerar os
•• Vide Decreto nº 6.219, de 09-08-2005. serviços prestados fora da jornada normal de
trabalho a que estiver sujeito o funcionário, no
•• Vide Decreto nº 4.069, de 1-10-93, art.
desempenho das atribuições do seu cargo, não
6º
podendo, em caso algum exceder a 180 (cento e
Parágrafo único. A gratificação de que trata oitenta) horas dentro do mesmo exercício.
este artigo não poderá ser superior a 40%
§ 1º A gratificação pela prestação de serviço
(quarenta por cento) do vencimento do car-
extraordinário será:
go de provimento efetivo de que for o fun-
cionário ocupante. I – previamente arbitrada pelo Secretário de
Estado ou autoridade equivalente;
•• Redação dada pela Lei nº 11.783, de
3-9-92, art. 10. •• Redação dada pela Lei nº 17.108, de 22-
07-2010.
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II – paga por hora de trabalho antecipado IV – não excederá, quanto ao seu nível ou
ou prorrogado, calculada na mesma base símbolo mais elevado, a 4 (quatro) salários
percebida pelo funcionário por hora de pe- mínimos de referência.
ríodo normal de expediente. § 2º Cabe aos Secretários de Estado e auto-
•• Redação dada pela Lei nº 17.108, de 22- ridades equivalentes prover as funções gra-
07-2010. tificadas instituídas para encargos de chefia,
§ 2º Em se tratando de serviço extraordiná- assessoramento, secretariado e inspeção.
rio noturno, o valor da hora será acrescido Art. 191. Não perderá o encargo gratificado o
de 25% (vinte e cinco por cento). funcionário que se ausentar em virtude de férias,
Art. 187. Será vedado conceder gratificação pela luto, casamento e licença para tratar de saúde.
prestação de serviço extraordinário com o obje- Parágrafo único. Somente será permitida
tivo de remunerar outros serviços, encargos ou a Substituição nos termos dos arts. 21 a 23
a título de complementação de vencimento. deste Estatuto.
§ 1º O funcionário que receber importância Art. 192. O funcionário investido em encargo
relativa a serviço extraordinário que não pres- gratificado ficará sujeito à prestação de serviço
tou, será obrigado a restituí-la de uma só vez, em regime de tempo integral.
ficando, ainda, sujeito a punição disciplinar. Art. 193. A destituição do funcionário da função
§ 2º Será responsabilizada a autoridade que gratificada por encargos de chefia, assessora-
infringir o disposto neste artigo. mento, secretariado e inspeção dar-se-á na for-
Art. 188. Será punido com a pena de suspensão ma prevista no § 1º do art. 138 deste Estatuto.
e, na reincidência, com a de demissão, o funcio- Subseção X
nário que atestar falsamente em seu favor ou de DA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO
outrem a prestação de serviço extraordinário.
DE CURSO OU CONCURSO
Subseção IX
Art. 194. A gratificação por encargo de curso
DA GRATIFICAÇÃO PELO ou concurso destina-se a retribuir o funcionário
EXERCÍCIO DE ENCARGO DE quando designado para membro de comissões
CHEFIA, ASSESSORAMENTO, de provas ou concursos públicos ou quando no
SECRETARIADO E INSPEÇÃO desempenho da atividade de professor de cur-
sos de treinamento, aperfeiçoamento e especia-
Art. 190. A função gratificada será instituída lização, regularmente instituídos, e será fixada e
pelo Chefe do Poder Executivo para atender en- atribuída pelo titular do órgão a cuja unidade
cargos de chefia, assessoramento, secretariado competir a realização do curso ou do concurso.
e inspeção, previstos em regulamento ou regi-
mento e que não justifiquem a criação de cargo. Subseção XI
§ 1º A vantagem de que trata este artigo: DA GRATIFICAÇÃO PELA
ELABORAÇÃO OU EXECUÇÃO
I – não constitui situação permanente e os
valores e critérios para fixação de seus ní- DE TRABALHO RELEVANTE DE
veis ou símbolos serão definidos em ato da NATUREZA TÉCNICA OU CIENTÍFICA
autoridade mencionada neste artigo;
Art. 195. A gratificação pela elaboração ou exe-
II – VETADO; cução de trabalho relevante de natureza técnica
III – será percebida pelo funcionário cumu- ou científica será arbitrada e atribuída pelo Che-
lativamente com o respectivo vencimento fe do Poder Executivo mediante solicitação do
ou remuneração; Secretário de Estado ou autoridade equivalente.
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Parágrafo único. Quando se tratar de traba- •• Vide Lei nº 11.719, de 15-5-92, art. 21,
lhos necessários ao cumprimento de con- inciso II.
vênios celebrados com órgãos do Governo
Federal, caberá ao titular do órgão executor Parágrafo único. A gratificação de que tra-
a competência prevista no “caput” deste ar- ta este artigo, que se incorporará ao ven-
tigo. cimento para efeito de aposentadoria e
disponibilidade, será disciplinada em regu-
Subseção XII lamento a ser baixado pelo Chefe do Poder
DA GRATIFICAÇÃO Executivo, dispondo sobre os critérios para
a sua percepção no correspondente limite
POR HORA DE VÔO máximo.
Art. 196. Aos pilotos de aeronaves, lotados na SubseçãoXIV
Superintendência do Serviço Aéreo do Gabinete
Militar da Governadoria do Estado, poderá ser DA GRATIFICAÇÃO DE TRANSPORTE
atribuída uma gratificação por hora de voo de, Art. 198. A gratificação de transporte será paga
no mínimo, 30 (trinta) horas e, no máximo, 90 mensalmente ao pessoal do fisco da Secretaria
(noventa) horas por mês, na forma que dispuser da Fazenda, calculada no percentual de 20%
o regulamento. (vinte por cento) do respectivo vencimento bá-
•• Redação dada pela Lei nº 17.404, de 06- sico, ao qual não se incorporará para nenhum
09-2011. efeito.
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§ 1º Para os efeitos deste artigo considera- Parágrafo único. A gratificação de que trata
-se em regência de classe o professor: este artigo não se incorporará ao vencimen-
to para qualquer efeito e nenhum benefici-
•• Constituído § 1º pela Lei nº 10.872, de ário poderá percebê-la por prazo superior a
7-7-89, art. 26. 5 (cinco) anos.
I – em gozo de férias; Art. 203. Considera-se em regência de classe,
II – afastado por motivo de recesso escolar; para efeito de percepção da gratificação disci-
plinada nesta Subseção, o professor que se en-
III – licenciado: contrar nas situações previstas nos itens I e II do
a) para tratamento da própria saúde; parágrafo único do art. 199.
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Seção VII CAPÍTULO II
DO DÉCIMO TERCEIRO DAS FÉRIAS
SALÁRIO VETADO
Art. 211. O funcionário fará jus, anualmente, a
•• NOTA: Lei nº 15.599, de 31-1-2006, dis- 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acu-
põe em seu Art. 6º: "a partir da vigência muladas até o máximo de 2 (dois) períodos, no
desta Lei, não mais se aplicam aos ser- caso de necessidade do serviço.
vidores da administração direta, autár- •• Redação dada pela Lei nº 13.927, de 26-
quica e fundacional do Poder Executivo 10-2001.
as disposipões dos art.s 207 a 210 da Lei
n° 10.460, de 22 de fevereiro e 88 da Lei § 1º Para o primeiro período aquisitivo, se-
n° 13.909, de 25 de setembro de 2001". rão exigidos doze meses de exercício.
Art. 207. Até o dia 20 de dezembro de cada ano, •• Redação dada pela Lei nº 13.927, de 26-
será pago, pelos cofres públicos estaduais, o dé- 10-2001.
cimo terceiro salário VETADO a todos os servi-
dores públicos do Estado de Goiás, independen- § 2º As férias poderão, a pedido do funcio-
temente da remuneração a que fizerem jus. nário e a critério da Administração, ser con-
cedidas em dois períodos, um dos quais não
§ 1º O décimo terceiro salário VETADO cor- poderá ser inferior a dez dias corridos, devi-
responderá 1/12 (um doze avos) da remu- damente previsto na escala anual de férias.
neração devida em dezembro, por mês de •• Redação dada pela Lei nº 13.927, de 26-
serviço, do ano correspondente. 10-2001.
§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) § 3º O funcionário perceberá, proporcional-
dias de trabalho será havida como mês in- mente a cada período, no mês de seu efe-
tegral para os efeitos do parágrafo anterior. tivo gozo, a parcela da gratificação de um
§ 3º As faltas legais e justificadas ao serviço terço da remuneração a que tem direito em
não serão deduzidas para os fins previstos razão do período total de férias.
no § 1º. •• Acrescido pela Lei nº 13.927, de 26-10-
§ 4º VETADO. 2001.
Art. 208. O servidor exonerado perceberá o dé- § 4º O período de férias de funcionários que
cimo terceiro salário VETADO proporcionalmen- trabalhem em regime de escala de plantão
te aos meses de serviço, calculado sobre o ven- iniciará em dia útil.
cimento ou a remuneração do mês anterior ao •• Acrescido pela Lei nº 13.927, de 26-10-
da exoneração. 2001.
Art. 209. O décimo terceiro salário VETADO é Art. 212. É vedado levar à conta de férias qual-
extensivo ao inativo e será pago, até o dia 20 de quer falta ao serviço.
dezembro de cada ano, tomando-se por base o Art. 213. As férias somente poderão ser inter-
valor dos proventos devidos nesse mês, exceto rompidas por motivo de calamidade pública, co-
aos que, sob o regime da Consolidação das Leis moção interna, convocação para o júri, serviço
do Trabalho – CLT, já se aposentaram com esta militar ou eleitoral.
gratificação incorporada aos seus proventos.
Art. 214. Para efeito de aposentadoria será con-
Art. 210. O décimo terceiro salário VETADO não tado em dobro o período de férias não gozado
será considerado no cálculo de qualquer outra por motivo de comprovada necessidade do ser-
vantagem pecuniária. viço.
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•• Vide art. 40, § 10 da Constituição Fede- Art. 216. Ao funcionário ocupante de cargo em
ral. comissão só poderão ser concedidas licenças
para tratamento de saúde, à gestante e por mo-
Parágrafo único. O disposto neste artigo so- tivo de doença em pessoa da família.
mente produzirá os seus efeitos após expi-
rado o limite de acumulação a que se refere Art. 217. O funcionário deverá aguardar em
o art. 211 deste Estatuto. exercício a concessão da licença, salvo doença
comprovada que o impeça de comparecer ao
Art. 214-A. As férias anuais, remuneradas com serviço, hipótese em que o prazo da licença co-
um terço a mais do que o estipêndio normal, meçará a correr a partir do impedimento.
devidas e não gozadas, integrais ou proporcio-
nais, serão indenizadas nos casos de passagem Art. 218. A licença dependente de inspeção mé-
do servidor para a inatividade ou de sua exone- dica será concedida pelo prazo indicado no lau-
ração ou demissão do cargo de provimento efe- do ou atestado, a partir de cuja data terá início o
tivo ou em comissão. afastamento, ressalvada a hipótese prevista na
parte final do artigo anterior.
•• Acrescido pela Lei nº 18.062, de 26-06-
2013, art. 3º. Art. 219. A licença dependente de inspeção mé-
dica poderá ser prorrogada de ofício ou a reque-
rimento do funcionário.
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Art. 222. O funcionário licenciado nos termos e tenha relação mediata ou imediata com o
dos itens I, II e IX do art. 215 não poderá dedi- exercício do cargo, inclusive o:
car-se a qualquer atividade remunerada, sob
pena de ser cassada a licença e de ser demitido I – sofrido pelo funcionário no percurso da
por abandono do cargo. residência ao trabalho ou vice-versa;
Art. 223. O funcionário em gozo de licença co- II – decorrente de agressão física sofrida no
municará ao seu chefe imediato o local onde exercício do cargo, salvo se comprovada-
poderá ser encontrado. mente provocada pelo funcionário.
§ 2º A comprovação do acidente, indispen-
Seção I sável para a concessão da licença, deverá
DA LICENÇA PARA ser feita em processo regular, no prazo de 8
TRATAMENTO DE SAÚDE (oito) dias, salvo por motivo de força maior.
Art. 224. A licença para tratar de saúde será § 3º Entende-se por doença profissional a
concedida de ofício ou a pedido do funcionário. que se deva atribuir, com relação de causa
e efeito, a condições inerentes ao serviço ou
•• Vide Decreto nº 5.668, de 11-10-2002. fatos nele ocorridos.
§ 1º Em qualquer das hipóteses, será indis- Art. 226. Será licenciado o funcionário acome-
pensável a inspeção médica, que poderá se tido de moléstia grave, contagiosa ou incurável,
realizar, caso as circunstâncias o exijam, no especificada em lei, quando a inspeção médica
local onde se encontrar o funcionário. não concluir pela imediata aposentadoria.
§ 2º Para licença até 90 (noventa) dias, a Seção II
inspeção será feita por médico oficial, admi-
tindo-se, excepcionalmente, quando assim DA LICENÇA POR MOTIVO DE
não seja possível, atestado passado por mé- DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA
dico particular, com firma reconhecida. Art. 227. Ao funcionário poderá ser deferida
§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, o licença por motivo de doença de ascendente,
atestado só produzirá efeito após homolo- descendente, colateral, consangüíneo ou afim
gado pela Junta Médica Oficial. até o 2º grau civil e do cônjuge.
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§ 2º A licença será concedida mediante pe- § 2º A licença poderá ser concedida pelo
dido devidamente instruído, que deverá ser prazo de 4 (quatro) anos, prorrogável por
renovado de 2 (dois) em 2 (dois) anos. igual período, ficando vedado o cômputo,
para quaisquer efeitos, de tempo de serviço
Art. 236. Finda a causa da licença, o funcionário prestado à iniciativa privada, ou de contri-
deverá reassumir o exercício dentro de 30 (trin- buição como segurado facultativo, durante
ta) dias, a partir dos quais a sua ausência será o período de afastamento.
computada como falta ao trabalho.
•• Redação dada pela Lei nº 12.644, de 10-
Art. 237. O funcionário poderá reassumir o 7-95, art. 1º.
exercício do seu cargo a qualquer tempo, in-
dependentemente de finda a causa da licença, § 3º O disposto nesta Seção não se aplica
não podendo, porém, nesta hipótese, renovar aos funcionários em estágio probatório.
o pedido a que alude o § 2º do art. 235, senão
depois de 2 (dois) anos, salvo se o cônjuge for Art. 241. O funcionário poderá desistir da licen-
transferido novamente para outro lugar. ça a qualquer tempo.
Art. 238. O disposto nesta Seção aplica-se aos Art. 242. Em caso de interesse público compro-
funcionários que vivam maritalmente e que te- vado, a licença poderá ser interrompida, deven-
nham convivência comprovada por mais de 5 do o funcionário ser notificado do fato.
(cinco) anos. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o
funcionário deverá apresentar-se ao serviço
Seção VI no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da noti-
DA LICENÇA ficação, findos os quais a sua ausência será
PARA ATIVIDADE POLÍTICA computada como falta.
Art. 239. Ao funcionário poderá ser concedida Seção VIII
licença sem remuneração durante o período DA LICENÇA-PRÊMIO
que mediar entre a sua escolha, em convenção
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a Art. 243. A cada qüinqüênio de efetivo exercício
véspera do registro de sua candidatura perante prestado ao Estado, na condição de titular de
a Justiça Eleitoral. cargo de provimento efetivo, o funcionário terá
Parágrafo único. A partir do registro da can- direito à licença-prêmio de 3 (três) meses, a ser
didatura e até o 10º (décimo) dia seguinte usufruída em até 3 (três) períodos de, no míni-
ao da eleição, o funcionário fará jus à licen- mo, 1 (um) mês cada, com todos os direitos e
ça remunerada, como se em atividade esti- vantagens do cargo.
vesse. •• Redação dada pela Lei nº 16.378, de 21-
11-2008, art. 1º.
Seção VII
DA LICENÇA PARA TRATAR DE Parágrafo único. O funcionário ao entrar
em gozo de licença-prêmio perceberá, du-
INTERESSES PARTICULARES
rante este período, o vencimento do cargo
Art. 240. O funcionário poderá obter licença de provimento efetivo acrescido das vanta-
sem vencimentos para tratar de interesses par- gens pecuniárias a que fizer jus, previstas
ticulares, a juízo da administração. nas alíneas “a”, “b” *, “e”, “m” e “n” do inci-
so III do art. 139 deste Estatuto.
§ 1º O funcionário aguardará em exercício a
concessão da licença. (*) – Revogado a alínea "b" pela Lei nº
12.716, de 02-10-1995, art. 1º, inciso II.
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Art. 244. Em caso de acumulação de cargos, a li- contagem a partir da cessação do referido
cença-prêmio será concedida em relação a cada ato.
um deles simultânea ou separadamente.
Art. 247. Para apuração do qüinqüênio compu-
Parágrafo único. Será independente o côm- tar-se-á, também, o tempo de serviço prestado
puto do qüinqüênio em relação a cada um anteriormente em outro cargo estadual, desde
dos cargos. que entre um e outro não haja interrupção de
exercício por prazo superior a 30 (trinta) dias.
Art. 245. Suspende a contagem do tempo de
serviço para efeito de apuração do qüinqüênio: Art. 248. Para efeito de aposentadoria será con-
tado em dobro o tempo de licença-prêmio que
I – licença para tratamento da própria saúde, o funcionário não houver gozado.
até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não;
•• Vide art. 40, § 10 da Constituição Fede-
II – licença por motivo de doença em pes- ral.
soa da família até 60 (sessenta) dias, conse- Art. 248-A. Os períodos de licença-prêmio não
cutivos ou não; usufruídos pelo servidor, quando em atividade,
III – falta injustificada, não superior a 30 não poderão ser convertidos em pecúnia, exceto
(trinta) dias no qüinqüênio. na hipótese de indeferimento do pedido de gozo
em razão de necessidade do serviço público.
Parágrafo único. Para os efeitos deste ar-
tigo, suspensão é a cessação temporária •• Acrescido pela Lei nº 17.689, de 29-06-
da computação do tempo, sobrestando-o 2012.
a contar do início de determinado ato jurí- Seção IX
dico-administrativo e reiniciando-se a sua DA LICENÇA PARA FREQÜÊNCIA
contagem a partir da cessação do mesmo. A CURSO DE DOUTORADO,
Art. 246. Interrompe a contagem do tempo de MESTRADO,ESPECIALIZAÇÃO,
serviço para efeito de apuração do qüinqüênio: TREINAMENTO OU
I – licença para tratamento da própria saú- APERFEIÇOAMENTO
de, por prazo superior a 90 (noventa) dias,
consecutivos ou não; Art. 249. Para a consecução dos objetivos de
que trata os Capítulos II e III do Título V deste
II – licença por motivo de doença em pessoa Estatuto, poderá ser concedida licença ao fun-
da família por prazo superior a 60 (sessenta) cionário matriculado em curso de doutorado,
dias, consecutivos ou não; mestrado, de especialização, treinamento ou
aperfeiçoamento profissional, a realizar-se fora
III – licença para tratar de interesses parti-
da sede de sua lotação.
culares;
•• Vide Lei nº 10.872, de 7-7-89, art. 32.
IV – licença para atividade política;
V – falta injustificada, superior a 30 (trinta) § 1º O doutorado, o mestrado, a especiali-
dias no qüinqüênio; zação, o treinamento ou o aperfeiçoamento
profissional deverão visar o melhor aprovei-
VI – pena de suspensão. tamento do funcionário no serviço público.
Parágrafo único. Interrupção, para os efei- § 2º Compete ao Secretário da Administra-
tos deste artigo, é a solução de continuida- ção, por solicitação do titular do órgão de
de na contagem do tempo, fazendo findar lotação do funcionário, conceder a licença
seus efeitos a contar de determinado ato ju- prevista neste artigo.
rídico-administrativo, para dar início a nova
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§ 3º Em casos de acumulação de cargos so- Parágrafo único. Quando os assentamentos
mente será concedida a licença quando o não oferecerem dados suficientes que per-
curso visar o aproveitamento do funcioná- mitam um segura apuração do tempo de
rio em relação a ambos. serviço prestado, o órgão responsável pelo
levantamento deverá recorrer, Subsidiaria-
§ 4º Realizando-se o curso na mesma lo- mente, ao registro da freqüência ou à folha
calidade da lotação do funcionário, ou em de pagamento.
outra de fácil acesso, em lugar da licença
poderá ser concedida simples dispensa do Art. 252. Será contado, integralmente, para efei-
expediente, nos dias e horários necessários to de aposentadoria e disponibilidade, o tempo
à freqüência regular do curso. de serviço prestado:
§ 5º Considera-se como de efetivo exercício I – como contratado ou sob qualquer outra
o período de afastamento do funcionário forma de admissão, desde que remunerado
motivado pela licença concedida nos ter- pelos cofres estaduais;
mos desta Seção, mediante comprovação
de freqüência no curso respectivo, forneci- II – a instituição de caráter privado, que ti-
da pelo dirigente do órgão encarregado de ver sido encampada ou transformada em
sua ministração. estabelecimento de serviço público;
§ 6º Ao servidor em estágio probatório não III – à União, aos Estados, aos Territórios,
será concedida a licença de que trata o ca- aos Municípios e ao Distrito Federal;
put deste artigo, exceto na hipótese do § 4º IV – a autarquias, fundações, empresas pú-
e desde que não inviabilize a avaliação es- blicas e sociedades de economia mista sob
pecial de desempenho. o controle acionário do Estado;
•• Acrescido pela Lei nº 19.156, de 29-12- •• Vide Lei nº 11.655, de 26-12-91, art. 25,
2015. aplicar o estatuto as fundações e autar-
quias.
Art. 251. A apuração é a liquidação do tempo II – da licença para tratar de interesses par-
de serviço público à vista dos assentamentos ticulares;
do funcionário, arquivados no órgão de pessoal
responsável pela guarda daqueles documentos.
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III – da licença por motivo de afastamento viços já prestados ou como garantia de amparo
do cônjuge; contra as consequências da velhice e da invali-
dez.
IV- de afastamento não remunerado.
Art. 260. Salvo disposição constitucional em
Art. 254. O cômputo de tempo de serviço pú- contrário, o funcionário será aposentado:
blico, à medida que flui, somente será feito no
momento em que dele necessitar o funcionário I – por invalidez;
para comprovação de direitos assegurados em
lei. II – compulsoriamente, aos 70 (setenta)
anos de idade;
Parágrafo único. A contagem de tempo de
serviço público reger-se-á pela lei em vigor III – voluntariamente:
à ocasião em que o serviço haja sido pres- a) após 35 (trinta e cinco) anos de serviço,
tado. se do sexo masculino, ou 30 (trinta), se do
feminino;
b) após 30 (trinta) anos de exercício em fun-
CAPÍTULO V ção de magistério, como tal considerada a
DA DISPONIBILIDADE efetiva regência de classe, se professor, e 25
(vinte e cinco), se professora.
Art. 255. Disponibilidade é o afastamento tem-
Parágrafo único. Considera-se em função
porário do funcionário efetivo ou estável em vir-
de magistério, para os efeitos do disposto
tude da extinção do cargo ou da declaração de
na alínea “b” do item III deste artigo, o fun-
sua desnecessidade.
cionário:
Art. 256. Extinto o cargo ou declarada a sua des-
I – no exercício de cargo em comissão:
necessidade, o funcionário ficará em disponibi-
lidade remunerada, com vencimentos propor- a) na esfera da administração direta e indi-
cionais ao seu tempo de serviço. reta do Poder Executivo;
Art. 257. Qualquer alteração de vencimento b) fora da esfera estadual desde que o co-
concedida, em caráter geral, aos funcionários missionamento se dê na área da educação.
em atividade, será extensiva, na mesma época e
proporção, ao provento do disponível. II – no exercício:
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Art. 261. É automática a aposentadoria compul- c) for acometido de tuberculose ativa, alie-
sória, que será declarada com efeito a partir do nação mental, neoplasia maligna, cegueira
dia seguinte àquele em que o funcionário com- progressiva, hanseníase, cardiopatia grave,
pletar a idade limite. paralisia irreversível e incapacitante, do-
ença de Parkinson, Coréia de Huntington,
Parágrafo único. O retardamento do ato espondiloartrose anquilosante, nefropatia
declaratório a que se refere este artigo não grave, estados avançados de Paget (osteíte
evitará o afastamento do funcionário nem deformante) e Síndrome da Imunodeficiên-
servirá de base ao reconhecimento de qual- cia Adquirida – AIDS, com base nas conclu-
quer direito ou vantagem. sões da Junta Médica Oficial do Estado;
Art. 262. A aposentadoria por invalidez será •• Incluída a Síndrome de Imunodefici-
precedida de licença para tratamento de saúde, ência Adquirida pelo art. 4º da Lei nº
por período não excedente a 24 (vinte e quatro) 12.210, de 20-11-93.
meses, salvo quando o laudo médico oficial con-
cluir pela incapacidade definitiva do funcionário d) na inatividade for acometido de qualquer
para o serviço público. das doenças especificadas na alínea ante-
rior;
§ 1º Após o período de licença, e não estan-
do em condições de assumir o cargo ou de II – proporcional ao tempo de serviço, nos
ser readaptado em outro mais compatível demais casos.
com a sua capacidade, o funcionário será
declarado aposentado. Parágrafo único. A proporcionalidade de
que trata o item II corresponderá, por ano
§ 2º A declaração de aposentadoria, na hi- de efetivo exercício, a 1/35 (um trinta e
pótese do parágrafo anterior, será precedi- cinco) avos, para os funcionários do sexo
da de perícia, realizada pela Junta Médica masculino, e a 1/30 (um trinta) avos para
Oficial, em que se verifique e relate a ocor- os de sexo feminino, e, para os ocupantes
rência de incapacidade do funcionário para de funções de magistério, 1/30 (um trinta)
o serviço público. avos, se professor, ou 1/25 (um vinte e cin-
co) avos, se professora.
§ 3º O piloto de aeronave, considerado in-
capacitado para as suas funções pela Junta Art. 265. O cálculo dos proventos terá por base
Médica Superior de Saúde do Ministério da o vencimento do cargo acrescido de gratificação
Aeronáutica, será readaptado VETADO com adicional por tempo de serviço e outras vanta-
vencimentos integrais, inclusive gratifica- gens pecuniárias, incorporáveis na forma desta
ções e horas de vôo. lei.
Art. 263. O funcionário em disponibilidade po- Parágrafo único. Para o pessoal do magisté-
derá ser aposentado nos termos do art. 258. rio do ensino fundamental e médio, o cál-
culo dos proventos ainda levará em conta a
Art. 264. O provento da aposentadoria será: média da jornada de trabalho dos 12 (doze)
I – correspondente ao vencimento integral últimos meses anteriores à data da autua-
do cargo quando o funcionário: ção do requerimento, do laudo médico ofi-
cial ou do implemento do limite de idade
a) contar o tempo de serviço legalmente para permanência no serviço ativo, confor-
previsto para a aposentadoria voluntária; me se trate de aposentadoria voluntária,
b) for invalidado para o serviço público, por por invalidez ou compulsória, respectiva-
acidente em serviço ou em decorrência de mente.
doença profissional;
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I – financiamento imobiliário; Art. 277. A assistência jurídica, que consistirá no
II – assistência judiciária; patrocínio da defesa do funcionário, em processos
criminais por fato ocorrido no exercício da função
III – manutenção de creches; do cargo, será prestada por Procurador do Estado.
IV – auxílio para fundação e manutenção de Art. 278. Leis especiais e/ou atos regulamenta-
associações beneficentes, cooperativas e res disporão sobre a organização e o funciona-
recreativas dos funcionários; mento dos planos de assistência relativos aos
V – cursos de aperfeiçoamento e especiali- itens III, IV e VI do art. 272.
zação profissional;
Art. 279. Aos funcionários serão concedidos, na
VI – instituição de colônias de férias e cen- forma estabelecida nos arts. 160 a 169 deste Es-
tros de aperfeiçoamento dos funcionários e tatuto, os benefícios de salário-família, auxílio-
suas famílias. -saúde e auxílio-funeral.
Art. 273. A pensão aos beneficiários do funcio-
nário falecido, ainda que aposentado, corres-
ponderá à totalidade do vencimento ou da re-
muneração do cargo ou dos proventos. CAPÍTULOVIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Parágrafo único. As pensões serão revistas
na mesma proporção e na mesma data, sem- Art. 280. Será assegurado ao funcionário o di-
pre que se modificar o vencimento ou a re- reito de requerer, bem como o de representar.
muneração dos funcionários em atividade.
Art. 281. O requerimento é cabível para defesa de
Art. 274. O funcionário acidentado em serviço direito ou de interesse legítimo e a representação,
ou acometido de doença profissional que, por contra abuso de autoridade ou desvio de poder.
expressa exigência de laudo médico oficial, ne-
cessitar de tratamento especializado, terá hos- § 1º O direito de requerer será exercido pe-
pitalização e tratamento integralmente custea- rante a autoridade competente em razão da
dos pela administração pública. matéria e sempre por intermédio daquela a
que estiver imediatamente subordinado o
Parágrafo único. Na hipótese do tratamen- funcionário.
to, por necessidade comprovada, ter de efe-
tivar-se fora da sede de lotação do funcio- § 2º A representação deve ser encaminhada
nário, ao mesmo será também concedido pela via hierárquica e será obrigatoriamente
auxílio especial para transporte próprio e de apreciada pela autoridade superior àquela
um acompanhante. contra a qual é interposta.
Art. 275. Em caso de falecimento do funcionário Art. 282. Sob pena de responsabilidade, será as-
em serviço fora da sede, será a sua família inde- segurado ao funcionário:
nizada das despesas com as providências decor- I – o rápido andamento dos processos de
rentes do evento, inclusive transporte do corpo seu interesse, nas repartições públicas;
e gastos de viagem de uma pessoa.
II – a ciência das informações, pareceres e
Art. 276. O Poder Público garantirá, diretamen- despachos dados em processos que a ele se
te ou através de instituição especializada, total refiram;
assistência médica e hospitalar ao funcionário
de restrita capacidade econômica, quando aco- III – a obtenção de certidões requeridas
metido de moléstia grave, e provada a insufici- para defesa de seus direitos e esclarecimen-
ência de seus vencimentos para lhe atender os tos de situações, salvo se o interesse públi-
encargos. co impuser sigilo.
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Art. 283. O requerimento inicial do funcionário II – em 120 (cento e vinte) dias nos demais
não precisará vir acompanhado dos elementos casos, salvo quando outro prazo for estabe-
comprobatórios do direito pleiteado, desde que lecido por lei.
constem do assentamento individual do reque-
rente. Art. 288. O prazo de prescrição contar-se-á da
data da publicação oficial ou da efetiva ciência
Art. 284. Caberá pedido de reconsideração diri- do interessado do ato impugnado.
gido à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão. Art. 289. O pedido de reconsideração e o recur-
so, quando cabíveis, interrompem a prescrição
Parágrafo único. O prazo para apresenta- até 2 (duas) vezes.
ção do pedido de reconsideração será de 15
(quinze) dias, contados a partir da ciência Parágrafo único. Interrompida a prescrição,
do ato ou decisão ou de sua publicação. o prazo recomeçará a correr pelo restante,
desde que não inferior à metade do prazo
Art. 285. Ressalvadas as disposições em contrá- original, no dia em que cessar a interrupção.
rio, previstas neste Estatuto, caberá recurso:
Art. 290. Os prazos para a prática dos diversos
I – do indeferimento do pedido de reconsi- atos de mero expediente, interlocutórios ou fi-
deração; nais, serão fixados em regulamento específico.
II – das decisões sobre os recursos sucessi- Art. 291. O direito de pleitear em juízo sobre
vamente interpostos. qualquer lesão de direito individual do funcio-
nário é impostergável e o seu exercício não eli-
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade dirá o de pleitear em instância administrativa.
imediatamente superior à que tiver expedi-
do o ato ou proferido a decisão e, sucessi- Art. 292. O direito de petição será exercido di-
vamente, em escala ascendente, às demais retamente pelo funcionário ou por seu cônjuge
autoridades. ou parente até o 2º grau, mediante procuração
com poderes expressos e essenciais ou, ainda,
§ 2º O recurso será interposto por intermé- por advogado regularmente constituído.
dio da autoridade recorrida, que poderá re-
considerar a decisão ou, mantendo-a, enca- Parágrafo único. Para o exercício do direito
minhá-lo-á à autoridade superior. de petição, será assegurada vista do proces-
so ou documento, na sede da repartição, ao
§ 3º Será de 30 (trinta) dias o prazo de re- funcionário ou procurador especialmente
curso a contar da publicação ou ciência, constituído.
pelo interessado, da decisão recorrida.
Art. 286. O pedido de reconsideração e o recur-
so não têm efeito suspensivo; provido qualquer TÍTULO IV
deles, os seus efeitos retroagirão à data do ato
impugnado. DA ACUMULAÇÃO
Art. 287. O direito de petição na esfera adminis- Art. 293. É vedada a acumulação remunerada
trativa prescreverá: de cargos, empregos e funções públicos, exceto
I – em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de nos casos previstos na Constituição Federal ou
demissão, cassação de aposentadoria ou em lei complementar, obedecidos os critérios
disponibilidade e os referentes a matéria de compatibilidade de horários e correlação de
patrimonial; matérias.
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Parágrafo único. A proibição de acumular a XII – atender, com preterição de qualquer
que se refere este artigo estende-se a car- outro serviço:
gos, empregos e funções em autarquias,
empresas públicas, sociedades de econo- a) as requisições para defesa da Fazenda;
mia mista e fundações públicas. b) a expedição das certidões requeridas
para a defesa de direitos e esclarecimentos
de situações de que trata o inciso III do art.
TÍTULO V 282;
c) ao público em geral;
Do Regime Disciplinar
XIII – residir na localidade onde for lotado
para exercer as atribuições inerentes ao seu
cargo, ou em localidade vizinha, se disto
CAPÍTULO I não resultar inconveniência para o serviço
DOS DEVERES público;
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Art. 296. O funcionário tem por dever freqüen- Pessoal, vinculada à estrutura da Secretaria da
tar, salvo motivos relevantes que o impeçam, Administração; do Centro de Treinamento do
cursos de especialização, treinamento e aper- Departamento de Recursos Humanos da Secre-
feiçoamento profissional, para os quais seja ex- taria da Fazenda; da Superintendência da Aca-
pressamente designado ou convocado. demia de Polícia, integrante da Secretaria da Se-
gurança Pública e de outras entidades de ensino
Art. 297. Para que o funcionário possa ampliar conveniadas, cursos de especialização, aperfei-
sua capacidade profissional, o Estado promoverá çoamento e treinamento para os funcionários
cursos de especialização e aperfeiçoamento, con- regidos por este Estatuto.
ferências, congressos, publicações de trabalhos
referentes ao serviço público e viagens de estudo. Art. 301. Constituem, dentre outros, objetivos
dos cursos referidos no artigo anterior:
§ 1º O Estado pode conceder facilidades, in-
clusive financeiras, supletivas, ao funcionário I – de especialização:
que, por iniciativa própria, tenha obtido bolsa
de estudo ou inscrição em cursos fora do Esta- a) ministrar conhecimentos técnicos espe-
do ou no exterior, desde que a modalidade de cializados, tendo em vista o aprimoramento
que trate seja correlata à sua formação e ativi- do funcionário no campo de sua atividade
dade profissional no serviço público estadual. profissional;
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I – referir-se, de modo depreciativo ou des- XIII – faltar à verdade no exercício de suas
respeitoso, em informação, requerimen- funções, por malícia ou má fé;
to, parecer ou despacho, às autoridades, a
funcionários e usuários bem como a atos XIV – deixar de informar, com presteza, os
da administração pública, podendo, porém, processos que lhe forem encaminhados;
em trabalho assinado, criticá-los do ponto XV – dificultar ou deixar de levar ao conhe-
de vista doutrinário ou da organização do cimento da autoridade competente, por via
serviço; hierárquica e em 24 (vinte e quatro) horas,
II – retirar, sem prévia autorização da auto- queixas, denúncia, representação, petição,
ridade competente, qualquer documento recurso ou documento que houver recebi-
ou objeto da repartição; do, se não estiver na sua alçada resolver;
V – coagir ou aliciar subordinado com o ob- XVIII – lançar, em livros oficiais de registro,
jetivo de natureza político-partidária; anotações, reclamações, reivindicações
ou quaisquer outras matérias estranhas às
VI – participar da gerência ou da adminis- suas finalidades;
tração de empresa industrial ou comercial,
exceto as de caráter cultural ou educacio- XIX – adquirir, para revenda, de associação
nal; de classe ou entidades beneficentes em ge-
ral, gêneros ou quaisquer mercadorias;
VII – exercer comércio ou participar de so-
ciedade comercial, exceto como acionista, XX – entreter-se, durante as horas de traba-
cotista ou comanditário; lho, em palestras ou outros afazeres estra-
nhos ao serviço;
VIII – praticar a usura em qualquer de suas
formas; XXI – deixar, quando comunicado em tem-
po hábil, de providenciar a inspeção médica
IX – pleitear, como procurador ou interme- do servidor, seu subordinado, que faltou ao
diário ,junto às repartições públicas, salvo serviço por motivo de saúde;
quando se tratar de percepção de venci-
mentos e vantagens de parentes até o se- XXII – deixar, quando sob sua responsabili-
gundo grau; dade, de prestar informações sobre funcio-
nário em estágio probatório;
X – receber propinas, comissões, presentes
ou vantagens de qualquer espécie; XXIII – esquivar-se de providenciar a respei-
to de ocorrência no âmbito de suas atribui-
XI – cometer a pessoa estranha à repartição, ções, salvo no caso de impedimento, o que
fora dos casos previstos em lei, o desempe- comunicará em tempo hábil;
nho de encargo que lhe competir ou a seus
subordinados; XXIV – representar contra superior hierár-
quico, sem observar as prescrições regula-
XII – deixar de pagar, com regularidade, as mentares;
pensões a que esteja obrigado em virtude
de decisão judicial; XXV – propor transações pecuniárias a su-
perior ou a subordinado com o objetivo de
auferir lucro;
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XLIX – acumular cargos, funções e empre- LXIII – ofender, provocar, desafiar ou tentar
gos públicos, ressalvadas as exceções cons- desacreditar qualquer colega ou autoridade
titucionais previstas; superior, com palavras, gestos ou ações;
L – dar causa, intencionalmente, a extravio LXIV – dar-se ao vício de embriaguez pelo
ou danificação de objetos pertencentes à álcool ou por Substâncias de efeitos análo-
repartição; gos;
LI – fazer diretamente, ou por intermédio LXV – importar ou exportar, usar, remeter,
de outrem, transações pecuniárias, envol- preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
vendo assunto do serviço, bens do Estado expor à venda ou oferecer, fornecer, ainda
ou artigos de uso proibido; que gratuitamente, ter em depósito, trans-
portar, trazer consigo, guardar, prescrever,
LII – introduzir ou distribuir na repartição ministrar ou entregar de qualquer forma a
quaisquer escritos que atentem contra a consumo, Substância entorpecente ou que
disciplina e a moral; determine dependência física ou psíquica,
LIII – residir fora da localidade em que exer- sem autorização legal ou regulamentar.
ce as funções do cargo, exceto no caso da Art. 304. Constitui, ainda, transgressão discipli-
ressalva de que trata o item XIII do art. 294; nar, quanto aos funcionários ocupantes de car-
LIV – praticar crimes contra a administração gos inerentes às funções de polícia civil ou de
pública; segurança prisional:
LV – lesar os cofres públicos ou dilapidar o •• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
patrimônio estadual; 10-2008.
LVI – praticar ofensas físicas, em serviço, I – transitar por logradouro público sem o
contra funcionário ou qualquer pessoa, sal- respectivo cartão de identidade;
vo se em legítima defesa devidamente com- II – deixar de guardar, em público, a devida
provada; compostura;
LVII – cometer insubordinação grave em III – dar conhecimento, por qualquer modo,
serviço; de ocorrência do serviço policial ou da ad-
LVIII – aplicar, irregularmente, dinheiro pú- ministração penitenciária a quem não tenha
blico; atribuições para nela intervir;
LIX – revelar segredo que conheça em razão •• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
de seu cargo ou função; 10-2008.
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VI – revelar sua qualidade de policial ou de •• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
servidor da administração penitenciária, 10-2008.
fora dos casos necessários ou convenientes
ao serviço; XV – freqüentar, sem razão de serviço, luga-
res incompatíveis com o decoro da função
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07- policial ou da administração penitenciária;
10-2008.
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
VII – pedir quaisquer gratificações, reclamá- 10-2008.
-las ou aceitá-las fora dos casos legais;
XVI – comparecer, ostensivamente, em casa
VIII – recusar-se a exercer o ofício de defen- de prostituição, boates, casas de danças,
sor, bem como fazer afirmação falsa, negar bares e restaurantes da zona do meretrício,
ou calar a verdade, como testemunha ou participando de mesas ou das diversões,
perito em processo disciplinar, quando de- bem como fazendo uso de bebidas alcoóli-
signado, salvo por motivo justo; cas, em serviço ou fora dele;
IX – referir-se de modo depreciativo ou des- XVII – fazer uso indevido de arma, bem
respeitoso a autoridades hierarquicamente como portá-la ostensivamente em público;
superiores e a atos da administração públi-
ca, qualquer que seja o meio empregado XVIII – maltratar preso sob sua guarda ou
para esse fim; usar de violência desnecessária, no exercício
da função policial ou de segurança prisional;
X – divulgar, por intermédio da imprensa,
rádio e televisão, fatos ocorridos na repar- •• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
tição que possam prejudicar ou interferir no 10-2008.
bom andamento do serviço policial ou do XIX – permitir que presos conservem em
serviço da administração penitenciária, ou seu poder instrumentos que possam causar
propiciar sua divulgação; danos nas dependências em que estejam
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07- recolhidos ou produzir lesões em terceiros;
10-2008. XX – deixar de concluir, nos prazos legais,
XI – manter relações de amizade ou exibir- sem motivo justo, inquéritos policiais ou
-se em público com pessoas de notórios e disciplinares ou, quando a estes últimos,
desabonadores antecedentes criminais, como membro da respectiva comissão, ne-
sem razão de serviço; gligenciar no cumprimento das obrigações
XII – praticar ato que importe em escândalo que lhe são inerentes;
ou que concorra para comprometer a fun- XXI – prevalecer-se, abusivamente, da con-
ção policial ou função da administração pe- dição de funcionário policial ou da adminis-
nitenciária; tração penitenciária;
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07- •• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
10-2008. 10-2008.
XIII – deixar de cumprir ou de fazer cumprir, XXII – indicar ou insinuar nome de advo-
na esfera de suas atribuições, as leis e os re- gado para assistir pessoa que se encontre
gulamentos; respondendo a processo ou indiciada em
XIV – atribuir-se a qualidade de represen- inquérito policial, salvo nos casos em que
tante de qualquer órgão ou de autoridade couber à autoridade nomear defensor;
da respectiva Secretaria;
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XXIII – impedir ou tornar impraticável, por XXXV – recusar-se a executar ou executar
qualquer meio, na fase de inquérito policial deficientemente qualquer serviço, para evi-
ou durante o interrogatório do indiciado, tar perigo pessoal;
mesmo ocorrendo incomunicabilidade, a
presença de seu advogado; XXXVI – ser desligado, por falta de assidui-
dade, de curso de formação do respectivo
XXIV – ordenar ou executar medida privati- órgão, em que tenha sido matriculado com-
va da liberdade individual sem as formalida- pulsoriamente;
des legais ou com abuso do poder;
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
XXV – submeter pessoa sob sua guarda ou 10-2008.
custódia a vexame ou constrangimento;
XXXVII – omitir-se no zelo da integridade fí-
XXVI – deixar de comunicar imediatamen- sica ou moral dos presos sob sua guarda;
te ao juiz competente a prisão de qualquer
pessoa; XXXVIII – publicar, sem ordem expressa da
autoridade competente, documentos ofi-
XXVII – levar à prisão ou nela conservar ciais, embora não reservados, ou ensejar a
quem quer que se proponha a prestar fian- divulgação de seu conteúdo, no todo ou em
ça, quando admitida em lei; parte;
XXVIII – atentar, com abuso de autoridade XXXIX – exercer a advocacia, assim como,
ou prevalecendo-se dela, contra a inviolabi- nos recintos e relativamente às atividades
lidade do domicílio; do respectivo órgão, o jornalismo, respei-
tada a ressalva constante do inciso IV deste
XXIX – espalhar falsas notícias em prejuízo artigo;
da ordem policial ou da administração pe-
nitenciária, ou do bom nome da respectiva •• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
Secretaria; 10-2008.
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07- XL – cobrar carceragem, custas, emolumen-
10-2008. tos ou qualquer outra despesa que não te-
nha apoio em lei;
XXX – provocar ou fazer-se, voluntariamen-
te, causa ou origem de alarmes injustificá- XLI – cometer crimes contra os costumes ou
veis; contra o patrimônio que, por sua natureza
e configuração, sejam considerados como
XXXI – deixar alguém conversar ou enten- infamantes, de modo a incompatibilizar o
der-se com preso incomunicável, sem estar, servidor com o exercício da função policial e
para isso, autorizado por autoridade com- da administração penitenciária;
petente, salvo nos casos do item XXIII;
•• Redação dada pela Lei nº 16.368, de 07-
XXXII- conversar ou entender-se com preso 10-2008.
incomunicável, sem para isso estar autoriza-
do por sua função ou por autoridade com- XLII – submeter à tortura ou permitir ou
petente; mandar que se torture preso sob a sua
guarda.
XXXIII – ofender, provocar, desafiar ou res-
ponder de maneira desatenciosa a seu su-
perior;
XXXIV – introduzir bebidas alcoólicas na re-
partição, para uso próprio ou de terceiros;
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CAPÍTULO V I – repreensão;
DAS RESPONSABILIDADES II – suspensão;
Art. 305. Pelo exercício irregular de suas atribui- III – multa;
ções, o funcionário responde civil, penal e admi-
nistrativamente. IV – destituição de mandato;
Art. 306. A responsabilidade civil decorre de •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
procedimento omissivo ou comissivo, doloso ou 01-2004.
culposo, que importe em prejuízo da Fazenda V – demissão;
Pública Estadual ou de terceiros.
VI – cassação de aposentadoria ou disponi-
§ 1º A indenização de prejuízo causado à Fa- bilidade.
zenda Pública Estadual poderá ser liquida-
da nos termos do art. 150 deste Estatuto, à § 1º Ao servidor será aplicada pena de mul-
míngua de outros bens que respondam pela ta, cumulativa ou isoladamente com as
indenização. demais sanções previstas nesta Lei, nas se-
guintes hipóteses:
§ 2º Tratando-se de dano causado a tercei-
ro, responderá o funcionário perante a Fa- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
zenda Pública Estadual, em ação regressiva, 2004.
proposta depois de transitar em julgado
I – sobre o valor de renda, tributo, nume-
a decisão de última instância que houver
rário, receita, haver, remuneração, Subsídio,
condenado a Fazenda a indenizar o terceiro
recurso ou verba pública:
prejudicado.
a) de 0,2% (dois décimos por cento), por dia
Art. 307. A responsabilidade penal abrange os
de atraso, pela ausência de recolhimento,
crimes e contravenções imputados ao funcioná-
entrega, repasse, devolução, prestação de
rio como tal.
contas ao Erário ou outra forma equivalente
Art. 308. A responsabilidade administrativa re- de regularização tempestiva, mesmo que o
sulta da prática de qualquer uma das transgres- tenha feito posteriormente, limitada a mul-
sões ou proibições previstas no capítulo ante- ta a 20% (vinte por cento) desse valor;
rior.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
Art. 309. As sanções civis, penais e disciplinares 2004.
poderão acumular-se, sendo umas e outras in-
b) de 1% (um por cento) a 10% (dez por cen-
dependentes entre si, bem assim as instâncias
to), pelo que deixar injustificadamente de
civil, penal e administrativa.
arrecadar, cobrar, lançar, exigir ou de adotar
Art. 310. A absolvição criminal só afasta a res- outras providências no resguardo do Erário;
ponsabilidade civil ou administrativa se negar a
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
existência do fato ou afastar do acusado a res-
2004.
pectiva autoria.
II – de 1% (um por cento) a 10% (dez por
cento) do valor do tributo ou de qualquer
outra receita pública, pela sua exigência,
CAPÍTULO VI quando a sabia, ou deveria saber, indevida
DAS PENALIDADES ou, mesmo que devida, tenha empregado,
na cobrança, meio vexatório ou gravoso não
Art. 311. São penas disciplinares: autorizado pela legislação;
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•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004. 2004.
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•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- Art. 313. Na aplicação das penas disciplinares
2004. serão consideradas:
Art. 312. Para imposição de pena disciplinar, I – a natureza da infração, sua gravidade e
no âmbito de suas respectivas atribuições, são as circunstâncias em que foi praticada;
competentes:
II – os danos dela decorrentes para o servi-
I – o Chefe do Poder Executivo, em quais- ço público;
quer dos casos enumerados no artigo ante-
rior; III – a repercussão do fato;
•• Redação dada pela Lei nº 14.210, de 08- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
07-2002. 2004.
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VI – a prática de transgressão disciplinar •• Redação dada pela Lei nº 17.164, de 30-
com o concurso de duas ou mais pessoas; 09-2010.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- Parágrafo único. Serão punidas com pena
2004. de repreensão as transgressões disciplina-
res previstas nos itens XII a XVIII do art. 303
VII – a prática de mais de uma transgressão e I a VIII do art. 304.
disciplinar decorrente da mesma ação ou
omissão; Art. 315 a pena de suspensão, que não excede-
rá a 90 (noventa) dias, será aplicada em caso de
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- falta grave ou de reincidência em qualquer das
2004. transgressões a que alude o art. 314.
VIII – a prática reiterada ou continuada da •• Redação dada pela Lei nº 14.794, de 08-
mesma transgressão. 06-2004.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- § 1º Para os efeitos deste artigo, conside-
2004. ram-se faltas graves as arroladas nos incisos
§ 2º São circunstâncias que atenuam a I a XI, XIX a LIII e LXII a LXIV do art. 303 e IX a
pena: XL do art. 304.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Redação dada pela Lei nº 17.164, de 30-
2004. 09-2010.
Art. 314. A pena de repreensão, que será sem- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
pre aplicada por escrito e deverá constar do as- 2004.
sentamento individual do servidor, destina-se à
punição de faltas de natureza leve.
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II – em caso de óbito do funcionário indicia- Art. 318. Será cassada a aposentadoria ou dis-
do ou acusado. ponibilidade se o funcionário:
§ 1º A extinção da punibilidade será reco- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
nhecida e declarada de ofício pela autorida- 01-2004.
de instauradora.
I – na atividade, houver praticado transgres-
•• Constituído § 1º pela Lei nº 14.678, de são punível com demissão;
12-01-2004.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, a 2004.
decisão que declarar extinta a punibilidade
somente produzirá efeitos após a sua ho- II – aposentado ou colocado em disponibi-
mologação pela autoridade a quem compe- lidade, aceitar representação de Estado es-
te a aplicação da pena em abstrato, que terá trangeiro, sem prévia autorização do Presi-
o prazo de 60 (sessenta) dias para efetivar dente da República.
tal homologação, sob pena da decisão que •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
declarar extinta a punibilidade surtir todos 2004.
os efeitos legais.
Parágrafo único. A disponibilidade também
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- será cassada se o funcionário não assumir,
2004. no prazo legal, o exercício do cargo em que
Art. 317. A pena de demissão será aplicada nos for aproveitado.
casos das infrações previstas nos incisos LIV Art. 319. A aplicação de penalidade por trans-
a LXI e LXV do art. 303 e XLI e XLII do art. 304, gressão disciplinar acarreta a inabilitação do
bem como nos casos de contumácia na prática servidor apenado para a sua promoção ou nova
de transgressões disciplinares puníveis com sus- investidura em cargo, função, mandato ou em-
pensão. prego público estadual pelos seguintes prazos,
•• Redação dada pela Lei nº 14.794, de 08- contados da data de publicação do ato punitivo:
06-2004. •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
•• Vide Lei nº 18.846, de 10-06-2015, art. 01-2004.
12. I – no caso de repreensão ou multa, 120
§ 1º Entende-se por contumácia a prática, (cento e vinte) dias;
no período de 5 (cinco) anos consecutivos, •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
contado da data da primeira transgressão, 2004.
de 4 (quatro) ou mais transgressões discipli-
nares pelas quais o servidor tenha sido efe- II – tratando-se de suspensão, ainda que
tivamente punido. convertida em multa, 15 (quinze) dias por
dia de suspensão, não podendo ser inferior
•• Redação pela Lei nº 14.678, de 12-01- a 120 (cento e vinte) dias;
2004.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
§ 2º Constará sempre dos atos de demissão 2004.
fundada em crime contra a administração
pública, exceto abandono de cargo, lesão III – no caso de destituição de mandato, 5
aos cofres públicos e dilapidação do patri- (cinco) anos;
mônio estadual, a nota a bem do serviço
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
público.
2004.
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IV – no caso de demissão, cassação de apo- § 1º Os benefícios previstos neste artigo
sentadoria ou disponibilidade, 10 (dez) poderão, por ato da autoridade julgadora,
anos. ser estendidos aos particulares, quanto às
infrações previstas na legislação tributária
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- e demais normas estaduais, quando estas
2004. tiverem relação direta ou indireta com a
§ 1º Quando o servidor houver causado transgressão disciplinar objeto de apuração.
prejuízo ao erário estadual, a inabilitação •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
prevista neste artigo: 2004.
•• Constituído § 1º pela Lei nº 14.678, de § 2º Para os efeitos deste artigo, serão con-
12-01-2004. siderados o momento, a oportunidade e o
I – terá seu prazo reduzido em 1/3 (um ter- grau em que a colaboração efetivamente te-
ço), se o punido ressarcir integralmente o nha contribuído para a elucidação dos fatos
dano; e da autoria.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004. 2004.
II – somente será afastada com o decurso Art. 322. Prescreve a ação disciplinar, no prazo de:
do prazo de 20 (vinte) anos, na ausência de •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
ressarcimento. 01-2004.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- I – 6 (seis) anos, quanto às infrações puní-
2004. veis com demissão, cassação de aposenta-
doria ou disponibilidade e respectivas mul-
§ 2º A superveniência de qualquer infração tas;
cometida no curso do período fixado neste
artigo implica acréscimo de 50% (cinqüen- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
ta por cento) ao prazo nele previsto, quanto 01-2004.
ao período de inabilitação correspondente II – 3 (três) anos, quanto às demais infra-
à nova penalidade aplicada. ções.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
2004. 01-2004.
Art. 320. A aplicação de penalidade pelas trans- § 1º A contagem do prazo prescricional tem
gressões disciplinares constantes deste Estatuto início a partir da data da prática da trans-
não exime o funcionário da obrigação de indeni- gressão e regula-se pela maior sanção em
zar o Estado pelos prejuízos causados. abstrato prevista para a infração cometida,
Art. 321. Havendo colaboração efetiva do acu- mesmo que a pena efetivamente aplicada
sado para a descoberta ou apuração do ato in- tenha sido reduzida, inclusive na hipótese
fracional e de sua autoria, a autoridade julga- de exclusão da multa.
dora, mediante decisão fundamentada, poderá •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
reduzir ou até mesmo excluir as multas previs- 01-2004.
tas nesta Lei.
§ 2º Os prazos de prescrição fixados na lei
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- penal aplicam-se às infrações disciplinares
01-2004. previstas como crime, ressalvado o abando-
no de cargo.
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CAPÍTULO VII I – o período de afastamento não poderá
DA PRISÃO ADMINISTRATIVA ser superior a 180 (cento e oitenta) dias,
consecutivos ou não, findo o qual o servi-
•• Revogado pela Lei nº 14.678, de 12-01- dor reassumirá suas funções, ainda que não
2004, art. 5º, I. concluído o processo;
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
01-2004.
CAPÍTULO VIII II – durante o período de afastamento, o
DAS RESTRIÇÕES AO AFASTAMENTO servidor:
E DO AFASTAMENTO PREVENTIVO •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- 12-01-2004.
01-2004. a) deve permanecer em endereço certo e
Art. 324. Antes da concessão, ao servidor in- sabido, que lhe permita pronto atendimen-
diciado, acusado ou arrolado como testemu- to a todas as requisições processuais;
nha, de licença ou qualquer outra forma de •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
afastamento do serviço, salvo se por motivo 2004.
de férias, ouvir-se-á a autoridade instauradora,
que se manifestará sobre a conveniência e/ou b) poderá ser designado para o exercício de
oportunidade da concessão, podendo, inclusi- funções diversas das do seu cargo, em lo-
ve, determinar a interrupção ou suspensão de cal e horário determinados pela autoridade
afastamentos já concedidos, quando julgar esta instauradora.
medida necessária à instrução dos procedimen-
tos, bem como para dar cumprimento a penali- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
dades aplicadas. 2004.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- Parágrafo único. O afastamento preventivo
01-2004. constitui medida de interesse processual e
Art. 325. É vedada a exoneração a pedido, bem não será considerado para efeito de com-
como a concessão de aposentadoria voluntária, pensação com pena aplicada ao servidor,
a funcionário que esteja respondendo a proces- nem suspende ou interrompe contagem de
so administrativo disciplinar. tempo para qualquer efeito.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
01-2004. 2004.
Art. 326. Como medida cautelar e com a finali- Art. 327. Os responsáveis pelos órgãos e as de-
dade de prevenir ou fazer cessar influência de mais autoridades do Poder Público Estadual,
servidor, na apuração de irregularidades a ele bem como os servidores que nele exercem suas
imputada, e sem prejuízo de sua remuneração, funções, que tiverem conhecimento de prática
a autoridade instauradora do processo discipli- de ato de improbidade administrativa ou qual-
nar poderá determinar o afastamento preven- quer outra irregularidade, imputados a servidor
tivo do exercício de suas funções, observado o público estadual, ficam obrigados, sob pena de
seguinte: responsabilidade funcional, a noticiar ou repre-
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- sentar o fato à autoridade competente para as
01-2004. devidas providências.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
01-2004.
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Art. 329. O processo administrativo disciplinar •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
será instruído por uma comissão composta por 2004.
3 (três) funcionários efetivos, designada pela
autoridade que o houver instaurado, dentre os § 2º Ocorrendo, no curso do procedimento
quais escolherá seu presidente, vice-presidente disciplinar, motivo de força maior ou qual-
e secretário. quer outra circunstância que impossibilite
ou torne inconveniente a permanência de
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- funcionário para ele designado, a autorida-
01-2004. de instauradora providenciará a sua Substi-
tuição, dando-se continuidade normal aos
§ 1º A comissão funcionará e deliberará trabalhos apuratórios.
com a presença mínima de 2 (dois) de seus
membros, cabendo, nesse caso, ao vice- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
-presidente suprir eventuais ausências do 2004.
presidente ou do secretário.
§ 3º É considerado suspeito ou impedido
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- para atuar como sindicante ou processante
01-2004. o funcionário que:
§ 2º Sem prejuízo do disposto neste arti- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
go, os Secretários de Estado, dirigentes das 2004.
autarquias e autoridades equivalentes po-
derão instituir comissões permanentes de I – seja amigo íntimo ou inimigo capital do
processo disciplinar junto aos órgãos espe- indiciado ou acusado, ou seus parentes e
cíficos. afins até o terceiro grau;
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- III – tenha sofrido punição disciplinar, salvo
2004. se reabilitado;
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
Art. 330. Sempre que necessário, a comissão 2004.
dedicará todo o seu tempo de trabalho ao pro-
cesso disciplinar, ficando os seus membros, em IV – tenha sido condenado em processo cri-
tal caso, dispensados do serviço normal da re- minal, salvo se reabilitado;
partição durante o curso das diligências e elabo- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
ração do relatório. 2004.
§ 1º A designação de funcionário para rea- V – esteja respondendo a processo discipli-
lizar procedimentos disciplinares constitui nar ou criminal;
encargo de natureza obrigatória, exceto nos
VI – participe como perito ou testemunha,
casos de suspeição ou impedimento legal-
restringindo-se essa suspeição ou impedi-
mente admitidos ou manifesta conveniên-
mento ao processo em que atue nessa con-
cia administrativa.
dição;
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•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- cedido o prazo de 3 (três) dias, contados
2004. da data de sua realização ou do dia em que
deveria ter sido o mesmo realizado, para
VII – esteja litigando judicial ou adminis- apresentação de defesa prévia, na qual terá
trativamente com o acusado ou respectivo oportunidade de requerer as provas a se-
cônjuge ou companheiro; rem produzidas durante a instrução, poden-
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- do arrolar até 5 (cinco) testemunhas;
2004. •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
VIII – tenha se manifestado anteriormente 2004.
na causa que constitui objeto de apuração III – apresentada ou não a defesa prévia,
do processo disciplinar. proceder-se-á, sucessivamente, à inquirição
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- das testemunhas arroladas pela acusação e
2004. pela defesa;
Art. 331. Recebido o relatório-denúncia, a co- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
missão iniciará a instrução do processo adminis- 2004.
trativo disciplinar em 24 (vinte e quatro) horas, IV – concluída a fase de inquirição das tes-
observando o procedimento: temunhas e realizadas as diligências deferi-
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- das, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de
01-2004. 5 (cinco) dias para alegações finais da acu-
sação e da defesa;
I – ordinário, quando se tratar de transgres-
sões disciplinares puníveis com demissão, •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
cassação de aposentadoria ou disponibili- 2004.
dade e multas a elas relativas; V – apresentadas as alegações finais ou
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- exaurido o prazo para esse fim previsto, a
2004. comissão processante elaborará o seu re-
latório final, podendo, antes de concluí-lo,
II – sumário, nos demais casos. sanear eventuais nulidades, sendo admitida
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- a realização de diligências para dirimir dú-
2004. vidas sobre ponto relevante ou suprir falta
que prejudique o esclarecimento dos fatos.
§ 1º O procedimento ordinário atenderá ao
seguinte: •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
01-2004. § 2º O procedimento sumário atenderá ao
seguinte:
I – instaurado o processo disciplinar, serão
designados dia, hora e local para o interro- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
gatório do acusado, ordenando-se a sua ci- 01-2004.
tação e a intimação do sindicante; I – instaurado o processo disciplinar, serão
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- designados dia, hora e local para o interro-
2004. gatório do acusado, ordenando-se a sua ci-
tação e a notificação do sindicante;
II – procedido o interrogatório ou se o acu-
sado a ele não comparecer, ser-lhe-á con- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004.
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II – procedido o interrogatório ou se o acu- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
sado a ele não comparecer, ser-lhe-á con- 2004.
cedido o prazo de 3 (três) dias, contados
da data de sua realização ou do dia em que a) do seu direito à obtenção de cópia das
deveria ter sido o mesmo realizado, para peças processuais, de vista dos autos no lo-
apresentação de defesa prévia, na qual terá cal de funcionamento da comissão proces-
a oportunidade de requerer as provas a se- sante e de fazer o seu acompanhamento,
rem produzidas durante a instrução, poden- pessoalmente ou por intermédio de defen-
do arrolar até 3 (três) testemunhas; sor que constituir;
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004. 2004.
III – apresentada ou não a defesa prévia, b) de que lhe será nomeado defensor, caso
proceder-se-á à inquirição das testemunhas não possa ou não queira patrocinar a sua
arroladas pela acusação e pela defesa e à defesa;
realização de diligências requeridas e orde- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
nadas; 2004.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- c) do prazo para apresentação da defesa
2004. prévia;
IV – concluída a fase prevista no inciso III, •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 3 2004.
(três) dias para alegações finais da acusação
e da defesa; d) da obrigatoriedade de seu compareci-
mento perante a comissão processante,
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- para ser interrogado, sob pena das sanções
2004. previstas nos §§ 13 a 15 deste artigo, e da
V – apresentadas as alegações ou exaurido decretação de sua revelia;
o prazo previsto no inciso IV, a comissão ela- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
borará seu relatório final, podendo, antes 2004.
de concluí-lo, sanear eventuais nulidades.
III – ser acompanhado de 1 (uma) cópia de
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- inteiro teor da denúncia e dos demais docu-
2004. mentos a ela anexados, com a finalidade de
§ 3º O mandado de citação deverá: cientificar o acusado dos fatos que lhe são
imputados.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
01-2004. •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004.
I – conter a qualificação do servidor acusa-
do, bem como o local, o dia e a hora em que § 4º Achando-se o servidor em local incerto
deverá comparecer para o interrogatório; e não sabido ou verificando-se que o mes-
mo se oculta para não ser citado, lavrar-se-á
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- termo dessa circunstância, cujo extrato será
2004. publicado no Diário Oficial do Estado, fican-
do suspenso o processo até que se realize a
II – cientificar o acusado: citação, admitida a produção antecipada de
provas consideradas relevantes e urgentes.
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•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- dade de prestar informação relevante para
01-2004. a sindicância ou instrução processual, ana-
lisadas a conveniência e oportunidade pela
§ 5º Considera-se revel o servidor que, re- autoridade instauradora, poderá ser conce-
gularmente citado, deixar de comparecer dida, por quem de direito, ajuda de custo
ao interrogatório e de apresentar defesa em valor não superior ao da diária, com a
prévia, sem motivo justificado. finalidade de indenizar eventuais despesas.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
01-2004. 01-2004.
§ 6º A revelia será declarada por termo nos § 11. A comunicação dos atos processuais,
autos do processo, devendo o presidente na fase de sindicância ou no processo dis-
da comissão, na ausência de defensor cons- ciplinar, será efetuada por meio de termos
tituído, solicitar a designação de defensor expressos com ciência do interessado e de
dativo, que deverá ser bacharel em direito, seu defensor, nos autos, por via postal com
dando-se seguimento normal à apuração. aviso de recebimento, por telegrama, tele-
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- fax, correio eletrônico ou qualquer outro
01-2004. meio idôneo.
§ 7º O acusado ou o sindicante poderá de- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
sistir do depoimento de qualquer das teste- 01-2004.
munhas por ele arroladas, ou mesmo deixar § 12. As intimações observarão a antece-
de arrolá-las, se considerar suficientes as dência mínima de 2 (dois) dias quanto à
provas que possam ser ou tenham sido pro- data prevista para a prática do ato proces-
duzidas. sual ou procedimento.
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
01-2004. 01-2004.
§ 8º Não sendo encontrada a testemunha § 13. Ao servidor público estadual que, injus-
arrolada ou se esta se recusar a ser intima- tificadamente, deixar de atender às convoca-
da, sem prejuízo do disposto nos §§ 13 a 15 ções ou requisições da autoridade competen-
deste artigo, será concedido, no prazo fixa- te ou se recusar a receber citação, notificação,
do pelo presidente da comissão processan- intimação ou outro ato de comunicação, será
te, à acusação ou à defesa, o direito a uma aplicada, pela autoridade instauradora, multa
Substituição. processual no valor de 5% (cinco por cento) a
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- 20% (vinte por cento) do total de sua remune-
01-2004. ração ou Subsídio mensal.
§ 9º No caso de testemunha que não seja •• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12-
servidor público, incumbe à parte que a ar- 01-2004.
rolar o ônus de trazê-la à audiência de in- § 14. A multa aplicável será de 5% (cinco
quirição, hipótese em que não se procederá por cento), quando o servidor, mesmo sob
à sua intimação. razão justificável, deixar de comunicar, com
•• Redação dada pela Lei nº 14.678, de 12- antecedência mínima de 24 (vinte e quatro)
01-2004. horas do evento, o motivo da ausência ou
omissão, salvo comprovada impossibilidade
§ 10. Quando for necessária a presença de de fazê-lo.
pessoa não servidora pública, com a finali-
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•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004. 2004.
§ 15. Nas hipóteses previstas nos §§ 13 e 14, I – 60 (sessenta) dias, se adotado o procedi-
a autoridade instauradora expedirá represen- mento sumário;
tação contra o servidor, notificando-o da su-
jeição à multa e concedendo-lhe o prazo de 3 •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
(três) dias úteis para a apresentação de suas 2004.
alegações, procedendo-se ao julgamento. II – 120 (cento e vinte) dias, quando adota-
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- do o procedimento ordinário.
2004. •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
§ 16. Não será recebido pedido de realiza- 2004.
ção de prova pericial desacompanhado de
formulação dos quesitos, nem aceita a indi- § 21. Na impossibilidade de conclusão dos
cação de assistente que não esteja expres- trabalhos nos prazos fixados no § 20, a co-
samente nomeado no mesmo pedido. missão processante deverá comunicar o fato
à autoridade instauradora para que ela ado-
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- te as providências cabíveis, inclusive a con-
2004. cessão de prazo adicional para o término da
§ 17. Do requerimento previsto no § 16, instrução processual, não podendo o soma-
será intimada a outra parte, que terá o pra- tório de prazos exceder a 90 (noventa) e 180
zo de 2 (dois) dias para formular seus quesi- (cento e oitenta) dias, nos casos previstos em
tos e indicar assistente. seus incisos I e II, respectivamente.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
2004. 2004.
§ 18. Poderão ser recusadas, pelo presi- § 22. Aplicam-se, Subsidiária e supletiva-
dente da comissão processante, mediante mente, ao processo administrativo discipli-
despacho fundamentado, a juntada e/ou nar, os princípios gerais de direito e as nor-
produção de provas quando forem manifes- mas de direito processual penal.
tamente ilícitas, impertinentes, desnecessá- •• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01-
rias ou protelatórias. 2004.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- Art. 332. A comissão, quando não permanente,
2004. após elaborar o seu relatório, se dissolverá, mas
§ 19. O relatório final da comissão proces- os seus membros prestarão, a qualquer tempo, à
sante resumirá as peças principais dos autos autoridade competente, os esclarecimentos que
e mencionará as provas em que se baseou lhes forem solicitados a respeito do processo.
para formar sua convicção, concluindo pela
absolvição ou responsabilidade do acusado, Art. 333 Recebido o processo, a autoridade que
podendo oferecer as sugestões que julgar determinou sua instauração o julgará no prazo
pertinentes ao caso objeto do processo. de 30 (trinta) dias, a contar de seu recebimento.
•• Acrescido pela Lei nº 14.678, de 12-01- § 1º A autoridade referida neste artigo po-
2004. derá solicitar parecer de qualquer órgão ou
funcionário sobre o processo, desde que o
§ 20. O processo disciplinar deverá ser con- julgamento seja proferido no prazo legal.
cluído nos seguintes prazos, contados da
data de citação:
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§ 2º O julgamento deverá ser fundamen- Art. 340. O requerimento será dirigido à mesma
tado, promovendo ainda a autoridade a autoridade que houver imposto a pena discipli-
expedição dos atos decorrentes e as provi- nar.
dências necessárias à execução, inclusive a
aplicação da penalidade. § 1º Na inicial, o requerente fará uma expo-
sição dos fatos e circunstâncias capazes de
Art. 334 – Quando escaparem à sua alçada as modificar o julgamento originário e pedirá
penalidades e providências que lhe parecerem a designação do dia e hora para inquirição
cabíveis, a autoridade as proporá, dentro do das testemunhas que arrolar.
prazo marcado para o julgamento, a quem for
competente. § 2º Será considerada informante a teste-
munha que, residindo fora da sede de fun-
Parágrafo único. No caso deste artigo, o cionamento da comissão, prestar depoi-
prazo para o julgamento final será acrescido mento por escrito, com firma reconhecida.
de mais 15 (quinze) dias.
§ 3º Até a véspera da leitura do relatório,
Art. 335. As decisões serão sempre publicadas será lícito ao requerente apresentar docu-
no órgão oficial, dentro do prazo de 10 (dez) mentos que lhe pareçam úteis ao deferi-
dias. mento do seu pedido.
Art. 336. Quando a infração disciplinar consti- Art. 341. Recebido o requerimento, a autorida-
tuir ilícito penal, a autoridade competente pro- de designará comissão especial, composta de 3
videnciará também a instauração do inquérito (três) membros, um dos quais desde logo desig-
policial ou da ação penal. nado como presidente, não podendo integrá-la
qualquer dos membros da comissão do proces-
so disciplinar originário.
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Art. 344. A decisão poderá simplesmente des- d) 2 (dois) de novembro, dedicado ao culto
classificar a infração para a aplicação de penali- dos mortos.
dade mais branda.
Parágrafo único. Fica o Chefe do Poder Exe-
Art. 345. Julgada procedente a revisão do pro- cutivo autorizado a transferir os feriados
cesso disciplinar, tornar-se-á sem efeito a pena- de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso
lidade imposta, restabelecendo-se todos os di- II deste artigo para outro dia útil próximo,
reitos por ela atingidos. preferencialmente na semana do respectivo
evento.
•• Acrescido pela Lei nº 16.794, de 17-11-
TÍTULO VII 2009.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 350. Serão contados por dias corridos os
prazos previstos neste Estatuto e na sua regula-
Art. 346. Além dos sábados e domingos, da ter- mentação.
ça-feira de carnaval, da Sexta-feira Santa e de
outros dias que forem especialmente considera- § 1º Na contagem dos prazos, não se com-
dos de festa popular, não haverá expediente em puta o dia inicial e inclui-se o do vencimen-
nenhuma repartição ou serviço do Estado, nos to.
seguintes feriados: § 2º Fica prorrogado para o primeiro dia útil
I – nacionais: seguinte o prazo vencido no dia em que não
haja expediente ou em que este não tenha
a) 1º (primeiro) de janeiro; sido integral.
b) 21 (vinte e um) de abril; Art. 351. Os funcionários públicos, no exercício
de suas atribuições, não estão sujeitos à ação
c) 1º (primeiro) de maio;
plena por ofensa irrogada em informações, pa-
d) 7 (sete) de setembro; receres ou quaisquer outros escritos de nature-
za administrativa, que, para isso, são equipara-
e) 12 (doze) de outubro; dos às alegações produzidas em juízo.
f) 15 (quinze) de novembro; Parágrafo único. Cabe ao chefe imediato do
g) 25 (vinte e cinco) de dezembro; funcionário mandar riscar, a requerimento
do interessado, as injúrias ou calúnias por-
h) o dia em que se realizarem eleições ge- ventura encontradas.
rais;
Art. 353. Por motivo de convicção religiosa, fi-
i) o dia de eleições, mas apenas nas locali- losófica ou política, nenhum funcionário poderá
dades onde as mesmas se realizarem; ser privado de qualquer de seus direitos, nem
sofrer alterações em sua vida funcional.
II – estaduais:
Art. 354. É vedada a remoção de ofício do fun-
a) 26 (vinte e seis) de julho, consagrado à
cionário investido em mandato eletivo, a partir
fundação da cidade de Goiás;
do dia da diplomação até o término do manda-
b) 24 (vinte e quatro) de outubro, comemo- to.
rativo ao lançamento da pedra fundamental
Art. 355. Respeitadas as restrições constitucio-
de Goiânia;
nais, a prática dos atos previstos neste Estatuto
c) 28 (vinte e oito) de outubro, consagrado é delegável.
ao funcionário público;
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Art. 367. São revogadas as Leis nºs 9.631, de 17 desde que versem sobre temas ou assuntos re-
de dezembro de 1984, 9.990, de 31 de janeiro ferentes aos interesses de sua categoria.
de 1986, 10.305, de 5 de novembro de 1987, e
o Decreto-lei nº 147, de 13 de março de 1970. Art. 370. Esta lei entrará em vigor na data de
sua publicação, salvo quanto aos dispositivos
Art. 368. As prescrições dos diplomas legais a que confiram vantagens financeiras ao funcio-
que se refere o artigo anterior, que confiram nário, os quais vigerão a partir de 1º de março
vantagens financeiras ao funcionário, continua- de 1988.
rão em vigor até 29 de fevereiro de 1988.
Art. 371. Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 369. Ao funcionário poderá ser concedido
licença para participar de congresso, simpósio PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS,
ou promoções similares, no país ou estrangeiro, em Goiânia, 22 de fevereiro de 1988, 100º da
República.
A Lei nº 10.460/1988 é chamada de Estatuto do Servidor Público Civil do Estado de Goiás e suas
Autarquias e Fundações Públicas, sendo que cada ente federativo (União, Estados, Municípios,
Distrito Federal) terá um Estatuto próprio.
1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
É vedado cometer ao funcionário/servidor atribuições diferentes das de seu cargo, bem como
é proibida a prestação de serviços gratuitos, exceto o desempenho de função transitória de
natureza especial e a participação em comissões ou grupos de trabalho, para elaboração de
estudos ou projetos de interesse público.
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Cargo Público
Efetivo Comissão
Sem
Estabilidade
estabilidade
2. DO CONCURSO
O concurso público será de provas ou de provas e títulos e, em casos especiais, poderá exigir
aprovação em curso específico de formação profissional mantido por instituição oficial do
Estado, sem prejuízo de outros requisitos.
Reserva de vagas para pessoas portadoras de deficiência – À pessoa portadora de deficiência é
assegurado o direito de candidatar-se ao ingresso no serviço público para o exercício de cargos
cujas atribuições não sejam incompatíveis com a deficiência de que é portadora. Obs.: Segundo
o STF, mesmo em concursos como de Polícia, é obrigatória a reserva de vagas para portadores
de deficiência, sendo que “cabe à Administração Pública examinar, com critérios objetivos, se
a deficiência apresentada é ou não compatível com o exercício do cargo, assegurando a ampla
defesa e o contraditório ao candidato, sem restringir a participação no certame de todos e de
quaisquer candidatos portadores de deficiência, como pretende a União”
São requisitos para inscrição em concurso, além de outros que as respectivas instruções exigi-
rem (as atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em
lei):
I – ser brasileiro;
II – estar em gozo dos direitos políticos;
III – estar em dia com as obrigações militares e eleitorais;
IV – idade mínima de 18 (dezoito) anos;
V – ter nível de escolaridade ou habilitação legal para o exercício do cargo.
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Obs.: Muito embora o texto da lei diga que os requisitos são para a “inscrição” no concurso pú-
blico, o STJ editou a súmula nº 266, que dispõe: “O diploma ou habilitação legal para o exercício
do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público”.
O regulamento ou edital do concurso indicará o respectivo prazo de validade, que não poderá
ser superior a 4 anos, incluídas as prorrogações.
3. PROVIMENTO
Provimento é o ato administrativo pelo qual a pessoa física vincula-se à Administração Pública
ou a um novo cargo, para prestação de um serviço.
Formas de provimento de cargo público: PANR4
Promoção
Aproveitamento
Nomeação
Readaptação
Reversão
Reintegração
Recondução
3.1. Nomeação
Nomeação é forma originária de provimento de cargo público por pessoa física e pode ser:
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Posse – aprovada em concurso público e nomeada, a pessoa terá direito subjetivo à posse. Posse
é a aceitação formal das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público,
com o compromisso de bem servir. Em casos de doença devidamente comprovada, admitir-
se-á a posse por procuração. A posse deverá ser tomada no prazo de 30 dias, a contar da data
da publicação do ato no órgão oficial (nomeação), prorrogável por mais 30, a requerimento do
interessado.
Exercício – como ato personalíssimo, é a efetiva entrada do funcionário em serviço público, ca-
racterizada pela frequência e execução das atividades atribuídas ao cargo ou à função. O exer-
cício do cargo terá início dentro do prazo de 30 dias, contados da data da posse; caso o servidor
não entre em exercício no prazo legal, será exonerado.
Estágio Probatório – O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito ao perí-
odo de estágio probatório de 3 anos de efetivo exercício, com o objetivo de apurar os requisitos
necessários à sua confirmação no cargo para o qual foi nomeado. São requisitos básicos a se-
rem apurados no estágio probatório:
I – iniciativa;
II – assiduidade e pontualidade;
III – relacionamento interpessoal;
IV – eficiência;
V – comprometimento com o trabalho.
O servidor público não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, recon-
duzido ao cargo anteriormente ocupado.
Estabilidade – Aprovado no estágio probatório, o servidor adquirirá estabilidade e só perderá
o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo
disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. Se for extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada, com vencimento
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
3.2. Readaptação
Readaptação é a investidura do funcionário em outro cargo mais compatível com a sua capa-
cidade física, intelectual ou quando, comprovadamente, revelar-se inapto para o exercício das
atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo que venha ocupando, sem causa
que justifique a sua demissão ou exoneração, podendo efetivar-se de ofício ou a pedido. Ou
seja, aquele servidor tenha sofrido alguma limitação de capacidade física ou mental, não sendo
ainda caso de aposentá-lo por invalidez, mas que precisa ser readaptado em cargo com atribui-
ções compatíveis com a limitação. A readaptação verificar-se-á: I- quando ficar comprovada a
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modificação do estado físico ou das condições de saúde do funcionário, que lhe diminua a efi-
ciência para a função; II – quando o nível de desenvolvimento mental do funcionário não mais
corresponder às exigências da função; III – quando se apurar que o funcionário não possui a
habilitação profissional exigida em lei para o cargo que ocupa.
3.3. Reversão
3.4. Reintegração
3.5. Recondução
a) inabilitação em estágio probatório: (ex.: era estável no cargo de técnico do TRE, poste-
riormente foi aprovado no concurso para analista do TRE, mas não foi aprovado no estágio
probatório deste; então será “reconduzido” ao cargo de técnico que ocupava antes).
b) desistência de estágio probatório: (ex.: era estável no cargo de técnico do TRE, posterior-
mente foi aprovado no concurso para analista do TRE, mas não gostou do novo cargo e,
dentro do período de estágio probatório, optou por desistir e ser “reconduzido” ao cargo
de técnico que ocupava antes)
c) Reintegração do anterior ocupante (ex.: “A” ocupava determinado cargo, foi demitido e,
por determinação judicial, acabou sendo reintegrado; “B” que estava ocupando seu cargo
será “reconduzido” ao cargo que ocupava anteriormente).
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3.6. Aproveitamento
É o retorno à atividade de servidor em disponibilidade. Será efetivado obrigatoriamente:
a) em cargo de natureza e vencimento ou remuneração compatíveis com o anteriormente
ocupado, respeitada sempre a habilitação profissional;
b) no cargo restabelecido, ainda que modificada a sua denominação, ressalvado o direito de
opção por outro, desde que o aproveitamento já tenha ocorrido.
3.7. Promoção
É o progresso do servidor, adquirindo maior responsabilidade e complexidade nas atribuições,
porém, dentro da mesma carreira. Os critérios para a promoção são merecimento e antiguidade.
Ocorre apenas nos cargos que possuem planos de carreira.
As promoções serão obrigatoriamente realizadas em cada semestre do ano, nos meses de abril
e outubro, salvo se inexistirem cargos vagos.
4. VACÂNCIA
Vacância é o ato administrativo que desfaz o vínculo da pessoa física com a Administração Pú-
blica ou com o cargo anteriormente ocupado pelo servidor. Vacância é a abertura de claro no
quadro de pessoal do serviço público, permitindo o preenchimento do cargo vago.
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→ Exoneração – ato que gera o desligamento do servidor sem caráter de penalidade. Poderá
ser a pedido do servidor ou de oficio quando
→ Demissão – ato que gera o desligamento do servidor com caráter de penalidade, ou seja,
motivada pela prática de infração administrativa grave.
→ Promoção – quando o servidor é promovido, ocorre a vacância do cargo que ocupava.
→ Readaptação – quando o servidor é readaptado a outro cargo, ocorre a vacância do que
ocupava.
→ Aposentadoria – é o direito à inatividade remunerada, gerando a vacância do cargo que o
servidor ocupava.
→ Nomeação e posse em outro cargo inacumulável – se o servidor toma posse em outro cargo
que não pode acumular com o que ocupa, ocorrerá a vacância deste.
→ Falecimento – com a morte do servidor, obviamente, ocorrerá a vacância do seu cargo.
→ Recondução – ao ser reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente, o cargo atual do
servidor ficará vago.
→ Acesso – (forma de vacância não recepcionada pela CF)
É a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei
Vencimento
(básico).
É o vencimento básico + vantagens pecuniárias permanentes ou a ele incorporáveis
Remuneração
(ex.: parcela indenizatória não é permanente, não integrando a remuneração).
É a parcela única recebida pelo servidor, sem o acréscimo de qualquer outra ver-
ba remuneratória. Art. 39, § 4º, CF: Membros de Poder (ex.: Juízes de Direito),
Subsídio detentores de mandato eletivo (ex.: Deputado Federal), Ministros de Estado, Se-
cretários Estaduais e Municipais, e servidores públicos policiais são remunerados
obrigatoriamente por subsídios.
É a “remuneração” do servidor inativo (aposentado ou em disponibilidade). Quem
Proventos
está na ativa recebe remuneração; quem está inativo recebe proventos.
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I – indenizações:
a) ajuda de custo;
b) diárias;
c) despesas de transporte;
II – auxílios:
a) salário-família;
b) auxílio-saúde;
c) auxílio-funeral;
d) auxílio-creche.
III – gratificações:
IV – progressão horizontal;
V – 13º (décimo terceiro) salário.
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Indenizações
I – a título de compensação das despesas motivadas por mudança e instalação na
Ajuda de Custo nova sede em que passar a ter exercício;
II – para fazer face a despesas de viagem para fora do País, em objeto de serviço.
O servidor que, a serviço, se deslocar da sede em caráter eventual e transitório
Diárias
fará jus a diárias compensatórias das despesas de alimentação e pousada.
Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas em
Transportes
serviços externos, por força das atribuições normais de seu cargo.
Auxílios
O salário- família será concedido ao servidor ativo, inativo ou em disponibilidade,
salário-família
que tiver dependentes vivendo às suas expensas
O auxílio-saúde é devido ao servidor licenciado por motivo de acidente em ser-
auxílio-saúde viço, doença profissional ou moléstia grave, especificada em lei, com base nas
conclusões da Junta Médica Oficial do Estado.
À família do servidor que falecer, ainda que aposentado ou em disponibilidade,
auxílio-funeral será pago o auxílio-funeral em valor correspondente a 05 vezes o menor venci-
mento de cargo de provimento efetivo dos Quadros estaduais.
O auxílio-creche é devido ao servidor com renda familiar mensal de até R$ 5.000,00
que possua dependente na faixa etária de 06 meses a 05 anos de idade, ou por-
auxílio-creche tador de necessidade especial, devidamente matriculado em creche, instituição
educacional regularmente autorizada a funcionar ou em instituição dedicada a
portadores de necessidades especiais.
Gratificações (principais)
Ao funcionário será concedida, por quinquênio de efetivo serviço
Gratificação Adicional Por público, gratificação adicional de 5% sobre os vencimentos ou a
Tempo de Serviço remuneração do respectivo cargo de provimento efetivo, vedada a
sua computação para fins de novos cálculos de idêntico benefício.
A gratificação de representação de gabinete será devida ao funcio-
Da Gratificação de
nário investido em cargo de direção ou assessoramento superior,
Representação de Gabinete de livre nomeação e exoneração.
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5.4. Férias
O servidor fará jus a 30 dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de 2 perío-
dos, no caso de necessidade do serviço.
Regra – 30 dias por ano
Operadores de Raio X – 20 dias por semestre (o servidor que opera direta e permanentemente
com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 dias consecutivos de férias, por semestre de
atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação).
Para o primeiro período aquisitivo de férias são exigidos 12 meses de exercício, mas para os
demais, não será necessário completar os 12 meses.
As férias podem ser parceladas em 2 etapas, desde que requeridas pelo servidor e que seja
interesse da Administração Pública.
Obs.: não podem ser descontados das férias as faltas do servidor.
5.5. Licenças
Ao servidor poderá ser concedida licença:
I – para tratamento de saúde;
II – por motivo de doença em pessoa da família;
III – à gestante;
IV – para o serviço militar;
V – por motivo de afastamento do cônjuge;
VI – para atividade política;
VII – para tratar de interesses particulares;
VIII – prêmio;
IX – para freqüência a curso de especialização, treinamento ou aperfeiçoamento.
X – para desempenho de cargo de direção em entidades classistas.
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Ao servidor ocupante de cargo em comissão só poderão ser concedidas licenças para trata-
mento de saúde, à gestante e por motivo de doença em pessoa da família.
O funcionário não poderá permanecer em licença por prazo superior a 24 meses, exceto os casos
de: a) para o serviço militar; b) por motivo de afastamento do cônjuge; c) para atividade política.
6. DA ACUMULAÇÃO
É vedada a acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicos, exceto nos casos
previstos na Constituição Federal ou em lei complementar, obedecidos os critérios de compati-
bilidade de horários e correlação de matérias.
Legislação correlata: Constituição Federal, art. 37, XVI – é vedada a acumulação remunerada
de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qual-
quer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas.
7. REGIME DISCIPLINAR
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Ao servidor é proibido:
I – referir-se, de modo depreciativo ou desrespeitoso, em informação, requerimento,
parecer ou despacho, às autoridades, a funcionários e usuários bem como a atos da
administração pública, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-los do ponto de
vista doutrinário ou da organização do serviço;
II – retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou
objeto da repartição;
III – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
IV – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ilícito;
V – coagir ou aliciar subordinado com o objetivo de natureza político-partidária;
VI – participar da gerência ou da administração de empresa industrial ou comercial,
exceto as de caráter cultural ou educacional;
VII – exercer comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista,
cotista ou comanditário;
VIII – praticar a usura em qualquer de suas formas;
IX – pleitear, como procurador ou intermediário ,junto às repartições públicas, salvo
quando se tratar de percepção de vencimentos e vantagens de parentes até o segundo
grau;
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X – receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie;
XI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desem-
penho de encargo que lhe competir ou a seus subordinados;
XII – deixar de pagar, com regularidade, as pensões a que esteja obrigado em virtude
de decisão judicial;
XIII – faltar à verdade no exercício de suas funções, por malícia ou má fé;
XIV – deixar de informar, com presteza, os processos que lhe forem encaminhados;
XV – dificultar ou deixar de levar ao conhecimento da autoridade competente, por via
hierárquica e em 24 (vinte e quatro) horas, queixas, denúncia, representação, petição,
recurso ou documento que houver recebido, se não estiver na sua alçada resolver;
XVI – negligenciar ou descumprir qualquer ordem legítima;
XVII – apresentar, maliciosamente, queixa, denúncia ou representação;
XVIII – lançar, em livros oficiais de registro, anotações, reclamações, reivindicações ou
quaisquer outras matérias estranhas às suas finalidades;
XIX – adquirir, para revenda, de associação de classe ou entidades beneficentes em
geral, gêneros ou quaisquer mercadorias;
XX – entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras ou outros afazeres estra-
nhos ao serviço;
XXI – deixar, quando comunicado em tempo hábil, de providenciar a inspeção médica
do servidor, seu subordinado, que faltou ao serviço por motivo de saúde;
XXII – deixar, quando sob sua responsabilidade, de prestar informações sobre funcio-
nário em estágio probatório;
XXIII – esquivar-se de providenciar a respeito de ocorrência no âmbito de suas atribui-
ções, salvo no caso de impedimento, o que comunicará em tempo hábil;
XXIV – representar contra superior hierárquico, sem observar as prescrições regula-
mentares;
XXV – propor transações pecuniárias a superior ou a subordinado com o objetivo de
auferir lucro;
XXVI – fazer circular ou subscrever lista de donativo no recinto da repartição;
XXVII – utilizar-se do anonimato para qualquer fim;
XXVIII – aconselhar ou concorrer para não ser cumprida qualquer ordem de autorida-
de competente, ou para que seja retardada a sua execução;
XXIX – simular doença para esquivar-se do cumprimento da obrigação;
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XLVII – atender, em serviço, com desatenção ou indelicadeza, qualquer pessoa do
público;
XLVIII – indispor o funcionário contra os seus superiores hierárquicos ou provocar,
velada ou ostensivamente, animosidade entre seus pares;
XLIX – acumular cargos, funções e empregos públicos, ressalvadas as exceções
constitucionais previstas;
L – dar causa, intencionalmente, a extravio ou danificação de objetos pertencentes à
repartição;
LI – fazer diretamente, ou por intermédio de outrem, transações pecuniárias,
envolvendo assunto do serviço, bens do Estado ou artigos de uso proibido;
LII – introduzir ou distribuir na repartição quaisquer escritos que atentem contra a
disciplina e a moral;
LIII – residir fora da localidade em que exerce as funções do cargo, exceto no caso da
ressalva de que trata o item XIII do art. 294;
LIV – praticar crimes contra a administração pública;
LV – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio estadual;
LVI – praticar ofensas físicas, em serviço, contra funcionário ou qualquer pessoa, salvo
se em legítima defesa devidamente comprovada;
LVII – cometer insubordinação grave em serviço;
LVIII – aplicar, irregularmente, dinheiro público;
LIX – revelar segredo que conheça em razão de seu cargo ou função;
LX – abandonar, sem justa causa, o exercício de suas funções durante o período de 30
(trinta) dias consecutivos;
LXI – faltar, sem justa causa, ao serviço por 45 (quarenta e cinco) dias interpolados,
durante o período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias;
LXII – exercer advocacia administrativa;
LXIII – ofender, provocar, desafiar ou tentar desacreditar qualquer colega ou autoridade
superior, com palavras, gestos ou ações;
LXIV – dar-se ao vício de embriaguez pelo álcool ou por substâncias de efeitos análogos;
LXV – importar ou exportar, usar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda ou oferecer, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em depósito,
transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar de qualquer
forma a consumo, substância entorpecente ou que determine dependência física ou
psíquica, sem autorização legal ou regulamentar.
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O art. 304 traz a lista de transgressão disciplinar (proibições), quanto aos funcionários ocupantes
de cargos inerentes às funções de polícia civil ou de segurança prisional.
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XVI – comparecer, ostensivamente, em casa de prostituição, boates, casas de danças,
bares e restaurantes da zona do meretrício, participando de mesas ou das diversões,
bem como fazendo uso de bebidas alcoólicas, em serviço ou fora dele;
XVII – fazer uso indevido de arma, bem como portá-la ostensivamente em público;
XVIII – maltratar preso sob sua guarda ou usar de violência desnecessária, no exercício
da função policial ou de segurança prisional;
XIX – permitir que presos conservem em seu poder instrumentos que possam causar
danos nas dependências em que estejam recolhidos ou produzir lesões em terceiros;
XX – deixar de concluir, nos prazos legais, sem motivo justo, inquéritos policiais ou dis-
ciplinares ou, quando a estes últimos, como membro da respectiva comissão, negligen-
ciar no cumprimento das obrigações que lhe são inerentes;
XXI – prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial ou da adminis-
tração penitenciária;
XXII – indicar ou insinuar nome de advogado para assistir pessoa que se encontre res-
pondendo a processo ou indiciada em inquérito policial, salvo nos casos em que cou-
ber à autoridade nomear defensor;
XXIII – impedir ou tornar impraticável, por qualquer meio, na fase de inquérito policial
ou durante o interrogatório do indiciado, mesmo ocorrendo incomunicabilidade, a pre-
sença de seu advogado;
XXIV – ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual sem as formalida-
des legais ou com abuso do poder;
XXV – submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou constrangimento;
XXVI – deixar de comunicar imediatamente ao juiz competente a prisão de qualquer pessoa;
XXVII – levar à prisão ou nela conservar quem quer que se proponha a prestar fiança,
quando admitida em lei;
XXVIII – atentar, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se dela, contra a inviolabi-
lidade do domicílio;
XXIX – espalhar falsas notícias em prejuízo da ordem policial ou da administração peni-
tenciária, ou do bom nome da respectiva Secretaria;
XXX – provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou origem de alarmes injustificáveis;
XXXI – deixar alguém conversar ou entender-se com preso incomunicável, sem estar,
para isso, autorizado por autoridade competente, salvo nos casos do item XXIII;
XXXII – conversar ou entender-se com preso incomunicável, sem para isso estar autori-
zado por sua função ou por autoridade competente;
XXXIII – ofender, provocar, desafiar ou responder de maneira desatenciosa a seu
superior;
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Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servido responde civil, penal e administrativa-
mente.
Responsabilidade civil – decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
em prejuízo ao erário ou a terceiro. Se o servidor causar danos a terceiros, responderá perante
a Fazenda Pública mediante ação regressiva (ex.: se o servidor que exerce função de motorista,
por imprudência, bate o veículo em um muro de um terceiro, este certamente vai entrar com
ação contra o Poder Público, que terá o dever de indenizar; porém, a Fazenda Pública poderá
buscar ressarcimento do servidor que culposamente causou o dano).
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Independência das instâncias – Regra: as sanções civis, penais e administrativas poderão
cumular-se, sendo independentes entre si. Porém, a responsabilidade administrativa do servi-
dor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria
(ex.: se o servidor é acusado na esfera penal, mas resta absolvido por provar que não foi o autor
do crime, não poderá ser responsabilizado na esfera administrativa).
7.4. Penalidades
I – repreensão;
II – suspensão;
III – multa;
IV – destituição de mandato;
V – demissão;
VI – cassação de aposentadoria ou disponibilidade.
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LEI Nº 13.800/2001
(Obs.: o conteúdo a seguir é apenas para o cargo de escrivão de polícia substituto)
Parágrafo único. Nos processos administra- XII – seguimento, de ofício, do processo ad-
tivos serão observados, entre outros, os cri- ministrativo, sem prejuízo da atuação dos
térios de: interessados;
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III – formular alegações e apresentar do- •• Redação dada pela Lei nº 17.054, de 22-
cumentos antes da decisão, os quais serão 06-2010.
objeto de consideração pela autoridade jul- § 2º VETADO.
gadora;
•• Acrescido pela Lei nº 16.105, de 24-07-
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por 2007.
advogado, salvo quando obrigatória a re-
presentação, por força de lei. § 3º A prioridade de que trata este artigo
não cessará com a morte do beneficiado,
Art. 3º-A Terão prioridade na tramitação, em estendendo-se em favor do cônjuge su-
qualquer órgão ou instância, os procedimentos pérstite, companheiro ou companheira, em
administrativos em que figure como parte ou in- união estável.
teressado:
•• Redação dada pela Lei nº 17.054, de 22-
•• Redação dada pela Lei nº 17.054, de 22- 06-2010.
06-2010.
§ 4º Deferida a prioridade, os autos recebe-
I – pessoa com idade igual ou superior a 60 rão identificação própria que evidencie o
(sessenta) anos; regime de tramitação prioritária.
•• Acrescido pela Lei nº 17.054, de 22-06- •• Acrescido pela Lei nº 17.054, de 22-06-
2010. 2010.
II – pessoa portadora de deficiência;
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CAPÍTULO III § 2º Nos casos de processo eletrônico, o re-
DOS DEVERES DO ADMINISTRADO querimento inicial de interessado não per-
tencente à Administração Pública Estadual
Art. 4º São deveres do administrado perante a pode ser formulado e inserido eletronica-
Administração, sem prejuízo de outros previstos mente no sistema, via assinatura eletrôni-
em ato normativo: ca, ou ainda, ser formulado por escrito, as-
sinado pelo requerente ou representante,
I – expor os fatos conforme a verdade; digitalizado e inserido no sistema de ge-
II – proceder com lealdade, urbanidade e renciamento eletrônico de documentos em
boa-fé; conformidade com a lei específica.
III – não agir de modo temerário; •• Acrescido pela Lei nº 17.039, de 22-06-
2010.
IV – prestar as informações que lhe forem
solicitadas e colaborar para o esclarecimen- Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas
to dos fatos. deverão elaborar modelos ou formulários pa-
dronizados para assuntos que importem preten-
sões equivalentes.
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade
CAPÍTULO IV de interessados tiverem conteúdo e fundamen-
DO INÍCIO DO PROCESSO tos idênticos, poderão ser formulados em um
único requerimento, salvo preceito legal em
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar- contrário.
-se de ofício ou a pedido do interessado.
Art. 6º O requerimento inicial do interessado,
salvo casos em que for admitida solicitação oral,
deve ser formulado por escrito e conter os se- CAPÍTULO V
guintes dados: DOS INTERESSADOS
I – órgão ou autoridade administrativa a Art. 9º São legitimados como interessados no
que se dirige; processo administrativo:
II – identificação do interessado ou de quem I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem
o represente; como titulares de direitos ou interesses in-
dividuais ou no exercício do direito de re-
III – domicílio do requerente ou local para presentação;
recebimento de comunicações;
II – aqueles que, sem terem iniciado o pro-
IV – formulação do pedido, com exposição cesso, tenham direitos ou interesses que
dos fatos e de seus fundamentos; possam ser afetados pela decisão a ser ado-
V – data e assinatura do requerente ou de tada;
seu representante. III – as organizações e associações represen-
§ 1º É vedada à Administração a recusa tativas, no tocante a direitos e interesses
imotivada de recebimento de documentos, coletivos;
devendo o servidor orientar o interessado IV – as pessoas ou associações legalmente
quanto ao suprimento de eventuais falhas. constituídas quanto a direitos ou interesses
•• Redação dada pela Lei nº 17.039, de 22- difusos.
06-2010.
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Art. 10. São capazes, para fins do processo ad- tuados os casos de má-fé ou comprovada-
ministrativo, os maiores de dezoito anos, ressal- mente prejudiciais a quaisquer das partes
vada previsão especial em ato normativo pró- envolvidas.
prio.
§ 3º As decisões adotadas por delegação
deverão mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
CAPÍTULO VI delegante.
DA COMPETÊNCIA Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional
e por motivos relevantes devidamente justifi-
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exer- cados, a avocação temporária de competência
ce pelos órgãos administrativos a que foi atribu- atribuída.
ída como própria, salvo os casos de delegação e
avocação legalmente admitidos. Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas
divulgarão publicamente os locais das respecti-
Art. 12. Os titulares de órgão administrativo po- vas sedes.
derão, se não houver impedimento legal, dele-
gar competência a titulares de outros órgãos, Art. 17. Inexistindo competência legal específi-
quando for conveniente em razão de circuns- ca, o processo administrativo deverá ser inicia-
tâncias de ordem técnica, social, econômica, ju- do perante a autoridade de menor grau hierár-
rídica ou territorial. quico para decidir.
Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se à delegação de competência dos
órgãos colegiados aos respectivos presiden- CAPÍTULO VII
tes. DOS IMPEDIMENTOS
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: E DA SUSPEIÇÃO
I – Revogado; Art. 18. É impedido de atuar em processo admi-
•• Revogado pela Lei nº 14.211, de 08- nistrativo o servidor ou autoridade que:
07-2002, retroagindo os efeitos a I – tenha interesse direto ou indireto na ma-
23/01/2001. téria;
II – a decisão de recursos administrativos; II – tenha participado ou venha a participar
III – Revogado; como perito, testemunha ou representante,
ou se tais situações ocorrem quanto ao côn-
•• Revogado pela Lei nº 13.870, de 19-7- juge, companheiro ou parente e afins até o
2001. terceiro grau;
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação de- III – esteja litigando judicial ou administra-
verão ser publicados no meio oficial. tivamente com o interessado ou respectivo
cônjuge ou companheiro.
§ 1º O ato de delegação especificará as ma-
térias e condições dos poderes delegados e Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer
sua duração. em impedimento deve comunicar o fato à auto-
ridade competente, abstendo-se de atuar.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qual-
quer tempo pela autoridade delegante, Parágrafo único. A omissão do dever de co-
respeitados os atos praticados ou decisões municar o impedimento constitui falta gra-
proferidas na vigência da delegação, exce- ve, para os efeitos disciplinares.
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Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autori- dos e assinados eletronicamente na forma
dade ou servidor que tenha amizade íntima ou de lei específica.
inimizade notória com algum dos interessados
ou com os respectivos cônjuges, companheiros, •• Acrescido pela Lei nº 17.039, de 22-06-
parentes e afins até o terceiro grau. 2010.
Art. 21. O indeferimento de alegação de sus- Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se
peição poderá ser objeto de recurso, sem efeito em dias úteis, no horário normal de funciona-
suspensivo. mento da repartição na qual tramitar o proces-
so.
Parágrafo único. Serão concluídos depois
CAPÍTULO VIII do horário normal os atos já iniciados, cujo
adiamento prejudique o curso regular do
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS procedimento ou cause dano ao interessa-
ATOS DO PROCESSO do ou à Administração.
Art. 22. Os atos do processo administrativo não Art. 24. Inexistindo disposição específica, os
dependem de forma determinada senão quan- atos do órgão ou autoridade responsável pelo
do a lei expressamente a exigir. processo e dos administrados que dele partici-
pem devem ser praticados em cinco dias, po-
§ 1º Os atos do processo devem ser produ- dendo este prazo ser dilatado até o dobro por
zidos por escrito, em português, com a data motivo justo, devidamente comprovado.
e o local de sua realização e a assinatura da
autoridade responsável. Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se
preferencialmente na sede do órgão, cientifi-
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimen- cando-se os interessados se outro for o local de
to de firma somente será exigido quando realização.
houver dúvida de autenticidade.
§ 3º A autenticação de documentos exigi-
dos em cópia poderá ser feita por órgão ad-
ministrativo.
CAPÍTULO IX
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
•• Vide Instrução Normativa nº 32, de 10-
04-2007, publicada no D.O. nº 20.107 Art. 26. O órgão competente perante o qual tra-
de 13-04-2007, pág. 10. mita o processo administrativo determinará a
§ 4º À exceção do processo eletrônico, o intimação dos interessados para ciência de de-
processo deverá ter suas páginas nume- cisão ou a efetivação de diligências.
radas sequencialmente e rubricadas pelo
responsável por sua autuação e, em sua tra- § 1º A intimação deverá conter:
mitação, por quem nele inserir quaisquer I – identificação do intimado e nome do ór-
documentos. gão ou entidade administrativa;
•• Redação dada pela Lei nº 17.039, de 22- II – finalidade da intimação;
06-2010.
III – data, hora e local em que deve compa-
§ 5º Os atos administrativos e todos os do- recer;
cumentos produzidos pela Administração
Pública que instruírem os processos eletrô- IV – se o intimado deve comparecer pesso-
nicos deverão ser transmitidos, armazena- almente, ou fazer-se representar;
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presentantes dos órgãos competentes, lavrando- cia mínima de três dias úteis, mencionando-se
-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos. data, hora e local de realização.
Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ou-
que tenha alegado, sem prejuízo do dever atri- vido um órgão consultivo, o parecer deverá ser
buído ao órgão competente para a instrução e emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo
do disposto no artigo seguinte. norma especial ou comprovada necessidade de
maior prazo.
Art. 37. Quando o interessado declarar que fa-
tos e dados estão registrados em documentos Parágrafo único. Se um parecer obrigatório
existentes na própria Administração responsá- e vinculante deixar de ser emitido no prazo
vel pelo processo ou em outro órgão adminis- fixado, o processo não terá seguimento até
trativo, o órgão competente para a instrução a respectiva apresentação, responsabilizan-
proverá, de ofício, à obtenção dos documentos do-se quem der causa ao atraso.
ou das respectivas cópias.
Art. 43. Quando por disposição de ato norma-
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutó- tivo devam ser previamente obtidos laudos
ria e antes da tomada da decisão, juntar docu- técnicos de órgãos administrativos e estes não
mentos e pareceres, requerer diligências e pe- cumprirem o encargo no prazo assinalado, o ór-
rícias, bem como aduzir alegações referentes à gão responsável pela instrução deverá solicitar
matéria objeto do processo. laudo técnico de outro órgão dotado de qualifi-
cação e capacidade técnica equivalentes.
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser
considerados na motivação do relatório e Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado
da decisão. terá o direito de manifestar-se no prazo máximo
de dez dias, salvo se outro prazo for legalmente
§ 2º Somente poderão ser recusadas, median- fixado.
te decisão fundamentada, as provas propostas
pelos interessados quando sejam ilícitas, im- Art. 45. Em caso de risco iminente, a Adminis-
pertinentes, desnecessárias ou protelatórias. tração Pública poderá motivadamente adotar
providências acauteladoras sem a prévia mani-
Art. 39. Quando for necessária a prestação de festação do interessado.
informações ou a apresentação de provas pelos
interessados ou terceiros, serão expedidas in- Art. 46. Os interessados têm direito à vista do
timações para esse fim, mencionando-se data, processo e a obter certidões ou cópias reprográ-
prazo, forma e condições de atendimento. ficas dos dados e documentos que o integram,
ressalvados os dados e documentos de terceiros
Parágrafo único. Não sendo atendida a inti- protegidos por sigilo ou pelo direito à privacida-
mação, poderá o órgão competente, se en- de, à honra e à imagem.
tender relevante a matéria, suprir de ofício
a omissão, não se eximindo de proferir a de- Art. 47. A autoridade encarregada da instrução
cisão. do procedimento que não for competente para
emitir a decisão final elaborará relatório indi-
Art. 40. Quando dados, atuações ou documen- cando o pedido inicial, o conteúdo das fases do
tos solicitados ao interessado forem necessários procedimento e formulará proposta de decisão,
à apreciação de pedido formulado, o não aten- objetivamente justificada, e encaminhará o pro-
dimento no prazo fixado pela Administração cesso à autoridade competente para a decisão.
para a respectiva apresentação implicará arqui-
vamento do processo.
Art. 41. Os interessados serão intimados de
prova ou diligência ordenada, com antecedên-
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CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XII
DA DESISTÊNCIA E DE OUTROS
DA MOTIVAÇÃO
CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser mo-
tivados, com indicação dos fatos e dos funda- Art. 51. O interessado poderá, mediante mani-
mentos jurídicos, quando: festação escrita, desistir total ou parcialmente
do pedido formulado ou, ainda, renunciar a di-
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou reitos disponíveis.
interesses;
§ 1º Havendo vários interessados, a desis-
II – imponham ou agravem deveres, encar- tência ou renúncia atinge somente quem a
gos ou sanções; tenha formulado.
III – decidam processos administrativos de § 2º A desistência ou renúncia do interes-
concurso ou seleção pública; sado, conforme o caso, não prejudica o
prosseguimento do processo, se a Adminis-
IV – dispensem ou declarem a inexigibilida- tração considerar que o interesse público
de de processo licitatório; assim o exige.
V – decidam recursos administrativos; Art. 52. O órgão competente poderá declarar
VI – decorram de reexame de ofício; extinto o processo quando exaurida sua finali-
dade ou o objeto da decisão se tornar impossí-
VII – deixem de aplicar jurisprudência fir- vel, inútil ou prejudicado por fato supervenien-
mada sobre a questão ou discrepem de pa- te.
receres, laudos, propostas e relatórios ofi-
ciais;
VIII – impliquem anulação, revogação, sus-
CAPÍTULO XIV
pensão ou convalidação de ato administra-
tivo. DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E
CONVALIDAÇÃO
§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e
congruente, podendo basear-se em pare- Art. 53. A Administração deve anular seus pró-
ceres anteriores, informações ou decisões, prios atos, quando eivados de vício de legalida-
que, neste caso, serão parte integrante do de, e pode revogá-los por motivo de conveni-
ato, o que não elide a explicitação dos moti-
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ência ou oportunidade, respeitados os direitos III – as organizações e associações represen-
adquiridos. tativas, no tocante a direitos e interesses
coletivos;
Art. 54. O direito da Administração de anular os
atos administrativos de que decorram efeitos IV – os cidadãos ou associações, quanto a
favoráveis para os destinatários decai em cinco direitos ou interesses difusos.
anos, contados da data em que foram pratica-
dos, salvo comprovada má-fé. Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de
dez dias o prazo para oposição de recurso admi-
Parágrafo único. No caso de efeitos patri- nistrativo, contado a partir da ciência ou divul-
moniais contínuos, o prazo de decadência gação oficial da decisão recorrida.
contar-se-á da percepção do primeiro paga-
mento. § 1º Quando a lei não fixar prazo diferente,
o recurso administrativo deverá ser decidi-
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não do no prazo máximo de trinta dias, a partir
acarretarem lesão ao interesse público nem do recebimento dos autos pelo órgão com-
prejuízos a terceiros, os atos que apresentarem petente.
defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela
própria Administração. § 2º O prazo de que trata o parágrafo prece-
dente poderá ser prorrogado por igual perí-
odo, ante justificativa explícita.
Art. 60. O recurso opõe-se por meio de reque-
CAPÍTULO XV rimento no qual o recorrente deverá expor os
DO RECURSO fundamentos do pedido de reexame, podendo
ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO juntar os documentos que julgar convenientes.
Art. 56. Das decisões administrativas cabe re- Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o
curso, em face de razões de legalidade e de mé- recurso não tem efeito suspensivo.
rito. Parágrafo único. Havendo justo receio de
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade prejuízo de difícil ou incerta reparação de-
que proferiu a decisão, a qual, se não a re- corrente da execução, a autoridade recorri-
considerar no prazo de cinco dias, o encami- da ou a imediatamente superior poderá, de
nhará à autoridade superior. ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao
recurso.
§ 2º Salvo exigência legal, a oposição de re-
curso administrativo independe de caução. Art. 62. Oposto o recurso, a autoridade compe-
tente para dele conhecer deverá intimar os de-
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no mais interessados para que, no prazo de cinco
máximo por três instâncias administrativas, sal- dias úteis, apresentem alegações.
vo disposição legal diversa.
Art. 63. O recurso não será conhecido quando
Art. 58. Têm legitimidade para opor recurso ad- oposto:
ministrativo:
I – fora do prazo;
I – os titulares de direitos e interesses que
forem parte no processo; II – perante autoridade incompetente;
II – aqueles cujos direitos ou interesses fo- III – por quem não seja legitimado;
rem indiretamente afetados pela decisão IV – após exaurida a esfera administrativa.
recorrida;
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CAPÍTULO XVI
DOS PRAZOS
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir
da data da cientificação oficial, excluindo-se da
contagem o dia do começo e incluindo-se o do
vencimento.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o
primeiro dia útil seguinte se o vencimento
cair em dia em que não houver expediente
ou este for encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se
de modo contínuo.
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos
contam-se de data a data. Se no mês do
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A LEI Nº 13.800/2001
1. Disposições Gerais
a) Legalidade
b) Finalidade
c) Motivação
d) Razoabilidade
e) Proporcionalidade
f) Moralidade
g) Ampla defesa
h) Contraditória
i) Segurança jurídica
j) Interesse público
k) Eficiência
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Princípios Critérios
Legalidade •• atuação conforme a lei e o Direito.
•• atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia
Finalidade total ou parcial de poderes ou competências, salvo
autorização em lei.
•• indicação dos pressupostos de fato e de direito que deter-
Motivação
minarem a decisão.
•• adequação entre meios e fins, vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior
Razoabilidade e Proporcionalidade
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do in-
teresse público.
•• atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e
Moralidade
boa-fé.
•• garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de
alegações finais, à produção de provas e à interposição de
Ampla defesa e Contraditória
recursos, nos processos de que possam resultar sanções e
nas situações de litígio.
•• observância das formalidades essenciais à garantia dos
direitos dos administrados.
Segurança jurídica e Informalismo •• adoção de formas simples, suficientes para propiciar ade-
quado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos
dos administrados.
•• interpretação da norma administrativa da forma que me-
lhor garanta o atendimento do fim público a que se di-
Interesse público rige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
•• objetividade no atendimento do interesse público.
•• busca a otimização dos procedimentos, devendo ser rá-
pida, útil e econômica, buscando os melhores resultados
Eficiência possíveis.
•• divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as
hipóteses de sigilo previstas na Constituição.
•• seguimento, de ofício, do processo administrativo, sem
Oficialidade
prejuízo da atuação dos interessados.
•• proibição de cobrança de despesas processuais, ressalva-
Gratuidade
das as previstas em lei.
O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que
lhe sejam assegurados:
I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de
seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
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II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as
decisões proferidas;
III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de
consideração pelo órgão competente;
IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação,
por força de lei.
Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos adminis-
trativos em que figure como parte ou interessado:
I – pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;
II – pessoa portadora de deficiência;
IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget
(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, ou
outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença
tenha sido contraída após o início do processo.
Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de
tramitação prioritária.
5. Do Início do Processo
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O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve
ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
I – órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II – identificação do interessado ou de quem o represente;
III – domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV – formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V – data e assinatura do requerente ou de seu representante.
É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas.
6. Dos Interessados
São considerados interessados no processo administrativo:
I – pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais
ou no exercício do direito de representação;
II – aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser
afetados pela decisão a ser adotada;
III – as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos;
IV – as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses
difusos.
São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de 18 anos, ressalvada previsão
especial em ato normativo próprio.
7. Da Competência
Em regra, a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atri-
buída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial, sendo revogável a
qualquer tempo pela autoridade delegante.
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III – esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge
ou companheiro.
A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade
competente, abstendo-se de atuar. A omissão constitui falta grave.
Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade
notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes
e afins até o 3º grau.
Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir.
Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em português, com a data e o local de
sua realização e a assinatura da autoridade responsável.
Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da
repartição na qual tramitar o processo.
Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e
dos administrados que dele participem devem ser praticados em 5 dias, podendo este prazo
ser dilatado até o dobro por motivo justo, devidamente comprovado.
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11. Da Instrução
13. Da Motivação
Princípio da Motivação – Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V – decidam recursos administrativos;
VI – decorram de reexame de ofício;
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
A motivação deve ser explícita, clara e congruente.
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14. Da Desistência e outros casos de Extinção do Processo
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorá-
veis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.
Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
Lembrando que, sempre que importar em anulação, revogação ou convalidação, o ato admi-
nistrativo deverá ser motivado, indicando os fatos e fundamentos que jurídicos que justifiquem
sua edição.
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I – fora do prazo;
II – perante órgão incompetente;
III – por quem não seja legitimado;
IV – após exaurida a esfera administrativa.
Salvo disposição legal, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso administrativo, e de
no máximo 30 dias o prazo para ser decidido (este prazo poderá ser prorrogado por igual perí-
odo, mediante justificativa).
Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais inte-
ressados para que, no prazo de 5 dias úteis, apresentem alegações.
Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo,
a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis
de justificar a inadequação da sanção aplicada.
Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção (proibição da reformatio
in pejus na revisão do processo).
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Direito Administrativo
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Edital
DIREITO ADMINISTRATIVO
Agente de Polícia Substituto: 1 Estado, Governo e Administração Pública. 1.1 Conceitos, ele-
mentos, poderes e organização. 1.2 Natureza, fins e princípios. 2 Organização administrativa
da União: administração direta e indireta. 3 Atos administrativos. 3.1 Conceitos, requisitos, ele-
mentos, pressupostos e classificação. 3.2 Fato e ato administrativo. 3.3 Atos administrativos em
espécie. 3.4 O silêncio no direito administrativo. 3.5 Cassação. 3.6 Revogação e anulação. 3.7
Processo administrativo. 3.8 Fatos da administração pública: atos da administração pública e
fatos administrativos. 3.9 Formação do ato administrativo: elementos, procedimento adminis-
trativo. 3.10 Validade, eficácia e auto executoriedade do ato administrativo. 3.11 Atos adminis-
trativos simples, complexos e compostos. 3.12 Atos administrativos unilaterais, bilaterais e mul-
tilaterais. 3.13 Atos administrativos gerais e individuais. 3.14 Atos administrativos vinculados e
discricionários. 3.15 Mérito do ato administrativo, discricionariedade. 3.16 Ato administrativo
inexistente. 3.17 Teoria das nulidades no direito administrativo. 3.18 Atos administrativos nulos
e anuláveis. 3.19 Vícios do ato administrativo. 3.20 Teoria dos motivos determinantes. 3.21 Re-
vogação, anulação e convalidação do ato administrativo. 4 Poderes administrativos. 4.1 Poder
hierárquico. 4.2 Poder disciplinar. 4.3 Poder regulamentar. 4.4 Poder de policia. 4.5 Uso e abu-
so do poder. 5 Controle e responsabilização da administração. 5.1 Controle administrativo. 5.2
Controle judicial. 5.3 Controle legislativo. 5.4 Responsabilidade civil do Estado.
Escrivão de Polícia Substituto: 1 Estado, governo e administração pública: conceitos, elemen-
tos, poderes, natureza, fins e princípios. 2 Direito administrativo: conceito, fontes e princípios. 3
Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 3.2 Invalidação,
anulação e revogação. 3.3 Prescrição. 5 Poderes da administração: vinculado, discricionário,
hierárquico, disciplinar e regulamentar. 6 Princípios básicos da administração. 6.1 Responsabili-
dade civil da administração: evolução doutrinaria e reparação do dano. 6.2 Enriquecimento ilí-
cito e uso e abuso de poder. 6.3 Lei nº 8.429/1992 e suas alterações (enriquecimento ilícito no
exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou
fundacional). 7 Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação, formas e competên-
cia de prestação. 8 Organização administrativa. 8.1 Administração direta e indireta, centraliza-
da e descentralizada. 8.2 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia
mista. 9 Controle e responsabilização da administração. 9.1 Controle administrativo. 9.2 Con-
trole judicial. 9.3 Controle legislativo. 9.4 Responsabilidade civil do Estado.
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Administrativo
1. DIREITO ADMINISTRATIVO
É o ramo do direito público que disciplina a atividade administrativa, bem como as pessoas, os
órgãos e os agentes públicos encarregados de desempenhar a referida atividade.
Para Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo brasileiro “sintetiza-se no conjunto harmô-
nico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes
a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”.
2. CODIFICAÇÃO
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3. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Meios pelos quais o direito nasce pelos quais o direito se revela e se impõe no mundo jurídico.
As fontes do Direito Administrativo se dividem em fontes primárias e fontes secundárias:
4. SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Administrativo – Prof. Rodolfo Souza
5. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
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PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
1. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
São ideias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo a eles um sentido
lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de sua estrutura.
Os princípios fundamentais orientadores de toda a atividade da Administração Pública encon-
tram-se, explicita ou implicitamente, no texto da Constituição de 1988.
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Administrativo – Prof. Rodolfo Souza
Ex.: conceder folga de trabalho para um servidor, somente porque ele é filho do governador,
nesse exemplo também há violação ao principio da moralidade.
2º finalidade: é proibida a existência de subjetivismo quando do exercício da atividade admi-
nistrativa, sua finalidade dever ser somente o interesse público.
Ex.: remoção do servidor público, por motivos por perseguição não atendendo o fim especial
que é a melhoria da prestação do serviço publico, constitui ilegalidade por vicio na finalidade
do ato.
3º imputação ou vedação de promoção pessoal: os atos praticados pelo agente público são
imputados a pessoa jurídica a qual ele integre. Veda a publicação de nomes, símbolos que ca-
racterizem promoção pessoal (Art. 37, § 1º, CF/88).
Ex.: prefeita que pinta a todos os órgãos públicos de rosa, cor que foi por ela utilizada na cam-
panha. Prefeito que utiliza símbolo de campanha como nome de órgão público.
Imoralidade Improbidade
Atenta contra os princípios da administração
Atenta contra o princípio da moralidade.
pública, inclusive o da moralidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 995
1.5 Principio da Eficiência
Introduzido pela emenda constitucional n° 19/98, como princípio expresso, no caput do art. 37
da constituição, ao lado dos princípios anteriormente tutelados. Para a professora Maria Sylvia
Di Pietro o principio em foco apresenta dois aspectos.
1º Aspecto: Diz respeito à forma de organização da Administração, que deve atentar para os
padrões modernos de gestão, vencendo o peso burocrático, atualizando-se e modernizando-se
Ex.: são as agências executivas que assinam contrato de gestão com a administração, ganhando
mais autonomia, mas comprometendo-se a obter melhores resultados (art. 37 § 8º, CF/88).
2º Aspecto: Relativo à forma de atuação do agente público, espera-se o melhor desempenho
possível de suas atribuições, a fim de obter os melhores resultados:
Ex.: avaliação especial de desempenho para a aquisição da estabilidade pelo servidor
público(Art. 41 CF/88).
Ex.: perda do cargo do servidor estável mediante procedimento de avaliação periódica de de-
sempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa (Art. 41 CF/88).
Ex.: participação em escolas de governo, para a formação e aperfeiçoamento dos servidores,
como requisito para promoção (Art. 39 § 2°, CF/ 88).
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Administrativo – Prof. Rodolfo Souza
a) Principio da razoabilidade
Tem por escopo aferir a compatibilidade entre os meios empregados e os fins visados na prati-
ca de um ato administrativo, de modo evitar restrições aos administrados inadequadas, desne-
cessárias, arbitrarias ou abusivas por parte da Administração Pública.
Por ele sabe-se que o administrador não pode atuar segundo valores pessoais, optando por
adotar providências segundo valores ordinários, comuns a toda coletividade. Busca pela Justi-
ça. Tem sido muito comum o uso da razoabilidade para considerar algumas discriminações que
são realizadas pela Administração, seja para corrigir desigualdades históricas ou garantir uma
melhor prestação do serviço publico.
Ex.: limite de idade, altura mínima, para concurso, cotas para negros nas universidades, etc.
b) Principio da Proporcionalidade
O principio obriga a permanente adequação entre os meios e os fins, banindo medidas abusi-
vas ou de qualquer modo com intensidade superior ao estritamente necessário.
O postulado da proporcionalidade está, no controle dos atos sancionatórios, determinando
que a sanção aplicada deve guardar relação com a gravidade da lesão.
Ex.: fiscal de vigilância sanitária que interdita por 15 dias o supermercado, porque existem duas
caixas de leite vencidas.
Ex.: servidor pontual que é demitido, após sua primeira falta.
Obs.: os exemplos acima demonstram latente violação ao principio da proporcionalidade.
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Obs.: importante deixar claro que o controle de legalidade efetuado pela administração sobre
seus próprios atos, evidentemente, não exclui a possibilidade de apreciação da legalidade des-
ses pelo Poder Judiciário.
Obs.: não se pode confundir o poder de autotutela com tutela administrativa, expressão em-
pregada como sinônimo de controle finalístico, ou supervisão, que a Administração Direta exer-
ce, nos termo e limites da lei, sobre as entidades da Administração Indireta.
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Administrativo – Prof. Rodolfo Souza
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Como já exposto na aula passada o regime jurídico administrativo tem fundamento em dois
postulados básicos (e implícitos), a saber, o principio da supremacia do interesse público e o
princípio da indisponibilidade do interesse público.
Do primeiro desses postulados derivam todas as prerrogativas especiais de que dispõe a admi-
nistração pública, as quais a ela são conferidas tão somente na estrita medida em que necessá-
rias à satisfação dos fins públicos cuja persecução o mesmo ordenamento jurídico lhe impõe.
Tais prerrogativas consubstanciam os chamados poderes administrativos.
De outra parte, como decorrência da indisponibilidade do interesse público, a Constituição e
as leis impõem ao administrador público alguns deveres específicos e peculiares, preordena-
dos a assegurar que sua atuação efetivamente se dê em benefício do interesse público e sob o
controle direto e indireto do titular da coisa pública, o povo. São esses os chamados deveres
administrativos.
2. DEVERES ADMINISTRATIVOS
A doutrina de um modo geral enumera como alguns dos principais deveres impostos aos agen-
tes administrativos pelo ordenamento jurídico:
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2.2 Dever de eficiência
Traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade administrativa, na impo-
sição de que o administrador e os agentes públicos em geral tenham sua atuação pautada por
celeridade e perfeição técnica, economicidade, coordenação, controle, entre outros atributos.
A emenda constitucional nº 19/98, erigiu esse dever a qualidade de principio constitucional.
Ex.: avaliação especial de desempenho para a aquisição da estabilidade pelo servidor público
3. PODERES ADMINISTRATIVOS
São prerrogativas ou competências de Direito Público que a ordem jurídica reconhece a admi-
nistração como forma de garantir a supremacia do interesse público sobre o particular, bem
como a preservação do Bem Comum.
3.1 Características:
•• Os poderes são irrenunciáveis, por causa do princípio da indisponibilidade do interesse pú-
blico.
•• Os poderes são condicionados, limitados em respeito ao princípio da legalidade.
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Ex.: Punir o militar que faltar a serviço, aplicar uma penalidade ao contratado que descumpre
encargo com a Administração.
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d) Poder de Polícia delegado
É aquele exercido pelas pessoas administrativas do Estado, isto é pelas pessoas integrantes da
administração indireta.
Obs.: prevalece na doutrina o entendimento que o poder de polícia não pode ser delegado ao
particular nem as pessoas administrativas de direito privado (sociedade de economia mista e
empresa pública).
4. ABUSO DE PODER
a) Excesso de Poder
O agente exorbita seu poder, ele pratica um ato fora da sua competência, trata-se de vício no
elemento competência do ato administrativo.
Ex: PM, que faz a busca, mas ao fazê-la agride o revistado com tapas.
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NOÇÕES DE ESTADO
1. CONCEITO DE ESTADO
a) Povo
É o componente pessoal do Estado, formado pelos cidadãos que o compõem. Não se pode con-
fundir com população ou com habitantes que não são conceitos jurídicos e sim demográficos.
Cidadãos Sentido Lato: toda pessoa humana nacional que possuem direitos e obrigações, nes-
se conceito estão incluídas as crianças, os adolescentes, doentes mentais, analfabetos, etc.
Cidadãos Sentido Restrito: toda pessoa humana nacional que exerce direitos políticos (art. 12
e 14 CF/88).
b) Território
É o componente espacial do Estado, é a porção de terra sobre a qual o Estado exerce sua sobe-
rania, seu poder, seu império, sua jurisdição (art. 5°, CP).
c) Poder Soberano
É a capacidade de impor seu poder sobre a vontade de terceiros. O Estado exerce o que se de-
nomina de poder político, possibilidade da violência legitima.
Ex.: busca e apreensão, prisão, etc.
Não podemos esquecer que todo poder emana do povo que o exerce por meio de seus repre-
sentantes (art. 1º, parágrafo único, CF/88).
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d) Finalidade
O Estado tem como finalidade atingir o bem comum.
a) Estado Unitário
É marcado pela centralização política, em um só poder politico central irradia sua competência,
de modo exclusivo, por todo o território e sobre toda a população.
Ex.: República Oriental do Uruguai.
2. GOVERNO
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a) Presidencialismo
Predomina a divisão dos poderes, que devem ser independentes e harmônicos entre si. O Pre-
sidente da República exerce a chefia do Poder Executivo em toda sua inteireza, acumulando as
funções de chefe de Governo e chefe de Estado. Por sua vez o legislativo não está sujeito à dis-
solução pelo Executivo, uma vez que seus membros são eleitos para um período determinado.
Ex.: Brasil.
b) Parlamentarismo
Há predominantemente uma colaboração entre os poderes Executivo e Legislativo. Nele o Po-
der Executivo é dividido em duas frentes: uma chefia de governo, exercida pelo primeiro minis-
tro e uma chefia de Estado exercida pelo Presidente ou Monarca.
Ex.: Inglaterra.
a) República
Caracterizada pela eletividade e pela temporalidade dos mandatos do chefe do Poder Executi-
vo, com o dever de prestação de contas (responsabilidade do governante).
Ex.: Brasil.
b) Monarquia
Caracterizada pela hereditariedade e vitaliciedade, com ausência de prestação de contas (irres-
ponsabilidade do monarca).
Ex.: Inglaterra.
3. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3.1. Sentido Amplo
Abrange os órgãos de governo que exercem função politica, e também os órgãos e pessoas
que exercem a função meramente administrativa. Deve-se entender por função politica, neste
contexto, o estabelecimento das diretrizes e programas de ação governamental, dos planos de
atuação do governo, a fixação das denominadas políticas públicas. De outra parte, função me-
ramente administrativa resume-se à execução das políticas públicas formuladas no exercício da
referida atividade política.
Ex.: legislativo, executivo e judiciário.
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3.2. Sentido Estrito
Só inclui os órgãos e pessoas que exercem a função meramente administrativa, de execução
dos programas de governo. Ficam excluídos os órgãos políticos e as funções politicas, de elabo-
ração de politicas publicas. Divide-se em:
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a) Serviços Públicos:
É a atividade material de interesse público, prestada pelo Estado ou por quem lhe faça às vezes,
que consiste em oferecer uma utilidade, uma comodidade ao administrado segundo normas de
direito público, ou predominantemente público.
Ex.: transporte urbano, gás canalizado, policiamento, etc.
b) Poder de Polícia
É a atividade administrativa que consiste em limitar, condicionar, restringir o exercício de um
direito, relacionado à liberdade ou a propriedade, para conciliar o interesse público com o inte-
resse privado.
Ex.: art. 78, CTN
c) Fomento
É a atividade administrativa que consiste em incentivar as atividades privadas de interesse pú-
blico.
Ex.: concessão de benefícios ou incentivos fiscais, paraestatais (SESC, SESI, SENAC, etc.).
A atividade administrativa é exercida de forma típica pelo poder executivo, mas não podemos
esquecer que os poderes Judiciário e Legislativo, também exercem atividade administrativa de
forma atípica, relacionada com o exercício de suas atividades de gestão.
Ex.: contratação de pessoal, punição de servidor faltoso, aquisição de material, etc.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1. ENTIDADES POLÍTICAS
Pessoas políticas ou entes federados, caracterizados por possuírem autonomia política. Sim-
plificadamente pode-se dizer que autonomia política é traduzida pela capacidade de auto-
-organização (elaboração de suas próprias Constituições ou Leis Orgânicas) e, sobretudo, pela
possibilidade de legislar, mas precipuamente de editar leis com fundamento em competências
próprias, diretamente atribuídas pela Constituição da República.
As entidades políticas são pessoas jurídicas de direito publico interno dotadas de diversas com-
petências de natureza política, legislativa e administrativas, todas elas conferidas pela Consti-
tuição Federal.
Ex.: No Brasil, são pessoas políticas a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
2. ENTIDADES ADMINISTRATIVAS
São pessoas jurídicas que integram a administração pública formal brasileira, sem dispor de
autonomia política. São as pessoas jurídicas que compõem a administração indireta, a saber, as
autarquias, as fundações as sociedades de economia mista e as empresas públicas.
Embora as entidades administrativas não tenham autonomia política, possuem autonomia ad-
ministrativa, capacidade de autoadministração, o mesmo que dizer, não estão subordinadas à
pessoa política instituidora, mas apenas vinculadas por intermédio do poder de tutela.
Resumindo os dois tópicos anteriores, as entidades políticas tem competência legislativa (edi-
tar leis) e administrativa, recebida diretamente da Constituição Federal, enquanto as entidades
administrativas só possuem competências administrativas, isto é, de mera execução, recebida
pela lei. Deve-se frisar este ponto: a fundamental distinção entre elas reside no fato que as en-
tidades políticas possuírem competência para editar leis, ao passo que as entidades administra-
tivas em nenhuma hipótese legislam, limitando-se a exercer competências de execução das leis
editadas pelas entidades politicas.
O Estado exerce a atividade administrativa por meio de órgãos, pessoas jurídicas e seus respec-
tivos agentes. Para o desempenho de suas atribuições, o Estado adota duas formas de organi-
zação administrativa: centralizada e descentralizada.
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da o chamado controle finalístico, ou tutela administrativa ou supervisão. Para o exercício do
controle finalístico é exigida expressa previsão legal, que determinará os limites e instrumentos
de controle.
5. DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Diferentemente da descentralização que envolve sempre mais de uma pessoa jurídica, a des-
concentração ocorre exclusivamente dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. Trata-
-se de mera técnica administrativa de distribuição de competências de uma mesma pessoa ju-
rídica.
6. CONCEITO DE ÓRGÃO
São unidades integrantes da estrutura de uma mesma pessoa jurídica nas quais são agrupadas
competências a serem exercidas por meios de agentes públicos, não possuem personalidade
jurídica.
7. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
É o conjunto de órgão que integram as pessoas politicas do Estado (União, Estados, Distrito
Federal e municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício de forma centrali-
zada de atividades administrativas.
8. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
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b) Autonomia Administrativa
Goza de autonomia técnica, administrativa e financeira, mas não política, ela não tem aptidão
para legislar, nem mesmo a agência reguladora tem esta aptidão.
Obs.: elas sofrem controle externo, feito pela administração direta (princípio da tutela ou su-
pervisão).
c) Finalidade
Ela não tem fins lucrativos, mas isto não impede que o lucro aconteça.
d) Princípio da Especialidade
Somente pode ser alterada mediante lei (que cria ou autoriza), pois ela define a especialidade.
9. ENTIDADES EM ESPÉCIES
9.1 Autarquias
Conceito: entidade com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receitas pró-
prios e capacidade de autoadministração sob controle estatal, para realizar atividades e servi-
ços de Poder Público que, para melhor desempenho, requeiram gestão administrativa e finan-
ceira descentralizada.
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Exemplo: Banco Central do Brasil (BACEN), Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Conselhos fiscalizadores de profissão exce-
to a OAB.
Obs.: embora os Conselhos Fiscalizadores de Profissão sejam autarquias, o STF decidiu que a
Ordem dos Advogados do Brasil, especificamente, é uma exceção, configurando uma entida-
de impar, sui generis, um “serviço público independente”, não passível de enquadramento em
nenhuma categoria regular prevista em nosso ordenamento, nem integrante da Administração
Pública.
a) Criação e extinção
São criadas por lei específica, possuem patrimônio próprio, são autônomas. Integram a admi-
nistração indireta e prestam serviço público descentralizado. (art. 37 XIX, CF/88).
Obs.: de acordo com o artigo 61, §1º, II “e”, CF/88 é de competência privativa do chefe do Po-
der Executiva a iniciativa de lei.
b) Controle interno
Com fundamento na autotutela.
c) Controle externo
Feito pela administração direta que foi responsável por sua criação, com base no poder de tu-
tela.
d) Bens
Os bens da autarquia são públicos, portanto são impenhoráveis, imprescritíveis, inaliená-
veis de forma relativa, pois se preencherem certos requisitos pode ser alienado (art. 17, da lei
8666/93).
•• Impenhorável: a penhora é instituto de natureza constritiva que recai sobre o patrimônio
do devedor para propiciar a satisfação do credor na hipótese de não pagamento da obriga-
ção.
•• Imprescritibilidade: os bens públicos são imprescritíveis, isto é, são insuscetíveis de aquisi-
ção mediante usucapião (a aquisição da propriedade de usucapião é denomina prescrição
aquisitiva do direito de propriedade).
•• Inalienabilidade: não podem ser alienados (alugados, vendidos), de forma relativa pois
existem possibilidade de que sejam na forma da lei.
e) Os débitos judiciais de uma autarquia são pagos através de precatórias (art. 100
CF/88).
Art. 100. CF/88 À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela
Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusiva-
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mente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respecti-
vos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos
adicionais abertos para este fim.
f) Imunidade Tributária
As autarquias possuem imunidades tributárias reciprocas e relativas (Art. 150 § 2º, CF/88).
Art. 150 § 2º, CF/88. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
VI – Instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas
finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
g) Responsabilidade Civil
A responsabilidade civil é objetiva, art. 37 § 6º da CF/88, já a responsabilidade o órgão que a
criou é subsidiária.
Art. 37 § 6º, CF/88 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras
de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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•• Agências executivas: é uma velha autarquia, velha fundação que precisa se tornar eficiente
e assim entra em plano de modernização, celebrando um contrato de gestão com a Admi-
nistração Direta. Tal plano pode ser chamado de planejamento de reestruturação ou de
gestão. Este plano buscará uma nova administração, uma eficiência a esta pessoa jurídica
(Art. 37 § 8º, CF/88).
Ex.: INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Art. 37 § 8º, CF/88A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades
da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempe-
nho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I – o prazo de duração do contrato;
II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilida-
de dos dirigentes;
III – a remuneração do pessoal.
a) Conceito
Entidade com personalidade jurídica de direito público ou privado, patrimônio e receitas pró-
prios e capacidade de autoadministração sob controle estatal, para desenvolver atividades as-
sistenciais, culturais, educacionais, de estudos ou pesquisas.
Ex.: Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-
ca (IBGE), etc.
Obs.: a posição majoritária dispõe que a fundação pode ser fundação pública de direito público
ou fundação pública de direito privado.
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c) Criação e extinção
A lei não cria pessoa jurídica de direito privado, ela apenas autoriza, sua criação depende de
inscrição no órgão competente, sua extinção também ocorre por lei.
d) Regime jurídico
As empresas públicas e as sociedades de economia mista estão sujeitas a um regime hibrido, ao
mesmo tempo existem normas de Direito público e de Direito privado.
e) Finalidade
f) Bens:
•• Se explorarem a atividade econômica, seus bens são privados.
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•• Se prestarem serviços públicos seus bens seguem a sistemática dos bens públicos.
g) Responsabilidade Civil:
•• Se explorarem a atividade econômica, a responsabilidade é subjetiva, ou seja, por culpa.
•• Se prestarem serviços públicos a responsabilidade é objetiva, independe de culpa (art. 37
§6 CF/88).
h) Imunidade Tributária:
Em regra, não possuem imunidade tributária, exceto os Correios que goza desse privilégio.
Obs.: não possuem privilégios processuais.
1. CONCEITO DE PARAESTATAIS
Pessoas privadas sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse público, mas não ex-
clusivas de Estado, recebendo fomento do Poder Público, e que não integram a Administração
Publica em Sentido Formal.
As entidades paraestatais integram o chamado terceiro setor, que pode ser definido como
aquele composto por entidades privadas da sociedade civil, que prestam atividade de interesse
social, por iniciativa privada, sem fins lucrativos. O terceiro setor coexiste com o primeiro setor,
que é o próprio Estado, e com o segundo setor, que é o mercado.
No conceito de entidades paraestatais que adotamos estão enquadrados:
a) Os serviços sociais autônomos:
b) As organizações sociais (OS);
c) As organizações sociais da sociedade civil de interesse público (OSCIP);
d) As entidades de apoio;
São pessoas jurídicas privadas, no mais das vezes criadas por entidades representativas de cate-
gorias econômicas (Confederação Nacional da Industria, Confederação Nacional do Comercio,
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etc.). Embora não integrem a administração publica, nem sejam instituídos pelo poder publico,
sua criação esta prevista em lei. Tem por objeto jurídico uma atividade social, não lucrativa,
usualmente direcionada ao aprendizado profissionalizante, à prestação de serviços de assistên-
cia ou utilidade pública, tendo como beneficiários determinados grupos sociais ou profissio-
nais.
Ex.: Serviço Social da Industria – SESI; Serviço Social do Comércio – SESC, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial – SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC, Servi-
ço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa – SEBRAE.
3. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
A lei 9.637/98 afirma que o Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pesso-
as jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à
pesquisa cientifica, ao desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambien-
te, à cultura e à saúde.
Como se vê, não se trata de nova categoria de pessoas jurídicas, mas apenas de uma qualifica-
ção especial, um titulo jurídico concedido pelo Poder Público a determinadas entidades priva-
das sem fins lucrativos que atendam a certos requisitos.
São três, basicamente, os pressupostos a serem cumpridos pelas pessoas qualificadas como
organização social.
a) Devem ter personalidade de direito privado;
b) Não podem ter finalidade lucrativa;
c) Devem atuar nas atividades de ensino, à pesquisa cientifica, ao desenvolvimento tecnológi-
co, proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
As organizações sociais são um modelo de parceria entre o Estado e a sociedade. Às organi-
zações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao
cumprimento do contrato de gestão.
Mais uma vez, trata-se de modalidade de qualificação jurídica a ser atribuída a pessoas de direi-
to privado em razão de atividades que estas venham a desenvolver em regime de parceria com
o poder publico.
Tanto a organização social, quanto as organizações da sociedade civil de interesse publico, são
pessoas privadas sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse social e recebem
a qualificação do poder publico, observadas as exigências legais: essa qualificação pode ser
“organizações sociais” (ato discricionário), organizações da sociedade civil de interesse publico
(ato vinculado).
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5. ENTIDADES DE APOIO
ATOS ADMINISTRATIVOS
1. INTRODUÇÃO
b) Atos Jurídicos
São qualquer manifestação unilateral humana voluntaria que tenha como a finalidade imediata
(direta) de produzir determinada alteração no mundo jurídico.
Obs.: utiliza-se a expressão Atos Jurídicos para as manifestações unilaterais (por exemplo, uma
promessa de recompensa) e Contratos, para vínculos que somente se aperfeiçoa com a mani-
festação de mais de uma vontade (por exemplo, contrato de compra e venda).
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A doutrina administrativista, com base na lei que regula a ação popular (lei 4.717/65), costuma
apontar cinco requisitos ou elementos dos atos administrativos: competência, finalidade, for-
ma, motivo e objeto (COFIFOMO).
Obs.: A falta de um dos requisitos pode levar à invalidação do ato, à sua ilegalidade ou possibi-
lidade de anulação pelo Poder Judiciário.
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do ato administrativo. É sempre um elemento vinculado. Nunca é o agente publico quem de-
termina a finalidade a ser perseguida em sua atuação, mas sim a lei.
Vicio de finalidade: o desatendimento a qualquer das finalidades do ato administrativo – geral
ou especifica – configura vicio insanável, com a obrigatória anulação do ato. O vicio finalidade
é denominado pela doutrina desvio de poder e constitui uma das modalidades do denominado
abuso de poder. Nos termos do artigo 2° paragrafo único alínea “e” lei 4.717/65 (Ação Popular),
“o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele
previsto, explicita ou implicitamente, na regra de competência”.
Ex.: desvio de poder ou desvio de finalidade, remoção de servidor publico, como punição; de-
sapropriação de imóvel de inimigo politico.
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Ex.: a administração justifica a demissão do servidor por falta de assiduidade, mas verifica-se
que o mesmo em 5 anos de serviço possui não possui nenhuma falta.
Teoria dos motivos determinantes: a administração pública esta sujeita ao controle de legali-
dade relativo aos motivos que ela declarou como causa determinante para a prática do ato. A
inexistência dos motivos explicitados pelo agente para a pratica do ato administrativo, invalida
o ato, tornando-o nulo.
Ex.: Demissão de servidor investido em cargo de provimento em comissão em que a autoridade
motivou a exoneração por motivo falso, logo o ato é invalido.
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No âmbito desses dois elementos (requisitos) de validade – motivo e objeto – especificamente
nos atos administrativos discricionários, reside o que costuma ser denominado pela doutrina
de “mérito administrativo”.
O mérito administrativo é em poucas palavras, o poder conferido pela lei ao agente público
para que ele decida sobre a oportunidade e conveniência de praticar determinado ato discricio-
nário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos limites estabelecidos na lei.
Obs.: só existe mérito administrativo nos atos discricionário.
Obs.: o poder judiciário somente faz controle de legalidade, somente a administração pública
faz controle de mérito.
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b) Imperatividade
Também chamada de coercitividade, traduz a possibilidade de a administração pública, unila-
teralmente, criar obrigações para os administrados ou impor-lhes restrições. Decorre do deno-
minado poder extroverso do Estado, expressão utilizada para representar a prerrogativa que o
poder público tem de praticar atos que extravasam sua própria esfera jurídica e adentram a es-
fera jurídica alheia, alterando-a, independentemente de anuência previa de qualquer pessoa.
Como depreende, não é um atributo presente em qualquer ato, mas apenas naqueles atos
que implicam obrigações para o administrado, ou que são a ele impostos, e devem ser por ele
obedecidos, sem necessidade de seu consentimento, como é o caso dos atos punitivos de um
modo geral.
Ex.: quando o município lança IPTU. Ele cria uma obrigação independente da concordância do
particular, aplicação de uma multa por descumprimento de um contrato administrativo.
Obs.: em decorrência do atributo da presunção de legitimidade, presente em todos atos admi-
nistrativos, os atos caracterizados pela imperatividade podem ser imediatamente impostos aos
particulares a partir de sua edição, mesmo que estejam sendo questionados administrativa ou
judicialmente quanto à sua validade, salvo na hipótese de impugnação ou recurso administrati-
vo com efeito suspensivo, ou decisão judicial que suste ou impeça a aplicação do ato.
c) Autoexecutoriedade
É o atributo pelo qual a Administração pode exigir comportamentos dos administrados usando
meios coercitivos próprios sem necessidade de recorrer ao judiciário.
Segundo a tradicional doutrina divide-se em exigibilidade ou executoriedade.
•• Exigibilidade: uso de meios indiretos para exercício do poder de polícia, tais como na exi-
gência do pagamento de multas de trânsito como condição para o licenciamento do veicu-
lo.
•• Executoriedade: meios diretos no uso do poder de polícia, traduz na possibilidade de as
medidas adotadas pela administração pública serem impostas coativamente ao adminis-
trado, inclusive mediante o emprego de força.
Ex.: após notificar o ato e não obter resultado a administração executa (desapropriação).
Obs.: A imperatividade cria a obrigação à terceiro, já a autoexecutoriedade é o atributo que da
a administração o direito de exigir o ato.
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d) Tipicidade
É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente
pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Segundo Maria Sylvia Di Pietro, esse
atributo é corolário do princípio da legalidade, teria o condão de afastar a possibilidade de a
administração praticar atos inominados. Teoricamente, para cada finalidade que a administra-
ção pretenda alcançar deve existir um ato típico definido em lei.
a) Atos vinculados
São os que a administração pratica sem margem alguma de liberdade de decisão, pois a lei pre-
viamente determinou o único comportamento possível a ser obrigatoriamente adotado sem-
pre que se configure a situação objetiva descrita na lei. Não cabe ao agente público apreciar
oportunidade ou conveniência administrativas quanto a edição do ato: uma vez atendidas as
condições legais, o ato tem que ser praticado, invariavelmente.
Dito de outra forma, temos um ato vinculado quando a lei faz corresponder a um motivo objeti-
vamente determinado uma única e obrigatória atuação administrativa (objeto).
Ex.: a concessão da licença-paternidade, onde atendidas as condições da lei cuja a base direta
é a constituição, ou seja, nascido o filho de servidor público, não cabe ao administrador, sob
nenhuma circunstância, alegar que o servidor é essencial ao serviço, que não seria conveniente
seu afastamento ou qualquer outra tentativa de não editar o ato de concessão licença.
b) Atos Discricionários
São aqueles que administração pode praticar com certa liberdade de escolha, nos termos e
limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu modo de realização, sua oportunidade e sua conve-
niência administrativas.
Enquanto o agente esta rigidamente adstrito à lei, quanto a todos os elementos de um ato vin-
culado, ao praticar um ato discricionário possui ele certa liberdade (dentro dos limites da lei)
quanto a valoração dos motivos e a escolha do objeto (conteúdo), segundo os seus privativos
critérios de oportunidade e conveniência.
Ex.: tome-se como exemplo, a licença para tratar de interesses particulares, disciplinadas na
lei 8.112/90. De ponto a expressão a “critério da administração”, para referir-se à concessão da
licença, deixa claro a discricionariedade de sua concessão.
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a) Atos gerais
Caracterizam por não possuírem destinatários determinados. Apresentam apenas hipóteses
normativas aplicáveis a todas as pessoas e situações fáticas que se enquadram nessas hipóte-
ses abstratamente neles descritas. Diz-se que tais atos possuem “generalidade” e “abstração”,
ou, ainda, que eles têm “normatividade” – razão pela qual são chamados também de atos nor-
mativos.
No aspecto material – isto é, quanto a serem conjunto de disposições gerais e abstratas – tais
atos não diferenciam das leis. A diferença existente, fora o aspecto formal (a lei provém dos
órgãos do legislativo e o ato administrativo geral emana de órgão ou entidade da administração
pública), é a possibilidade de inaugurar o direito, de inovar o ordenamento jurídico.
Ex.: decretos, regulamentos, resoluções, portarias.
Obs.: atos gerais necessitam ser publicados em meio oficial porque se destinam a produzir efei-
tos externos. A publicação é condição para sua eficácia.
b) Atos individuais
São aqueles que possuem destinatários determinados, produzindo diretamente efeitos concre-
tos, constituindo ou declarando situações jurídicas subjetivas. O ato individual pode ter um úni-
co destinatário (ato singular) ou diversos destinatários (ato plúrimo), desde que determinados.
Ex.: nomeação de aprovados em concurso público (ato plúrimo), a exoneração de um servidor
(ato singular).
a) Atos internos
São aqueles destinados a produzir efeitos somente no âmbito da administração pública, atin-
gindo diretamente apenas seus órgãos e agentes.
Ex.: uma portaria de remoção de um servidor, ordens de serviço em geral, uma portaria de cria-
ção de grupos de trabalho.
b) Atos externos
São aqueles que atingem os administrados em geral, criando direitos ou obrigações gerais ou
individuais, declarando situações jurídicas, etc.
Ex.: todos os atos normativos, nomeação de candidato aprovados em um concurso público, um
edital de licitação, etc.
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Obs.: é condição de vigência e eficácia dos atos externos a publicação em meio oficial, antes da
qual evidentemente não pode ser presumido o seu conhecimento, nem exigida sua observân-
cia.
a) Atos simples
É o que decorre de uma única manifestação de vontade de um único órgão, unipessoal (ato sim-
ples singular) ou colegiado (ato simples colegiado). O ato simples está completo com essa só
manifestação, não dependendo de outras, concomitantes ou posteriores, para que seja consi-
derado perfeito. Não depende, tampouco, de manifestação de outro órgão ou autoridade para
que possa iniciar a produção de seus efeitos. Não interessa o número de pessoas que pratica o
ato, mas sim a expressão de vontade, que deve ser unitária.
Ex.: portanto é simples tanto o ato de exoneração de um servidor ocupante de um cargo em co-
missão (ato singular) ou a decisão de um processo administrativo (acórdão) do Conselho Admi-
nistrativo de Recursos Fiscais – CARF, órgão colegiado do Ministério da Fazenda (ato colegiado).
b) Atos complexos
É o que necessita, para sua formação, da manifestação de vontade de dois ou mais diferentes
órgãos ou autoridade. Significa que o ato não pode ser considerado perfeito (completo, con-
cluído, formado) com a manifestação de um só órgão ou autoridade. Trata-se de um único ato,
resultante da manifestação de vontade de dois ou mais órgão ou autoridades.
Ex.: redução de alíquotas de IPI para refrigerantes depende de aprovação integrada do Ministé-
rio da Agricultura, pecuária, e abastecimento e do Ministério da fazenda.
c) Atos compostos
É aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de vontade de um só órgão, mas sua edição
ou a produção de seus efeitos dependem de outro ato que o aprove. A função de desse ato é
meramente instrumental: autorizar a prática do ato principal, ou conferir eficácia a este. O ato
acessório ou principal em nada altera o conteúdo do ato principal.
Ex.: nomeação de dirigente de entidades da administração sujeitas à aprovação prévia pelo
poder legislativo. Nomeação do Procurador-Geral da República, precedida de aprovação pelo
senado.
Obs.: é importante ressaltar que, enquanto no ato complexo temos um único ato, integrado
por manifestações homogêneas de vontades de órgãos diversos, no ato composto existem dois
atos, um principal e outro acessório ou instrumental.
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a) Atos de império
Também chamados de “atos de autoridade”, são aqueles que a administração impõe coerci-
tivamente aos administrados, criando para eles obrigações ou restrições, de forma unilateral
e independentemente de sua anuência. Têm como fundamento o princípio da supremacia do
interesse público; sua prática configura manifestação do denominado “poder extroverso” ou
“poder de império”.
Ex.: desapropriação de um bem privado, interdição de um estabelecimento comercial, a apre-
ensão de mercadorias, a imposição de multas administrativas, etc.
b) Atos de gestão
São praticados pela administração pública na qualidade de gestora de seus bens e serviços,
sem exercício de supremacia sobre os particulares. São típicos das atividades de administração
de bens e serviços em geral, assemelhando-se aos atos praticados pelas pessoas privadas.
Ex.: alienação ou a aquisição de bens pela administração, aluguel a um particular de um imóvel
de propriedade de uma autarquia, atos negociais em geral, como a autorização ou a permissão
de uso de um bem público.
Obs.: deve-se notar que tais atos não tem fundamento direto no principio da supremacia do
interesse público sobre particulares, mas nem por isso deixam de ser realizados sob regime
jurídico-administrativo, uma vez que sua pratica está a administração sujeita ao princípio da
indisponibilidade.
c) Atos de expediente
São atos internos da administração pública, relacionados às rotinas de andamento dos variados
serviços executados por seus órgãos e entidades administrativos. São caracterizados pela au-
sência de conteúdo decisório.
Ex.: encaminhamento e o recebimento de documentos.
a) Ato constitutivo
É aquele que cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à
administração. Essa situação jurídica poderá ser o reconhecimento de um direito ou a imposi-
ção de uma obrigação.
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Ex.: concessão de uma licença, na nomeação de um servidor, na aplicação de uma sanção.
c) Ato modificativo
É o que tem por fim alterar situações preexistentes, sem provocar a sua extinção. O ato modi-
fica uma determinada situação jurídica a ele anterior, mas não suprime direitos e obrigações.
Ex.: alteração de horário numa dada repartição, a mudança de local da realização de uma reu-
nião.
d) Ato declaratório
É aquele que apenas afirma a existência de um fato ou de uma situação jurídica anterior a ele.
O ato declaratório atesta um fato ou reconhece um direito ou obrigação preexistente; confere,
assim, certeza jurídica quanto à existência do fato ou situação nele declarada. Essa espécie de
ato não cria situação jurídica nova, tampouco modifica ou extingue uma situação existente.
Ex.: expedição de certidão de regularidade fiscal, emissão de uma declaração de tempo de ser-
viço ou contribuição previdenciária, atestado emitido por junta médica oficial de que o servidor
apresenta patologia incapacitante.
a) Ato Válido
É aquele que esta em total conformidade com o ordenamento jurídico, é o ato que observou
integralmente as exigências legais e infralegais, impostas para que seja regularmente editado.
O ato válido respeitou, em sua formação, todos os requisitos jurídicos relativos à competência
para sua edição, à sua finalidade, à sua forma, aos motivos determinantes de sua prática e a
seu objeto. Por outras palavras, é ato que não contém qualquer vício, qualquer irregularidade,
qualquer ilegalidade.
b) Ato Nulo
É aquele que nasce com vicio insanável, não admite correção, convalidação, normalmente re-
sultante da ausência de um de seus elementos constitutivos, ou de defeito substancial em al-
guns deles. O ato nulo esta em desconformidade com a lei ou com os princípios jurídicos (é um
ato ilegal ou ilegítimo) seu defeito não pode ser convalidado (corrigido).
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Não pode ser sanado os vícios nos elementos: finalidade, objeto ou motivo.
c) Ato Anulável
É aquele apresenta um defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pela própria adminis-
tração que o praticou, desde que ele não seja lesivo ao interesse público, nem cause prejuízo a
terceiros. São admitidos convalidação do ato apenas quando existir vício na forma e no sujeito.
Obs.: os atos praticados com excesso de poder são nulos quando o vicio é de competência
quanto a matéria, ou quando se trata de competência exclusiva. Diferentemente, se a hipótese
for de vício de competência quanto à pessoa, desde que não se trate de competência exclusiva,
o ato praticado com excesso de poder poderá ser convalidado, à critério da administração pú-
blica, uma vez preenchidas as demais condições legais.
d) Ato inexistente
É aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade da administração pública,
mas, em verdade, não se origina de um agente público, mas de alguém que se passa por tal
condição como usurpador de função pública. Materializa condutas repugnadas pelo direito, em
regra criminosos. O ato não pode ser convalidado, não pode ser convertido, admite inclusive
resistência Manu Militar.
Ex.: ato praticado por falso agente público.
a) Ato perfeito
É aquele que está pronto, terminado, que já concluiu o seu ciclo, suas etapas de formação; tem-
-se um ato perfeito quando já se esgotaram todas as fases necessárias à sua produção.
b) Ato imperfeito
É aquele que não completou seu ciclo de formação, não estando ainda perfeito, como a minuta
de um parecer ainda não assinado ou um ato não publicado, caso a publicação seja exigida por
lei. Rigorosamente, o ato imperfeito ainda nem existe como ato administrativo.
c) Ato Eficaz
É aquele que já esta disponível para a produção de efeitos próprios; a produção de efeitos não
depende de evento posterior, como uma condição suspensiva, aprovação, homologação, ratifi-
cação.
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d) Ato pendente
É aquele que embora perfeito, está sujeito a condição ou termo para que comece a produzir
efeitos. O ato pendente é um ato perfeito que ainda não esta apto a produzir efeitos, por não
se haver implementado o termo ou condição a que está sujeito.
f) Ato ineficaz
É a expressão genérica aplicável a qualquer ato que não tenha possibilidade efetiva de produzir
efeito.
a) Atos normativos
Contém determinações gerais e abstratas, não possuem destinatários determinados (diz-se
que há “normatividade” quando um comando jurídico é caracterizado pela generalidade e pela
abstração), são editados, para trazer fiel execução a lei, recebem seu fundamento no poder
normativo ou regulamentar.
Ex.: regulamentos, portarias, decretos, resoluções, etc.
Obs.: os atos administrativos normativos não podem ser atacados pelos administrados direta-
mente, em tese, mediante recursos administrativos ou mesmo na esfera judicial. Entretanto,
quando o ato normativo vem produzir efeitos concretos para determinados administrado, pas-
sa a ser possível a impugnação direta desses efeitos pelo interessado, na esfera administrativa
ou judicial (por exemplo, mediante mandado de segurança).
b) Atos ordinários
São atos administrativos internos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam determi-
nações concernentes ao adequado desempenho de suas funções. Os atos ordinários têm fun-
damento no poder hierárquico e somente vinculam os servidores que se encontrem subordina-
dos à autoridade que os expediu. Não atingem os administrados, não criam para eles direitos
ou obrigações.
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c) Atos enunciativos
São atos que contem um juízo de valor, uma opinião, ou declaram uma situação existente.
Ex.: pareceres, certidões atestados, etc.
d) Atos negociais
São editados nas situações nas quais o ordenamento jurídico exige que o particular obtenha
anuência previa da administração para realizar determinada atividade de interesse dele, ou
exercer determinado direito.
Ex.: licenças, autorizações, permissões.
•• Licença: ato administrativo vinculado e definitivo, editado com fundamento no poder de
policia administrativa, nas situações em que o ordenamento jurídico exige a obtenção de
anuência prévia da administração pública como condição para o exercício, pelo particular,
de um direito subjetivo de que ele seja titular.
Por ser um ato vinculado, uma vez atendidas as exigências legais e regulamentares pelo inte-
ressado, deve a administração concedê-la, ou seja, existe direito subjetivo do particular à sua
obtenção.
Obs.: não pode ser revogado, somente pode ser anulado, desde que eivados de vicio ou cassa-
dos na hipótese de deixarem de ser atendidas as condições legais impostas para que ela perma-
neça em vigor.
Ex.: concessão de alvará para construção, concessão de alvará de funcionamento, licença para
dirigir.
•• Autorização: ato administrativo discricionário e precário, por meio do qual a administra-
ção possibilita ao particular a realização de algumas atividades de predominante interesse
deste, ou a utilização de um bem público. Na maior parte dos casos, a autorização con-
figura um ato de polícia administrativa – quando constitui uma exigência imposta como
condição para a pratica de uma atividade privada ou para o uso de um bem público – mas
existem também autorizações que representam uma modalidade de descentralização me-
diante delegação, visando a prestação indireta de determinados serviços públicos.
Obs.: pode ser anulado, revogado ou cassado pela administração.
Ex.: autorização para porte de arma de fogo, autorização para utilização de passeios públicos e
de vias públicas pelas feiras livres, autorização para bloquear trânsito de uma rua para eventos
esportivos e a autorização para a prestação de serviços de táxi.
•• Permissão: ato unilateral (em regra), discricionário e precário, mediante a qual é consenti-
da ao particular alguma conduta que exista interesse predominantemente da coletividade.
É muito importante ressaltar que, a partir da promulgação da Constituição de 1988, a dele-
gação da prestação de serviços públicos mediante permissão passou a exigir a celebração
de um contrato. Deveras, o vigente texto constitucional, no seu art. 175, paragrafo único,
inciso I, explica que a permissão de serviços públicos deve ser um contrato administrativo,
e não mais um simples ato administrativo, como antes propunha a doutrina.
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Portanto, atualmente, o conceito de permissão como ato administrativo negocial somente
pode ser aplicado às permissões que não constituam delegação de serviços públicos. É exem-
plo de ato administrativo negocial a permissão de uso de bem público.
Obs.: pode ser anulado, revogado ou cassado pela administração.
O ato administrativo permanecerá no mundo jurídico até que algo capaz de alterar esta situa-
ção lhe aconteça. A doutrina cita como formas de extinção do ato:
a) Anulação ou Invalidação
Ocorre quando há vício no ato, relativo à sua legalidade ou legitimidade (ofensa à lei ou ao
direito como um todo). É sempre um controle de legalidade, nunca um controle de mérito. Pro-
duz efeitos “ex tunc” (retroativos), desfazendo as relações dele resultante.
Dessa forma, todos os efeitos produzidos pelo ato devem ser desconstituídos. O ato inválido
não gera direitos ou obrigações para as partes e não cria situações definidas; devem, entretan-
to, ser resguardados os efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé.
Ex.: o agente não é competente; a finalidade é diversa da estatuída em lei.
Obs.: a anulação pode ser feita pela administração pública (autotutela), de oficio ou mediante
provocação, ou pelo poder judiciário, mediante provocação.
No Informativo 641, o STF asseverou que a anulação, revogação ou cassação de ato administra-
tivo que repercuta na esfera individual do administrado, deve ser observado os princípios do
contraditório e da ampla defesa.
b) Revogação
É a retirada do mundo jurídico, do ato válido, mas que, segundo critério discricionário da ad-
ministração, tornou-se inoportuno ou inconveniente. Produz efeitos “ex nunc” (prospectivos),
sem desfazer as relações dele resultante.
Ex.: não convém ao pode público a manutenção do ato.
Obs.: a revogação é ato privativo da administração pública, não podendo ser realizada pelo po-
der judiciário no exercício da função jurisdicional. Por outro lado, quando este estiver no exer-
cício de sua atividade atípica, atuando como administração pública, o poder judiciário poderá
revogar o ato administrativo.
São insuscetíveis de revogação:
•• Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos.
•• Os atos vinculados, porque não comportam juízo de valor.
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c) Cassação
Pressupõe o descumprimento de obrigação fixada no ato, por seu destinatário ou beneficiário
direto. No mais das vezes a cassação funciona como uma sanção para aquele particular que
deixou de cumprir as condições exigidas para a prática do ato.
Ex.: cassação de uma licença para construir, concedida pelo poder público sob determinadas
condições previstas em lei, na hipótese de o particular vir a descumprir tais condições; a cassa-
ção de uma licença para exercício de certa profissão, quando o profissional incorrer numa das
hipóteses em que a lei autorize essa medida; cassação da licença para dirigir veiculo automotor
quando se excede o numero de infrações de trânsito.
d) Caducidade
Ocorre quando uma nova legislação impede a permanência da situação anteriormente consen-
tida pelo poder público. Surge uma nova norma jurídica aquela que respaldava a prática do ato.
O ato que passa a contrariar a nova legislação extingue-se.
Ex.: autorização de uso de bem público, conferida e posteriormente proibida em lei, a cadu-
cidade de permissão para explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de
zoneamento, tornou-se incompatível com aquele tipo de uso.
e) Contraposição
É a extinção ordenada por ato cujos efeitos são contrapostos ao primeiro, a edição de um novo
ato, editado com fundamento em uma determinada competência, extingue outro ato, anterior,
editado com base em competências diversas, ocorrendo a extinção porque os efeitos daquele
são opostos aos destes. O ato anterior será extinto pelo ato superveniente cujos efeitos são
opostos aos destes.
Ex.: a extinção do efeito do ato de nomeação pela subsequente demissão do servidor.
f) Renúncia
Decorre da manifestação de vontade do beneficiário do ato.
Ex.: renunciar autorização para uso de bem público.
g) Extinção natural
Desfaz um ato administrativo pelo mero cumprimento de seus efeitos.
Ex.: permissão de uso consentida por dois meses será extinta naturalmente com o fim desse
prazo; conceder férias, que o servidor vai e exerce.
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h) Extinção subjetiva
Ocorre quando há o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato.
Ex.: uma autorização para porte de arma para o particular extingue-se com o seu falecimento.
i) Extinção objetiva
Ocorre quando desaparece o próprio objeto do ato praticado, e por isso o extingue-se.
Ex.: interdição de um estabelecimento é desfeito se este vem a ser extinto pela empresa de que
ele fazia parte.
9. CONVALIDAÇÃO
A doutrina majoritária, admite, ao lado dos atos administrativos nulos, eivados de vício insa-
náveis, a existência dos atos administrativos anuláveis, portadores de vícios sanáveis. Os atos
administrativos anuláveis são exatamente os que podem ser objeto de convalidação (ou sanea-
mento), dependendo das circunstâncias e do juízo de oportunidade e conveniência privativo da
administração pública.
Portanto, convalidar um ato é “corrigi-lo”, “regulariza-lo”, desde a sua origem (ex tunc), de tal
sorte que: os efeitos já produzidos passem a ser considerados efeitos válidos, não passíveis de
desconstituição e esse ato permaneça no mundo jurídico como um ato válido, apto a produzir
efeitos regulares.
Obs.: a omissão do poder público cujo, que deixa de anular um ato inicialmente viciado, acar-
reta sua manutenção no mundo jurídico como ato válido, cujos efeitos, produzidos e a produzir
passam a ser efeitos regulares, não passiveis de desconstituição.
10. CONVERSÃO
Embora não exista consenso quanto à definição desse instituto, parece-nos majoritária a orien-
tação segundo a qual a conversão consiste em ato privativo da administração mediante o qual
ela aproveita um ato nulo de uma determinada espécie transformando-o, retroativamente, em
um ato válido de outra categoria, pela modificação de seu enquadramento legal.
Ex.: imagine-se que a lei estabeleça que o atendimento às condições “x”, “y” e “z” é essencial
para a obtenção, pelo particular, do ato administrativo “ALFA”, imagine-se que outra lei trate
do ato administrativo “BETA” e exija para sua obtenção pelo particular apenas o atendimento
às condições “x” e “y”. Suponha que os efeitos decorrentes do ato “ALFA” sejam similares aos
efeitos produzidos pelo ato “BETA”. Se alguém apresenta a administração um requerimento
solicitando a edição do ato “ALFA”, mas atende apenas os requisitos do ato “BETA”, mas o ato
“ALFA” é editado. Logo tal ato é nulo, entretanto a constatada a ilegalidade a administração
pode convertê-lo no ato “BETA”.
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1. CONCEITO DE ÓRGÃO
São unidades integrantes da estrutura de uma mesma pessoa jurídica nas quais são agrupadas
competências a serem exercidas por meios de agentes públicos. Como se vê, órgãos são meros
conjuntos de competência, sem personalidade jurídica própria; são resultados da técnica admi-
nistrativa de organização administrativa conhecida como “desconcentração”.
De modo geral os autores apontam as seguintes características dos órgãos públicos (algumas
não presentes em todos).
•• Integram a estrutura de uma mesma pessoa política (União, estado, DF, município), no caso
de órgãos da administração direita; ou de uma mesma pessoa jurídica administrativa (au-
tarquia, fundação pública, sociedade de economia mista, empresa pública), no caso dos
órgãos da administração indireta;
•• Não possuem personalidade jurídica;
•• São resultados da desconcentração;
•• Não têm capacidade de representar em juízo a pessoa jurídica que integram;
•• Não possuem patrimônio próprio;
•• Algumas têm capacidade processual para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais;
O órgão, como ente despersonalizado, constitui um mero centro de poder integrante da pessoa
jurídica a que pertence. A capacidade processual, para estar em juízo, é atribuída pelo Código
de Processo Civil à pessoa física ou jurídica (CPC, art. 7°). Como regra geral, portanto, o órgão
não pode ter capacidade processual, isto é, não possui idoneidade para figurar em qualquer
dos polos de uma relação processual.
Entretanto, a capacidade processual de certos órgãos públicos para defesa de suas prerrogati-
vas está hoje pacificamente sustentada pela doutrina e aceita pela jurisprudência. A capacida-
de do órgão público para a impetração de mandado de segurança, na defesa de sua competên-
cia , quando violada por outro órgão, é hoje matéria incontroversa.
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Obs.: cabe ressaltar, porém, que essa excepcional capacidade só é aceita em relação aos ór-
gãos mais elevados do Poder Público (superiores e independentes), de natureza constitucional,
quando defendem suas prerrogativas e competências.
b) Órgãos compostos
Reúne em sua estrutura diversos órgão, como resultado da desconcentração administrativa.
Ex.: Ministérios e as secretarias.
e) Órgãos independentes
São os diretamente previstos no texto constitucional, representando os três Poderes, são ór-
gãos sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. As atribuições desses órgãos são
exercidas por agentes políticos.
Ex.: Câmara dos Deputados, Senado Federal, STF, STJ e demais tribunais, Presidência da Repú-
blica e seus simétricos nas demais esferas da Federação.
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f) Órgãos autônomos
Situam-se na cúpula da administração, hierarquicamente logo abaixo dos órgãos independen-
tes. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como
órgãos diretivos.
Ex.: Ministérios, Secretarias de Estados, Advocacia Geral da União.
g) Órgãos superiores
São órgãos que possuem atribuição de direção, controle e decisão, mas que estão sempre su-
jeitos ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não possuem autonomia financeira nem
administrativa.
Ex.: procuradorias, coordenadorias, gabinetes, etc.
h) Órgãos subalternos
Exercem atribuição de mera execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos supe-
riores.
Ex.: seções de expediente, de pessoal, de material, etc.
a) Teoria do mandato
Por esta teoria, que toma por base um instituto do direito privado, a relação entre o Estado e
seus agentes teria por base um contrato de mandato.
Mandato, para o direito privado, é o contrato mediante o qual uma pessoa, o mandante, ou-
torga poderes a outra, o mandatário, para que este execute determinados atos em nome do
mandante e sob a responsabilidade deste.
A principal critica a essa teoria é que o Estado não possui capacidade própria, logo não teria
como outorgar uma procuração.
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b) Teoria da representação
Pela representação o agente público seria equiparado ao representante das pessoas incapazes
(incapacidade civil, como a do menor de idade). O agente seria uma espécie de tutor ou cura-
dor do Estado, que o representaria nos atos que necessitasse praticar.
A principal critica a essa teoria é que seria inconcebível que o incapaz outorgue validamente
a representação, além do que quando o agente ultrapassasse os poderes da representação o
Estado não se responderia por esses atos perante terceiros.
Considera-se agente público toda pessoa física ou jurídica que exerça, ainda que transitoria-
mente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer for-
ma de investidura ou vinculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
O agente público é a pessoa natural mediante a qual o Estado se faz presente. O agente mani-
festa uma vontade que, afinal é imputada ao próprio Estado. Agentes públicos são, portanto,
todas as pessoas físicas que manifestam, por algum tipo de vinculo, a vontade do Estado, nas
três esferas do poder.
A expressão agente público é ampla e genérica, engloba todos aqueles que possuem a atribui-
ção de manifestar parcela de vontade do Estado. Dentre todos os integrantes do gênero “agen-
te público” seguintes espécies são mais estudada:
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a) Servidor Público
Em seu sentido estrito é expressão utilizada para identificar aqueles agentes que mantêm re-
lação funcional com o Estado em Regime Estatutário (legal). São titulares de cargos públicos
efetivos ou em comissão, sempre sujeitos a regime jurídico de direito público.
Ex.: policiais, professores, agentes de saúde etc.
b) Empregado Público
São os agentes que sob regime contratual trabalhista (celetista), mantêm vinculo funcional per-
manente com a administração pública. São os empregados públicos, sujeitos, predominante-
mente, a regime jurídico de direito privado.
Ex.: servidores do Banco do Brasil, Caixa Econômica etc.
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c) Temporários
São os contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excep-
cional interesse público, nos termos do art. 37, IX, da CF, não tem cargo nem emprego público,
exercem uma função pública remunerada temporária, seu vinculo com a administração é con-
tratual, mas contrato de direito público, e não contrato de natureza trabalhista (celetista).
Ex.: Policiais Militares Temporários, recenseadores do IBGE.
Os cinco primeiros incisos do art. 37 dispõem acerca do acesso aos cargos, empregos e funções
das administrações direta e indireta.
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c) Exigência de concurso público
A constituição tornou obrigatória a aprovação em concurso público para o provimento de quais-
quer cargos ou empregos na administração direta e indireta, inclusive para o preenchimento de
empregos nas empresas públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito
privado integrantes da administração indireta.
O concurso público é o meio técnico posto à disposição da administração pública para obter-se
moralidade, eficiência e aperfeiçoamento do serviço público, e ao mesmo tempo, atender ao
princípio da isonomia, uma vez que propicia igual oportunidade de acesso aos cargos e empre-
gos públicos a todos os que atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em
lei.
Art. 37, II, CF/88 – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em co-
missão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
A exigência de concurso público aplica-se à nomeação para cargos ou empregos de provimento
efetivo. Não abrange a nomeação para cargos em comissão, os quais, por definição, são de livre
nomeação e exoneração com base em critérios subjetivos da autoridade competente.
e) Direito a nomeação
Durante muito tempo, foi praticamente pacífico no âmbito do Supremo Tribunal Federal, o en-
tendimento de que a aprovação em concurso público, mesmo que houvesse número certo de
vagas previsto no edital, não gerava para o candidato direito adquirido à nomeação, mas sim-
ples expectativa de direito.
Essa situação perdurou até 10 de agosto de 2011, quando, felizmente o plenário do Supremo
Tribunal, por unanimidade modificou o entendimento até então dominante: o candidato apro-
vado em concurso público dentro do número de vagas indicado no edital tem direito subjetivo
de ser nomeado, observado o prazo de validade do concurso (RE 598.099/MS).
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Obs.: é necessário destacar que, na mesma oportunidade, nosso Pretório Maior deixou assente
que, em casos excepcionalíssimos, provados por circunstâncias supervenientes à publicação do
edital, pode ser aceitável que a administração deixe de nomear os aprovados, desde que fun-
damente pormenorizadamente – tal decisão administrativa, por óbvio, estará sujeita ao contro-
le judicial, se provado, no qual pode acontecer de a fundamentação não ser considerada válida.
f) Prioridade de nomeação
A CF não proíbe a abertura de concurso público para determinado cargo ou emprego enquanto
ainda esteja dentro do prazo de validade um concurso anterior realizado pela mesma adminis-
tração. A Carta Magna simplesmente estabelece prioridade para a nomeação de aprovados em
um concurso anterior, ainda dentro do prazo de validade sobre os aprovados no novo concurso
para o mesmo cargo ou emprego.
Art. 37, IV, CF/88 – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
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Uma vez que todo cargo encerra um conjunto de atribuições, podemos concluir que não existe
cargo sem função. Entretanto, podem existir funções sem um cargo específico correspondente,
como é o caso das funções de confiança.
Os cargos em comissão, nos termo do inciso II do art. 37 da CF, são declarados em lei de livre
como de livre nomeação e exoneração. Significa que em regra qualquer pessoa, mesmo que
não seja servidor público efetivo, pode ser nomeado para exercer um cargo em comissão. A
mesma autoridade competente para nomear é competente para, a seu critério exonerar o ser-
vidor ocupante de cargo comissionado.
No caso de função de confiança, a designação para o seu exercício deve recair, obrigatoria-
mente, sobre servidor ocupante de cargo efetivo. Portanto, embora seja um ato amplamente
discricionário, não é inteiramente livre, a rigor, a designação de servidor para exercer função
de confiança. Já a dispensa de função de confiança é, deveras, ato plenamente livre, conforme
critério exclusivo da autoridade competente.
A EC 19/98 introduziu outra regra de intuito moralizador segundo a qual as funções de confian-
ça e os cargos em comissão destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessora-
mento.
Salario: é a contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos, admitidos sob o regime
jurídico trabalhista, contratual, sujeitos predominantemente à Consolidação das Leis do Traba-
lho (CLT).
Subsídio: inovação trazida em nosso ordenamento jurídico pela reforma administrativa. Carac-
teriza-se por ser um estipendio fixado em parcela única, vedado acréscimo de qualquer grati-
ficação, adicional, abono ou prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.
Ex.: é obrigatória para agentes políticos, policiais, bombeiros, Advocacia Geral da União, Defen-
soria Pública, etc.
Vencimento: percebem vencimentos, os servidores públicos submetidos a regime jurídico esta-
tutário que não recebem subsídio.
Ex.: professores.
a) Teto Geral
Corresponde ao valor pago pelo subsídio ao Ministro do STF.
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b) Teto da UNIÃO
É o mesmo pago ao Ministro do STF.
c) Teto do Município
Subsidio pago ao prefeito.
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Devem ser registradas outras hipóteses de acumulação remunerada lícita constante do texto
constitucional, a saber:
a) A permissão de acumulação para os vereadores, previstas no art. 38, III, CF.
b) A permissão para juízes exercerem o magistério, conforme o art. 95, CF.
c) A permissão para os membros do MP exercerem o magistério, estabelecida no art. 128, §
5º, II, “d”, CF.
Obs.: A vedação de acumular estende-se a empregos e funções e abrange fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta e
indiretamente, pelo poder público.
Obs.: As exceções à regra da vedação de acumulação de cargos públicos, previstas na Constitui-
ção Federal, são taxativas.
Com o advento da EC nº 20, de 15/12/98, ficou expressamente vedado a acumulação de pro-
ventos com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumu-
láveis na forma da Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei
de livre nomeação e exoneração.
Art. 37, XVI, CF/88 – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas;
Art. 37, XVII, CF/88 – a proibição de acumular estende‑se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público;
1. PROVIMENTO
Provimento é o ato administrativo por meio do qual é preenchido cargo público, com a designa-
ção de seu titular.
As formas de provimento podem ser originarias ou derivadas. Provimento originário é o preen-
chimento de classe inicial de cargo não decorrente de qualquer vinculo anterior com a adminis-
tração. Provimento derivado é o preenchimento de cargo decorrente de vinculo anterior entre
o servidor e administração.
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a) Nomeação
Forma de provimento originário, podendo dar-se em caráter efetivo ou em comissão, essa ul-
tima não exigindo concurso público. É um ato administrativo unilateral que não gera, por si só,
qualquer obrigação para o nomeado, mas sim o direito subjetivo de formalizar o vinculo funcio-
nal com a administração pública, por meio da posse, tornando-se, então, servidor público.
Obs.: o nomeado tem prazo de 30 dias, contados da nomeação, para tomar posse.
Obs.: segundo o artigo 28 da Lei 10460/88 a “posse deverá ser tomada no prazo de 30 (trinta)
dias, a contar da data da publicação do ato no órgão oficial, prorrogável por mais 30 (trinta), a
requerimento do interessado”.
b) Readaptação
Forma de provimento derivado, mediante a qual o servidor estável ou não que tenha sofrido
uma limitação física ou mental em suas habilidades, torna-se inapto para exercício do cargo
que ocupa, mas não configurada a invalidez permanente, pode ainda exercer outro cargo para
o qual a limitação sofrida não o incapacita.
c) Reintegração
Forma de provimento derivado ocorre quando o servidor estável, anteriormente demitido, tem
invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial. Ele retornará ao cargo de ori-
gem, com ressarcimento de todas as vantagens a que teria feito jus durante o período de seu
desligamento ilegal, inclusive às promoções por antiguidade que teria obtido nesse ínterim.
d) Aproveitamento
Forma de provimento derivado, expressamente previsto na constituição. Trata-se do retorno
do servidor estável posto em disponibilidade a um cargo de atribuições e vencimentos compa-
tíveis com o anteriormente ocupado (o qual foi extinto, ou teve declarada sua desnecessidade).
e) Promoção
É a forma de provimento derivado existentes nas carreiras em que o desenvolvimento do servi-
dor ocorre por provimento de cargos sucessivos e ascendentes. Ocorre por antiguidade (tempo
de serviço) ou por merecimento (conforme os critérios de aferição do mérito funcional do ser-
vidor estabelecidos no respectivo plano de carreira).
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Obs.: o artigo 39 § 2º da CF prevê como requisito para a promoção na carreira a participação
dos servidores públicos nos cursos de formação e aperfeiçoamento oferecidos por escolas de
governo.
f) Reversão
É a forma de provimento derivado, que consiste no retorno à ativa do servidor aposentado. Seu
objetivo é possibilitar que o servidor que tenha aposentado com proventos proporcionais, e
tenha arrependido, volte a trabalhar, para aumentar o seu tempo de contribuição, podendo a
chegar a se aposentar com proventos integrais.
g) Recondução
É forma de provimento derivado, mencionada na CF, nos seguintes termos: “invalidada por sen-
tença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço”.
Importante frisar que o servidor estável que seja reprovado em estágio probatório de novo car-
go, será reconduzido ao cargo de origem.
Obs.: Cumpre salientar que o “acesso e a transferência”, formas de provimento derivado pre-
visto na lei 8.112/90 foram declaradas inconstitucionais pelo STF.
2. POSSE
O artigo 7° da Lei 8.112/90 e o artigo 24 da Lei 10.460/06 estabelece que a investidura no cargo
público ocorre com a posse. Somente há posse nos casos de provimento de cargo em nomea-
ção.
Obs.: enquanto a nomeação é ato unilateral da autoridade competente, mediante o qual é
dado provimento a um cargo público, sem que haja qualquer participação ou necessidade de
anuência do nomeado, a posse é ato bilateral por meio do qual o servidor é investido nas atri-
buições e responsabilidades do cargo.
Obs.: segundo o artigo 28 da Lei 10460/88 a “posse deverá ser tomada no prazo de 30 (trinta)
dias, a contar da data da publicação do ato no órgão oficial, prorrogável por mais 30 (trinta), a
requerimento do interessado”.
3. EXERCÍCIO
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Obs.: segundo o artigo 32 da lei 10.460/88, O exercício do cargo terá início dentro do prazo de
30 (trinta) dias, contados da data da posse;
No caso de designação para função de confiança a regra é diversa; o início do exercício de fun-
ção de confiança deve coincidir com a data de publicação da designação.
4. ESTABILIDADE
O artigo 41 da CF, diz ser estável após três anos de serviço o servidor nomeado em cargo em
provimento efetivo. Somente podendo perder o cargo nas seguintes hipóteses.
•• Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
•• Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
•• Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
Obs.: os servidores detentores de cargos em comissão não adquirem estabilidade, a mesma
regra aplica-se aos detentores de emprego público.
Art. 41, CF/88 – São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei comple-
mentar, assegurada ampla defesa.
5. ESTÁGIO PROBATÓRIO
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Obs.: a lei 10.460/88 em seu Artigo 39 diz que o funcionário nomeado para cargo de provimen-
to efetivo fica sujeito a um período de estágio probatório de 2 (dois) anos, com o objetivo de
apurar os requisitos necessários à sua confirmação no cargo para o qual foi nomeado.
6. VACÂNCIA
Denomina vacância as hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo, tornando-o passível
de ser preenchido por outra pessoa. As hipóteses de vacância estão enumeradas no artigo 33
da lei 8.112/90 e são as seguintes:
a) Exoneração
b) Demissão
Obs.: Importante frisar que exoneração não tem caráter punitivo, enquanto a demissão tem.
c) Promoção
d) Readaptação
e) Aposentadoria
f) Posse em outro cargo inacumulável
g) Falecimento
7. REMOÇÃO
Trata-se do deslocamento do servidor para exercer suas atividades em outra unidade do mes-
mo quadro de pessoal, ou seja, o servidor permanece no mesmo cargo, sem qualquer alteração
no seu vinculo funcional com a administração. Tem previsão no artigo 36 da lei 8.112/90 e no
artigo 44 da Lei 10.460/88.
A remoção pode implicar, ou não, mudanças na localidade de exercício do servidor. O servi-
dor pode, simplesmente, ser removido da Delegacia da Receita Federal de Porto Alegre para a
Inspetoria da Receita Federal de Porto Alegre. Diversamente, o servidor pode ser removido da
Delegacia da Receita de Manaus para a Delegacia da Receita no Rio de Janeiro.
Obs.: deve-se enfatizar que a remoção não é sinônimo de transferência. A transferência era for-
ma de provimento (a remoção não é forma de provimento) prevista originariamente no art. 8º,
IV, da Lei 8.112/90, consistente na passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de
igual denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso, de órgão ou instituição do mes-
mo poder. A forma de provimento transferência foi declarada inconstitucional pelo STF (ADI
231 e ADI 837) e posteriormente expressamente revogada.
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8. REDISTRIBUIÇÃO
1. CONCEITO
2. EVOLUÇÃO
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Em grande parte, essa situação resultou da então concepção político-teleológica que susten-
tava a origem divina do poder. Os governantes eram considerados “representantes de Deus na
terra”, escolhidos e investidos diretamente pela própria divindade. Por isso, eventuais prejuízos
causados pelo Estado deveriam ser atribuídos à providência divina e, se Deus não erra, o atri-
buto da inerrância se estendia aos governantes nomeados por Ele.
Essa inerrância dos governantes foi sintetizada em duas frases que resumiam bem o espirito do
período: “o rei não erra” (“the king can do wrong” ou “ler oi ne peut mal faire”) e “aquilo que
agrada o príncipe tem força de lei” (“quod principi placuit habet vigorem”).
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3. FUNDAMENTOS JUSTIFICADORES DA
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO
Reza o Art. 37, § 6º da Constituição: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito pri-
vado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa quali-
dade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de
dolo ou culpa.
Esse dispositivo regula a responsabilidade objetiva da Administração, na modalidade risco ad-
ministrativo, pelos danos causados por atuação de seus agentes. Não alcança, conforme se verá
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adiante, os danos ocasionados por omissão da Administração Pública, cuja indenização, se ca-
bível, é regulada pela teoria subjetiva.
Esse dispositivo se aplica a todas as pessoas jurídicas de direito público, o que inclui a Admi-
nistração Direita (Municípios, Estados, Distrito Federal e União), as autarquias e as fundações
públicas de direito público, independentemente de suas atividades. Alcança, também, todas
as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos, o que inclui as empre-
sas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos, fundações
públicas de direito privado que prestem serviços públicos, e também as pessoas privadas dele-
gatárias de serviço públicos, não integrantes da Administração Pública (concessionárias e per-
missionárias de serviços públicos). Não inclui as empresas públicas e sociedades de economia
mista exploradoras de atividades econômicas. Estas respondem pelos danos que seus agentes
causarem a terceiros da mesma forma que respondem as demais pessoas privadas, regidas
pelo Direito Civil ou pelo Direito Comercial.
Obs.: em 26 de agosto de 2009, o plenário do Supremo Tribunal Federal – com reconhecimento
de repercussão geral – asseverou que há responsabilidade civil objetiva das empresas que pres-
tam serviço público mesmo em relação aos não usuários do serviço. (RE 591.874/MS)
Imprescindível para configurar a responsabilidade civil da Administração Pública é que o ato
danoso seja praticado pelo agente público como decorrência de sua condição de agente públi-
co, ou das atribuições de sua função pública, ainda que na realidade, o agente esteja atuando
ilicitamente, extrapolando sua esfera legal de competências: o que importa é a qualidade de
agente público ostentada na atuação do agente, é irrelevante perquirir se o agente público cau-
sador do dano estava agindo dentro, fora ou além de sua competência legal: basta que, ao pra-
ticar o ato, lícito ou ilícito, o agente público esteja atuando “na qualidade de agente público”.
Obs.: a responsabilidade da Administração pública fica excluída na hipótese de ser demonstra-
da culpa exclusiva do particular que sofreu o dano. A prova, entretanto, é ônus da Administra-
ção. Não sendo possível provar culpa do particular, cabe ao Estado a reponsabilidade civil pelo
dano.
A Constituição de 1988 não traz qualquer regra expressa relativa a responsabilidade civil por
eventuais danos ocasionados por omissões do Poder Público.
Nossa Jurisprudência, entretanto, com amplo respaldo da doutrina administrativista, construiu
o entendimento de que é possível, sim, resultar configurada responsabilidade extracontratual
do Estado nos casos de danos ensejados por omissão do Poder Público.
Nessas hipóteses, segundo a citada jurisprudência, reponde o Estado com base na teoria da
culpa administrativa. Trata-se, portanto, de modalidade de responsabilidade civil subjetiva,
mas à pessoa que sofreu o dano basta provar (o ônus da prova é dela) que houve falta na pres-
tação de um serviço que deveria ter sido prestado pelo Estado, provando, também, que existe
nexo causal entre o dano e essa omissão estatal.
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É importante frisar que a atribuição de responsabilidade civil subjetiva na modalidade culpa ad-
ministrativa em face da omissão do Estado é uma regra gral. Isso porque há situações em que,
mesmo diante da omissão, o Estado responde objetivamente.
Nas situações em que o Estado está na posição de garante, quando tem o dever legal de assegu-
rar a integridade de pessoas ou coisas sob sua guarda, custódia ou proteção direta, responderá
ele com base na teoria do risco administrativo, terá responsabilidade extracontratual objetiva
pelo dano ocasionado pela sua omissão às pessoas ou coisas que estavam sob sua custódia ou
sob sua guarda.
Ex.: guarda de crianças em Escola Pública, custódia de Detentos.
7. DANO NUCLEAR
A Constituição Federal, no seu art. 21, XXIII, “d”, afirma, categoricamente, que a responsabili-
dade civil da União, no caso de danos nucleares “independe da existência de culpa”. Ora, como,
no art. 37, § 6º, a mesma estabelece que a responsabilidade civil do Estado é do tipo objetiva,
o professor Marcelo Alexandrino pensa que, especificamente em relação ao dano nuclear, o
constituinte pretendeu deixar claro que a responsabilidade civil será do tipo objetiva também
no caso de omissão do Poder Público.
8. ATOS LEGISLATIVOS
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9. ATOS JURISDICIONAIS
Assim como em relação aos atos legislativos, a regra é a inexistência de responsabilidade civil
por atos jurisdicionais. Especificamente em relação ao erro judiciário e prisão além do tempo
fixado na sentença (art. 5º, LXXV, CF), excepciona-se essa regra. Nessa hipótese, a responsabi-
lidade extracontratual do Estado é objetiva, isto é, independe de dolo ou culpa do magistrado.
Deve-se enfatizar que o erro judiciário de que trata a Constituição Federal, restringe-se a erro
concernente á esfera penal.
Obs.: há que se destacar a regra constante no Código de Processo Civil, que estatui a responsa-
bilidade do juiz quando proceder com dolo, inclusive fraude, bem como quando recusar, omitir
ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da
parte (art. 133, CPC). Nesse caso, a responsabilidade é pessoal do juiz, a quem cabe o dever de
reparar os prejuízos que causou, mas só alcança suas condutas dolosas, e não eventuais erros
decorrentes de culpa, ainda que acarretem dano às partes.
Todo aquele que for patrimonialmente lesado por conduta omissiva ou comissiva de agente
público pode pleitear administrativa ou judicialmente a devida reparação. Mais comum, entre-
tanto, é a opção pela via judicial por meio da propositura da ação indenizatória.
A ação indenizatória é aquela proposta pela vítima contra a pessoa jurídica à qual o agente pú-
blico causador do dano pertence.
No julgamento do RE 327.904/SP, o Supremo Tribunal Federal passou a rejeitar a propositura
de ação indenizatória diretamente contra o agente público. Passando a admitir apenas em face
da pessoa jurídica.
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A ação regressiva é proposta pelo Estado contra o agente público causador do dano, nos casos
de culpa ou dolo. Tem como pressuposto já ter sido o Estado condenado na ação indenizatória
proposta pela vítima.
Como a Constituição Federal determina que a ação regressiva é cabível nos casos de dolo ou
culpa, impõe-se a conclusão de qua a ação regressiva é baseada na teoria subjetiva.
Obs.: predomina o entendimento de que a ação regressiva é imprescritível com fundamento no
art. 37, § 5º, da Constituição Federal.
Um mesmo ato lesivo de um agente público pode resultar em sua responsabilização cumulativa
nas esferas administrativa civil e penal.
Em principio os três processos para apuração das responsabilidades civil, penal e administrativa
são independentes, razão pela qual as sanções podem cumular-se. Entretanto quando a orbita
penal estiver envolvida, é possível ocorrer exceção à regra de independência das esferas de res-
ponsabilidade, sendo que, nesses casos as demais esferas estarão vinculadas:
a) Condenação criminal do servidor.
b) Absolvição pela inexistência do fato ou pela negativa de autoria.
Obs.: a absolvição por ausência de tipicidade ou culpabilidade penal, por insuficiência de pro-
vas, ou qualquer outro motivo não vincula as demais esferas.
1. CONCEITO
Conjunto de instrumentos que o ordenamento jurídico estabelece a fim de que a própria admi-
nistração pública, os poderes judiciário, legislativo e ainda o povo diretamente ou por meio de
órgãos especializados, possam exercer o poder de fiscalização, orientação e revisão da atuação
administrativa de todos órgãos, entidades e agentes públicos, em todas as esferas de poder.
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2. OBJETIVOS
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, os mecanismos de controle sobre a Administra-
ção Pública têm como objetivos fundamentais garantir o respeito aos direitos subjetivos dos
usuários e assegurar a observância das diretrizes constitucionais da Administração.
3. NATUREZA JURÍDICA
a) Controle interno
Controle interno é aquele exercido dentro de um mesmo Poder, seja o exercido no âmbito hie-
rárquico, seja o exercido por meio de órgãos especializados, sem relação hierárquica com o
órgão controlado, ou ainda o controle que administração direita exerce sobre a administração
indireta de um mesmo poder.
Ex.: controle que as chefias exercem sobre os atos de seus subordinados dentro de um órgão
público.
b) Controle Externo
Diz-se externo o controle quando exercido por um Poder sobre os atos administrativos pratica-
dos por outro Poder.
Ex.: sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbita do
poder regulamentar (art. 49, V, CF); anulação de ato do Poder Executivo por decisão Judicial,
julgamento anual, pelo Congresso Nacional, das contas prestadas pelo Presidente da República
e a apreciação dos relatórios por ele apresentados sobre a execução dos planos de governo
(art. 49, IX, CF).
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c) Controle popular
Como decorrência do principio da indisponibilidade do interesse público, a Constituição con-
tém diversos dispositivos que dão aos administrados a possibilidade de – diretamente ou por
intermédio de órgãos especializados – verificarem a regularidade da atuação da administração
pública e impedirem a pratica de atos ilegítimos, lesivos ao individuo ou à coletividade, ou pro-
voquem a reparação dos danos deles decorrentes.
Ex.: Ação Popular (art. 5, LXXIII, CF): “qualquer cidadão é parte legitima para propor ação popu-
lar que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural”.
b) Controle concomitante
Como o nome indica, é exercido durante a realização do ato e permite a verificação da regulari-
dade de sua formação.
Ex.: fiscalização da execução de um contrato administrativo, acompanhamento de um concurso
pela corregedoria competente, etc.
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4.3 Conforme ao aspecto controlado:
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b) Controle mérito
Visa verificar a oportunidade e a conveniência administrativas do ato controlado. Trata-se, por-
tanto, de atuação discricionária, exercida, igualmente sobre atos discricionários e válidos.
O controle de mérito propriamente dito é um controle administrativo, que como regra, compe-
te exclusivamente ao próprio Poder que, atuando na função de administração pública, editou o
ato administrativo.
Tradicionalmente afirma-se não caber ao Poder Judiciário exercer controle de mérito sobre
atos praticados pelo Poder Executivo (tampouco pelo Legislativo, no exercício de função admi-
nistrativa). Essa afirmação está absolutamente correta, mas deve ser entendida em seus preci-
sos termos.
Sempre que o judiciário entender que o ato é ilegal ou ilegítimo, promovera sua anulação, nun-
ca a sua revogação, porque esta se refere a juízo de oportunidade e conveniência administrati-
vos, concernente a atos discricionários, e não à apreciação da validade do ato.
O resultado do exercício do controle de mérito é, portanto, a revogação, pela administração, de
atos discricionários por ela própria regularmente editados; atos plenamente validos que pas-
saram a ser considerados inconvenientes. Assim o poder judiciário nunca realiza controle de
mérito de ato praticado por outro poder.
O que se vem de afirmar não deve ser confundido com o controle de legalidade ou legitimidade
que o Judiciário exerce sobre os limites da válida atuação discricionária da administração.
O judiciário utilizando dos princípios administrativos fundamentais, especialmente os princí-
pios implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade, poderá decidir que a atuação discricio-
nária que a administração alega ter sido legitima foi, na verdade, uma atuação fora da esfera
legal de discricionariedade, foi uma atuação, simplesmente ilegal ou ilegítima.
Portanto, pode ocorrer de o Poder Judiciário, por exemplo, anular um ato administrativo de
aplicação de uma penalidade disciplinar por entender a sanção desproporcional aos motivos
declarados pela administração, ou anular um ato administrativo de dispensa de licitação por
considerar inexistente a alegada situação emergencial apontada como motivo pela administra-
ção etc.
Deve restar claro, igualmente, que em tais situações o resultado da atividade jurisdicional é a
anulação do ato administrativo viciado. Em nenhuma hipótese é possível a revogação, pelo Po-
der Judiciário, de atos praticados pelo Poder Executivo (ou Poder Legislativo).
A revogação tem por fundamentos o poder discricionário. Somente pode ser realizada pela
própria administração e pode, em principio, alcançar qualquer ato discricionário, resguarda-
dos, entretanto, os direitos adquiridos. Em todos os casos, como o ato revogado era um ato
válido, sua revogação somente pode produzir efeitos prospectivos (ex nunc).
Por fim, é correto afirmar, que o Poder Judiciário nunca revogará um ato administrativo no
exercício de sua função típica jurisdicional. Todavia, os atos administrativos editados pelo pró-
prio Poder Judiciário, no exercício de suas funções administrativas, somente poderão ser revo-
gados por ele próprio, neste caso não estará realizando atividade jurisdicional, mas sim admi-
nistrativa.
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4.4 Quanto à amplitude:
a) Controle hierárquico
Decorre do escalonamento vertical de órgãos da administração direta ou do escalonamento
vertical de órgãos integrantes de cada entidade da administração indireta. O controle hierár-
quico é sempre um controle interno. É típico do Poder Executivo, mas nada impede que exista
escalonamento vertical entre órgãos administrativos e agentes públicos nos Poderes Legislati-
vo e judiciário, resultando na relação superior-subordinado, com a consequente e automática
existência de controle hierárquico.
Sempre que, dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica, houver escalonamento ver-
tical entre órgãos ou entre agentes públicos, haverá controle hierárquico do superior sobre os
atos praticados pelos subordinados.
Em razão de sua natureza, o controle hierárquico é pleno (irrestrito), permanente e automático
(não depende de norma específica que estabeleça ou autoriza).
b) Controle finalístico
É aquele exercido pela administração direta sobre a pessoas jurídicas integrantes da adminis-
tração indireta.
Como resultado da descentralização administrativa, compõem a administração pública não só
os órgãos da administração direta, que integram a estrutura de uma única pessoa (União, es-
tados, municípios e Distrito Federal), mas também outras pessoas jurídicas, com autonomia
administrativa e financeira, vinculadas (e não subordinadas) à administração direta.
Em razão da autonomia administrativa mencionada, o controle das entidades da administração
indireta em muito difere do controle hierárquico pleno e automático.
O controle finalístico também denominado pela doutrina de tutela administrativa, e pelo De-
creto-lei 200/67 de supervisão ministerial, depende de norma legal que o estabeleça, deter-
mine os meios de controle, os aspectos a serem controlados e as ocasiões de realização do
controle. Deve, ainda, ser indicada a autoridade controladora e as finalidades objetivadas.
5. CONTROLE ADMINISTRATIVO
É o controle que a própria administração pública realiza sobre suas atividades rotineiras, é mo-
dalidade de controle interno, fundado no poder de autotutela, exercido pelo Poder Executivo e
pelos órgãos administrativos dos Poderes Legislativo e Judiciário sobre sua própria atuação ad-
ministrativa, tendo em vista aspectos de legalidade e de mérito administrativos (conveniência e
oportunidade), cuja expressão está sintetizada na Súmula 473 do STF, com a seguinte redação:
Súmula nº 473, STF. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga los, por motivo de con-
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6. CONTROLE LEGISLATIVO
A fiscalização que da administração pública exercida pelo poder legislativo é usualmente de-
nominada controle legislativo. Como existe administração pública em todos os Poderes da Re-
pública, é evidente que as prerrogativas do Poder Legislativo incluem a fiscalização da atuação
administrativa em todos eles.
Entretanto, o controle que o Poder Legislativo exerce sobre os atos de sua própria administra-
ção pública tem natureza diversa daquele que ele realiza sobre a atuação administrativa dos
Poderes Executivo e judiciário. Na primeira hipótese, temos controle interno, ao passo que nos
outros casos existe controle externo.
O controle legislativo – por vezes chamado controle parlamentar – pelo fato de ser um controle
externo, somente pode ocorrer nas situações e nos limites diretamente previstos na Constitui-
ção Federal.
O controle legislativo possui marcada índole política, razão pela qual ele não se limita ao estrito
controle de legalidade formal, abrangendo outros aspectos, como a eficiência, e para alguns
autores, até mesmo a conveniência pública de determinadas atuações do Poder Executivo. Os
casos em que o Poder Legislativo realiza controle de mérito administrativo no exercício do con-
trole externo são aqueles em que a Constituição Federal, diretamente, atribui a ele competên-
cia para, discricionariamente, intervir em determinada atuação do Poder Executivo.
7. CONTROLE JUDICIÁRIO
O denominado controle judiciário, ou judicial, é o controle exercido pelos órgãos do Poder Ju-
diciário, no desempenho da atividade jurisdicional, sobre atos administrativos praticados pelo
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Poder Executivo, bem como sobre os atos administrativos editados, no exercício da atividade
administrativa, pelo Poder Legislativo e pelo próprio poder Judiciário.
O controle judicial verifica exclusivamente a legalidade ou legitimidade dos atos administra-
tivos, nunca o mérito administrativo. Trata-se, em regra, de um controle posterior, corretivo,
incidente sobre atos já praticados.
Mediante o exercício do controle judicial dos atos administrativos pode ser decretada a sua
anulação (nunca a revogação, pois esta decorreria de controle de mérito). Não se deve, entre-
tanto, confundir a vedação de que o Judiciário aprecie o mérito administrativo com a possibili-
dade de aferição pelo Poder Judiciário dos atos Discricionários.
Com efeito, os atos discricionários podem ser amplamente controlados pelo Judiciário, no que
respeita a sua legalidade ou legitimidade. Por exemplo, um ato discricionário do Poder Execu-
tivo pode ser anulado pelo Poder Judiciário em razão de vício de competência, de desvio de
finalidade, etc.
Ainda, os controles de razoabilidade e proporcionalidade possibilitam anulação, pelo Poder Ju-
diciário, de atos discricionários que tenham sido praticados fora da esfera de mérito adminis-
trativo estabelecida pela lei.
Em resumo, o Poder Judiciário pode, sempre, desde que provocado, anular atos administrati-
vos, vinculados ou discricionários, que apresentem vícios. O que não se admite é que o Poder
Judiciário revogue um ato praticado pelos demais poderes.
1. BASE CONSTITUCIONAL
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Público benefícios fiscais ou creditícios), civil (ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio, multa civil) e política (suspensão dos direitos políticos).
Em consonância com o estabelecido no próprio texto constitucional (art. 37, § 4º), a Lei
8.429/92 exige integral ressarcimento ao erário, sempre que houver dano ao patrimônio (em
sentido econômico) ocasionado por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de ter-
ceiro. Determina, ainda, no caso de enriquecimento ilícito, a perda dos bens ou valores acresci-
dos ao patrimônio do agente público ou terceiro beneficiado.
Obs: Aos sucessores daquele que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer ilicitamen-
te estendem-se as sanções de natureza patrimonial, até o limite do valor da herança (art. 8º).
Muitas das condutas descritas como atos de improbidade administrativa na Lei 8.429/92 coin-
cidem com tipos penais, ou seja, também constituem crimes, previstos em leis penais. Nesses
casos, além das penalidades estabelecidas na Lei 8.429/92 para o ato de improbidade, o agente
responderá na esfera penal pela mesma conduta, tipificada como crime em uma lei penal, es-
tando sujeitos às penas na lei criminal.
A Lei 8.429/92 classifica os atos de improbidade administrativa em três grandes grupos (a rigor,
nem sempre se trata de atos administrativos propriamente ditos, porquanto alguns correspon-
dem a meras condutas, inclusive omissivas):
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III – perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou lo-
cação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor
de mercado;
IV – utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas
no artigo 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
V – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a explo-
ração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou
de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declara-
ção falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre
quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a
qualquer das entidades mencionadas no artigo 1º desta Lei;
VII – adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pú-
blica, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à
renda do agente público;
VIII – aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para
pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação
ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX – perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública
de qualquer natureza;
X – receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir
ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;
XI – incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores inte-
grantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no artigo 1º desta Lei;
XII – usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimo-
nial das entidades mencionadas no artigo 1º desta Lei.
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I – facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de
pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades mencionadas no artigo 1º desta Lei;
II – permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas
ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no artigo 1º desta
Lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
III – doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins
educativos ou assistenciais, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no artigo 1º desta Lei, sem observância das formalidades legais e regu-
lamentares aplicáveis à espécie;
IV – permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de
qualquer das entidades referidas no artigo 1º desta Lei, ou ainda a prestação de serviço por
parte delas, por preço inferior ao de mercado.
V – permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior
ao de mercado;
VI – realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou acei-
tar garantia insuficiente ou inidônea;
VII – conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII – frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensálo indevidamente;
IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;
X – agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à
conservação do patrimônio público;
XI – liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qual-
quer forma para a sua aplicação irregular;
XII – permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;
XIII – permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos
ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades
mencionadas no artigo 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades;
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços pú-
blicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamen-
tária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
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5. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E AÇÕES JUDICIAIS
5.1 Representação
A Lei 8.429/92 permite que qualquer pessoa represente à autoridade administrativa compe-
tente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade
(art. 14).
Por outro lado, a lei tipifica como crime a representação por ato de improbidade contra agente
público ou terceiro beneficiado, quando o autor da denúncia o sabia inocente. Além da sanção
penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à
imagem que houver provocado (art. 19).
A representação deverá ser escrita e assinada (admite-se a representação efetivada oralmente,
desde que seja reduzida a termo, isto é, passada a escrito). Dela devem constar a qualificação
do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que o
representante tenha conhecimento.
Se forem atendidos os requisitos da representação, a autoridade administrativa tem o dever
indeclinável de determinar a imediata apuração dos fatos, mediante a instauração de um pro-
cesso administrativo disciplinar.
A comissão encarregada da instrução do processo administrativo deve dar conhecimento da
existência dele ao Ministério Público e ao tribunal de contas competente, os quais poderão de-
signar representante para acompanhar o procedimento administrativo (art. 15).
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6. JUÍZO COMPETENTE
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Obs.: é oportuno registrar que as ações de improbidade administrativa estão expressamente
excluídas da competência dos Juizados Especiais Federais (art. 3, I, Lei 10.259/01).
7. PRESCRIÇÃO
As ações destinadas à aplicação das sanções previstas na Lei 8.429/92 prescrevem em até cinco
anos após o termino do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confian-
ça (art. 23, I).
Se o agente for titular de cargo efetivo ou emprego público, o prazo de prescrição das referidas
ações será o estabelecido em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a
bem do serviço (art. 23, II).
Cabe lembrar que as ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis, nos termos do
art. 37 § 5º, da Constituição de 1988.
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Edital
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Introdução
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Farei o meu melhor para que você tenha a melhor aula e saia daqui preparado para todos os
concursos que enfrentar. Caso deseje estar em contato comigo, deixo aqui alguns canais que
utilizo para estar mais próximos dos meus alunos:
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Feitas essas considerações iniciais, iniciemos a nossa caminhada rumo à aprovação! E vamos
que vamos...
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Direito Constitucional
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
PREÂMBULO
Segundo o STF, o preâmbulo não possui força normativa constitucional, logo, não pode
ser utilizado como parâmetro de Controle de Constitucionalidade.
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e
do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
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Princípios Fundamentais
A Forma de Estado adotada no Brasil é a Federativa. A Forma de Estado reflete o modo
de exercício do poder político em função do território. A Federação caracteriza-se por:
•• Forma composta ou complexa
•• Pluralidade de poderes políticos internos
•• Pluralidade de Constituições
•• Autonomia política de cada estado
•• Impossibilidade de secessão
•• Existência de uma Constituição Federal
•• A soberania pertence ao Estado Federal
•• Repartição de competências
•• Participação dos Estados-membros na formação da vontade nacional
•• Existência de um Guardião da Constituição Federal (STF)
•• Federalismo tricotômico, centrífugo e por desagregação
•• Cláusula pétrea (art. 60, § 4º, CF)
A Forma de Governo adotada no Brasil é a Republicana. A Forma de Governo reflete o
modo de aquisição e exercício do poder político, mede a relação entre o governante e o
governado. O Republicanismo caracteriza-se por:
•• Etimologia: “rés pública” (coisa pública)
•• Administração da coisa pública em prol da coletividade
•• Temporariedade do exercício do poder
•• Responsabilidade
•• Poder do povo
•• Princípio sensível (art. 34, VII, a, CF)
O Sistema de Governo adotado no Brasil é Presidencialista. O sistema de governo rege
a relação entre o Poder Executivo e o Legislativo medindo o grau de dependência entre
eles. O Presidencialismo caracteriza-se por: O Presidente é o Chefe de Estado, Chefe
de Governo e Chefe da Administração Pública; o presidente é eleito pelo povo direta
ou indiretamente; mandato certo; prevalece a separação entre o Poder Legislativo e
Executivo, independentes e harmônicos entre si.
O Regime de Governo adotado no Brasil é o Democrático. Caracteriza-se por ser: um
Estado Democrático de Direito, estado da social democracia, dignidade da pessoa
humana. Governo do povo, pelo povo e para o povo (soberania popular). Democracia
brasileira: semi-direta ou participativa. Princípio sensível (art. 34, VII, a, CF) .
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I – a soberania;
II – a cidadania
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
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Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
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Questões
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8. (CESPE – TRT8 – 2016)
A dignidade da pessoa humana é conceito
eminentemente ético-filosófico, insuscetí-
vel de detalhada qualificação normativa, de
modo que de sua previsão na Constituição
não resulta grande eficácia jurídica, em ra-
zão de seu conteúdo abstrato.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. C 5. E 6. E 7. C 8. E 9. E 10. C
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Introdução
Estudar a aplicabilidade das normas constitucionais é entender a capacidade que essas normas
tem de produzir efeitos. Esse é um tema muito interessante e que costuma ser cobrado em
prova, não só como o nome de aplicabilidade, mas também com o nome eficácia.
Os concursos de TRT costumam trabalhar esse tema de forma reiterada, exigindo do candidato
um domínio sobre as classificações dos dispositivos constitucionais bem como a compreensão
do conceito de cada instituto que trabalharemos aqui.
Vários doutrinadores aprofundaram seu estudo criando teorias e classificações, mas um nome
tem prevalecido como pensamento majoritário e por sua vez, adotado por todas as bancas de
concurso. Refiro-me ao professor José Afonso da Silva, cuja classificação estudaremos a partir
de agora.
Classificação
Primeiramente, José Afonso classificou a eficácia das normas constitucionais em duas espécies:
1. Eficácia jurídica
2. Eficácia social
Entende-se como eficácia jurídica a capacidade da norma constitucional produzir efeitos no
ordenamento jurídico. É uma eficácia normativa, que ocorre apenas no mundo das leis. É um
efeito muito interessante, principalmente se você considerar a Constituição como sendo a
norma mais importante do direito brasileiro. Sua posição hierárquica permite que ao ocorrer
alguma modificação no texto constitucional, este imediatamente irradie seus efeitos sobre as
demais normas infraconstitucionais revogando-as do ordenamento.
Já a eficácia social é o efeito causado na sociedade. É quando a norma constitucional modifica
a vida das pessoas na prática. É uma aplicabilidade concreta. É quando a constituição produz
efeitos na sociedade.
Para exemplificar essas duas classificações, eu pegarei um exemplo do texto constitucional. O
artigo 226, que trata da família, traz no seu parágrafo 6º o seguinte: O casamento civil pode ser
dissolvido pelo divórcio.
Eu gosto muito desse exemplo, pois ele permite entender a diferença das duas situações. Esse
dispositivo foi alterado em 2010 pela emenda constitucional nº 66. Antes, o texto permitia que
o casamento fosse dissolvido pela separação de fato, separação judicial ou pelo divórcio. Agora,
ele só permite que seja dissolvido por meio do divórcio. Com a alteração do dispositivo, no
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âmbito normativo teremos um efeito muito interessante que é a revogação de todas as normas
contrárias ao dispositivo, ou seja, qualquer lei infraconstitucional que verse sobre a separação
de fato ou separação judicial, por exemplo, não produzirá mais efeitos, pois a Constituição
possui eficácia jurídica. Da mesma forma, se algum indivíduo, estivesse querendo se separar da
sua esposa, não seria mais possível, pois a dissolução a partir de agora só poderá ocorrer por
meio do divórcio.
Percebeu a diferença? Eficácia jurídica opera no mundo jurídico enquanto a eficácia social
opera na sociedade.
Outra informação que deve estar sempre em sua mente e que te salvará nas provas é:
Toda norma constitucional possui eficácia jurídica,
mas nem toda norma constitucional possui eficácia social.
Esta premissa nos permite concluir ainda que todas as normas constitucionais possuem eficácia,
ao menos a eficácia jurídica.
José Afonso, ao chegar até aqui, percebeu que essa classificação era insuficiente para
compreendermos toda a dimensão da aplicabilidade social das normas constitucionais. Diante
disso, ele criou outras subclassificações as quais veremos aqui:
1. Eficácia social plena
2. Eficácia social contida
3. Eficácia social limitada
São consideradas normas de eficácia plena aquelas que possuem aplicação automática, que
são autoaplicáveis, ou seja, não dependem de outras normas para produzir efeitos. Dizemos
ainda que essas normas possuem aplicação direta, imediata e integral. A partir do momento
em que a norma entra na Constituição ela já produz efeitos práticos. É o que ocorre no artigo
230, §2º da Constituição:
Art. 230, §2º. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade
dos transportes coletivos urbanos.
Uma pessoa que completa 65 anos de idade não precisa de nenhuma intermediação legislativa.
Basta pegar o ônibus e usufruir do direito.
Como outros exemplos podemos citar os artigos 1º; artigo 2º, art. 5º, caput e incisos XXXV e
XXXVI; art. 19; art. 21; art. 53; art. 60, § 1º e 4º; art. 69; art. 128, § 5º, I e II; art. 145, § 2º; entre
outros.
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Art. 5º, XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;
É livre a escolha de qualquer trabalho, ofício ou profissão. Um indivíduo que deseja encontrar
um trabalho poderá escolher o trabalho que quiser. Ele poderá ser frentista de um posto, ou
mesmo um balconista de uma loja sem muito problema. Contudo, caso opte por ser médico,
não bastará a escolha, ele deverá se atentar as qualificações exigidas em lei, ou seja, para ser
médico, deverá cursar uma faculdade de medicina como condição para exercer a profissão.
Apesar da liberdade de escolha da profissão, algumas terão requisitos exigidos em outra norma
o que acaba por restringir a aplicabilidade prática do dispositivo constitucional.
Como outros exemplos podemos citar os artigos 5º, VII, XII, XIII, XV, XXVII, XXXIII; art. 9º; art. 37,
I; art. 170, parágrafo único; entre outros.
São consideradas normas com eficácia limitada as que não possuem por si só aplicabilidade
social. São normas que para serem utilizadas na prática precisam de um outra norma
regulamentadora que lhe dê eficácia. Por esta razão, dizemos que elas são aplicáveis de forma
mediata e indireta, diferentemente das duas anteriores que estudamos. A sua falta de eficácia
imediata lhe confere ainda uma aplicabilidade reduzida, mitigada, diferida. Enquanto não
forem regulamentadas, permanecem apenas com a eficácia jurídica mas sem aplicação prática.
Então tenha cuidado com isso aqui. Mesmo sem ser regulamentada, as normas de eficácia
limitada possuem eficácia, apenas a eficácia jurídica. Isso lhes confere um poder paralisante e
impeditivo, ou seja, ninguém está autorizado a contrariar seus preceitos. Trata-se de um efeito
vinculante a atividade estatal que se obriga a um comportamento negativo diante do preceito
constitucional limitando, assim, sua atuação.
Um exemplo bacana e que costuma cair em prova é o previsto no artigo 5º, XLIII da CF:
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XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
Veja que a Constituição Federal desejava criar vários crimes mas ela mesmo não o fez, pelo
contrário, mandou a lei cria-los. Pegando o crime de tortura como exemplo, temos aqui um
mandado de criminalização cuja a existência da lei condiciona a punição pelo crime. Se não
existir lei, não existirá o crime, exatamente pela impossibilidade de se identificar qual conduta
se encaixaria nessa previsão. Tanto é assim, que a lei de tortura, a lei 9.455, só entrou em vigo
em 1997, ou seja, durante esses nove anos ninguém poderia ser punido pela prática do crime
de tortura.
Mas o professor José Afonso não parou por aqui. Ele ainda classificou essa espécie em duas:
1. Normas de eficácia limitada de princípio institutivo
2. Normas de eficácia limitada de princípio programático
Também conhecidas como normas de princípio organizativo ou organizatório, as normas de
eficácia limitada de princípio institutivo costumam prever a criação de institutos ou estruturas.
Geralmente são utilizadas para organizar órgãos e entidades estatais. Um exemplo interessante
é o previsto no artigo 88 da CF:
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública.
Trata-se de um norma de eficácia limitada de princípio institutivo pois visa instituir os Ministérios
e órgãos da administração pública. Observe que a Constituição manda a lei criar as instituições.
Enquanto não houver lei, não haverá órgão da administração pública nem ministérios.
Outros exemplos que podem cair na sua prova: art. 18, § 2º; art. 22, parágrafo único; art. 25, §
3º; art. 33; art. 90, §2º; art. 102, §1º; art. 107, §1º; art. 113; art. 121; art. 125, §3º; 128, §5º; art.
131; dentre outros.
As normas de eficácia limitada de princípio programático são aquelas que apresentam
verdadeiros objetivos a serem perseguidos pelo Estado, programas a serem implementados.
Em regra possuem fins sociais. Exemplos: art. 7º, XI, XX, XXVII; art. 173, §4º; art. 196; art. 205;
art. 215; art. 218; art. 227; dentre outros.
O Supremo Tribunal Federal possui algumas decisões que conferiram o grau de eficácia limitada
aos seguintes dispositivos: art. 5º, LI; art. 37, I; art. 37, VII; art. 40, § 4º; art. 18, §4º.
O parágrafo 1º do artigo 5º da Constituição Federal prevê que:
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Quando a Constituição Federal se refere à aplicação de uma norma, na verdade está falando
da sua eficácia. Resta-nos saber o que o parágrafo 1º do artigo 5º da CF quis dizer com
“aplicação imediata”. Para você traduzir esta expressão basta analisar a explicação apresentada
acima. Segundo a doutrina, as normas que possuem aplicação imediata ou são de eficácia
plena ou contida. Ao que parece, o texto constitucional quis restringir a eficácia dos direitos
fundamentais em plena ou contida, não existindo, em regra normas definidoras de direitos
fundamentais com eficácia limitada. Entretanto, pelos próprios exemplos aqui apresentados,
não é esta a realidade do texto constitucional. Certamente, existem normas de eficácia limitada
entre os direitos fundamentais (7º, XI, XX, XXVII). A dúvida que surge então é: como responder
na prova?
A doutrina e o STF têm entendido que, apesar do texto expresso na Constituição Federal,
existem normas definidoras de direitos fundamentais que não possuem aplicabilidade
imediata, as quais são de eficácia limitada. Diante desta contradição, a doutrina tem orientado
no sentido de se conferir a maior eficácia possível aos direitos fundamentais. Em sua prova
pode ser cobrado tanto uma questão abordando o texto puro da Constituição Federal quanto o
posicionamento da doutrina. Responda conforme lhe for perguntado.
A Constituição previu dois instrumentos para garantir a efetividade das normas de eficácia
limitada: Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão e o Mandado de Injunção. Contudo,
a análise destes institutos ficará para uma próxima oportunidade. Até mais!
Para memorizar:
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Questões
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8. (CESPE – TRT8 – 2016) 10. (CESPE – TCE-RN – 2015)
Na jurisprudência do Supremo Tribunal Fe- Julgue o item seguinte, acerca da aplicabi-
deral (STF), considera-se que as normas lidade das normas constitucionais e dos di-
constitucionais possuem eficácia absoluta, reitos e garantias fundamentais.
imediata e diferida, sendo essa a classifica-
ção mais adotada também na doutrina. Em regra, as normas que consubstanciam
os direitos e as garantias fundamentais são
( ) Certo ( ) Errado de eficácia e aplicabilidade imediatas. Em
razão disso, havendo conflito entre um di-
9. (CESPE – TRE-MT – 2015) reito fundamental e outro direito constitu-
cionalmente previsto, o primeiro deverá
No que concerne à aplicabilidade das nor- prevalecer.
mas constitucionais, assinale a opção corre-
ta. ( ) Certo ( ) Errado
a) A norma constitucional que garante a
igualdade de todos perante a lei é uma
norma de eficácia plena, pois, embora
seu caráter seja de norma principiológi-
ca, sua aplicação é imediata e incondi-
cionada.
b) A norma que estabelece a liberdade
profissional condicionada ao atendi-
mento das qualificações profissionais
que a lei estabelecer é norma de eficá-
cia limitada, já que é possível impor li-
mitações ao exercício desse direito por
meio de lei.
c) Os princípios constitucionais são clas-
sificados como normas programáticas,
pois sua aplicação é subsidiária à das
regras constitucionais, nos casos de la-
cunas.
d) Normas constitucionais de eficácia ple-
na são aquelas que podem ser plena-
mente aplicadas para regular situações
concretas, independentemente da edi-
ção de leis ou outros atos normativos;
entretanto, lei posterior pode regular e
limitar sua aplicabilidade.
e) A norma que prevê o direito à proteção
do mercado de trabalho da mulher me-
diante incentivos específicos, na forma
da lei, é uma norma constitucional de
eficácia contida, pois estabelece parâ-
metros de atuação do Estado sem efeti-
vidade própria.
Gabarito: 1. E 2. A 3. C 4. E 5. E 6. E 7. C 8. E 9. A 10. E
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DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Introdução
TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
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Territórios
Os Territórios não são entes federativos pois não possuem capacidade política, apenas
administrativa. Possuem natureza jurídica de autarquia federal e só podem ser criados
por lei federal. Para sua criação se faz necessário a oitiva das populações diretamente
envolvidas por meio de plebiscito, parecer da assembléia legislativa e lei complementar
federal. Os territórios são administrados por governadores escolhidos pelo Presidente
da República além de poderem ser divididos em municípios. Cada território poderá
eleger 4 deputados federais mas não elegerá Senador da República.
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na
forma da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
CAPÍTULO II
DA UNIÃO
Art. 20. São bens da União:
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VIII – administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
privada;
IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;
X – manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços
de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a
criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 8, de 15/08/95:)
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de
água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV – organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de
âmbito nacional;
XVI – exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de
rádio e televisão;
XVII – conceder anistia;
XVIII – planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente
as secas e as inundações;
XIX – instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de
outorga de direitos de seu uso;
XX – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico
e transportes urbanos;
XXI – estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
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X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI – trânsito e transporte;
XII – jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV – populações indígenas;
XV – emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI – organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII – organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da
Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII – sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX – sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX – sistemas de consórcios e sorteios;
XXI – normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e
mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXII – competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII – seguridade social;
XXIV – diretrizes e bases da educação nacional;
XXV – registros públicos;
XXVI – atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal
e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização
nacional;
XXIX – propaganda comercial.
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas neste artigo.
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Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e
à inovação;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais
e de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração
social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
recursos hídricos e minerais em seus territórios;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
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Competências comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios
As competências comuns também são administrativas ou materiais. São comuns à
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Perceba que na competência comum
participam todos os entes federativos. Geralmente as questões de prova procuram
confundi-las com as competências exclusivas do artigo 21.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – juntas comerciais;
IV – custas dos serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação;
X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI – procedimentos em matéria processual;
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII – assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV – proteção à infância e à juventude;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer
normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência
suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.
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§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no
que lhe for contrário.
CAPÍTULO III
DOS ESTADOS FEDERADOS
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados
os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta
Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995)
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios
limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas
sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III – as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
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Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação
do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos
quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras
desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia
Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em
espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços
administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro,
em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a
posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto
no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados
por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
CAPÍTULO IV
DOS MUNICÍPIOS
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os
seguintes preceitos:
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano
anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso
de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 16, de1997)
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;
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IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação
dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até
30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58,
de 2009)
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até
50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº
58, de 2009)
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de
até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58,
de 2009)
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de
até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional
nº 58, de 2009)
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes
e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil)
habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e
de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta
mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes
e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil)
habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes
e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta
mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
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n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos
mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e
cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos
mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e
oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e
quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões)
de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda
Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de
habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de
habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de
habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de
habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 58, de 2009)
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
V – subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de
iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998)
VI – o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada
legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os
critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
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a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá
a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000)
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos
Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores
corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
VII – o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante
de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
VIII – inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato
e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1,
de 1992)
IX – proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao
disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do
respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
X – julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela
Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
XI – organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado
do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
XII – cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do
inciso X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado
do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
XIV – perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do
inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores
e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao
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somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e
159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
2000)
I – 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;
(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito)
II – 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000
(trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de
2009)
III – 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e
500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional
nº 58, de 2009)
IV – 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre
500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Redação dada pela
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
V – 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um)
e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº
58, de 2009)
VI – 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de
8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional
nº 58, de 2009)
§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha
de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
§ 2º Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
I – efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
II – não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 25, de 2000)
III – enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 25, de 2000)
§ 3º Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao §
1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
Art. 30. Compete aos Municípios:
I – legislar sobre assuntos de interesse local;
II – suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
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CAPÍTULO V
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
Seção I
DO DISTRITO FEDERAL
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios.
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§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato
de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e
militar e do corpo de bombeiros militar.
Competências Administrativas
Competências Legislativas
(Materiais)
•• Exclusiva (art. 21) •• Privativa (art. 22)
UNIÃO
•• Comum (art. 23) •• Concorrente (art. 24)
•• Concorrente suplementar (art. 24)
•• Comum (art. 23) •• Residual, reservada, remanescente
ESTADOS •• Residual, reservada, (art. 25, § 1º)
remanescente (art. 25, §1º) •• Por delegação da União (art. 22, § U)
•• Expressos (art. 25, § 2º e 3º)
•• Exclusiva (art. 30, I)
•• Comum (art. 23)
MUNICÍPIOS •• Suplementar a legislação federal e
•• Exclusiva (art. 30, III-IX)
estadual (art. 30, II)
•• Competência hibrida (Estados •• Competência hibrida
DISTRITO FEDERAL
e Municípios) (Estados e Municípios)
Seção II
DOS TERRITÓRIOS
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o
disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer
prévio do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na
forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros
do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a
Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
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Questões
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
A respeito dos princípios fundamentais Compete à União, aos estados e aos municí-
constantes da Constituição Federal de 1988 pios legislar concorrentemente sobre direi-
(CF), julgue o item a seguir. to eleitoral.
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8. (CESPE – TRE-RS – 2015)
O ordenamento jurídico constitucional bra-
sileiro admite o direito de secessão, que se
refere à descentralização político-adminis-
trativa.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. C 2. E 3. E 4. C 5. E 6. E 7. E 8. E 9. E 10. E
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PODER EXECUTIVO
Vamos entender agora como o Poder Executivo funciona no Brasil. A Constituição Federal se
preocupou nos artigos 76 ao 91 com as regras que regem o Executivo da União. São regras
que vão desde a eleição, passa pelas atribuições e vai até a responsabilidade do Presidente da
República. Estes artigos também trazem os órgãos auxiliares do Poder Executivo: Ministros de
Estado, Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional. Vamos a análise dos dispositivos.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de
Estado.
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1. Requisitos para ser presidente
•• Condições de elegibilidade previstas no artigo 14, §3º da CF;
•• Idade: 35 anos
•• Ser brasileiro nato conforme artigo 12, § 3º, I da CF;
2. Regras para eleição
•• Data da eleição:
a) 1º domingo de outubro para o 1º turno.
b) Último domingo de outubro para o 2º turno.
•• Sistema majoritário.
•• Vota no presidente e leva o vice de brinde!!!
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Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro
do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
Seção II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I – nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução;
V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
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VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº
32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)
VII – manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII – celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;
IX – decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X – decretar e executar a intervenção federal;
XI – remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos
em lei;
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV – nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI – nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da
União;
XVII – nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII – convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII – enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
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XXIV – prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV – prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI – editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII – exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Seção III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I – a existência da União;
II – o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País;
V – a probidade na administração;
VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
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Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de
processo e julgamento.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I – nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal
Federal;
II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.
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Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no
exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas
nesta Constituição e na lei:
I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração
federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente
da República;
II – expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III – apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Presidente da República.
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
DO CONSELHO DA REPÚBLICA
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele
participam:
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
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IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V – os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI – o Ministro da Justiça;
VII – seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela
Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I – intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II – as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião
do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.
Subseção II
Do Conselho de Defesa Nacional
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como
membros natos:
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – o Ministro da Justiça;
V – o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
VI – o Ministro das Relações Exteriores;
VII – o Ministro do Planejamento.
VIII – os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 23, de 1999)
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I – opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta
Constituição;
II – opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III – propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do
território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
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Questões
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10. (CESPE – TRT8 – 2016)
Em processo de impeachment por crime de
responsabilidade, o contraditório e a ampla
defesa somente são exercidos pelo presi-
dente da República perante o Senado Fede-
ral, na fase de processo e julgamento.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. C 2. E 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. E 9. C 10. E
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PODER JUDICIÁRIO
Introdução
CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I-A – o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – o Superior Tribunal de Justiça;
II-A – o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
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§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação;
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VIII-A – a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância
atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XI – nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído
órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício
das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno,
provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal
pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos
e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial
e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de
mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XV – a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
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QUINTO CONSTITUCIONAL
Costumo dizer que o Quinto Constitucional é um presente de Deus. Isto porque esta
regra permite que uma pessoa se torne magistrado sem necessidade de realização
de concurso público para a magistratura. É uma porta de entrada destinada a quem
não é membro do Poder Judiciário. A regra do quinto decorre do fato de que 1/5 das
vagas em alguns tribunais são destinadas aos membros do Ministério Público ou da
Advocacia.
Um detalhe que não pode ser esquecido é que para concorrer às vagas pelo quinto
constitucional faz-se necessário que os membros do Ministério Público e da Advocacia
possuam mais de 10 anos de experiência.
Outra questão muito importante é saber quais são os tribunais que permitem o
ingresso pelo quinto. Segundo o artigo 94 podem ingressar pelo quinto os membros do:
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais de Justiça dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios.
Ainda possuem um quinto das vagas para os Membros do MP e da Advocacia os
Tribunais Regionais do Trabalho e o Tribunal Superior do Trabalho conforme a previsão
dos artigos 111-A e 115 da Constituição.
Muito cuidado com uma pegadinha que já derrubou muito candidato em concurso. O
Superior Tribunal de Justiça também permite que membros do Ministério Público ou
da Advocacia nele ingressem, contudo, não são destinadas 1/5 das vagas, mas apenas
1/3 das vagas conforme prevê o artigo 104 da CF.
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GARANTIAS
As garantias são um conjunto de proteções que os membros do Poder Judiciário
possuem e que são inerentes ao exercício de suas funções. Uma observação se faz
necessária. Quando falo “membro do poder judiciário” me refiro ao titular da Função
Jurisdicional, ou seja, ao magistrado, ao juiz. Os demais servidores auxiliares do Poder
Judiciário não possuem as mesmas garantias dos Juízes.
A doutrina classifica as garantias dos magistrados em duas espécies:
1. Garantias de Independência
2. Garantias de Imparcialidade
As Garantias de Independência são proteções que garantem ao magistrado uma maior
tranquilidade para desempenhar suas funções. O objetivo é permitir ao Juiz segurança
no desempenhar de suas funções.
A Vitaliciedade é como se fosse a estabilidade do servidor público com uma diferença:
ela é bem mais vantajosa que a simples estabilidade. A Vitaliciedade garante ao
magistrado que perca o seu cargo apenas por sentença judicial transitada em julgado.
Como se pode ver é bem mais vantajosa que a estabilidade. Atenção para alguns
detalhes. A Vitaliciedade só será adquirida após dois anos de exercício no cargo.
Durante o estágio probatório do juiz, que dura 2 anos, ele poderá perder o cargo por
deliberação do próprio tribunal do qual o Juiz faz parte.
Um detalhe quase nunca percebido é que a exigência dos dois anos de exercício para
se adquirir a vitaliciedade só se aplica aos juízes do primeiro grau, ou seja, aos juízes
que ingressaram na carreira por meio de concurso público. Os Juízes que ingressam
diretamente no Tribunal, por meio do Quinto Constitucional ou mesmo no STJ pelo 1/3
das vagas, não precisam esperar os dois anos para adquirir a garantia. Para estes, a
vitaliciedade é imediata, sendo adquirida no momento em que ele pisa no Tribunal.
A Inamovibilidade prevê que o magistrado não poderá ser removido do local onde
exerce a sua função sem a sua vontade. Ele poderá julgar qualquer pessoa, conforme
sua convicção, sem medo de ser obrigado a deixar o local onde exerce sua jurisdição.
Esta garantia não é absoluta, pois poderá ser removido de ofício por interesse público
conforme preleciona o artigo 93, VIII.
A Irredutibilidade dos Subsídios representa a garantia de que o magistrado não poderá
ter redução em sua remuneração. A forma de retribuição pecuniária do magistrado
é por meio de subsídio, que equivale a uma parcela única. Por isso fala-se em
irredutibilidade dos subsídios.
O parágrafo único do mesmo artigo apresenta o rol de Garantias de Imparcialidade.
Estas normas são verdadeiras vedações aplicadas aos magistrados. São impedimentos
que visam garantir um julgamento imparcial, sem vícios ou privilégios. Por isso são
chamadas de garantias de imparcialidade. São elas:
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II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao
Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos
que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,
inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
41, 19.12.2003)
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem
como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada
a competência da Justiça Eleitoral.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a
conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações
penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo,
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas
de juízes de primeiro grau;
II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos,
verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) (Renumerado pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos
às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I – no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
com a aprovação dos respectivos tribunais;
II – no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais
de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
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§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar
o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos
de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor
necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade
e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem
como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento
de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
62, de 2009).
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação,
deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos
e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda
Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja
execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora,
para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação
sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora,
a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente
federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de
requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua
natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para
fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes
sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto
nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de
petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal
poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados,
Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e
prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
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§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
Seção II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente
da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o
mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-
Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito
Federal ou o Território;
f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns
e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;
h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente
for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo
Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
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l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de
atribuições para a prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente
interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam
impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade;
q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição
do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um
dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério
Público; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
b) o crime político;
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância,
quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
§ 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição,
será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado do parágrafo
único em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93)
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações
diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão
eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário
e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine
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a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma
legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato
ou texto impugnado.
§ 4º (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão
de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos
demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida
em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração
pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre
questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento
de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.
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§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que
indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a
procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará
que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso."
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de
2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
61, de 2009)
I – o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
61, de 2009)
II – um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
III – um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
IV – um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
V – um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VI – um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VII – um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
VIII – um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
IX – um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
X – um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
XI – um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República
dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
XII – dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
XIII – dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara
dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas
ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 61, de 2009)
§ 2º Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois
de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 61, de 2009)
§ 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações previstas neste artigo, caberá a escolha ao
Supremo Tribunal Federal.
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário
e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições
que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
I – zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar
providências;
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Seção III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
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Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente
da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I – um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores
dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II – um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I – processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos
de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos
ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante
tribunais;
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas
na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou
Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I,
"o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais
diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões;
g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre
autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre
as deste e da União;
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição
de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os
casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça
Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;
(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – julgar, em recurso ordinário:
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Seção IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
I – os Tribunais Regionais Federais;
II – os Juízes Federais.
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II – os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antigüidade e merecimento, alternadamente.
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§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais
e determinará sua jurisdição e sede. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I – processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da
União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal ou de juiz
federal;
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;
II – julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais
no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I – as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de
acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II – as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
III – as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
IV – os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V – os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A – as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
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VI – os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII – os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII – os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal,
excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX – os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
Militar;
X – os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI – a disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio
a outra parte.
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for
domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou
onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados
ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado,
sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei
poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional
Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com
a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de
Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência
para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, constituirá uma seção judiciária que terá por
sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.
Seção V
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I – o Tribunal Superior do Trabalho;
II – os Tribunais Regionais do Trabalho;
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III – Juizes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
§§ 1º a 3º (Revogados pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos
dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de
2016)
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
I – a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-
lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na
carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e
segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação
para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do T
rabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e
condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 24, de 1999)
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo
e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II – as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
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III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e
entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato questionado
envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto
no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos
de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus
acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado
às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a
Justiça do T rabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção
ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público,
o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do
Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
I – um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,
observado o disposto no art. 94;
II – os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva
jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as
fases do processo.
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Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
Parágrafo único. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
Art. 117. e Parágrafo único. (Revogados pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)
Seção VI
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I – o Tribunal Superior Eleitoral;
II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
III – os Juízes Eleitorais;
IV – as Juntas Eleitorais.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente
dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros
do Superior Tribunal de Justiça.
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional
Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de
notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os
desembargadores.
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de
direito e das juntas eleitorais.
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Seção VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
I – o Superior Tribunal Militar;
II – os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre
brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:
I – três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional;
II – dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da
Justiça Militar.
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça
Militar.
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Seção VIII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da
legitimação para agir a um único órgão.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do T ribunal de Justiça, a Justiça Militar
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça
e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre
a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo
ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes
militares. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do
processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais
funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas
especializadas, com competência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á
presente no local do litígio.
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•• Eleição: 2 desembargadores do TJ; 2 juízes de
direito do TJ;
•• 1 juiz do TRF ou juiz federal
TRE 7 ---------
•• Nomeação pelo Presidente da República: 2
advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral indicados pelo TJ
•• Ministros vitalícios
•• Nomeados pelo Presidente da República mediante
aprovação do Senado
•• 3 oficiais-generais da Marinha
•• 4 oficiais-generais do Exercito
STM 15 •• 3 oficiais-generais da Aeronáutica
•• 5 civis escolhidos pelo Presidente dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco anos sendo
três dentre advogados com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional e dois dentre juízes
auditores e membros do MPJM.
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Questões
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ria simples ou por comissão criada nesse tri- 9. (CESPE – PCPE – 2016)
bunal para julgar o caso.
Acerca do Poder Judiciário e das competên-
( ) Certo ( ) Errado cias de seus órgãos, assinale a opção correta.
a) Compete aos juízes de direito do juízo
7. (CESPE – ANTAQ – 2014) militar processar e julgar, singularmen-
te, os crimes militares cometidos contra
Com relação aos poderes da República, jul- civis.
gue o item subsequente. b) A disputa sobre direitos indígenas será
O estatuto da magistratura deve ser regula- processada e julgada perante a justiça
do por lei complementar, cuja proposição é estadual.
de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. c) Os crimes contra a organização do tra-
balho serão processados e julgados pe-
( ) Certo ( ) Errado rante a justiça do trabalho.
d) Não é necessário que decisões adminis-
trativas dos tribunais do Poder Judiciá-
8. (CESPE – TCDF – 2014)
rio sejam motivadas.
Acerca da administração pública e dos po- e) Compete ao Conselho Nacional de Jus-
deres da República, julgue os itens subse- tiça apreciar, de ofício, a legalidade dos
quentes. atos administrativos praticados por ser-
vidores do Poder Judiciário.
Além dos juízes oriundos dos tribunais re-
gionais federais e dos desembargadores 10. (CESPE – CAMARA – 2014)
advindos dos tribunais de justiça, comporão
o STJ, na proporção de um quinto de suas No que se refere ao Poder Judiciário e à ma-
vagas, advogados e membros do Ministério gistratura, julgue os itens subsequentes.
Público com mais de dez anos de atividade
De acordo com o STF, a garantia da inamovi-
efetiva e mais de dez anos de carreira, res-
bilidade não alcança juízes substitutos, ain-
pectivamente.
da que assegurados pelo instituto da vitali-
( ) Certo ( ) Errado ciedade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. D 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. C 8. E 9. A 10. E
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Introdução
Ministério Público
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
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§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,
observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e
funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do
prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Ministério Público
O Ministério Público possui três princípios institucionais sempre cobrados em prova:
1. Unidade – esse princípio revela que o Ministério Público é uma instituição única
chefiada por um procurador geral. Qualquer divisão interna ter caráter meramente
funcional;
2. Indivisibilidade – esse princípio diz que um membro nunca age em nome próprio,
mas sempre em nome da instituição. Desta forma, é possível realizar a troca de um
membro do MP em um processo, pois não é o membro por si mesmo que oficia,
mas o MP representado por seus órgãos;
3. Independência funcional – revela tanto a independência dos membros que
se submetem apenas a lei quanto a independência da instituição, que não está
subordinada a nenhum poder.
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e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Ministério Público
Lembre-se: não existe Ministério Público eleitoral. Quem faz esse trabalho é o MPF e
o MPE. Outra peculiaridade é que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da
União, é instituição autônoma ao Ministério Público e não possui a mesma natureza
deste.
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determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla
defesa;
IV – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
V – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação
do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem
prevista no art. 84, XI.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições
que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I – receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do
Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;
II – exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
III – requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e
requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
Conselho.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao
Conselho Nacional do Ministério Público.
Advocacia Pública
Seção II
DA ADVOCACIA PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que
dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos.
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Advocacia Pública
A advocacia pública faz a defesa dos entes públicos. No âmbito da União, está
representada pela Advocacia Geral da União. Ela será responsável pela defesa da
União e de todos os poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) bem como
prestará consultoria e assessoramento apenas ao Poder Executivo da União.
Advocacia Privada
SEÇÃO III
DA ADVOCACIA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Advocacia Privada
O Supremo Tribunal Federal já reconheceu a constitucionalidade do exame de ordem
como condição para o exercício da advocacia no Brasil.
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Defensoria Pública
SEÇÃO IV
DA DEFENSORIA PÚBLICA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados,
na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 80, de 2014)
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos
Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais. (Renumerado do parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 74, de 2013)
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso
II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão
remunerados na forma do art. 39, § 4º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Defensoria Pública
A Defensoria Pública tem como atribuição principal defender os interesses dos pobres
e hipossuficientes. É a advocacia gratuita. As Defensorias possuem autonomia para
realizarem sua própria gestão razão pela qual não se subordinará a nenhum poder.
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Questões
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matéria relacionada à defesa dos direitos 8. (CESPE – TJDFT – 2015)
dos quilombolas.
Julgue o item seguinte, a respeito das
( ) Certo ( ) Errado funções essenciais à justiça.
A defensoria pública possui legitimidade
5. (CESPE – DPU – 2016) para instauração de inquérito civil público.
Em relação aos Poderes Executivo, ( ) Certo ( ) Errado
Legislativo e Judiciário e à Defensoria
Pública (DP), julgue o item a seguir.
9. (CESPE – TJDFT – 2015)
Do princípio institucional da unidade não
decorre a vedação à existência de posições Julgue o item seguinte, a respeito das
discordantes entre os membros da DP, funções essenciais à justiça.
haja vista a independência funcional a eles O Ministério Público detém legitimidade
garantida. para postular, em juízo, direitos individuais
( ) Certo ( ) Errado homogêneos quando estes se enquadrem
como subespécie de direitos coletivos
indisponíveis e desde que haja relevância
6. (CESPE – DPU – 2016) social.
A respeito do Poder Judiciário e das funções ( ) Certo ( ) Errado
essenciais à justiça, julgue o item a seguir.
Os princípios institucionais da Defensoria 10. (CESPE – TJDFT – 2015)
Pública incluem a unidade, a indivisibilidade
e a independência funcional. Julgue o item seguinte, a respeito das
funções essenciais à justiça.
( ) Certo ( ) Errado
As defensorias públicas dos estados são
vinculadas ao Poder Executivo por meio das
7. (CESPE – TJDFT – 2015) secretarias de estado de justiça, sendo a
autonomia prevista apenas para a
Julgue o item seguinte, a respeito das Defensoria Pública da União.
funções essenciais à justiça.
( ) Certo ( ) Errado
Nas ações em que a defensoria pública atue
representando hipossuficiente contra a
fazenda pública, não cabe condenação em
honorários sucumbenciais.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. B 2. A 3. A 4. E 5. C 6. C 7. E 8. E 9. C 10. E
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SEGURANÇA PÚBLICA
CAPÍTULO III
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)
I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços
e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei;
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas
de competência;
III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
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§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército,
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança
pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de
2014)
I – compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
II – compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
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Questões
( ) Certo ( ) Errado ( ) Certo ( ) Errado
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8. (CESPE – PCDF – 2013)
Julgue o item abaixo, que versa sobre a
organização da segurança pública.
As polícias civis, às quais incumbem,
ressalvada a competência da União, as
funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais, exceto as militares,
subordinam-se aos governadores dos
estados, do DF e dos territórios.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. C 5. E 6. C 7. C 8. C 9. C 10. E
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ORDEM SOCIAL
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a
justiça sociais.
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social,
com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V – eqüidade na forma de participação no custeio;
VI – diversidade da base de financiamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite,
com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos
órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
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I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título,
à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata
o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
III – sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social
constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas
e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão
de seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei,
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou
estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como
os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de
uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos
termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas
ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de
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Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor,
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do
orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda Constitucional nº
29, de 2000)
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e
serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I – no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo
ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de
2015)
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II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que
se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso
II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §
3º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá:(Incluído
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I – os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 86, de 2015)
II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios,
objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 29, de 2000)
III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal,
estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
IV – (revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de
saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006)
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário
de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o
cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de
2010) Regulamento
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição
Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou
de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos
requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 51, de 2006)
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único
de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições
privadas com fins lucrativos.
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Seção III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
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§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando
se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho
do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão
devidamente atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998)
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente,
o valor real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
20, de 1998)
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado
facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos
do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei,
obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
(Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido
em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam
suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro
e o pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco
anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição
na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos
regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos
em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida
concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado.(Incluído dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para
efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na
forma da lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
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§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores
de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho
doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda,
garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas
e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência
social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma
autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de
benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à
gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos
estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não
integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios
concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na
qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas
controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de
previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às
empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos,
quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para
a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e
disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus
interesses sejam objeto de discussão e deliberação.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)
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Seção IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida
por sua família, conforme dispuser a lei.
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do
orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com
base nas seguintes diretrizes:
I – descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à
esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e
municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;
II – participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio
à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida,
vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
42, de 19.12.2003)
I – despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
II – serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
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CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
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§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher
como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos
pais e seus descendentes.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável,
o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram,
criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente
e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional
nº 65, de 2010)
I – aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-
infantil;
II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas
portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do
adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e
a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de
obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010)
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e
de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência.
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I – idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º,
XXXIII;
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CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação
dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e
cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente,
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e
a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do
Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação
nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do
Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população,
ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em
qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto
a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das
riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse
público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a
extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às
benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em
juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do
processo.
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Questões
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9. (CESPE – TJ-RR – 2013)
O casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio, desde que após prévia separação
judicial por mais de um ano nos casos ex-
pressos em lei, ou comprovada separação
de fato por mais de dois anos.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: 1. C 2. E 3. C 4. E 5. C 6. C 7. C 8. C 9. E 10. E
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Edital
DIREITO CONSTITUCIONAL
Escrivão de Polícia Substituto: 8 Poder judiciário. 8.1 Disposições gerais. 8.2 Órgãos do
poder judiciário. 9 Funções essenciais à Justiça. 9.1 Ministério Público, Advocacia Pública. 9.2
Defensoria Pública.
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Constitucional
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. Conceito
Direito Constitucional é o ramo do direito público interno que estuda a Constituição, ou seja, a
lei fundamental de organização do Estado, bem como os seus limites.
2. Constituição
É a lei fundamental de organização do Estado, ao estruturar e delimitar os seus poderes políti-
cos. A Constituição dispõe sobre os principais aspectos da sua estrutura, quais sejam:
3. Estado:
É uma sociedade política dotada de alguns elementos essenciais próprios que a distinguem das
demais, quais sejam: povo, território e soberania.
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3.1. elementos do Estado
3.1.1. povo:
É o elemento humano do Estado, o conjunto de pessoas que mantêm um vínculo jurídico-polí-
tico com o Estado, pelo qual se tornam parte integrante deste.
Obs.: não se confunde com os conceitos de população e nação. População é o conjunto de pes-
soas que se encontram no território de um determinado Estado, sejam nacionais ou estrangei-
ros. Já nação é o conjunto de pessoas que formam uma comunidade unida por laços históricos
e culturais, uma realidade sociológica.
3.1.2. Território:
É o elemento material do Estado, o espaço sobre o qual o Estado exerce a sua supremacia sobre
pessoas e bens.
Obs.: abrange, além do espaço delimitado entre as fronteiras do Estado, o espaço aéreo, navios
e aeronaves civis em alto-mar ou sobrevoando espaço aéreo internacional e navios e aeronaves
militares onde quer que estejam.
3.1.4. Finalidade:
É a realização do bem comum.
1. Direitos Fundamentais
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Obs.: a expressão DIREITOS HUMANOS é utilizada para designar direitos pertencentes ao
homem, universalmente considerado, sem referência a determinado ordenamento jurídico ou
limitação geográfica. Já os DIREITOS FUNDAMENTAIS são aqueles reconhecidos como tais em
determinado ordenamento jurídico, de certo Estado.
3. Características:
3.1. Historicidade:
Os direitos fundamentais derivam de longa evolução histórica, participando de um contexto histórico
perfeitamente delimitado. Não são obra da natureza, mas das necessidades humanas, ampliando-
se a depender das circunstâncias. Ex.: Direito de propriedade – art. 5º, inciso XXII, da CF;
3.2. Inalienabilidade:
São indisponíveis, ou seja, esses direitos são intransferíveis e inegociáveis. Os seus titulares não
podem vendê-los, aliená-los, comercializá-los, pois não têm conteúdo econômico. Ex.: a função
social da propriedade não pode ser vendida porque não corresponde a um bem disponível –
art. 5º, inciso XXIII, da CF;
3.3. Imprescritibilidade:
Não deixam de ser exigíveis em razão da falta de uso. Ex.: direito à vida – art. 5º, caput, da CF;
3.4. Irrenunciabilidade:
Nenhum ser humano pode abrir mão de possuir direitos fundamentais. Pode até não usá-los
adequadamente, mas não pode renunciar à possibilidade de exercê-los. Ex.: não ajuizamento
do mandado de segurança, algo que não o retira da Constituição – art. 5º, LXIX, da CF.
3.5. Universalidade:
Todos os seres humanos têm direitos fundamentais que devem ser devidamente respeitados,
em razão do princípio da dignidade da pessoa humana.
3.6. Inviolabilidade:
nas disposições infraconstitucionais ou nos atos das autoridades públicas, devem-se observar
os direitos fundamentais.
3.7. Efetividade:
O Poder Público, por meio de seus atos, deve ter por objetivo garantir a efetivação dos direitos
fundamentais.
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3.8. Interdependência:
Um direito ou garantia está ligado ao outro de modo a formar um sistema.
3.9. Complementaridade:
Os direitos fundamentais não devem ser interpretados isoladamente, mas sim de forma con-
junta.
3.10. Relatividade:
Os direitos fundamentais não são absolutos. MS 23.452/RJ, rel Min. Celso de Mello, DJ
12.05.2000.
Obs.: para Norberto Bobbio, a vedação da tortura e a vedação do trabalho escravo não direitos
absoluto, os quais devem ser exercidos de maneira irrestrita.
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DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º, XV, da CF – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Art. 5º, LXVIII, CF – conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder;
Obs.: Os remédios constitucionais são espécies de garantias constitucionais. Estas são, dessa
forma, mais abrangentes. Ex.: art. 5º, X, que estabelece o direito a intimidade, vida privada,
honra e imagem das pessoas, assegurando, em seguida, o direito a indenização em caso de
dano material ou moral provocado pela sua violação.
Art. 5º, X, da CF – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação;
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LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegali-
dade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercí-
cio de atribuições do Poder Público;
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f) Ação popular – art. 5º, LXXIII;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à morali-
dade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
i) Ação civil pública – art. 129, III – note que este remédio não consta do art. 5º e, portanto,
não é um direito fundamental.
Obs.1: A Constituição Federal dispõe em seu artigo 5º, LXXVII que são gratuitas:
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Art. 5º, § 1º, da CF – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata.
a) Princípio da eficácia direta ou imediata das liberdades públicas – existem direitos e garan-
tias fundamentais que podem ser aplicados diretamente pelo Judiciário nas relações entre
particulares, pois não precisam de lei para se tornar plenamente exequíveis. Ex.: direito à
privacidade – art. 5º, inciso X, da CF;
b) Princípio da eficácia irradiante das liberdades públicas – existem direitos e garantias fundamen-
tais que irradiam sua eficácia a todos os escaninhos da ordem jurídica, espargindo efeitos até
mesmo nas relações entre particulares. Ex.: devido processo legal, art. 5º, inciso LIV, da CF;
c) Princípio da eficácia indireta ou mediata positiva das liberdades públicas – existem direitos e
garantias fundamentais que, para serem aplicados pelo Judiciário nas relações entre particulares,
precisam de lei para se concretizar. Ex.: liberdade de trabalho – art. 5º, inciso XIII, da CF;
d) Princípio da eficácia indireta ou mediata negativa das liberdades públicas – existem direitos
e garantias fundamentais que não podem ser obstacuizados pela lei, sob pena de deixarem
de ser aplicados pelo Judiciário às relações entre particulares. Ex.: proibição do tratamento
desumano ou degradante – art. 5º, inciso III, da CF.
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No momento que são promulgadas, apresentam eficácia normativa, mas não efetividade (eficácia
social). Logo, não produzem todos os seus efeitos, os quais dependem de lei para se concretizar.
Daí a aplicabilidade reduzida dessas normas.
As normas limitadas podem ser de princípio institutivo e de princípio programático.
Normas limitadas por princípio institutivo – são que dependem de lei para dar corpo a institu-
tos, instituições, pessoas, órgãos ou entidades constitucionais.
A finalidade das normas institutivas é conseguir que a lei ordinária ou complementar as regu-
lem, definitivamente, de sorte que estejam aptas a estruturar institutos, instituições, órgãos ou
entidades.
Elas indicam, em seu próprio corpo, a legislação futura que deverá completar-lhes a eficácia.
Ex.: artigos 20, §2º; 32, §4º; 33; 37, XI; 88; 90, §2º; 91, §2º; 107, parágrafo único; 109, VI; 111,
§3º; 128, §5º.
Normas limitadas por princípio programático – são as que estatuem programas a serem desen-
volvidos pelo Estado.
Também conhecidas como normas programáticas, cingem-se a enunciar as linhas diretoras que
devem ser perseguidas pelos Poderes Públicos, como saúde, educação, lazer, moradia.
As normas programáticas não contemplam interesses ou direitos regulados em si, mas, apenas, me-
tas ou escopos a serem seguidos pelo Legislativo, Executivo e Judiciário. Buscam a consecução dos
fins sociais pelo Estado, motivo por que desempenham função eficacial de programa. Ex.: artigos 3º;
7º, XI, XX, XXVII; 21, IX; 23; 170; 173, §4º; 196; 205; 211; 215; 216, §3º; 218, caput; 226, §2º; 227.
5.6.1. o caput do art. 5º da CF deixa claro que os destinatários dos direitos individuais
e coletivos são os brasileiros e estrangeiros residentes no País.
Obs.1: E as pessoas jurídicas? As pessoas jurídicas são titulares de todos os direitos a ela com-
patíveis. Ex.: a liberdade de locomoção é incompatível e, portanto, a pessoa jurídica não tem
direito de impetrar habeas corpus em seu favor.
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DIREITO À VIDA
5.7.1. Início e fim da vida: a vida inicia-se com a nidação (fixação do ovo no útero
materno) e se finda com a morte encefálica (fim das funções vitais: atividade
cerebral, circulação e respiração).
Obs.1: são assegurados os direitos do nascituro desde à concepção – art. 2º, CC.
Obs.2: O STF decidiu, por maioria de votos (6x5), a constitucionalidade da norma (Lei
11.105/2005) que permite, para fins de pesquisa ou terapia, a utilização de células-tronco
obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados, desde que
de embriões inviáveis ou congelados há mais de três anos.
Obs.3: O Código Penal tutela o direito à vida por meio dos seguintes artigos: 121 ao 128.
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5.7.3. Pena de morte: a pena de morte é expressamente vedada pela CF, salvo nos
casos de guerra declarada (art. 5º, XLVII, da CF).
Obs.1: de acordo com o art. 84, XIX, da CF, compete ao Presidente da República declarar guerra.
5.7.4. Tortura:
Ddecorrente do direito à vida, a vedação da tortura ficou estabelecida no art. 5º, III, da CF. A
prática da tortura constitui crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia (art. 5º, XLIII).
Art. 5º, III, da CF – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
Art. 5º, XLIII, da CF – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terroris-
mo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
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DIREITO À LIBERDADE
5.8.1 Liberdade: é a faculdade que uma pessoa possui de fazer ou não fazer alguma
coisa.
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Art. 5º, VI, da CF – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias;
Art. 5º, VI, da CF – é assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Art. 5º, VII, da CF – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
nas entidades civis e militares de internação coletiva;
Obs.3: o art. 5º, VIII, firma que ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada
em lei.
Obs.: Nenhuma lei poderá restringir a liberdade de expressão, esta deve observar apenas as
restrições de ordem constitucional. Assim, então, estabelece a Constituição em seu art. 5º, IX
que Independe de licença ou censura para que possa se expressar em atividades artísticas, in-
telectuais, científicas, ou em meio de comunicação. E ainda no art. 220: A manifestação do pen-
samento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não
sofrerão qualquer restrição, observado o disposto na CF.
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•• Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade
de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social.
•• É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
•• A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de auto-
ridade.
Art. 5º, XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral [...].
Art. 5º, LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e
certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável
pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica
no exercício de atribuições do Poder Público;
É uma ação constitucional para proteger os indivíduos de banco de dados públicos ou abertos
ao público, com dupla finalidade: conhecimento do conteúdo das informações e concessão da
possibilidade de retificação.
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5.8.4 Liberdade de locomoção
Obs.: apenas em tempo de guerra podem ser feitas restrições à liberdade de locomoção.
5.8.4.1. Art. 5º, LXVIII – habeas corpus – remédio constitucional que assegura a
liberdade de locomoção.
5.8.5.1. Liberdade de reunião – art. 5º, XVI – requisitos para a reunião em locais
abertos ao público:
a) Reunião pacífica, sem armas;
b) Fins lícitos;
c) Desde que não frustrem reunião anteriormente convocada para o mesmo local;
d) Prévio aviso à autoridade competente.
Art. 5º, XVI, da CF – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio
aviso à autoridade competente;
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Obs.4: as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas por decisão judicial com
trânsito em julgado.
Art. 5º, XIII, da CF – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi-
das as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Obs.: A liberdade de profissão pode ser restringida pelo legislador infraconstitucional ao esta-
belecer qualificações profissionais.
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DIREITO DE IGUALDADE
5.9.1. Princípio da isonomia ou da igualdade – todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza – art. 5º, caput.
Art. 5º da CF – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
5.9.2. Igualdade:
Consiste em tratar igualmente os iguais, com os mesmos direitos e obrigações, e desigualmente
os desiguais, na medida de sua desigualdade.
Art. 226 da CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente
pelo homem e pela mulher.
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Obs.2: há apenas dois crimes imprescritíveis previstos na CF: a prática de racismo e a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
DIREITO À SEGURANÇA
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5.10.1.1. Direitos subjetivos em geral – encontra-se o direito à legalidade e à
segurança das relações jurídicas.
Art. 5º, II, da CF – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei.
Obs.1: Um indivíduo pode fazer tudo o que a lei não proíbe ou não determina.
Obs.2: Para a Administração Pública, o princípio da legalidade tem sentido restrito: o Poder
Público só pode fazer o que a lei autoriza – art. 37, caput.
Art. 5º, XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada.
Obs.1: ato jurídico perfeito – é o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se
efetivou. Ex.: quem já se aposentou.
Obs.2: direito adquirido – é o que pode ser exercido a qualquer momento, pois já incorporado ao
patrimônio de seu titular. Ex.: quem já completou os requisitos mínimos para a aposentadoria,
mas ainda não aposentou.
Obs.3: coisa julgada – é a decisão judicial da qual não caiba mais recurso.
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Art. 5º, X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.
Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
Obs.1: Casa é o lugar onde uma pessoa vive ou trabalha, não aberto ao público, reservado a sua
intimidade e a sua vida privada.
Obs.2: A definição de casa encontra-se nos art. 150, §4º, do CP. E o que não compreende casa
está no §5º do mesmo artigo.
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atividades ilícitas em seu interior. Desta forma, a inviolabilidade profissional do advogado, bem
como do seu escritório, serve para resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla
defesa, mas, se o investigado e o próprio advogado, ele não poderá invocar a inviolabilidade
profissional ou de seu escritório, já que a Constituição não fornece guarida para a prática de
crimes no interior de recinto.
Obs.1: a expressão “no último caso” compreende, de acordo com a jurisprudência, as comuni-
cações de dados e as comunicações telefônicas.
Obs.2: Consiste em exceção ao sigilo da correspondência, da comunicação telegráfica e telefô-
nica o constante do art. 136, I, “b”, CF e do art. 139, III, CF.
Art. 136, § 1º, da CF – O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo
de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e
limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I – restrições aos direitos de:
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
Art. 139 da CF. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137,
I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunica-
ções, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão,
na forma da lei;
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Art. 5º, XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a
direito;
Art. 5º, XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a
lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Art. 5º, LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade com-
petente;
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5.10.1.2.4.2. Garantias materiais:
Art. 5º, XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia co-
minação legal;
Art. 5º, XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Art. 5º, XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, es-
tendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido;
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Art. 5º:
XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza
do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com
seus filhos durante o período de amamentação;
Art. 5º:
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
h) Proibição da prisão civil por dívidas, salvo no caso de devedor de pensão alimentícia.
Art. 5º, LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadim-
plemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Art. 5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido proces-
so legal;
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b) Princípio do contraditório e da ampla defesa
Art. 5º, LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Art. 5º, LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença
penal condenatória;
Art. 5º, LVIII – o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal,
salvo nas hipóteses previstas em lei;
Art. 5º da CF:
LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamen-
tada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou
crime propriamente militar, definidos em lei;
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados ime-
diatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
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DIREITO DE PROPRIEDADE
5.11. Direito de Propriedade – art. 5º, XXII, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII,
XXIX, XXX.
Art. 5º da CF:
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano;
XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII – são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem
e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou
de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações
sindicais e associativas;
XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas,
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social
e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
XXX – é garantido o direito de herança;
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DIREITOS SOCIAIS
1. Conceito
Direitos sociais são direitos de conteúdo econômico-social que visam melhorar as condições
de vida e de trabalho para todos. São prestações positivas do estado em prol dos menos
favorecidos e dos setores economicamente mais fracos da sociedade.
Obs.: Embora os direitos sociais não sejam reconhecidos pacificamente como cláusulas pétreas,
a jurisprudência e doutrina os albergam pelo princípio da proibição do retrocesso.
Princípio este que se manifesta de duas formas:
2. Constituição de 1988
3. Classificação
Os direitos sociais são classificados, de acordo com José Afonso da Silva, da seguinte maneira:
a) Direitos sociais relativos ao trabalhador (art. 7º a 11);
b) Direitos sociais relativos à seguridade social, abrangendo os direitos à saúde, à previdência
social e à assistência social (art. 193 a 204);
c) Direitos sociais relativos à educação, à cultura e ao esporte (art. 205 a 217);
d) Direitos sociais relativos à família, à criança, ao adolescente, ao idoso e às pessoas
portadoras de deficiência (art. 226 a 230);
e) Direitos sociais relativos ao meio ambiente (art. 225).
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Art. 6º, da CF – São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Obs.: cabe lembrar que o direito à moradia foi inserido na Constituição por meio da EC nº
26/2000, o direito à alimentação por meio da EC nº 64 de 2010 e o direito ao transporte pela EC
nº 90/2015..
NACIONALIDADE
1. Conceito:
Nacionalidade é o vínculo jurídico e político pelo qual um indivíduo se torna parte integrante
do povo de um Estado.
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3. Critérios para a aquisição da nacionalidade primária.
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Obs.: como são nascidos no estrangeiro, o critério não pode ser o jus soli.
Obs.2: O critério adotado nesta hipótese é o jus sanguinis ou consanguinidade + o critério fun-
cional, pois deve estar a serviço do Estado brasileiro.
a) Estar a serviço da Administração Pública Direta, que compreende a União, Estados, Distrito
Federal e Municípios;
Obs.4: Basta que apenas um dos pais seja brasileiro, desde que esteja a serviço do Estado brasi-
leiro, para que o filho também seja brasileiro.
Obs.3: Esta hipótese esteve fora da Constituição de 1994 com a Emenda Constitucional de
Revisão nº 3 até 2007 com a Emenda Constitucional nº 54.
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5. Modos de aquisição da nacionalidade secundária brasileira (naturalização
é o ato pelo qual uma pessoa adquire a nacionalidade de outro Estado) – Art.
12, inciso II, da CF:
Obs.: aos estrangeiros não originários de países de língua portuguesa, os requisitos para a natu-
ralização ordinária estão previstos no art. 112 do Estatuto do Estrangeiro.
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Obs.: aos portugueses há dois caminhos para exercer os direitos de brasileiros naturalizados:
a) Primeiro: ele pode se naturalizar e perder a nacionalidade originária; ou
b) Segundo: estabelecer residência e solicitar a equiparação. Neste segundo caminho, o
português não perde a nacionalidade originária e, ainda, continua a ter todos os direitos de
brasileiro naturalizado.
Obs.2: A reciprocidade está prevista no Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a
República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22 de
abril de 2000 (data dos 500 anos do Brasil).
d) Naturalização extraordinária – art. 12, inciso II, alínea b, da CF: os estrangeiros de qualquer
nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze nos
ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
Obs.: esta naturalização também é conhecida como naturalização quinzenária.
Ob.2: enquanto na naturalização ordinária o Estado brasileiro possui discricionariedade para
conceder a naturalização (ou seja, concede se quiser – mesmo cumpridos todos os requisitos),
na naturalização extraordinária, o Estado brasileiro é obrigado a conceder, pois é direito subje-
tivo do requerente.
Art. 12, §1º: A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
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6.1. Cargos – art. 12, § 3º, da CF:
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6.3. – Extradição – art. 5º, LI, da CF: brasileiro nato nunca poderá ser
extraditado. Já o brasileiro naturalizado pode em duas hipóteses:
a) por crime comum praticado antes da naturalização; ou
b) quando comprovado envolvimento em tráfico ilícito de drogas, na forma da lei.
Art. 5º, LI, da CF – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
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Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o
selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Nacionalidade é um vínculo jurídico entre o indivíduo e o Estado, pelo qual o indivíduo se torna
parte integrante do povo de determinado Estado.
Cidadania é um vínculo político, próprio do nacional no exercício de seus direitos políticos, que
lhe confere o direito de participar da formação da vontade política do Estado.
Naturalidade é um simples vínculo territorial, indicando o local do nascimento.
2. Concepção de cidadania
3. Espécie de cidadania
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4. Aquisição da cidadania
5. Direitos políticos
Conceito: Os direitos políticos consistem no exercício da soberania popular por meio do direito
de votar e ser votado, da iniciativa popular, da propositura da ação popular e o de organizar e
participar de partidos políticos.
Os direitos políticos podem ser positivos ou negativos.
Direitos políticos positivos (ativos ou cidadania ativa ou capacidade eleitoral ativa) consistem
no direito de votar.
Já os direitos políticos negativos (passivos ou cidadania passiva ou capacidade eleitoral passi-
va) consistem no direito de ser votado.
a) Soberania popular
Refere-se ao regime político adotado no Brasil, que é o democrático, pois todo poder emana do
povo.
b) Sufrágio, voto e escrutínio
Sufrágio é o direito de participar da formação da vontade política do Estado, inclusive eleger e
ser eleito. O sufrágio pode ser universal, restrito, censitário e capacitário.
Voto é o exercício do direito de sufrágio.
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Escrutínio é o modo de exercício desse direito, abrangendo desde a votação até a apuração.
c) Voto direto, secreto, universal e periódico
O voto direto é exercido sem representantes. A única exceção está prevista no Art. 81, §1º, da
CF.
d) Democracia semidireta
O Brasil adota o regime político da democracia semidireta, em que o povo exerce o poder por
meio de representantes eleitos ou diretamente (CF, art. 1º, parágrafo único).
e) Plebiscito
Trata-se do direito de ser votado, do preenchimento dos requisitos exigidos pela lei para que
alguém possa eleger-se. Nem todo eleitor é elegível, apenas um conjunto mais restrito de cida-
dãos. A Constituição, em seu art. 14, § 3º, estabelece requisitos mínimos.
I — Nacionalidade brasileira. Somente os nacionais podem alistar-se como cidadãos. A nacio-
nalidade é um pressuposto da cidadania. Estrangeiros não possuem direitos políticos no Brasil,
com exceção dos portugueses com residência permanente, em razão da reciprocidade firmada
entre Brasil e Portugal (CF, art. 12, § 1º).
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II — Pleno exercício dos direitos políticos. Não basta a nacionalidade para o exercício da cida-
dania passiva. Para o cidadão estar no pleno gozo dos direitos políticos é necessário que não
tenha incorrido em nenhuma causa de perda ou suspensão desses direitos.
III — Alistamento eleitoral. Cidadão é o nacional no gozo de direitos políticos. A forma de
aquisição da cidadania é o ato de inscrição na Justiça Eleitoral. O título de eleitor é o documen-
to comprobatório da qualidade de cidadão.
IV — Domicílio eleitoral na circunscrição. O candidato a um cargo eletivo deve possuir vínculos
efetivos com as pessoas que possuem o direito de votar. Por essa razão, exige-se que tenha
domicílio eleitoral na circunscrição pela qual se pretende eleger. Considera-se como domicílio
eleitoral o local onde se encontra registrado o título de eleitor.
V — Filiação partidária. A cidadania passiva no Brasil pressupõe que o indivíduo faça parte de
algum partido político. Não se admitem candidaturas avulsas, independentes ou extrapartidá-
rias. É uma forma de prestigiar os partidos políticos. Para concorrer a qualquer cargo eletivo, o
pretendente deve estar, ao menos em tese, vinculado aos objetivos da agremiação política da
qual faça parte.
VI — Idade mínima. A Constituição estabelece idades mínimas para que alguém possa concor-
rer a cargos eletivos. Parte da suposição de que, com o passar dos anos, em razão das experi-
ências de cada um, as pessoas possuem maior maturidade para o exercício de determinados
cargos. A Constituição Federal estabelece as seguintes idades mínimas:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito ou juiz
de paz; e
d) dezoito anos para Vereador.
b) Menores de dezoito anos de idade. Dos dezesseis aos dezoito, o jovem pode inscrever-se
na Justiça Eleitoral, adquirindo cidadania ativa, enquanto à passiva só terá direito quando
completar dezoito anos de idade, quando poderá concorrer ao cargo de Vereador.
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normas sobre nacionalidade, cidadania e naturalização são de competência legislativa
privativa da União (CF, art. 22, I e XIII).
Direitos políticos negativos são normas que impedem a participação do cidadão no processo
político e nos órgãos governamentais, abrangendo a perda e suspensão de direitos políticos,
bem como as inelegibilidades.
a) Cassação, perda e suspensão de direitos políticos
A Constituição veda expressamente a cassação de direitos políticos, ou seja, a perda destes por
ato arbitrário do governo. A utilização da perda dos direitos políticos como um instrumento de
proscrição dos inimigos políticos foi prática comum adotada por regimes autoritários. A Cons-
tituição admite somente a perda e suspensão de direitos políticos nas hipóteses excepcional-
mente previstas no texto constitucional.
Perda é a privação definitiva de direitos políticos (por prazo indeterminado).
Suspensão é a privação temporária de direitos políticos.
Obs.: As hipóteses de perda e suspensão dos direitos políticos são as expressamente previstas
no art. 15 da Constituição Federal. Como observa José Afonso da Silva, esta não esclarece quais
as hipóteses de perda e quais as de suspensão de direitos políticos. Essa distinção é feita pela
doutrina e pela jurisprudência.
b) Perda de direitos políticos
A Constituição, em seu art. 15, contempla duas hipóteses de perda (privação definitiva) de
direitos políticos.
I – Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado. Se a nacionalidade é
pressuposto da cidadania, a perda da condição de nacional importa na decorrente perda dos
direitos políticos. Contudo, isso depende de decisão judicial transitada em julgado.
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A Constituição, em seu art. 15, contempla três hipóteses de suspensão (privação temporária)
de direitos políticos.
I – Incapacidade civil absoluta. A pessoa que não se encontra em condições de exercer os atos
da vida civil também fica impedida de exercer direitos políticos.
II – Condenação criminal transitada em julgado. As pessoas que violam as leis penais ficam
privadas de seus direitos políticos enquanto durarem os efeitos da condenação.
III – Prática de atos de improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º, da Constituição
Federal. A Lei n. 8.429/92 dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos
de prática de atos de improbidade administrativa. Entre as sanções previstas encontra-se a
suspensão de direitos políticos, variando de três a dez anos conforme a infração cometida.
d) Inelegibilidades
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§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos
e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para
um único período subsequente.
g) Desincompatibilização
Desincompatibilização é o ato pelo qual o cidadão se afasta de um cargo que ocupa para poder
concorrer a um cargo eletivo. O eleitor desvencilha-se da inelegibilidade a tempo de concorrer
a outra eleição.
8. Partidos políticos
Partidos políticos são associações constituídas para a participação da vida política de um país,
para a formação da vontade nacional, com objetivos de propagação de ideias e de conquista,
total ou parcial, do poder político.
Toda corrente político-ideológica existente na sociedade, para a eleição de representantes
nos Poderes Legislativo e Executivo, deve agrupar-se em um partido político. No Brasil não se
admitem candidaturas avulsas ou independentes.
a) Natureza de pessoa jurídica de direito privado
Após a Constituição de 1988, os partidos políticos adquiriram a natureza de pessoas jurídicas
de direito privado. A Constituição Federal, em seu art. 17, § 2º, estabelece que “os partidos
políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral”. A Lei n. 9.096/95, que dispõe sobre os partidos
políticos, esclarece, logo em seu art. 1º, a natureza jurídica de pessoa jurídica de direito privado
dessas entidades.
Obs.: O partido é criado de acordo com a lei civil, para depois ter o seu estatuto registrado no
órgão máximo da Justiça Eleitoral.
b) Princípios constitucionais de organização partidária
A Constituição adota dois grandes princípios em matéria de organização partidária:
a) ampla liberdade partidária; e
b) autonomia partidária.
c) Ampla liberdade partidária
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Essa liberdade partidária é ampla, mas não absoluta, pois são impostas algumas restrições. No
estatuto de todo partido político, devem ser resguardados, por imperativo constitucional, os
seguintes princípios:
a) soberania nacional;
b) regime democrático;
c) pluripartidarismo; e
d) os direitos fundamentais da pessoa humana.
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g) Funções dos partidos políticos
Os partidos políticos têm por objetivos a divulgação de ideias e a conquista do poder político.
Dentro desse contexto, compete aos partidos de situação, além de propagar e implantar as
ideias constantes do estatuto do partido, dar sustentação política ao governo no Parlamento,
aprovando seus projetos. Aos partidos de oposição, além da propagação de ideias e da luta
pela conquista do poder político, compete a fiscalização dos atos do governo, bem como a
formulação de políticas alternativas.
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Direito Penal
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Introdução
NOTAS DO AUTOR:
LIVROS PUBLICADOS:
•• Manual de Dicas – Delegado de Polícia Civil e Federal- Passe Em concursos Públicos- Editora
Saraiva – Coautoria;
•• Argumentação Defensiva – Teses de Defesa do Direito Penal – Editora Manaim;
•• Processo Penal Prático – Editora- Manaim; Coautoria;
•• Prova de Ingresso na Defensoria Pública- Editora Espaço Jurídico; Coautoria;
•• Lei de Violência Doméstica Contra a Mulher e Le de Tóxicos-Lei 11.340/2006 e Lei
11.343/2006 – Editora Lumen Juris ; Coautoria;
•• Defensoria Pública- Carreiras DPU e DPE – Editora Saraiva; Coautoria;
•• Prova de Ingresso na Emerj – Editora Espaço Jurídico Coautoria;
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Mídias sociais:
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Apresentação
Ementa:
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4. Aplicação da lei penal
4.1. Lei Penal no Tempo
4.2. Lei Penal no Espaço
4.2.1.Territorialidade
4.2.2- Extraterritorialidade
5. Contagem de prazo
6. Teoria do Crime
5.1. Fato Típico
5.2. Ilicitude
5.3-Culpabilidade
7. Concurso de Crimes
8. Concurso de Pessoas
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Edital
DIREITO PENAL: Aplicação da lei penal. Princípios da legalidade e da anterioridade. Lei penal
no tempo e no espaço. Tempo e lugar do crime. Lei penal excepcional, especial e temporária.
Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal. Contagem de prazo. Interpretação da lei
penal. Analogia. Irretroatividade da lei penal. Infração penal: elementos, espécies, sujeito ativo
e sujeito passivo. O fato típico e seus elementos. Crime consumado e tentado. Concurso de
crimes. Ilicitude e causas de exclusão. Punibilidade. Excesso punível. Culpabilidade (elementos
e causas de exclusão). Imputabilidade penal. Concurso de pessoas.
BANCA: Cespe
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Direito Penal
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OBS: Antecedente do princípio é a Magna Carta, 1215. Em seu art. 39, estabelecia que nenhum
homem livre poderia ser submetido a julgamento senão pelos seus pares e de acordo com a lei
local (law of land).
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É preciso que a ofensa seja relevante (princípio da alteridade – não se pune atitude meramente
interna do agente).
f) Princípio da humanidade
O presente princípio decorre da dignidade humana, princípio consagrado no art. 1º, III, CF/88.
Nenhuma pena pode ser cruel, desumana ou degradante, art. 5º XLV, CF/88.
j) Princípio da insignificância/Bagatela
O princípio da insignificância, também, conhecido como princípio da bagatela dispõe que
Direito Penal não deve se ocupar de assuntos irrelevantes, incapazes de lesar o bem jurídico
tutelado pela norma.
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2. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Discute-se se podemos ou não interpretar em prejuízo do réu, discussão esta que gera opiniões
divergentes, mas prevalece que poderia ser feita interpretação extensiva em prejuízo do réu
(arma no crime de roubo).
Analogia não se confunde com interpretação analógica ou extensiva. Aqui há uma lacuna legal
de fato. Diante do princípio da legalidade, como não há lei regulando tal fato, a analogia só
pode ser utilizada em favor do réu, conforme vimos acima.
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3. DA INFRAÇÃO PENAL
O Código Penal Brasileiro adota o sistema dualista ou binário . Prevê a infração penal como
gênero, e como espécies o crime ou delito e a contravenção penal.
3.1. Espécies
a) Crime ou delito
b) Contravenção penal
Sujeito Ativo: é aquele que ofende o bem jurídico protegido por lei praticando conduta definida
como crime ou contravenção.
O Sujeito passivo pode ser de dois tipos. O sujeito passivo formal que é sempre o Estado, pois
tanto ele como a sociedade são prejudicados quando as leis são violadas. O sujeito passivo
material é o titular do bem jurídico ofendido e pode ser tanto pessoa física como pessoa
jurídica.
Em relação a Lei penal no tempo vigora o tempus regit actum, ou seja: aplica-se a lei vigente na
data do fato.
“Art. 2º. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixar de considerar crime,
cessando em virtude dela, a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
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Parágrafo único – A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado”
Consequências:
(i) Cessando em virtude dela a execução, assim extinguindo a punibilidade a qualquer tempo.
Podemos concluir que a Lei abolicionista não respeita sequer a coisa julgada;
(ii) Cessando em virtude dela os efeitos penais da sentença condenatória, porém os efeitos
extrapenais (arts. 91 e 92, CP) permanecem.
b) lex mitior (Novatio legis in mellius) Lei penal posterior ainda que não descrimine o fato,
mas favorece o agente, diminuindo a pena (art 2º, P.ún., CP) retroage, excetuando-se a
Teoria da Atividade e igualmente não respeita a coisa julgada.
Em resumo, temos as situações abaixo:
TEMPO DA REALIZAÇÃO DO FATO LEI POSTERIOR
Fato atípico Criação do crime. Lei irretroativa (art.1º CP)
Era crime Aumenta a pena. Lei irretroativa (art.1º CP)
Era crime Supressão da figura criminosa Lei retroage (art.2º, caput, CP)
Era crime Diminui a pena. Igualmente retroage (art.2º,§2º, CP)
OBS: Lei excepcional ou temporária:
a) Lei temporária (temporária em sentido estrito) – é aquela que tem fixado em seu texto o
tempo de sua vigência. Não se confundido com a Lei Excepcional ou temporária em sentido
amplo; e
b) lei excepcional (temporária em sentido amplo) – é aquela que atende a transitórias
necessidades estatais, como: guerras, calamidades, epidemias e etc., perdurando por todo
o tempo excepcional.
Trata-se de leis ultra-ativas, pois aplicam-se aos fatos ocorridos em sua vigência, ainda que não
mais vigorem.
OBS: Tempo do crime
Art. 4º – CP Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.
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Aplicação da lei penal no espaço refere-se à aplicação da lei penal brasileira no território, pois,
a sanção penal pressupõe atividade jurisdicional e esta atividade, precípua do poder judiciário
pressupõe, por sua vez, soberania nacional, já que nosso país não pode exercer sua força estatal
sobre outro território (Argentina, por ex.).
Vale destacar que com relação ao lugar para fins de aplicação de lei penal brasileira, aplica-se
a Teoria da Ubiquidade, pois, considera-se como lugar do crime tanto no lugar onde ocorreu a
conduta, quanto o lugar onde se ocorreu ou deveria ocorrer o resultado (art. 6º CP).
4.2.1. Territorialidade
A questão a ser discutida neste tema, incialmente, é o que será território nacional para fins
penais. Assim, o art. 5º do CP e seus parágrafos nos respondem, considerando território
nacional:
a) os navios ou aeronaves brasileiros públicos ou, se privados, estiverem a serviço do governo
brasileiro, aplica-se a lei penal brasileira aonde quer que estejam;
b) se privados, quando em alto mar ou espaço aéreo correspondente, seguem a lei da
bandeira que ostentam; e
c) quanto aos estrangeiros em território brasileiro, desde que públicos, não são considerados
parte de nosso território (princípio da reciprocidade).
Contudo, ainda na aplicação da lei penal no lugar ou espaço, há o princípio da extraterritorialidade
consagrado no art. 7º do CP, o qual define os casos de aplicação da lei penal brasileira fora
do território nacional. Esta extraterritorialidade pode ser: incondicionada, condicionada ou
hipercondicionada.
OBS: Lugar do crime
Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
O Código penal adotou assim, a teoria da UBIQUIDADE ou MISTA em relação ao lugar do crime.
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4.2.2. Extraterritorialidade:
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5. CONTAGEM DE PRAZO
“ Art. 10 CP- O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.”
1
OBS: Contagem de prazo :
No que diz respeito à contagem dos prazos, o art. 10 do CP estabelece uma regra diversa
daquela existente no §1º do art. 798 do CPP.
Surge, portanto, pelo confronto dos dois dispositivos legais a distinção entre o prazo penal e o
processual penal. Todos os prazos, como regra geral, que digam respeito ao normal andamento
do processo deverão ter essa natureza, ou seja, serem considerados processuais, a exemplo
do prazo concedido ao MP para o oferecimento da denúncia, bem como aqueles destinados a
defesa prévia, as alegações finais etc. Há prazos, contudo, que dizem respeito diretamente ao
direito de liberdade dos cidadãos. Esses prazos, pela sua natureza, deverão ser considerados
prazos penais, a exemplo da contagem da decadência, do cumprimento da pena, da prescrição
2
etc .
Além dessa distinção entre os prazos penal e processual penal, o art. 10 do CP determina que
os dias, os meses e os anos sejam contados pelo calendário comum, isto é, pelo calendário
conhecido como gregoriano.
6. TEORIA DO CRIME
INTRODUÇÃO
No Brasil, Infração penal é gênero, o qual comporta duas espécies: crime (delito) e contravenção
penal (crime anão, delito liliputiano ou crime vagabundo).
Crime durante toda evolução do direito possuiu diversos conceitos, mas a doutrina, diante
da fração de atos e momentos dentro de um crime, adotou o conceito analítico de crime,
facilitando seu estudo, definindo-o como:
1 Lei nº 810/49 – Art. 1. º Considera-se ano o período de 12 (doze) meses contado do dia do início ao dia e mês
correspondentes do ano seguinte; 2. º Considera-se mês o período do tempo contado do dia do início ao dia
correspondente do mês seguinte e 3. º Quando no ano ou mês do vencimento não houver o dia correspondente ao
do início do prazo, este findará no primeiro dia subsequente.
2 Segundo GUILHERME DE SOUZA NUCCI, “Se o instituto for previsto tanto no Código Penal, quanto no de Processo
Penal, prevalece a contagem como se fosse prazo penal, o que é mais benéfico ao réu. Ex: decadência (art. 103, CO;
art. 38 do CPP).
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A partir da reunião desses três substratos do crime acima citados, surge a punibilidade, que é o
jus puniendi ou direito de punir do Estado.
Fato típico é o primeiro substrato do crime, que se define por fato humano antissocial,
consistente em uma conduta produtora de um resultado, com ajuste formal e material a um
tipo penal.
a) Da Conduta
Espécies de conduta
A voluntariedade do crime apresenta as formas de dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva.
a.1)Crime doloso
Dolo define-se por vontade consciente dirigida a realizar ou aceitar realizar a conduta prevista
no tipo penal incriminador.
Elementos do dolo:
a) Elementos volitivo: vontade; e
b) Elemento intelectivo: consciência da conduta e do resultado.
Espécies de dolo:
a) Dolo direto / determinado / intencional / imediato / incondicionado – Configura-se
quando o agente prevê determinado resultado, dirigindo a sua conduta na busca de realizá-
lo.
b) Dolo indireto ou indeterminado – O agente com sua conduta não busca resultado certo e
determinado.
Possui duas formas:
i) Dolo alternativo, que ocorre quando o agente prevê pluralidade de resultados dirigindo a
sua conduta na busca de realizar qualquer um deles, com a mesma intensidade de vontade;
e
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ii) Dolo eventual, no qual o agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo sua conduta na
busca de realizar algum deles, assumindo o risco de realizar os demais.
c) Dolo geral ou erro sucessivo – O agente, supondo ter produzido o resultado visado, realiza
nova conduta com finalidade diversa, sendo que esta é que acaba efetivamente produzindo
o evento do início desejado (Agente acha que matou enforcando, mas não atingiu o
resultado de fato e enterra a vítima, matando-a ao enterrá-la).
a) Dolo de 2º grau/de consequências necessárias – Todas as consequências, mesmo que
não perseguidas diretamente ou até mesmo lamentadas, o agente prevê inevitáveis.
Ex.: o agente quer matar seu desafeto que logo embarcará num voo para Londres. Para
tanto, coloca uma bomba para explodir o avião quando estiver nas alturas. Mata-se o
desafeto e os demais passageiros, assim, a morte do desafeto é do primeiro grau e dos
demais é de segundo grau.
e) Dolo direto de 3º grau (dolo de dupla consequência necessária). É a consciência e
vontade de produzir um resultado como consequência necessária do efeito colateral
necessário da conduta. Trata-se da inevitável violação de bem jurídico em decorrência
do resultado colateral produzido a titulo de dolo direto de segundo grau. Percebe-se
que a existência de dolo direto de terceiro grau pressupõe a existência de dolo direto
de segundo grau. Exemplo: o agente, para matar seu inimigo (fim proposto), coloca
uma bomba no avião em que ele se encontra, vindo a matar, além de seu inimigo (dolo
direto de primeiro grau), todos os demais que estavam a bordo como consequência
necessária do meio escolhido (dolo direto de segundo grau). Entretanto, uma das
pessoas a bordo estava grávida, de sorte que da sua morte decorreu necessariamente
o aborto (dolo direito de terceiro grau). Em resumo, a morte da gestante é um efeito
colateral necessário da conduta. Por sua vez, o aborto é o resultado como consequência
necessária do efeito colateral necessário da conduta. No exemplo, o agente deve ter
3
consciência da gravidez para responder pelo resultado .”
3 Marcelo André de Azevedo e Alexandre Salim. Direito Penal Parte Geral. 5 ed. Juspodivm.
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c) Resultado.
d) Nexo causal entre conduta e resultado.
e) Previsibilidade.
Espécies de culpa:
a) Culpa própria – As espécies de culpa abaixo são espécies de Culpa Própria, pois o Agente
não quer e não assume o risco de produzir o resultado.
a1) Culpa consciente/com previsão/ex lascivia – O Agente prevê o resultado, mas espera
que ele não ocorra, supondo poder evitá-lo.
a2) Culpa inconsciente/sem previsão/ex ignorantia – O agente não prevê o resultado,
pois há apenas a previsibilidade, ou seja, era previsível.
b) Culpa imprópria ou culpa por extensão, assimilação ou equiparação – Ocorre quando o
Agente, por erro evitável, fantasia certa situação de fato, supondo estar agindo acobertado
por uma excludente de ilicitude. Assim, temos um tratamento culposo a um crime doloso.
Obs: crime preterdoloso – Crime doloso – agravado culposamente (ex.: lesão corporal seguida
de morte) – apenas nesta hipótese há crime preterdoloso.
Elementos do crime preterdoloso:
a) Conduta dolosa visando determinado resultado;
b) Resultado culposo mais grave do que o projetado; e
c) Nexo causal entre conduta e resultado.
OBS.: quando o resultado mais grave advém de caso fortuito ou força maior, não é imputado ao
agente (causa superveniente independente).
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Crimes omissivos
O agente infringe um tipo mandamental (o direito penal protege bens jurídicos determinando
a realização de condutas valiosas), não fazendo o que a lei determina, caracterizando o crime
praticado por omissão.
A norma mandamental que manda agir pode decorrer:
a) Do próprio tipo penal (arts. 135, 269, CP), no qual o agente tem o dever genérico de agir –
OMISSÃO PRÓPRIA ou PURA;
b) De uma cláusula geral – norma geral anuncia quando a omissão é penalmente relevante
(art. 13, CP), no qual o agente responde por crime comissivo por omissão (ex.: mãe que
deixa de alimentar o filho responde por homicídio doloso ou culposo, pois não evitou o
resultado, sendo equiparada ao causador) – OMISSÃO IMPRÓPRIA ou IMPURA.
b) RESULTADO
Trata-se da consequência da conduta, podendo ser um resultado:
a) NATURALÍSTICO OU MATERIAL
b) FORMAL (Extorsão 158 CP)
c) CRIMES DE MERA CONDUTA (ex.: Omissão de socorro 135 CP)
CONCLUSÃO – Nem todos os crimes tem resultado naturalístico. Os crimes materiais têm; os
crimes formais dispensam; e os crimes de mera conduta não têm.
Causalidade – O estudo da causalidade busca concluir se o resultado é um fato que ocorreu
daquela conduta e se pode ser atribuído ao autor, inserindo-se na sua esfera de autoria, por ter
sido ele o agente do comportamento. O art. 13, caput, do CP adotou a Teoria da causalidade
simples, pois todo fato humano sem o qual o resultado não teria ocorrido é causa.
Concausas – Pluralidade de condutas e/ou eventos concorrendo para o mesmo resultado.
Podem ser:
ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES (AI) – A causa efetiva do resultado (CE) não se origina da
conduta ou do evento concorrente.
RELATIVAMENTE INDEPENDENTES (RI) – A CE do resultado se origina, direta ou indiretamente,
da conduta ou evento concorrente.
Ambas as espécies acima podem ser:
a) PREEXISTENTE – A CE é anterior à conduta ou evento concorrente.
b) CONCOMITANTE – A CE é simultânea à conduta ou evento conflitante.
c) SUPERVENIENTE – A CE é posterior à conduta ou evento conflitante.
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ERRO DE TIPO
INTRODUÇÃO – Previsto no artigo 20 do CP, dizendo:
“Art. 20 – O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.”
CONCEITO – Falsa representação da realidade, erro que recai sobre as elementares,
circunstâncias ou qualquer dado ligado tipo.
TIPICIDADE PENAL
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b) consentimento do ofendido (pode excluir a tipicidade formal ou a ilicitude)
Se o dissenso/dissentimento compõe o tipo penal ex.: estupro, o consentimento exclui a
tipicidade formal, pois neste caso, não haverá estupro e sim sexo consentido.
c) Adequação social (exclui a tipicidade material)
A Doutrina minoritária aplica para condutas aceitas por nossa sociedade como o crime de Casa
de Prostituição (art. 229 do CP), Violação de Direito Autoral (vulgo pirataria do art. 184 do CP) e
Jogo do Bicho (art. 50 do DL 3.688/41), mas os tribunais superiores a rechaçam (Sum STJ 502 e
STF HC104467/RS de 2011).
O Erro de Tipo pode ser Essencial, quando o agente age sem plena consciência da conduta,
errando sobre as elementares do tipo penal, assim, sempre excluindo o dolo pela falta de
consciência, ou Acidental, quando o agente apesar de agir com consciência sobre a conduta,
erra sobre dados secundários do tipo penal.
CLASSIFICAÇÃO:
a) ESSENCIAL – Pode ser Evitável ou Inevitável, o que altera suas consequências jurídicas.
SE INEVITÁVEL SE EVITÁVEL
Exclui dolo (não há consciência) Exclui dolo (não consciência)
Exclui a culpa (não há previsibilidade) Mas pune a culpa, pois há previsibilidade.
b) ACIDENTAL – erro recai sobre dados secundários do tipo penal. No erro de tipo acidental
a intenção criminosa do agente é manifesta, incidindo naturalmente a responsabilidade
penal do agente, pois não há exclusão de dolo, tampouco a culpa, não isentando agente de
pena.
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ERRO QTO A PESSOA (ART. 20, §3º, CP) ERRO NA EXECUÇÃO (ART. 73, CP)
Representa mal, mas executa bem. Representa bem, mas executa mal.
CONSEQUÊNCIAS:
ABERRATIO ICTUS (ART. 73, CP) ABERRATIO CRIMINIS (ART 74, CP)
Apesar do erro, atinge o mesmo bem jurídico de O Agente em razão do erro, atinge bem jurídico
pessoa diversa diverso.
Resultado pretendido=resultado produzido (com Resultado produzido é diferente do pretendido
pessoa diversa)
Relação pessoa/pessoa ou coisa/coisa Relação coisa/pessoa
CONSEQUÊNCIAS:
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6.2. ILICITUDE
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6.3. CULPABILIDADE
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TIPO DE
PROVENIÊNCIA GRAU CONSEQUÊNCIA
EMBRIAGUEZ
Caso fortuito: Agente Completa: Não
Isenta o agente de pena
desconhece o tem capacidade de
(art. 28, §1º), excluindo a
caráter inebriante da entendimento e
EMBRIAGUEZ imputab.
substância autodeterminação
ACIDENTAL
Força maior: É Incompleta:Reduzida a
obrigado a ingerir a Diminui a pena do
capacidade de entend. e
substância agente.(art. 28, §2º)
autodet.
Completa: Não
tem capacidade de
Voluntária: O agente entendimento e
EMBRIAGUEZ autodeterminação Não isenta o agente de
quer se embriagar.
NÃO ACIDENTAL pena e nem reduz pena.
Culposa: Negligência. Incompleta:Reduzida a
capacidade de entend. e
autodet.
Completa: Não tem capa- Art. 26, caput
cidade de entendimento (equiparado a doente
EMBRIAGUEZ e autodeterminação mental)
DOENTIA
PATOLÓGICA Incompleta:Reduzida a
Art. 26, § único (equipa-
capacidade de entend. e
rado a semi-imputável)
autodet.
Completa: Não tem capa-
cidade de entendimento
EMBRIAGUEZ Embriaguez como e autodeterminação Não isenta o agente de
PREORDENADA meio para se praticar pena e é agravante (art.
o crime Incompleta:Reduzida a 61, II, “l”, CP)
capacidade de entend. e
autodet.
OBS.: Sabendo que na embriaguez completa o agente não tem capacidade de entendimento e
autodeterminação, como concluir que era imputável, pressuposto da punição, na embriaguez
não acidental ou preordenada?
A imputabilidade pressupõe a capacidade de entendimento e autodeterminação. Aplica-se,
no caso de embriaguez preordenada ou não acidental, a Teoria da actio libera in causa (ato
transitório revestido de inconsciência decorre de ato antecedente que foi livre na vontade,
transferindo-se para este momento anterior a constatação da imputabilidade).
b) POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE – Trata-se do segundo elemento da culpabilidade,
representa a capacidade de consciência do agente imputável de que atua em
contrariedade ao ordenamento jurídico (o agente sabe ou tem condições de saber que o
seu comportamento é ilícito).
CAUSA DE EXCLUSÃO
ERRO DE PROIBIÇÃO – Previsto no art. 21, CP.
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CUIDADO
ii) OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA – Previsto no art. 22, 2ª parte do CP. Possui os seguintes
requisitos:
a) Ordem de superior hierárquico, que se define pela manifestação de vontade do titular de
uma função pública a um funcionário que lhe é subordinado. Nunca abrangendo outro tipo
de subordinação senão esta pública, ou seja, excluindo alguns exemplos típicos: filho e pai,
padre e bispo...
b) Ordem não manifestamente ilegal, devendo ser entendida segundo as circunstâncias do
fato e as condições de inteligência e cultura do subordinado.
CONSEQUÊNCIAS:
A consequência varia de acordo com a ordem que pode ser:
RESUMO:
CULPABILIDADE E DIRIMENTES (CAUSAS DE EXCLUSÃO)
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7. CONCURSO DE CRIMES
CONCEITO – Dá-se o concurso de crimes, quando o agente, com uma ou várias condutas
realiza pluralidades de crimes. Está disposto nos arts. 69 (concurso material), 70 (formal) e 71
(continuidade delitiva), do CP.
ATENÇÃO: pode ocorrer entre crimes de qualquer espécie, pois ocorre nos crimes comissivos,
omissivos, dolosos, culposos, consumados, tentados, simples, qualificados, delitos e
contravenções.
ESPÉCIES:
REGRAS DE FIXAÇÃO DA PENA – Adotamos neste caso o sistema do cúmulo material, ou seja, o
juiz primeiramente individualiza as penas de cada crime, somando todas ao final (ex.: A, depois
de furtar o veículo de B, tentou estuprá-lo, sendo impedido por populares). Neste caso, o juiz
individualiza a pena de cada crime e soma-as.
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REQUISITOS:
a) Unidade de conduta, que pode ser dividida em pluralidade de atos.
b) Pluralidade de crimes.
Ex.: A conduzindo seu automóvel, com manifesta negligência, perde o controle de direção e
atropela B e C, causando-lhes a morte. assim, há responde pelo art. 302 do CTB em concurso
formal, pela conduta única com pluralidade de resultados.
Ex.2: A entre no coletivo e mediante grave ameaça subtrai os pertences pessoais dos
passageiros. a praticou roubo, em conduta única, desdobrada em vários atos.
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instituto, ocorrendo o CÚMULO MATERIAL BENÉFICO (ex.: A atira para matar B. Depois
do disparo, culposamente fere C, nesse caso A responde pelo homicídio de B e lesões leves
culposas de C. Sendo a pena do homicídio De 6 a 20 anos e da lesão de 2 meses a um ano,
temos um Concurso Formal Próprio Heterogêneo, pois são crimes diferentes e sem desígnios
autônomos, caso apliquemos a exasperação, ele pode ter no mínimo 6 anos mais 1/6 da pena
mais grave, que seria 7 anos, contudo, se aplicarmos o cúmulo material, ele responde por no
mínimo 6 anos e dois meses.
b) Concurso Formal Impróprio – Nesse caso o agente atua com desígnios autônomos,
aplicando-se o sistema do cumulo material, somando-se as penas dos crimes praticados.
CONTINUIDADE DELITIVA OU CRIME CONTINUADO – Previsto no art. 71 do CP. Vale lembrar
que Zaffaroni rotula esta espécie de concursos como Concurso Material Atenuado ou Falso
Crime Continuado, por entender que sob o aspecto objetivo, o crime continuado e o concurso
material são idênticos, mas por razões de política criminal, por ficção jurídica, criou-se tal
instituto, considerando que só crime mais grave foi praticado pelo agente, majorando a sua
pena de 1/6 a 2/3.
“Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-
lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em
qualquer caso, de um sexto a dois terços.”
No Caput acima, temos o Crime Continuado Genérico e no § único, temos o Crime Continuado
Especifico.
REQUISITOS:
a) Pluralidade de condutas.
b) Pluralidade de condutas de crimes da mesma espécie, que são crimes previstos no mesmo
tipo, protegendo igual bem jurídico, conforme entende o STF. Logo, não é possível de
continuidade delitiva no caso de roubo e extorsão, que apesar de protegeram o mesmo
bem jurídico, não estão no mesmo tipo penal, bem como não pode haver continuidade nos
crimes de roubo e latrocínio, que apesar de estarem no mesmo tipo, o latrocínio também
protege a vida.
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8. CONCURSO DE PESSOAS
AUTORIA
CONCEITO E TEORIAS – O conceito depende da Teoria adotada, mas adotamos no CP a Teoria
Objetiva, a qual afirma que Autor é quem pratica o verbo nuclear do tipo penal.
COAUTOR – Nada mais é do que o número plural de autores.
PARTÍCIPE – Entende-se por Partícipe, aquele que é coadjuvante do crime (fato determinado
praticado por Autor conhecido e individualizado).
ESPÉCIES:
a) Partícipe Moral – Induzir ou instigar, sendo fazer nascer ideia e reforçar ideia já existente,
respectivamente.
b) Partícipe Material – Auxiliar materialmente na prática do delito.
ATENÇÃO: A adequação típica será possível graças à norma de extensão pessoal do artigo 29,
do CP.
ELEMENTOS DA PARTICIPAÇÃO:
a) Eficácia causal; e
b) Consciência de participação na ação de outrem.
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PERGUNTA DE CONCURSO – Caio, mediante coação moral irresistível, obriga Tício a matar
Mévio.
Caio é autor de Homicídio? Não, pois não realizou o núcleo do tipo.
Caio é partícipe de Homicídio? Não, pois seu comportamento não é acessório.
Conclusão: Caio é Autor mediato.
AUTOR MEDIATO – Considera-se Autor mediato aquele que sem realizar diretamente a conduta
prevista no tipo, comete o fato punível por meio de outra pessoa, usada como seu instrumento.
Apesar de aproximar-se do conceito de Partícipe, com ele não se confunde, pois não se trata de
conduta acessória.
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Questões
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4. (100647) CESPE – 2014 – Extinção da Puni- b) São crimes de atentado aqueles em que
bilidade, Lei Penal no Tempo o tipo penal incriminador não prevê a
figura tentada em seu enunciado, razão
No que diz respeito aos diversos institutos pela qual, no processamento desses cri-
previstos na parte geral do Código Penal, mes, se faz uso da norma de extensão
julgue o item seguinte. referente à tentativa, disposta na parte
Em se tratando de abolitio criminis, serão geral do Código Penal.
atingidas pela lei penal as ações típicas an- c) Os crimes materiais admitem a figura
teriores à sua vigência, mas não os efeitos da tentativa; entretanto, a tentativa é
civis decorrentes dessas ações. incompatível com os delitos formais,
em que se dispensa o resultado natura-
( ) Certo ( ) Errado lístico para a consumação do delito.
d) Não há crime quando a preparação do
flagrante pela polícia torna impossível
5. (100587) CESPE – 2004 – Crimes Contra o
sua consumação. Entretanto, quando
Patrimônio, Concurso de Pessoas
há a expectativa, por parte da polícia,
Em cada um do item a seguir, é apresenta- da prática de delito, sem que o agente
da uma situação hipotética, seguida de uma tenha sido provocado por autoridade
assertiva a ser julgada. policial a praticar o crime, não há que
Júlio e Lúcio combinaram entre si a práti- se falar em delito impossível.
ca de crime de furto, ficando ajustado que e) Nos crimes cometidos sem violência
aquele aguardaria no carro para assegurar ou grave ameaça à pessoa, reparado o
a fuga e este entraria na residência — que, dano ou restituída a coisa até a audiên-
segundo pensavam, estaria vazia — para cia de instrução e julgamento, por ato
subtrair as joias de um cofre. Ao entrar na voluntário do agente, a pena será redu-
residência, Lúcio verificou que um mora- zida de um a dois terços.
dor estava presente. Lúcio, que tinha ido
armado sem avisar Júlio, matou o morador 7. (100689) CESPE – 2013 – Culpabilidade
para assegurar a prática do crime. Depois Acerca da culpabilidade, teorias e causas de
de fugirem, Júlio e Lúcio dividiram as joias exclusão, assinale a opção correta.
subtraídas. Nessa situação, Júlio responderá
pelo crime de furto, enquanto Lúcio respon- a) O dolo, conforme a teoria normativa
derá pelo crime de roubo. pura, é elemento da culpabilidade e
( ) Certo ( ) Errado contém a potencial consciência da ilici-
tude.
b) Conforme a teoria limitada da culpa-
6. (100721) CESPE – 2013 – Tentativa, Classifi- bilidade, o erro de proibição indireto,
cação dos Crimes, Consumação, Desistência quando inescusável, é causa de dimi-
Voluntária e Arrependimento Eficaz, Arre- nuição da pena.
pendimento Posterior, Crime Impossível c) Tendo sido adotada a teoria da actio li-
bera in causa pelo Código Penal, é per-
Considerando a classificação dos delitos e mitida a exclusão da imputabilidade do
as normas atinentes à consumação, à tenta- agente se a embriaguez não acidental
tiva e ao arrependimento posterior, assinale for completa e culposa.
a opção correta. d) A responsabilidade penal independe da
a) É admissível a tentativa tanto nos cri- imputabilidade do agente.
mes plurissubsistentes quanto nos cri- e) A inimputabilidade por doença mental
mes unissubsistentes. que retira do agente toda a capacidade
1270 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Sandro Caldeira
Na hipótese de o agente iniciar a prática Alex agrediu fisicamente seu desafeto Lúcio,
de um crime permanente sob a vigência causando-lhe vários ferimentos, e, durante
de uma lei, vindo o delito a se prolongar no a briga, decidiu matá-lo, efetuando um dis-
tempo até a entrada em vigor de nova legis- paro com sua arma de fogo, sem, contudo,
lação, aplica-se a última lei, mesmo que seja acertá-lo.
a mais severa. Nessa situação hipotética, Alex responderá
pelos crimes de lesão corporal em concurso
( ) Certo ( ) Errado material com tentativa de homicídio.
( ) Certo ( ) Errado
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12. (100586) CESPE – 2004 – Ilicitude e Antijuri- segurança, de acordo com o que for mais
cidade adequado ao caso concreto.
Em cada um do item a seguir, é apresentada ( ) Certo ( ) Errado
uma situação hipotética, seguida de uma as-
sertiva a ser julgada.
15. (100662) CESPE – 2014 – Conduta, Lei Penal
Para prenderem em flagrante pessoa acu- no Tempo, Lei Penal no Espaço, Aplicação da
sada de homicídio, policiais invadiram uma Lei Penal, Teoria Geral Do Crime
residência em que entrara o acusado, dani-
ficando a porta de entrada e sem manda- No que se refere à teoria do crime e à lei
do de busca e apreensão. Nessa situação, penal, suas fontes, características e eficácia
os policiais não responderão pelo crime de temporal, assinale a opção correta.
dano, pois agiram em estrito cumprimento a) A lei penal retroage em benefício do
do dever legal, que é causa excludente da agente, respeitada a coisa julgada.
ilicitude. b) A ultra-atividade aplica-se à lei penal so-
( ) Certo ( ) Errado mente se ela for excepcional ou tempo-
rária.
c) Aquele que, no exterior, falsificar papel-
13. (101913) CESPE – 2015 – Ilicitude e Antijuri- -moeda de curso legal no estrangeiro,
cidade estará sujeito a responder pelo mesmo
crime perante a jurisdição brasileira, in-
Acerca da aplicação da lei penal, do concei- dependentemente do cumprimento de
to analítico de crime, da exclusão de ilicitu- pena no país onde o crime for pratica-
de e da imputabilidade penal, julgue o item do.
que se segue. d) Em se tratando de crime omissivo pró-
A legítima defesa é causa de exclusão da ili- prio, a legislação penal não estabelece
citude da conduta, mas não é aplicável caso qualquer qualidade ou condição especí-
o agente tenha tido a possibilidade de fugir fica para o sujeito ativo da omissão.
da agressão injusta e tenha optado livre- e) O princípio da anterioridade da lei penal
mente pelo seu enfrentamento. é sintetizado pela expressão “não há cri-
me sem lei que o defina”.
( ) Certo ( ) Errado
16. (100703) CESPE – 2013 – Conduta, Culpabili-
14. (101914) CESPE – 2015 – Medida de Segu- dade, Teoria Geral Do Crime
rança, Sentença Penal Acerca de aspectos diversos do direito pe-
Acerca da aplicação da lei penal, do concei- nal, entre eles a desistência voluntária, o
to analítico de crime, da exclusão de ilicitu- arrependimento e a coação física ou moral,
de e da imputabilidade penal, julgue o item julgue o item a seguir.
que se segue. Para ser aceita como excludente de culpabi-
O CP adota o sistema vicariante, que impe- lidade, a coação física ou moral tem de ser
de a aplicação cumulada de pena e medida irresistível, inevitável e insuperável.
de segurança a agente ( ) Certo ( ) Errado
semi-imputável e exige do juiz a decisão, no
momento de prolatar sua sentença, entre a
aplicação de uma pena com redução de um
a dois terços ou a aplicação de medida de
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17. (100581) CESPE – 2004 – Erro de Tipo e Erro b) A tentativa perfeita ou crime falho é
de Proibição e Erro sobre a Pessoa aquela na qual o agente interrompe a
atividade executória e não consuma o
Em cada um do item seguinte, é apresenta- crime por circunstâncias alheias à sua
da uma situação hipotética, seguida de uma vontade.
assertiva a ser julgada. c) O crime de extorsão se consuma com a
O médico Caio, por negligência que consis- obtenção da indevida vantagem econô-
tiu em não perguntar ou pesquisar sobre mica por parte do agente.
eventual gravidez de paciente nessa condi- d) A tentativa de homicídio se distingue do
ção, receita-lhe um medicamento que pro- delito de lesões corporais dolosas pela
vocou o aborto. Nessa situação, Caio agiu gravidade da ofensa à integridade física
em erro de tipo vencível, em que se exclui o da vítima.
dolo, ficando isento de pena, por não existir e) O crime tentado é punido da mesma
aborto culposo. forma que o crime consumado, pois o
que vale é a intenção do agente.
( ) Certo ( ) Errado
20. (82300) CESPE – 2015 – Desistência Voluntá-
18. (100469) CESPE – 2013 – Desistência Volun- ria e Arrependimento Eficaz, Teoria Geral Do
tária e Arrependimento Eficaz Crime
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22. (22064) CESPE – 2013 – Tentativa, Teoria 25. (82288) CESPE – 2015 – Tentativa, Teoria
Geral Do Crime, Crimes Contra a Pessoa, Cri- Geral Do Crime
mes em Espécie No que concerne à lei penal no tempo, ten-
Com relação aos princípios, institutos e dis- tativa, crimes omissivos, arrependimento
positivos da parte geral do Código Penal posterior e crime impossível, julgue o item
(CP), julgue os itens seguintes. a seguir.
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28. (100354) CESPE – 2014 – Dolo e Culpa Sem coragem para realizar a conduta deli-
tuosa, Cléber bebeu grandes doses de vod-
Com referência a fundamentos e noções ge- ca e, embriagado, desferiu várias facadas
rais aplicadas ao direito penal, julgue o pró- contra Sérgio, que faleceu em decorrência
ximo item. dos ferimentos provocados pelas facadas.
A partir da teoria tripartida do delito e das Assertiva: Nessa situação, configura-se em-
opções legislativas adotadas pelo Código briaguez voluntária dolosa, o que permite
Penal, é correto afirmar que o dolo integra ao juiz reduzir a pena imputada a Cléber,
a culpabilidade e corrobora a aplicação con- uma vez que ele não tinha plena capacidade
creta da pena. de entender o caráter ilícito de seus atos no
momento em que esfaqueou Sérgio.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
No que se refere aos princípios do direito Acerca dos princípios e fontes do direito pe-
penal e às causas de exclusão da ilicitude, nal, assinale a opção correta.
julgue o próximo item. No que diz respeito a) Segundo a jurisprudência do STJ, o prin-
às causas de exclusão da ilicitude, é possível cípio da insignificância deve ser aplica-
alegar legítima defesa contra quem pratica do a casos de furto qualificado em que o
conduta acobertada por uma dirimente de prejuízo da vítima tenha sido mínimo.
culpabilidade, como, por exemplo, coação b) Conforme entendimento do STJ, o prin-
moral irresistível. cípio da adequação social justificaria o
( ) Certo ( ) Errado arquivamento de inquérito policial ins-
taurado em razão da venda de CDs e
DVDs.
30. (97380) CESPE – 2015 – Princípios Penais c) Depreende-se do princípio da lesividade
que a autolesão, via de regra, não é pu-
No que se refere aos princípios do direito
nível.
penal e às causas de exclusão da ilicitude,
d) Depreende-se da aplicação do princípio
julgue o próximo item. Em consequência
da insignificância a determinado caso
da fragmentaridade do direito penal, ainda
que a conduta em questão é formal e
que haja outras formas de sanção ou outros
materialmente atípica.
meios de controle social para a tutela de de-
e) As medidas provisórias podem regular
terminado bem jurídico, a criminalização,
matéria penal nas hipóteses de leis tem-
pelo direito penal, de condutas que invistam
porárias ou excepcionais.
contra esse bem será adequada e recomen-
dável.
33. (97458) CESPE – 2014 – Concurso de Pesso-
( ) Certo ( ) Errado as
No que se refere à punibilidade e às causas
31. (97381) CESPE – 2015 – Culpabilidade de sua extinção, bem como ao concurso de
pessoas, julgue os itens a seguir. Para um co-
Julgue o item seguinte, que trata de imputa- autor cujas ações tiverem resultado em cri-
bilidade penal. Situação hipotética: Cléber, me mais grave, apesar de ele ter desejado
com trinta e quatro anos de idade, preten- participar de crime de menor gravidade, a
dia matar, durante uma festa, seu desafe- pena aplicada deve ser a referente ao crime
to, Sérgio, atual namorado de sua ex-noiva.
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menos grave, que deve ser aumentada até 35. (100704) CESPE – 2013 – Desistência Volun-
a metade no caso de o resultado mais gra- tária e Arrependimento Eficaz, Teoria Geral
ve ter sido previsível quando as ações foram Do Crime
realizadas.
Acerca de aspectos diversos do direito pe-
( ) Certo ( ) Errado nal, entre eles a desistência voluntária, o
arrependimento e a coação física ou moral,
julgue o item a seguir.
34. (100343) CESPE – 2014 – Fato Típico
Entende-se que o arrependimento eficaz se
Julgue o seguinte item, referente à tipicida- configura quando o agente, no curso do iter
de, à antijuridicidade e à culpabilidade. criminis, podendo continuar com os atos de
De acordo com a teoria finalista de Hans execução, deixa de fazê-lo por desistir de
Welzel, o dolo, por ser elemento vinculado à praticar o crime.
conduta, deve ser deslocado da culpabilida- ( ) Certo ( ) Errado
de para a tipicidade do delito.
( ) Certo ( ) Errado
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Questões, poderá assistir ao vídeo da explicação do professor.
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Gabarito: 1. (4133) C 2. (100519) Certo 3. (100607) D 4. (100647) Certo 5. (100587) Certo 6. (100721) D
7. (100689) B 8. (100551) A 9. (100570) Certo 10. (100541) A 11. (100709) Errado 12. (100586) Certo
13. (101913) Errado 14. (101914) Certo 15. (100662) C 16. (100703) Errado 17. (100581) Certo 18. (100469) Certo
19. (7442) A 20. (82300) Certo 21. (22063) Errado 22. (22064) Certo 23. (22066) Certo 24. (22067) Errado
25. (82288) Certo 26. (82291) Errado 27. (82330) Errado 28. (100354) Errado 29. (97379) Certo 30. (97380) Errado
31. (97381) Errado 32. (97382) C 33. (97458) Certo 34. (100343) Certo 35. (100704) Errado
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Direito Penal
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Edital
DIREITO PENAL: 6. Crimes contra a pessoa. 7 Crimes contra o patrimônio. 8 Crimes contra
a dignidade sexual. 9 Crimes contra a fé pública. 10 Crimes contra a administração pública.
11 Lei nº 11.343/2006 (tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes). 12 Lei nº
12.850/2013 e suas alterações (crime organizado). 14 Lei nº 7.716/1989 e suas alterações (cri-
mes resultantes de preconceitos de raça ou de cor). 20 Decreto-Lei nº 3.688/1941 e suas altera-
ções (Lei das Contravenções Penais). 22 Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Penal.
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Penal
1.1. Conceito:
Normas de funcionam como alicerce do ordenamento jurídico, servindo de base para a inter-
pretação, integração, conhecimento e aplicação das leis penais.
1.2.1. Legalidade:
Art. 1º, CP – Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia comi-
nação legal.
Art. 5º, XXXIX, CF – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
Obs.: o princípio da legalidade abrange também as contravenções penais e não apenas o crime.
Obs.2: o princípio da legalidade abrange ainda as medidas de segurança e não somente a pena.
1.2.2. Reserva legal: somente lei ordinária e lei complementar podem criar crime e
cominar pena.
a) Legalidade formal: diz respeito à obediência aos trâmites procedimentais, previstos pela
Constituição, para que determinado diploma legal possa vir a fazer parte de nosso ordena-
mento jurídico.
b) Legalidade material: devem ser obedecidas não somente as formas e procedimentos im-
postos pela Constituição, mas, também, e, principalmente, o seu conteúdo, respeitando-
-se suas proibições e imposições para a garantia de nossos direitos fundamentais por ela
previstos. Aqui, adota-se não a mera legalidade, mas, sim, como preleciona Ferrajoli, um
princípio de estrita legalidade.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1281
Obs.: União – competência privativa da União (Lei Geral)
Obs.: Pelo princípio da reserva legal, exigência de determinação, no que se refere não
só à descrição das condutas delitivas, mas também à fixação dos marcos penais (penas
cominadas entre o mínimo e o máximo), é garantia de caráter absoluto, que justifica
a escolha do Legislativo como único detentor do poder normativo em sede penal no
assunto, por legitimação democrática, fazendo que o seu exercício não seja arbitrário.
1.2.2.1. tratados?
Somente possuem mandados de criminalização assim como as Emendas Constitucionais.
1.2.3. Anterioridade:
significa que uma lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto, caso
tenha tido origem antes da prática da conduta para a qual se destina (art. 5º, XXXIX, CF e art.
1º do CP). A lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em vigor. Não pode retroagir, salvo
se beneficiar o réu. É proibida a aplicação da lei penal inclusive aos fatos praticados durante o
hiato de sua vacatio legis. Embora publicada e vigente, a lei ainda não estará em vigor e não
alcançará as condutas praticadas em tal período.
Art. 5º, XXXIX, CF – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;
Art. 1º, CP – Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia comi-
nação legal.
1282 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Diogo Lopes
1.2.4. Taxatividade:
significa que as condutas típicas, merecedoras de punição, devem ser suficientemente claras e
bem elaboradas, de modo a não deixar dúvida por parte do destinatário da norma.
Art. 5º, XL, CF – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Art. 5º, XLV, CF – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
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Constituição da República consagra o Princípio da Individualização da Pena. Compreende três
fases: cominação, aplicação e execução. Individualizar é ajustar a pena cominada, considerando
1
os dados objetivos e subjetivos da infração penal, no momento da aplicação e da execução ” .
Art. 5º, XLVI, CF – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as
seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
1284 www.acasadoconcurseiro.com.br
PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Diogo Lopes
Ressaltando o caráter subsidiário do Direito Penal, Claus Roxin assevera: “a proteção de bens
jurídico não se realiza só mediante o Direito Penal, senão que nessa missão cooperam todo
o instrumental do ordenamento jurídico. O Direito Penal é, inclusive, a última dentre todas
as medidas protetoras que devem ser consideradas, quer dizer que somente se pode intervir
quando falhem outros meios de solução social do problema – como a ação civil, os regulamentos
de polícia, as sanções não penais, etc. Por isso se denomina a pena como a "ultima ratio da
2
política social" e se define sua missão como proteção subsidiária de bens jurídicos. ”
www.acasadoconcurseiro.com.br 1285
1.3.1.3. Princípio da adequação social:
a teoria da adequação social, concebida por Hans Welzel, significa que apesar de uma conduta se
subsumir ao modelo legal não será considerada típica se for socialmente adequada ou reconhecida,
isto é, se estiver de acordo com a ordem social da vida historicamente condicionada. O princípio da
adequação social, na verdade, possui dupla função. Uma delas é a de restringir o âmbito de abrangência
do tipo penal, limitando a sua interpretação, e dele excluindo as condutas consideradas socialmente
adequadas e aceitas pela sociedade. A sua segunda função é dirigida ao legislador em duas vertentes.
A primeira delas orienta o legislador quando da seleção das condutas que deseja proibir ou impor,
com a finalidade de proteger os bens considerados mais importantes. A segunda vertente destina-se a
fazer com que o legislador repense os tipos penais e retire do ordenamento jurídico a proteção sobre
aqueles bens cujas condutas já se adaptaram perfeitamente à evolução da sociedade.
1.3.1.4. Fragmentariedade:
como corolário dos princípios da intervenção mínima, da lesividade e da adequação social
temos o princípio da fragmentariedade do Direito Penal, que significa que nem todas as lesões
a bens jurídicos protegidos devem ser tutelados e punidos pelo direito penal que, por sua vez,
constitui somente parcela do ordenamento jurídico. Fragmento é apenas a parte de um todo,
razão pela qual o direito penal deve ser visto, no campo dos atos ilícitos, como fragmentário, ou
seja, deve ocupar-se das condutas mais graves, verdadeiramente lesivas à vida em sociedade,
passíveis de causar distúrbios de monta à segurança pública e à liberdade individual.
significa que o Direito Penal não deve se ocupar de assuntos irrelevantes, incapazes de lesar o
bem jurídico.
Obs.1: Funciona como causa de exclusão da tipicidade, desempenhando uma interpretação restri-
tiva do tipo penal. E, para o STF, são requisitos objetivos autorizadores desse princípio os seguintes:
a) Mínima ofensividade da conduta;
b) A ausência de periculosidade social da ação;
c) O reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e
d) A inexpressividade da lesão jurídica.
Obs.2: Exige-se também requisitos subjetivos. Na esteira da orientação do STJ: “há que se con-
jugar:
a) A importância do objeto material para a vítima, levando-se em consideração a sua condição
econômica;
b) O valor sentimental do bem;
c) Como também as circunstâncias e o resultado do crime.
1.3.2. Culpabilidade:
�ossui três sentidos fundamentais:
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Diogo Lopes
Obs.1: De acordo com o STJ, “o Direito Penal moderno é Direito Penal da culpa. Não se
prescinde do elemento subjetivo. Intolerável a responsabilidade pelo fato de outrem.
À sanção, medida político-jurídica de resposta ao delinquente, deve ajustar-se a con-
duta delituosa. Conduta é fenômeno ocorrente no plano de experiência. É fato. Fato
não se presume. Existe, ou não existe”.
Obs.2: É de todo inadmissível no direito penal moderno a responsabilidade objetiva.
O princípio da CULPABILIDADE veda a responsabilização com fundamento apenas no
nexo material, ou seja, em razão da conduta e do resultado.
Obs.3: Ao vedar toda forma de responsabilidade pessoal por fato de outrem, a Consti-
tuição expressou o princípio segundo o qual a aplicação da pena pressupõe a atribuibi-
lidade psicológica de um fato delitivo à vontade contrária ao dever do indivíduo.
Obs.4: A culpabilidade deve ser analisada sob três perspectivas, quais sejam, da res-
ponsabilidade pessoal, da responsabilidade subjetiva e da função de limitação e garan-
tia do cidadão ao poder punitivo estatal.
Rixa
Art. 137 do CP – Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena – detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato
da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1287
b) Punição das infrações penais praticadas em estado de embriaguez voluntária culposa,
decorrente da ação da teoria da actio libera in causa – art. 28, II do CP.
1.3.3. Proporcionalidade:
�ignifica que as penas devem ser harmônicas com a gravidade da infração penal cometida, não
tendo cabimento o exagero, nem tampouco a extrema liberalidade na cominação das penas
nos tipos penais incriminadores.
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Sujeitos do crime:
•• Sujeito ativo: vide concurso de pessoas.
•• Sujeito passivo: é a pessoa ou entidade que sofre os efeitos do delito (a vítima do crime).
•• Objeto jurídico ou objetividade jurídica: é o bem jurídico tutelado.
•• Objeto material: é a coisa sobre a qual recai a conduta delituosa.
O Título I da Parte Especial do Código Penal abrange os crimes contra a pessoa. Dentro deste
Título há a subdivisão em seis capítulos, que são:
I – dos crimes contra a vida,
II – lesões corporais,
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I – Plenitude de defesa;
II – Sigilo das votações;
III – Soberania dos vereditos; e
IV – Competência mínima para julgar os crimes dolosos contra a vida.
Homicídio simples
Art 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
b) Sujeitos da infração:
Sujeito ativo – trata-se de crime comum, pois o delito de homicídio pode ser qualquer pessoa.
Sujeito passivo – qualquer pessoa.
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c) Objeto material:
É a vida e, num sentido mais amplo, a pessoa. A vida humana, direito fundamental assegurado
pelo art. 5º, caput, da Constituição Federal. É irrelevante a viabilidade do ser nascente, bastan-
do o nascimento com vida.
e) Exame de corpo de delito:
Por ser um crime que deixa vestígios, é necessária a realização do exame de corpo de delito
direto ou indireto, conforme determina os arts. 158 e 167 do CPP.
f) Elemento subjetivo:
É o dolo – a vontade livre e consciente de matar alguém. O agente atua com o chamado animus
necandi, ou seja, é dirigida finalisticamente a causar a morte de um homem. O dolo pode ser
direto, de primeiro ou segundo grau, bem como eventual.
g) Modalidade comissiva e omissiva:
Trata-se de crime comissivo. Pode ocorrer na forma comissiva por omissão quando o agente
possuir a posição de garantidor.
h) Meios de execução:
O homicídio é crime de ação livre, ou seja, aquele que admite inúmeros meios de execução.
Podem ser diretos, como o disparo de uma arma, indiretos, como o ataque de um cão instigado
pelo dono, materiais, como o uso de veneno ou morais, como um susto.
Se houver intenção de matar, a prática de relação sexual forçada e dirigida à transmissão do
vírus da AIDS caracteriza o crime de homicídio tentado ou consumado. O vírus da AIDS, dessa
forma, quando inoculado importa em doença letal e ainda incurável. O entendimento majo-
ritário nesse caso é de que o agente deve responder por tentativa de homicídio ou homicídio
consumado, conforme o resultado atingido.
Jurisprudência: “Moléstia grave. Transmissão. HIV. Crime doloso contra a vida versus o de transmitir
doença grave. Descabe, ante previsão expressa quanto ao tipo penal, partir-se para o enquadra-
mento de ato relativo à transmissão de doença grave como a configurar crime doloso contra a vida”
(STF: HC 98.712/SP, rel. Min. Marco Aurélio, 1.ª Turma, j. 05.10.2010, noticiado no Informativo 603).
i) Consumação e tentativa:
•• Início da execução;
•• Não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; e
•• Dolo de consumação.
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j) Homicídio privilegiado:
Obs.1: A natureza jurídica do homicídio privilegiado é caso de diminuição de pena. Crime pri-
vilegiado é aquele no qual o legislador diminui, em abstrato, os limites mínimo e máximo da
pena. Traz o Código Penal em seu art. 121, §1º, que o juiz partirá da pena de homicídio simples,
diminuída de um sexto a um terço. Por ser uma causa especial de diminuição de pena e, sendo
direito subjetivo do agente, caso ele se enquadre nas hipóteses previstas, o juiz é obrigado a
aplicar a redução de um sexto a um terço da pena.
Obs.2: Destarte, é obrigatória a redução da pena pelo juiz quando do reconhecimento pelo
conselho de sentença da prática de um homicídio privilegiado, tendo em vista tratar-se de uma
causa especial de redução de pena.
Obs.3: Uma das circunstâncias do homicídio privilegiado é estar o agente sob violenta emoção,
logo em seguida à injusta provocação da vítima. Esta emoção deve ser absorvente, plena, fa-
zendo com que o agente perca sua capacidade de autocontrole, ou seja, dominado pela violen-
ta emoção e não sob influência. E a expressão logo em seguida aponta um elemento temporal,
devendo ser quase que imediatamente após injusta agressão.
k) Homicídio qualificado:
Homicídio qualificado
§ 2º Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II – por motivo fútil;
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;
IV – à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido;
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena – reclusão, de doze a trinta anos.
Obs.1: são circunstâncias subjetivas as constantes dos incisos I, II e V, pois se referem ao agen-
te, ou seja, são de caráter pessoal (motivação).
Obs.2: são circunstâncias objetivas as constantes dos incisos III e IV, pois se referem, respectiva-
mente, ao meio e ao modo de praticar o homicídio.
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Motivo torpe – O motivo torpe, que qualifica o homicídio, é aquele motivo abjeto, indigno,
desprezível, que provoca acentuada repulsa.
Entendimento dos Tribunais Superiores, o ciúme, por si só, sem outras circunstâncias, não ca-
racteriza o motivo torpe. Este é caracterizado pelo homicídio praticado por um sentimento vil,
repugnante, que ofende a moralidade média ou sentimento ético social comum. O ciúme, em-
bora muitas vezes excessivo e doentio ao ponto de afetar o equilíbrio emocional do agente,
ainda assim, não pode ser enquadrado no conceito de torpeza.
O homicídio qualificado mediante paga ou promessa de recompensa é um crime bilateral. Cri-
me bilateral é aquele que, por sua própria natureza, exige o encontro de dois agentes, sem o
qual o mesmo não seria possível. No homicídio praticado mediante paga ou promessa de re-
compensa, também conhecido como mercenário, há a figura do mandante e a do executor.
Motivo fútil – Fútil é o motivo insignificante, que faz com que o comportamento do agente seja
desproporcional. A futilidade para qualificar o homicídio deve ser apreciada objetivamente, ou
seja, não pode ser examinada subjetivamente (pela opinião do sujeito ativo).
Meio insidioso – é o meio utilizado pelo agente sem a vítima dele tome conhecimento.
Meio cruel – é aquele que causa em sofrimento excessivo, desnecessário à vítima enquanto
viva, obviamente, pois a crueldade praticada após a sua morte não qualifica o delito.
Meio que resulte perigo comum – é aquele que abrange um número indeterminado de pessoas.
Traição – é a ação que colhe a vítima por trás, desprevenida, sem ter esta qualquer visualização
do ataque.
Emboscada – o agente se coloca escondido, de tocaia, aguardando a vítima passar, para que o
ataque tenha sucesso.
Dissimulação – tem o significado de ocultar a intenção homicida, fazendo-se passar por amigo,
conselheiro, enfim, dando falsas mostras de amizade, a fim de facilitar o cometimento do delito.
Conexão teleológica – quando se leva em consideração o fim em virtude do qual é praticado o
homicídio. Exemplo: assegurar a execução de outro crime.
Conexão consequencial – o homicídio é cometido para assegurar a ocultação, impunidade ou
vantagem de outro crime. Na teleológica, o homicídio ocorre antes do crime conexo, enquanto
na consequencial, o homicídio ocorre depois do crime conexo.
Feminicídio – ocorre quando o agente mata mulher por razões de sua condição de sexo femini-
no, que se verifica quando o homicídio envolve:
Violência doméstica e familiar; ou
Menosprezo ou discriminação à sua condição de mulher.
Cabe ressaltar de que a lei trouxe causas de aumento de pena específicas para o feminicídio:
Vítima gestante ou nos três meses após o parto;
Vítima menor de 14 anos de idade;
Vítima maior de 60 anos de idade;
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Obs.3: a premeditação não é considerada qualificadora do crime de homicídio, mas pode ser
analisada na fixação da pena base ao se analisar as circunstâncias judiciais previstas no art. 59
do CP. Sendo assim, a premeditação, apesar de não ser considerada qualificadora do delito de
homicídio, pode ser levada em consideração para agravar a pena, funcionando como circuns-
tância judicial.
Obs.4: É entendimento pacífico nos Tribunais Superiores que não existe impedimento na apli-
cação das qualificadoras de homicídio no caso de ter ocorrido dolo eventual. A justificativa é
que a valoração dos motivos é feita objetivamente da mesma forma que os meios e os modos.
Portanto, motivos, meios e modos estão cobertos também pelo dolo eventual.
Obs.5: há a possibilidade de o homicídio ser ao mesmo tempo qualificado e privilegiado, quan-
do as circunstâncias qualificadoras forem de natureza objetivas, pois o privilégio sempre será
subjetivo.
Ex.: no caso da possibilidade da coexistência entre o homicídio praticado por motivo de rele-
vante valor moral e o homicídio praticado com emprego de veneno.
Obs.5: embora haja a possibilidade de coexistência entre um homicídio qualificado-privilegia-
do, ele não poderá ser considerado hediondo.
l) Homicídio culposo
Homicídio culposo
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena – detenção, de um a três anos.
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Obs.1: trata-se de tipo penal aberto, pois cabe ao juiz decidir, no caso concreto, se o comporta-
mento é imprudente, negligente ou imperito.
Obs.2: O sujeito realiza uma conduta voluntária, com violação do dever objetivo de cuidado
a todos imposto, por imprudência, negligência ou imperícia, e assim produz um resultado na-
turalístico (morte) involuntário, não previsto nem querido, mas objetivamente previsível, que
podia com a devida atenção ter evitado. A imprudência (culpa positiva) consiste na prática de
um ato perigoso. Negligência (culpa negativa) é deixar de fazer aquilo que a cautela recomen-
da. A imperícia (culpa profissional) é a falta de aptidão para o exercício de arte, profissão ou
ofício para a qual o agente, em que pese autorizado a exercê-la, não possui conhecimentos
teóricos ou práticos para tanto. O crime culposo (ressalvada a culpa imprópria) é incompatível
com a tentativa. O homicídio culposo praticado na direção de veículo automotor é delito defini-
do pelo art. 302 da Lei 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro (princípio da especialidade).
Aumento de pena
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato,
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada
de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou
maior de 60 (sessenta) anos.
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Obs.: no caso de homicídio culposo, a pena será aumentada de um terço se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima. A intenção do legislador é fazer com que a vítima não fi-
que desamparada após ter sua integridade física lesionada. Não cabe a simples imaginação do
agente quanto à morte da vítima para afastar a majorante. Assim, se o autor do crime imagina
que a vítima já está morta e por isso não lhe presta socorro, responde pela causa de aumento
de pena decorrente da omissão de socorro.
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.
Cabe ressaltar que, se o homicídio doloso for praticado por grupo de extermínio, além de inci-
dir o aumento de pena, esta circunstância torna o homicídio simples crime hediondo, mesmo
que praticado por um só agente.
Ressalta-se também que a milícia privada tem o pretexto de prestação de serviço de segurança.
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com
deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III – na presença de descendente ou de ascendente da vítima.
Notem que essas qualificadoras aplicam-se apenas ao feminicídio, mas há duas circunstâncias que
estão previstas no § 4º com aumento de pena de 1/3, enquanto para o feminicídio, de 1/3 até 1/2.
Observe também que a circunstância prevista no inciso III se dá na PRESENÇA e não é CONTRA
ascendente ou descendente.
n) Perdão judicial
Perdão judicial
§ 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
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Obs.: a natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial, no homicídio culposo, se-
gundo orientação sumulada do Superior Tribunal de Justiça, é declaratória, não subsistindo
efeitos secundários.
o) Participação no suicídio
Sujeitos da infração penal: trata-se de crime comum, pois o sujeito ativo pode ser qualquer
pessoa. O sujeito passivo também pode ser qualquer pessoa, desde que tenha capacidade de
discernimento, de autodeterminação, pois, caso contrário, o crime será o de homicídio.
Objeto material e jurídico: o bem juridicamente tutelado é a vida. Já o objeto material é a pes-
soa contra a qual recai a conduta do agente.
Elemento subjetivo: é o dolo, seja direto ou eventual, não havendo modalidade culposa.
Roleta-russa e duelo americano: Aos sobreviventes será imputado o crime de participação em
suicídio. Se um dos envolvidos, que não sabia se a arma de fogo estava ou não apta a efetuar o
disparo, aciona seu gatilho, apontando-a na direção de outrem, provocando sua morte, o crime
será de homicídio com dolo eventual.
Comissão e omissão: as condutas são comissivas, mas o agente, se tiver a posição de garanti-
dor, poderá responder na modalidade de omissão imprópria.
Meios de execução: se o agente, de qualquer forma, pratica algum ato dirigido a causar a morte
da vítima, deverá ser responsabilizado pelo homicídio e não pelo delito do art. 122 do CP.
Consumação e tentativa: o crime de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio é um crime
material, e consuma-se com o resultado morte ou lesão corporal grave. Apesar de haver diver-
gência doutrinária, não é possível a tentativa por se trata de crime condicionado (só ocorrerá
a consumação se houver morte ou lesão grave), pois, se não houver qualquer um desses re-
sultados, o agente não responderá por nada.
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Pacto de morte: No pacto de morte ou suicídio a dois podem ocorrer as seguintes situações: a)
se o sobrevivente praticou atos de execução da morte do outro, a ele será imputado o crime de
homicídio; b) se o sobrevivente somente auxiliou o outro a suicidar-se, responderá pelo crime
de participação em suicídio; c) se ambos praticaram atos de execução, um contra o outro, e am-
bos sobreviveram, responderão os dois por tentativa de homicídio; d) se ambos se auxiliaram
mutuamente e ambos sobreviveram, a eles será atribuído o crime de participação em suicídio,
desde que resultem lesões corporais de natureza grave; e) se um deles praticou atos de execu-
ção da morte de ambos, mas ambos sobreviveram, aquele responderá por tentativa de homi-
cídio, e este por participação em suicídio, desde que o executor, em razão da tentativa, sofra
lesão corporal de natureza grave.
Obs.1: O parágrafo único enuncia as hipóteses de aumento de pena, dentre as quais o motivo
egoístico, aquele torpe, mesquinho, no qual o agente quer alcançar algum proveito, e.g., rece-
ber herança, adquirir vaga em concurso público.
Obs.2: O caso de aumento de pena do crime de induzimento se dá quando a vítima tiver di-
minuída sua capacidade da resistência. Se a vítima apresentar a capacidade de discernimento
suprimida pelos problemas mentais, não ensejará o crime do art. 122 e sim homicídio, consu-
mado ou tentado, na condição de autoria mediata.
Obs.3: se a vítima for menor de 14 anos, o agente também responderá por homicídio na condi-
ção de autor mediato.
p) Infanticídio
Infanticídio
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto
ou logo após:
Pena – detenção, de dois a seis anos.
O infanticídio é uma forma privilegiada de homicídio em que o legislador previu uma pena me-
nor pelo fato de ser praticado pela mãe contra seu filho, nascente ou recém-nascido, durante
o parto ou logo após, influenciada pelo estado puerperal. Possui iguais elementares do crime
de homicídio, mas também elementos especializantes atinentes aos sujeitos, ao tempo e à mo-
tivação do crime. Não se exige qualquer finalidade especial para favorecer a mãe com a figura
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típica privilegiada, bastando esteja ela influenciada pelo estado puerperal. É preciso identificar
o momento em que o feto passa a ser considerado nascente, a fim de diferenciar o infanticí-
dio durante o parto do crime de aborto. Assim, o parto tem início com a dilatação, seguida da
expulsão e terminando com a expulsão da placenta. A morte do ofendido, em qualquer dessas
fases, tipifica o crime de infanticídio.
Obs.1: O infanticídio é um homicídio cometido pela mãe contra seu filho, nascente ou neonato.
É um crime próprio, ou seja, só pode ser cometido pela genitora que se encontra sob a influên-
cia do estado puerperal. O legislador optou por eleger este tipo de homicídio a um delito autô-
nomo, com peculiaridades próprias, não incidindo assim a agravante prevista na parte geral do
CP, que é matar descendente.
A expressão “logo após o parto” será interpretada no caso concreto. Enquanto subsistirem os
sinais indicativos do estado puerperal, bem como sua influência no tocante ao modo de agir da
mulher, será possível a concretização do delito.
Se a mãe, sob a influência do estado puerperal, praticar alguma conduta visando a morte o
filho, nascente ou recém-nascido, acometido de anencefalia, estará caracterizado crime impos-
sível, em razão da impropriedade absoluta do objeto material, nos termos do art. 17 do Código
Penal. Com efeito, não há vida apta a justificar a intervenção penal, em sintonia com a decisão
lançada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF – Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental nº 54/DF.
Obs.3: erro sobre a pessoa – na hipótese, e.g., em que a parturiente almejava causar a morte
de seu próprio filho e, por erro, acaba matando o filho de sua colega de quarto, aplica-se a re-
gra correspondente ao erro sobre a pessoa, devendo ser responsabilizada por infanticídio.
Obs.4: concurso de pessoas – quando parturiente causa a morte do recém-nascido com a parti-
cipação de terceiro que, por exemplo, a auxiliar materialmente, fornecendo-lhe o instrumento
do crime, ou orientando-a a como utilizá-lo, ambos, da mesma forma, responderão pelo infan-
ticídio, já que a parturiente atuava influenciada pelo estado puerperal e o terceiro que a auxi-
liou conhecia essa particular condição, concorrendo, portanto, para o sucesso do infanticídio.
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q) Aborto criminoso
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Obs.4: as hipóteses elencadas caracterizam causas de aumento de pena e são aplicáveis ao
aborto praticado por terceiro, sem ou com o consentimento da gestante (arts. 125 e 126), por
expressa disposição legal. São hipóteses de crimes qualificados pelo resultado, de natureza pre-
terdolosa (aborto doloso e lesão corporal ou morte culposos). Aplica-se o art. 19 do Código
Penal: “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver
causado ao menos culposamente”. Se em consequência do aborto ou dos meios empregados
para provocá-lo a gestante sofre lesão corporal de natureza leve, o terceiro responde somente
pelo aborto simples, sem ou com o seu consentimento, restando absorvida a lesão corporal.
Se, no entanto, o terceiro tinha dolo (direto ou eventual) no tocante a ambos os crimes, res-
ponde por aborto e por lesão corporal de natureza grave ou homicídio, em concurso (material
ou formal imperfeito). Aquele que mata dolosamente uma mulher, ciente da sua gravidez, e as-
sim provoca a morte do feto, responde por homicídio doloso e também por aborto, ainda que
ausente a intenção de provocar a morte do feto (quando se mata uma mulher grávida há pelo
menos dolo eventual quanto ao aborto). Se o terceiro ignorava a gravidez será responsabilizado
por homicídio doloso, sob risco de caracterização da responsabilidade penal objetiva. Incide o
aumento quando o aborto não se consuma, mas a gestante sofre lesão corporal de natureza
grave ou morre. É imprescindível a prova da gravidez.
r) Aborto legal
Aborto Legal
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da ges-
tante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Obs.2: Em consonância com o preceito legal, art. 128, II, do Código Penal, o aborto legal, co-
nhecido como aborto humanitário ou sentimental, é uma regra permissiva. Não se exige au-
torização judicial para o feito, bastando o consentimento da gestante e que seja praticado por
médico.
Obs.3: O aborto eugênico ou eugenésico, feito para impedir a continuação da gravidez de fetos
ou embriões com graves deformidades físicas ou psíquicas, não é permitido no ordenamento
jurídico vigente, constituindo crime.
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Obs.4: Aborto de anencéfalo – Após dois dias de debate, o Supremo Tribunal Federal
(STF) decidiu na quinta-feira (12 de abril de 2012) que grávidas de fetos sem cérebro
poderão optar por interromper a gestação com assistência médica. Por 8 votos a 2, os
ministros definiram que o aborto em caso de anencefalia não é crime.
“Aborto é crime contra a vida. Tutela-se a vida em potencial. No caso do anencéfalo,
não existe vida possível. O feto anencéfalo é biologicamente vivo, por ser formado por
células vivas, e juridicamente morto, não gozando de proteção estatal. [...] O anencéfalo
jamais se tornará uma pessoa. Em síntese, não se cuida de vida em potencial, mas de
morte segura. Anencefalia é incompatível com a vida”, afirmou o relator da ação, minis-
tro Marco Aurélio Mello.
“[O aborto do feto anencéfalo] é um direito que tem a mulher de interromper uma
gravidez que trai até mesmo a ideia-força que exprime a locução ‘dar à luz’. Dar à luz é
dar à vida e não dar à morte. É como se fosse uma gravidez que impedisse o rio de ser
corrente”, afirmou o ministro Ayres Britto.
Celso de Melo destacou que a gravidez de anencéfalo "não pode ser taxada de aborto".
"O crime de aborto pressupõe gravidez em curso e que o feto esteja vivo. E mais, a morte
do feto vivo tem que ser resultado direto e imediato das manobras abortivas. [...] A inter-
rupção da gravidez em decorrência da anencefalia não satisfaz esses elementos."
Lesão corporal é a ofensa humana direcionada à integridade corporal ou à saúde de outra pes-
soa. Depende da produção de algum dano no corpo da vítima, interno ou externo, englobando
qualquer alteração prejudicial à sua saúde, inclusive problemas psíquicos. É prescindível a pro-
dução de dores ou a irradiação de sangue do organismo do ofendido. A dor, por si só, não carac-
teriza lesão corporal. O crime pode ser cometido com emprego de grave ameaça ou mediante
ato sexual consentido. Não é necessário seja a vítima portadora de saúde perfeita. São exem-
plos de ofensa à integridade física as fraturas, fissuras, escoriações, queimaduras e luxações, a
equimose e o hematoma.
Os eritemas não ingressam no conceito do delito. O corte de cabelo ou da barba sem autoriza-
ção da vítima pode configurar, dependendo da motivação do agente, lesão corporal ou injúria
real, se presente a intenção de humilhar a vítima. A pluralidade de lesões contra a mesma víti-
ma e no mesmo contexto temporal caracteriza crime único.
A ofensa à saúde, por seu turno, compreende as perturbações fisiológicas (desarranjo no funciona-
mento de algum órgão do corpo humano) ou mentais (alteração prejudicial da atividade cerebral).
a) Divisão topográfica:
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Art. 129, caput, CP – lesões corporais de natureza leve;
Art. 129, §1º, CP – lesões corporais de natureza grave;
Art. 129, §2º, CP – lesões corporais de natureza gravíssima;
Art. 129, §3º, CP – lesões corporais seguida de morte;
Art. 129, §4º, CP – causa de diminuição de pena;
Art. 129, §5º, CP – substituição da pena;
Art. 129, §6º, CP – lesões corporais culposas;
Art. 129, §7º, CP – causa de aumento de pena;
Art. 129, §8º, CP – perdão judicial;
Art. 129, §9º, CP – violência doméstica;
Art. 129, §§10 e 11, CP – causas de aumento de pena da violência doméstica.
b) Sujeitos:
Sujeito ativo – trata-se de crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo – qualquer pessoa, mas no caso das lesões com resultado aceleração de parto
e aborto art. 129, §§1º, IV, e 2º, V, do CP, o sujeito passivo só pode ser a gestante e, no caso da
violência doméstica, as pessoas referidas no art. 129, §9º, do CP.
c) Objetividade jurídica:
d) Objeto material:
É a pessoa humana, mesmo que com vida intrauterina, sobre a qual recai a conduta do agente
no sentido de lhe ofender a integridade corporal ou a saúde.
e) Elemento subjetivo:
O elemento subjetivo do caput, ou seja, da lesão leve é o dolo, que pode ser direto ou eventual.
A expressão latina usada para se referir ao dolo de lesão é animus laedendi.
f) Ação Penal: Na lesão corporal dolosa de natureza leve e na lesão corporal culposa a ação pe-
nal pública é condicionada à representação do ofendido (Lei 9.099/1995, art. 88). As demais
espécies de lesões corporais dolosas são crimes de ação penal pública incondicionada.
g) Consumação e tentativa:
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É possível a tentativa para o caso de lesões leves. Já nos casos qualificados pelo resultado cul-
poso (preterdolosos), tais como perigo de vida, aceleração de parto, aborto e morte, não se
admite a tentativa.
Lesão corporal leve ou simples (art. 129, caput): toda e qualquer lesão corporal dolosa que não
seja grave, gravíssima ou praticada com violência doméstica e familiar contra a mulher. A prova
da materialidade é feita com o exame de corpo de delito. Para o oferecimento da denúncia é
suficiente o boletim médico ou prova equivalente (art. 77, § 1º, Lei 9.099/1995). Para a conde-
nação exige-se a perícia, sob pena de nulidade (CPP, art. 564, III, b). Se os vestígios houverem
desaparecido será aceito o exame de corpo de delito indireto (CPP, art. 167).
Obs.1: por ter pena máxima cominada de 1 ano, consiste em infração de menor potencial ofen-
sivo e, por ter a pena mínima de 3 meses, admite-se a suspensão condicional do processo.
Obs.2: de acordo com o artigo 89 da Lei 9.099/95, a lesão leve e a lesão culposa processam-se
mediante ação penal pública condicionada à representação.
Obs.3: Lesão corporal e consentimento do ofendido: Nas lesões corporais dolosas de natureza
leve o consentimento do ofendido caracterizará causa supralegal de exclusão da ilicitude, des-
de que seja: (a) expresso, pouco importando sua forma; (b) livre de coação, mediante violência
à pessoa ou grave ameaça; (c) moral e respeite os bons costumes; (d) anterior à consumação da
infração penal; e (e) manifestado por pessoa capaz. É irrelevante o consentimento do ofendido
nos crimes de lesão corporal grave, gravíssima e seguida de morte, em face da indisponibilida-
de do bem jurídico protegido.
Obs.4: Lesões corporais e cirurgias emergenciais: Não há crime nas situações em que o médico
atua sem o consentimento do operado ou de seus representantes legais nas cirurgias de emer-
gência, dotadas de risco concreto de morte do paciente, pois se encontra amparado pelo esta-
do de necessidade de terceiro. Ausente a situação de emergência, deverá haver prévia anuên-
cia para afastar o crime pelo exercício regular do direito.
Obs.5: Cirurgia de mudança de sexo: Não há crime por ausência do dolo de lesionar a integri-
dade corporal ou a saúde do paciente. O médico que a realiza não pratica crime por estar aco-
bertado pela excludente da ilicitude do exercício regular de direito (Portaria do Ministério da
Saúde 1.707, de 19.08.2008).
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Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta (lesão corporal de natureza grave):
I – Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II – perigo de vida;
III – debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV – aceleração de parto:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
Obs.1: Na lesão corporal grave, da qual resulte incapacidade para as ocupações habituais por
mais de trinta dias, é necessário, primeiramente, a realização do exame de corpo de delito no
qual o médico perito faz um diagnóstico. Decorridos 30 dias, é realizado um exame comple-
mentar, a fim de que se verifique a qualificadora prevista no art. 129, §1°, I.
Obs.2: por ter a pena mínima cominada de 1 ano, admite-se suspensão condicional do processo.
Cabe salientar que, nas lesões dolosas, a penas pode ser aumentada de 1/3 a 1/2, nos termos
do parágrafo abaixo:
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§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Cons-
tituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente con-
sanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços.
Diminuição de pena
§ 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5º O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela
de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
I – se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II – se as lesões são recíprocas.
§ 6º Se a lesão é culposa:
Pena – detenção, de dois meses a um ano.
Obs.: na lesão corporal culposa, independente da lesão sofrida, não há classificação em leve,
grave ou gravíssima.
Lesão corporal culposa (art. 129, § 6º): É a conduta típica descrita pelo caput, quando praticada
mediante culpa. Trata-se de tipo penal aberto, devendo o intérprete utilizar um juízo de valor
para, com base no critério do homem médio, constatar se quando da conduta, cometida com
imprudência, negligência ou imperícia, era possível ao agente prever objetivamente a produ-
ção do resultado naturalístico. A modalidade de culpa deve ser motivadamente descrita na ini-
cial acusatória, sob pena de inépcia. Não há distinção com base na gravidade dos ferimentos. A
gravidade da lesão, por se tratar de circunstância judicial desfavorável, deve ser sopesada pelo
juiz na dosimetria da pena-base (CP, art. 59, caput). Trata-se de infração penal de menor poten-
cial ofensivo, compatível com os benefícios contidos na Lei 9.099/1995.
Se cometida na direção de veículo automotor, estará tipificado o crime previsto no art. 303 da Lei
9.503/1997 – CTB. Resolve-se o conflito aparente de normas pelo princípio da especialidade.
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Aumento de pena
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º
e 6º do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Perdão judicial
§ 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
Obs: O perdão judicial para a lesão corporal culposa veio previsto de maneira idêntica ao delito
de homicídio culposo. Assim, se as consequências da lesão atingirem o próprio agente de for-
ma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária, o juiz poderá deixar de aplicar a pena.
Violência Doméstica
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
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Lesão corporal e violência doméstica (art. 129, § 9º): Trata-se de forma qualificada de lesão
corporal que leva em conta o contexto em que é praticada. A pena prevista ao caso, em razão
da sua quantidade, somente deve ser aplicada na hipótese de lesão corporal leve. Se a lesão
corporal for grave, gravíssima ou seguida de morte, aplicar-se-á o art. 129 do CP. Pode ser prati-
cada: a) contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro: o parentesco pode
ser civil ou natural (o art. 227, § 6º, da CF proíbe qualquer discriminação entre os filhos havidos
ou não do casamento). Não ingressam as relações decorrentes do parentesco por afinidade.
Exige-se prova documental da relação de parentesco ou do vínculo matrimonial. A união está-
vel pode ser comprovada por testemunhas ou outros meios de prova que não exclusivamente
os documentos; b) com quem conviva ou tenha convivido: tais expressões devem ser interpre-
tadas restritivamente. Quanto ao trecho “tenha convivido”, exige-se tenha sido a lesão corpo-
ral praticada em decorrência da convivência passada entre o autor e a vítima. c) prevalecendo-se
o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Relações domésticas são as
criadas entre os membros de uma família, podendo ou não existir ligações de parentesco. Coabita-
ção é a moradia sob o mesmo teto, ainda que por breve período – deve ser lícita e conhecida dos
coabitantes. Hospitalidade é a recepção eventual, durante a estadia provisória na residência de al-
guém, sem necessidade de pernoite. Em todos os casos, a relação doméstica, a coabitação ou a hos-
pitalidade devem existir ao tempo do crime, pouco importando tenha sido o delito praticado fora do
âmbito da relação doméstica, ou do local que ensejou a coabitação ou a hospitalidade.
A pena da lesão corporal leve cometida com violência doméstica será aumentada de 1/3 (um
terço) quando a vítima for pessoa portadora de deficiência. Esse dispositivo foi acrescentado
pela Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Deve tratar-se de pessoa portadora de deficiência e
ligada ao autor do crime pelos laços de violência doméstica indicados pelo § 9º do art. 129 do
CP. Pessoa portadora de deficiência é aquela que, em consequência de alguma enfermidade,
permanente ou transitória, enfrenta debilidade em sua capacidade física ou mental.
O Código Penal trata nesse capítulo, que compreende os arts. 130 a 136, dos crimes de peri-
go. Contrariamente ao que fez nos artigos anteriores (arts. 121 a 129 – crimes de dano), não
se exige para a consumação do delito a efetiva lesão ao bem jurídico penalmente tutelado.
Prescinde-se do dano. É suficiente a exposição do bem jurídico a uma probabilidade de dano.
Essa bipartição dos crimes – de dano e de perigo – relaciona-se com o grau de intensidade do
resultado almejado pelo agente como consequência da conduta. Com efeito, crimes de dano
ou de lesão são aqueles em que somente se produz a consumação com a efetiva lesão do bem
jurídico. São exemplos o homicídio e as lesões corporais (CP, arts. 121 e 129, respectivamente).
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Perigo de contágio venéreo
Art. 130. Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a con-
tágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
Pena reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º Somente se procede mediante representação.
O art. 130 do CP prevê duas espécies de crime de perigo de contágio venéreo, diferenciadas
pelo elemento subjetivo: no caput encontra-se a modalidade fundamental ou crime simples.
Trata-se de infração penal de menor potencial ofensivo. No § 1º encontra-se a figura derivada
ou crime qualificado (crime de médio potencial ofensivo, pois autoriza a suspensão condicional
do processo, desde que presentes os demais requisitos exigidos pelo art. 89 da Lei 9.099/1995).
No caput, o crime se consuma com a prática da relação sexual ou do ato libidinoso. A contami-
nação da vítima caracteriza simples exaurimento, indiferente no plano da tipicidade, mas que
deve ser sopesado na dosimetria da pena-base (CP, art. 59, caput – “consequências do crime”).
Na figura qualificada definida pelo § 1º, o crime também se consuma com a prática da rela-
ção sexual ou do ato libidinoso. Se a vítima for contaminada, quatro situações distintas podem
ocorrer: a) se resultar lesão corporal leve, o sujeito responderá apenas pelo crime de perigo,
por ser sua pena superior em abstrato à reprimenda prevista no art. 129, caput, do Código Pe-
nal; b) se resultar lesão corporal grave ou gravíssima, responderá pelo crime tipificado no art.
129, § 1º ou § 2º do CP, que absorve o crime de perigo; c) se resultar lesão corporal seguida de
morte, responderá pelo crime definido pelo art. 129, § 3º, do CP, que absorve o crime de peri-
go; e d) se resultar a morte da vítima (com dolo direto ou eventual), o sujeito responderá por
homicídio doloso, simples ou qualificado, se estiver presente alguma das circunstâncias elenca-
das pelo art. 121, § 2º, I a V, do CP.
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A pena será aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se a exposição da vida ou da saúde
de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabe-
lecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. Trata-se de causa de
aumento de pena inerente à segurança viária, ou seja, é crime de trânsito localizado no Código
Penal. Sua principal finalidade é punir mais severamente o transporte de “boias-frias” sem as
cautelas necessárias. Nada obstante, o transporte pode ser efetuado para empresas, públicas
ou privadas, ou propriedades de qualquer natureza (sítios ou fazendas, fábricas, lojas, empre-
sas em geral etc.).
Quando a vítima for pessoa idosa e a conduta encontrar correspondência no art. 99 da Lei
10.741/2003, restará afastado o art. 132 do Código Penal (princípio da especialidade).
Abandono de incapaz
Art. 133. Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade,
e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena – detenção, de seis meses a três anos.
§ 1º Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão, de um a cinco anos.
§ 2º Se resulta a morte:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
Aumento de pena
§ 3º As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I – se o abandono ocorre em lugar ermo;
II – se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da víti-
ma.
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos
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O caput define a modalidade simples do abandono de incapaz. Cuidase de crime de médio poten-
cial ofensivo. Os §§ 1º e 2º elencam qualificadoras, em virtude da superveniência de um resulta-
do agravador: lesão corporal grave ou morte. Na primeira espécie – abandono de incapaz qualifi-
cado pela lesão corporal grave –, e somente nela, também é possível a suspensão condicional do
processo (art. 89 da Lei 9.099/1995). Finalmente, o § 3º elenca causas de aumento da pena.
Núcleo do tipo: “Abandonar” traduz a ideia de desamparar, descuidar. O abandono é físico, no
sentido de deixar o incapaz sozinho, sem a devida assistência. O abandono deve ser real: de-
pende de separação física, distanciamento entre o responsável e o incapaz. Em qualquer caso
(ação ou omissão), há de ser provado o perigo efetivo para a vítima em decorrência da conduta
criminosa. Inexiste crime quando o incapaz é quem abandona seu protetor. Se a finalidade do
abandono do incapaz for ocultar desonra própria, e tratando-se a vítima de recém-nascido, o
crime será o de exposição ou abandono de recém-nascido (CP, art. 134).
Sujeito ativo: É somente a pessoa que possui o dever de zelar pela vida, pela saúde ou pela se-
gurança da vítima. Cuida-se de crime próprio, pois apenas pode ser praticado por aquele que
tem o incapaz sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade. Destarte, é imprescindível a
especial vinculação entre os sujeitos do delito, caracterizada pela relação jurídica estabelecida
entre o agente e a vítima. Cuidado é a assistência eventual. Guarda é a assistência duradoura.
Vigilância é a assistência acauteladora. Envolve pessoas normalmente capazes, mas que não
podem se defender em razão de situações excepcionais. Autoridade é a relação de superiorida-
de, de direito público ou de direito privado, para emitir ordens em face de outra pessoa.
Sujeito passivo: É o incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono e que estava
sob a guarda, cuidado, vigilância ou autoridade do sujeito ativo.
Causas de aumento de pena: O § 3º elenca três causas que aumentam a pena em 1/3 (um terço):
a) se o abandono ocorre em lugar ermo: Local habitual ou eventualmente solitário. Justifica-
se o aumento pela maior dificuldade proporcionada ao incapaz para encontrar socorro (inciso
I); b) se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima:
fundamenta-se o aumento na maior reprovabilidade da conduta praticada quando presentes
laços de parentesco ou de maior proximidade entre o autor e a vítima, os quais devem ser
provados, e jamais presumidos (inciso II); c) se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos: Essa
causa de aumento de pena foi inserida no CP pela Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso, em
razão do número cada vez maior de pessoas idosas abandonadas por parentes na fase de suas
vidas em que mais necessitam de cuidado e proteção.
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Esse delito representa uma figura privilegiada do abandono de incapaz (CP, art. 133) cometido
por motivo de honra.
Nada obstante estejam definidos por tipos penais autônomos, o abandono de incapaz é o cri-
me fundamental, do qual deriva o tipo da exposição ou abandono de recém-nascido.
Elemento normativo: O crime há de ser praticado “para ocultar desonra própria”. A honra aqui
tratada é a de natureza sexual, a boa fama e a reputação que desfruta o autor ou a autora pelo
seu comportamento decente e pelos bons costumes. O tipo penal pressupõe que o nascimento
da criança deve ter sido sigiloso, no sentido de não ter chegado ao conhecimento de estranhos.
A repetição do fato impede o reconhecimento do privilégio. Uma ação penal anterior por ex-
posição de recém-nascido acarreta a impossibilidade de sustentar, quanto ao segundo crime, a
ocultação de uma honra que a pessoa não mais possui.
Abandono de recém-nascido é um crime próprio, que só pode ser cometido pela mãe da crian-
ça, com o fim de ocultar desonra própria. O sujeito passivo é o recém-nascido abandonado.
Figuras qualificadas: A expressão lesão corporal de natureza grave (§ 1º) foi utilizada em sen-
tido amplo, para abranger tanto as lesões corporais graves (CP, art. 129, § 1º) como as lesões
corporais gravíssimas (CP, art. 129, § 2º). São crimes qualificados pelo resultado e estritamente
preterdolosos. Se o sujeito agiu com dolo de dano (animus laedendi para as lesões corporais,
animus necandi ou occidendi para a morte), a ele deve ser imputado o crime mais grave: lesão
corporal grave ou gravíssima, infanticídio (se presente o estado puerperal) ou homicídio. A le-
são corporal leve fica absorvida pelo abandono de incapaz, por se tratar de crime de dano com
pena inferior à do crime de perigo.
Omissão de socorro
Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Núcleos do tipo: “Deixar de prestar assistência” significa não socorrer quem se encontra em pe-
rigo. “Não pedir”, por sua vez, equivale a deixar de solicitar auxílio da autoridade pública para
socorrer quem está em perigo. O agente, inicialmente, se puder fazê-lo sem risco pessoal, deve
prestar socorro à vítima. Somente e quando não tiver condições de prestar diretamente o socor-
ro, em face e risco pessoal, deve pedir o auxílio da autoridade pública. Cuida-se de típica hipótese
de crime omissivo próprio ou puro, pois a omissão está descrita diretamente no tipo penal.
Elemento normativo do tipo: É representado pela expressão “quando possível fazê-lo sem risco pes-
soal”. Não poderia a lei impor a alguém a prestação de socorro mediante a criação de risco funda-
do para sua integridade corporal. Quando presente o risco pessoal, o sujeito deve pedir socorro à
autoridade pública, porque esta tem o dever legal de enfrentar o perigo (CP, art. 13, § 2º, a, e art.
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24, § 1º). Em face desse critério hierárquico, o crime de omissão de socorro pode ser cometido de
duas maneiras diversas: 1ª Falta de assistência imediata: o agente pode prestar socorro, sem risco
pessoal, mas deliberadamente não o faz. 2ª Falta de assistência mediata: o sujeito não pode prestar
pessoalmente o socorro, mas também não solicita o auxílio da autoridade pública.
Sujeito ativo: Pode ser cometido por qualquer pessoa, mesmo que não tenha o dever de pres-
tar assistência. Se várias pessoas negam a assistência, todas respondem pelo crime.
Omissão médica: O crime de omissão de socorro pode ser praticado por um médico ao deixar
de atender uma vítima necessitada. Igual raciocínio se aplica à enfermeira e a secretária do
hospital que recusa o pronto atendimento médico.
Sujeito passivo: São elas: criança abandonada, criança extraviada, pessoa inválida e ao desam-
paro, pessoa ferida e ao desamparo, e pessoa em grave e iminente perigo. Vejamos:
a) Criança abandonada: é a pessoa com idade inferior a 12 anos (Lei 8.069/1990 – Estatuto da
Criança e do Adolescente, art. 2º) que foi intencionalmente deixada em algum lugar por quem
devia exercer sua vigilância, e por esse motivo não pode prover sua própria subsistência.
b) Criança extraviada: é a pessoa com idade inferior a 12 anos que está perdida, isto é, não sabe
retornar por conta própria ao local em que reside ou possa encontrar resguardo e proteção.
d) Pessoa ferida e ao desamparo: é aquela que sofreu lesão corporal, não necessariamente gra-
ve, acidentalmente ou provocada por terceira pessoa. É imprescindível que também se en-
contre ao desamparo, ou seja, impossibilitada de afastar o perigo por suas próprias forças.
e) Pessoa em grave e iminente perigo: o perigo deve ser sério e fundado, apto a causar um
mal relevante em curto espaço de tempo. Não é necessário seja a vítima inválida, nem que
esteja ferida.
Obs.1: Omissão de socorro e vítima idosa: Em caso de omissão de socorro envolvendo vítima
idosa, é dizer, pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, incide o crime tipificado
pelo art. 97 da Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso.
Obs.2: Omissão de socorro e Código de Trânsito Brasileiro: O art. 304 da Lei 9.503/1997 faz
menção ao condutor do veículo que, na ocasião do acidente, deixa de prestar imediato socorro
à vítima. Esse dispositivo será aplicável unicamente ao condutor de veículo que, agindo sem
culpa, se envolva em acidente e não socorra imediatamente a vítima. Por sua vez, o crime de
omissão de socorro tipificado pelo art. 135 do Código Penal será aplicável aos condutores de
veículos automotores não envolvidos no acidente, bem como a qualquer outra pessoa que
deixar de prestar socorro à vítima que se encontrar em alguma das situações por ele indicadas.
Note-se também que o crime delineado pelo art. 304 da Lei 9.503/1997 é expressamente sub-
sidiário.
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Na esfera penal, as situações descritas no art. 135-A do Código Penal sempre caracterizaram o
crime de omissão de socorro (CP, art. 135), pois a pessoa a quem se condiciona o atendimento
médico-hospitalar ao fornecimento de garantia ou ao preenchimento prévio de formulários ad-
ministrativos indubitavelmente encontra-se “ferida” ou “em grave e iminente perigo”, e o sujeito
ativo deixa de prestar-lhe assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal. Esta problemáti-
ca, portanto, possui arcabouço jurídico para ser combatida pelo Poder Público e pelas pessoas em
geral. Nesse cenário, se o Estado não desempenha a contento sua fiscalização sobre os estabele-
cimentos hospitalares, e se muitos particulares não reivindicam seus direitos perante a Adminis-
tração Pública e o Poder Judiciário, não será o Direito Penal o salvador dos interesses em conflito.
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Sujeito ativo: Pode ser qualquer funcionário ou administrador do estabelecimento de saúde que
realize atendimento médico-hospitalar emergencial, e também o médico que se recusa a atender um
paciente sem o fornecimento de garantia ou o preenchimento prévio de formulário administrativo
(crime comum ou geral). É perfeitamente cabível o concurso de pessoas, nas modalidades coautoria
e participação, a exemplo da situação em que o proprietário do hospital ordena ao atendente a
exigência de cheque-caução como condição para o atendimento médico-hospitalar. Nessa seara,
dois pontos merecem destaque: (a) o delito somente pode ser cometido no âmbito de hospitais
particulares, pois nos estabelecimentos da rede pública de saúde é vedada a cobrança de qualquer
valor para o atendimento médico. Se o funcionário público fizer esta exigência indevida, estará
caracterizado o crime de concussão (CP, art. 316), sem prejuízo da responsabilidade pelo resultado
decorrente da omissão frente ao atendimento médico, nos moldes do art. 13, § 2º, “a”, do Código
Penal (dever legal); e (b) o crime não pode ser praticado pela pessoa jurídica (hospital), em face da
ausência de previsão constitucional e legal nesse sentido.
•• O dever de agir para evitar o resultado: Se o sujeito possuir o dever de agir para evitar o
resultado, e omitir-se em decorrência do não recebimento de garantia ou do não preenchi-
mento de formulários administrativos, daí resultando lesão corporal de natureza grave (ou
gravíssima) ou a morte da vítima, a ele será imputado o crime derivado da sua inércia.
Causas de aumento da pena (art. 135-A, parágrafo único): A superveniência da lesão corporal
de natureza grave (ou gravíssima) ou da morte da pessoa necessitada do atendimento médico-
hospitalar emergencial funciona como causa de aumento da pena, incidente na terceira
e derradeira fase da aplicação da pena privativa de liberdade. A majoração é obrigatória,
reservando-se discricionariedade ao juiz para elevar a reprimenda até o dobro (lesão corporal
grave em sentido amplo) ou até o triplo (morte). Como a lei não indicou o percentual mínimo,
conclui-se que nos dois casos a exasperação será de 1/6 (um sexto) até o dobro ou até o triplo,
pois tal montante é o menor admitido pelo Código Penal no tocante às causas de aumento
da pena. As figuras agravadas são necessariamente preterdolosas, conclusão facilmente
extraída das penas cominadas pelo legislador. Há dolo na exigência indevida de garantia ou
do preenchimento prévio de formulários administrativos, e culpa no tocante ao resultado
gravador (lesão corporal grave em sentido amplo ou morte). Nesses casos, ao contrário da
modalidade fundamental contida no caput do art. 135-A, os crimes são materiais ou causais,
pois a consumação reclama a concretização de qualquer dos resultados naturalísticos.
Estatuto do Idoso: A Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso contempla, em seu art. 103,5 uma
figura semelhante ao crime definido no art. 135-A do Código Penal: “Art. 103. Negar o acolhi-
mento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à
entidade de atendimento: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.” Vale desta-
car, em relação ao idoso, a inexistência de situação apta a exigir o atendimento médico-hospi-
talar emergencial. Não se trata de clínica médica ou hospital. Basta a negativa de acolhimento
ou permanência da pessoa com idade igual ou superior a 60 anos em abrigo, diante da sua
recusa em fornecer procuração à entidade de atendimento para administrar seus interesses.
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Maus-tratos
Art. 136. Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou
vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou
inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:
Pena – detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
§ 1º Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
§ 2º Se resulta a morte:
Pena – reclusão, de quatro a doze anos.
§ 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
14 (catorze) anos. (Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990)
Núcleo do tipo: “Expor” significa colocar alguém em perigo. Cuida-se de crime de forma vincu-
lada, pois a conduta de “expor a perigo a vida ou a saúde da pessoa” somente admite os modos
de execução expressamente previstos em lei, quais sejam: a) Privação de alimentos ou cuida-
dos indispensáveis: “Privar” equivale a destituir, retirar, tolher alguém de um bem ou objeto
determinado. O crime, nessa hipótese, é omissivo próprio ou puro. Cuidados indispensáveis
são os imprescindíveis à preservação da vida e da saúde de quem está sendo educado, tratado
ou custodiado por alguém. b) Sujeição a trabalho excessivo ou inadequado: Trabalho excessivo
é o capaz de prejudicar a vida ou a saúde de alguém, em razão de produzir anormal cansaço
como decorrência do seu elevado volume. Deve ser aferido no caso concreto, levando-se em
consideração os aspectos físicos da vítima. Trabalho inadequado é o impróprio para uma de-
terminada pessoa, e por esse motivo apto a proporcionar perigo à vida ou à saúde de quem
o realiza. c) Abuso dos meios de correção ou disciplina: Correção é o meio destinado a tornar
certo o que está errado. Disciplina é o expediente utilizado para preservar a normalidade, isto
é, manter certo aquilo que já está certo. Em ambas as situações o crime é comissivo. Surge o
delito de maus-tratos, porém, quando o titular do direito de correção ou de disciplina dele abu-
sa. Em outras palavras, o exercício do direito transmuda-se de regular para “irregular”.
Sujeito ativo: O tipo penal reclama uma vinculação especial entre o autor e a vítima dos maus-
tratos (crime próprio). O ofendido deve estar sob a autoridade, guarda ou vigilância do agente,
para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, mas pouco importa o grau de instrução
ou a classe social do responsável pela conduta criminosa.
Art. 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente x maus-tratos: Tratando-se de criança ou ado-
lescente sujeita à autoridade, guarda ou vigilância de alguém e submetida a vexame ou de cons-
trangimento, aplica-se o art. 232 da Lei 8.069/1990. Note-se que a vida ou a saúde da criança ou
do adolescente não é exposta a perigo. Limita-se o sujeito a constrangê-la ou humilhá-la, tal como
quando a reprime abusivamente em local público e na presença de outras pessoas.
Distinção entre os crimes de tortura e maus-tratos: A distinção entre os crimes de tortura e de
maus-tratos deve ser feita no caso concreto: aquela depende de intenso sofrimento físico ou
mental, enquanto para este é suficiente a exposição a perigo da vida ou da saúde da pessoa.
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Ademais, o delito de maus-tratos é de perigo (dolo de perigo), e o de tortura, de dano (dolo
de dano). Portanto, a diferenciação se baseia no elemento subjetivo. Se o fato é praticado por
alguém para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, mas com imoderação, o crime é
de maus-tratos. Sem essa finalidade, ou seja, realizado o fato apenas para submeter a vítima a
intenso sofrimento físico ou mental, o delito é de tortura.
DA RIXA
Rixa
Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena – detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Rixa qualificada
Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo
fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
Obs.1: O crime de rixa é uma luta desordenada, um tumulto, envolvendo troca de agressões
entre três ou mais pessoas. É um crime instantâneo, ocorrendo sua consumação com as agres-
sões recíprocas, pois é nesse momento que ocorre o perigo à vida ou à saúde da pessoa huma-
na. Os participantes da rixa devem responder pelos atos de violência, momento em que há a
produção do resultado, independente das consequências.
Obs.2: A rixa é um crime plurissubjetivo ou de concurso necessário. O tipo penal reclama a par-
ticipação de, no mínimo, três pessoas, bastando um imputável para a configuração do crime.
Não importa se os outros eram inimputáveis ou desconhecidos. O importante é a comprovação
do número de pessoas participantes. É de se ressaltar que aquele que ingressa na contenda
para separar os rixosos não poderá fazer parte do número exigido pela norma incriminadora,
conforme art. 137 do CP.
Obs.3: o crime se consuma com a prática de vias de fato ou violências recíprocas.
Obs.4: Rixa qualificada: Também chamada de rixa complexa, está prevista no parágrafo único
deste artigo. Permite a conclusão de que todos os rixosos, pelo fato da participação na rixa,
suportarão a qualificadora quando ocorre lesão corporal de natureza grave ou morte, pouco
importando qual deles foi o responsável pela produção do resultado agravador. É indiferente
que a morte ou a lesão corporal de natureza grave tenha sido produzida em um dos rixosos ou
em um terceiro, alheio à rixa, apaziguador ou mero transeunte. De igual modo, também há rixa
qualificada quando um estranho mata um dos rixosos quando de sua intervenção destinada a
conter o tumulto. Basta, em qualquer dos casos, a relação de causalidade entre a rixa e o resul-
tado naturalístico. A pena da rixa qualificada é a mesma, tanto se resultar lesão corporal de na-
tureza grave como se resultar morte. O resultado agravador (lesão corporal de natureza grave
ou morte) pode ser doloso ou culposo. Não se cuida de crime essencialmente preterdoloso. As
lesões leves e a tentativa de homicídio não qualificam a rixa.
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Rixa e homicídio: “Não tendo sido apurado o autor do tiro causador do homicídio, não é ad-
missível que por ele respondam todos os participantes da rixa, que pressupõe grupos opostos”
(STF: AP 196/PB, Rel. Min. Aliomar Baleeiro, Tribunal Pleno, j. 10.06.1970).
Honra é o conjunto das qualidades físicas, morais e intelectuais de um ser humano, que o fazem
merecedor de respeito no meio social e promovem sua autoestima. É um sentimento natural,
inerente a todo homem e cuja ofensa produz uma dor psíquica, um abalo moral, acompanha-
dos de atos de repulsão ao ofensor. Representa o valor social do indivíduo, pois está ligada à sua
aceitação ou aversão dentro de um dos círculos sociais em que vive, integrando seu patrimônio.
Trata-se de patrimônio moral que encontra proteção como direito fundamental do homem no
art. 5º, inciso X, da Constituição Federal (fundamento constitucional dos crimes contra a honra).
Bem jurídico: Os crimes de calúnia e difamação ofendem a honra objetiva da vítima, ou seja,
sua reputação social. Já o crime de injúria ofende a honra subjetiva da vítima, em outras pala-
vras, sua estima própria. Estes crimes fazem parte do capítulo dos crimes contra a honra, englo-
bados no título dos crimes contra a pessoa.
Calúnia
Art. 138. Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º Admite-se a prova da verdade, salvo:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi conde-
nado por sentença irrecorrível;
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sen-
tença irrecorrível.
Núcleo do tipo: É “caluniar”. O legislador foi redundante. Com efeito, caluniar é imputar, razão
pela qual não era necessário dizer: “caluniar alguém, imputando-lhe...”. A conduta consiste em
atribuir a alguém a prática de determinado fato. Esse fato, entretanto, deve ser previsto em lei
como criminoso. Imputação falsa de contravenção penal atinge a honra, configurando crime de
difamação, mas não calúnia. O fato deve ser também verossímil, pois em caso contrário não há
calúnia. Se não bastasse, é fundamental seja a ofensa dirigida contra pessoa certa e determinada.
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Requisitos da calúnia:
•• a imputação de um fato;
•• esse fato imputado à vítima deve, obrigatoriamente, ser falso;
•• além de falso, o fato deve ser definido como crime.
Consumação: No crime de calúnia, delineado no art. 138 do CP, há a ofensa da honra objetiva
da vítima, ou seja, sua credibilidade no seu meio social. Sua consumação acontece quando ter-
ceiros tomam conhecimento do fato calunioso.
É possível a tentativa, quando a ofensa é escrita e o autor intercepta, impedindo que chegue
nas mãos de terceiros.
Difamação
Art. 139. Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único. A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário
público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Trata-se de crime que ofende a honra objetiva e, da mesma forma que na calúnia, depende da
imputação de algum fato a alguém. Esse fato, todavia, não precisa ser criminoso. Basta tenha
capacidade para macular a reputação da vítima, isto é, o bom conceito que ela desfruta na
coletividade, pouco importando se verdadeiro ou falso. A imputação de fato definido como
contravenção penal tipifica o crime de difamação, pois a calúnia depende da imputação falsa
de crime.
Requisitos da difamação:
•• imputação de fato;
•• verdadeiro ou falso;
•• ofensivo à reputação.
Consumação: tem-se por consumada a infração penal quando terceiro, que não a vítima, toma
conhecimento dos fatos ofensivos à reputação desta. É possível a tentativa.
Obs.1: o crime de calúnia, definindo ser aquele no qual a pessoa atribui a outra falsamente fato
definido como crime. Há de ser uma acusação falsa, definida como crime, manchando a repu-
tação da pessoa em seu meio social. É um ataque à honra objetiva do sujeito passivo. É com
precisão o caso da questão em tela. Diferentemente, a difamação é a imputação de um fato
ofensivo à reputação da pessoa. Este fato não é definido como crime nem necessita ser falso.
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Obs.2: O enunciado do art. 138 do Código Penal explicita ser calúnia a imputação falsa de fato
definido como crime. A atribuição de uma contravenção em vez de crime caracteriza uma difa-
mação e não calúnia, em respeito ao princípio da legalidade.
Obs.3: O crime de difamação, tratado no art. 139 do CP, é expresso quanto à admissão da ex-
ceção da verdade. Ela só será possível quando o ofendido for funcionário público e a ofensa for
relativa ao exercício de suas funções. O fundamento reside no princípio da moralidade adminis-
trativa. Nos demais casos não há que se falar em exceção da verdade no crime de difamação.
Injúria
Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
Caracteriza-se o delito com a simples ofensa à dignidade ou ao decoro da vítima, mediante xin-
gamento ou atribuição de qualidade negativa.
Consumação e bem jurídico: aquele que ofende a dignidade ou decoro de outrem comete in-
júria. É um insulto, uma qualidade negativa, que macula a honra subjetiva da vítima, ou seja,
o que a pessoa pensa de si mesma, sua autoestima. Não há necessidade, para consumação do
delito, de conhecimento do fato injurioso por terceiros.
Obs.: O instituto da exceção da verdade não é cabível para a injúria. Ela é admitida para a calú-
nia e na difamação, de acordo com o art. 138, §3° e art. 139, parágrafo único, respectivamente.
No entanto, não há previsão legal para o crime de injúria.
Injúria real
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo
meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
Injúria real (art. 140, § 2º): Quando a injúria consiste em violência ou vias de fato que, por sua
natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes. A contravenção penal de vias de
fato é absorvida pela injúria real, pois o Código Penal prevê autonomia (soma de penas) exclusi-
vamente para as lesões corporais.
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Injúria racial
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, reli-
gião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena – reclusão de um a três anos e multa.
Importante observar que o crime de injúria racial estará configurado, inclusive, quando a ofensa
relacionar-se a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
Exclusão do crime
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Retratação
Art. 143. O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da
difamação, fica isento de pena (causa de extinção da punibilidade).
Pedido de explicações
Art. 144. Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria,
quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las
ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
Ação Penal
Art. 145. Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa,
salvo quando, no caso do art. 140, § 2º (injúria real com lesão corporal é de ação penal
pública incondicionada), da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do
inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140 deste Código.
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1.4. DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
Constrangimento ilegal
Art. 146. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe
haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o
que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Núcleo do tipo: Constranger é coagir alguém a fazer ou deixar de fazer algo, retirando sua
liberdade de autodeterminação. Há crime, uma vez que somente ao Estado, exclusivamente
por meio de lei, confere-se a tarefa de disciplinar a obrigação ou a proibição de condutas por
seres humanos. O delito pode ocorrer em duas hipóteses: a) quando a vítima é compelida a
fazer alguma coisa (conduta comissiva ou positiva); e b) quando a vítima é compelida a deixar
de fazer algo (conduta omissiva ou negativa), que também engloba a situação em que ela é
coagida a permitir que o agente faça alguma coisa.
Subsidiariedade tácita: O constrangimento ilegal é crime subsidiário – a lei que o define é afas-
tada pela lei que utiliza o constrangimento ilegal como elemento, qualificadora ou meio de exe-
cução de um crime mais grave (exemplos: CP, arts. 158 e 213, dentre outros).
Constrangimento ilegal e Lei de Tortura: Quando o sujeito constrange alguém com emprego de
violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental, para provocar ação ou
omissão de natureza criminosa, responde pelo crime praticado em concurso material com tortura
(Lei 9.455/1997, art. 1º, I, b). Se a violência ou grave ameaça dirigir-se à prática de contravenção
penal, estará caracterizado o concurso material entre a contravenção cometida e o crime de cons-
trangimento ilegal, pois a Lei 9.455/1997 refere-se unicamente à coação para a prática de crime.
Aumento de pena
§ 1º As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime,
se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º Não se compreendem na disposição deste artigo:
I – a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu re-
presentante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II – a coação exercida para impedir suicídio.
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Causas de exclusão do crime (art. 146, § 3º): São causas especiais de exclusão da ilicitude, por
se constituírem em manifestações inequívocas do estado de necessidade de terceiro. Para al-
guns autores são causas excludentes da tipicidade pois, se os fatos não se encontram compre-
endidos na norma penal incriminadora, despontam como condutas atípicas. Qualquer que seja
a posição adotada, porém, opera-se a exclusão do crime. Não caracterizará constrangimento
ilegal: a) a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu re-
presentante legal, se justificada por iminente perigo de vida (inc. I) – pouco importa o motivo
da discordância com a intervenção médica ou cirúrgica. Ainda que de cunho religioso, em que
pese ser o Brasil um Estado laico, pode agir o profissional da medicina contra a vontade do
paciente ou de quem o represente, a fim de salvar sua vida; b) a coação exercida para impedir
suicídio (inc. II) – o constrangimento, neste caso, é legal, pois o suicídio é ilegal. O dispositivo
em análise permite o emprego de coação para combater um ato ilícito.
Ameaça
Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbóli-
co, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.
Núcleo do tipo: É “ameaçar”, que equivale a intimidar, amedrontar alguém, mediante a promessa
de causar-lhe mal injusto e grave, que pode ser físico, econômico ou moral. Mal injusto é aquele
que a vítima não está obrigada a suportar, podendo ser ilícito ou imoral. Mal grave é o capaz de
produzir ao ofendido um prejuízo relevante. O mal deve ser sério, ou fundado, iminente e ve-
rossímil, ou seja, passível de realização. O fato é atípico, por constituir crime impossível, quando
inidôneo a amedrontar. Também não há crime na praga e no esconjuro. Admite-se a ocorrência
do delito na hipótese de dano fantástico, quando o sujeito passivo é supersticioso e o sujeito ativo
tem consciência desta circunstância pessoal. Trata-se de crime de forma livre – a conduta pode
ser praticada por palavras, escritos, gestos ou qualquer outro meio simbólico. Não há necessida-
de de ser a ameaça proferida na presença da vítima, bastando que chegue ao seu conhecimento.
Obs.: O crime de ameaça é um crime formal, não exigindo resultado naturalístico. Sua consu-
mação se dá no momento em que o sujeito passivo toma ciência do mal prometido, algo veros-
símil, sério e injusto, independentemente da real intimidação da vítima.
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Sequestro e cárcere privado
Art. 148 – Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado:
Pena – reclusão, de um a três anos.
§ 1º – A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de
60 (sessenta) anos;
II – se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III – se a privação da liberdade dura mais de quinze dias.
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V – se o crime é praticado com fins libidinosos.
§ 2º – Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofri-
mento físico ou moral:
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
Núcleo do tipo: É o verbo “privar”, que significa tolher, total ou parcialmente, a liberdade de
locomoção de alguém. Admite-se a execução do crime por ação (regra geral) ou, excepcional-
mente, por omissão, desde que presente o dever de agir (CP, art. 13, § 2º). O sequestro e o
cárcere privado podem ser cometidos mediante detenção (levar a vítima a um cativeiro) ou
retenção (impedir a saída da vítima de sua residência).
Obs.1: O crime de sequestro e cárcere privado ocorre quando alguém é privado de sua liber-
dade. É um crime praticado, em regra, por ação e, excepcionalmente, por omissão, desde que
presente o dever de agir. O núcleo do tipo é o verbo privar, que significar tolher, restringir o
direito de ir e vir de outrem.
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Obs.4: Se a vítima do crime de cárcere privado sofrer, em razão da natureza da detenção, grave
sofrimento físico ou moral, tal circunstância é considerada sequestro qualificado, conforme o
art. 148, §2º, do CP.
Este delito é doutrinariamente conhecido como plágio, denominação que remonta ao Direito
Romano, época em que a Lex Fabia de Plagiariis vedava a escravização de homem livre, bem
como o comércio de escravo alheio, então chamado de plagium, indicativo da total e completa
submissão de uma pessoa à vontade alheia. Não se trata, todavia, de escravidão. É suficiente
seja a vítima reduzida à condição análoga (semelhante) à de escravo.
Obs.: Preceituado no art. 149 do Código Penal, o crime de redução à condição análoga à de
escravo é plurissubsistente, sendo seu iter criminis passível de fracionamento, admitindo-se a
tentativa.
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1.4.2. Dos crimes contra a inviolabilidade de domicílio
Violação de domicílio
Art. 150. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade ex-
pressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1º Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de vio-
lência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos
casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso
do poder.
§ 3º Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I – durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência;
II – a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na
iminência de o ser.
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A lei penal resguarda a tranquilidade no local de habitação, pouco importando seja permanente,
eventual ou transitório. O conceito de casa compreende: a) qualquer compartimento habitado
(inc. I) – qualquer lugar destinado à ocupação pelo ser humano pode ser fracionado em blocos
menores (compartimentos). Deve ser habitado por alguém, para morar, viver ou usar. Até mes-
mo um automóvel pode ser classificado como compartimento habitado (exemplo: boleia de um
caminhão ou trailers); b) aposento ocupado de habitação coletiva (inc. II) – quartos de pensões,
repúblicas, hotéis e motéis, que estejam ocupados por alguém; c) compartimento não aberto ao
público, onde alguém exerce profissão ou atividade (inc. III) – escritório do advogado, consultório
do médico ou dentista, balcão do padeiro etc. A proteção da inviolabilidade domiciliar estende-
-se também para as autoridades fiscais e fazendárias. O compartimento aberto ao público não é
tutelado pela lei penal. É livre a entrada ou permanência em locais e repartições públicas, pois se
pertencem a todos indistintamente, não podem funcionar como domicílio de uma pessoa deter-
minada; d) dependências protegidas: art. 150, caput – o dispositivo legal protege também as de-
pendências da casa (jardins, garagens, quintais, terraços e pátios), desde que fechados, cercados
ou se existentes obstáculos de fácil visualização vedando a passagem do público. As pastagens e
campos de propriedades rurais não são abrangidas pela proteção legal.
Não se compreendem no conceito de “casa” (art. 150, § 5º): a) hospedaria, estalagem ou qual-
quer outra habitação coletiva, enquanto aberta ao público, salvo a restrição do nº II do pará-
grafo anterior (inc. I) – hospedaria é o recinto destinado a receber pessoas que ali permanecem
por um período predeterminado, mediante contraprestação pecuniária (hotéis, motéis e flats).
Estalagem também é o local adequado para receber hóspedes, mediante remuneração, mas
em proporção menor do que a hospedaria (pousadas, abrigos e pensões). Qualquer outra habi-
tação coletiva, por sua vez, é fórmula genérica indicativa de lugar coletivo e aberto ao público
(parques, áreas de lazer e campings). Enquanto a hospedaria, estalagem ou qualquer outra
habitação coletiva estiver aberta, o local será considerado como de livre acesso ao público, não
podendo ser objeto material do crime de violação de domicílio. Se fechado, com acesso restri-
to, à pessoa que ali ingressar ou permanecer contra a vontade expressa ou tácita de quem de
direito será imputado o crime em análise; b) taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero
(inc. II): taverna é o local em que são vendidas e servidas refeições e bebidas. Casas de jogo são,
em regra, proibidas no Brasil (exemplo: cassinos) mas, mesmo quando permitidas (exemplo: fli-
peramas), não se encaixam no conceito de domicílio, pois se assegura livre acesso ao público. A
expressão “outras do mesmo gênero” engloba os demais lugares de diversão pública (cinemas,
teatros e casas de espetáculos).
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Consumação: Cuida-se de crime de mera conduta ou de simples atividade (o tipo penal não
contém resultado naturalístico). Consuma-se no momento em que o sujeito ingressa completa-
mente na casa da vítima (“entrar” – crime instantâneo), ou então quando, ciente de que deve
sair do local, não o faz por tempo juridicamente relevante (“permanecer” – crime permanen-
te). É imprescindível a entrada concreta em casa alheia. Não há crime na conduta de olhar ou
observar, ainda que com o uso de binóculos, a movimentação na residência de terceira pessoa.
Violações de domicílio anteriores toleradas ou perdoadas pelo sujeito passivo não afastam o
crime posterior.
Tentativa: É possível na conduta “entrar” (crime comissivo), mas incabível no núcleo “permane-
cer” (crime omissivo próprio ou puro).
Excludentes da ilicitude (art. 150, § 3º): São causas especiais de exclusão da ilicitude, pois a lei
usa a expressão “não constitui crime”. O teor da regra encontra-se abrangido pelo art. 23, III, 1ª
parte, do CP (estrito cumprimento de dever legal). A CF cuida do assunto no art. 5º, XI, no qual
se visualizam duas situações distintas: a) durante o dia – pode-se penetrar em casa alheia, sem
o consentimento do morador, em caso de flagrante delito ou desastre, para prestar socorro e
em cumprimento de determinação judicial (a CF colocou a violação de domicílio sob o manto
da reserva de jurisdição). A determinação judicial pode referir-se a qualquer espécie de diligên-
cia, de natureza jurisdicional, policial, fiscal ou administrativa; b) durante a noite – não se per-
mite o ingresso por determinação judicial, subsistindo os demais casos. Devem ser respeitadas
as formalidades legais art. 293 do CPP para que a prisão seja efetuada. O art. 5º, XI, da CF utiliza
a palavra “delito” em sentido amplo. A parte final do art. 150, § 3º, II, do CP (“ou na iminência
de o ser”) não foi recepcionada pela Constituição de 1988. Finalmente, também não há crime
de violação de domicílio, em razão do estado de necessidade (CP, art. 23, I, e art. 24), quando o
sujeito entra ou permanece em casa alheia ou em suas dependências para escapar de pessoas
que o perseguem para agredi-lo ou subtraí-lo.
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Violação de correspondência
Art. 151. Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência fechada, dirigida a ou-
trem:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Correspondência comercial
Art. 152. Abusar da condição de sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou in-
dustrial para, no todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir correspondência,
ou revelar a estranho seu conteúdo:
Pena – detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.
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DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
•• Fundamento dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos: Reside no art. 5º, X, da Consti-
tuição Federal, responsável por assegurar a inviolabilidade de dois direitos fundamentais do ser
humano: honra e vida privada. Reserva-se a toda pessoa o direito de manter segredo acerca de
fatos afetos à sua vida privada. Nessa seara, a norma constitucional resguarda os segredos pes-
soais. De fato, um segredo inerente a alguém, quando divulgado ou revelado sem justa causa,
tem o condão de acarretar sérios danos às pessoas em geral. O CP busca, nos arts. 153 e 154,
resguardar do conhecimento público segredos cuja revelação possa produzir danos a uma pes-
soa. Não ingressa na proteção penal, consequentemente, a punição pela revelação ou divulga-
ção de fatos secretos incapazes de proporcionar consequências jurídicas ao seu titular.
•• Conceito de segredo: É o fato da vida privada que se tem interesse em ocultar. Pressupõe dois
elementos: um negativo – a ausência de notoriedade, e outro positivo – a vontade determinante
de sua custódia ou preservação.11 Secreto, em síntese, é o fato que ainda não é notório. Segredo
é simplesmente o que está sob reserva, ou é oculto. O sigilo, por sua vez, é o segredo que não se
pode violar.12 Em outras palavras, o sigilo é o instrumento pelo qual se protege o segredo.
•• Diferença entre os crimes contra a inviolabilidade de correspondência e dos segredos: Resi-
de no fato de que, nos primeiros, o legislador busca coibir o conhecimento do conteúdo de
uma missiva sem autorização para tanto (tutela-se unicamente a inviolabilidade de corres-
pondência), enquanto nos crimes contra a inviolabilidade dos segredos protege-se um se-
gredo nela contido, capaz de, se divulgado ou revelado, causar danos a outrem. Além disso,
o bem jurídico resguardado pela lei penal é a inviolabilidade dos segredos.
Divulgação de segredo
Art. 153. Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de cor-
respondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa pro-
duzir dano a outrem:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei
nº 9.983, de 2000)
§ 1º-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em
lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pú-
blica: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2º Quando resultar prejuízo para a Administração Pública, a ação penal será incondicio-
nada. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 154 – Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de fun-
ção, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
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DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Definição de crimes contra o patrimônio: Espécies de ilícito penal que ofendem ou expõem
a perigo de lesão qualquer bem, interesse ou direito economicamente relevante, privado ou
público. A nota predominante do elemento patrimonial é o seu caráter econômico, o seu valor
traduzível em pecúnia; por extensão, também aquelas coisas que, embora sem valor venal,
representam uma utilidade, ainda que simplesmente moral (valor de afeição), para o seu pro-
prietário. Consideram-se patrimoniais os delitos quando o interesse predominante é patrimo-
nial, ainda que sejam atingidos outros bens jurídicos, como a vida e a liberdade. Por sua vez,
crimes como o peculato e a corrupção passiva, que ofendem o patrimônio, não são nesta classe
incluídos, porque acima deles a lei coloca outro interesse, que é o do regular funcionamento da
Administração Pública. A prevalência do interesse patrimonial é, pois, o elemento primordial, o
fundamento básico na capitulação dos crimes contra o patrimônio.
1.5. DO FURTO
Furto
Art. 155 – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
b) Sujeitos da infração:
No delito de furto, art. 155 do CP, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que não seja
o proprietário ou mesmo o possuidor da coisa. O diploma repressor é expresso ao determinar
que a coisa deva ser alheia móvel. Já o sujeito passivo pode ser o proprietário, possuidor ou
detentor do bem, tanto pessoa física quanto jurídica.
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c) Objeto material:
É a coisa alheia móvel contra a qual é dirigida a conduta praticada pelo agente.
Coisa móvel: é tudo aquilo passível de remoção. Ex.: animais, cadáveres que estiverem sendo
utilizados em pesquisas, por exemplo, em universidades. O ser humano vivo jamais poderá se
amoldar ao conceito de coisa.
Coisa alheia: pertencente a alguém que não aquele que a subtrai. Não são objeto de furto a
subtração de coisa de ninguém, que jamais teve dono, de coisa abandonada e de coisa de uso
de todos.
d) Objeto jurídico:
A maioria de nossos doutrinadores entende ser a posse o bem jurídico precipuamente prote-
gido pelo tipo penal de furto, além da propriedade, e também a mera detenção sobre a coisa
alheia móvel.
e) Elemento subjetivo:
O crime de furto somente pode ser praticado dolosamente, ou seja, com animus furandi, de-
vendo haver a finalidade ter a coisa alheia móvel para si ou para outrem. Não há previsão legal
para a modalidade culposa.
O furto de uso não encontra previsão no ordenamento jurídico. No entanto, é reconhecido pela
doutrina e jurisprudência como conduta atípica quando o agente, com o único objetivo de usar
momentaneamente da coisa alheia infungível, a restitui voluntariamente, no mesmo estado,
logo depois de usá-la.
f) Modalidade comissiva e omissiva:
O núcleo subtrair pressupõe um comportamento ativo por parte do agente e, ipso facto, é de
natureza comissiva. Entretanto, poderá o delito de furto ser praticado por omissão, desde que
o agente esteja no posição de garantidor.
g) Consumação e tentativa:
Conforme esclarece Damásio de Jesus, nos termos da teoria da amotio, o momento consumati-
vo do furto ocorre com a deslocação do objeto material.
Para o STJ, considera-se consumado o crime de furto no momento em que o agente se torna
possuidor da coisa alheia móvel, sendo prescindível a posse tranquila da res furtiva.
É possível a tentativa, e.g., quando o agente não tiver tempo suficiente para dispor da coisa em
razão de uma perseguição.
Segundo o entendimento jurisprudencial do STJ, acompanhado pela doutrina, a presença de
sistema eletrônico de vigilância em estabelecimento comercial não caracteriza crime impos-
sível, já que é necessária a aferição no caso concreto. O fato de o estabelecimento comercial
possuir sistema eletrônico de vigilância não ilide a consumação do delito de furto de forma
absolutamente eficaz, pois existe o risco, ainda que mínimo, de que o agente logre êxito na
sua consumação. O crime impossível somente se caracteriza quando o agente, após a prática
do fato, jamais poderia consumar o crime pela ineficácia absoluta do meio empregado ou pela
absoluta impropriedade do objeto material, nos termos do art. 17 do CP.
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h) Furto noturno:
Obs.: O §1º do art. 155 regula o chamado furto noturno, que incidia apenas no furto simples,
todavia o STJ entendeu recentemente, que esta majorante é aplicável também ao furto
qualificado.
Nele a pena é aumentada de um terço se o furto é praticado durante o repouso noturno. O le-
gislador optou pela majorante para assegurar a propriedade móvel contra maior precariedade
de vigilância. Há decisão do Superior Tribunal de Justiça afirmando ser irrelevante o fato de se
tratar de estabelecimento comercial ou de residência, habitada ou desabitada, bem como o
fato da vítima estar, ou não, efetivamente repousando.
i) Furto privilegiado:
Furto privilegiado
§ 2º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode:
a) substituir a pena de reclusão pela de detenção,
b) diminuí-la de um a dois terços, ou
c) aplicar somente a pena de multa.
Requisitos (necessários e cumulativos): O agente deve ser primário e a coisa furtada de pequeno
valor.
Consequências:
•• Substituição da pena de reclusão pela de detenção;
•• Diminuição da pena de um a dois terços;
•• Aplicação somente da pena de multa.
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Art. 155, § 3º, do CP – Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra
que tenha valor econômico.
Obs.: Existe tipificação de furto de energia elétrica, conforme o §3° do art. 155 do Código Penal.
Dispõe o referido artigo que se equipara à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra coi-
sa que tenha valor econômico. A ligação clandestina no sistema de energia elétrica classifica-se
como furto, pois estabelece o §3° do art. 155 do Código Penal que se equipara à coisa móvel, a
energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Assim, subtrair para si ou para
outrem energia elétrica caracteriza o delito de furto.
k) Furto qualificado:
Furto qualificado
Obs.1: Art. 155, § 4º, I, que se o crime de furto for com destruição ou rompimento de obstáculo
à subtração da coisa, restará configurado o furto qualificado. Entende-se por obstáculo tudo
aquilo que dificulta a subtração, devendo ser exterior à coisa.
Obs.2: No crime de furto mediante fraude, art. 155, §4°, II do Código Penal, a fraude é usada
para diminuir a vigilância da companhia abastecedora e consequente captação da água sem
que ela perceba. É diferente a previsão do estelionato, no qual o agente se utiliza da fraude
para colocar a vítima em erro, fazendo com que ela espontaneamente lhe entregue o bem.
Obs.3: A fraude eletrônica para transferir valores de conta bancária por meio do Internet
banking constitui crime de furto qualificado, conforme o Código Penal, art. 155, §4°, II. Trata-se
de subtração de valores para si ou para outrem mediante fraude eletrônica.
Obs.4: É pacífico nos tribunais que a subtração de valores para si mediante fraude eletrônica
constitui crime de furto qualificado, conforme o Código Penal, art. 155, §4°, II. Importante ob-
servar, que a vítima será a instituição financeira, que teve seu sistema de proteção burlado e
seu cliente.
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Obs.5: O entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que a
chave falsa qualifica o crime de furto, aumentando a pena para reclusão de dois a oito anos, de
acordo com §4º, III, do art. 155 do Código Penal.
Obs.6: Art. 155, §4º, IV, do Código Penal, o furto é qualificado e possui a pena majorada de
reclusão de dois a oito anos se a prática do crime for mediante o concurso de duas ou mais pes-
soas. O fundamento é a maior organização do delito. Importante salientar que nesse número
são computados os inimputáveis.
l) Furto de coisa comum
Obs.1: Causa especial de exclusão da ilicitude (art. 156, § 2º): A lei diz não ser punível a subtração. No
campo penal, fato não punível é fato lícito. Assim, é equivocado falar que a norma permissiva consagra
uma causa de isenção de pena, pois o legislador estabeleceu a impunibilidade da subtração, e não do
agente. Sua aplicação depende de dois requisitos: (a) fungibilidade da coisa comum; e (b) que seu valor
não exceda a quota a que tem direito o agente. Coisa fungível é a de natureza móvel e suscetível de ser
substituída por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade (art. 85 do Código Civil). É imprescin-
dível que seu valor não exceda a quota a que tem direito o agente. Se ambos os requisitos estiverem
presentes, não há razão para punição do sujeito que, em verdade, apoderou-se de algo que legitima-
mente lhe pertence. Na hipótese de coisa infungível, a subtração caracteriza o delito de furto de coisa
comum, ainda que o agente tenha direito a um valor muito superior àquele subtraído. De fato, se o
bem não pode ser substituído por outro de igual espécie ou qualidade, é único e pertencente a todos,
até que judicialmente se decida com quem ele irá legitimamente ficar.
Obs.2: Conforme art. 156 do Código Penal, o furto de coisa comum somente se procede através
de ação penal pública condicionada à representação do ofendido.
Roubo
Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça
ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibili-
dade de resistência (violência imprópria):
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O roubo é classificado doutrinariamente como crime complexo ( resulta da fusão de dois outros de-
litos). Seu ponto de partida é o crime de furto,13 ao qual o legislador agregou elementares, relativas
ao modo de execução, que o tornam especialmente mais grave. Possui elementos idênticos aos do
crime de furto: (a) subtração como conduta típica; (b) coisa alheia móvel como objeto material; e (c)
fim de assenhoreamento definitivo para si ou para outrem como elemento subjetivo.
O roubo é a soma dos crimes de furto e de lesão corporal leve14 (CP, art. 155 + art. 129, caput),
quando praticado com violência à pessoa (própria ou imprópria), ou então de furto e de amea-
ça (CP, art. 155 + art. 147), se cometido com emprego de grave ameaça.
a) Meios de execução:
Obs.1: É importante saber a diferença das elementares do crime de furto, art. 155 e do crime
de roubo, art. 157, ambos do Código Penal. Por falta de conhecimento, muitas pessoas refe-
rem-se aos dois tipos penais como se fosse um só. Todavia, o crime de roubo estabelece que o
agente faça uso de grave ameaça ou violência à pessoa, ou de qualquer outro meio que possa
reduzir à impossibilidade de resistência da vítima, tornando-se uma lesão muito mais grave.
Obs.2: O roubo próprio é aquele no qual há o uso de violência contra a pessoa ou grave ame-
aça para o cometimento do roubo, constante do caput do art. 157 do CP. A violência seria um
meio para a prática da subtração. Já o roubo impróprio, preceituado no §1º do art.157, no
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qual primeiro acontece a subtração da coisa móvel alheia, para depois vir a violência ou grave
ameaça, como formas de assegurar a impunidade do agente ou detenção da coisa. A violência
física que tipifica o crime de roubo também é denominada de violência própria ou vis absoluta.
Ela deve ser dirigida a pessoa, na forma de lesão corporal ou vias de fato. Vias de fato são os
empurrões, tapas ou outras agressões que não possuam gravidade suficiente para serem con-
sideradas como lesão corporal.
b) Roubo próprio:
Obs.: Pratica o crime de furto, consoante o art. 155 do CP, o agente que subtrai coisa alheia mó-
vel, para si ou para outrem, com animus furandi, que significa vontade de furtar. Já aquele que
subtrai coisa alheia móvel depois de haver reduzido à impossibilidade de resistência da vítima
comete o crime de roubo, previsto no art. 157 do CP.
c) Roubo impróprio:
Obs.1: Existe previsão legal para aquele agente que, depois de subtraída a coisa, empregar vio-
lência contra pessoa ou grave ameaça com a finalidade de assegurar a impunidade do crime ou
a detenção da coisa para si ou para terceiro. Também é considerado roubo, conforme o §1° do
art. 157 do Código Penal. O referido artigo diz incorrer na mesma pena de roubo aquele que,
logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça, a fim de
assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa. É o chamado roubo impróprio.
Obs.2: tentativa: Há duas posições sobre o assunto. O entendimento dominante em sede dou-
trinária e jurisprudencial é o da impossibilidade da tentativa.
d) Roubo circunstanciado:
Obs.: O Código Penal, em seu art. 157, §2°, I, é expresso ao afirmar que a pena do crime de
roubo aumenta de um terço até metade se a violência ou ameaça é exercida com emprego de
arma. O motivo é o maior potencial ofensivo bem como maior poder de intimidação sobre a
vítima. O entendimento jurisprudencial dominante é de que a utilização de arma de brinquedo
ou porte simulado de arma para intimidar a vítima do delito de roubo não autoriza o reconhe-
cimento da majorante da pena, cuja caracterização está vinculada ao potencial lesivo do ins-
trumento. Ex.: Se Fulano, ao causar constrangimento à vítima através do simulacro de arma de
fogo, há de configurar a grave ameaça, elementar do crime de roubo simples.
e) Roubo qualificado:
Obs.1: Preceitua a Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal que há crime de latrocínio quando
se consuma o homicídio, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima. Em
sintonia com a Súmula 610 do Supremo Tribunal Federal, a qual determina que há crime de
latrocínio quando o homicídio se consuma, ainda que o agente não realize a subtração de bens
da vítima. O Supremo Tribunal Federal há muito editou súmula pacificando o assunto.
Obs.2: Para ser latrocínio, a morte deve advir da violência empregada no roubo.
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Extorsão
Art. 158. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se
faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, au-
menta-se a pena de um terço até metade.
Extorsão qualificada
§ 2º Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo
anterior.
Sequestro relâmpago (nome doutrinário)
§ 3º Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa con-
dição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão,
de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte,
aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2º e 3º, respectivamente.
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induzida ou mantida em erro pelo golpista. Na extorsão a vítima se livra de parcela do seu pa-
trimônio contra sua vontade, pois o faz em decorrência da violência ou grave ameaça contra ela
dirigida. Se, no caso concreto, o sujeito empregar fraude e violência à pessoa ou grave ameaça,
a ele será imputado o crime de extorsão, pois, além de se tratar de infração penal mais grave,
a entrega do bem pela vítima se deu contra sua vontade, em face do constrangimento a ela
endereçado.
b) Consumação e tentativa:
Obs.1: O crime de extorsão, art. 158 do CP, é um crime formal, tendo sua consumação no mo-
mento em que a vítima assuma um comportamento, positivo ou negativo, contra a sua vonta-
de, em decorrência da violência ou grave ameaça do agente. A obtenção de vantagem indevida
é mero exaurimento do crime.
Obs.2: Por ser um crime formal, o crime de extorsão, art. 158 do CP, consuma-se no momento
em que a vítima, compelida pela violência ou grave ameaça, realiza o comportamento almeja-
do pelo agente. A obtenção de vantagem econômica indevida é um especial fim de agir e cons-
titui mero exaurimento do crime. Vide Súmula 96 do STJ que aduz que a extorsão se consuma
independentemente da obtenção da vantagem econômica.
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Obs.2: No crime extorsão mediante sequestro, art. 159 do CP, a privação de liberdade de loco-
moção da vítima há de ser por tempo juridicamente relevante, apreciado no caso concreto pelo
magistrado com razoabilidade. Por outro lado, a intenção de conseguir a vantagem indevida é
elemento subjetivo específico do tipo penal. Se não for externada, o crime será de sequestro e
cárcere privado, art. 148 do CP.
Obs.3: A delação premiada é causa especial de redução de pena do crime de extorsão mediante
sequestro praticado em concurso de agentes, art. 159, §4° do Código Penal. Um dos requisitos
dos quais depende a delação premiada é a facilitação na libertação do sequestrado. Em outras
palavras, ela deve ser eficaz para a resolução do crime e soltura da vítima, ou não terá aplicação.
Obs.4: O instituto da delação premiada no crime de extorsão mediante sequestro possui requi-
sitos próprios para ser utilizado, dentre eles a facilitação na libertação do sequestrado. Caso a
delação não seja eficaz para a soltura da vítima, não terá cabimento como direito do criminoso.
Se o sequestrado for solto por outro motivo qualquer que não a informação prestada pelo co-
autor, a pena não será diminuída.
Extorsão indireta
Art. 160. Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra
terceiro:
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Objeto material: É o documento, público ou privado, que pode dar causa a procedimento crimi-
nal contra a vítima ou contra terceiro, pois se destina a encenar a prática de um crime. A carac-
terização do crime independe da efetiva instauração do procedimento criminal contra a vítima
ou contra terceiro. A possibilidade de instauração de procedimento criminal não se confunde
com a certeza ou possibilidade de condenação. O documento deve ser exigido ou recebido
como garantia de dívida. Esta garantia repousa na ameaça que o documento representa contra
o devedor. Dívida é a prestação em dinheiro a que alguém se obriga, decorrente de contrato de
qualquer natureza (art. 160 do CP).
DA USURPAÇÃO
Alteração de limites
Art. 161. Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de
linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem:
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Usurpação de águas
I – desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
Esbulho possessório
II – invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de
duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
§ 2º Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa.
Dano
Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Dano qualificado
Parágrafo único. Se o crime é cometido:
I – com violência à pessoa ou grave ameaça;
II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime
mais grave
III – contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de ser-
viços públicos ou sociedade de economia mista;
IV – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à
violência.
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Obs.1: O crime de dano é um crime material, havendo a consumação quando o agente efeti-
vamente destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia. É um crime plurissubsistente, permitindo
o fracionamento do iter criminis. Dessa forma, quando o agente não consegue o resultado por
circunstâncias alheias à sua vontade, é possível a tentativa.
Obs.2: Dano qualificado: De acordo com o art. 163, III do CP, comete dano qualificado aquele que
destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia do patrimônio da União, do Estado ou do Município.
Aqui há a preocupação do legislador em preservar o bem público, seja ele de uso comum,
especial e dominical. Previsto no artigo 163, parágrafo único, inciso III do Código Penal, o crime
de dano qualificado, que traz uma maior reprovabilidade da conduta. O crime é tipificado como
destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia móvel do patrimônio da União, Estado, Município,
empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista.
•• Inciso I – com violência à pessoa ou grave ameaça: tanto a violência como a grave ameaça de-
vem ser endereçadas à pessoa humana. O fundamento da elevação da pena em abstrato re-
side no fato de se tratar, na forma qualificada, de crime pluriofensivo (atinge o patrimônio, no
tocante ao dano, e a integridade física ou a liberdade individual, relativamente à qualificado-
ra). A vítima da grave ameaça ou violência pode ser pessoa diversa da vítima do dano. A grave
ameaça ou violência à pessoa deve ser anterior ou concomitante ao dano (são utilizadas para
assegurar a danificação). Se posterior ao dano, não o qualifica o crime, restando configurados
dois delitos: dano simples (CP, art. 163, caput) em concurso material com lesão corporal (CP,
art. 129) ou ameaça (CP, art. 147). O crime de ameaça (CP, art. 147) é absorvido pelo dano
qualificado (princípio da consunção). Na hipótese de violência à pessoa, a lei determina ex-
pressamente o concurso material obrigatório – o sujeito responde pelo dano qualificado e
pelo crime produto da violência. A contravenção penal de vias de fato, nada obstante abra
ensejo para a figura qualificada, resta absorvida pelo dano qualificado. A violência contra a
coisa não qualifica o crime de dano, pois nela já se incluem a destruição, a inutilização ou a
deterioração, elementares do dano simples (CP, art. 163, caput). O dano qualificado pela vio-
lência ou grave ameaça à pessoa é crime de ação penal pública incondicionada (CP, art. 167).
•• Inciso II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime
mais grave: Esta qualificadora se legitima no maior perigo provocado pela conduta crimi-
nosa e apresenta a nota da subsidiariedade expressa (“se o fato não constitui crime mais
grave”). A substância inflamável ou explosiva que qualifica o dano há de ser empregada
antes ou durante a execução do delito. O dano qualificado pelo emprego de substância
inflamável ou explosiva não se confunde com os crimes de incêndio (CP, art. 250) e de ex-
plosão (CP, art. 251). Naquele, o agente se limita a ofender o patrimônio alheio; nestes, há
criação de perigo comum. Substância inflamável é a que possibilita a rápida expansão do
fogo. Substância explosiva é aquela capaz de provocar detonação, estrondo, em razão da
decomposição química associada ao violento deslocamento de gases. No campo desta qua-
lificadora, a ação penal é pública incondicionada (CP, art. 167).
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•• Inciso III – contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de
serviços públicos ou sociedade de economia mista: A razão da existência desta qualificado-
ra é o elevado interesse coletivo na preservação da coisa pública e do patrimônio de enti-
dades vinculadas ao Poder Público. A qualificadora é aplicável a todos os bens integrantes
do acervo patrimonial das entidades mencionadas pelo texto legal (bens de uso comum do
povo, de uso especial e dominicais). O dispositivo legal não faz menção ao Distrito Federal,
nem às autarquias, empresas públicas, fundações públicas e empresas permissionárias de
serviços públicos. Conclui-se, portanto, que estará caracterizado dano simples, crime de
ação penal privada, na destruição, inutilização ou deterioração de bens integrantes do pa-
trimônio destas entidades, em respeito ao princípio da reserva legal ou da estrita legalida-
de (CF, art. 5º, XXXIX e CP, art. 1º), o qual veda a utili zação da analogia in malam partem em
Direito Penal. O termo “patrimônio” engloba a propriedade e a posse legítima. Nessa mo-
dalidade qualificada, o crime de dano é de ação penal pública incondicionada (CP, art. 167).
•• A questão da danificação da cela para fuga do preso: há dano qualificado pela lesão ao
patrimônio público? Há duas posições: 1ª) Há crime de dano qualificado, pois basta a des-
truição, inutilização ou deterioração de coisa alheia, prescindindo-se do fim de prejudicar o
patrimônio alheio (animus nocendi). Pouco importa se o detento busca sua liberdade, pois
não tem ele o direito de lesar o patrimônio alheio, especialmente no que diz respeito aos
bens públicos; 2ª) Não há crime de dano, pois o agente não quer danificar o patrimônio pú-
blico. Falta-lhe o animus nocendi. Sua finalidade limita-se à busca da liberdade.
•• Inciso IV – por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima (IV) – A qualifica-
dora fundamenta-se no excessivo individualismo do agente, que se comporta em sociedade
pensando somente em si próprio, sem qualquer tipo de solidariedade para com o próximo, e,
para alcançar seus objetivos, ainda que escusos, não hesita em ofender o patrimônio alheio
(motivo egoístico), bem como no desprezo exagerado aos bens das outras pessoas, causando
a elas relevantes contratempos e vultosa diminuição patrimonial (prejuízo considerável para
a vítima). Motivo egoístico é uma especial forma de motivo torpe. O sujeito danifica o patri-
mônio alheio unicamente para alcançar uma vantagem pessoal, de natureza patrimonial ou
extrapatrimonial. Prejuízo considerável para a vítima é uma situação que deve ser analisada
no caso concreto, levando-se em conta o valor do bem danificado e a situação econômico-
-financeira da vítima. Nessa qualificadora, o delito é de ação penal privada (CP, art. 167).
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Art. 166. Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especial-
mente protegido por lei:
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Ação penal
Art. 167 – Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente
se procede mediante queixa.
Apropriação indébita
Art. 168 – Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena
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III – em razão de ofício, emprego ou profissão.
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos con-
tribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência
social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou
arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despe-
sas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; (In-
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III – pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tive-
rem sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua
o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações de-
vidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da
ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agen-
te for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o
pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para
o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 169. Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito
ou força da natureza:
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre:
Apropriação de tesouro
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II – quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando
de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
dentro no prazo de quinze dias.
Apropriação Privilegiada
Art. 170. Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
Requisitos: O crime tipificado pelo art. 168 do Código Penal depende dos seguintes requisitos:
•• Entrega voluntária do bem pela vítima: havendo fraude, o crime será de estelionato (CP,
art. 171, caput); se presente grave ameaça ou violência à pessoa, o delito será de roubo (CP,
art. 157) ou de extorsão (CP, art. 158);
•• Posse ou detenção desvigiada: livre da fiscalização e do controle por parte do seu titular.
Tratando-se de posse ou detenção vigiada, e retirada do bem da esfera de vigilância da víti-
ma, sem sua autorização, o crime será de furto (CP, art. 155);35
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pode ser bem móvel ou imóvel; e na apropriação indébita (sempre de coisa móvel) o agen-
te deve ter a posse ou detenção legítimas do bem, enquanto na disposição de coisa alheia
como própria (quando se tratar de coisa móvel) não é imprescindível tal espécie de posse
ou detenção. Não há crime quando ao sujeito é assegurado o direito de retenção do bem,
como se dá em determinadas hipóteses dos contratos de depósito e de mandato, nos mol-
des dos arts. 644, caput,36 e 681,37 ambos do Código Civil. Nesses casos, o sujeito realiza
um fato típico, porém lícito, acobertado pelo exercício regular de direito (CP, art. 23, III, in
fine). Também não se caracteriza o delito de apropriação indébita quando o sujeito tem o
direito de compensação (arts. 368 a 380 do Código Civil).
Obs.1: O crime de apropriação indébita está previsto no art. 168 do CP. Nele, o agente recebe
legitimamente o bem, mas modifica seu ânimo, momento no qual surge o dolo, e nega a sua
restituição. O sentido do núcleo do delito é tomar para si indevidamente, uma coisa alheia mó-
vel, de que tinha a posse ou a detenção. Já no crime de furto mediante fraude, art. 155, §4°, II,
a vítima tem sua vigilância diminuída, facilitando a ação criminosa. A vítima é ludibriada e tem
seus bens subtraídos sem perceber.
Obs.2: O Código Penal, no seu art. 169, preceitua o delito de apropriação de coisa havida por
erro, caso fortuito ou força da natureza. Incorre no tipo penal quem toma como propriedade
coisa alheia que tenha vindo ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza. Logo,
Maria, ao apropriar-se de presente valioso que tenha vindo pra ela por erro quanto à pessoa,
deverá ser responsabilizada pelo referido crime.
Obs.3: Distinção entre apropriação indébita e estelionato: Ambos são crimes contra o patrimô-
nio punidos unicamente a título de dolo. Distinguem-se quanto ao momento em que desponta
o dolo de locupletar-se perante o patrimônio alheio: na apropriação indébita o dolo é subse-
quente ou sucessivo,40 enquanto no estelionato o dolo é antecedente ou ab initio.
Estelionato
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio frau-
dulento:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Estelionato privilegiado
§ 1º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a
pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º Nas mesmas penas incorre quem:
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Núcleo do tipo: É obter. Equivale a alcançar um lucro indevido em decorrência do engano pro-
vocado na vítima, que contribui para a finalidade do criminoso sem notar que está sendo lesa-
da em seu patrimônio.
Trata-se de conduta composta:
Induzir significa persuadir, no sentido de criar para a vítima uma situação falsa.
Manter é fazer o ofendido permanecer na posição de equívoco em que já se encontrava. A
obtenção da vantagem ilícita dá-se pelo fato de o sujeito conduzir a vítima ao engano ou então
deixá-la no erro em que sozinha se envolveu.
Erro é a falsa percepção da realidade, apta a produzir uma manifestação de vontade viciada.
Esta elementar deve ser interpretada extensivamente, a fim de englobar também a ignorância
(completo desconhecimento da realidade). Para induzir ou manter a vítima em erro, o sujeito
se vale de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.
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Artifício é a fraude material – o agente utiliza algum instrumento ou objeto para enganar a vítima.
Com a expressão “qualquer outro meio fraudulento” nossa lei se refere a qualquer atitude ou
comportamento que provoque ou mantenha alguém em erro, do qual advirão a vantagem ilíci-
ta e o dano patrimonial.
A vantagem ilícita precisa possuir natureza econômica, uma vez que o estelionato é crime con-
tra o patrimônio. É ilícita porque não corresponde a nenhum direito. Se a vantagem for lícita o
estelionato cede espaço para o delito de exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345).
Prejuízo alheio é o dano patrimonial. Não basta, portanto, a obtenção de vantagem ilícita ao
agente – exige-se também o prejuízo ao ofendido. Visualizam-se assim quatro momentos diver-
sos no estelionato: emprego de fraude, situação de erro na qual a vítima é colocada ou manti-
da, obtenção de vantagem ilícita e prejuízo suportado pela vítima.
Obs.1: Estelionato x Extorsão: No crime de estelionato, art. 171 do CP, a fraude é a caracterís-
tica essencial. Em outras palavras, por meio do engano, o agente tem a colaboração da vítima
para se despojar de seus pertences. Já no crime de extorsão, previsto no art. 158 do CP, a vítima
é constrangida, ou seja, tem sua liberdade estorvada e é obrigada a despojar-se de seu patri-
mônio contra a sua vontade, através de violência ou grave ameaça.
Obs.2: O art. 171 do CP traz que o estelionato é a obtenção de vantagem ilícita, em prejuízo
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante ardil, artifício ou qualquer outro
meio fraudulento. O núcleo manter permite a conclusão de que o agente pode conservar a víti-
ma na ideia de erro na qual se encontrava.
Obs.4: Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça, em sua Súmula 17, quando o
falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Em outras
palavras, o crime fim, estelionato, absorve o crime-meio, falsidade documental, por força do
princípio da consunção. Ex.: Fulano que utiliza a falsidade da cártula do cheque (crime-meio)
para enganar os comerciantes, obtendo mercadorias em prejuízo alheio (crime-fim).
A Súmula 17 do Superior Tribunal de Justiça aduz que, quando o falso se exaure no estelionato,
sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido. Trata-se do princípio da consunção, no
qual o crime-meio, falsidade documental, é absorvido pelo crime-fim, estelionato.
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Duplicata simulada
Art. 172. Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria
vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei
nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
8.137, de 27.12.1990)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escri-
turação do Livro de Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)
Abuso de incapazes
Art. 173. Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperi-
ência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer
deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de
terceiro:
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Induzimento à especulação
Art. 174. Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade
ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à es-
peculação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é
ruinosa:
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
Fraude no comércio
Art. 175 – Enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor:
I – vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;
II – entregando uma mercadoria por outra:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou o peso de metal ou subs-
tituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender
pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de ou outra qualidade:
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Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 2º É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Outras fraudes
Art. 176. Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de
transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento:
Pena – detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, confor-
me as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações
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§ 2º Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, e multa, o acionista que,
a fim de obter vantagem para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de
assembléia geral.
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou "warrant"
Art. 178. Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição legal:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Fraude à execução
Art. 179. Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando bens, ou
simulando dívidas:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único. Somente se procede mediante queixa.
1.9. DA RECEPTAÇÃO
Receptação
Art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a
adquira, receba ou oculte:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Receptação qualificada
§ 1º Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, mon-
tar, remontar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito pró-
prio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber
ser produto de crime:
Pena – reclusão, de três a oito anos, e multa.
§ 2º Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer for-
ma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercício em residência.
Receptação culposa
§ 3º Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o va-
lor e o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio
criminoso:
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Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas.
§ 4º A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de pena o autor do cri-
me de que proveio a coisa.
§ 5º Na hipótese do § 3º (receptação culposa), se o criminoso é primário, pode o juiz,
tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação do-
losa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155.
§ 6º Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, Estado, Município,
empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista, a pena
prevista no caput deste artigo aplica-se em dobro.
A receptação pode ser dolosa ou culposa. A receptação dolosa divide-se em: (a) simples (própria ou
imprópria), (b) qualificada pelo exercício de atividade comercial ou industrial (§ 1º), (c) privilegiada
(§ 5º, parte final); e (d) qualificada pela natureza do objeto material (§ 6º). Em relação à receptação
qualificada pelo exercício de atividade comercial ou industrial, o § 2º do art. 180 contempla uma
norma penal explicativa ou complementar. A receptação culposa, delineada no art. 180, § 3º, do
Código Penal, é compatível com a regra contida no § 5º, 1ª parte, do mesmo dispositivo legal, ine-
rente ao perdão judicial. O § 4º do art. 180 do Código Penal contém uma norma penal explicativa ou
complementar atinente à autonomia do crime de receptação (dolosa ou culposa).
Receptação própria (art. 180, caput, 1ª parte)
•• Introdução: A receptação é crime acessório, de fusão ou parasitário, pois não tem existência
autônoma, reclamando a prática de um delito anterior. A palavra “crime” deve ser interpretada
restritivamente – se a coisa é produto de contravenção penal, não se caracteriza o delito em
análise. É imprescindível a comprovação da natureza criminosa do bem. Esta é, portanto, a dili-
gência primordial a ser realizada pela autoridade policial no bojo do inquérito policial (CPP, art.
6º, inc. III). Sem ela, o procedimento investigatório estará incompleto, e não será suficiente a
embasar a atividade do Ministério Público quanto ao oferecimento da denúncia. Não há neces-
sidade de prévio ajuizamento de ação penal nem de condenação pela prática do crime anterior.
•• Norma penal explicativa (art. 180, § 4º): A autonomia da receptação, apresentada pelo art.
180, § 4º, do Código Penal, divide-se em dois diferentes aspectos: 1º) a receptação é puní-
vel ainda que desconhecido o autor do crime antecedente. Se forem identificados tanto o
receptador como o autor do crime anterior, os crimes por eles praticados serão tidos como
conexos (art. 76, III, CPP) e, sempre que possível, importarão em unidade de processo e jul-
gamento. Na hipótese de o autor do crime antecedente ter sido identificado e processado,
a absolvição ou condenação do receptador depende do fundamento utilizado pelo magis-
trado para absolver o responsável pelo crime anterior. Se tal fundamento for incompatível
com a receptação, o receptador deverá ser absolvido; em caso contrário, o receptador po-
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derá ser condenado; 2º) o receptador pode ser punido ainda que isento de pena o autor
do crime de que proveio a coisa. É o que se dá nas causas de exclusão da culpabilidade,
também conhecidas como dirimentes, e nas escusas absolutórias.
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Receptação imprópria (art. 180, caput, parte final): A receptação imprópria é espécie da recep-
tação simples, constituída pela simbiose da conduta consistente em influir (influenciar, con-
vencer alguém a fazer algo) alguém, de boa-fé, a adquirir, receber ou ocultar coisa produto de
crime. Incrimina-se a conduta daquele que atua como intermediário no negócio espúrio. O au-
tor da receptação imprópria não pode ter envolvimento algum com o crime antecedente (não
pode ter sido seu autor, coautor ou partícipe). É fundamental que o terceiro que adquire, rece-
be ou oculta a coisa, esteja de boa-fé (elementar do tipo penal). Se ele agir de má-fé, responde
também como receptador, na forma do art. 180, caput, 1ª parte, do CP, e quem o influenciou
será partícipe deste delito. Há crime único quando o sujeito influencia terceiro de boa-fé a ad-
quirir, receber e ocultar coisa que sabe tratar-se de produto de crime. Mas, se o agente realizar,
separadamente, condutas distintas, inerentes à receptação própria e à receptação imprópria,
responderá pelos dois crimes. A receptação imprópria é crime formal, de consumação anteci-
pada ou de resultado cortado. Consuma-se com a prática de atos idôneos de mediação para o
terceiro de boa-fé adquirir, receber ou ocultar coisa produto de crime. Não comporta tentativa,
pois ou o ato de mediação é idôneo, e o crime se consuma, ou não o é, acarretando a atipicida-
de do fato (entendimento dominante em sede doutrinária). Para nós, a receptação imprópria
é crime formal, mas compatível com a tentativa. Cuida-se, em regra, de crime unissubsistente,
mas que na prática pode revelar-se plurissubsistente, razão pela qual a possibilidade da tentati-
va depende de avaliação no caso concreto.
a) Receptação qualificada:
O crime em tela é o de receptação qualificada pelo exercício de atividade comercial, art. 180,
§1° do Código Penal. Possui uma pena mais elevada em relação à receptação dolosa simples,
por apresentar um maior juízo de reprovação. Assim, quem adquire, recebe, transporta, con-
duz, oculta, tem em depósito, desmonta, monta, remonta, vende, expõe à venda, ou de qual-
quer forma utiliza em proveito próprio ou alheio coisa que deve saber ser produto de crime, no
exercício de atividade comercial ou industrial, incorre no tipo penal.
b) Causa de aumento de pena:
Art. 180, §6º, do CP – adquirir coisa que sabe ser produto de crime e que se trata de patrimônio
do Estado, deve a pena ser aplicada em dobro.
Obs.: O CP foi alterado no dia 02 de agosto de 2016 para acrescentar um novo crime em seu
art. 180-A.
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou ven-
der, com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável
de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto
de crime: (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.330, de
2016)
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Diogo Lopes
Art. 181. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil
ou natural.
Escusas relativas
Art. 182. Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título
é cometido em prejuízo:
I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183. Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I – se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave
ameaça ou violência à pessoa;
II – ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos.
Obs.: Prevê o art. 181, I, do CP, estar isento de pena quem cometer qualquer dos crimes contra
o patrimônio em prejuízo do cônjuge na constância da sociedade conjugal.
Está albergado pela imunidade penal absoluta ou escusa absolutória, prevista no art. 181, II do
Código Penal, que isenta de pena, o agente que comete qualquer dos crimes contra o patrimô-
nio em prejuízo de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural. É a preocupação político-criminal do legislador para a harmonia do ambiente
familiar em detrimento da persecução criminal.
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DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) ao exercício de emprego, cargo ou função." (In-
cluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
CAPÍTULO I § 2º A pena é aumentada em até um terço
DOS CRIMES CONTRA se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
A LIBERDADE SEXUAL
Estupro
CAPÍTULO II
Art. 213. Constranger alguém, mediante violên-
cia ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou DOS CRIMES SEXUAIS
a praticar ou permitir que com ele se pratique CONTRA VULNERÁVEL
outro ato libidinoso:
Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 12.015, de 2009)
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro
natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze)
anos. § 1º Incorre na mesma pena quem pratica
as ações descritas no caput com alguém
§ 2º Se da conduta resulta morte: que, por enfermidade ou deficiência men-
tal, não tem o necessário discernimento
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) para a prática do ato, ou que, por qualquer
anos outra causa, não pode oferecer resistência.
Violação sexual mediante fraude § 3º Se da conduta resulta lesão corporal de
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro natureza grave:
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou Pena – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte)
outro meio que impeça ou dificulte a livre mani- anos.
festação de vontade da vítima:
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta)
Parágrafo único. Se o crime é cometido com anos
o fim de obter vantagem econômica, aplica-
-se também multa. Corrupção de menores
Assédio sexual Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze)
anos a satisfazer a lascívia de outrem:
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito
de obter vantagem ou favorecimento sexual, Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
prevalecendo-se o agente da sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Diogo Lopes
§ 1º Se o crime é praticado com o fim de ob- Art. 227. Induzir alguém a satisfazer a lascívia
ter vantagem econômica, aplica-se também de outrem:
multa. Pena – reclusão, de um a três anos.
§ 2º Incorre nas mesmas penas: § 1º Se a vítima é maior de 14 (catorze) e
I – quem pratica conjunção carnal ou outro menor de 18 (dezoito) anos, ou se o agente
ato libidinoso com alguém menor de 18 (de- é seu ascendente, descendente, cônjuge ou
zoito) e maior de 14 (catorze) anos na situa- companheiro, irmão, tutor ou curador ou
ção descrita no caput deste artigo; pessoa a quem esteja confiada para fins de
educação, de tratamento ou de guarda:
II – o proprietário, o gerente ou o responsá-
vel pelo local em que se verifiquem as práti- Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
cas referidas no caput deste artigo. § 2º Se o crime é cometido com emprego de
§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, consti- violência, grave ameaça ou fraude:
tui efeito obrigatório da condenação a cas- Pena – reclusão, de dois a oito anos, além
sação da licença de localização e de funcio- da pena correspondente à violência.
namento do estabelecimento.
§ 3º Se o crime é cometido com o fim de lu-
DISPOSIÇÕES GERAIS cro, aplica-se também multa.
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Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, § 2º Se o crime é cometido mediante vio-
e multa. lência, grave ameaça, fraude ou outro meio
que impeça ou dificulte a livre manifestação
§ 1º Se o agente é ascendente, padrasto, da vontade da vítima:
madrasta, irmão, enteado, cônjuge, compa-
nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em- Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos,
pregador da vítima, ou se assumiu, por lei sem prejuízo da pena correspondente à
ou outra forma, obrigação de cuidado, pro- violência.
teção ou vigilância:
Tráfico internacional de pessoa para fim de ex-
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. ploração sexual
§ 2º Se o crime, é cometido com emprego Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no
de violência, grave ameaça ou fraude: território nacional, de alguém que nele venha a
exercer a prostituição ou outra forma de explo-
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, além ração sexual, ou a saída de alguém que vá exer-
da pena correspondente à violência. cê-la no estrangeiro.
§ 3º Se o crime é cometido com o fim de lu- Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.
cro, aplica-se também multa.
§ 1º Incorre na mesma pena aquele que
Casa de prostituição agenciar, aliciar ou comprar a pessoa tra-
Art. 229. Manter, por conta própria ou de tercei- ficada, assim como, tendo conhecimento
ro, estabelecimento em que ocorra exploração dessa condição, transportá-la, transferi-la
sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou media- ou alojá-la.
ção direta do proprietário ou gerente: (Redação § 2º A pena é aumentada da metade se:
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
I – a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e
multa. II – a vítima, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimen-
Rufianismo to para a prática do ato;
Art. 230. Tirar proveito da prostituição alheia, III – se o agente é ascendente, padrasto,
participando diretamente de seus lucros ou madrasta, irmão, enteado, cônjuge, compa-
fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por nheiro, tutor ou curador, preceptor ou em-
quem a exerça: pregador da vítima, ou se assumiu, por lei
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e ou outra forma, obrigação de cuidado, pro-
multa. teção ou vigilância; ou
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DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
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I – selo destinado a controle tributário, pa- novamente utilizáveis, carimbo ou sinal in-
pel selado ou qualquer papel de emissão le- dicativo de sua inutilização:
gal destinado à arrecadação de tributo;
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
II – papel de crédito público que não seja multa.
moeda de curso legal;
§ 3º Incorre na mesma pena quem usa, de-
III – vale postal; pois de alterado, qualquer dos papéis a que
se refere o parágrafo anterior.
IV – cautela de penhor, caderneta de depó-
sito de caixa econômica ou de outro estabe- § 4º Quem usa ou restitui à circulação, em-
lecimento mantido por entidade de direito bora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis
público; falsificados ou alterados, a que se referem
este artigo e o seu § 2º, depois de conhe-
V – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer cer a falsidade ou alteração, incorre na pena
outro documento relativo a arrecadação de detenção, de seis meses a dois anos, ou
de rendas públicas ou a depósito ou caução multa.
por que o poder público seja responsável;
§ 5º Equipara-se a atividade comercial, para
VI – bilhete, passe ou conhecimento de os fins do inciso III do § 1º, qualquer forma
empresa de transporte administrada pela de comércio irregular ou clandestino, inclu-
União, por Estado ou por Município: sive o exercido em vias, praças ou outros lo-
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e gradouros públicos e em residências.
multa. Petrechos de falsificação
§ 1º Incorre na mesma pena quem: Art. 294. Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer guardar objeto especialmente destinado à falsi-
dos papéis falsificados a que se refere este ficação de qualquer dos papéis referidos no ar-
artigo; tigo anterior:
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
cede, empresta, guarda, fornece ou restitui Art. 295. Se o agente é funcionário público, e
à circulação selo falsificado destinado a con- comete o crime prevalecendo-se do cargo, au-
trole tributário; menta-se a pena de sexta parte.
III – importa, exporta, adquire, vende, ex-
põe à venda, mantém em depósito, guarda, DA FALSIDADE DOCUMENTAL
troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de Falsificação do selo ou sinal público
qualquer forma, utiliza em proveito próprio
ou alheio, no exercício de atividade comer- Art. 296. Falsificar, fabricando-os ou alterando-
cial ou industrial, produto ou mercadoria: -os:
a) em que tenha sido aplicado selo que se I – selo público destinado a autenticar atos ofi-
destine a controle tributário, falsificado; ciais da União, de Estado ou de Município;
b) sem selo oficial, nos casos em que a legis- II – selo ou sinal atribuído por lei a entidade de
lação tributária determina a obrigatorieda- direito público, ou a autoridade, ou sinal público
de de sua aplicação. de tabelião:
§ 2º Suprimir, em qualquer desses papéis, Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
quando legítimos, com o fim de torná-los
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
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I – quem faz uso do selo ou sinal falsificado; dência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter constado.
II – quem utiliza indevidamente o selo ou
sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou § 4º Nas mesmas penas incorre quem omi-
em proveito próprio ou alheio. te, nos documentos mencionados no § 3º,
nome do segurado e seus dados pessoais, a
III – quem altera, falsifica ou faz uso indevido remuneração, a vigência do contrato de tra-
de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer ou- balho ou de prestação de serviços.
tros símbolos utilizados ou identificadores de
órgãos ou entidades da Administração Pública. Falsificação de documento particular
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Art. 303. Reproduzir ou alterar selo ou peça fila- Pena – reclusão ou detenção, de um a três
télica que tenha valor para coleção, salvo quan- anos, e multa.
do a reprodução ou a alteração está visivelmen- Falsa identidade
te anotada na face ou no verso do selo ou peça:
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa
Pena – detenção, de um a três anos, e identidade para obter vantagem, em proveito
multa. próprio ou alheio, ou para causar dano a ou-
Parágrafo único. Na mesma pena incorre trem:
quem, para fins de comércio, faz uso do selo Pena – detenção, de três meses a um ano,
ou peça filatélica. ou multa, se o fato não constitui elemento
Uso de documento falso de crime mais grave.
Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis fal- Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título
sificados ou alterados, a que se referem os arts. de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
297 a 302: documento de identidade alheia ou ceder a ou-
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trem, para que dele se utilize, documento dessa DAS FRAUDES EM CERTAMES
natureza, próprio ou de terceiro: DE INTERESSE PÚBLICO
Pena – detenção, de quatro meses a dois
anos, e multa, se o fato não constitui (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
elemento de crime mais grave. Fraudes em certames de interesse público
Fraude de lei sobre estrangeiro Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente,
Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou per- com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de
manecer no território nacional, nome que não comprometer a credibilidade do certame, con-
é o seu: teúdo sigiloso de:
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Observa-se, inicialmente, que esse capítulo possui quatro crimes, todavia no antigo edital exi-
gia-se apenas o crime de quadrilha ou bando, tipificado no art. 288 do CP. Esse crime sofreu
alterações em seu nomen juris e em seus requisitos.
Hoje o crime em estuda denomina-se associação criminosa, conforme se verifica abaixo:
Associação Criminosa
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se hou-
ver a participação de criança ou adolescente.
Em sua redação original, o art. 288 do Código Penal contemplava dois crimes: quadrilha e ban-
do. Com a entrada em vigor da Lei 12.850/2013 – Lei do Crime Organizado, o nomen iuris do
delito foi alterado para associação criminosa. A pena privativa de liberdade foi mantida: reclu-
são, de um a três anos. Contudo, a Lei 12.850/2013 constitui-se em norma penal mais gravosa,
aplicável somente a fatos futuros, pois bastam três pessoas para a configuração da associação
criminosa, enquanto na quadrilha e no bando exigiam-se ao menos quatro indivíduos.
O núcleo do tipo é “associarem-se”, ou seja, aliarem-se, reunirem-se, congregarem-se três ou
mais pessoas para o fim específico de cometer crimes.
A associação criminosa é delito comum ou geral: pode ser praticado por qualquer pessoa, indepen-
dentemente de especial situação fática ou jurídica. O crime estará caracterizado tanto para aqueles
que se reuniram ab initio, como também para as pessoas que ingressaram em agrupamento ilícito
após a sua efetiva constituição. Desponta ainda como crime plurissubjetivo, plurilateral ou de con-
curso necessário, pois o tipo penal reclama a pluralidade de indivíduos para a sua caracterização. E,
no âmbito dessa classificação, constitui-se em crime de condutas paralelas, uma vez que os diversos
sujeitos (ao menos três) auxiliam-se, mutuamente, com o objetivo de produzirem o mesmo resulta-
do, qual seja, a união estável e permanente especificamente voltada à prática de crimes
Incluem-se nesse número os inimputáveis, qualquer que seja a causa da inimputabilidade penal
(menoridade, doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou desenvolvimento mental re-
tardado), haja vista que, em se tratando de crime plurissubjetivo (plurilateral ou de concurso neces-
sário), basta que apenas um dos agentes seja maior de 18 anos de idade e penalmente imputável.
O elemento subjetivo é o dolo, acrescido de um especial fim de agir (elemento subjetivo espe-
cífico), representado pela expressão “para o fim específico de cometer crimes”, independente-
mente da sua natureza (crimes contra a pessoa, contra o patrimônio, contra a fé pública etc.)
e da pena cominada (reclusão, detenção, com ou sem multa, etc.). De fato, é essa finalidade
específica, indicativa da exigência de união estável e permanente de ao menos três indivíduos,
que diferencia a associação criminosa da simples reunião eventual de pessoas para a prática de
um ou mesmo de vários delitos (concurso de pessoas).
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DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Peculato
Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo (peculato
apropriação), ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio (peculato desvio):
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
A palavra peculato encontra sua origem no Direito Romano, época em que a subtração de
bens pertencentes ao Estado era chamada peculatus ou depeculatus. Como ainda não havia
sido introduzida a moeda como símbolo do patrimônio estatal, os bois e carneiros (pecus)
representavam a riqueza pública por excelência. Destarte, o nomen iuris peculato não está
vinculado à condição de funcionário público no tocante ao responsável pela conduta criminosa.
Objeto jurídico: Em todas as modalidades de peculato, tutela-se a Administração Pública, tanto
em seu aspecto patrimonial, consistente na preservação do erário, como também em sua face
moral, representada pela lealdade e probidade dos agentes públicos. Também se protege
o patrimônio do particular, nas hipóteses em que seus bens estejam confiados à guarda da
Administração Pública, hipótese em que é denominado “peculato malversação”. Se o bem
móvel particular não estiver sob a guarda ou custódia do Estado e o funcionário público dele se
apropriar, desviá-lo ou subtraí-lo, a ele será imputado o crime de apropriação indébita (CP, art.
168) ou furto (CP, art. 155), e não o de peculato.
Objeto material: É o dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular. Dinheiro
é a moeda metálica ou o papel-moeda circulante no País ou no exterior. A lei não distingue
entre o dinheiro nacional e o estrangeiro. Valor é qualquer título de crédito ou documento
negociável e representativo de obrigação em dinheiro ou em mercadorias, tais como ações,
letras de câmbio, apólices etc. Finalmente, o legislador valeu-se da interpretação analógica
(ou intra legem), apresentando uma fórmula casuística (“dinheiro” ou “valor”) seguida de uma
fórmula genérica (“qualquer outro bem móvel”). A finalidade da lei, assim agindo, consiste em
esclarecer que o dinheiro e os valores podem ser objeto material de peculato, assim como
qualquer outro bem móvel, ainda que não se enquadre no conceito de dinheiro ou de valor.
Bem móvel, por sua vez, é toda coisa corpórea suscetível de ser apreendida e transportada de
um local para outro, e dotada de significação patrimonial, como é o caso dos computadores,
veículos automotores, aparelhos eletrônicos em geral etc. O bem móvel pode ser público ou
particular (“peculato malversação”), desde que se encontre, nesta última situação, sob a guarda
da Administração Pública. A condição de funcionário público não acarreta, automaticamente,
a configuração do peculato. Exige-se também a natureza da coisa, que há de ser pública, ou, se
particular, deve encontrar-se sob os cuidados da Administração Pública.
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Penal – Prof. Diogo Lopes
•• Energia elétrica: A energia elétrica, ou qualquer outra que tenha valor econômico, pode
funcionar como objeto material de peculato, por duas razões: 1) trata-se de bem móvel;
e 2) o CP deve ser interpretado sistematicamente. Se a energia é coisa móvel para fins de
furto (art. 155, § 3º, do CP), igual raciocínio merece ser aplicado em relação aos demais
crimes, incluindo o peculato.
•• Prestação de serviços: A prestação de serviços não se subsume ao conceito de bem móvel,
razão pela qual não se encaixa no crime de peculato a utilização de mão de obra pública,
originária do trabalho de um funcionário público subalterno em proveito do superior
hierárquico. Falta uma elementar típica para a caracterização do crime em comento. Se,
entretanto, o autor da ordem ou beneficiário dos serviços prestados for Prefeito, estará
configurado o crime tipificado pelo art. 1º, II, do Decreto-lei 201/1967.
•• Peculato e princípio da insignificância: O STJ não admite a incidência do princípio da
insignificância, ou da criminalidade de bagatela, nos crimes contra a Administração Pública,
incluindo-se o peculato. Esta posição encontra seu nascedouro na violação da moralidade
administrativa, que ocorre mesmo quando a lesão patrimonial apresenta ínfima dimensão.
Com o merecido respeito ao entendimento consagrado no STJ, somos favoráveis à aplicação
excepcional do princípio da insignificância na seara dos crimes contra a Administração
Pública. Imagine-se, por exemplo, a situação em que um funcionário público subtrai duas
folhas de papel em branco, ou alguns clipes de metal, da repartição pública em que se
encontra lotado. Nessas hipóteses, a aplicação do referido princípio desponta como justa e
necessária. Como professava Nélson Hungria: “Na própria ‘malversação’, em que o dinheiro
ou coisa não pertence ao Estado, mas está sob sua guarda e responsabilidade, a obrigação
legal que decorre para este, de restituir ao proprietário a pecúnia ou valor da coisa, já é
autêntico dano patrimonial. Não tenho dúvida, portanto, em repetir o que já disse de outra
feita: peculato consumado sem dano efetivo é tão absurdo quanto dizer-se que pode haver
fumaça sem fogo, ou sombra sem corpo que a projete, ou telhado sem paredes ou esteios
de sustentação”. O STF, agindo com prudência, já reconheceu o princípio da insignificância
no âmbito do peculato, como causa supralegal de exclusão da atipicidade.
Pressuposto do peculato: É a posse da coisa pela Administração Pública. O dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel precisa estar na posse do funcionário público. Evidentemente, é
necessário que se trate de posse lícita, vale dizer, em conformidade com a legislação em geral.
A palavra deve ser interpretada em sentido amplo, abrangendo tanto a posse direta como a
posse indireta, e também a detenção. A lei é cristalina ao exigir que a posse deva ser em razão
do cargo: é imprescindível a relação de causa e efeito entre ela (posse) e este (cargo). Não é
pelo fato de ser funcionário público que o sujeito deve automaticamente responder pelo crime
de peculato. A finalidade da lei é outra. Somente estará caracterizado o crime de peculato
quando o sujeito comete a apropriação, o desvio ou a subtração em razão das facilidades
proporcionadas pelo seu cargo.
Espécies de peculato: O art. 312 do Código Penal contém quatro espécies de peculato,
três dolosas e um culposa: (a) peculato apropriação (caput, 1ª parte); (b) peculato desvio
(caput, parte final); (c) peculato furto (§ 1º); e (d) peculato culposo (§ 2º). As duas primeiras
(apropriação e desvio) são também conhecidas como peculato próprio, enquanto a terceira
é doutrinariamente classificada como peculato impróprio. Por sua vez, o art. 313 do Código
Penal prevê o peculato mediante erro de outrem, também chamado de “peculato estelionato”.
E, finalmente, o art. 313-A do Código Penal contempla o crime de inserção de dados falsos em
sistemas de informações, apelidado de “peculato eletrônico”.
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Peculato próprio: O peculato, em sua essência, nada mais é do que a apropriação indébita
cometida por funcionário público como decorrência do abuso do cargo ou infidelidade
a este. Na verdade, é o crime do funcionário público que arbitrariamente faz seu ou desvia
em proveito próprio ou de terceiro o bem móvel, pertencente ao Estado ou simplesmente
sob sua guarda ou vigilância, de que tem a posse em razão do cargo. Trata-se, portanto, de
crime funcional impróprio, pois com a exclusão da condição de funcionário público do agente
afasta-se o peculato, mas subsiste o delito de apropriação indébita. O peculato reclama por
parte do agente a posse legítima da coisa móvel de que se apropria, ou desvia do fim a que era
destinada. A posse antecedente do bem e a infidelidade do sujeito ao seu dever funcional são
elementos do peculato.
•• Núcleos do tipo: No peculato apropriação o núcleo do tipo é “apropriar-se”, ou seja,
posicionar-se em relação à coisa como se fosse seu proprietário (animus domini). O
sujeito comporta-se como se fosse dono do objeto material, retendo-o, consumindo-o,
destruindo-o, alienando-o etc. Por sua vez, no peculato desvio o núcleo do tipo é “desviar”,
equivalente a distrair ou desencaminhar. O sujeito confere à coisa destinação diversa da
inicialmente prevista: ao contrário do destino certo e determinado do bem de que tem a
posse, o funcionário público lhe dá outro, em proveito próprio ou de terceiro. Este proveito
pode ser material ou moral. O desvio há de ser em proveito do funcionário público ou de
terceiro, pois, se a beneficiária for a própria Administração Pública, incidirá o crime de
emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art. 315 do CP).
Peculato impróprio: Trata-se de modalidade de peculato que se assemelha ao furto, razão pela
qual é chamado de peculato furto ou peculato impróprio. Constitui-se, mais uma vez, em crime
funcional impróprio: ausente a condição de funcionário público, desaparece o peculato, mas
subsiste intacto o delito de furto (art. 155 do CP).
•• Núcleos do tipo: “Subtrair” e “concorrer” para a subtração. Subtrair: é inverter o título da
posse, ou seja, retirar algo de quem tinha a sua posse. Ao contrário do que se verifica nas
figuras do caput do dispositivo em análise, aqui o sujeito não tem a posse da coisa móvel,
pública ou particular, mas a sua posição de funcionário público lhe proporciona uma posi-
ção favorável para a subtração dela. Nessa hipótese (“subtrair”), o funcionário público é o
executor direto da subtração. Concorrer para a subtração: o funcionário público não sub-
trai diretamente o dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel. Sua atuação restringe-se
à concorrência dolosa para a subtração efetuada por terceira pessoa. Cuida-se de crime de
concurso necessário, pois reclama a presença de ao menos duas pessoas: o particular que
subtrai a coisa móvel, ciente da colaboração do funcionário público, e o funcionário públi-
co, que conscientemente concorre para a subtração alheia. Há necessidade de imputação
do peculato a todos os sujeitos que de qualquer modo concorram para o crime, sejam eles
funcionários públicos (intraneus) ou particulares (extraneus) – a qualidade de funcionário
público, ainda que de natureza pessoal, comunica-se a todos os agentes, por se tratar de
elementar do delito (art. 30 do CP). A colaboração para a subtração alheia deve ser dolosa.
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Peculato culposo
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
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Peculato mediante erro de outrem
Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo,
recebeu por erro de outrem:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
O crime tipificado no art. 313 do CP é também conhecido como “peculato estelionato”, porque
consiste na captação indevida, por parte do funcionário público, de dinheiro ou qualquer outra
utilidade mediante o aproveitamento ou manutenção do erro alheio. O “peculato estelionato”
nada mais é do que uma modalidade especial de apropriação de coisa havida por erro,
diferenciada pelo sujeito ativo, ou seja, um funcionário público prevalecendo-se das facilidades
proporcionadas pelo exercício da função pública.
Núcleo do tipo: É “apropriar-se”, ou seja, comportar-se em relação à coisa como se fosse
seu legítimo proprietário (animus domini). O funcionário público passa a agir como dono do
objeto material, praticando algum ato que somente a este competia. O funcionário público
apropria-se da coisa valendo-se das facilidades proporcionadas pelo exercício do seu cargo. É
imprescindível o recebimento do bem pelo funcionário público no exercício do cargo. Ausente
esta elementar, o crime será o de apropriação de coisa havida por erro (art. 169, caput, 1ª
parte, do CP). Embora os delitos de peculato apropriação e peculato mediante erro de outrem
apresentam pontos em comum, visualiza-se neste último uma relevante diferença. A posse do
bem pelo funcionário público emana do erro de outrem,11 isto é, da falsa percepção da vítima
acerca de algo. O erro da pessoa que entrega o dinheiro ou qualquer outra utilidade (vítima)
deve ser espontâneo, pouco importando qual a sua causa; se dolosamente provocado pelo
funcionário público, estará configurado o crime de estelionato (art. 171 do CP). O erro em que
incidiu a vítima pode dizer respeito à coisa entregue ao funcionário público; à quantidade da
coisa entregue ao funcionário público, que se apropria do excesso; à obrigação que originou
a entrega ou aos poderes do funcionário público para receber o bem. Pode acontecer de o
próprio funcionário público incidir em erro, tal como quando acredita possuir atribuições
para receber determinado pagamento em dinheiro, quando na verdade não as tem. Nesse
caso, ausente o dolo, não há falar em peculato mediante erro de outrem. Entretanto, se ele
posteriormente constatar seu equívoco e deixar de prontamente restituir a coisa ao seu titular,
estará caracterizado o crime previsto no art. 313 do Código Penal.
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Este crime, conhecido como “peculato eletrônico”, foi introduzido no Código Penal pela Lei
9.983/2000. A denominação atribuída ao delito se deve a duas razões: (a) cuida-se de crime
funcional, cujas penas são as mesmas cominadas ao peculato em seu tipo primário (CP, art.
312); e (b) a conduta diz respeito à atuação do funcionário público que insere dados falsos,
altera ou exclui indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de
dados da Administração Pública, revelando a ligação deste crime com meios eletrônicos ou
automatizados. O objetivo inicial da Lei 9.983/2000 era tutelar a Previdência Social, tendo sido
responsável pela inserção no CP de diversos crimes com conteúdo previdenciário, a exemplo
da apropriação indébita previdenciária (art. 168-A), de algumas modalidades de falsificação de
documento particular (art. 297, § 3º), e da sonegação de contribuição previdenciária (art. 337-
A). No entanto, o tipo penal foi ampliado, de modo a estender sua proteção para os bancos de
dados e sistemas informatizados da Administração Pública em geral.
Núcleos do tipo: Trata-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo
variado, existindo quatro núcleos. Vejamos cada um deles. Inserir é introduzir, incluir, colocar
algo em determinado local. Facilitar a inserção equivale a colaborar com alguém na atividade de
inserir. Estes dois comportamentos referem-se a dados falsos, no sentido de carregar os bancos
de dados ou sistemas informatizados da Administração Pública com informações incompatíveis
com a realidade. Por sua vez, alterar significa modificar ou mudar, enquanto excluir é eliminar,
remover, ou, na linguagem popularizada entre os usuários de aparelhos de informática,
“deletar”. Ambos os comportamentos dizem respeito a dados corretos atinentes aos bancos de
dados ou sistemas informatizados da Administração Pública. Em relação aos núcleos “alterar”
e “excluir”, o tipo penal reclama a presença do elemento normativo “indevidamente”, isto é,
em contrariedade com lei ou ato administrativo aplicável à espécie. Destarte, não há crime
quando a conduta é devida, ainda que cause prejuízo à Administração Pública. Todos os núcleos
relacionam-se a sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública.
Núcleos do tipo: São dois – “modificar” e “alterar”. Estes verbos, embora semelhantes, possuem
significados diversos no âmbito do crime em análise. Modificar consiste em transformar alguma
coisa, nela imprimindo uma nova forma. Alterar, por sua vez, equivale a decompor o estado
inicial de algo. A primeira conduta (“modificar”) importa na atribuição de estrutura diversa
ao sistema de informações ou programa de informática; na conduta de “alterar”, por sua
vez, é preservado o sistema de informações ou o programa de informática, operando-se uma
desnaturação em sua forma original. Cuida-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla
ou de conteúdo variado: a lei descreve dois núcleos, e a realização de ambos, no tocante ao
mesmo objeto material e no mesmo contexto fático, caracteriza um único delito.
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Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento
Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão
do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Objeto material: É o livro oficial ou documento. Livro oficial é o criado por lei para o registro de
anotações pertinentes à Administração Pública. Documento é qualquer escrito, instrumento ou
papel, público ou particular (CPP, art. 232, caput). No contexto do tipo penal, o documento há
de ser oficial. Em regra, será público, mas também poderá ser particular, desde que conste de
arquivo da Administração Pública, em trânsito ou definitivamente. Para que o livro oficial ou
documento (público ou particular) seja idôneo a funcionar como objeto material do crime em
análise, basta que, de qualquer modo, afete o interesse administrativo ou de qualquer serviço
público, ainda que de particulares, mesmo que represente simples valor histórico ou sirva
apenas a expediente burocrático.12
Núcleos do tipo: São três: extraviar, sonegar e inutilizar. Extraviar é fazer com que algo não
chegue ao seu real destino. Sonegar significa ocultar ou esconder. Inutilizar, por sua vez,
equivale a tornar imprestável, total ou parcialmente. Cuida-se de tipo misto alternativo, crime
de ação múltipla ou de conteúdo variado – a prática de duas ou mais condutas, no mesmo
contexto fático e contra o mesmo bem jurídico, caracteriza um único crime.
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Concussão
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
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além da multa. Contudo, a sanção penal da concussão permaneceu inalterada (dois a oito
anos de reclusão, e multa). Em que pese o imperdoável erro legislativo, insistimos na menor
gravidade da corrupção passiva: na concussão há uma ameaça, imposição ou intimidação;
na corrupção passiva, um pedido, recebimento ou anuência quanto ao recebimento da
vantagem indevida.
•• Concussão e extorsão: Há quem entenda ser a concussão uma “forma especial de extorsão
praticada pelo funcionário público”. Esta frase, nada obstante didática, não se compactua
com a técnica da ciência penal. Inicialmente, a extorsão tem a pena em abstrato superior à
cominada ao crime de extorsão. Esta constatação, por si só, já derruba a combatida afirmação.
De fato, fosse a concussão “uma modalidade especial de extorsão”, sua pena deveria
ser sensivelmente superior à do crime patrimonial, em face da maior reprovabilidade da
conduta praticada pela pessoa que utiliza como escudo para sua atuação a força dos Poderes
Constituídos pelo Estado. Além disso, a concussão se caracteriza pela exigência fundada na
promessa de concretização de um mal relacionado ao campo de atuação do funcionário
público, não havendo violência à pessoa ou grave ameaça. Reclama-se um vínculo entre o mal
prometido, a exigência de vantagem indevida e a função pública desempenhada pelo sujeito
ativo. Na extorsão, há violência à pessoa ou grave ameaça. Veja-se, portanto, que nem toda
exigência de vantagem indevida formulada pelo funcionário público caracteriza concussão,
ainda que tenha apresentado sua condição funcional. Esta é a regra. No entanto, o crime
poderá ser de extorsão, desde que se sirva o funcionário público de violência à pessoa ou de
grave ameaça relacionada a mal estranho à função pública.
Excesso de exação
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a
lei não autoriza:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
É importante notar um interessante fenômeno legislativo que se verifica neste crime. Cuida-
se de tipo penal fundamental previsto em um parágrafo, e não no caput, ao contrário do que
ocorre nos demais delitos contidos no Código Penal. Com efeito, a conduta delineada no § 1º do
art. 316 é autônoma e independente da narrada no caput. No excesso de exação o funcionário
público exige ilegalmente tributo ou contribuição social em benefício da Administração Pública;
na concussão, por sua vez, o funcionário público o faz em proveito próprio ou de terceiro.
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definida como a espécie de tributo destinada a instrumentalizar sua atuação na área social
(exemplos: saúde, previdência e assistência social, educação, cultura, desporto etc.), de
competência da União (CF, art. 149).
Nos dois casos é imprescindível a presença do elemento normativo do tipo “que a lei não
autoriza”. Cuida-se de lei penal em branco homogênea ou em sentido lato, pois o preceito
primário do tipo penal do excesso de exação é incompleto, dependendo de complementação
por outra lei, responsável pela indicação dos meios adequados à cobrança dos tributos e
contribuições sociais. Cuida-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo
variado: se no mesmo contexto fático, e no tocante ao mesmo tributo ou contribuição social,
o funcionário público faz a exigência indevida e emprega em sua cobrança meio vexatório ou
gravoso, não autorizado por lei, há um único crime de excesso de exação. A pluralidade de
condutas, entretanto, não será inócua, devendo ser sopesada pelo magistrado na dosimetria
da pena-base (art. 59, caput, do CP).
Nessa figura qualificada, o funcionário público desvia (altera o destino original) para si ou
para outrem o tributo ou contribuição social que recebeu indevidamente para recolher aos
cofres públicos. Há, portanto, duas etapas distintas. Note-se que o anterior recolhimento,
embora ilícito, destina-se à Administração Pública, pois o crime se refere à exação, consistente
na arrecadação rigorosa de tributos. O desvio ocorre posteriormente. Se a quantia for
regularmente recolhida aos cofres públicos, e o funcionário público a desviar ulteriormente,
estará caracterizado o peculato desvio (art. 312, caput, parte final, do CP). Em outras palavras,
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o excesso de exação qualificado depende do desvio do tributo ou contribuição social indevido
antes da sua incorporação aos cofres públicos.
Corrupção passiva
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Núcleos do tipo:
Solicitar equivale a pedir algo.
Na corrupção passiva, o funcionário público limita-se a manifestar perante outrem seu desejo
de receber alguma vantagem indevida, e o particular pode ou não atendê-lo, pois não se sente
atemorizado. Se cede aos anseios do corrupto, o faz por deliberada manifestação de vontade,
uma vez que pretende obter benefícios em troca da vantagem prestada.
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Receber é entrar na posse de um bem, aceitando a entrega efetuada por outrem. A oferta de
vantagem indevida emana de uma terceira pessoa, e o funcionário público não só a aceita,
como também a recebe. Essa aceitação pode ser manifestada por forma indireta, como no
exemplo em que o funcionário público não restitui os presentes enviados, ou não restitui as
dádivas feitas a sua mulher.
Confrontando os arts. 317, caput, e 333, caput, conclui-se pela admissibilidade da corrupção
passiva, independentemente da corrupção ativa, exclusivamente em relação ao verbo solicitar,
pois nesse caso a conduta inicial é do funcionário público. De fato, na prática o funcionário
público pode solicitar vantagem indevida, sem a correspondente anuência do destinatário do
pedido. Nos demais núcleos a conduta inicial é do particular: ele “oferece” a vantagem indevida
e o funcionário público a “recebe”, ou então ele “promete” vantagem indevida e o intraneus a
“aceita”. Nesses casos, a corrupção passiva pressupõe a corrupção ativa.
Causa de aumento da pena (art. 317, § 1º): Trata-se de causa de aumento da pena, aplicável na
terceira e derradeira fase da dosimetria da pena privativa de liberdade. A maior reprovabilidade
da conduta repousa na efetiva violação do dever funcional, consistente no retardamento ou
abstenção de ato de ofício, ou prática de ato contrário à função pública. Nas duas primeiras
hipóteses, o ato é lícito (corrupção passiva imprópria), mas retardado ou omitido pelo agente;
na última, o ato é ilícito (corrupção passiva própria), e mesmo assim o funcionário público o
pratica. A corrupção passiva é crime formal, mas o legislador deixou claro que a superveniência
do resultado naturalístico apresenta relevância jurídica. De fato, com o exaurimento surge
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a causa de aumento em comento, razão pela qual este crime já foi chamado pelo STF de
corrupção passiva exaurida.
Corrupção passiva privilegiada (art. 317, § 2º): Nesse parágrafo foram alterados os limites
mínimo e máximo da pena privativa de liberdade cominada ao delito. Daí falar, acertadamente,
em corrupção passiva privilegiada, nada obstante a rubrica marginal refira-se somente à
“diminuição da pena”. A corrupção passiva privilegiada constitui-se em infração penal de
menor potencial ofensivo, de competência do Juizado Especial Criminal, compatível com a
transação penal e com o rito sumaríssimo, em conformidade com a Lei 9.099/1995. A pena
máxima é inferior a dois anos. O fundamento da diminuição da pena é simples. Ao contrário do
que se verifica no caput do art. 317 do CP, no § 2º não está em jogo uma vantagem indevida. O
funcionário público não se vende ao interesse alheio. Na verdade, ele trai seu dever funcional
em razão de ceder ao pedido ou influência de outrem.
Núcleo do tipo: É “facilitar”, isto é, auxiliar, tornar mais fácil, simplificar a prática do contrabando
ou descaminho. Essa facilitação pode ser realizada por ação (retirando obstáculos legalmente
existentes) ou por omissão (deixando de criar obstáculos previstos em lei).
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Prevaricação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
Objeto material: É o ato de ofício – compreendido como todo e qualquer ato em que se
exterioriza o exercício da função pública ou do cargo público – indevidamente retardado ou
omitido pelo agente, ou praticado contra disposição expressa de lei. Incluem-se nessa categoria
os atos públicos de qualquer natureza – executivos, judiciais ou legislativos. Como o ato é
de ofício, não há prevaricação quando o ato retardado, omitido ou praticado não integra a
competência ou atribuição do funcionário público.
Núcleos do tipo: O tipo penal contém três núcleos: “retardar”, “deixar de praticar” e “praticar”.
Cuida-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo variado – a lei
descreve diversos núcleos e a realização de mais de um deles, no tocante ao mesmo objeto
material, caracteriza um único delito. Retardar é atrasar, postergar ou adiar. O funcionário
público não realiza o ato de ofício dentro do prazo previsto em lei. Deixar de praticar é
abster-se no tocante à realização do ato de ofício. Ambos os núcleos (“retardar” e “deixar de
praticar”) integram modalidades omissivas da prevaricação. Trata-se, nesse ponto, de crime
omissivo próprio ou puro. Para estas duas formas do crime, o tipo penal exige a presença de
um elemento normativo, contido na palavra “indevidamente”, indicativa de “ilegalmente”
ou “injustificadamente”. Não há prevaricação quando o funcionário público deixa de agir em
razão da ausência de norma jurídica que o obrigue à prática do ato, ou então quando motivos
fortuitos ou de força maior legitimem a demora ou omissão (exemplo: déficit de pessoal na
repartição pública em comparação com o elevado volume de serviço). Praticar é fazer algo.
Visualiza-se aqui um crime comissivo, pois exige uma ação do sujeito ativo.
O tipo penal também reclama um elemento normativo, pois o funcionário público há de
praticar o ato “contra disposição expressa de lei”, expressão que deve ser compreendida como
a disposição livre de qualquer contradição, dúvida, ambiguidade ou obscuridade.
Elemento subjetivo: É o dolo, acrescido de um especial fim de agir (elemento subjetivo
específico), pois o funcionário público deve retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, “para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal”. Interesse pessoal é qualquer proveito ou vantagem obtido pelo agente, de índole
patrimonial ou moral. Quanto ao interesse patrimonial do funcionário público, vale ressaltar que
a obtenção do proveito ou vantagem não pode estar relacionada a qualquer oferecimento ou
entrega de vantagem indevida pelo particular em troca da ação ou omissão funcional, sob pena
de caracterização do delito de corrupção passiva (art. 317 do CP). O crime será o de concussão
(art. 316, caput, do CP) se, previamente ao retardamento, omissão ou prática do ato de ofício,
o funcionário público exigir vantagem indevida. Quanto ao interesse pessoal de cunho moral, o
funcionário público também deve almejar uma vantagem ou proveito. O interesse pessoal de
natureza moral não pode ser confundido com o mero comodismo (preguiça), o qual configura
unicamente ato de improbidade administrativa atentatório aos princípios da Administração
Pública, nos termos do art. 11, II, da Lei 8.429/1992. Embora a redação do art. 11, II, da Lei
de Improbidade Administrativa seja semelhante ao texto do art. 319 do CP, a diferença entre
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tais ilícitos é simples e de fácil compreensão. A lei não reclama, para constituição do ato de
improbidade administrativa, tenha o agente público como meta a satisfação de interesse ou
sentimento pessoal, como reclama a lei penal.24 Sentimento pessoal, por sua vez, é a posição
afetiva do funcionário público relativamente às pessoas ou coisas a que se refere a conduta a
ser praticada ou omitida. Exemplo: comete prevaricação o Delegado de Polícia que não instaura
inquérito policial para apuração de crime supostamente praticado por um amigo de longa data.
Não se admite a figura culposa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Objeto material: É o aparelho telefônico (fixo ou móvel), de rádio (aparelho que emite e
recebe ondas radiofônicas – exemplos: walkie-talkies, Nextel etc.), ou similar (qualquer outro
meio de comunicação entre pessoas – exemplo: aparelhos de informática e conversação via
webcam). Estando o aparelho de comunicação quebrado ou de qualquer modo absolutamente
impossibilitado de funcionar, o fato será atípico. Subsistirá o crime em relação a aparelhos
de telefonia celular pré-pagos e sem créditos, pois é sabido que os presos têm meios para a
obtenção dos recursos destinados aos seus funcionamentos.
Núcleo do tipo: É “deixar”, no sentido de omitir-se ou não fazer algo (crime omissivo próprio ou
puro). Esse verbo está associado à expressão “de cumprir seu dever de vedar”, isto é, proibir
algo em cumprimento de obrigação legal. O objeto da omissão ilícita é o acesso (alcance,
obtenção) a aparelho telefônico, de rádio ou similar. A destinação reservada ao aparelho de
comunicação é permitir a comunicação do preso com outro detento, que pode se encontrar
no mesmo presídio ou em estabelecimento penal diverso, ou entre o preso e qualquer outra
pessoa localizada fora do ambiente carcerário, chamado pelo tipo penal de “ambiente externo”.
Sujeito ativo: O delito pode ser cometido somente pelo Diretor de Penitenciária, responsável
pela administração prisional, ou agente público (crime próprio ou especial). A expressão
“agente público”, nesse delito, há de ser interpretada restritivamente, abrangendo unicamente
as pessoas funcionalmente incumbidas do dever de evitar o acesso a aparelhos de comunicação
pelos presos, como é o caso dos agentes penitenciários, dos carcereiros, dos policiais
responsáveis pela escolta dos presos etc. O diretor de colônia agrícola, industrial ou similar,
o diretor da casa de albergado e o diretor da cadeia pública foram alcançados pela fórmula
residual “agente público”, mas tal expressão não atinge o diretor de hospital de custódia e
tratamento psiquiátrico, pois, falando o tipo penal em “preso”, não abrange o inimputável
ou semi-imputável submetido a medida de segurança.26 Para qualquer outra pessoa, sem
o dever funcional, que ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de
aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em
estabelecimento prisional, será imputado o crime tipificado no art. 349-A do CP. Finalmente,
também não comete este crime o preso, se com ele for encontrado o aparelho de comunicação,
incidindo, contudo, a falta grave disciplinada no art. 50, VIII, da LEP.
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Condescendência criminosa
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o
fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Núcleos do tipo: O tipo penal contém dois núcleos: “deixar de responsabilizar” e “não levar ao
conhecimento”. Trata-se de crime omissivo próprio ou puro, pois a conduta criminosa, em ambas
as hipóteses, é omissiva. Deixar de responsabilizar equivale a não atribuir responsabilidade
à pessoa que cometeu uma infração (administrativa ou penal), a fim de que possa ser
regularmente processada e, se cabíveis, suportar as sanções pertinentes. Nessa modalidade, o
sujeito ativo é dotado de poder disciplinar em relação ao autor da infração, ou seja, ele pode (e
deve) punir o subalterno, mas por indulgência não o faz. Não levar ao conhecimento significa,
no contexto da condescendência criminosa, ocultar ou esconder da autoridade competente
para a responsabilização de um funcionário público a infração por este cometida, também
por indulgência. Ao contrário da modalidade anterior, aqui o superior hierárquico não goza de
poderes para investigar os fatos e responsabilizar seu subordinado, mas se omite ao não levar
a infração ao conhecimento da autoridade competente. O tipo penal é imperativo, não dando
ensejo à discricionariedade do superior hierárquico.
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Advocacia administrativa
Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
Pena – detenção, de três meses a um ano, além da multa.
Violência arbitrária
(foi revogado tacitamente pela lei de Abuso de Autoridades)
Art. 322. Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
Revogação do art. 322 do Código Penal pela Lei 4.898/1965: Prevalece, em doutrina, o
entendimento no sentido de que o crime em análise foi tacitamente revogado pela Lei
4.898/1965 – Crimes de Abuso de Autoridade, por se tratar de diploma legislativo posterior
relativo à idêntica matéria. Na jurisprudência, entretanto, o cenário é diametralmente oposto.
Para o STF: “O artigo 322 do Código Penal, que tipifica o crime de violência arbitrária, não foi
revogado pelo artigo 3º, alínea i, da Lei nº 4.898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade)”. Em nossa
posição, o crime de violência arbitrária foi revogado pela Lei de Abuso de Autoridade.
Abandono de função
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
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Funcionário público
Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
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própria, em número certo e remunerados pelos cofres públicos (art. 3º, parágrafo único, da
Lei 8.112/1990). Empregos públicos: “são núcleos de encargos de trabalho permanentes a
serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista.
(...) Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que, embora sofra inevitáveis influências advindas
da natureza governamental da contratante, basicamente, é a que se aplica aos contratos
trabalhistas em geral; portanto, a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho”.31 Função
pública: é a atividade em si mesma, ou seja, função é sinônimo de atribuição e corresponde
às inúmeras tarefas que constituem o objeto dos serviços prestados pelos servidores públicos.
Todo cargo tem função, porque não se pode admitir um lugar na Administração que não tenha
a predeterminação das tarefas do servidor. Mas nem toda função pressupõe a existência do
cargo.
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§ 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento
de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público.
Resistência
Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena – detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena – reclusão, de um a três anos.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à
violência.
Desobediência
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
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Desacato
Art. 331. Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Tráfico de Influência
Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público
no exercício da função:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a
vantagem é também destinada ao funcionário.
Corrupção ativa
Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.
Contrabando ou descaminho
Art. 334. Importar ou exportar mercadoria proibida (contrabando) ou iludir, no todo
ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou
pelo consumo de mercadoria (descaminho):
Pena – reclusão, de um a quatro anos.
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Sonegação de contribuição previdenciária
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas:
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações
previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário,
trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem
serviços;
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as
quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador
de serviços;
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas
ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
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Comunicação falsa de crime ou de contravenção Pena – reclusão, de três a quatro anos, e
multa.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comu- 28.8.2001)
nicando-lhe a ocorrência de crime ou de contra-
venção que sabe não se ter verificado: Parágrafo único. As penas aumentam-se
de um sexto a um terço, se o crime é co-
Pena – detenção, de um a seis meses, ou metido com o fim de obter prova destina-
multa. da a produzir efeito em processo penal ou
Auto-acusação falsa em processo civil em que for parte entida-
de da administração pública direta ou indi-
Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de reta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de
crime inexistente ou praticado por outrem: 28.8.2001)
Pena – detenção, de três meses a dois anos, Coação no curso do processo
ou multa.
Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça,
Falso testemunho ou falsa perícia com o fim de favorecer interesse próprio ou
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou ca- alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer
lar a verdade como testemunha, perito, conta- outra pessoa que funciona ou é chamada a in-
dor, tradutor ou intérprete em processo judicial, tervir em processo judicial, policial ou adminis-
ou administrativo, inquérito policial, ou em juí- trativo, ou em juízo arbitral:
zo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
28.8.2001) multa, além da pena correspondente à vio-
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa. lência.
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes Parágrafo único. Se não há emprego de vio-
da sentença no processo em que ocorreu o lência, somente se procede mediante quei-
ilícito, o agente se retrata ou declara a ver- xa.
dade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar
28.8.2001) coisa própria, que se acha em poder de terceiro
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou por determinação judicial ou convenção:
qualquer outra vantagem a testemunha, peri- Pena – detenção, de seis meses a dois anos,
to, contador, tradutor ou intérprete, para fazer e multa.
afirmação falsa, negar ou calar a verdade em
depoimento, perícia, cálculos, tradução ou in- Fraude processual
terpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268,
de 28.8.2001) Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência
de processo civil ou administrativo, o estado
de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de
induzir a erro o juiz ou o perito:
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Pena – detenção, de três meses a dois anos, I – ilegalmente recebe e recolhe alguém a
e multa. prisão, ou a estabelecimento destinado a
execução de pena privativa de liberdade ou
Parágrafo único. Se a inovação se destina de medida de segurança;
a produzir efeito em processo penal, ainda
que não iniciado, as penas aplicam-se em II – prolonga a execução de pena ou de me-
dobro. dida de segurança, deixando de expedir em
tempo oportuno ou de executar imediata-
Favorecimento pessoal mente a ordem de liberdade;
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autori- III – submete pessoa que está sob sua guar-
dade pública autor de crime a que é cominada da ou custódia a vexame ou a constrangi-
pena de reclusão: mento não autorizado em lei;
Pena – detenção, de um a seis meses, e IV – efetua, com abuso de poder, qualquer
multa. diligência.
§ 1º Se ao crime não é cominada pena de
reclusão:
Pena – detenção, de quinze dias a três me-
ses, e multa.
§ 2º Se quem presta o auxílio é ascendente,
descendente, cônjuge ou irmão do crimino-
so, fica isento de pena.
Favorecimento real
Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de
co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a
tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de um a seis meses, e
multa.
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar,
auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho tele-
fônico de comunicação móvel, de rádio ou simi-
lar, sem autorização legal, em estabelecimento
prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um)
ano. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).
Exercício arbitrário ou abuso de poder
Art. 350. Ordenar ou executar medida pri-
vativa de liberdade individual, sem as for-
malidades legais ou com abuso de poder:
Pena – detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre o
funcionário que:
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Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança
Art. 351. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a
medida de segurança detentiva:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante
arrombamento, a pena é de reclusão, de dois a seis anos.
§ 2º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena
correspondente à violência.
§ 3º A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por pessoa sob
cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado.
§ 4º No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a
pena de detenção, de três meses a um ano, ou multa.
A finalidade deste artigo repousa na incriminação da conduta daquele que promove ou facilita
a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva. É evidente
que ninguém está obrigado a conformar-se com a privação da liberdade de pessoa do seu
relacionamento, ainda que justa e legal. No entanto, não se pode romper a força dos Poderes
constituídos pelo Estado, fazendo-se pouco caso do devido processo legal em busca da soltura
do detento a qualquer preço. Há meios legítimos para a colocação do preso em liberdade:
recursos em geral, habeas corpus, revisão criminal etc. O que não se pode tolerar é a utilização
de meios ilícitos e criminosos para a libertação de um detento. Com isso o Estado não pode
anuir, motivo pelo qual foi tipificada a conduta descrita no art. 351 do CP.
Núcleos do tipo: São dois: “promover” e “facilitar”. Promover é dar causa à fuga, executando-a.
A iniciativa é do agente, e não se exige a ciência do preso ou detento. Facilitar é simplificar,
afastando ou diminuindo os obstáculos para a fuga do preso ou detento. Este tem a iniciativa,
e o particular lhe presta auxílio. A facilitação pode ser exteriorizada mediante ação ou omissão
imprópria. Cuida-se de tipo misto alternativo, crime de ação múltipla ou de conteúdo variado:
há um só crime quando o agente promove e facilita a fuga da mesma pessoa, relativamente à
mesma privação da liberdade. A promoção e a facilitação têm como alvo a fuga do detento, é
dizer, sua retirada da esfera de vigilância e custódia do Estado. Anote-se que a fuga não depende
obrigatoriamente da inserção do indivíduo no sistema prisional. Também se pode fugir durante
o transporte do preso para outro estabelecimento prisional ou para o hospital, ou então da
escolta para audiência no fórum, entre tantas outras situações possíveis na vida prática. Não
é imprescindível já tenha o preso ingressado no sistema prisional ou no hospital de custódia e
tratamento psiquiátrico.
•• Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança e legalidade da detenção: O
tipo penal refere-se expressamente à legalidade da prisão ou da medida de segurança
detentiva, não havendo crime quando o agente promove ou facilita a fuga de pessoa
ilegalmente presa ou submetida a medida de segurança, por duas razões: (a) ausência
de uma elementar típica; e (b) legítima defesa de terceiro. A ilegalidade da prisão ou da
medida de segurança pode ocorrer tanto em razão de algum vício de origem como em
decorrência da sua execução. Não se pode confundir a legalidade formal da detenção com
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No crime definido no art. 352 do CP não há interferência de um terceiro para a fuga do preso
ou do indivíduo submetido a medida de segurança, diferentemente do que ocorre no delito
tipificado no artigo anterior. A evasão, consumada ou tentada, opera-se exclusivamente pela
conduta do detento ou internado. O legislador não incriminou o simples ato de fugir, já que
a fuga está inserida entre os direitos naturais do ser humano, pois é instintiva a sua busca
pela liberdade. No entanto, para fugir o detento não pode se valer de violência contra pessoa,
ofendendo sua integridade física, sua saúde ou até mesmo ceifando sua vida. Se o fizer, incidirá
no crime tipificado no artigo em estudo.
Objeto jurídico: Tutela-se a Administração da justiça, ofendida em sua tarefa de promover a
integral execução de uma sanção penal imposta pelo Poder Judiciário. E, mediatamente, também
se protege a integridade física da pessoa, em regra funcionário público, atingida pela violência.
Núcleo do tipo: É “evadir-se”, no sentido de fugir por conta própria, escapar de medida privativa
da liberdade, consistente em prisão (provisória ou definitiva) ou medida de segurança detentiva.
Para a configuração do crime em análise, é imprescindível já se encontre o sujeito legalmente
preso e venha a fugir ou tentar fugir mediante a utilização de violência contra a pessoa. Se
o preso fugir violentamente no momento da decretação da sua detenção, estará delineado o
crime de resistência em sua forma qualificada (CP, art. 329, § 1º). A violência indicada pelo
tipo penal é unicamente a física, exercida contra funcionários públicos responsáveis pela
custódia e vigilância do detento ou contra qualquer outra pessoa. Quando o CP quer se referir
à grave ameaça (violência moral), o faz expressamente. As vias de fato são suficientes para
a caracterização da violência física, com a ressalva de que são sempre absorvidas pelo crime
a que se prestam como meio de execução, em decorrência do seu caráter expressamente
subsidiário (Decreto-lei 3.688/1941 – Lei das Contravenções Penais, art. 21).
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•• Local da evasão: Discute-se na doutrina o local em que o crime pode ser praticado: se so-
mente no interior do estabelecimento prisional, ou também em outros lugares, tais como
durante o transporte ao hospital, a remoção a outro presídio ou mesmo durante a escolta
ao fórum. Existem duas posições sobre o assunto. Para Nélson Hungria, “o agente deve
estar encerrado no estabelecimento carcerário ou de segurança. Se a fuga ocorre extra mu-
ros, eximindo-se violentamente o agente ao poder de quem o conduz ou transporta, o cri-
me será o de resistência (art. 329), sem prejuízo, igualmente, das penas correspondentes à
violência”. De outro lado, assim se pronunciava o saudoso Magalhães Noronha: “Evadir-se
é a pessoa subtrair-se à esfera de custódia ou guarda de outrem. Frequentemente essa
esfera está circunscrita ao estabelecimento (cadeia, penitenciária, casa de custódia e trata-
mento, instituto de trabalho etc.), mas pode ocorrer em condições diversas: o sentenciado
que, transportado em viatura da Casa de Detenção para a Penitenciária, agride seus condu-
tores e foge, comete o delito em apreço: evade-se com violência à pessoa”.
Sujeito ativo: Trata-se de crime próprio ou especial, pois somente pode ser praticado pela pes-
soa submetida à prisão (provisória ou definitiva) ou à medida de segurança detentiva.
Sujeito passivo: É o Estado e, secundariamente, a pessoa contra quem é dirigida a violência
utilizada pelo detento.
Elemento subjetivo: É o dolo, acrescido de um especial fim de agir (elemento subjetivo especí-
fico), consistente na intenção do detento ou internado de valer-se de violência contra pessoa
para fugir da legítima privação da liberdade. Não se admite a modalidade culposa.
Consumação: Dá-se no momento em que o preso ou indivíduo submetido a medida de segu-
rança detentiva efetivamente emprega violência contra alguma pessoa, ainda que não tenha
êxito na concretização da fuga (crime material ou causal). Em se tratando de crime de atentado
ou de empreendimento, no qual a lei pune de forma idêntica o crime consumado e aquilo que
em tese seria uma simples tentativa, é possível afirmar que pouco importa se o detento, após
utilizar de violência contra a pessoa, evade-se ou não. Em qualquer hipótese, o crime estará
consumado.
Tentativa: Não é cabível, como corolário da classificação do crime capitulado no art. 352 do
Código Penal entre os delitos de atentado ou de empreendimento. A consumação e a tentativa
foram colocadas em pé de igualdade.
Arrebatamento de preso
Art. 353. Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob
custódia ou guarda:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, além da pena correspondente à violência.
Núcleo do tipo: É “arrebatar”, no sentido de tomar, subtrair, tirar o preso de quem o tenha sob
custódia ou guarda. A conduta pode ser praticada por qualquer meio (crime de forma livre).
Como a lei utiliza a expressão “do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda”, pouco
importa se a prisão era legal ou ilegal, pois a finalidade do sujeito é provocar maus-tratos no
preso, e não livrá-lo de eventual abuso do Estado. Quando o delito for cometido com emprego
de violência à pessoa, haverá imposição cumulativa da pena resultante da violência. As vias de
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fato podem ser utilizadas como violência à pessoa, mas serão absorvidas pelo crime previsto
no art. 353 do CP, em decorrência da subsidiariedade expressa contida no art. 21 do Decreto-lei
3.688/1941 – Lei das Contravenções Penais. Também é indiferente o local em que o preso se
encontra no momento do arrebatamento, se no interior do estabelecimento prisional, na via-
tura para transporte ao fórum, no camburão para remoção a presídio diverso ou em qualquer
outro lugar. Basta seja o preso retirado do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda. Em
que pese o caráter genérico do tipo penal, sua aplicação historicamente tem se relacionado aos
casos de linchamento nos crimes que provocam revolta popular e clamor social.
Sujeito ativo: Pode ser qualquer pessoa (crime comum ou geral). Não se trata de delito pluris-
subjetivo, embora na prática normalmente apresente o caráter de crime multitudinário (prati-
cado pela multidão em tumulto).
Elemento subjetivo: É o dolo, acrescido de um especial fim de agir (elemento subjetivo específi-
co), representado pela expressão “a fim de maltratá-lo”. Não basta a retirada do preso do poder
de quem o tenha sob custódia ou guarda: é imprescindível a intenção de fazê-lo para o fim de
impor-lhe maus-tratos. Se o agente retira o preso do poder de quem o tenha sob custódia ou
guarda para promover sua fuga, resgatando-o, a ele será imputado o crime definido no art. 351
deste Código. Não se admite a modalidade culposa.
Consumação: O crime é formal, de consumação antecipada ou de resultado cortado: consuma-
-se com a efetiva retirada do preso do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda. A impo-
sição de maus-tratos pode ocorrer – e se ocorrer estará configurado o exaurimento –, mas não
é necessária para fins de consumação.
Tentativa: É possível, em face do caráter plurissubsistente do delito, comportando o fraciona-
mento do iter criminis.
Motim de presos
Art. 354. Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
Núcleo do tipo: É “amotinarem-se”, transmitindo a ideia de revolta coletiva dos presos com
a ordem e a disciplina da prisão, provocando perturbação e alvoroço. Ordem diz respeito à
tranquilidade do ambiente prisional; disciplina consiste no respeito e obediência às regras
previamente estabelecidas. A prisão há de ser legal, pois as pessoas detidas indevidamente
têm o direito de se opor ao arbítrio do Estado. O motim de presos é um movimento coletivo
de rebeldia dos presos, seja para o fim de justas ou injustas reivindicações, seja para coagir os
funcionários do estabelecimento prisional a determinada medida, ou para tentativa de fuga,
ou por objetivos de simples baderna ou vingança. Nada obstante a conduta geralmente se
exteriorize mediante ação, não se pode descartar o comportamento omissivo como hábil para
viabilizar o delito. Exemplo: depois de encerrado o horário do banho de sol, os presos recusam-
se a retornar às suas celas, causando tumulto generalizado em prejuízo à ordem e à disciplina
do ambiente carcerário.
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Sujeito ativo: Trata-se de crime próprio e plurissubjetivo, plurilateral ou de concurso necessário,
pois somente pode ser cometido pelos “presos”. Como a lei não aponta um número mínimo
de indivíduos para a concretização do delito, é lícito concluir que se exigem pelo menos três
pessoas, pois quando o CP quer duas ou quatro pessoas ele o diz expressamente. O legislador
excluiu do raio de incidência do artigo em apreço o motim de pessoas submetidas à medida de
segurança detentiva (os inimputáveis ou semi-imputáveis internados em hospital de custódia e
tratamento psiquiátrico). Consequentemente, a balbúrdia por eles ocasionada não configura o
crime definido no art. 354 do CP.
Consumação: O crime é material ou causal: consuma-se com a efetiva violação da ordem
ou da disciplina do estabelecimento prisional, pouco importando o tempo de duração do
amotinamento. Não se pode confundir o motim de presos com a simples transgressão de
normas disciplinares a eles aplicáveis. O crime em análise reclama o emprego de violência
física ou grave ameaça contra agentes penitenciários ou outras pessoas, ou ainda a depredação
de objetos ou atitudes de semelhante categoria. Cuida-se de crime permanente, pois a
consumação se prolonga no tempo, perdurando durante todo o prazo de amotinamento dos
presos.
Tentativa: é cabível.
Patrocínio infiel
Art. 355. Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando
interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Exploração de prestígio
Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em
juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou
testemunha:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
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Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que
não tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei:
(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de
2000)
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LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
O Direito Penal brasileiro adotou o sistema dicotômico para conceituar infração penal, pois
infração penal é gênero cujas espécies são:
Art. 1º da LICP – Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de
reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente
com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou
cumulativamente.
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Obs.4: não obstante o art. 28 da Lei 11.343/2006 (posse de droga para consumo
pessoal) cominar penas diversas da descrita no art. 1º da Lei de Introdução ao
Código Penal, O Supremo Tribunal Federal – STF – entende que esta infração penal
se trata de CRIME. (HABEAS CORPUS Nº 116.531 – SP (2008/0213223-4))
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Obs.: Esse artigo consagra o princípio da especialidade. De acordo com ele, quando a Lei das
Contravenções Penais regular um assunto de determinada forma, será ela aplicada. Se a Lei das
Contravenções Penais, porém, nada dispuser sobre tal assunto, aplicar-se-ão as regras gerais do
Código Penal.
Ex.: causas excludentes de ilicitude, concurso de agentes e de infrações penais, causas extintivas
de punibilidade.
3. TERRITORIALIDADE
Obs.: Com relação aos crimes, a conduta é sempre dolosa ou culposa (princípio da responsabi-
lidade subjetiva). Entretanto, segundo o artigo em análise, basta a ação ou omissão voluntária,
independente de dolo ou culpa. Por esse dispositivo, não se analisa a intenção do agente, uma
vez que se investiga, simplesmente, se ele realizou ou não a conduta. Ex.: A gritaria realizada
pelo vizinho, perturbando o sossego alheio – art. 42, I, LCP. (Guilherme de Souza Nucci defende
que é fundamental que tenha sido promovida com a intenção de desassossegar terceiros, ou
seja, com dolo).
Obs.2: Em que pese a regra adotada pela LCP, o próprio art. 3º faz uma ressalva, possibilitando
que a Parte Especial da Lei das Contravenções Penais traga exceções a tal regra, exigindo em
uma ou outra contravenção a existência do dolo ou da culpa. Ex.:
a) Exigência de culpa – Art. 26, 29, 30, 31 e 36 da LCP;
b) Exigência de dolo – Art. 21
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Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo Estado ruinoso de construção
que lhe pertence ou cuja conservação lhe incumbe:
Pena – multa, de um a cinco contos de réis.
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Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, determinado em lei ou
pela autoridade e destinado a evitar perigo a transeuntes:
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a
dois contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra natureza ou obstáculo
destinado a evitar perigo a transeuntes;
b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
Obs.3: A doutrina classifica as contravenções, com base no art. 3º da LCP, da seguinte maneira:
Obs.4: Damásio Evangelista de Jesus diz que, desde a reforma da Parte Geral do Código Penal,
não se aplica mais o art. 3º da LCP, pois se adotou a responsabilidade subjetiva.
5. TENTATIVA
Obs.: Enquanto, para os crimes, admite-se a tentativa como causa de diminuição de pena
prevista no art. 14, II, do CP, na LCP, há a declaração expressa, inadmitindo a tentativa. Não
quer dizer que não exista a tentativa, pois pode ser que alguém tente praticar vias de fato e, por
circunstâncias alheias a sua vontade, não consegue. Ocorre que ela não é punida.
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6. PENAS PRINCIPAIS
Obs.: A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento
especial ou seção especial de prisão comum, em regime semiaberto ou aberto (Art. 6º, caput).
O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a pena de
reclusão ou de detenção (Art. 6º, §1º) e o trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede
a quinze dias (Art. 6º, §2º).
Obs.: é incabível prisão preventiva nas contravenções penais. Isso porque o art. 313 do Código
de Processo Penal diz que esta espécie de prisão só é possível nos crimes dolosos.
Obs.: como todas as contravenções são consideradas de menor potencial ofensivo, aplica-se o
art. 69 da Lei 9.099/95.
Obs.: Só pode ser cumprida em regime aberto ou semiaberto – jamais em regime fechado (nem
pro regressão).
Obs.: A pena deve ser cumprida em estabelecimento especial ou seção especial de prisão
comum – deve existir um estabelecimento especial só para contraventores, mas ele não existe;
logo, deve a pena ser cumprida em seção especial de prisão comum (que deve ser prisão
comum de regime aberto).
Obs.: O condenado deve ficar separado dos condenados à pena de reclusão ou detenção
Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário,
em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime
semiaberto ou aberto.
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a
pena de reclusão ou de detenção.
§ 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não excede a quinze dias.
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7. REINCIDÊNCIA
Obs.:
a) Quem pratica nova contravenção após ter sido condenado por outra contravenção no Brasil
é reincidente.
b) Quem comete nova contravenção após ter sido condenado por outra contravenção no
exterior não é reincidente, já que a hipótese não foi mencionada pelo art. 7º da LCP.
c) Quem comete contravenção depois de ter sido condenado por crime, no Brasil ou no
exterior, é reincidente.
d) Quem pratica crime após ter sido condenado por contravenção não é reincidente, pois a
hipótese não foi prevista no art. 63 do CP e tampouco no art. 7º da LCP.
e) Quem comete crime depois de ter sido condenado por outro crime, no Brasil ou no exterior,
é reincidente – art. 63 do CP.
Obs.: ignorância da lei é desconhecer que a lei existe e errada compreensão da lei é o erro de
proibição.
Obs.: Em caso de ignorância da lei – erro de direito – o juiz pode conceder, quando escusável, o
perdão judicial previsto no art. 8º da LCP.
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9. MULTA
Obs.: Este artigo está tacitamente revogado (o CP não permite mais a conversão de multa
em detenção). Se perguntar na prova se a LCP permite a conversão de multa em privativa de
liberdade, marque como correta, apesar deste artigo já ter sido revogado.
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior
a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos.
Obs.: enquanto para os crimes o limite de cumprimento das penas é de 30 anos, conforme
prevê o art. 75 do CP, o limite para as contravenções é de 5 anos.
Obs.: Aplica-se também às contravenções penais a súmula 715 do STF. A Súmula 715 do STF diz
que os benefícios da execução penal são calculados sobre o total da condenação e não sobre os
30 anos.
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11. SURSIS E LIVRAMENTO CONDICIONAL
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo
não inferior a um ano nem superior a três, a execução da pena de prisão simples,
bem como conceder livramento condicional.
Obs.: Sursis ou suspensão condicional da pena é uma medida que tem por finalidade evitar o
aprisionamento daqueles que foram condenados a penas de curta duração, evitando-se, com
isso, o convívio promíscuo e estigmatizante do cárcere.
Obs.: Sursis é um direito subjetivo do condenado, ou seja, presentes os requisitos o Juiz deve
conceder o benefício.
Obs.: Os requisitos para o sursis no caso de contravenção são os mesmos do Código Penal,
previstos no art. 77. Entretanto o período de prova para as contravenções é de um a três anos,
enquanto nos crimes é de dois a quatro.
Obs.: É também cabível nas contravenções o livramento condicional que é uma antecipação
provisória da liberdade do condenado a pena igual ou superior a dois anos, mediante o
cumprimento de parte da pena e o preenchimento dos demais requisitos do art. 83 do Código
Penal.
Obs.: O art. 12 não é mais aplicado, pois não existe mais penas acessórias no Direito Penal.
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O último efeito do art. 12 da LCP de suspensão dos direitos políticos continua sendo aplicado
em razão do art. 15, III, da CF mesmo na prática de contravenções penais (ALEXANDRE DE
MORAES e TSE).
Obs.: A parte final, “à exceção do exílio local” está revogada, porque nem o CP prevê mais isso.
O contraventor inimputável pode sofrer as medidas do CP.
Obs.: Cabe medida de segurança nas contravenções penais, assim caso seja uma menor de
idade que tenha praticado a contravenção não pode o juiz aplicar medida de segurança por
meio de transação penal; o processo precisa seguir e o juiz aplicar a medida de segurança na
sentença – absolvição imprópria.
Obs.: Contravenção penal é sempre infração penal de menor potencial ofensivo, mesmo que a
pena máxima aplicada seja maior de 2 anos (mesmo as infrações de loterias).
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Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em manicômio judiciário ou em
casa de custódia e tratamento é de seis meses.
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar a internação,
submeter o indivíduo a liberdade vigiada.
Obs.: A doutrina diz que esse parágrafo único não se aplica mais, porque a liberdade vigiada
foi extinta com a reforma do CP. Porém, NUCCI entende que a liberdade vigiada ainda pode ser
aplicada (minoritária).
Obs.: Segundo o disposto no art. 17 da LCP, todos os casos de contravenção penal são de ação
pública incondicionada, ou seja, Ministério Público pode ingressar com ação penal e o delegado
pode instaurar inquérito, sem depender da concordância da vítima ou de quem quer que seja.
Obs.: Enquanto para os crimes há as seguintes espécies de ação penal: pública incondicionada,
pública condicionada a representação ou requisição do MJ, privada propriamente dita, privada
personalíssima e privada subsidiária da pública, para as contravenções, existe apenas a ação
penal pública incondicionada e a privada subsidiária da pública.
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Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou multa, de um a cinco contos de réis, ou
ambas cumulativamente, se o fato não constitue crime contra a ordem política ou social.
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem licença da autoridade:
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a três contos
de réis, ou ambas cumulativamente.
§ 1º A pena é aumentada de um terço até metade, se o agente já foi condenado, em sentença
irrecorrivel, por violência contra pessoa.
§ 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil
réis a um conto de réis, quem, possuindo arma ou munição:
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, quando a lei o determina;
b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa inexperiente no manejo de arma a tenha
consigo;
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se apodere facilmente alienado, menor
de 18 anos ou pessoa inexperiente em manejá-la.
Obs.: Os dois artigos tratam da fabricação ou comércio de arma de fogo e seu porte. A doutrina
diz que quanto às armas de fogo e munição, tais artigos estão tacitamente revogados – primei-
ramente pela Lei 9437/97 e posteriormente pela Lei 10826/2003 (estatuto do desarmamento).
Quanto às armas brancas, a doutrina e jurisprudência entendem que tais artigos continuam em
vigor – RESP 54056/SP – os artigos foram derrogados, permitindo a incriminação pelo o porte
de arma branca.
Obs.: A jurisprudência entende que só caracteriza tal contravenção se o indivíduo estiver por-
tando a arma com o objetivo de utilizá-la como arma, ex.: jardineiro que anda com uma tesoura
– não pratica contravenção.
Obs.: O art. 19 não se aplica às armas brancas, pois não se exige licença para usar arma branca
– logo, tal contravenção se aplicava às armas de fogo.
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Art. 21 – Vias de fato
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguem:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de cem mil réis a um conto de
réis, se o fato não constitue crime.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60
(sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
Obs.: Se for cometido contra vítima maior de sessenta anos, será vias de fato majorada.
Obs.: A objetividade jurídica é a incolumidade pessoal. Qualquer pessoa pode praticar tal
contravenção.
Obs.: Vias de fato são todos os atos de violência física que não caracterizem lesões corporais,
tentativa de homicídio ou injúria real. É um conceito residual (obtido por exclusão).
Ex.: empurrões, tapas nas costas, rasgar a roupa da pessoa, puxar cabelo, arremesso de líquido.
Vias de fato, assim, não exige contato físico (pode ter, mas não se exige).
Obs.: A simples dor, sem comprovações de lesões, e o eritema (vermelhidão na pele) constituem
vias de fato.
Obs.: Espécies de ação penal nas vias de fato:
1ª corrente: é ação penal pública condicionada à representação, pois, se a lesão corporal lese
depende de representação, as vias de fato também terá de ser assim – analogia in bonam
partem (DAMÁSIO, NUCCI, RONALDO BATISTA PINTO).
2ª corrente: é ação penal pública incondicionada, pois o art. 17 da LCP diz que toda contravenção
é de ação penal pública incondicionada – trata-se de norma especial que prevalece sobre a
norma do art. 88 da Lei dos Juizados Especiais (ADA PELEGRINI, STF).
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c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia.
Obs.: Pode praticá-lo qualquer pessoa que tenha guarda do animal, seja ou não proprietário
dele. O sujeito passivo é a coletividade. Se o animal efetivamente atacar alguém, a contravenção
desaparece, caracterizando crime de lesão corporal. Trata-se de uma contravenção de perigo
presumido (não precisa provar que houve perigo real a alguém).
Obs.: O tipo penal pune 3 condutas: deixar o animal em liberdade; entregar o animal a pessoa
inexperiente (pessoa que não tem habilidade para cuidar devidamente do animal); não guardar
com o devido cuidado.
Obs.: Dessas 3 condutas, as duas primeiras são dolosas e a última é culposa.
Obs.: Só existirá a contravenção se o animal for perigoso (animal que possa atacar e ferir
pessoas).
Obs.: Conduzir o animal na via pública sem coleira ou focinheira -parágrafo único, alínea c, da
LCP.
Obs.: De acordo com o STF, se o condutor dirige veículo sem habilitação e sem gerar perigo de
dano, há apenas infração administrativa de trânsito (não se aplica a contravenção do art. 32).
Se houver perigo de dano, caracterizará o crime do art. 309 do CTB.
Obs.: De acordo com a súmula 720 do STF, o artigo 32 da LCP só continua aplicável quanto à
direção inabilitada de embarcação a motor em águas públicas.
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Obs.: Há 3 formas de direção perigosa que eram contravenções penais de direção perigosa e
que foram transformadas em crimes:
Obs.: Assim, o art. 34 da LCP teve seu campo de aplicação diminuído, porém continua tendo
aplicação a todas as outras formas de direção perigosa que não constituam nenhum desses
3 crimes, ex.: dar cavalo de pau, trafegar na contramão da direção, marcha-ré imprudente,
ultrapassagem pela direita. Não estão abrangidas por nenhum dos crimes acima ditos, previstos
no CTB. Toda doutrina entende desta forma (DAMÁSIO, PAULO JOSÉ DA COSTA JÚNIOR,
ALEXANDRE DE MORAES, STF – HC 86276/MG).
Tais contravenções, todavia, só existem se acontecerem em via pública (o art. 2º do CTB).
Obs.: DAMÁSIO, CAPEZ, ALEXANDRE DE MORAES – estacionamento não é via pública.
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Art. 42 – Perturbação do trabalho ou do sossego alheios
Art. 42. Perturbar alguem o trabalho ou o sossego alheios:
I – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a
guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois contos
de réis.
Obs.: Sujeito passivo é a coletividade.
Obs.: Só se pune a forma dolosa. “Sossego” não significa repouso noturno. Assim, tal
contravenção pode ocorrer de dia ou de noite.
Obs.: O STF entendeu que a perturbação de apenas uma pessoa não configura contravenção
penal, pois o tipo traz o termo “alheios” (número plural de pessoas) – o Supremo entende que
precisa ter 6 pessoas para caracterizar a contravenção.
Obs.: Quanto ao inciso III, quanto a músicos (para ganhar a vida) e pessoas que praticam cultos
religiosos, há quem entenda que não podem ser punidos, pois a CF garante o direito ao trabalho
e à liberdade religiosa.
Obs.: Art. 54 da Lei 9605/98 – praticar poluição sonora, podendo causar dano à saúde humana –
o agente praticará crime ambiental (STJ – deve-se analisar o nível do barulho no caso concreto).
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Obs.: Se além de se fingir funcionário público praticar qualquer ato funcional, caracterizará
crime de usurpação de função publica – art. 328 do CP. Não pode, assim, passar da esfera de
fingimento. Obs.: Há entendimento minoritário de que o próprio funcionário público pode ser
autor desta contravenção.
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Obs.: A CF garante o direito à profissão, conforme o estabelecido em lei. Aquele que exerce
profissão sem atender os requisitos dispostos em lei praticará a contravenção em estudo.
Obs.: A vítima desta contravenção é a coletividade e a proteção das classes profissionais e
econômicas.
Obs.: São duas condutas: basta anunciar que exerce ou exercer a profissão em desconforme
com a lei. Há divergência em saber se a contravenção é habitual ou não.
Obs.: Há duas correntes: 1ª corrente: Trata-se de contravenção habitual – só a reiteração do
exercício ilegal da profissão configura a contravenção. 2ª corrente: Outra corrente entende que
se trata de crime instantâneo – um único ato já a configura. NUCCI – a contravenção é habitual
quanto ao verbo “exercer”, mas é instantâneo quanto ao “anunciar”.
Obs.: Atividade econômica está querendo dizer “qualquer atividade com fim lucrativo”.
Obs.: Só haverá a contravenção se a atividade for praticada em desconformidade com as
condições legais – trata-se de norma penal em branco. Conclusão: se a profissão não estiver
regulada em lei, não há a contravenção. STF (HC 92183) – atividade de árbitro ou mediador não
configura tal contravenção, por se tratar de atividade ainda não regulada em lei.
Obs.: Advogado suspenso ou impedido responde por essa contravenção? R.: STF e STJ entendem
que sim! Há contravenção mesmo que o advogado exerça a atividade em outra unidade da
federação.
Obs.: quando o exercício ilegal de profissão referir-se à medicina, odontologia ou farmácia,
cuida-se de crime (art. 282 do CP), pois em jogo está interesse maior, que é a saúde pública.
Para as demais profissões, aplica-se a contravenção do art. 47.
Art. 282. Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou
farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
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§ 2º Incorre na pena de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis, quem é encontrado a
participar do jogo, como ponteiro ou apostador.
§ 3º Consideram-se, jogos de azar:
c) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente da sorte;
b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou de local onde sejam autorizadas;
c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.
§ 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessivel ao público:
a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando deles habitualmente participam
pessoas que não sejam da família de quem a ocupa;
b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e moradores se proporciona jogo de
azar;
c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em que se realiza jogo de azar;
d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar, ainda que se dissimule esse
destino.
As contravenções dos arts. 51 a 58 da LCP foram tacitamente revogadas pelo Dec-Lei 6259/44 –
contravenções referentes às loterias. A única contravenção de jogos ilícitos da LCP que está em
vigor é a prevista no art. 50 – jogo de azar.
Obs.: Sujeito ativo: qualquer pessoa; sujeito passivo: o Estado, pois é ele que detém o
monopólio dos jogos de azar.
Obs.: O que é jogo de azar? R.: é o que depende exclusivamente ou principalmente da sorte
– parágrafo 3º do art. 50 da LCP. Assim, não entra no conceito de jogo de azar aqueles que
dependem principalmente da habilidade do jogador, ex. de jogos que dependem da habilidade:
truco, caxeta, de bilhar etc. A jurisprudência considera jogos de azar: jogo de cartas 21, bolão
esportivo, tômbula, jogo de tampinhas.
Obs.: A tese de que a lei Pelé (9615/98) revogou o art. 50 da LCP não vem sendo aceita pelo STF
e STJ. Assim, o bingo configura a contravenção do art. 50 da LCP – RESP 703156 STJ.
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CRIMINAL. RESP. EXPLORAÇÃO DE JOGOS DE BINGO. MANDADO DE BUSCA E
APREENSÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. ORDEM CONCEDIDA PARA LIBERAR
O MATERIAL APREENDIDO E AUTORIZAR A CONTINUAÇÃO DA ATIVIDADE.
REVOGAÇÃO DO ART. 50 DA LCP. INOCORRÊNCIA. RECURSO PROVIDO.
Obs.: Bingos beneficentes não configuram infração penal – adequação social da conduta.
Obs.: CAPEZ – O brasileiro que joga bingo em navios em mar do estrangeiro pode ser
responsabilizado pela Lei brasileira, em razão do princípio da nacionalidade ativa do agente, –
art. 7º, II, do CP. ***Ocorre que não se aplica a lei brasileira às contravenções praticadas fora do
Brasil. Não existe extraterritorialidade da lei brasileira em relação às contravenções.
Obs.: Apostas de corridas de cavalo ocorrida no estrangeiro, mas a aposta é feita no Brasil – STF
entendeu caracterizada a contravenção (HC 80908/RS)
Obs.: Apostas em disputa envolvendo briga de animais – caracteriza crime ambiental – art. 32
da Lei 9605/98.
Art. 59 – Vadiagem
Art. 59. Entregar-se alguem habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter
renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante
ocupação ilícita:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses.
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Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de
qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos
componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por
utilização indevida:
Pena – detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime
mais grave. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
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A Lei Nº 12.037, de 1º de outubro de 2009, regulamenta o art. 5º, inciso LVIII, Constituição
Federal ao dispor sobre a identificação criminal do civilmente identificado, nos termos consti-
tucionais.
O artigo 1º restringe a identificação criminal apenas àquelas autorizadas pela lei em estudo.
Todavia, como a identificação criminal é a exceção, ela regula as hipóteses de identificação civil,
as quais impedem a criminal.
O art. 2º reforça que a identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos:
I – carteira de identidade;
II – carteira de trabalho;
III – carteira profissional;
IV – passaporte;
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Para as finalidades da Lei em estudo, equiparam-se aos documentos de identificação civis os
documentos de identificação militares.
Já o artigo 3º apresenta as exceções, pois afirma que embora apresentado documento de
identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:
I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação;
II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;
III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre
si;
IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da
autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da
autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa;
V – constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI – o estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.
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As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra
forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para identificar o indiciado.
Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada tomará as
providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.
A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão juntados
aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou outra forma de
investigação.
Na hipótese da identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho
da autoridade judiciária competente, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material
biológico para a obtenção do perfil genético.
Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados
de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.
As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não poderão
revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto determinação genética de
gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais sobre direitos humanos, genoma
humano e dados genéticos.
Cabe ressaltar que os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter
sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua
utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial.
Salienta-se também, que as informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos
deverão ser consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.
Para preservar a imagem e a intimidade do indivíduo, é vedado mencionar a identificação
criminal do indiciado em atestados de antecedentes ou em informações não destinadas ao
juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é facultado ao
indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito em julgado da
sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou processo, desde que
apresente provas de sua identificação civil.
A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido
em lei para a prescrição do delito.
A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
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LEI DE DROGAS
INTRODUÇÃO
1 – TRATAMENTO CONSTITUCIONAL:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo,
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviços à comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia,
cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de
substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
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1.3.2 – trazer consigo: é sinônimo de portar, conduzir pessoalmente a droga;
1.3.3 – guardar e ter em depósito: é manter a droga em algum local;
1.3.4 – transportar: conduzir de um local para outro em algum meio de transporte.
Obs.: trata-se de crime de ação múltipla em que a realização de mais de uma conduta em
relação à mesma droga constitui crime único. Ex.: agente que compra e depois traz consigo o
entorpecente.
Obs.2: ter usado droga não é crime por falta de tipificação.
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1.10 – Tentativa
Nas modalidades permanentes ela é inadmissível. Em relação ao verbo “adquirir”, existem
várias interpretações. Para uns, se a pessoa procura o traficante para comprar a droga e é preso
nesse momento, antes de recebê-la, responde por tentativa. Para outros, o fato é atípico, pois
seria pressuposto do delito o recebimento da droga.
1.11 – Pena
A grande inovação da Lei nº 11.343/2006 foi deixar de prever pena privativa de liberdade para
o crime de porte para consumo próprio, cujas penas passaram a ser de:
1.11.1 – advertência sobre os efeitos da droga,
1.11.2 – prestação de serviços à comunidade e
1.11.3 – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Obs.: De acordo com o art. 27, essas penas podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente,
bem como substituídas, umas pelas outras, a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o
defensor.
Obs.2: As penas de prestação de serviços e medida educativa de frequência a cursos serão
aplicadas pelo prazo máximo de cinco meses, mas em caso de reincidência poderão ser
aplicadas pelo prazo máximo de dez meses (art. 28, §§ 3º e 4º).
Obs.3: A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários,
entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou
privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou
da recuperação de usuários e dependentes de drogas (art. 28, § 5º).
Obs.4: Para a garantia do cumprimento dessas medidas educativas, a que injustificadamente se
recuse o condenado a cumprir, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente, a:
I – admoestação verbal;
II – multa.
Obs.5: O juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, em
quantidade nunca inferior a quarenta nem superior a cem, atribuindo depois a cada um,
segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até três vezes o valor
do maior salário mínimo. Os valores decorrentes da imposição dessa multa serão creditados à
conta do Fundo Nacional Antidrogas (art. 29).
Obs.6: Segundo o art. 30, prescrevem em dois anos a imposição e a execução das penas
previstas para este crime, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts.
107 e seguintes do Código Penal.
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Obs.: O procedimento em relação a qualquer das condutas previstas no art. 28, salvo se houver
concurso com crime mais grave, é aquele descrito nos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099/95,
sendo, assim, de competência do Juizado Especial Criminal.
Obs.2: Dessa forma, a quem for flagrado na prática de infração penal dessa natureza não
se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao
juízo competente, ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-
se termo circunstanciado e providenciando a autoridade policial as requisições dos exames e
perícias necessários. Concluída a lavratura do termo circunstanciado, o agente será submetido
a exame de corpo de delito se o requerer, ou se a autoridade policial entender conveniente, e,
em seguida, será liberado.
Art. 33, caput – Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,
vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:
Pena – reclusão de cinco a quinze anos e pagamento de quinhentos a mil e
quinhentos dias-multa.
Obs.1: são 18 condutas, sendo que a prescrever é própria, pois somente médico ou dentista
podem receitar.
Obs.2: Nota-se facilmente que o crime do art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006 é de ação
múltipla, isto é, possui várias condutas típicas separadas pela conjunção alternativa “ou”. Em
razão disso, a pluralidade de condutas envolvendo o mesmo objeto material constitui crime
único. Ex.: adquirir, transportar, guardar e depois vender a mesma substância entorpecente.
Nesse caso há um só crime porque as diversas condutas são fases sucessivas de um mesmo
ilícito. Os crimes de ação múltipla são também chamados de crimes de conteúdo variado ou de
tipo misto alternativo.
Obs.3: Objeto material (norma penal em branco). A nova Lei Antitóxicos alterou a denominação
do objeto material do crime. Na redação antiga do art. 12 da Lei nº 6.368/76, era utilizada
a expressão “substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica”.
Na atual redação, o objeto material recebeu a singela denominação de “droga”, e o art. 1º,
parágrafo único, da Lei nº 11.343/2006, por sua vez, estabelece que se consideram como
drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados
em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União,
mais especificamente, pelo Ministério da Saúde. Percebe-se, portanto, que se trata de norma
penal em branco que precisa ser complementada por outra, a fim de ser possível a completa
tipificação do ilícito penal.
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Obs.4: Flagrante preparado. É muito comum que policiais obtenham informação anônima de
que, em certo local, está sendo praticado tráfico. Assim, estando à paisana, os policiais dirigem-
se ao local indicado, tocam a campainha e, alegando ser usuários, perguntam se há droga para
vender. A pessoa responde afirmativamente, recebe o valor pedido das mãos dos policiais e,
ao retornar com o entorpecente, acaba sendo preso em flagrante. Seria, nesse caso, aplicável a
Súmula 145 do STF, que diz ser nulo o flagrante e, portanto, atípico o fato, quando a preparação
do flagrante pela polícia tornar impossível a consumação do delito?
Não há dúvida de que, em relação à compra, a consumação era impossível, já que os policiais
não queriam realmente efetuá-la. Acontece que o flagrante não será nulo porque o traficante,
na hipótese, deverá ser autuado pela conduta anterior – ter a guarda -, que constitui crime
permanente e, conforme já estudado, admite o flagrante em qualquer momento, sendo, assim,
típica a conduta. A encenação feita pelos policiais constitui, portanto, meio de prova a respeito
da intenção de traficância do agente.
Obs.5: Pena. Reclusão de cinco a quinze anos e pagamento de quinhentos a mil e quinhentos
dias-multa. Essas penas foram aumentadas em relação àquelas previstas na Lei nº 6.368/76.
Obs.6: O art. 33, § 4º prevê que as penas – privativa de liberdade e pecuniária – poderão ser
diminuídas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, se
o agente for:
a) primário e de bons antecedentes, e
b) desde que não se dedique a atividades criminosas
c) nem integre organização criminosa.
O STF declarou inconstitucional a proibição de substituição de Pena Privativa de Liberdade por
Pena Restritiva de Direitos na Lei de Drogas em razão do princípios da individualização da pena.
O Senado suspendeu a eficácia desta vedação por meio da Resolução número 5 de 2012.
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“ganho fácil”, por ser inerente a essa modalidade delitiva, não deveria ser validamente invocado
para aumentar a reprimenda por implicar, também, bis in idem. Vencido, em parte, o Min.
Gilmar Mendes, relator, que, concedia a ordem somente para afastar a fundamentação “mal
causado pelo tóxico”. Vencido, integralmente, o Min. Joaquim Barbosa, que indeferia o writ.
HC 107532/SC, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski,
8.5.2012. (HC-107532)
(Informativo 665, 2ª Turma)
Obs.: note que o STF entendeu que não se pode aumentar a pena com base nos motivos:
mal causado pela droga e a vontade de obtenção de lucro, já que estão ínsitos na própria
configuração do crime. Já a quantidade da droga apreendida pode ser levada em consideração
para aplicar a pena mais próxima do grau máximo.
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FIGURAS EQUIPARADAS AO TRÁFICO
Obs.1: A matéria-prima, o insumo ou o produto químico não precisam ser tóxicos em si,
bastando que sejam idôneos à produção de entorpecente. Assim é que a posse de éter ou
acetona podem configurar o delito, desde que exista prova de que se destinavam à preparação
de cocaína.
Art. 33, § 1º, II – semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas;
Obs.1: a diferença entre este crime e o previsto no art. 28, §1º refere-se ao elemento subjetivo
e a quantidade do objeto material, pois no crime previsto no art. 28, § 1º requer a preparação
de pequena quantidade de droga e deve ser destinada ao consumo próprio.
Art. 33, § 1º, III – utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a
propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem
dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
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FIGURA PRIVILEGIADA
Obs.: para a configuração dessa figura privilegiada são exigidos os seguintes requisitos:
a) que a oferta da droga seja eventual;
b) que seja gratuita;
c) que o destinatário seja pessoa do relacionamento de quem a oferece;
d) que a droga seja para consumo conjunto.
Obs.2: Além da pena privativa de liberdade prevista para este crime, o juiz Pode aplicar as
penas previstas no art. 28 da Lei de Drogas, quais sejam: advertência sobre o efeito da droga;
prestação de serviço à comunidade; e medida educativa de comparecimento a curso ou
programa educativo.
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autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”), para a disposta no
art. 33, § 3º, da Lei 11.343/2006 (“§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro,
a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem”) – v. Informativo 626. Aduziu-se
que o acórdão impugnado teria invertido a ordem processual quanto à prova, atribuindo aos
pacientes o dever de demonstrar sua condição de usuários, o que não se coadunaria com o
Direito Penal. Registrou-se que eles não teriam o dever de demonstrar que a droga apreendida
se destinaria ao consumo próprio e de amigos, e não ao tráfico. Asseverou-se que caberia
à acusação comprovar os elementos do tipo penal. Reputou-se que ao Estado-acusador
incumbiria corroborar a configuração do tráfico, que não ocorreria pela simples compra
do entorpecente. Salientou-se que o restabelecimento do enfoque revelado pelo juízo seria
conducente a afastar-se, até mesmo, a condenação à pena restritiva da liberdade. Vencido o
Min. Ricardo Lewandowski, que denegava a ordem. O Min. Dias Toffoli reajustou seu voto para
conceder o writ.
HC 107448/MG, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio,
18.6.2013. (HC-107448)
(Informativo 711, 1ª Turma)
Art. 33, § 4º – Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão
ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de
2012)
Obs.1: essa causa de diminuição de pena incide sobre os crimes previstos no art. 33, caput, e §
1º e diminui-se a pena de 1/6 a 2/3.
Obs.2: Os requisitos para diminuição são:
a) que o agente seja primário, de bons antecedentes;
b) não se dedique às atividades criminosas; e
c) não integre organização criminosa.
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cumprimento da reprimenda de maneira fundamentada, com o afastamento da regra do § 1º do
art. 2º da Lei 8.072/90 (na redação conferida pela Lei 11.464/2007), obrigatoriedade declarada
inconstitucional pelo STF. Na espécie, o tribunal de justiça local, ao dar parcial provimento
a recurso da acusação, condenara o paciente pela prática do delito de tráfico de drogas (Lei
11.343/2006, art. 33). Explicitou-se que a Corte estadual definira a pena-base no mínimo legal.
Obtemperou-se que aquele tribunal não agira bem ao estabelecer, em seguida, a minorante
em 1/6 sem oferecer a devida justificação. Por fim, salientou-se que o réu apresentaria bons
antecedentes, não faria parte de grupo criminoso, enfim, ostentaria todos os requisitos para
que a benesse fosse conferida em grau máximo. Precedente citado: HC 111840/ES (acórdão
pendente de publicação, v. Informativos 670 e 672).
HC 114830/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 12.3.2013. (HC-114830)
(Informativo 697, 2ª Turma)
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dosimetria configuraria bis in idem. Arguia-se, ainda, se, em caso positivo, qual seria a etapa
em que o magistrado deveria aplicar a referida regra. No HC 112.776/MS, a defesa sustentava
estar caracterizado o bis in idem, porque o magistrado de primeiro grau fixara a pena-base
acima do mínimo legal e destacara, entre outras considerações, a natureza e a quantidade da
droga apreendida. Além disso, na terceira etapa da dosimetria, ou seja, no exame do § 4º do
art. 33 da Lei de Drogas, invocara essas mesmas circunstâncias para estabelecer a redução na
fração de ¼. A impetração aduzia que essa dupla valoração negativa de um mesmo fato como
circunstância judicial desfavorável e critério para fixação do quantum da diminuição da pena
não teria embasamento jurídico. Questionava, ainda, o regime prisional fixado pelo magistrado
sentenciante, inicial fechado, ante a interpretação do art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, na
redação da Lei 11.464/2007. No HC 109.193/MG, a controvérsia restringia se à legitimidade da
invocação do art. 42 da Lei 11.343/2006 na terceira fase da dosimetria da pena.
HC 112776/MS, rel. Min. Teori Zavascki, 19.12.2013. (HC-112776)
HC 109193/MG, rel. Min. Teori Zavascki, 19.12.2013.(HC-109193)
(Informativo 733, Plenário)
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o paciente integraria, de fato, organização criminosa, não podendo ser considerado simples
“mula” ocasional, a qual, após aliciada sairia de um país economicamente subdesenvolvido
transportando pequena quantidade de droga. Ao contrário, ele teria transportado grande
quantidade de entorpecente, mediante remuneração, com despesas custeadas previamente.
Aduziu-se existir, consoante afirmado pelas instâncias ordinárias, estrutura logística voltada
à remessa de vultuosas quantidades de droga para o exterior a partir do Brasil, com o
fornecimento de passaportes, hospedagem, dinheiro e outros bens ao transportador da
mercadoria. Destacou-se que concluir de forma diversa implicaria reexame fático-probatório,
incabível na via eleita. Vencido o Min. Ayres Britto, que concedia a ordem. HC 110551/SP, rel.
Min. Ricardo Lewandowski, 13.3.2012. (HC-110551)
(Informativo 658, 2ª Turma)
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em si, como contido no preceito, atividade criminosa com potencial maior. Os Ministros Luiz
Fux, relator, e Min. Rosa Weber denegavam a ordem por entenderem que a mercancia de
drogas, pelo réu, em lugar conhecido pelo comércio clandestino de entorpecente, por si só,
constituiria prova robusta de sua participação na atividade criminosa. Aduziam que o tribunal
de origem teria procedido a irrepreensível atividade intelectiva, porquanto a apreensão de
grande quantidade de droga seria fato que permitiria concluir, mediante raciocínio dedutivo,
pela sua dedicação ao tráfico. HC 108280/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min.
Marco Aurélio, 10.4.2012.
(HC-108280)
(Informativo 661, 1ª Turma)
Obs.: Se dentro da refinaria for encontrado também drogas, o agente responderá apenas pelo
crime do art. 33 – que possui pena mais alta -, ficando absorvido o crime do art. 34. No exemplo,
a maior gravidade do fato seria levada em conta na fixação da pena-base.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1441
Obs.2: inúmeros objetos utilizados na produção ou fabricação de drogas são normalmente
usados em laboratórios comuns para condutas absolutamente lícitas, tais como pipetas, tubos
de ensaio etc. Assim, para a configuração do delito, deve haver prova da destinação ilícita que
os agentes dariam aos maquinismos, objetos.
Obs.3: É necessário salientar, todavia, que o objeto material desse crime são aqueles utilizados
no processo criativo da droga, não havendo punição para o porte de lâminas de barbear (para
o usuário separar a cocaína em doses), na posse de maricas ou cachimbos (para o fumo de
maconha ou crack)
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Obs.: O crime de associação para o tráfico difere do crime de associação criminosa nos seguintes
aspectos:
a) envolvimento mínimo de duas pessoas. Trata-se de crime de concurso necessário de
condutas paralelas porque os envolvidos ajudam-se na prática do delito. Diverge do crime
de associação criminosa, que pressupõe, como já mencionado, o envolvimento de pelo
menos três pessoas;
b) intenção de cometer qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 da Lei
(tráfico). Diferencia-se do crime de associação para o tráfico porque, neste, os integrantes
visam cometer outros crimes (furto, roubo, receptação, aborto, peculato etc.).
c) que os agentes queiram cometer os crimes de forma reiterada ou não. Apesar dessa
expressão prevista no art. 35 da Lei de Drogas, a doutrina majoritária entende que tanto
este crime quanto a quadrilha ou bando devem ser estáveis e permanentes.
d) a pena da associação para o tráfico é de 3 a 10 anos e multa. Já o crime de associação para
o tráfico possui a pena cominada de 1 a 3 anos.
Obs.2: O art. 8º da Lei dos Crimes Hediondos prevê que a pena do crime de quadrilha do art.
288 será de reclusão, de três a seis anos, quando a finalidade for a prática de crimes hediondos,
tráfico de entorpecentes, terrorismo ou tortura. Como o crime do art. 35 da Lei de Drogas
é especial e posterior, este revogou de forma tácita o previsto no art. 8º da Lei de Crimes
Hediondos no que for contrário.
FINANCIAMENTO AO TRÁFICO
Art. 36 – Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts.
33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena – reclusão, de oito a vinte anos, e pagamento de mil e quinhentos a quatro mil
dias-multa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1443
Obs.: A tipificação desse ilícito penal é apontada como uma das principais inovações da nova
Lei de Drogas, pois, no regime anterior, quem financiasse o tráfico só poderia ser punido como
partícipe desse crime.
Obs.2: A conduta ilícita abrange qualquer espécie de ajuda financeira, com a entrega de valores
ou bens aos traficantes.
Obs.3: A configuração do delito autônomo pressupõe que o agente atue como financiador
contumaz, ou seja, que se dedique a tal atividade de forma reiterada.
INFORMANTE COLABORADOR
Obs.1: para a configuração deste ilícito penal, criado pela Lei nº 11.343/2006, não basta a
colaboração com o tráfico, exigindo o tipo penal que se trate de informante colaborador de
grupo, organização ou associação voltados para o tráfico.
Obs.2: O informante não integra efetivamente o grupo e não toma parte no tráfico, mas
passa informações a seus integrantes, como, p. ex., um policial que, ao saber que uma grande
diligência será feita em certa favela, visando à apreensão de droga, telefona para o chefe do
grupo passando a informação com antecedência para que possam fugir antes da chegada dos
outros policiais ao local.
1444 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a
dois terços, se:
I – a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
Obs.1: O tráfico com o exterior está presente nas hipóteses de importação e exportação. Nesses
casos, como veremos adiante, a competência será da Justiça Federal.
Obs.2: Para a incidência do dispositivo não é necessário que o agente consiga sair ou entrar no
País com a droga, basta que fique demonstrada que essa era sua finalidade.
Obs.: pune-se mais gravemente quem comete o crime prevalecendo-se de sua função pública.
A lei se refere, e.g., aos policiais – civis ou militares, delegados de polícia, escrivães, peritos
criminais, juízes, promotores de justiça etc.
Obs.: A expressão “nas imediações”, que é sinônimo de “nas proximidades”, deve ser
interpretada caso a caso, de acordo com as circunstâncias do fato criminoso e a gravidade do
delito. Não é possível, assim, fixar previamente um limite métrico.
Tráfico de drogas: transporte público e aplicação do art. 40, III, da Lei 11.343/2006
Em conclusão de julgamento, a 2ª Turma, por maioria, concedeu “habeas corpus” a condenado
pela prática de tráfico de drogas para afastar a majorante contida no art. 40, III, da Lei
11.343/2006 (“Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um
sexto a dois terços, se: ... III – a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações
de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis,
sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo,
de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços
de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou
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policiais ou em transportes públicos”). No caso, o paciente fora flagrado em transporte
coletivo transnacional, trazendo consigo considerável quantidade de substância entorpecente.
Prevaleceu o voto do Ministro Ricardo Lewandowski. Destacou que a jurisprudência das Turmas
seria no sentido de que a aplicação daquela causa especial de aumento de pena teria como
objetivo punir com mais rigor a comercialização de drogas em locais nos quais se verificasse
uma maior aglomeração de pessoas, de modo que se tornasse mais fácil a disseminação
da mercancia. Assim, não seria suficiente a mera utilização do transporte público para o
carregamento do entorpecente. Vencida a Ministra Cármen Lúcia (relatora), que indeferia a
ordem.
HC 120624/MS, rel. orig. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o acórdão, Min. Ricardo Lewandowski,
3.6.2014. (HC-120624)
(Informativo 749, 2ª Turma)
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IV – o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de
fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva;
V – caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito
Federal;
VI – sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha,
por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e
determinação;
Obs.1: envolver: significa que o traficante se une com o menor ou ao “incapaz” para a prática
do tráfico.
Obs.2: visar: significa que o traficante busca no menor ou no “incapaz” um público consumidor.
Obs.1: O crime do art. 36 exige que o agente atue como financiador contumaz, que invista
valores de forma reiterada no tráfico (v. tópico 2.8.).
Obs.2: Na causa de aumento, o que se verifica é a ocorrência de um único tráfico em que
alguém atua, de forma isolada, como financiador e, por isso, responde pelo crime do art. 33,
caput, com a pena aumentada em razão do art. 40, VII, da Lei nº 11.343/2006.
Obs.: Para a incidência da causa de diminuição, além de ser voluntária a colaboração, exige-
se que as informações passadas pelo agente efetivamente impliquem a identificação de todos
os demais envolvidos no crime, bem como a recuperação de algum produto do delito (bens
comprados pelos traficantes com o lucro obtido com a venda ou recebidos como forma de
pagamento).
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CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGA
Obs.1: O presente tipo penal, que tutela a segurança no espaço aéreo e aquático, pune
a condução perigosa de aeronave ou embarcação decorrente da utilização de substância
entorpecente.
Obs.2: Para a configuração do delito é necessário que, em razão do consumo da droga, o agente
conduza a aeronave ou embarcação de forma anormal, expondo a perigo a incolumidade de
outrem.
Obs.3: O crime se consuma no momento em que o agente inicia a condução anormal da
aeronave ou embarcação, e a ação penal é pública incondicionada.
CRIME CULPOSO
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e pagamento de cinquenta a duzentos
dias-multa.
Obs.1: A lei descreve apenas duas condutas típicas: prescrever, que é o mesmo que receitar, e
ministrar, que é inocular, introduzir a substância entorpecente no organismo de alguém.
Obs.2: O delito em análise, conforme dispõe expressamente a lei, é culposo, uma vez que
prescrever ou ministrar dolosamente constitui tráfico (art. 33, caput).
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Obs.3: quando o paciente não necessita da droga. Só se aplica quando ocorre um erro de
avaliação, ou seja, o agente supõe que o quadro do paciente indica a necessidade de aplicação
de droga, quando, em verdade, isso não é efetivamente necessário.
Obs.4: dose receitada ou ministrada de forma excessiva. Ocorre quando a dose é maior do que a
necessária. Só haverá crime quando houver uma diferença razoável entre a dose recomendável
para o tratamento e a efetivamente prescrita ou aplicada. Se, em razão do excesso, a vítima
morre ou sofre lesão corporal, o agente responderá também por crime de homicídio culposo
ou lesão corporal culposa.
Obs.5: substância ministrada em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Quando
ocorre outra espécie de engano, em desatenção ao que estabelece a lei ou o regulamento.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1449
investigação de infração penal que envolva que designará membro para acompanhar o
organização criminosa. feito até a sua conclusão.
§ 2º As penas aumentam-se até a metade
se na atuação da organização criminosa
houver emprego de arma de fogo. CAPÍTULO II
§ 3º A pena é agravada para quem exerce DA INVESTIGAÇÃO E DOS MEIOS
o comando, individual ou coletivo, da orga- DE OBTENÇÃO DA PROVA
nização criminosa, ainda que não pratique
pessoalmente atos de execução. Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal,
serão permitidos, sem prejuízo de outros já pre-
§ 4º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) vistos em lei, os seguintes meios de obtenção
a 2/3 (dois terços): da prova:
I – se há participação de criança ou adoles- I – colaboração premiada;
cente;
II – captação ambiental de sinais eletromag-
II – se há concurso de funcionário público, néticos, ópticos ou acústicos;
valendo-se a organização criminosa dessa
condição para a prática de infração penal; III – ação controlada;
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vistas nos incisos II e V. (Incluído pela Lei nº rer ou representar ao juiz pela concessão de
13.097, de 2015) perdão judicial ao colaborador, ainda que
esse benefício não tenha sido previsto na
§ 2º No caso do § 1º, fica dispensada a pu- proposta inicial, aplicando-se, no que cou-
blicação de que trata o parágrafo único do ber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de
art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
1993, devendo ser comunicado o órgão de Penal).
controle interno da realização da contrata-
ção. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) § 3º O prazo para oferecimento de denún-
cia ou o processo, relativos ao colaborador,
Seção I poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses,
DA COLABORAÇÃO PREMIADA prorrogáveis por igual período, até que se-
jam cumpridas as medidas de colaboração,
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das par- suspendendo-se o respectivo prazo prescri-
tes, conceder o perdão judicial, reduzir em até cional.
2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade
ou substituí-la por restritiva de direitos daquele § 4º Nas mesmas hipóteses do caput, o Mi-
que tenha colaborado efetiva e voluntariamen- nistério Público poderá deixar de oferecer
te com a investigação e com o processo crimi- denúncia se o colaborador:
nal, desde que dessa colaboração advenha um I – não for o líder da organização criminosa;
ou mais dos seguintes resultados:
II – for o primeiro a prestar efetiva colabora-
I – a identificação dos demais coautores e ção nos termos deste artigo.
partícipes da organização criminosa e das
infrações penais por eles praticadas; § 5º Se a colaboração for posterior à senten-
ça, a pena poderá ser reduzida até a meta-
II – a revelação da estrutura hierárquica e de ou será admitida a progressão de regime
da divisão de tarefas da organização crimi- ainda que ausentes os requisitos objetivos.
nosa;
§ 6º O juiz não participará das negociações
III – a prevenção de infrações penais decor- realizadas entre as partes para a formaliza-
rentes das atividades da organização crimi- ção do acordo de colaboração, que ocorrerá
nosa; entre o delegado de polícia, o investigado e
IV – a recuperação total ou parcial do pro- o defensor, com a manifestação do Minis-
duto ou do proveito das infrações penais tério Público, ou, conforme o caso, entre o
praticadas pela organização criminosa; Ministério Público e o investigado ou acusa-
do e seu defensor.
V – a localização de eventual vítima com a
sua integridade física preservada. § 7º Realizado o acordo na forma do § 6º,
o respectivo termo, acompanhado das de-
§ 1º Em qualquer caso, a concessão do benefí- clarações do colaborador e de cópia da
cio levará em conta a personalidade do colabo- investigação, será remetido ao juiz para
rador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade homologação, o qual deverá verificar sua
e a repercussão social do fato criminoso e a efi- regularidade, legalidade e voluntariedade,
cácia da colaboração. podendo para este fim, sigilosamente, ouvir
o colaborador, na presença de seu defensor.
§ 2º Considerando a relevância da colabo-
ração prestada, o Ministério Público, a qual- § 8º O juiz poderá recusar homologação à
quer tempo, e o delegado de polícia, nos proposta que não atender aos requisitos le-
autos do inquérito policial, com a manifes- gais, ou adequá-la ao caso concreto.
tação do Ministério Público, poderão reque-
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§ 9º Depois de homologado o acordo, o co- IV – participar das audiências sem contato
laborador poderá, sempre acompanhado visual com os outros acusados;
pelo seu defensor, ser ouvido pelo membro
do Ministério Público ou pelo delegado de V – não ter sua identidade revelada pelos
polícia responsável pelas investigações. meios de comunicação, nem ser fotografa-
do ou filmado, sem sua prévia autorização
§ 10. As partes podem retratar-se da pro- por escrito;
posta, caso em que as provas autoincrimi-
natórias produzidas pelo colaborador não VI – cumprir pena em estabelecimento pe-
poderão ser utilizadas exclusivamente em nal diverso dos demais corréus ou condena-
seu desfavor. dos.
§ 12. Ainda que beneficiado por perdão ju- I – o relato da colaboração e seus possíveis
dicial ou não denunciado, o colaborador resultados;
poderá ser ouvido em juízo a requerimento II – as condições da proposta do Ministério
das partes ou por iniciativa da autoridade Público ou do delegado de polícia;
judicial.
III – a declaração de aceitação do colabora-
§ 13. Sempre que possível, o registro dos dor e de seu defensor;
atos de colaboração será feito pelos meios
ou recursos de gravação magnética, este- IV – as assinaturas do representante do Mi-
notipia, digital ou técnica similar, inclusive nistério Público ou do delegado de polícia,
audiovisual, destinados a obter maior fide- do colaborador e de seu defensor;
lidade das informações.
V – a especificação das medidas de prote-
§ 14. Nos depoimentos que prestar, o cola- ção ao colaborador e à sua família, quando
borador renunciará, na presença de seu de- necessário.
fensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito
Art. 7º O pedido de homologação do acordo
ao compromisso legal de dizer a verdade.
será sigilosamente distribuído, contendo ape-
§ 15. Em todos os atos de negociação, con- nas informações que não possam identificar o
firmação e execução da colaboração, o cola- colaborador e o seu objeto.
borador deverá estar assistido por defensor.
§ 1º As informações pormenorizadas da co-
§ 16. Nenhuma sentença condenatória será laboração serão dirigidas diretamente ao
proferida com fundamento apenas nas de- juiz a que recair a distribuição, que decidirá
clarações de agente colaborador. no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 5º São direitos do colaborador: § 2º O acesso aos autos será restrito ao juiz,
ao Ministério Público e ao delegado de po-
I – usufruir das medidas de proteção previs- lícia, como forma de garantir o êxito das
tas na legislação específica; investigações, assegurando-se ao defensor,
II – ter nome, qualificação, imagem e de- no interesse do representado, amplo acesso
mais informações pessoais preservados; aos elementos de prova que digam respei-
to ao exercício do direito de defesa, devi-
III – ser conduzido, em juízo, separadamen- damente precedido de autorização judicial,
te dos demais coautores e partícipes; ressalvados os referentes às diligências em
andamento.
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polícia, devendo-se adotar as medidas ne- Seção IV
cessárias para o êxito das investigações e a DO ACESSO A REGISTROS, DADOS
segurança do agente infiltrado.
CADASTRAIS, DOCUMENTOS E
§ 2º Os autos contendo as informações da INFORMAÇÕES
operação de infiltração acompanharão a
denúncia do Ministério Público, quando se- Art. 15. O delegado de polícia e o Ministério Pú-
rão disponibilizados à defesa, assegurando- blico terão acesso, independentemente de au-
-se a preservação da identidade do agente. torização judicial, apenas aos dados cadastrais
do investigado que informem exclusivamente
§ 3º Havendo indícios seguros de que o a qualificação pessoal, a filiação e o endereço
agente infiltrado sofre risco iminente, a mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas tele-
operação será sustada mediante requisição fônicas, instituições financeiras, provedores de
do Ministério Público ou pelo delegado de internet e administradoras de cartão de crédito.
polícia, dando-se imediata ciência ao Minis-
tério Público e à autoridade judicial. Art. 16. As empresas de transporte possibilita-
rão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, acesso direto
Art. 13. O agente que não guardar, em sua atua- e permanente do juiz, do Ministério Público ou
ção, a devida proporcionalidade com a finalida- do delegado de polícia aos bancos de dados de
de da investigação, responderá pelos excessos reservas e registro de viagens.
praticados.
Art. 17. As concessionárias de telefonia fixa ou
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à
da infiltração, a prática de crime pelo agen- disposição das autoridades mencionadas no art.
te infiltrado no curso da investigação, quan- 15, registros de identificação dos números dos
do inexigível conduta diversa. terminais de origem e de destino das ligações
Art. 14. São direitos do agente: telefônicas internacionais, interurbanas e locais.
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Art. 20. Descumprir determinação de sigilo das Parágrafo único. Determinado o depoimen-
investigações que envolvam a ação controlada e to do investigado, seu defensor terá asse-
a infiltração de agentes: gurada a prévia vista dos autos, ainda que
classificados como sigilosos, no prazo míni-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) mo de 3 (três) dias que antecedem ao ato,
anos, e multa. podendo ser ampliado, a critério da autori-
Art. 21. Recusar ou omitir dados cadastrais, re- dade responsável pela investigação.
gistros, documentos e informações requisitadas Art. 24. O art. 288 do Decreto-Lei no 2.848, de
pelo juiz, Ministério Público ou delegado de po- 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
lícia, no curso de investigação ou do processo: vigorar com a seguinte redação:
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) “Associação Criminosa
anos, e multa.
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pesso-
Parágrafo único. Na mesma pena incorre as, para o fim específico de cometer crimes:
quem, de forma indevida, se apossa, propa-
la, divulga ou faz uso dos dados cadastrais Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
de que trata esta Lei.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até
a metade se a associação é armada ou se
houver a participação de criança ou adoles-
CAPÍTULO III cente.” (NR)
DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 25. O art. 342 do Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a
Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infra- vigorar com a seguinte redação:
ções penais conexas serão apurados mediante
procedimento ordinário previsto no Decreto-Lei “Art. 342. ............................................................
nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de .......................
Processo Penal), observado o disposto no pará-
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)
grafo único deste artigo.
anos, e multa.
Parágrafo único. A instrução criminal deve-
......................................................................
rá ser encerrada em prazo razoável, o qual
............................” (NR)
não poderá exceder a 120 (cento e vinte)
dias quando o réu estiver preso, prorrogá- Art. 26. Revoga-se a Lei no 9.034, de 3 de maio
veis em até igual período, por decisão fun- de 1995.
damentada, devidamente motivada pela
complexidade da causa ou por fato procras- Art. 27. Esta Lei entra em vigor após decorridos
tinatório atribuível ao réu. 45 (quarenta e cinco) dias de sua publicação ofi-
cial.
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser de-
cretado pela autoridade judicial competente, Brasília, 2 de agosto de 2013; 192º da Indepen-
para garantia da celeridade e da eficácia das dência e 125º da República.
diligências investigatórias, assegurando-se ao DILMA ROUSSEFF
defensor, no interesse do representado, am-
plo acesso aos elementos de prova que digam José Eduardo Cardozo
respeito ao exercício do direito de defesa, de-
vidamente precedido de autorização judicial, Este texto não substitui o publicado no DOU de
ressalvados os referentes às diligências em an- 5.8.2013 – Edição extra
damento.
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Direito Penal
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Edital
DIREITO PENAL: Lei nº 8.072/1990 e suas alterações (crimes hediondos). Lei nº 9.455/1997
(crimes de tortura). Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). Lei nº 4.898/1965 e suas
alterações (abuso de autoridade).
BANCA: Cespe
CARGO: Agente e Escrivão de Polícia
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Direito Penal
1. CRIME HEDIONDO
1.1. Conceito:
Trata-se de conduta humana reprovável, tipificada como crime, considerada asquerosa, nojen-
ta, repugnante, sórdida e depravada, por essa razão merecedora de tratamento penal mais ri-
goroso.
São considerados hediondos os seguintes crimes todos tipificados no Código Penal (Dec. Lei
2.848/40), consumados e tentados:
•• Inciso I – Homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente – (art. 121, Caput do CP);
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Conforme o art. 121, § 6º, CP a pena será aumenta de 1/3 (um terço) até a 1/2 (metade) se o
crime for praticado por grupo de extermínio.
O homicídio simples, em regra, não é hediondo, salvo quando praticado em atividade típica de
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente – trata-se de um homicídio condi-
cionado.
Trata-se de circunstância muito imprecisa, muito criticada pela doutrina. Por ex., não se sabe,
pela lei, o que é a “atividade típica de grupo de extermínio”. A doutrina a conceitua como sen-
do a chacina, matança generalizada.
Outra crítica feita é que, esta forma de crime jamais será praticada sobre a forma simples, sen-
do caracterizado sempre a qualificadora – PAULO RANGEL, NUCCI.
•• Inciso I – Homicídio qualificado – (art. 121, 2º, I a VII do CP);
Tratando-se do homicídio qualificado, todas as qualificadoras redundam no crime hediondo
(art. 121, parag. 2º, do CP).
Importante destacar que em 2015 foram inseridos os incisos VI e VII ao parágrafo segundo
do artigo 121 do Código Penal, pela Lei 13.104/15 e Lei 13.142/15 respectivamente. O inciso
VI, trata do homicídio qualificado contra a mulher por razoes da condição de sexo feminino
(Feminicídio) e o inciso VII, trata do homicídio contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até o terceiro grau inclusive, em razão dessa condição.
Obs.: O homicídio privilegiado (art. 121, § 1°, CP) não é hediondo.
Homicídio qualificado-privilegiado é hediondo?
1ª corrente – é hediondo, pois a lei não excepciona esta figura.
2ª corrente – Não é hediondo, pois o privilegiado prepondera sobre a qualificadora – tal corrente
faz uma analogia ao art. 67 do CP – no concurso de agravantes e atenuantes, prepondera a de
natureza subjetiva (onde está escrito agravante, colocar-se-á “qualificadora”; onde estiver escrito
atenuante, colocar-se-á “privilégio”) – a segunda corrente é a que prevalece no STF e no STJ.
•• Inciso I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito
nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição; Incluído pela Lei 13.142/15
•• Inciso II – Latrocínio – (art. 157, parág. 3º, in fine, do CP);
O art. 157 trata do crime de roubo e o parág. 3º traz o roubo qualificado (se da violência resulta
lesão grave ou morte, a pena é qualificada). Só é hediondo o roubo qualificado pela morte (par-
te final do parág. 3º). O roubo qualificado pela lesão grave não é hediondo.
A morte pode ser dolosa ou culposa – o crime permanecerá hediondo.
A morte tem que ser decorrência da violência. Se a morte resultar da grave ameaça – não é
latrocínio – STF.
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•• Inciso III – Extorsão qualificada pela morte – (art. 158, parág. 2º, do CP);
Tudo que se aplica ao latrocínio se aplica a este crime.
A diferença é que no crime de roubo o agente subtrai o bem ou pode, de imediato, subtrai-lo,
mesmo que exista colaboração por parte da vitima
Ex.: carta constrangendo a vítima mandar dinheiro, sob ameaça de revelar segredo íntimo.
Constranger a vítima fornecer senha do cartão de crédito.
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Nessas hipóteses a pratica da conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso será crime,
mesmo que exista o consentimento da vítima.
•• Inciso VII – Epidemia com resultado morte – (art. 267, parágrafo 1º, do CP);
O tipo consiste em causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos (vírus, bacilos
ou protozoários) e se caso tal conduta resultar na morte de alguém, o crime será considerado he-
diondo, sendo a pena prevista no caput (reclusão de 10 a 15 anos) aplicado em dobro ao agente.
Ex.: meningite, sarampo, gripe, febre amarela;
Faz-se necessário que a conduta provoque epidemia, ou seja, surto de uma doença que atinja
grande número de pessoas em determinado local ou região.
O crime pode ser praticado por qualquer meio: contaminação do ar, da agua, transmissão dire-
ta etc.
•• Inciso VII, B – Falsificação, adulteração de produtos farmacêuticos e medicinais – (art. 273,
§ 1º, § 1-A, § 1-B do CP).
O art. 273, caput, pune o falsificador do produto terapêutico ou medicinal. A pena é de 10 a 15
anos.
O parágrafo 1º pune aquele que guarda, expõe a venda, vende produto já falsificado. A pena é
a mesma, 10 a 15 anos.
O parágrafo 1º-A abrange como objeto material outros produtos, como por ex., cosméticos e
saneantes.
Obs.: quanto aos cosméticos, trata-se apenas daqueles com finalidade terapêutica ou medici-
nal (se um batom for de finalidade terapêutica, incidirá neste parágrafo). Saneante abrange os
produtos de limpeza.
O parágrafo 1º-B pune quem comercializa produto com infração às regras administrativas. A
pena será a mesma, 10 a 15 anos – infringe o princípio da intervenção mínima (o Direito Admi-
nistrativo poderia cuidar) – entendimento jurisprudencial.
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Obs.: Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o chamado tráfico privilegiado,
no qual as penas podem ser reduzidas, conforme o artigo 33, parágrafo 4º, da Lei 11.343/2006
(Lei de Drogas), não deve ser considerado crime de natureza hedionda. A discussão ocorreu no
julgamento do Habeas Corpus (HC) 11.8533, que foi deferido por maioria dos votos.
Importante destacar que o STJ entende que a aplicação da causa de diminuição de pena pre-
vista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/06 não afasta a hediondez do crime de tráfico de drogas,
conforme enunciado da súmula 512, STJ.
Eles são tanto para os crimes hediondos, como para os crimes equiparados a hediondo (art. 2º
da lei).
O art. 5º, XLIII, da CF – não diz ser insuscetível de indulto. A lei 8072/90 arrola também a
insuscetibilidade do indulto
Constitucional ou não?
O indulto não respeita fatos pretéritos – posição do Supremo Tribunal federal – Recurso Habeas
Corpus 84572/RJ. Neste recurso, o STF entendeu constitucional a vedação do indulto para
crimes hediondos, até mesmo para os crimes praticados anteriormente à sua vigência (da lei
8.072/90) – deve-se analisar a natureza do crime no momento da execução.
b) Inafiançável.
Antes da lei 11.464/2007, o art. 2º, II, vedava fiança e liberdade provisória. Com o advento
desta lei, veda-se apenas a fiança (aboliu a vedação da liberdade provisória). Há dúvida ainda
quanto à aplicação da liberdade provisória aos crimes hediondos:
Questão até pouco tempo tormentosa versava sobre a possibilidade ou não da concessão de li-
berdade provisória diante de crimes em que se vedava a fiança (como ocorre nos crimes hedion-
dos e equiparados). Todavia, atualmente, o STF posiciona-se pela possibilidade da concessão de
liberdade provisória, pautando-se nos seguintes fundamentos – Habeas Corpus 104339:
1. É possível liberdade provisória para crime hediondo, pois quem deve avaliar a possibilidade
ou não de liberdade provisória é o juiz no caso concreto. Sendo assim, a vedação à liberdade
provisória é inconstitucional, afrontando a individualização da pena e separação dos poderes.
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2. Vedar a liberdade provisória por lei caracteriza antecipação de pena;
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termos do § 3º do art. 33 c/c o art. 59 do Código Penal.A progressão de regime, ademais, quan-
do se cuida de crime hediondo ou equiparado, também se dá em lapso temporal mais dilatado
(Lei nº 8.072/90, art. 2º, § 2º). (...) Feitas essas considerações, penso que deve ser superado
o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena
no regime fechado) para aqueles que preencham todos os demais requisitos previstos no art.
33, §§ 2º, b, e 3º, do CP, admitindo-se o início do cumprimento de pena em regime diverso do
fechado. Nessa conformidade, tendo em vista a declaração incidental de inconstitucionalidade
do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, na parte em que impõe a obrigatoriedade de fixação do
regime fechado para início do cumprimento da pena aos condenados pela prática de crimes
hediondos ou equiparados, concedo a ordem para alterar o regime inicial de cumprimento das
reprimenda impostas ao paciente para o semiaberto." (HC 111840, Relator Ministro Dias Toffo-
li, Tribunal Pleno, julgamento em 27.6.2012, DJe de 17.12.2013).
"4. A Corte Constitucional, no julgamento do HC no 111.840/ES, de relatoria do Ministro Dias
Toffoli, removeu o óbice constante do § 1o do art. 2º da Lei no 8.072/90, com a redação dada
pela Lei no 11.464/07, o qual determinava que '[a] pena por crime previsto nes[s]e artigo será
cumprida inicialmente em regime fechado', declarando, de forma incidental, a inconstituciona-
lidade da obrigatoriedade de fixação do regime fechado para o inicio do cumprimento de pena
decorrente da condenação por crime hediondo ou equiparado. 5. Esse entendimento abriu
passagem para que a fixação do regime prisional – mesmo nos casos de tráfico ilícito de en-
torpecentes ou de outros crimes hediondos e equiparados – seja devidamente fundamentada,
como ocorre nos demais delitos dispostos no ordenamento. 6. No caso, as instâncias ordinárias
indicaram elementos concretos e individualizados aptos a demonstrar a necessidade da prisão
do paciente em regime fechado, impondo-lhe o regime mais severo mediante fundamentação
adequada, nos termos do que dispõe o art. 33, caput e parágrafos, do CP." (HC 119167, Relator
Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 26.11.2013, DJe de 16.12.2013).
"O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento do HC n. 82.959/SP, rel.
Min. Marco Aurélio, Dje 1º.9.2006, de declarar, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da
antiga redação do art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, a qual determinava que os condenados por
crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam cumprir a pena em regime integralmente
fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria o princípio constitucional
da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI). Pois bem. Sobreveio a Lei n. 11.464/2007 que, ao
promover mudanças no já mencionado art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, determinou que a pena
agora fosse cumprida no regime inicial fechado. É aqui que faço uma indagação: Esse dispositi-
vo, em sua nova redação, não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização
da pena? Essa discussão, inclusive, já vem sendo alvo de debates nas instâncias inferiores e
nesta Suprema Corte. No ponto, destaco, ainda, à guisa de ilustração, julgado recente proferido
pelo próprio STJ que, ao analisar o HC n. 149.807/SP lá impetrado, concluiu pela inconstitucio-
nalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas
pela Lei 11.464/2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização
da pena e, também, da proporcionalidade. No caso concreto, com fundamento nessas con-
siderações, entendo que o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início
do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser superado. É que o paciente preenche
os requisitos previstos no art. 33, § 2º, c, do CP, para o início do cumprimento de pena no re-
gime aberto." (HC 106153, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em
22.11.2011, DJe de 19.12.2011).
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6. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE
7. PRISÃO TEMPORÁRIA
A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos cri-
mes hediondos ou equiparados, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.
8. LIVRAMENTO CONDICIONAL
Art. 83 do CP. É uma liberdade antecipada da execução. Se o agente é primário (não reinciden-
te) e com bons antecedentes, deverá cumprir 1/3 da pena; se ele é reincidente, deverá cumprir
1/2 da pena; se ele for autor de crime hediondo ou equiparado, deverá cumprir 2/3 da pena,
desde que não reincidente específico.
Quanto ao primário de maus antecedentes:
1ª corrente – entende que se deve aplicar analogia in bonam partem.
2ª corrente – entende que deve ser cumprida 1/2 da pena (como se fosse reincidente). A 1ª
corrente é a que prevalece.
Obs.: o que é reincidente específico?
1ª corrente – é aquele que pratica dois crimes hediondos ou equiparados do mesmo tipo penal
(ex.: condenado por estupro e praticando outro estupro, não terá direito ao livramento condi-
cional);
2ª corrente – é aquele que pratica crime hediondo ou equiparado, ofendendo um mesmo bem
jurídico (ex.: condenado por estupro e depois atentado violento ao pudor – não terá direito ao
livramento condicional);
3ª corrente – aquele que pratica crime hediondo ou equiparado, qualquer que seja ele (ex.:
condenado por latrocínio e praticou estupro, não terá direito ao livramento condicional) – é a
corrente que prevalece.
Obs.: quanto à progressão de regimes, não se exige ser reincidente específico para não se be-
neficiar deste instituto, apenas a reincidência normal.
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A pena do art. 288 do CP passa a ser de 3 a 6 anos se a associação visar à prática de crime he-
diondo ou equiparado.
Lei 11.343/2006, o art. 35 que traz o crime de “associação” para o tráfico, com pena (3 a 10
anos). Assim, quanto ao tráfico, não se aplica o art. 8º da Lei 8072/90, e sim a Lei de Drogas.
Obs.: no art. 35 da lei de drogas, basta a união de duas pessoas para configurar o crime, sendo
lei mais gravosa.
1. RESPONSABILIDADES
2. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
A Administração pública possui mecanismos internos aptos a punir o funcionário publico em geral.
Tal poder punitivo decorre dos poderes hierárquico e disciplinar. Não se deve confundir o poder dis-
ciplinar da Administração com o poder punitivo do Estado, realizado através da justiça penal.
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O servidor público que com sua conduta violar norma administrativa e penal, sofrerá sanção
nas duas esferas, sendo que uma não exclui a outra.
A lei de abuso de autoridade prevê como penalidades administrativas ao servidor que comete
crime de abuso:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda
de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
Art. 6º da Lei 4.898/65. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil
e penal.
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e
consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda
de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
Art. 7º Recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a
autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de inquérito para apurar o fato.
§ 1º O inquérito administrativo (inquérito administrativo, leia-se processo administrativo)
obedecerá às normas estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis ou milita-
res, que estabeleçam o respectivo processo.
3. RESPONSABILIDADE CIVIL
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4. RESPONSABILIDADE PENAL
O agente condenado por crime de abuso de autoridade responde pelo crime com as seguintes
penas:
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
b) detenção por dez dias a seis meses;
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo
até três anos.
Tais penais podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente (aplica uma, duas ou as três).
Quanto a pena de multa, com o advento da reforma da Parte Geral do Código Penal em 1984, foi
revogado o sistema anterior de penas de multa. Todas as penas pecuniárias com valor expressos
em cruzeiros, cruzados ou qualquer outra unidade monetária tiveram esses valores suprimidos.
Quanto à perda ou inabilitação par ao exercício de função pública, não se trata de efeito auto-
mático, deve ser aplicada na sentença de forma motivada, diferente da lei de tortura onde a
perda do cargo é efeito automático da condenação.
Na Lei de abuso de autoridade há a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pú-
blica pelo prazo de até 3 anos. Na lei de tortura, a inabilitação para o exercício de função públi-
ca é aplicada pelo dobro do prazo aplicado na pena de prisão (5 anos de reclusão – 10 anos de
inabilitação para a função pública).
Tendo em vista que a pena máxima de reclusão prevista o crime é de 6 (seis) meses, os crimes
desta lei são infrações penais de menor potencial ofensivo, sando da competência dos juizados
especiais criminais, segundo o artigo 98, I, CF/88 e artigo 61, da Lei 9.099/95.
Art. 6º da Lei 4.898/65. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil
e penal.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal
e consistirá em:
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
b) detenção por dez dias a seis meses;
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo
até três anos.
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§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou cumulati-
vamente.
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer
categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer
funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos.
5. SUJEITOS DO CRIME
a) Sujeito passivo imediato ou principal: é a pessoa física ou jurídica que sofre a conduta
abusiva.
Qualquer pessoa física capaz ou incapaz, nacional ou estrangeira pode ser sujeito passivo.
No caso de vítima criança ou adolescente pode configurar crime do ECA.
Autoridade pública pode ser vítima de abuso de autoridade (praticado por outra autoridade).
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Também podem ser sujeitos passivos, pessoas jurídicas de direito público ou privado. Art. 4º, L.
4.898/65 – Lei de Abuso de Autoridade.
b) Sujeito passivo mediato ou secundário: é o Estado. Todo ato de abuso de autoridade pre-
judica a regular prestação dos serviços públicos.
6. ELEMENTO SUBJETIVO
Só o dolo. Não se pune a forma culposa do abuso de autoridade. Autoridade, por culpa, excede
os limites de sua atuação (abusa culposamente) não haverá crime de abuso de autoridade, mas
existe o ato de abuso de autoridade.
7. AÇÃO PENAL
Da simples leitura do artigo 1º da lei de abuso de autoridade, pode-se pensar que este crime
se procede mediante representação (ação publica condicionada a representação), no entanto a
representação a que se refere à lei não é condição de procedibilidade das ações publicas condi-
cionadas, mas mero direito de informar as autoridades competentes sobre o crime.
Portanto os crimes da lei 4.898/65 são de ação pública incondicionada.
Art. 1º, da Lei 4.898/65. O direito de representação e o processo de responsabilidade
administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem
abusos, são regulados pela presente lei.
8. COMPETÊNCIA
9. CONCURSO DE CRIMES
O STF reconheceu a possibilidade de concurso de crimes entre lesão corporal e abuso, e entre
violação de domicílio e abuso. (HC. 92.912, STF)
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O STJ reconheceu o concurso de crimes: abuso de autoridade (Justiça Comum)+ lesão corporal
(Justiça Militar) + violação de domicilio (Justiça Militar) (separação dos processos, competências
diversas). (HC. 81.752, STJ).
Também é possível o concurso de crime contra a honra e abuso de autoridade (Resp. 684.532,
STJ).
Segundo o artigo 3º da lei de abuso de autoridade, qualquer atentado aos direitos e garantias
fundamentais de 1° geração nele elencados.
Esse tipo penal não admite a tentativa, tendo em vista, que o mero atentado já configura crime
consumado.
Art. 5º XI, CF/88 – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con-
sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro,
ou, durante o dia, por determinação judicial;
Ex.: executar busca e apreensão durante a noite e sem o consentimento do morador, mesmo
que munido do mandado.
Domicílio: é qualquer local não aberto ao público que seja utilizado para o trabalho ou para
moradia, ainda que momentânea.
Estão dentro de conceito de domicilio o trailer, escritório, cortiço, quarto de hotel, motel, etc.
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Obs.: somente ocorre crime a violação da correspondência fechada, pois a aberta não é consi-
derada sigilosa.
Obs.: a lei de abuso de autoridade revogou o artigo 151 do CP (violação de correspondência),
quando o agente for funcionário público, restando ainda o enquadramento quanto ao particu-
lar.
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Garante-se, o direito de reunião desde que seja pacífica, sem armas, seja em locais público des-
de que não prejudique uma outra reunião anteriormente marcada para o mesmo local.
OBS.: Não precisa de autorização para fazer a reunião, mas precisa avisar a autoridade pública
(pré-aviso).
Se a reunião foi feita de forma legal, atendendo aos requisitos constitucionais, a interferência
na reunião é abuso de autoridade.
Não pode a reunião estar sendo realizada de forma desordeira ou violenta, ex.: passeata arma-
da, reunião com agressões etc.
Não pode uma reunião atrapalhar outra reunião já marcada para aquele local.
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Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem
estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária com-
petente:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância das
formalidades legais.
b) Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autori-
zado em lei.
O autor deste crime só pode ser a autoridade que tenha a guarda ou a custódia da vítima.
Vítima pode ser qualquer pessoa, e não apenas o preso.
Fala-se de guarda e custódia de maneira genérica, ex.: pessoa que esteja cumprindo medida de
segurança, pessoa que foi à Delegacia prestar testemunho e lá está sob custódia da autoridade
policial etc. Submeter a pessoa a vexame ou constrangimento não autorizado em lei:
Ex.: impedir o preso, sem justa causa, de receber visitas; expor o preso na mídia sem o seu con-
sentimento.
Se o vexame ou o constrangimento for legal, não haverá crime.
Ex.: suspender direito de visita do preso por justo motivo.
OBS.: Se esta conduta for praticada contra criança ou adolescente, o crime será o do art. 232 do ECA.
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou
a constrangimento:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
c) Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qual-
quer pessoa.
A CF diz que a prisão precisa ser comunicada aos familiares ou pessoa de interesse do preso,
imediatamente..
Art. 5º, LXII, da CF – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
O crime de abuso de autoridade só existe se a prisão não for comunicada ao juiz. Deixar de
comunicar a família do preso ou a pessoa por ele indicada não é crime de abuso de autoridade.
OBS.2: Se a vítima for criança ou adolescente, o crime será o art. 231 do ECA.
Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de
fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à
pessoa por ele indicada:
Pena – detenção de seis meses a dois anos.
d) Deixar o juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada
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O Delegado comunica o juiz quanto à prisão ilegal e este a mantém, deixando de relaxá-la ca-
racteriza o crime em estudo.
A palavra “juiz” entende-se: juiz, desembargador, Ministro de Tribunal Superior, ou seja, qual-
quer magistrado.
Se a vítima for criança ou adolescente, o crime será o do art. 234 do ECA.
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de
criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena – detenção de seis meses a dois anos
e) Prender ou deter quem quer se que proponha a prestar fiança permitida em lei.
Deve lesar a honra ou patrimônio de pessoa física ou jurídica de forma ilegal. Se a lesão à pes-
soa for de forma legal, não haverá crime (interdição do estabelecimento comercial pela vigilân-
cia sanitária pois não cumpriu as regras básicas de saúde).
h) Prolongar a execução de prisão temporária ou de pena ou medida de segurança:
A Lei 7960/89 de Prisão temporária traz prazo de 5 dias prorrogável por mais 5 dias nos crimes
comuns e de 30 dias prorrogável por mais 30 dias nos crimes hediondos e equiparados. Decor-
rido o prazo da prisão, a lei estipula que a autoridade policial deve soltar o preso, independen-
temente de alvará de soltura.
Tal prolongamento pode decorrer por deixar de expedir ordem de soltura ou por deixar de
cumprir ordem de soltura.
1. HISTÓRICO (TORTURA)
Antes da 2ª guerra não havia preocupação específica sobre a tortura. As legislações mundiais,
em princípio, ignoravam o tema. Após a 2ª guerra começou um movimento de repúdio à tor-
tura. Inúmeros tratados foram aprovados, alguns foram ratificados pelo Brasil, garantindo o
cidadão contra a tortura.
Somente com a CF de 1988, no art. 5º, III, é que o Brasil garante expressamente o cidadão con-
tra a tortura. É uma das únicas garantias absolutas (nem o direito à vida é absoluto).
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Art. 5º, CF/88 – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberda-
de, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
Antes, a tortura era punida como lesão corporal, homicídio; não havia um tipo penal específico
punindo a tortura. Com a Lei 8069/90 – ECA, adveio a figura da punição da tortura à criança e
ao adolescente – art. 233. Em 1997 adveio a Lei 9.455, tratando especificamente do crime de
tortura, revogando o art. 233 do ECA. Agora a tortura é punida contra qualquer pessoa, seja
criança, adolescente, maior de idade etc.
Os tratados internacionais, quando falam da tortura, tratam-na como crime próprio. O Brasil,
quando resolveu disciplinar a tortura, disse ser crime comum.
Poderia o legislador infraconstitucional brasileiro dizer ser crime comum? Quando lei infraconsti-
tucional conflitar com tratado internacional, deve-se aplicar o princípio do pro homine – prevalece
o dispositivo que mais garanta direitos individuais (direitos humanos). No nosso caso, a nossa lei
de tortura garante mais direitos do que os tratados internacionais ratificados por nosso país.
3. PRESCRIÇÃO DA TORTURA
Casos de imprescritibilidade: I- racismo e, II- ação de grupos armados, civis ou militares, con-
tra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Como o legislador silenciou-se em relação
a tortura, logo ela prescreve.
ART. 5º, XLII, CF/88 – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei.
ART. 5º XLIV, CF/88 – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
1º CORRENTE: considerando que a CF/88 rotulou a tortura como um delito prescritível; con-
siderando que os tratados internacionais qualificam a tortura como um delito imprescritível,
considerando que os tratados são infraconstitucionais, pois não ratificados com quórum de
emenda. Conclusão: a tortura prescreve posição do STF (declaração de constitucionalidade da
lei de anistia).
O Ministro Gilmar Mendes (STF) diz que tal garantia faz com que surja a eternização do direito
de punir do Estado. Os direitos humanos limitam o direito de punir do Estado – assim, a CF e a
lei ordinária devem prevalecer sobre os tratados.
2ª CORRENTE: considerando que no conflito entre a CF/88 e os tratados internacionais de direi-
tos humanos deve prevalecer a norma que melhor atende garantias fundamentais do cidadão
(o princípio do pro homine). Conclusão: a tortura é imprescritível. Posição da Corte Interameri-
cana de direitos Humanos.
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4.4. Conduta:
Constranger Mediante violência ou grave ameaça. Constranger: forçar, coagir ou compelir.
4.5. Resultado:
Causando sofrimento físico e mental.
Ex: policial que constrange a pessoa para confessar crime, ou a dizer onde escondeu objetos do
crime.
Ex: agente que constrange outro a dizer a senha do cartão, confessar divida, etc.
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b) Provocar ação ou omissão de natureza criminosa (Tortura-crime):
Ex: constranger alguém a roubar, constranger alguém a matar, constranger alguém a não pres-
tar socorro.
Obs.: só haverá tortura quando se buscar a prática de crime, e não contravenção penal – é o
que predomina.
Obs.: o torturador responde pelo crime de tortura mais o crime praticado pelo torturado (auto-
ria mediata), em concurso material. O torturado está, sob coação irresistível (inexigível conduta
diversa), logo não será penalizado.
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal
ou medida de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
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5.4. Conduta:
�ubmeter com emprego violência ou grave ameaça. Submeter: reduzir a obediência, sujeitar,
subjugar.
5.5. Resultado:
Causando intenso sofrimento físico e mental.
Art. 1º, § 1º, Lei nº 9.455/97 – Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a
medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previs-
to em lei ou não resultante de medida legal.
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6.4. Conduta:
�ubmeter com emprego violência ou grave ameaça. Submeter: reduzir a obediência, sujeitar,
subjugar.
6.5. Resultado:
Causando sofrimento físico e mental.
Art. 1º, § 2º, Lei nº 9.455/97 – Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o
dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
A pena será a metade daquele que pratica a tortura.
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Art. 1º, § 3º Lei nº 9.455/97 – Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é
de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
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Nada se fala sobre cárcere privado, porém, está abrangido. Usa-se a expressão “sequestro” no
seu sentido amplo.
Art. 1º, § 5º Lei nº 9.455/97 – A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego
público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
No art. 92, I, “a” e “b” e parágrafo único, do CP, tal efeito não é automático, depende de motiva-
ção. Na lei de tortura, tal efeito extrapenal da condenação não há nenhum alerta quanto a ser
automático ou não o efeito.
1ª corrente – não é automático (aplica o parágrafo único do art. 92 por analogia) – não
prevalece;
2ª corrente – na lei de tortura, o efeito é automático – STJ – considerou ser efeito automático,
decidiu o STJ, no dia 2 de dezembro de 2008.
Art. 1º, § 6º Lei nº 9.455/97 – O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
A lei de tortura veda expressamente a fiança a anistia e graça, mas o entendimento prevalecente
é de que ao vedar a graça esta vedando implicitamente o indulto, que nada mais do que uma
modalidade de graça coletiva.
Art. 1º, § 6º Lei nº 9.455/97 – O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º,
iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
Os omitentes (art. 1º, § 2º) jamais iniciarão a pena no regime fechado. Tais penas são de
detenção. Segundo o entendimento majoritário não são crimes hediondos.
Art. 2º Lei nº 9.455/97 – O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido
cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local
sob jurisdição brasileira.
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Finalidade
Crimes Sujeitos Conduta Resultado
especifica
a) Obter informa-
ção.
Sujeito ativo: co-
Constranger Me- Causando b) Provocar con-
mum
Art. 1º, I diante violência ou sofrimento físico duta de natureza
Sujeito passivo:
grave ameaça e mental criminosa.
comum
c) Discriminação
racial ou religiosa
Sujeito ativo: Intenso sofrimento
próprio Submeter median- físico ou mental. Aplicar castigo
Art. 1º, II Sujeito passivo: te violência ou Diferença do crime pessoal ou medida
próprio (guarda, grave ameaça de maus tratos. preventiva.
poder, autoridade). (Art. 136 CP)
Sujeito ativo: co-
mum
Submeter pessoa
Sujeito passivo:
presa contrariando Sofrimento físico Não tem finalidade
Art. 1º, § 1º próprio (pessoa
lei, crime de execu- ou mental especifica.
presa ou sujeita a
ção livre.
medida de segu-
rança)
1. HISTÓRICO
•• Até 1997, as condutas envolvendo armas de fogo eram meras contravenções penais.
•• A Lei nº 9.437/97 – Lei de Arma de Fogo – as contravenções tornaram-se crimes. No art. 10
punia posse, disparo, venda ilegal etc. Todos juntos. Havia crítica por isso, dizia que havia
violação do princípio da proporcionalidade.
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•• O Estatuto do Desarmamento – Lei nº 10.826/03 de 23.12.03 distinguiu todos os crimes,
tipificando-os cada um em tipo. Com isso observou a proporcionalidade e a individualiza-
ção, porque essa acontece em 3 momentos (na fase legislativa, aplicação da pena e na sua
execução). Como estatuto houve observância do princípio da individualização no momento
da cominação abstrata do crime.
Conceito de arma de fogo: engenho mecânico que cumpre com a função de lançar a distância
com grande velocidade corpos pesados, chamados projéteis, utilizando a energia explosiva da
pólvora.
a) Arma de uso proibido: uso proibido: a antiga designação "de uso proibido" é dada aos
produtos controlados pelo Exército designados como "de uso restrito"; (Art. 3 LXXX, Dec.
3665/00).
Ex: canhão, tanque de guerra, etc.
b) Arma de uso restrito: arma de uso restrito: arma que só pode ser utilizada pelas Forças Ar-
madas, por algumas instituições de segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Exército, de acordo com legislação específica; (Art. 11, Dec.
5123/04 e Art. 3 XVIII, Dec. 3665/00).
Ex: revolver calibre 357, pistola calibre .40, armas automáticas, armas com aparência de obje-
tos inofensivos ( caneta-revolver, bengala-pistola).
c) Arma de uso permitido: é a arma cuja utilização é permitida por pessoas físicas ou jurídi-
cas, de acordo com a legislação normativa do exercito. (Art. 10, Dec. 5123/04 e Art. 3 XVII,
Dec. 3665/00).
Ex: revolver calibre 38, pistola calibre 380, ou espingarda calibre 12.
STJ /STF decidiram que em regra a competência dos crimes do estatuto é da justiça estadual,
salvo se atingir interesse direto da União (funcionário infrator).
Exceção: tráfico internacional de armas é crime genuinamente federal.
4.1. A posse.
Ocorre no interior da residência do infrator ou nas dependências dela ou no local de trabalho
do qual o infrator seja o proprietário ou o responsável legal. (Art. 5º e 12 da Lei 10.826/03).
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4.2. O porte
�corre em qualquer outro local que não seja residência ou local de trabalho que o dono da
arma seja o proprietário.
Art. 5º Lei 10.826/03 O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que
seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
Art. 12, Lei 10.826/03 Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de
uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua resi-
dência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o
responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
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5.6. Resultado:
�ão existe resultado esperado basta ter a arma sob a posse.
Art. 14 Lei 10.826/03 Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente.
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6.6. Resultado:
�ão existe resultado esperado basta estar portando arma.
6.8. Conduta:
Trata-se de crime de conduta múltipla ou de conteúdo variado ou de tipo misto alternativo –
ou seja, se praticada mais de uma conduta no mesmo contexto fático, trata-se de crime único
(princípio da alternatividade).
Ex.: sujeito adquire, transporta e oculta arma de fogo responderá apenas por um crime
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OBS.3: O porte apenas de munição configura crime?
R.: Existe uma tese de que o porte de munição isolado (desacompanhado de arma) não possui
nenhuma lesividade, portanto, criminalizá-lo fere o princípio constitucional da ofensividade ou
lesividade. Mas no STJ prevalece que porte de munição configura crime, trata-se de crime abstrato.
Art. 16. Lei 10.826/03. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, trans-
portar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Aplica-se tudo que foi dito quanto aos crimes de posse e de porte dos arts. 12 e 14 desta lei. Há
uma única diferença é que o objeto material do delito do artigo 16 é a arma é de uso proibido
ou restrito.
Atentar que o art. 16 pune no mesmo tipo penal a posse e o porte.
•• Se for arma permitida, posse art. 12.
•• Se for arma permitida, porte art. 14.
•• Se for arma proibida ou restrita posse ou porte art. 16.
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Obs: É unânime o entendimento de que o parágrafo único constitui crime penal autônomo e
independente do caput, ou seja, pode ter como objeto material arma de fogo proibida ou
permitida.
Inciso I: pune a conduta de quem altera a ou suprime a marca a numeração ou qualquer iden-
tificação da arma.
Inciso II: pune a conduta de quem modifica as características da arma de fogo, tornando-a equi-
valente a arma de calibre superior.
Inciso III: pune a conduta de quem possuir, portar ou vender artefato explosivo ou incendiário.
Envolve granadas, dinamites etc. Se o crime deixar vestígios necessitará da perícia. O objeto
material em relação aos crimes anteriores (não se fala em arma, munição ou acessório).
Inciso IV: pune a conduta de quem modifica as características da arma de fogo, tornando-a
equivalente a arma de calibre superior.
Inciso V: pune a conduta de quem vende, entrega dolosamente arma, acessório ou munição a
criança ou adolescente.
É indispensável que o sujeito saiba que a vítima seja criança ou adolescente. Se ele, por erro
escusável, supõe que se tratava de um adulto, tratar-se-á de erro de tipo.
OBS.: O explosivo também está previsto como objeto material.
OBS.: Vender fogos de artifício à criança ou adolescente incide no ECA
Inciso VI: pune a conduta de quem produz ou recarrega munição.
Art. 13 Lei 10.826/03. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja
sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
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9.3. Sujeito Passivo:
a) Sujeito passivo primário é a coletividade.
b) Sujeito passivo secundário é o menor de 18 anos ou deficiente mental.
9.6. Resultado:
�ão existe resultado esperado basta estar portando arma.
9.8. Conduta:
É “deixar de observar as cautelas necessárias” – significa: quebra do dever de cuidado objetivo.
OBS.1: Não importa se o menor de 18 anos já adquiriu a maioridade civil.
OBS.2: Deixar a arma ao alcance de pessoa portadora de deficiência física é fato atípico.
OBS.3: O tipo penal não exige nenhuma relação de parentesco entre o sujeito passivo e o sujei-
to ativo. Ex.: um amigo vai à casa do outro amigo e deixa a arma próximo ao filho de 15 anos do
proprietário da casa.
OBS.4: Omitir a cautela em relação a acessório ou munição é fato atípico, pois o tipo penal só
traz o elemento “arma de fogo”.
Art. 13 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
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10.5. Resultado:
�ão existe resultado esperado basta deixar de comunicar.
10.7. Conduta:
A consumação se dá após 24 horas depois de ocorrido o fato (deve o agente comunicar neste
horário o sumiço da arma) – trata-se de um crime a prazo. A doutrina faz uma correção ao
artigo – deve-se ler: “24 horas depois da ciência do fato” e não “24 horas depois do fato”, como
está escrito no tipo.
Art. 15. Lei 10.826/03. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em
suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime:
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Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável.
11.6. Conduta:
“Disparar arma de fogo” ou “acionar munição” (ou seja, mesmo que não efetuado o disparo).
OBS.1: Indivíduo que efetua disparo de arma de fogo em lugar ermo (lugar vazio) pratica fato
atípico.
OBS.2: Dois ou mais disparos configura crime único – a quantidade de disparos será levada em
conta na dosagem da pena.
OBS.1: Trata-se de crime de perigo abstrato – para a maioria da doutrina. Assim, não é neces-
sário que o disparo cause perigo real a alguém. Não confundir o perigo do crime com o lugar
ermo!
Ex.: disparo em lugar habitado, mas não causou perigo real, pois a via pública estava vazia no
momento do disparo responde pelo crime.
11.7. Consumação:
Dar-se-á com o mero disparo ou com o acionamento da munição. A tentativa é possível.
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12.6. Consumação:
A consumação se dá com a prática de qualquer uma das condutas do tipo. A tentativa é perfei-
tamente possível, exceto nas modalidades que constituem crimes permanentes.
OBS.1: Este crime é habitual?
R.: Não. Ele exige a condição de comerciante ou industrial de armas, mas uma única comerciali-
zação ilegal já configura o crime.
Ex.: comerciante de armas no shopping; vende 30 armas legalmente e vende uma arma ilegal-
mente → já responde pelo o crime do art. 17.
OBS.2: O dono do restaurante vende sua arma para o seu cliente?
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R.: Não praticou o crime do art. 17, pois ele não é comerciante do ramo de armas de fogo. Res-
ponderá pelo o art. 14 ou 16, a depender se a arma é de uso permitido ou restrito.
Art. 18. Lei 10.826/03. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território na-
cional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da au-
toridade competente:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Antes do Estatuto do Desarmamento o tráfico internacional de arma de fogo configurava o
crime de contrabando.
Pelo o princípio da especialidade, aplica-se o art. 18 da lei.
Competência para julgamento
É da Justiça Federal. O Brasil é signatário de tratados internacionais comprometendo-se a repri-
mir o tráfico internacional de drogas.
OBS.: Indivíduo entrou com 2 munições no bolso no território brasileiro; a defesa alegou o prin-
cípio da insignificância. O STJ não concedeu; ou seja, não se aplica o princípio da insignificância
(HC 45099).
Art. 19. Lei 10.826/03 Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Lei 10.826/03 Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º
desta Lei.
•• Nos crimes dos arts. 17 e 18 (comércio ilegal e tráfico internacional) se a arma, acessório ou
munição for de uso proibido ou restrito, a pena é aumentada da metade (Art. 19).
•• Arts 14 a 18 – a pena será aumentada se praticadas por integrantes de órgãos previstos no
art. 6º do ED (Art. 20).
Art. 21. Lei 10.826/03. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória.
O STF, por maioria de votos, declarou a inconstitucionalidade, da vedação a liberdade provisória,
trazida pelo artigo 21. (DOU de 10-5-2007).
1498 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal
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Edital
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Penal
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1503
Da Tríplice Responsabilidade pelo Dano Ambiental
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obriga-
ção de reparar os danos causados.
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Discussões genéricas sobre o tema da Responsabilidade Penal Ambiental
ligadas a Lei nº 9.605/98
Posição do STF:
EMENTA: AÇÃO PENAL. Crime ambiental. Pescador flagrado com doze camarões e rede de
pesca, em desacordo com a Portaria 84/02, do IBAMA. Art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº
9.605/98. Rei furtivae de valor insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Crime
de bagatela. Caracterização. Aplicação do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida.
Absolvição decretada. HC concedido para esse fim. Voto vencido. Verificada a objetiva
insignificância jurídica do ato tido por delituoso, à luz das suas circunstâncias, deve o réu, em
recurso ou habeas corpus, ser absolvido por atipicidade do comportamento. HC 112563 / SC –
SANTA CATARINA, DJe-241 DIVULG 07-12-2012 PUBLIC 10-12-2012.
Posição STJ:
Informativo nº 402 do STJ
PRINCÍPIO. INSIGNIFICÂNCIA. PESCA. APETRECHO PROIBIDO.
Consta da denúncia que o paciente foi flagrado ao pescar em represa mediante a utilização
de uma rede de nylon, apetrecho de uso proibido. Vem daí a imputação do crime previsto no
art. 34, parágrafo único, II, da Lei n. 9.605/1998. Anote-se que foram encontrados com ele
apenas dois quilos de peixes de variadas espécies. Quanto a isso, vê-se da norma incriminadora
que se trata de crime formal (crime de perigo abstrato), delito que prescinde de resultado
danoso específico (no caso, ao meio ambiente). Porém, apesar de não se desconhecer que
o enquadramento da lei de crimes ambientais no ordenamento jurídico brasileiro ainda é
tema tormentoso a causar inúmeras discussões jurídicas, sobretudo quanto à configuração
dos delitos penais nela insculpidos, chegando alguns a entender até que os princípios nela
edificados, tais como os da prevenção e da precaução, sobrepõem-se aos próprios princípios
penais de garantia ao cidadão, destaca-se que a hipótese em apreço resolve-se mesmo pela
pouca invasão naquilo que a sociedade, mediante o ordenamento jurídico, espera quanto à
proteção de sua existência, visto que há um mínimo de probabilidade de a conduta do paciente
atingir o bem jurídico tutelado na espécie, a fauna aquática. Daí não se hesitar em consignar
a presença da insignificância a ponto de, ao reconhecer a atipicidade material da conduta,
conceder a ordem para trancar a ação penal por falta de justa causa. HC 93.859-SP, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/8/2009.
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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS TEORIA COMUM DA
DESCONSIDERAÇÃO DA
Art. 1º (VETADO) PERSONALIDADE JURÍDICA
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre Art. 50 do CC.
para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medi- Art. 50. Em caso de abuso da perso-
da da sua culpabilidade, bem como o diretor, o nalidade jurídica, caracterizado pelo
administrador, o membro de conselho e de ór- desvio de finalidade, ou pela confusão
gão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou patrimonial, pode o juiz decidir, a re-
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da querimento da parte, ou do Ministério
conduta criminosa de outrem, deixar de impedir Público quando lhe couber intervir no
a sua prática, quando podia agir para evitá-la. processo, que os efeitos de certas e
determinadas relações de obrigações
RESPONSABILIDADE DA PESSOA sejam estendidos aos bens particulares
JURÍDICA dos administradores ou sócios da pes-
soa jurídica.
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabi-
lizadas administrativa, civil e penalmente con-
forme o disposto nesta Lei, nos casos em que
a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu ór-
gão colegiado, no interesse ou benefício da sua CAPÍTULO II
entidade. DA APLICAÇÃO DA PENA
Parágrafo único. A responsabilidade das Art. 6º Para imposição e gradação da penalida-
pessoas jurídicas não exclui a das pessoas de, a autoridade competente observará:
físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do
mesmo fato. I – a gravidade do fato, tendo em vista os
motivos da infração e suas consequências
TEORIA MENOR DA para a saúde pública e para o meio ambien-
DESCONSIDERAÇÃO DA te;
PERSONALIDADE JURÍDICA: II – os antecedentes do infrator quanto ao
cumprimento da legislação de interesse am-
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa ju-
biental;
rídica sempre que sua personalidade for obstá-
culo ao ressarcimento de prejuízos causados à III – a situação econômica do infrator, no
qualidade do meio ambiente. caso de multa.
Art. 5º (VETADO) Art. 7º As penas restritivas de direitos são autô-
nomas e substituem as privativas de liberdade
quando:
I – tratar-se de crime culposo ou for aplica-
da a pena privativa de liberdade inferior a
quatro anos;
II – a culpabilidade, os antecedentes, a con-
duta social e a personalidade do condena-
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do, bem como os motivos e as circunstân- condenado, que deverá, sem vigilância, traba-
cias do crime indicarem que a substituição lhar, freqüentar curso ou exercer atividade au-
seja suficiente para efeitos de reprovação e torizada, permanecendo recolhido nos dias e
prevenção do crime. horários de folga em residência ou em qualquer
local destinado a sua moradia habitual, confor-
Parágrafo único. As penas restritivas de me estabelecido na sentença condenatória.
direitos a que se refere este artigo terão a
mesma duração da pena privativa de liber- Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:
dade substituída.
I – baixo grau de instrução ou escolaridade
Art. 8º As penas restritivas de direito são: do agente;
I – prestação de serviços à comunidade; II – arrependimento do infrator, manifesta-
do pela espontânea reparação do dano, ou
II – interdição temporária de direitos; limitação significativa da degradação am-
III – suspensão parcial ou total de ativida- biental causada;
des; III – comunicação prévia pelo agente do pe-
IV – prestação pecuniária; rigo iminente de degradação ambiental;
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I – custeio de programas e de projetos am- instituições científicas, hospitalares, penais
bientais; e outras com fins beneficentes.
II – execução de obras de recuperação de § 4º Os produtos e subprodutos da fauna
áreas degradadas; não perecíveis serão destruídos ou doados
a instituições científicas, culturais ou edu-
III – manutenção de espaços públicos; cacionais. (Primitivo § 3º, renumerado pela
IV – contribuições a entidades ambientais Lei nº 13.052, de 8/12/2014)
ou culturais públicas. § 5º Os instrumentos utilizados na prática
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utili- da infração serão vendidos, garantida a sua
zada, preponderantemente, com o fim de per- descaracterização por meio da reciclagem.
mitir, facilitar ou ocultar a prática de crime de-
finido nesta Lei terá decretada sua liquidação
forçada, seu patrimônio será considerado ins-
trumento do crime e como tal perdido em favor CAPÍTULO IV
do Fundo Penitenciário Nacional. DA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei,
a ação penal é pública incondicionada.
CAPÍTULO III Parágrafo único. (VETADO)
DA APREENSÃO DO PRODUTO E
DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO Art. 27. Nos crimes ambientais de menor poten-
cial ofensivo, a proposta de aplicação imediata
ADMINISTRATIVA OU DE CRIME de pena restritiva de direitos ou multa, prevista
(Art. 72, IV e V da Lei nº 9.605/98 – no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro
Sanção Administrativa) de 1995, somente poderá ser formulada desde
que tenha havido a prévia composição do dano
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei,
seus produtos e instrumentos, lavrando-se os salvo em caso de comprovada impossibilidade.
respectivos autos.
Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº
§ 1º Os animais serão prioritariamente liber- 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se
tados em seu habitat ou, sendo tal medida aos crimes de menor potencial ofensivo defini-
inviável ou não recomendável por questões dos nesta Lei, com as seguintes modificações:
sanitárias, entregues a jardins zoológicos,
fundações ou entidades assemelhadas, I – a declaração de extinção de punibilida-
para guarda e cuidados sob a responsabili- de, de que trata o § 5° do artigo referido no
dade de técnicos habilitados. caput, dependerá de laudo de constatação
de reparação do dano ambiental, ressalva-
§ 2º Até que os animais sejam entregues às da a impossibilidade prevista no inciso I do
instituições mencionadas no § 1º deste ar- § 1° do mesmo artigo;
tigo, o órgão autuante zelará para que eles
sejam mantidos em condições adequadas II – na hipótese de o laudo de constatação
de acondicionamento e transporte que ga- comprovar não ter sido completa a repara-
rantam o seu bem-estar físico. ção, o prazo de suspensão do processo será
prorrogado, até o período máximo previsto
§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou no artigo referido no caput, acrescido de
madeiras, serão estes avaliados e doados a mais um ano, com suspensão do prazo da
prescrição;
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III – no período de prorrogação, não se apli- douros não autorizados ou sem a devida
carão as condições dos incisos II, III e IV do § permissão, licença ou autorização da auto-
1° do artigo mencionado no caput; ridade competente.
IV – findo o prazo de prorrogação, proce- § 2º No caso de guarda doméstica de espé-
der-se-á à lavratura de novo laudo de cons- cie silvestre não considerada ameaçada de
tatação de reparação do dano ambiental, extinção, pode o juiz, considerando as cir-
podendo, conforme seu resultado, ser no- cunstâncias, deixar de aplicar a pena.
vamente prorrogado o período de suspen-
são, até o máximo previsto no inciso II deste § 3° São espécimes da fauna silvestre todos
artigo, observado o disposto no inciso III; aqueles pertencentes às espécies nativas,
migratórias e quaisquer outras, aquáticas
V – esgotado o prazo máximo de prorroga- ou terrestres, que tenham todo ou parte de
ção, a declaração de extinção de punibilida- seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limi-
de dependerá de laudo de constatação que tes do território brasileiro, ou águas jurisdi-
comprove ter o acusado tomado as provi- cionais brasileiras.
dências necessárias à reparação integral do
dano. § 4º A pena é aumentada de metade, se o
crime é praticado:
I – contra espécie rara ou considerada ame-
açada de extinção, ainda que somente no
DOS CRIMES CONTRA O MEIO local da infração;
AMBIENTE
II – em período proibido à caça;
Seção I III – durante a noite;
DOS CRIMES CONTRA A FAUNA
IV – com abuso de licença;
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utili-
V – em unidade de conservação;
zar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença VI – com emprego de métodos ou instru-
ou autorização da autoridade competente, ou mentos capazes de provocar destruição em
em desacordo com a obtida: massa.
Pena – detenção de seis meses a um ano, e § 5º A pena é aumentada até o triplo, se o
multa. crime decorre do exercício de caça profis-
sional.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
§ 6º As disposições deste artigo não se apli-
I – quem impede a procriação da fauna,
cam aos atos de pesca.
sem licença, autorização ou em desacordo
com a obtida; Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros
de anfíbios e répteis em bruto, sem a autoriza-
II – quem modifica, danifica ou destrói ni-
ção da autoridade ambiental competente:
nho, abrigo ou criadouro natural;
Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
III – quem vende, expõe à venda, exporta
ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem
depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas parecer técnico oficial favorável e licença expe-
ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou dida por autoridade competente:
em rota migratória, bem como produtos e
objetos dela oriundos, provenientes de cria-
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Pena – detenção, de três meses a um ano, Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas
e multa. quem:
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir I – pesca espécies que devam ser preserva-
ou mutilar animais silvestres, domésticos ou do- das ou espécimes com tamanhos inferiores
mesticados, nativos ou exóticos: aos permitidos;
Pena – detenção, de três meses a um ano, II – pesca quantidades superiores às per-
e multa. mitidas, ou mediante a utilização de apa-
relhos, petrechos, técnicas e métodos não
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem reali- permitidos;
za experiência dolorosa ou cruel em animal
vivo, ainda que para fins didáticos ou cien- III – transporta, comercializa, beneficia ou
tíficos, quando existirem recursos alternati- industrializa espécimes provenientes da co-
vos. leta, apanha e pesca proibidas.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
terço, se ocorre morte do animal.
I – explosivos ou substâncias que, em conta-
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou to com a água, produzam efeito semelhan-
carreamento de materiais, o perecimento de es- te;
pécimes da fauna aquática existentes em rios,
lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicio- II – substâncias tóxicas, ou outro meio proi-
nais brasileiras: bido pela autoridade competente:
Pena – detenção de um ano a três anos ou IV – por ser nocivo o animal, desde que as-
multa, ou ambas as penas cumulativamen- sim caracterizado pelo órgão competente.
te.
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Pena – reclusão, de um a cinco anos. Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar
balões que possam provocar incêndios nas flo-
§ 1º Entende-se por Unidades de Conser- restas e demais formas de vegetação, em áreas
vação de Proteção Integral as Estações urbanas ou qualquer tipo de assentamento hu-
Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Par- mano:
ques Nacionais, os Monumentos Naturais
e os Refúgios de Vida Silvestre. (Parágra- Pena – detenção de um a três anos ou mul-
fo com redação dada pela Lei nº 9.985, de ta, ou ambas as penas cumulativamente.
18/7/2000) Art. 43. (VETADO)
§ 2º A ocorrência de dano afetando espé- Art. 44. Extrair de florestas de domínio públi-
cies ameaçadas de extinção no interior das co ou consideradas de preservação permanen-
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te, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas
qualquer espécie de minerais: ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas,
protetora de mangues, objeto de especial pre-
Pena – detenção, de seis meses a um ano, servação:
e multa.
Pena – detenção, de três meses a um ano,
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão ma- e multa.
deira de lei, assim classificada por ato do Poder
Público, para fins industriais, energéticos ou Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamen-
para qualquer outra exploração, econômica ou te ou degradar floresta, plantada ou nativa, em
não, em desacordo com as determinações le- terras de domínio público ou devolutas, sem au-
gais: torização do órgão competente:
Pena – reclusão, de um a dois anos, e multa. Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos
e multa.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comer-
ciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e § 1º Não é crime a conduta praticada quan-
outros produtos de origem vegetal, sem exigir a do necessária à subsistência imediata pes-
exibição de licença do vendedor, outorgada pela soal do agente ou de sua família.
autoridade competente, e sem munir-se da via
que deverá acompanhar o produto até final be- § 2º Se a área explorada for superior a 1.000
neficiamento: ha (mil hectares), a pena será aumentada
de 1 (um) ano por milhar de hectare. (Artigo
Pena – detenção, de seis meses a um ano, acrescido pela Lei nº 11.284, de 2/3/2006)
e multa.
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas em florestas e nas demais formas de vegetação,
quem vende, expõe à venda, tem em depó- sem licença ou registro da autoridade compe-
sito, transporta ou guarda madeira, lenha, tente:
carvão e outros produtos de origem vege-
tal, sem licença válida para todo o tempo da Pena – detenção, de três meses a um ano,
viagem ou do armazenamento, outorgada e multa.
pela autoridade competente. Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação
Art. 47. (VETADO) conduzindo substâncias ou instrumentos pró-
prios para caça ou para exploração de produtos
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração na- ou subprodutos florestais, sem licença da auto-
tural de florestas e demais formas de vegetação: ridade competente:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, Pena – detenção, de seis meses a um ano,
e multa. e multa.
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a
por qualquer modo ou meio, plantas de orna- pena é aumentada de um sexto a um terço se:
mentação de logradouros públicos ou em pro-
priedade privada alheia: I – do fato resulta a diminuição de águas na-
turais, a erosão do solo ou a modificação do
Pena – detenção, de três meses a um ano, regime climático;
ou multa, ou ambas as penas cumulativa-
mente. II – o crime é cometido:
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I – tornar uma área, urbana ou rural, impró- Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
pria para a ocupação humana; multa.
II – causar poluição atmosférica que provo- § 1º Nas mesmas penas incorre quem:
que a retirada, ainda que momentânea, dos I – abandona os produtos ou substâncias re-
habitantes das áreas afetadas, ou que cause feridos no caput ou os utiliza em desacordo
danos diretos à saúde da população; com as normas ambientais ou de seguran-
III – causar poluição hídrica que torne ne- ça;
cessária a interrupção do abastecimento II – manipula, acondiciona, armazena, co-
público de água de uma comunidade; leta, transporta, reutiliza, recicla ou dá des-
IV – dificultar ou impedir o uso público das tinação final a resíduos perigosos de forma
praias; diversa da estabelecida em lei ou regula-
mento. (Parágrafo com redação dada pela
V – ocorrer por lançamento de resíduos só- Lei nº 12.305, de 2/8/2010)
lidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos
ou substâncias oleosas, em desacordo com § 2º Se o produto ou a substância for nucle-
as exigências estabelecidas em leis ou regu- ar ou radioativa, a pena é aumentada de um
lamentos: sexto a um terço.
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no Pena – detenção, de seis meses a um ano,
parágrafo anterior quem deixar de adotar, e multa.
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Art. 57. (VETADO) protegido por lei, ato administrativo ou de-
cisão judicial:
Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Se-
ção, as penas serão aumentadas: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.
I – de um sexto a um terço, se resulta dano Parágrafo único. Se o crime for culposo, a
irreversível à flora ou ao meio ambiente em pena é de seis meses a um ano de deten-
geral; ção, sem prejuízo da multa.
II – de um terço até a metade, se resulta le- Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edifi-
são corporal de natureza grave em outrem; cação ou local especialmente protegido por lei,
ato administrativo ou decisão judicial, em razão
III – até o dobro, se resultar a morte de ou- de seu valor paisagístico, ecológico, turístico,
trem. artístico, histórico, cultural, religioso, arqueoló-
Parágrafo único. As penalidades previstas gico, etnográfico ou monumental, sem autoriza-
neste artigo somente serão aplicadas se do ção da autoridade competente ou em desacor-
fato não resultar crime mais grave. do com a concedida:
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou Art. 64. Promover construção em solo não edi-
fazer funcionar, em qualquer parte do território ficável, ou no seu entorno, assim considerado
nacional, estabelecimentos, obras ou serviços em razão de seu valor paisagístico, ecológico,
potencialmente poluidores, sem licença ou au- artístico, turístico, histórico, cultural, religioso,
torização dos órgãos ambientais competentes, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem
ou contrariando as normas legais e regulamen- autorização da autoridade competente ou em
tares pertinentes: desacordo com a concedida:
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Do Processo Administrativo Ambiental
Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes
prazos máximos:
I – vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados
da data da ciência da autuação;
II – trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III – vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema
Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da
Marinha, de acordo com o tipo de autuação;
IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto
no art. 6º:
I – advertência;
II – multa simples;
III – multa diária;
IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,
equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V – destruição ou inutilização do produto;
VI – suspensão de venda e fabricação do produto;
VII – embargo de obra ou atividade;
VIII – demolição de obra;
IX – suspensão parcial ou total de atividades;
X – (VETADO)
XI – restritiva de direitos.
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§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em
vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.
§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
I – advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo as-
sinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da
Marinha;
II – opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Mi-
nistério da Marinha.
Da Multa Diária:
§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tem-
po.
§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV (apreensão dos animais, produtos e sub-
produtos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer na-
tureza utilizados na infração) e V (destruição ou inutilização do produto) do caput obedecerão
ao disposto no art. 25 desta Lei.
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§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra,
a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regula-
mentares.
Para aonde vão os recursos arrecadados com as Multas aplicadas como sanções ad-
ministrativas?
Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos
ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, Fundo
Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de
meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.
Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medida perti-
nente, de acordo com o objeto jurídico lesado.
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido
periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de
R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).
Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios
substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.
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das obras e serviços exigidos, com metas § 6º O termo de compromisso deverá ser
trimestrais a serem atingidas; firmado em até noventa dias, contados da
protocolização do requerimento.
IV – as multas que podem ser aplicadas à
pessoa física ou jurídica compromissada § 7º O requerimento de celebração do ter-
e os casos de rescisão, em decorrência do mo de compromisso deverá conter as in-
não-cumprimento das obrigações nele pac- formações necessárias à verificação da sua
tuadas; viabilidade técnica e jurídica, sob pena de
indeferimento do plano.
V – o valor da multa de que trata o inciso IV
não poderá ser superior ao valor do investi- § 8º Sob pena de ineficácia, os termos de
mento previsto; compromisso deverão ser publicados no ór-
gão oficial competente, mediante extrato.
VI – o foro competente para dirimir litígios (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº
entre as partes. 2.163-41, de 23/8/2001)
§ 2º No tocante aos empreendimentos em Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta
curso até o dia 30 de março de 1998, envol- Lei no prazo de noventa dias a contar de sua pu-
vendo construção, instalação, ampliação e blicação.
funcionamento de estabelecimentos e ati-
vidades utilizadores de recursos ambientais, Art. 81. (VETADO)
considerados efetiva ou potencialmente po-
luidores, a assinatura do termo de compro- Art. 82. Revogam-se as disposições em contrá-
misso deverá ser requerida pelas pessoas fí- rio.
sicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de
dezembro de 1998, mediante requerimento
escrito protocolizado junto aos órgãos com-
petentes do SISNAMA, devendo ser firmado
pelo dirigente máximo do estabelecimento.
§ 3º Da data da protocolização do requeri-
mento previsto no § 2º e enquanto perdu-
rar a vigência do correspondente termo de
compromisso, ficarão suspensas, em rela-
ção aos fatos que deram causa à celebração
do instrumento, a aplicação de sanções ad-
ministrativas contra a pessoa física ou jurídi-
ca que o houver firmado.
§ 4º A celebração do termo de compromis-
so de que trata este artigo não impede a
execução de eventuais multas aplicadas an-
tes da protocolização do requerimento.
§ 5º Considera-se rescindido de pleno direi-
to o termo de compromisso, quando des-
cumprida qualquer de suas cláusulas, res-
salvado o caso fortuito ou de força maior.
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Questões
1. (94375) FCC – 2014 – Responsabilidade Ad- 3. (96873) FCC – 2011 – Responsabilidade Ad-
ministrativa (Lei nº 9.605/98) ministrativa (Lei nº 9.605/98)
O agente autuante, ao lavrar o auto de infra- A sanção de multa diária, aplicável às infra-
ção ambiental, indicará as sanções estabe- ções administrativas ambientais,
lecidas pelo Decreto Federal nº 6.514/2008,
observando a) é cabível quando o cometimento da in-
fração se prolongar no tempo.
a) a situação econômica do infrator. b) depende da prévia e progressiva aplica-
b) a gravidade dos fatos, tendo em vista os ção da sanção de multa simples.
motivos da infração e suas consequên- c) depende de prévia cominação legal, es-
cias para o desenvolvimento econômi- pecífica para cada tipo administrativo
co. punível.
c) o grau de instrução ou escolaridade do d) exclui a aplicação de outras sanções de
agente. caráter administrativo.
d) a curva de crescimento da flora ou fau- e) incide naquelas infrações de menor le-
na atingida. sividade.
e) o arrependimento do infrator.
2. (96097) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe- 4. (96874) FCC – 2010 – Responsabilidade Ad-
nal (Lei nº 9.605/98) ministrativa (Lei nº 9.605/98)
José foi condenado por crime ambiental a A prescrição para a apuração de infrações
uma pena restritiva de direito, qual seja, a administrativas contra o meio ambiente, de
prestação de serviços à comunidade consis- caráter permanente ou continuado, é de
tente na obrigação de restaurar um imóvel
particular tombado danificado por sua con- a) 5 anos, contados do início da prática do
duta típica, antijurídica e culpável, e multa. ato.
Diante da apelação apresentada pelo réu, o b) 5 anos, contados da cessação da prática
Tribunal de Justiça deverá do ato.
c) 3 anos, contados do início da prática do
a) reformar a sentença para obrigar o réu ato.
a prestar apenas serviços indiretos no d) 3 anos, contados da cessação da prática
imóvel tombado. do ato.
b) reformar a sentença para impor ao réu e) 3 anos, contados da cessação da pres-
somente o pagamento de multa. crição para o crime correspondente.
c) manter a sentença, que encontra fun-
damento na legislação vigente. 5. (96877) FCC – 2011 – Responsabilidade Ci-
d) reformar a sentença, uma vez que a vil por Danos Ambientais, Responsabilidade
prestação de serviços à comunidade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade
não pode ser realizada em imóvel parti- Administrativa (Lei nº 9.605/98)
cular.
e) reformar a sentença, uma vez que a A respeito da responsabilidade por danos
prestação de serviços à comunidade ambientais materiais, é correto afirmar que
não pode ser realizada em bem tomba-
do.
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a) a responsabilidade civil não será elidida e) nos crimes ambientais, a suspensão
com a reparação do dano ambiental. condicional da pena pode ser aplicada
b) a responsabilidade penal, civil e admi- nos casos de condenação a pena pri-
nistrativa decorre de culpa. vativa de liberdade não superior a três
c) mesmo após o pagamento de multa im- anos.
posta pela administração pública resta
o dever do infrator de reparar o dano. 8. (96881) FCC – 2012 – Responsabilidade Pe-
d) o administrador de uma pessoa jurídica nal (Lei nº 9.605/98)
nunca responde penalmente pelos da- No que concerne aos crimes contra o meio
nos causados pela empresa. ambiente, considere:
e) o autor de um crime contra a adminis-
tração ambiental só pode ser funcioná- I – Quem comercializa espécimes com ta-
rio público. manhos inferiores aos permitidos, prove-
nientes de pesca proibida, responde por cri-
6. (96879) FCC – 2012 – Responsabilidade Pe- me contra a fauna.
nal (Lei nº 9.605/98) II – A pesquisa de recursos minerais sem a
Se o resultado de determinado crime am- competente autorização, permissão, con-
biental tiver atingido área integrante de uni- cessão ou licença, constitui crime ambien-
dade de conservação, tem-se como ocorri- tal.
da III – O crime de danificar floresta considera-
a) qualificadora genérica do crime. da de preservação permanente não admite
b) circunstância agravante, desde que não a forma culposa.
constitua ou qualifique o crime. Está correto o que consta SOMENTE em
c) circunstância atenuante do crime.
d) circunstância que impede a aplicação a) I e III.
de pena restritiva de direito. b) I e II.
e) vedação automática da suspensão con- c) II e III.
dicional da pena. d) I.
e) III.
7. (96880) FCC – 2012 – Responsabilidade Pe- 9. (96882) FCC – 2011 – Responsabilidade Pe-
nal (Lei nº 9.605/98) nal (Lei nº 9.605/98)
Sobre a responsabilidade penal prevista na Acatando pedido formulado por uma asso-
Lei Federal no 9.605, de 12/02/1998, é IN- ciação (Organização Não Governamental −
CORRETO afirmar que ONG), em ação civil pública, o Juiz de Direi-
a) a responsabilidade das pessoas jurídi- to da comarca concede liminar impedindo a
cas não exclui a das pessoas físicas, au- reforma da fachada do prédio de um clube,
toras, coautoras ou partícipes do mes- construído há cerca de cem anos, bem este
mo fato. que, apesar de não ter sido tombado pelo
b) para imposição e gradação da pena, o órgão estadual do patrimônio histórico e
juiz levará em conta apenas os requisi- cultural, é considerado pela comunidade lo-
tos do Código Penal. cal como parte de seu patrimônio histórico.
c) o baixo grau de instrução ou escolarida- O presidente do clube dizendo-se amparado
de do agente configura causa atenuante por decisão da diretoria, intimado da ordem
da pena. judicial, determina a destruição da parte ex-
d) cometer infração ambiental aos domin- terna do imóvel, o que se realiza em poucas
gos configura circunstância agravante horas. Esta conduta, do ponto de vista pe-
da pena. nal, pode ser considerada
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a) atípica, porque inexiste um tipo penal blico, bem como dele obter subsídios,
correspondente no Código Penal e na subvenções ou doações.
legislação ambiental.
b) infração penal tipificada no art. 163 do 11. (96884) FCC – 2010 – Responsabilidade Pe-
Código Penal, que configura crime de nal (Lei nº 9.605/98)
dano.
Nos crimes ambientais,
c) atípica, como crime ambiental previsto
na Lei no 9.605/98,na seção IV do Ca- a) é cabível a transação penal, se a infra-
pítulo V, que trata dos “Crimes contra ção for de menor potencial ofensivo e
o Ordenamento Urbano e o Patrimônio desde que haja prévia composição do
Cultural”, porque o imóvel não se en- dano ambiental, salvo em caso de com-
contrava tombado pela autoridade ad- provada impossibilidade.
ministrativa competente. b) a suspensão condicional da pena pode
d) típica, como crime ambiental previsto ser aplicada nos casos de condenação
na Lei no 9.605/98, na seção IV do Ca- a pena privativa de liberdade não supe-
pítulo V, que trata dos “Crimes contra rior a quatro anos.
o Ordenamento Urbano e o Patrimônio c) a pena de multa poderá ser aumentada
Cultural”. até cinco vezes, ainda que aplicada no
e) crime de resistência, previsto no art. valor máximo, tendo em vista o valor da
329 do Código Penal. vantagem econômica auferida.
d) a pessoa jurídica poderá ser condenada
10. (96883) FCC – 2011 – Responsabilidade Pe- a pena de proibição de contratar com o
nal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade Ad- Poder Público por até quinze anos.
ministrativa (Lei nº 9.605/98) e) a reparação do dano ambiental deve
ocorrer até o término do prazo da sus-
Em razão da prática de crime previsto na pensão condicional do processo, não se
Lei no 9.605/98, as pessoas jurídicas, desde admitindo prorrogação.
que a infração tenha sido cometida por de-
cisão de seu representante legal ou contra- 12. (96885) FCC – 2010 – Responsabilidade Pe-
tual ou de seu órgão colegiado, no interesse nal (Lei nº 9.605/98)
ou benefício da sua entidade, podem ser
sancionadas com: A conduta consistente em destruir ou dani-
ficar floresta de preservação permanente é
a) multa, penas restritivas de direitos ou
a) objeto de tipo penal autônomo.
de prestação de serviços à comunidade,
b) circunstância agravante do crime de
isolada, cumulativa ou alternativamen-
dano à unidade de conservação.
te.
c) circunstância agravante do crime de
b) multa e obrigação de ressarcir o dano
dano à reserva legal.
ambiental causado.
d) atípica, consistindo apenas em infração
c) multa e prestação de serviços à comuni-
administrativa.
dade.
e) atípica, sem também ensejar infração
d) declaração de perda da personalidade
administrativa.
jurídica com consequente responsabili-
dade pessoal dos sócios.
13. (96409) CESPE – 2010 – Responsabilidade
e) penas restritivas de direitos, consisten-
Penal (Lei nº 9.605/98)
tes em suspensão parcial ou total de
atividades, interdição temporária de Cardoso resolveu, por conta própria, criar
estabelecimento, obra ou atividade ou um parcelamento de solo em área pública
proibição de contratar com o Poder Pú- sem registro em cartório. Colocou pique-
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tes demarcando os lotes e pediu para Car- 16. (96871) FCC – 2012 – Responsabilidade Ad-
los, corretor de imóveis, vender os lotes, ministrativa (Lei nº 9.605/98)
com o que este concordou. Considerando
essa situação hipotética e o previsto na Lei Admite-se prescrição intercorrente em pro-
de Parcelamento de Solo Urbano (Lei n.º cesso administrativo para aplicação de san-
6.766/1979), as condutas de Cardoso e Car- ção administrativa ambiental, no caso de
los constituem, respectivamente, a) instrução deficiente do processo, que
a) crime e contravenção penal. demande a realização de novas diligên-
b) infração administrativa e atividade ilíci- cias pela autoridade processante.
ta. b) falta de identificação do agente, que
c) atividade ilícita e infração administrati- leve à suspensão do processo decorren-
va. te de auto de infração por 1 (um) ano.
d) contravenção penal e crime. c) paralisação do processo por mais de 3
e) crime e crime. (três) anos, quando pendente de jul-
gamento ou despacho pela autoridade
14. (96638) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe- administrativa.
nal (Lei nº 9.605/98) d) decurso do prazo de 5 (cinco) anos en-
tre a instauração do processo e seu
Nas infrações penais previstas na Lei de Cri- trânsito em julgado na esfera adminis-
mes Ambientais Lei nº 9.605/98, a ação pe- trativa.
nal é e) suspensão do feito por prazo maior do
a) pública incondicionada, pública condi- que aquele definido pela legislação pe-
cionada à representação ou privada, a nal para a prescrição do crime respecti-
depender do tipo penal. vo, quando a infração também for capi-
b) pública incondicionada. tulada como tipo penal.
c) pública incondicionada ou pública con-
dicionada à representação, a depender 17. (96100) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe-
do tipo penal. nal (Lei nº 9.605/98)
d) pública incondicionada ou privada, a O auditor contratado por uma indústria pe-
depender do tipo penal. troquímica apurou, por meio de seu traba-
e) pública condicionada à representação lho, conduta da empresa, ordenada por seu
ou privada, a depender do tipo penal. diretor (representante contratual), tipifica-
da como crime ambiental pela Lei Federal
15. (96098) FCC – 2015 – Responsabilidade Ad- nº 9.605/98. Podendo agir para fazer cessar
ministrativa (Lei nº 9.605/98) o crime ambiental, quedou-se inerte. Neste
O auto de infração ambiental é um ato ad- caso, a responsabilidade penal recairá
ministrativo a) sobre a pessoa jurídica, o diretor da
a) dotado de presunção absoluta de legali- empresa e o auditor contratado.
dade e relativa de veracidade. b) apenas sobre o auditor contratado.
b) dotado de presunção relativa de legali- c) apenas sobre o diretor da empresa.
dade e absoluta de veracidade. d) somente sobre a pessoa jurídica.
c) desprovido de presunção de veracida- e) apenas sobre o diretor da empresa e a
de. pessoa jurídica.
d) dotado de presunção relativa de legali-
dade e veracidade.
e) dotado de presunção absoluta de legali-
dade e veracidade.
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18. (96101) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe- a) o sujeito passivo do delito praticado por
nal (Lei nº 9.605/98) Carlos é o espécime da fauna silvestre
mantido em cativeiro.
José responde ação penal por manter em b) será possível substituir pena privativa
guarda doméstica animal silvestre não con- de liberdade que eventualmente seja
siderado ameaçado de extinção. O fato é imposta a Carlos por pena restritiva de
a) crime punido com detenção de seis direitos somente se o crime for conside-
meses a um ano ou multa. rado culposo.
b) atípico. c) caso Carlos seja condenado, o juiz po-
c) crime, podendo o juiz, considerando as derá, com base nas circunstâncias espe-
circunstâncias, deixar de aplicar a pena. cíficas, deixar de aplicar a pena.
d) contravenção penal. d) se Carlos provar que a arara-azul nas-
e) crime hediondo. ceu em cativeiro, e, portanto, não se
trata de animal silvestre, isso afastará a
19. (107381) FCC – 2013 – Responsabilidade tipicidade da sua conduta.
Penal (Lei nº 9.605/98) e) o órgão responsável pela lavratura do
auto deveria fazer constar do documen-
Pedro, em estado de necessidade, para sa- to a determinação, a Carlos, de enca-
ciar sua fome e de sua família, composta minhamento da arara-azul a instituição
por esposa e cinco filhos, abateu animal da especializada na guarda e cuidados ani-
fauna amazônica. Segundo a Lei Federal nº mais — um estabelecimento comercial,
9.605/98, que dispõe sobre as sanções pe- do ramo aviário, por exemplo —, sob
nais e administrativas derivadas de condu- pena de agravamento da eventual puni-
tas e atividades lesivas ao meio ambiente, ção.
tal fato
a) é tipificado como crime. 21. (107387) CESPE – 2015 – Instrumentos da
b) é tipificado como contravenção penal. Política Nacional do Meio Ambiente, Po-
c) é tipificado como crime, sendo a situa- lítica Nacional do Meio Ambiente (Lei nº
ção descrita circunstância atenuante da 6.938/81), Política Nacional dos Resíduos
pena. Sólidos (Lei nº 12.305/2010), Responsabili-
d) não é considerado crime. dade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabili-
e) é tipificado como crime, sendo a ação dade Civil por Danos Ambientais, Responsa-
penal neste caso pública condicionada bilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)
à representação. Na zona costeira nordestina, uma empresa
estrangeira construiu um empreendimento
20. (107384) CESPE – 2015 – Responsabilidade turístico hoteleiro de grande porte próxi-
Penal (Lei nº 9.605/98) mo ao mar, sem o licenciamento ambien-
tal prévio exigido por lei, ocupando ilegal-
Carlos foi autuado pela prática do crime
mente área de preservação permanente na
previsto no art. 29 da Lei n.º 9.605/1998
margem de um rio e afetando diretamente
(apanhar espécime da fauna silvestre sem
uma comunidade lindeira composta em sua
autorização), por manter em sua residência,
maioria por pescadores. Seis meses após
sem autorização da autoridade ambiental,
a inauguração do empreendimento, o em-
uma arara-azul, animal não ameaçado de
presário estrangeiro vendeu o negócio a
extinção.
uma empresa brasileira, que vem operan-
Nessa situação hipotética, do o hotel há cerca de um ano, sem, con-
tudo, ter efetuado ainda a regularização do
licenciamento ambiental. Além disso, após
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reclamações provenientes da comunidade obra ou atividade e suspensão parcial
afetada, foram constatados os seguintes ou total de atividades.
problemas: ausência de recolhimento e de e) interdição permanente de estabeleci-
disposição adequados dos resíduos líquidos mento, obra ou atividade e suspensão
e sólidos, com prejuízos ao bem-estar da re- parcial ou total de atividades.
ferida comunidade; e impedimento de livre
acesso à praia, o que prejudicou as ativida- 23. (107359) FCC – 2013 – Novo Código Flo-
des econômicas dos pescadores da comuni- restal Brasileiro (Lei nº 12.651/12), Lei das
dade. Competências Administrativas Ambientais
– Lei Complementar nº 140/11, Responsa-
Com referência a essa situação hipotética, bilidade Penal (Lei nº 9.605/98)
julgue o item a seguir em consonância com
as normas ambientais e a jurisprudência Marius provocou incêndio culposo em
pertinente. mata. Neste caso, ele praticou conduta
A legislação veda a aplicação de multa no a) tipificadora de crime contra o meio am-
caso de responsabilização administrativa do biente passível de pena de detenção e
empreendimento por não elaborar o prévio multa.
licenciamento ambiental, devendo ser apli- b) atípica, mas considerada infração admi-
cada advertência com a indicação de prazo nistrativa.
para a regularização do licenciamento junto c) tipificadora de crime contra o meio am-
ao órgão competente. biente passível apenas de pena de de-
tenção.
( ) Certo ( ) Errado d) atípica e também não considerada in-
fração administrativa.
22. (107344) FCC – 2015 – Responsabilidade e) tipificadora de crime contra o meio am-
Penal (Lei nº 9.605/98) biente passível apenas de pena de mul-
ta limitada a dez salários mínimos.
São penas restritivas de direitos da pessoa
jurídica que pratica crime ambiental: 24. (107347) FCC – 2015 – Responsabilidade
a) proibição de contratar com o Poder Pú- Penal (Lei nº 9.605/98), Instrumentos da
blico, bem como dele obter subsídios, Política Nacional do Meio Ambiente, Po-
subvenções ou doações, interdição lítica Nacional do Meio Ambiente (Lei nº
temporária de estabelecimento, obra 6.938/81)
ou atividade e suspensão parcial ou to- Por decisão do representante contratual
tal de atividades. da Empresa BETA, que produz fertilizante
b) suspensão apenas parcial de atividades agrícola, alguns funcionários, inclusive o
e interdição permanente de estabeleci- próprio representante contratual, utiliza-
mento, obra ou atividade. ram espécimes da fauna silvestre em rota
c) proibição de contratar com o Poder Pú- migratória, sem a devida permissão, licença
blico, bem como dele obter subsídios, ou autorização, em pesquisa realizada sem
subvenções ou doações e interdição o conhecimento da empresa e divorciada
permanente de estabelecimento, obra de qualquer atividade de interesse ou que
ou atividade. pudesse trazer algum benefício, ainda que
d) proibição, que não poderá exceder o indireto, para ela. A empresa
prazo de 5 anos, de contratar com o Po-
der Público, bem como dele obter sub- a) poderá ser responsabilizada no campo
sídios, subvenções ou doações, inter- do direito penal, a depender de outros
dição temporária de estabelecimento, elementos, uma vez que a conduta pra-
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26. (107364) FCC – 2013 – Responsabilidade Com relação aos prazos prescricionais do
Penal (Lei nº 9.605/98) poder de polícia sancionador de infrações
administrativas ambientais, é correto afir-
Considera-se condutas tipificadoras de cri- mar que
me contra o meio ambiente passível da apli-
cação de pena de detenção de seis meses a) a prescrição varia conforme a gravidade
a um ano, e multa: matar, perseguir, caçar, da infração.
apanhar, utilizar espécimes da fauna silves- b) a extinção da pretensão punitiva pela
tre, nativos ou em rota migratória, sem a prescrição estende-se à esfera cível.
devida permissão, licença ou autorização da c) caso a infração administrativa também
autoridade competente, ou em desacordo seja capitulada como crime, o prazo
com a obtida. Neste caso, quem modifica, prescricional é aquele da lei penal.
danifica ou destrói ninho, abrigo ou cria- d) não são admitidas hipóteses de prescri-
douro natural ção intercorrente.
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e) o prazo prescricional é sempre de 5 b) No exercício do poder de polícia admi-
(cinco) anos, contado da data da prática nistrativa, o órgão ambiental poderá
do ato ou da sua cessação, no caso de aplicar sanções referentes a condutas
infração permanente ou continuada. lesivas ao meio ambiente, bastando
que estas, em consonância com o prin-
29. (96872) FCC – 2011 – Responsabilidade Ad- cípio da taxatividade, estejam expressa
ministrativa (Lei nº 9.605/98) e previamente tipificadas em portaria
ou resolução do Conselho Nacional do
O art. 72 da Lei no 9.605/98 elenca o rol de Meio Ambiente.
sanções administrativas cabíveis no caso de c) A implantação de reserva legal florestal
infração administrativa ao meio ambiente e em imóvel rural gera, para o proprie-
prevê como a primeira delas (inc. I) a pena tário, direito a indenização, em face da
de advertência, sobre a qual é correto afir- limitação ao potencial econômico do
mar: bem.
a) Trata-se de mera admoestação sem d) A fixação de um regime peculiar de frui-
consequência alguma, exceto a de ção de um bem imóvel em área mere-
constar nos antecedentes do infrator, cedora de especial proteção, em razão
podendo, por isso mesmo, ser aplicada de sua relevância ambiental, nem sem-
independentemente da instauração do pre dependerá de desapropriação pelo
devido processo legal. poder público.
b) Trata-se de sanção como outra qual-
quer e que não é pressuposto para a 31. (94377) FCC – 2014 – Responsabilidade Pe-
aplicação das demais. nal (Lei nº 9.605/98)
c) Trata-se de sanção que deve preceder Dispõe o art. 49 da Lei nº 9.605/1998 que é
a aplicação das demais e que, por isso crime destruir, danificar, lesar ou maltratar,
mesmo, é a primeira a ser prevista. por qualquer modo ou meio, plantas de or-
d) Trata-se de sanção que pode ser aplica- namentação de logradouros públicos ou em
da de plano, sem necessidade de con- propriedade privada alheia, com pena de
traditório, face ao princípio da verdade detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa iso-
sabida. lada ou cumulativa. Estipula-se ainda moda-
e) Trata-se de sanção que, por suas pró- lidade culposa da conduta, com pena de 1 a
prias características, deve ser aplicada 6 meses de detenção ou multa. Trata-se de
em conjunto com outras previstas nos dispositivo que, não raramente, recepciona
vários incisos do referido artigo. críticas acerbas de seus comentaristas. Fos-
se o caso de acompanhá-los, os conjuntos
30. (96377) CESPE – 2007 – Responsabilidade de fundamentos ou princípios que estão
Administrativa (Lei nº 9.605/98) mais diretamente tensionados por esse tre-
Com relação aos mecanismos de tutela ad- cho de nossa lei ambiental são:
ministrativa do meio ambiente, assinale a a) fragmentariedade, imputabilidade, irre-
opção correta. petibilidade e causalidade.
a) No exercício do poder de polícia admi- b) intervenção mínima, igualdade, publici-
nistrativa, o órgão ambiental pode la- dade e responsabilidade subjetiva.
vrar autos de infração e aplicar multas c) legalidade, ofensividade, subsidiarieda-
apenas nos casos em que a conduta le- de e proporcionalidade.
siva ao meio ambiente estiver descrita d) culpabilidade, adequação social, indivi-
em lei como crime ambiental. dualização e taxatividade.
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32. (96342) CESPE – 2008 – Responsabilidade a) porque ela é incapaz de produzir con-
Penal (Lei nº 9.605/98) duta no sentido técnico-normativo do
termo.
Acerca das leis penais especiais, julgue o b) porque ela não é continente para um
item a seguir (Certo ou Errado). juízo de imputação penal.
c) porque ela não tem como ser sujeito de
Em crimes ambientais, em se tratando de sanção penal.
condutas e atividades lesivas ao meio am- d) quando ela for imputada de modo iso-
biente, poderá haver a responsabilização lado e dissociado de pessoas físicas.
penal da pessoa jurídica, desde que a infra- e) quando ela for imputada em conjunto
ção seja cometida por decisão de seu repre- com pessoas físicas.
sentante legal, no interesse da sua entida-
de. 35. (96321) CESPE – 2011 – Responsabilidade
( ) Certo ( ) Errado Administrativa (Lei nº 9.605/98), Responsa-
bilidade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsa-
bilidade Civil por Danos Ambientais
33. (94389) FCC – 2014 – Responsabilidade Pe-
nal (Lei nº 9.605/98) Relativamente à responsabilização por dano
ambiental e ao poder de polícia ambiental,
Provou-se em ação penal que a empre- assinale a opção correta.
sa Alfa Ltda. foi constituída com o fim de
facilitar a prática de crime definido na a) O prejuízo do dano ambiental alcança
Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº o próprio ambiente e terceiros, e, nes-
9.605/1998). De acordo com a citada Lei, o se sentido, o poluidor é obrigado, inde-
Juiz, na sentença, deverá pendentemente da existência de culpa,
a indenizar ou reparar os danos causa-
a) suspender as atividades da empresa dos em razão de sua atividade.
pelo prazo máximo de 5 anos. b) Na aplicação de penalidades como a ad-
b) decretar a liquidação forçada da empre- vertência e a multa, a autoridade com-
sa, sendo seu patrimônio considerado petente deverá observar tão somente a
instrumento do crime e como tal perdi- gravidade do fato e os antecedentes do
do em favor do Fundo Penitenciário Na- infrator quanto ao cumprimento da le-
cional. gislação ambiental, sem considerações
c) dar ciência ao Ministério Público para de ordem pessoal como, por exemplo, a
que apure eventuais irregularidades no situação econômica do infrator.
campo do direito civil. c) São autoridades competentes para
d) notificar a Junta Comercial. lavrar auto de infração ambiental os
e) proibir a empresa de operar sem licen- funcionários de órgãos ambientais in-
ça ambiental. tegrantes do Sistema Nacional de Meio
Ambiente, mas a atribuição para instau-
34. (94400) FCC – 2014 – Responsabilidade Pe- rar o processo administrativo pertence,
nal (Lei nº 9.605/98) privativamente, aos dirigentes dos ór-
gãos ambientais, conforme definido em
Segundo a jurisprudência hoje dominante
lei.
no Superior Tribunal de Justiça, no âmbito
d) A responsabilidade das pessoas jurídi-
dos crimes ambientais a máxima societas
cas, na esfera administrativa, civil e pe-
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nal, por infração cometida por seu re- 37. (96325) CESPE – 2011 – Responsabilidade
presentante legal ou contratual, ou por Civil por Danos Ambientais, Responsabilida-
seu órgão colegiado, em benefício da de Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilida-
entidade, afasta a responsabilidade das de Administrativa (Lei nº 9.605/98)
pessoas físicas coautoras ou partícipes
do mesmo fato. No que se refere à proteção judicial e à res-
e) A prestação de serviços à comunidade ponsabilidade em matéria ambiental, assi-
é pena restritiva de direitos aplicável nale a opção correta.
às pessoas físicas, mas não às jurídicas, a) Para efeito de responsabilidade admi-
às quais somente se aplicam a pena de nistrativa, considera-se infração admi-
multa e as restritivas de direitos que im- nistrativa ambiental toda ação ou omis-
pliquem suspensão parcial ou total de são que viole as regras jurídicas de uso,
atividades, a interdição temporária de gozo, promoção, proteção e recupera-
estabelecimento, obra ou atividade e a ção do ambiente, podendo qualquer
proibição de contratar com o poder pú- pessoa que constatar infração ambien-
blico, bem como dele obter subsídios. tal dirigir representação às autoridades
competentes para que exerçam o poder
36. (96323) CESPE – 2012 – Responsabilidade de polícia.
Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade b) As pessoas jurídicas podem ser respon-
Administrativa (Lei nº 9.605/98), Responsa- sabilizadas, administrativa, civil e pe-
bilidade Civil por Danos Ambientais nalmente, por crimes ambientais, nos
Acerca da responsabilidade ambiental, assi- casos em que a infração seja cometida
nale a opção correta. por decisão de seu representante legal
ou contratual, ou de seu órgão colegia-
a) As ações penais por crimes ambientais do, no interesse ou benefício da sua en-
previstos na Lei n.º 9.605/1998 são pú- tidade; contudo, nesse caso, a respon-
blicas incondicionadas ou condiciona- sabilidade das pessoas jurídicas exclui a
das à representação. das pessoas físicas, autoras, coautoras
b) Em matéria ambiental, a responsabili- ou partícipes do mesmo fato.
dade por ilícitos é sempre objetiva, dis- c) Suponha que determinado indivíduo
pensando-se a comprovação de culpa tenha praticado caça em propriedade
em sentido amplo. particular, sem permissão, licença ou
c) A omissão da autoridade ambiental autorização da autoridade competente,
competente, sendo ela obrigada a agir, ou em desacordo com a licença ou per-
poderá configurar infração administrati- missão obtida. Nessa situação, a com-
va ambiental. petência para julgar o delito será da jus-
d) Os valores arrecadados em decorrên- tiça federal, instância competente para
cia do pagamento de multas por infra- processar e julgar os crimes praticados
ção ambiental devem ser integralmente contra a fauna.
revertidos ao Fundo Nacional do Meio d) Na hipótese de uma pessoa praticar, em
Ambiente. período proibido, pesca em rio que sir-
e) Entre os efeitos da condenação por cri- va de limite entre dois estados, a com-
me ambiental inclui-se a apreensão de petência para o processo e o julgamen-
produtos dele decorrentes e de instru- to será da justiça estadual de qualquer
mentos utilizados para cometê-lo, salvo dos estados envolvidos.
os instrumentos lícitos. e) A pessoa jurídica de direito público ou
privado responsável, direta ou indire-
tamente, por atividade causadora de
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sempre que sua personalidade seja obstá- e) A responsabilidade penal por crimes
culo ao ressarcimento de prejuízos causa- ambientais está integralmente ampara-
dos à qualidade do meio ambiente. da no princípio da culpabilidade; desse
modo, os tipos penais previstos na lei
( ) Certo ( ) Errado que dispõe sobre os crimes ambientais
(Lei n.º 9.605/1998) só se consumam se
42. (96339) CESPE – 2012 – Responsabilidade os delitos forem praticados dolosamen-
Penal (Lei nº 9.605/98) te.
Julgue o item que se segue, referente a áre- 44. (96341) CESPE – 2009 – Responsabilidade
as de preservação permanente, unidades Penal (Lei nº 9.605/98)
de conservação e crimes ambientais.
Com relação aos crimes contra o meio am-
É circunstância agravante da pena o fato de biente, a fauna e a flora, assinale a opção
o agente ter cometido crime ambiental no correta.
interior de espaço territorial especialmente
protegido, salvo quando a referida localiza- a) A extração de areia em floresta de do-
ção constituir ou qualificar o crime. mínio público independe de autoriza-
ção, e, portanto, não é considerada cri-
( ) Certo ( ) Errado me quando for destinada a manutenção
de viveiro de avifauna nativa.
b) Abater um animal para proteger lavou-
43. (96340) CESPE – 2011 – Responsabilidade ra é um ato que independe de autoriza-
Penal (Lei nº 9.605/98) ção.
Considerando a disciplina legal dos crimes c) Se um indivíduo, em estado de necessi-
contra o meio ambiente, assinale a opção dade, abate um animal para saciar a sua
correta. fome, sua conduta não será considera-
da crime.
a) Incidem nas penas previstas em lei, d) O abate de animal, ainda que este seja
na medida de sua culpabilidade, as considerado nocivo pelo órgão compe-
pessoas que, tendo conhecimento da tente, é considerado crime.
conduta criminosa de alguém contra o e) Os crimes contra a fauna praticados du-
ambiente e podendo agir para evitá-la, rante a noite, aos sábados e aos domin-
deixem de impedir sua prática. gos aumentam as respectivas penas.
b) As sanções penais aplicáveis às pessoas
físicas pela prática de crimes ambien- 45. (96343) CESPE – 2004 – Responsabilidade
tais são as penas restritivas de direitos Penal (Lei nº 9.605/98)
e multa, mas não, as privativas de liber-
É apresentada uma situação hipotética, se-
dade.
guida de uma assertiva a ser julgada.
c) Por se tratar de ente fictício, a pessoa
jurídica não pode ser sujeito ativo dos Bartolomeu, pessoa com baixo grau de ins-
crimes ambientais. trução, foi preso em flagrante pela prática
d) O ato de soltar balões somente se ca- de ato definido como crime contra a fauna.
racteriza como crime contra o meio am- Nessa situação, o baixo grau de instrução de
biente se, em consequência da condu- Bartolomeu não exclui a sua culpabilidade,
ta, houver incêndio em floresta ou em mas constitui circunstância que atenuaria a
outras formas de vegetação, em áreas sua pena no caso de eventual condenação
urbanas ou em qualquer tipo de assen- penal.
tamento humano.
( ) Certo ( ) Errado
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46. (96358) CESPE – 2007 – Responsabilidade rebanho da ação predatória do animal. Nes-
Penal (Lei nº 9.605/98) sa situação, o fato é atípico, pois a legislação
ambiental expressamente prevê essa exclu-
Assinale a opção correta no que se refere à dente.
tutela ambiental penal do meio ambiente.
( ) Certo ( ) Errado
a) Em razão da prática de crime ambien-
tal, são aplicáveis às pessoas jurídicas,
de forma isolada ou cumulativa, penas 48. (96347) CESPE – 2008 – Responsabilidade
de multa, suspensão total ou parcial de Penal (Lei nº 9.605/98)
atividades, interdição temporária, proi-
bição de recebimento de subvenções Acerca das disposições expressas na legisla-
ou subsídios, prestação de serviços à ção ambiental, julgue o item a seguir
comunidade, independentemente da Constitui crime cuja pena é de seis meses
obrigação de reparar os prejuízos cau- a um ano e multa, matar, perseguir, caçar,
sados. apanhar ou utilizar espécimes da fauna sil-
b) Nos crimes ambientais, a aplicação de vestre, nativos ou em rota migratória, em
pena de multa decorrente de sentença desacordo com as prescrições legais per-
transitada em julgado impede a comi- tinentes. Assim, diante de uma ocorrên-
nação de multa por infração administra- cia policial dessa natureza e não havendo
tiva relativamente ao mesmo fato, em causas de aumento de pena, a autoridade
razão do princípio do non bis in idem. policial competente deverá lavrar termo
c) Admite-se, na legislação brasileira, em circunstanciado, em face da incidência de
caráter excepcional, a responsabilida- delito de menor potencial ofensivo.
de penal objetiva da pessoa jurídica por
crime ambiental, exigindo-se, para sua ( ) Certo ( ) Errado
caracterização, a culpabilidade social da
empresa.
49. (96348) CESPE – 2008 – Responsabilidade
d) Na hipótese de o diretor de uma em-
Penal (Lei nº 9.605/98)
presa determinar a seus empregados
que utilizem veículos e instrumentos a Acerca das disposições expressas na legisla-
ela pertencentes, em horário normal de ção ambiental, julgue o item a seguir
expediente, para extraírem e transpor-
tarem madeira de lei, sem autorização A ação penal para todos os delitos previstos
do órgão ambiental competente, des- na lei que dispõe acerca das sanções penais
tinada a construção particular daquele e administrativas derivadas de condutas e
dirigente, fica caracterizada a respon- atividades lesivas ao meio ambiente é, ex-
sabilidade penal da pessoa jurídica e da clusivamente, pública incondicionada.
pessoa física. ( ) Certo ( ) Errado
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mento com queimada e cozimento de car- 53. (96352) CESPE – 2010 – Responsabilidade
vão em mata localizada em sua propriedade Penal (Lei nº 9.605/98)
rural, sem a devida autorização legal. Nessa Assinale a opção correta no que se refere
situação, Paulo praticou crime contra a flora à responsabilização penal em matéria am-
e deverá ser processado e julgado perante a biental.
justiça federal.
a) Em caso de responsabilidade penal am-
( ) Certo ( ) Errado biental, não se aplica a pena de presta-
ção social alternativa.
51. (96350) CESPE – 2002 – Responsabilidade b) Uma madeireira sem licença ambiental
Penal (Lei nº 9.605/98) que, com o conhecimento de seu repre-
sentante legal, devaste a floresta na re-
Acerca dos crimes contra o meio ambiente gião amazônica, para cumprir contrato
julgue o item a seguir de fornecimento de madeira a cliente,
Considere a seguinte situação hipotética. cometerá crime contra a flora, podendo
Sílvio e Henrique, representantes legais da ser responsabilizada com o pagamento
sociedade comercial denominada Madeirei- de multa ou mesmo ser condenada a
ra Brasil Ltda., determinaram que os empre- pena restritiva de direito.
gados da empresa cortassem árvores em c) Não caberá imputação de responsa-
uma floresta considerada de preservação bilidade penal a estrangeiro residente
permanente, sem autorização da autorida- em área ribeirinha nas imediações da
de competente, para que as madeiras fos- cidade de Manaus que cometa crime
sem posteriormente comercializadas. Nessa de poluição tipificado na Lei de Crimes
situação, a pessoa jurídica poderá ser res- Ambientais.
ponsabilizada penalmente e, na hipótese de d) Um residente de cidade marginal a um
condenação, ser imposta pena de prestação igarapé, afluente do rio Negro, preso
de serviços à comunidade. portando espécimes de animais sel-
vagens em extinção, aprisionados em
( ) Certo ( ) Errado gaiolas e prontos para serem transpor-
tados para fora do território nacional,
não pode alegar arrependimento como
52. (96351) CESPE – 2002 – Responsabilidade circunstância atenuante em seu favor.
Penal (Lei nº 9.605/98) e) A ação de proteção da floresta amazô-
Acerca dos crimes contra o meio ambiente nica deve ser realizada de forma frag-
julgue o item a seguir mentada, conforme orientação consti-
tucional.
Considere a seguinte situação hipotética.
Em uma blitz, Tiago foi preso em flagrante 54. (96353) CESPE – 2009 – Responsabilidade
por ter em cativeiro, para a venda, trinta ca- Penal (Lei nº 9.605/98)
nários-da-terra. Nessa situação, e de acor-
Com relação à tutela penal do meio am-
do com o atual entendimento do STJ, Tiago
biente, julgue o item seguinte.
responderá por crime contra a fauna peran-
te a justiça federal. As pessoas físicas e as jurídicas estão sujei-
tas às mesmas sanções penais decorrentes
( ) Certo ( ) Errado
da prática de crime ambiental, quais sejam:
penas privativas de liberdade, restritivas de
direito e multas.
( ) Certo ( ) Errado
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55. (96354) CESPE – 2009 – Responsabilidade em seu habitat, não podendo ser entre-
Penal (Lei nº 9.605/98) gues a jardins zoológicos ou a entidades
similares.
Com relação à tutela penal do meio am-
biente, julgue o item seguinte. 58. (96357) CESPE – 2009 – Responsabilidade
A Lei de Crimes Ambientais prevê a suspen- Penal (Lei nº 9.605/98)
são condicional da pena nos casos de con- De acordo com o que estabelece a legisla-
denação a pena privativa de liberdade não ção de combate aos crimes ambientais,
superior a três anos.
a) é crime abusar de animais domésticos
( ) Certo ( ) Errado ou domesticados, maltratá-los bem
como realizar experiência dolorosa ou
56. (96355) CESPE – 2009 – Responsabilidade cruel em animal vivo, ainda que para
Penal (Lei nº 9.605/98) fins didáticos ou científicos, quando
existirem recursos alternativos.
Com relação à tutela penal do meio am- b) é contravenção abusar de animais do-
biente, julgue o item seguinte. mésticos ou domesticados, maltratá-los
Elaborar, no licenciamento, estudo parcial- bem como realizar experiência doloro-
mente falso é crime que admite as modali- sa ou cruel em animal vivo, ainda que
dades culposa e dolosa. para fins didáticos ou científicos, salvo
quando estas experiências resultarem
( ) Certo ( ) Errado em benefícios para a espécie humana.
c) é crime a utilização, ainda que parcial,
do carboidrato, natural ou genetica-
57. (96356) CESPE – 2010 – Responsabilidade mente modificado, na alimentação hu-
Penal (Lei nº 9.605/98) mana e na engorda do gado de corte.
Relativamente à tutela penal do meio am- d) é crime inafiançável executar pesquisa,
biente, assinale a opção correta. lavra ou extração de recursos minerais
ainda que se disponha de competente
a) Não constitui crime o abate de animal autorização, permissão, concessão ou
quando realizado, entre outras hipóte- licença, quando a exploração econômi-
ses, em estado de necessidade, para sa- ca de recursos ambientais não renová-
ciar a fome do agente ou de sua família. veis exceder a três quintos da zona de
b) Constitui crime matar, perseguir, caçar, extração das bacias hidrográficas.
apanhar ou utilizar espécimes da fau-
na silvestre sem a devida permissão, 59. (107371) FCC – 2013 – Responsabilidade
licença ou autorização da autoridade Penal (Lei nº 9.605/98)
competente. Tal proibição não alcança,
entretanto, os espécimes em rota mi- Em casos envolvendo crime ambiental de
gratória que não sejam nativos. menor potencial ofensivo, a suspensão do
c) Comprovada a responsabilidade de processo
pessoa jurídica na prática de crime am- a) é providência necessária, que pode ser,
biental, ficará automaticamente excluí- a qualquer tempo, também condiciona-
da a responsabilidade das pessoas físi- da à proibição de frequentar determi-
cas, autoras, coautoras ou partícipes do nados lugares ou à proibição de ausen-
mesmo fato. tar-se da comarca sem autorização do
d) Os animais ilegalmente caçados que fo- juiz.
rem apreendidos deverão ser libertados
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b) não é cabível, excepcionando as regras
da Lei nº 9.099/95.
c) é condicionada à prévia reparação do
dano ambiental, apurada mediante lau-
do de constatação.
d) poderá ser prorrogada sem tempo má-
ximo de duração, enquanto não for re-
parado o dano ambiental.
e) poderá ser deferida, mas a extinção da
punibilidade depende da reparação do
dano ambiental ou da comprovação de
que o acusado tomou as providências
necessárias à sua reparação integral..
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Gabarito: 1. (94375) A 2. (96097) C 3. (96873) A 4. (96874) B 5. (96877) C 6. (96879) B 7. (96880) B 8. (96881) B
9. (96882) D 10. (96883) A 11. (96884) A 12. (96885) A 13. (96409) E 14. (96638) B 15. (96098) D 16. (96871) C
17. (96100) A 18. (96101) C 19. (107381) D 20. (107384) C 21. (107387) Errado 22. (107344) A 23. (107359) A
24. (107347) C 25. (107351) B 26. (107364) B 27. (107354) C 28. (107369) C 29. (96872) B 30. (96377) D 31. (94377) C
32. (96342) Certo 33. (94389) B 34. (94400) D 35. (96321) A 36. (96323) C 37. (96325) A 38. (96331) D 39. (96336) B
40. (96337) D 41. (96338) Certo 42. (96339) Certo 43. (96340) A 44. (96341) C 45. (96343) Certo 46. (96358) A
47. (96345) Errado 48. (96347) Certo 49. (96348) Certo 50. (96349) Errado 51. (96350) Certo 52. (96351) Errado
53. (96352) B 54. (96353) Errado 55. (96354) Certo 56. (96355) Certo 57. (96356) A 58. (96357) A 59. (107371) E
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Direito Penal
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Edital
NOÇÕES DE DIREITO PENAL: Lei nº 9.503/1997 e suas alterações (crimes de trânsito – Código
de Trânsito Brasileiro).
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Penal
INTRODUÇÃO
Os crimes de trânsito ora são classificados como crimes de dano ora como crimes de perigo.
Dano é alteração de um bem, sua diminuição ou destruição; a restrição ou sacrifício de um
interesse jurídico. Perigo é a probabilidade de dano, não a simples possibilidade (Heleno Cláudio
Fragoso, Direção perigosa, Revista de Direito Penal, 13-14:145, Rio de Janeiro, jan./jun.1974).
Ainda quanto ao crime de perigo, sob aspecto objetivo, constitui o conjunto de circunstâncias
que possam fazer surgir o dano; subjetivamente, é integrado pelo juízo do julgador sobre a
probabilidade de dano, calcado na experiência daquilo que normalmente acontece em
determinadas situações e circunstâncias (Heleno Claudio Fragoso, Lições de Direito Penal; a
Nova Parte Geral, 8. ed., Rio de Janeiro, Forense, 1985, p.173, n.142).
Na legislação de trânsito, mais especificamente no capítulo dos crimes de trânsito, encontramos
crimes de dano, apenas os culposos, previstos nos arts. 302 e 303, que se referem aos homicídios
culposos e à lesão corporal culposa, e encontramos também crimes de perigo, previstos nos arts.
304 ao 312, ora de perigo em concreto ora de perigo em abstrato – em ambos os casos sempre
dolosos. O perigo concreto é aquele que precisa ser comprovado, isto é, deve ser demonstrada
a situação de risco corrida pelo bem juridicamente protegido. O policial presente na situação
de perigo irá reconhecê-lo por uma valoração subjetiva da probabilidade de superveniência
de um dano, como excesso de velocidade, trânsito com veículos sobre calçadas. Nos crimes de
perigo em abstrato ou presumido juris et de jure, a situação de perigo não precisa ser provada,
pois a lei contenta-se com a simples prática da ação que pressupõe perigosa.
Para Guilherme de Souza Nucci, crime de trânsito é a denominação dada aos delitos cometidos
na direção de veículos automotores, desde que sejam de perigo – abstrato ou concreto – bem
como de dano, desde que o elemento subjetivo constitua culpa. Não se admite a nomenclatura
de crime de trânsito para o crime de dano, cometido com dolo. Portanto, aquele que utiliza
seu veículo para, propositadamente, atropelar e matar seu inimigo comete homicídio – e não
simples crime de trânsito; e mais continua o ilustre mestre: “constitui-se de perigo abstrato
a figura típica penal cuja probabilidade de ocorrência do dano (perigo) é presumida pelo
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legislador, independendo de prova no caso concreto. Exemplo: entregar direção de veículo
automotor a pessoa não habilitada (art. 310) é crime de perigo abstrato. Basta a prova da
conduta e presume-se o perigo. Por outro lado, considera-se crime de perigo concreto a figura
típica que, fazendo previsão da conduta, exige prova da efetiva probabilidade de dano a bem
jurídico tutelado. Exemplo: dirigir veículo automotor sem estar devidamente habilitado, gerando
perigo de dano (art. 309). É indispensável que a acusação, além de descrever na denúncia ou
queixa a conduta (dirigir o veículo), faça menção à concreta possibilidade de dano (invadindo a
contramão ou subindo na calçada e quase atingindo pedestres, por exemplo)”.
2. Parte Geral
Vamos estudar nesse tópico as disposições do CTB que tratam da Parte Geral dos Crimes de
Trânsito.
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código,
aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.
Comentário:
Vamos fracionar o dispositivo acima fazendo os comentários pertinentes:
i) Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código – esta
parte do dispositivo nos informa que o CTB, quando trata dos crimes de trânsito, apenas
refere-se a veículos automotores.
Não pode o aluno imaginar que aquele que atropela uma pessoa conduzindo uma bicicleta ou
uma carroça não será penalizado. Será sim! Mas com fundamento no Código Penal (CP) e não
no CTB.
ii) aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este
Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995, no que couber. Vamos estabelecer uma sequência na aplicação da lei, pois aqui deve
ser observado o princípio da especialidade:
•• Tratando-se de crimes de trânsito aplica-se, em primeiro lugar, o CTB, devendo o CP e o CPP
preencher suas lacunas.
•• Dos 11 delitos de trânsito previstos no CTB, pelo menos 8 são crimes de menor potencial
ofensivo (possuem pena máxima até dois anos).
•• Os crimes de menor potencial ofensivo são regulamentados pela Lei nº 9.099/95. Nessa lei,
temos um procedimento judicial sumário (Termo Circunstanciado de Ocorrência – TCO) e
um processo penal “superveloz”, com uma série de possibilidades, acordos ou transações
para evitar o transtorno de sofrer uma condenação criminal. Este processo ocorre no
Juizado Especial Criminal (Jecrim).
•• É oportuno lembrar que uma infração penal de maior potencial tem como regra a
investigação via inquérito policial (procedimento administrativo mais detalhado que o
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TCO) e este será encaminhado a Vara Criminal pelo Ministério Público no oferecimento da
denúncia.
•• O artigo 302 trata de um crime em que não há a aplicação da Lei nº 9.099/95.
"§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e
88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do
parágrafo único pela Lei nº 11.705, de 2008)
I – sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
II – participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição
ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
III – transitando em velocidade superior à máxima permitida para a via em 50 km/h (cinqüenta
quilômetros por hora). (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 2º Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal. (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)"
Comentário:
Os dispositivos inseridos pela Lei Seca (Lei nº 11.705/08) tratam basicamente da lesão corporal
culposa no trânsito. Vamos à sua análise:
•• Pela pena prevista no artigo 303 (Lesão corporal culposa praticada na direção de veículo
automotor), em regra, temos um crime de menor potencial ofensivo – pena de 6 meses a
2 anos.
Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei
nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Veja os dispositivos da Lei nº 9.099/95:
“Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante
sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública
condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa
ou representação.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada,
não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação
a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.”
O que devemos saber sobre eles?
i) Composição dos danos civis – o suposto autor do fato pode se compor com a vítima,
mostrando que quer reparar o dano por meio de uma indenização!
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ii) Transação penal – aqui não há reparação civil, esta é proposta pelo Ministério Público com
a finalidade de substituir a pena e evitar o andamento do processo. Somente ocorre após a
impossibilidade da composição civil dos danos.
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ii) pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades – esta pena pode,
em tese, ser aplicada só (isolada) ou junto com outras penas (cumulativamente).
"Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação,
para dirigir veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos.
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade
judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para
dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação
penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional."
Comentário:
Vamos analisar o disposto de forma detalhada:
i) O caput do artigo 293 faz menção ao prazo que o juiz pode aplicar a pena. Na fixação desse
prazo, o juiz deve adotar os mesmos critérios de fixação da pena privativa de liberdade:
analisar as circunstâncias judiciais e fixar uma pena em concreto, depois considerar as
atenuantes e agravantes e, por fim, ponderar as circunstâncias aumentativas e diminutivas
de pena.
ii) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade
judiciária, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação
– duas informações devem ser extraídas deste dispositivo: primeiro, em regra, essa pena
privativa de liberdade deve ser aplicada após o trânsito em julgado. A segunda informação
relevante é que o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito
horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
E se não entregar a habilitação no prazo previsto acima? Responderá pelo artigo 307 do CTB!
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i) Em qualquer fase da investigação ou da ação penal – esta medida pode ser decretada
durante o inquérito policial por representação do delgado (autoridade policial) ou durante
o processo penal por requerimento do MP.
ii) havendo necessidade para a garantia da ordem pública – o criminoso contumaz (reiterado)
é o alvo deste dispositivo. A possibilidade de ocorrência de novos acidentes seria um bom
objeto de fundamentação para o juiz decretar a medida cautelar, preservando com isso a
ordem pública.
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um condutor que tenha sido condenado por omissão de socorro no trânsito (art. 304), e que
após isso volta a delinquir: pratica o crime de afastar-se do local do acidente para fugir a
responsabilidade civil (art. 305). No exemplo citado, nenhum dos dois crimes possui prevista a
pena de suspensão, mas, ainda assim, na reincidência o juiz é obrigado a aplicá-la.
"Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pagamento, mediante depósito judicial
em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do art.
49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resultante do crime.
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 do Código Penal.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado."
Comentário:
Vamos aproveitar a oportunidade e falar das multas mencionadas em nossa legislação de
trânsito.
O tema multa torna-se relevante em virtude da confusão feita por muitos candidatos, uma vez
que, no CTB, existe a previsão de três tipos de multa, de naturezas diferentes, uma de natureza
civil, outra de natureza penal e também uma de natureza administrativa.
Veja cada uma delas:
i) Multa administrativa
A multa administrativa é uma sanção a ser imposta pela autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via, onde tenha ocorrido uma infração de trânsito. Poderíamos defini-la também como
uma receita de natureza não tributária de arrecadação vinculada, uma vez que tem destino
certo, previsto no art. 320 do CTB, que nos informa que a receita arrecadada com a cobrança
das multas de transito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego,
de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Vale lembrar que 5% do total
da receita de multa arrecadada pelo país, são destinados ao Fundo Nacional de Segurança e
Educação para o Trânsito (Funset), que é administrado pelo Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran).
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poderá ainda reclamar o mesmo objeto, a mesma indenização, na esfera cível, recebendo
evidentemente apenas a diferença.
A forma de pagamento está prevista no Código Penal, entre seus arts. 49 e 52, devendo ser
paga em dia-multa, a ser fixado pelo juiz, sendo que um dia-multa não pode ser inferior a um
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 vezes
esse salário.
A multa deve ser paga dentro de 10 dias depois de transitada em julgada a sentença. A
requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitir que o
pagamento se realize em parcelas mensais, inclusive mediante desconto no vencimento ou
salário, sendo que o desconto não deve incidir sobre os recursos indispensáveis ao sustento do
condenado e da sua família. Cabe ressaltar que será suspensa a execução da pena de multa, se
sobrevém ao condenado doença mental.
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"Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela."
Comentário:
Deve o aluno desde já prender-se à informação que o dispositivo trata de acidentes de trânsito
em que resulte vítima, ou seja, do artigo 302 e 303 do CTB (homicídio culposo e lesão corporal
culposa).
Na segunda parte do dispositivo, temos a informação de que não se imporá a prisão em
flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela (à vítima) – as
informações que devem ser extraídas do exposto:
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1º Em se tratando de crimes dolosos, de trânsito ou não, a prisão em flagrante é uma regra.
2º Ocorrendo homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor,
aplica-se o dispositivo apenas se o condutor prestar pronto e integral socorro à vítima.
O socorro deve ser prestado de pronto, de imediato, exceto se houver risco pessoal para o
condutor. Não pode o condutor ficar de "blá, blá, blá" em seu celular e depois socorrer.
Tome cuidado, pois o risco patrimonial não pode ser alegado pelo condutor, como a
possibilidade de sujar o banco de seu carro de sangue ou de o motor de seu carro está vazando
água e poder fundir!
O socorro também deve ser integral, ou seja, a vítima deve ser levada até o hospital e não
próximo a ele.
3. Parte especial
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por responsabilidade exclusiva da vítima fatal” (AP. 1306555-5, 3.ª C., rel. Fábio Gouveia,
02.07.2002,v.u.).”
Indispensabilidade do laudo: por não se tratar de crime de menor potencial ofensivo, faz-se
mister a preservação do local para que haja trabalho da perícia especializada. Nesse sentido:
TJDF: “É notório que a Lei 9.099/1995 dispensa o exame de corpo delito nos crimes de pequena
potencialidade ofensiva, sendo suficiente prova da materialidade, para o oferecimento da
denúncia, boletim médico ou documento equivalente. Entretanto, não se pode considerar o
homicídio culposo de trânsito como crime dessa natureza, razão pela qual é de se reconhecer
a necessidade do laudo definitivo” (Ap.20000610004115APR, 1.ª T., rel. Lecir Manoel da Luz,
13.11.2002, v.u., DJU 30.04.2003,p.60).
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1ª Condutor não envolvido no acidente que se omite – Devemos entender como condutor
não envolvido aquele que está passando pelo local. Imagine que este condutor presencie
uma cena onde uma pessoa precisasse de socorro, e este se omitisse. Será que responderia
com fulcro no art. 304 do CTB? É evidente que não, uma vez que o 304 requer condutor
envolvido, o condutor responderia com base no art. 135 do Código Penal.
2ª Condutor envolvido, causador do acidente, culposamente, que se omite – Note que este
condutor praticou, antes da omissão de socorro, um homicídio culposo ou uma lesão
corporal culposa na direção de veículo automotor. Em virtude do exposto, a omissão de
socorro configura apenas uma circunstância aumentativa de pena do delito, não subsistindo
como crime autônomo. Enfim, na situação exposta o crime cometido ou é 302 ou 303 do
CTB com aumentativo de pena.
3ª Condutor envolvido, que não é considerado culpado pelo acidente, que se omite – Apenas
nesta situação é que se aplica o art. 304 do CTB.
Finalmente, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com
morte instantânea ou com ferimentos leves, incide a aplicação do art. 304 do CTB.
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Note que ainda que, em um primeiro momento, não tenha ocorrido crime, como no caso de
acidentes envolvendo apenas danos materiais, é possível que o condutor que fuja do local do
acidente seja responsabilizado com base no 305, se o seu objetivo, é fugir a responsabilidade
pela batida, ou melhor, de impedir que a justiça ocorra.
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Comentário:
Este artigo sofreu alteração pela Lei nº 12.971/2014. Sendo assim, três considerações devem
ser feitas sobre o dispositivo:
a) A primeira consideração a ser feita é que o crime da embriaguez deixou de ser um crime
de perigo em concreto para ser um crime de perigo em abstrato, antes para consumação
do delito era necessário que o condutor estivesse ziguezagueando, transitando sobre
calçadas, roletando cruzamentos, ou seja, atentando objetivamente contra incolumidade
pública. Com a alteração, ainda que esteja conduzindo adequadamente, se tiver acima dos
índices permitidos para embriaguez, será enquadrado no art. 306 do CTB.
b) Perceba que o crime se caracteriza nas hipóteses previstas § 1º. O inciso II fala em “sinais
que indiquem alteração da capacidade psicomotora”. O Contran definiu esses sinais por
meio da Resolução nº 432/13:
Relato do condutor:
a. Envolveu-se em acidente de trânsito;
b. Declara ter ingerido bebida alcoólica, sim ou não (Em caso positivo, quando);
c. Declara ter feito uso de substância psicoativa que determine dependência, sim ou não (Em
caso positivo, quando);
Sinais observados pelo agente fiscalizador:
a. Quanto à aparência, se o condutor apresenta:
i. Sonolência;
ii. Olhos vermelhos;
iii. Vômito;
iv. Soluços;
v. Desordem nas vestes;
vi. Odor de álcool no hálito.
b. Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
i. Agressividade;
ii. Arrogância;
iii. Exaltação;
iv. Ironia;
v. Falante;
vi. Dispersão.
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c. Quanto à orientação, se o condutor:
i. sabe onde está;
ii. sabe a data e a hora.
d. Quanto à memória, se o condutor:
i. sabe seu endereço;
ii. lembra dos atos cometidos;
e. Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta:
i. Dificuldade no equilíbrio;
ii. Fala alterada.
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Por fim, para maior controle da imposição da pena imposta pelo juiz, pelos agentes de trânsito,
temos as seguintes as seguintes previsões, no art. 295 do CTB e no art. 41 da Resolução nº
168/2004 do Contran:
“Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação será sempre comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito –
CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.”
“Art. 41. A Base Índice Nacional de Condutores – BINCO conterá um arquivo de dados onde será
registrada toda e qualquer restrição ao direito de dirigir e de obtenção da ACC e da CNH, que será
atualizado pelos órgãos ou entidade executivo de trânsito do Estado e do Distrito Federal.
§ 3º A suspensão do direito de dirigir ou a proibição de se obter a habilitação, imputada pelo
Poder Judiciário, será registrada na BINCO.”
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liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas
neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)."
Comentário:
Neste delito, diferentemente da infração de trânsito prevista no art. 174 do CTB, pune-se o
apenas os condutores e não os promotores do evento, uma vez que não têm uma ingerência
direta no resultado lesivo. Para configuração desse tipo penal, devem estar presentes alguns
requisitos, como: veículo automotor, via pública, e a possibilidade superveniente de dano
objetivamente descrita.
O sujeito passivo desse delito é a coletividade e, de forma secundária, a pessoa exposta a risco
em virtude da disputa. Como os eventos “corrida”, “disputa” ou “competição” explicitados no
caput do art. 308 do CTB, pressupõem a participação de pelo menos dois veículos, devemos
entendê-lo como um crime de concurso necessário.
Em virtude da alteração desse artigo por meio da Lei nº 12.971/14, o crime de "racha" que tem
como consequência a lesão corporal grave ou morte, o responsável pelo crime será punido com
mais rigor, como se observa nos §§ 1º e 2º deste artigo.
Por fim, é possível responsabilizar os promotores do evento na condição de partícipes,
conforme art. 29 do CP.
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Sendo assim, basta que o agente conduza veículo automotor, em via pública, sem a devida
permissão para dirigir ou habilitação e, de forma anormal, irregular, de modo a atingir o nível
de segurança de trânsito, que é o objeto jurídico tutelado pelo dispositivo.
Matéria tormentosa na doutrina e jurisprudência, a respeito se o art. 32 da Lei de Contravenções
Penais teria ou não sido revogado pelo art. 309 do CTB, pois dirigir sem CNH, além da infração
de trânsito, era tipificada como contravenção penal por ser uma infração penal de perigo em
abstrato.
O tema encontra-se pacificado, em virtude do teor da Súmula 720 do Supremo Tribunal
Federal: “O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de
dano, derrogou o art. 32 da Lei das Convenções Penais no tocante à direção sem habilitação em
vias terrestres”, posição divergente que pregávamos na 1ª edição desta obra.
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entregou a direção a pessoa inabilitada, ou seja, aquele que teve a vontade de praticar o delito,
como um vendedor de uma agência de automóveis, por exemplo, que sabia que o provável
comprador era inabilitado, e ainda assim entregou-lhe as chaves do veículo pertencente a
pessoa jurídica “agência de automóveis”.
Impende observar que o crime do art. 310 é crime de perigo em abstrato, não se exigindo para
sua tipificação que o condutor inabilitado, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir
suspenso dirija indevidamente. Caso o condutor dirija de maneira irregular poderá incidir sobre
ele o 309 do CTB.
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Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação,
o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere."
Comentário:
Neste artigo, a intenção do legislador foi punir aquele que, em acidente com vítima, mexe no
local do acidente para prejudicar, ou melhor, atrapalhar a administração da justiça. A intenção
do agente é sempre prejudicar a apuração da verdade dos fatos. Dessa forma, ainda que a
regra seja preservar o local, e este não é preservado, mas justificadamente, como para prestar
socorro, por exemplo, não há de se falar no cometimento do delito do art. 312.
Cabe ressaltar que, de acordo com o art. 279 do CTB, em veículo equipado com tacógrafo
(registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo), quando este veículo estiver
envolvido em acidente com vítima, somente o perito oficial pode retirar o disco do tacógrafo.
De posse desse saber, temos um ingrediente muito interessante utilizado por bancas
examinadoras, que é a combinação do arts. 312 e 279. Sendo assim, o condutor que esconde o
disco do tacógrafo, para que o perito não tenha acesso, prejudicando com isso a administração
da justiça, responde com base no 312.
Quanto à infração de trânsito correspondente, prevista no art. 176, podemos tecer os seguintes
comentários: primeiro, o condutor que deixa de preservar o local, em acidente com vítima, com
a intenção de ajudar, ainda assim pode responder com base 176 (infração de trânsito), uma vez
que nas infrações de trânsito o agente de trânsito não valora os elementos subjetivos (dolo e
culpa), mas nunca pelo 312 (crime); em segundo lugar, no que se refere as responsabilidades,
perceba que o art. 176 abrange apenas os condutores envolvidos em acidente com vítima, e no
art. 312, qualquer pessoa que teve a intenção de prejudicar a administração da justiça; e por
último, o condutor que deixou de preservar o local, para evitar perigo, para prestar socorro, ou
por determinação de algum policial, não responde nem pelo 176 nem pelo 312.
Por fim, podemos ainda combinar os arts. 176, 279 e 312. Considere a seguinte situação
hipotética, onde um veículo de escolar envolveu-se em acidente com vítima e o condutor retira
o disco do tacógrafo para entregar o perito que vai fazer o levantamento do local do acidente.
Este condutor, embora deva ser autuado pelo art. 176, por deixar de preservar o local, não
deve responder pelo crime do art. 312, pela ausência do dolo; porém se retirou o disco em
virtude de um provável incêndio e o entregou ao perito, não deverá nem ser autuado pelo art.
176 e nem pelo crime do art. 312, uma vez que seu objetivo foi evitar perigo.
As situações mais comuns em que temos a incidência do art. 312 são:
•• apagar marca de derrapagem;
•• retirar placas de sinalização;
•• alterar o local dos carros;
•• limpar estilhaços do chão;
•• alterar o local do corpo da vítima;
•• o agente, antes de apresentar seu veículo para perícia, alterar o local onde ocorreu o
abalroamento sempre com a intenção de prejudicar. Caso contrário, não há crime.
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Considerações sobre o art. 312 do CTB
Proteção jurídica: a administração da justiça.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: o Estado.
Elemento objetivo: a fraude processual.
Elemento subjetivo: o crime é doloso, existindo, portanto a vontade de prejudicar a
administração da justiça.
Consumação e tentativa: consuma-se com a desconfiguração do local do acidente, ainda que
descoberto em seguida. A tentativa é possível se interrompido o desígnio.
Observações:
Um ponto que gerou polêmica foram os artigos 302, § 2º e 308, § 2º do CTB, que tratam
respectivamente dos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor e do crime
de “racha”. Muitas críticas foram feitas e apontam uma suposta antinomia (conflito de normas)
entre os dispositivos legais, ou seja, dois artigos que tratam da mesma conduta. Enquanto um
deles prevê o homicídio com a qualificadora do “racha”, o outro tipifica o crime de “racha” com
a qualificadora do homicídio.
A grande consequência ao enquadrar a conduta delitiva em um ou outro dispositivo é o fato de
que o crime do art. 302 prevê pena de reclusão de 2 a 4 anos, enquanto o art. 308 estabelece
pena de 5 a 10 anos de reclusão.
Nesse caso, estamos diante de um mesmo fato, com penas diferentes. Luiz Flavio Gomes se
posiciona no sentido de que, juridicamente falando, sempre se aplica a norma mais favorável
ao réu, ou seja, deve incidir a pena mais branda – in dubio pro libertate.
"Art. 302, § 2º, do CTB. Se o agente conduz veículo automotor com capacidade psicomotora
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência ou participa, em via, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda
de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela
autoridade competente:
Penas – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
Art. 308, § 2º, do CTB. Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena
privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas
previstas neste artigo."
Porém, a partir de novembro de 2016, quando a Lei nº 13.281/16 passar a vigorar, essa
antinomia entre o art. 308, § 2º e o art. 302, § 2º (este último será revogado) não mais existira,
ou seja, aquele que disputar corrida e matar alguém responderá com base no art. 308, § 2º.
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Essa mesma lei incluirá, no Capítulo XIX do CTB, mais um artigo sobre o tema crimes de trânsito,
vejamos:
"Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que
o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta
deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes
atividades:
I – trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras
unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II – trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas
de acidente de trânsito e politraumatizados;
III – trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de
trânsito;
IV – outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de
acidentes de trânsito."
Implica dizer que, na substituição de penas privativas de liberdade por penas restritivas de
direito, o juiz observará o disposto nesse artigo específico.
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4. Tabela-resumo dos crimes em espécies
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Introdução
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Apresentação
Ementa:
1. Da Prova.
1.1. Exame do corpo de delito e pericias em geral;
1.2. Interrogatório do acusado;
1.3. Confissão;
1.4. Qualificação e oitiva do ofendido;
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1.5. Testemunhas;
1.6. Reconhecimento de pessoas e coisas;
1.7. Acareação;
1.8. Documentos de prova;
1.9. Indícios;
1.10. Busca e apreensão;
2. Da Restrição de liberdade (Prisões cautelares).
2.1. Prisão em flagrante;
2.2. Prisão preventiva;
2.3. Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989)
2.4. Alterações trazidas pela da Lei nº 12.403/2011
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Edital
DIREITO PROCESSUAL PENAL: Prova. Exame do corpo de delito e perícias em geral. Interrogató-
rio do acusado. Confissão. Qualificação e oitiva do ofendido. Testemunhas. Reconhecimento de
pessoas e coisas. Acareação. Documentos de prova. Indícios. Busca e apreensão. Restrição de
liberdade. Prisão em flagrante. Prisão preventiva. Lei nº 7.960/1989 (prisão temporária). Alte-
rações da Lei nº 12.403/2011.
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Processual Penal
LEGISLAÇÃO:
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL – ARTIGOS CORRELATOS:
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§ 1º As medidas cautelares previstas neste tor ou carcereiro, a quem será entregue cópia
Título não se aplicam à infração a que não assinada pelo executor ou apresentada a guia
for isolada, cumulativa ou alternativamente expedida pela autoridade competente, deven-
cominada pena privativa de liberdade. (In- do ser passado recibo da entrega do preso, com
cluído pela Lei nº 12.403, de 2011). declaração de dia e hora.
§ 2º A prisão poderá ser efetuada em qual- Parágrafo único. O recibo poderá ser pas-
quer dia e a qualquer hora, respeitadas as sado no próprio exemplar do mandado, se
restrições relativas à inviolabilidade do este for o documento exibido.
domicílio. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011). Art. 289. Quando o acusado estiver no território
nacional, fora da jurisdição do juiz processante,
Art. 284. Não será permitido o emprego de for- será deprecada a sua prisão, devendo constar
ça, salvo a indispensável no caso de resistência da precatória o inteiro teor do mandado. (Reda-
ou de tentativa de fuga do preso. ção dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 285. A autoridade que ordenar a prisão fará § 1º Havendo urgência, o juiz poderá requi-
expedir o respectivo mandado. sitar a prisão por qualquer meio de comuni-
cação, do qual deverá constar o motivo da
Parágrafo único. O mandado de prisão: prisão, bem como o valor da fiança se arbi-
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela trada. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
autoridade; § 2º A autoridade a quem se fizer a requisi-
b) designará a pessoa, que tiver de ser pre- ção tomará as precauções necessárias para
sa, por seu nome, alcunha ou sinais caracte- averiguar a autenticidade da comunicação.
rísticos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
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chefes de Polícia; (Redação dada pela Lei nº § 4º O preso especial não será transportado
3.181, de 11.6.1957) juntamente com o preso comum. (Incluído
pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
III – os membros do Parlamento Nacional,
do Conselho de Economia Nacional e das § 5º Os demais direitos e deveres do preso
Assembléias Legislativas dos Estados; especial serão os mesmos do preso comum.
(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)
IV – os cidadãos inscritos no "Livro de Mé-
rito"; Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for
possível, serão recolhidos à prisão, em estabele-
V – os oficiais das Forças Armadas e os mi- cimentos militares, de acordo com os respecti-
litares dos Estados, do Distrito Federal e vos regulamentos.
dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº
10.258, de 11.7.2001) Art. 297. Para o cumprimento de mandado ex-
pedido pela autoridade judiciária, a autoridade
VI – os magistrados; policial poderá expedir tantos outros quantos
VII – os diplomados por qualquer das facul- necessários às diligências, devendo neles ser
dades superiores da República; fielmente reproduzido o teor do mandado ori-
ginal.
VIII – os ministros de confissão religiosa;
Art. 298. (Revogado pela Lei nº 12.403, de
IX – os ministros do Tribunal de Contas; 2011).
X – os cidadãos que já tiverem exercido efe- Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vis-
tivamente a função de jurado, salvo quando ta de mandado judicial, por qualquer meio de
excluídos da lista por motivo de incapacida- comunicação, tomadas pela autoridade, a quem
de para o exercício daquela função; se fizer a requisição, as precauções necessárias
XI – os delegados de polícia e os guardas- para averiguar a autenticidade desta. (Redação
-civis dos Estados e Territórios, ativos e ina- dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
tivos. (Redação dada pela Lei nº 5.126, de Art. 300. As pessoas presas provisoriamente fi-
20.9.1966) carão separadas das que já estiverem definitiva-
§ 1º A prisão especial, prevista neste Código mente condenadas, nos termos da lei de execu-
ou em outras leis, consiste exclusivamente ção penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
no recolhimento em local distinto da pri- 2011).
são comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de Parágrafo único. O militar preso em flagran-
11.7.2001) te delito, após a lavratura dos procedimen-
§ 2º Não havendo estabelecimento especí- tos legais, será recolhido a quartel da insti-
fico para o preso especial, este será reco- tuição a que pertencer, onde ficará preso à
lhido em cela distinta do mesmo estabe- disposição das autoridades competentes.
lecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
11.7.2001)
§ 3º A cela especial poderá consistir em alo-
jamento coletivo, atendidos os requisitos de CAPÍTULO II
salubridade do ambiente, pela concorrência DA PRISÃO EM FLAGRANTE
dos fatores de aeração, insolação e condi-
cionamento térmico adequados à existên- Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autori-
cia humana. (Incluído pela Lei nº 10.258, de dades policiais e seus agentes deverão prender
11.7.2001)
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quem quer que seja encontrado em flagrante prisão em flagrante será assinado por duas
delito. testemunhas, que tenham ouvido sua leitu-
ra na presença deste. (Redação dada pela
Art. 302. Considera-se em flagrante delito Lei nº 11.113, de 2005)
quem:
§ 4º Da lavratura do auto de prisão em fla-
I – está cometendo a infração penal; grante deverá constar a informação sobre a
II – acaba de cometê-la; existência de filhos, respectivas idades e se
possuem alguma deficiência e o nome e o
III – é perseguido, logo após, pela autorida- contato de eventual responsável pelos cui-
de, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, dados dos filhos, indicado pela pessoa pre-
em situação que faça presumir ser autor da sa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
infração;
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escri-
IV – é encontrado, logo depois, com instru- vão, qualquer pessoa designada pela autorida-
mentos, armas, objetos ou papéis que fa- de lavrará o auto, depois de prestado o compro-
çam presumir ser ele autor da infração. misso legal.
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende- Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local
-se o agente em flagrante delito enquanto não onde se encontre serão comunicados imedia-
cessar a permanência. tamente ao juiz competente, ao Ministério Pú-
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade blico e à família do preso ou à pessoa por ele
competente, ouvirá esta o condutor e colherá, indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
desde logo, sua assinatura, entregando a este 2011).
cópia do termo e recibo de entrega do preso. § 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após
Em seguida, procederá à oitiva das testemu- a realização da prisão, será encaminhado
nhas que o acompanharem e ao interrogatório ao juiz competente o auto de prisão em
do acusado sobre a imputação que lhe é feita, flagrante e, caso o autuado não informe o
colhendo, após cada oitiva suas respectivas as- nome de seu advogado, cópia integral para
sinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. a Defensoria Pública. (Redação dada pela
(Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) Lei nº 12.403, de 2011).
§ 1º Resultando das respostas fundada a § 2º No mesmo prazo, será entregue ao pre-
suspeita contra o conduzido, a autorida- so, mediante recibo, a nota de culpa, assina-
de mandará recolhê-lo à prisão, exceto no da pela autoridade, com o motivo da prisão,
caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, o nome do condutor e os das testemunhas.
e prosseguirá nos atos do inquérito ou pro- (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
cesso, se para isso for competente; se não
o for, enviará os autos à autoridade que o Art. 307. Quando o fato for praticado em pre-
seja. sença da autoridade, ou contra esta, no exercí-
cio de suas funções, constarão do auto a narra-
§ 2º A falta de testemunhas da infração não ção deste fato, a voz de prisão, as declarações
impedirá o auto de prisão em flagrante; que fizer o preso e os depoimentos das teste-
mas, nesse caso, com o condutor, deverão munhas, sendo tudo assinado pela autoridade,
assiná-lo pelo menos duas pessoas que ha- pelo preso e pelas testemunhas e remetido ime-
jam testemunhado a apresentação do preso diatamente ao juiz a quem couber tomar conhe-
à autoridade. cimento do fato delituoso, se não o for a autori-
§ 3º Quando o acusado se recusar a assinar, dade que houver presidido o auto.
não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
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Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em te, ou por representação da autoridade policial.
que se tiver efetuado a prisão, o preso será logo (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
apresentado à do lugar mais próximo.
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser de-
Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser pos- cretada como garantia da ordem pública, da
to em liberdade, depois de lavrado o auto de ordem econômica, por conveniência da instru-
prisão em flagrante. ção criminal, ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver prova da existência do
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em fla- crime e indício suficiente de autoria. (Redação
grante, o juiz deverá fundamentadamente: (Re- dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
dação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único. A prisão preventiva tam-
I – relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela bém poderá ser decretada em caso de des-
Lei nº 12.403, de 2011). cumprimento de qualquer das obrigações
II – converter a prisão em flagrante em pre- impostas por força de outras medidas cau-
ventiva, quando presentes os requisitos telares (art. 282, § 4º). (Incluído pela Lei nº
constantes do art. 312 deste Código, e se 12.403, de 2011).
revelarem inadequadas ou insuficientes as Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Có-
medidas cautelares diversas da prisão; ou digo, será admitida a decretação da prisão
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). preventiva:(Redação dada pela Lei nº 12.403, de
III – conceder liberdade provisória, com ou 2011).
sem fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de I – nos crimes dolosos punidos com pena
2011). privativa de liberdade máxima superior a
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo 4 (quatro) anos;(Redação dada pela Lei nº
auto de prisão em flagrante, que o agen- 12.403, de 2011).
te praticou o fato nas condições constan- II – se tiver sido condenado por outro crime
tes dos incisos I a III do caput do art. 23 do doloso, em sentença transitada em julgado,
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de ressalvado o disposto no inciso I do caput
1940 – Código Penal, poderá, fundamenta- do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
damente, conceder ao acusado liberdade dezembro de 1940 – Código Penal; (Reda-
provisória, mediante termo de compare- ção dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
cimento a todos os atos processuais, sob
pena de revogação. (Redação dada pela Lei III – se o crime envolver violência doméstica
nº 12.403, de 2011). e familiar contra a mulher, criança, adoles-
cente, idoso, enfermo ou pessoa com defici-
ência, para garantir a execução das medidas
protetivas de urgência; (Redação dada pela
CAPÍTULO III Lei nº 12.403, de 2011).
DA PRISÃO PREVENTIVA
IV – (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
(Redação dada pela Lei nº 5.349, de Parágrafo único. Também será admitida a
3.11.1967) prisão preventiva quando houver dúvida
Art. 311. Em qualquer fase da investigação po- sobre a identidade civil da pessoa ou quan-
licial ou do processo penal, caberá a prisão do esta não fornecer elementos suficientes
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no para esclarecê-la, devendo o preso ser co-
curso da ação penal, ou a requerimento do Mi- locado imediatamente em liberdade após a
nistério Público, do querelante ou do assisten- identificação, salvo se outra hipótese reco-
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V – recolhimento domiciliar no período no- ficada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº
turno e nos dias de folga quando o investi- 12.403, de 2011).
gado ou acusado tenha residência e traba-
lho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de IX – monitoração eletrônica. (Incluído pela
2011). Lei nº 12.403, de 2011).
1. DA PROVA
Comentários:
Conceito de prova: a prova pode ser entendida como todo elemento de convicção trazido ao
processo pelas partes ou pelo juiz com o intuito de demonstrar a verdade de uma afirmação, a
existência de algo ou a realidade de um fato. Tem por finalidade formar a convicção do julgador.
Ônus da prova: é o encargo que recai sobre as partes, a fim de que demonstrem a ocorrência
de determinados fatos. Esse ônus cabe, em regra, a quem alegar o fato, mas o juiz pode deter-
minar, de ofício, a produção de provas (art. 156, CPP).
1. Íntima convicção (certeza moral do julgador): o juiz julga de acordo com as provas, mas
não precisa fundamentar suas decisões. Vigora, excepcionalmente, para os jurados, nos
casos de competência do Tribunal do Júri.
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2. Prova legal (certeza moral do legislador): o legislador que determina o valor de cada prova
(prova tarifada). Nesse sistema é que tem validade o jargão jurídico de que a confissão é a
rainha das provas. Não tem aplicação em nosso ordenamento jurídico.
3. Persuasão racional do juiz (livre convencimento motivado): o magistrado julga de acordo
com a sua convicção diante das provas coligidas, mas deve fundamentar suas decisões. É o
sistema aplicado, em regra, no direito pátrio.
1. Princípio da comunhão (ou aquisição) da prova: a prova uma vez produzida pode ser usa-
da por ambas as partes, uma vez que elas pertencem ao processo e não às partes.
2. Princípio do contraditório: a parte deve ser cientificada de toda prova produzida em juízo e
ter a possibilidade de contrariá-la.
3. Princípio da liberdade da prova: inspirado no princípio da verdade real, postula que em
processo penal são admitidos, em regra, todos os meios de prova. O rol de provas elencado
no CPP é meramente exemplificativo. As limitações a esse princípio podem ser constitucio-
nais ou legais (provas ilícitas e ilegítimas).
4. Princípio da não autoincriminação (nemo tenetur se detegere ou ninguém é obrigado a
se descobrir): o direito ao silêncio tem em mira não um suposto direito à mentira, mas a
proteção contra as hostilidades e as intimidações historicamente desfechadas contra os
réus pelo Estado. Esse princípio atua ainda na tutela da integridade física do réu, na medida
em que autoriza expressamente a não participação dele na formação da culpa.
5. Princípio da persuasão racional do juiz ou do livre convencimento motivado: o julgador
deve apreciar as provas dos autos para formar seu convencimento, fundamentando como
avaliou o conjunto probatório, exceto no Tribunal do Júri, em que vigora o princípio da ínti-
ma convicção, conforme outrora referido.
6. Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos: esse princípio está
previsto no art. 5º, LVI da CF/88, e também foi positivado no art. 157 do CPP com o advento
da Lei nº 11.690/2008.
A vedação das provas ilícitas atua no controle da regularidade da atividade estatal persecu-
tória, inibindo e desestimulando práticas probatórias ilegais por parte de quem é o grande
responsável pela sua produção. Pode-se dizer que esse princípio possui uma afirmação de
propósitos éticos e também de caráter pedagógico.
7. Princípio da identidade física do juiz: esse princípio foi introduzido no Direito Processual
Penal pátrio pela Lei nº 11.719/2008, no art. 399, § 2º, que dispõe: “o juiz que presidiu a
instrução deverá proferir a sentença”.
Essa foi uma medida das mais relevantes para o Processo Penal, já que a coleta pessoal
da prova, ou seja, o contato imediato com os depoimentos, seja das testemunhas, seja do
ofendido e do acusado, é de grande significado para a formação do convencimento judicial.
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1.1. Do Exame de Corpo de Delito e das Perícias em Geral
Perícia consiste no exame realizado em pessoa ou coisa para comprovação de fatos, por quem
tem conhecimento técnico, científico ou artístico adequado (perito).
O perito pode ser oficial ou não oficial (não oficial ou louvado). O oficial é o investido na função
por lei. Importante lembrar que não há mais a necessidade de dois peritos oficiais (novidade
trazida pela Lei nº 11.690/2008).
O não oficial é o nomeado pela autoridade administrativa (se ainda na fase inquisitiva, normal-
mente por autoridade policial) ou pelo juiz (se já na fase judicial), sem interferência das partes
(art. 276 CPP), e tem obrigação de aceitar o encargo (salvo escusa atendível – 277). O inoficial
deve prestar compromisso (159 § 2º), ser idôneo, diplomado em curso superior, preferencial-
mente na área específica dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame a ser feito (159 §1º). Ainda, deve-se dar preferência àquele da localidade onde será
realizada a perícia. Aos peritos se aplicam os impedimentos e suspeições incidentes sobre os
magistrados (art. 280). Intérpretes são equiparados aos peritos.
“Art. 159 CPP – O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras
de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem ha-
bilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
§ 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o en-
cargo.
§ 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao quere-
lante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
§ 4º O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exa-
mes e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos,
desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam en-
caminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em
laudo complementar;
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo
juiz ou ser inquiridos em audiência.
§ 6º Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença
de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.
§ 7º Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especia-
lizado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um
assistente técnico."
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Entendem alguns que a falta de compromisso do inoficial é causa de nulidade relativa (art. 564,
IV, e 572, CPP), para outros seria mera irregularidade. A perícia será determinada pela autorida-
de policial ou judicial, conforme o caso (inquérito ou ação penal), mas o exame de insanidade
mental só poderá sê-lo por juiz (art. 149, § 1º).
O laudo pericial será entregue em dez dias, devendo-se descrever minuciosamente o objeto
analisado, e as suas conclusões necessitam de fundamentação.
Na fase judicial, as partes podem requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou
para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a
serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo
apresentar as respostas em laudo complementar. Ainda, se houver requerimento, as partes
poderão ter acesso ao material que serviu de base à perícia, se for possível a conservação do
mesmo (art. 159 § 6°). Se negada perícia requerida, não há recurso previsto: caso a autoridade
policial negue, pode-se requerer ao MP ou ao Juiz que a requisitem; caso o Juiz negue, pode-
-se utilizar MS ou questionar indeferimento como preliminar de recurso futuramente cabível
(apelação ou RESE).
Espécies:
1. Direto – é realizado pelo perito diretamente sobre o objeto material do crime;
2. Indireto – realizado pelo perito ou pelo magistrado indiretamente sobre o corpo de delito,
não observando diretamente os elementos materiais. Normalmente, realizado por inter-
médio de testemunhas ou documentos.
A confissão não supre a ausência do exame de corpo de delito. O exame necroscópico (art. 162)
é realizado sobre o cadáver, com o fito de descobrir a causa da morte. Nos crimes de falsifica-
ção de documento, realiza-se o exame documentoscópico para se constatar eventual falsidade
material, e o grafotécnico para se apurar o responsável pela falsidade. Nos delitos de lesão
corporal grave com incapacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias, é neces-
sário o exame complementar após o trigésimo dia, podendo sua falta ser suprida pela prova
testemunhal.
A lei de tóxicos exige somente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga (fir-
mado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea) para lavratura do auto de prisão
em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, podendo o laudo definitivo de exa-
me químico-toxicológico ser anexado aos autos posteriormente.
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1.2. Interrogatório do acusado, confissão, perguntas ao ofendido
Do interrogatório do acusado
É o ato no qual o juiz ouve o acusado acerca da imputação que lhe é feita. Em regra, é o primei-
ro contato do réu com o processo penal (exceção: na Lei de Tóxicos, o réu primeiro é notificado
para apresentar defesa prévia – art. 55, Lei nº 11.343/06).
Natureza Jurídica: antes da Lei nº 10.792/03, 2 correntes: 1ª) Ato de defesa, pois desprovido
de contraditório. Jamais poderia fundamentar uma condenação (Ada); 2ª) Majoritária: ato de
natureza mista, um meio de defesa e um meio de prova, com contraditório diferido.
Após a Lei nº 10.792/03: em virtude da previsão de intervenção das partes no interrogatório,
firmou-se que este possui natureza jurídica mista, de ato de defesa e meio de prova.
Características do interrogatório:
1. Ato personalíssimo: somente o réu pode ser interrogado. Não admite representação, subs-
tituição ou sucessão. O interrogatório de pessoa jurídica responsável por crimes ambien-
tais é feito com seu representante.
2. Ato submetido ao contraditório: o interrogatório passou a sofrer contraditório, pois está
sujeito à repergunta das partes.
3. Ato dependente de assistência técnica da defesa: antes da Lei nº 10.792/03, o STF entendia
que a ausência das partes e do defensor não provocava nulidade. Hoje é obrigatória.
4. Publicidade: trata-se de ato público, com vista à garantia do próprio acusado. Em regra, o
interrogatório do réu preso deve ser feito na penitenciária (art. 185, par. 1º, CPP). Esse dis-
positivo legal é totalmente divorciado de nossa realidade. Isso porque, ao se levar em con-
ta literalmente essa norma, a audiência de instrução e julgamento deixaria de ser um ato
contínuo, para ser sempre dividida em duas fases, a primeira para se ouvir as testemunhas,
os peritos, etc., e a segunda apenas e tão somente para a realização do interrogatório do
acusado. Ou então, toda a instrução deveria se realizar na penitenciária!!! Por fim, há casos
em que não se recomenda a publicidade do interrogatório (792, par. 1º, CPP): escândalo,
inconveniente grave e perturbação da ordem.
5. Oralidade: é, em regra, ato oral. Isso porque a palavra, o tom da voz e o modo de se expres-
sar do réu também influenciam no convencimento do juiz. Poderá ser realizado por escrito:
1) em caso de mudez; 2) em caso de prerrogativa de algumas autoridades.
6. Individualidade: nenhum acusado pode ser ouvido na presença do outro (art. 191, CPP),
evitando-se que um influencie a versão do outro ou mesmo que um constranja o outro. Se
houver mais de um réu, todos serão ouvidos separadamente. Para Pacelli, assegura-se o di-
reito de participação da defesa técnica – do advogado – de coréu durante o interrogatório
de todos os acusados.
7. Judicialidade: até o advento da Lei nº 10.792/03 era ato privativo do juiz, não se admitindo
interferência das partes. Mas a partir da referida lei, deixou de ser ato privativo do juiz, ha-
vendo agora intervenção das partes (entrevista reservada do acusado com o seu defensor e
reperguntas das partes).
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§ 9º Na hipótese do § 8º deste artigo, fica garantido o acompanhamento do ato processual pelo
acusado e seu defensor.” (NR)
“Art. 222. .................................................................
§ 1º (VETADO)
§ 2º (VETADO)
§ 3º Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha poderá ser realizada
por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens
em tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a
realização da audiência de instrução e julgamento.” (NR)
Art. 2º O Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, passa a
vigorar acrescido do seguinte art. 222-A:
“Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a sua impres-
cindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio.
Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 222 deste Códi-
go.”
1.3. Confissão
É o ato de reconhecimento realizado em juízo por uma das partes, a respeito da veracidade dos
fatos que lhe são atribuídos e capazes de ocasionar-lhe consequências jurídicas desfavoráveis.
É a aceitação, pelo autor, da prática criminosa que lhe é imputada.
Classificação:
1. Confissão judicial: é a que ocorre em juízo, sob o crivo do contraditório, no curso do proces-
so.
2. Confissão extrajudicial: ocorre fora de juízo, sem contraditório, normalmente no inquérito
policial ou em outra sede administrativa.
3. Confissão explícita: quando há admissão expressa dos fatos.
4. Confissão implícita: se dá com a prática de atos que façam presumir ser o autor da infração.
Ex.: reparação dos danos.
5. Confissão simples: é a admissão, pura e simples, dos fatos narrados na inicial acusatória.
Não agrega à confissão nenhuma tese em seu benefício.
6. Confissão qualificada: ocorre quando o acusado admite a acusação que lhe é feita, mas
invoca em seu favor tese em seu benefício (ex.: causa que exclua o crime ou o isente de
pena).
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7. Confissão ficta ou presumida (quando o réu não contesta os fatos da petição inicial): não
existe, pois, no processo penal, prevalece o princípio da verdade real e o ônus de provas é
de quem alega.
8. Confissão delatória, chamada de corréu ou chamamento de cúmplice: ocorre nas hipóteses
de concurso de agentes, quando um corréu, além de assumir o fato, atribui a outro(s) esses
mesmos fatos. Para que essa prova seja válida, é necessário que seja feita sob o crivo do
contraditório, pois, nesse caso, estaremos diante de verdadeira prova testemunhal. Se o
réu, autor do crime em coautoria, confessar ter praticado o crime sozinho, pratica o crime
de autoacusação falsa? Não. O delito do art. 341 do CP jamais pode ser praticado por autor,
coautor ou partícipe de um crime.
Art. 65, III, d, CP: é atenuante da pena a confissão espontânea (confissão judicial, explícita ou
implícita e simples). A confissão extrajudicial e a qualificada podem GERAR A atenuante inomi-
nada do art. 66 do CP.
Características:
1. Ato personalíssimo – só o réu pode confessar. Não se admite por mandatário ou defensor;
2. Ato livre e espontâneo – a confissão obtida mediante constrangimento físico ou mental
configura o crime de TORTURA (art. 1º, I, a Lei nº 9455/97) – prova ilícita;
3. Retratável – porém, como o juiz tem o livre convencimento motivado, dará o valor que re-
putar correto a cada uma delas.
4. Divisível – o acusado pode confessar um fato e negar outro, bem como o juiz, dentro de seu
livre convencimento, pode valer-se apenas de parte da confissão.
VALOR DA CONFISSÃO: já foi considerada a rainha das provas. Hoje possui valor relativo, como
todas as demais provas (art. 197, CPP). A confissão obtida em interrogatório na fase pré-pro-
cessual destina-se ao convencimento do MP e não do juiz, por isso tal prova deve ser repeti-
da na fase instrutória da ação penal. Mesmo a confissão obtida perante o juiz, sob o crivo do
contraditório, deverá ser contextualizada junto aos demais elementos de prova, quando hou-
ver, diante do risco, sempre presente, sobretudo nos crimes societários, de autoacusação falsa,
para proteger o verdadeiro autor.
O ofendido, pessoa titular do interesse jurídico violado pela conduta criminosa, sempre que
possível, será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, assim como sobre
quem seja ou presuma ser o autor, e as provas que possa indicar (art. 201, CPP).
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1.5. Prova testemunhal
Testemunha é todo indivíduo estranho ao feito (não é vítima nem acusado) e equidistante das
partes, chamado ao processo para falar sobre fatos perceptíveis a seus sentidos e relativos ao
objeto do litígio.
Características:
1. Judicialidade – tecnicamente, somente se considera prova testemunhal aquela produzida
em juízo. Havendo divergência entre a inquirição na fase policial e na fase judicial, esta últi-
ma prevalece;
2. Oralidade – deve ser colhida verbalmente (artigo 204, CPP) em contato direto com o juiz e
as partes. Não se veda, entretanto, breve consulta a apontamentos. Exceções: do mudo, do
surdo e do surdo-mudo (artigo 192 do CPP); possibilidade de certas autoridades prestarem
depoimento por escrito (artigo 221, §1º, do CPP: “§ 1º O Presidente e o Vice-Presidente
da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo
Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as
perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, lhes serão transmitidas por ofí-
cio”). Nos termos do artigo 223 do CPP, quando a testemunha não conhecer a língua nacio-
nal, será nomeado intérprete para traduzir as perguntas e respostas.
3. Objetividade – o depoimento deve versar sobre os fatos, sem juízo valorativo, salvo quan-
do a reprodução forçosamente exigir carga axiológica. A testemunha não dá parecer ou
opinião, somente expõe sua percepção sensorial (“Art. 213. O juiz não permitirá que a tes-
temunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do
fato");
4. Retrospectividade – o objeto do testemunho são fatos passados;
5. Imediação – a testemunha deve narrar aquilo que captou imediatamente por meio dos
sentidos;
6. Individualidade – cada testemunha presta seu depoimento isolada da outra. No entanto,
entende-se que a incomunicabilidade é mera irregularidade e não se exige uma única audi-
ência para oitiva de todas as testemunhas no mesmo dia. A previsão de incomunicabilidade
está no artigo 210 do CPP. A Lei nº 11.690/08 (em vigor 60 dias após sua publicação em
10/06/2008) inseriu um parágrafo único ao referido artigo, para estabelecer: “Art. 210 (...)
Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua realização, serão reservados
espaços separados para a garantia da incomunicabilidade das testemunhas".
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É o meio de prova que se faz necessário quando o ofendido ou uma testemunha não conhece o
objeto do crime, todavia se recorda de seus traços individualizadores, sendo capaz de reconhe-
cê-lo se o vir. Preliminarmente, a pessoa que vai fazer o reconhecimento deve descrever aquilo
que será reconhecido, evitando-se os inexoráveis erros da precipitação. Depois, o objeto do
reconhecimento é colocado ao lado de outros parecidos para que a pessoa aponte o objeto de
sua descrição. A jurisprudência se inclina no sentido de que, sempre que possível, o indivíduo
seja colocado ao lado de outros com traços semelhantes, entretanto, quando isso não for pos-
sível, não haverá nulidade do feito ou da prova.
Nos termos do artigo 228 do CPP: “Se várias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhe-
cimento de pessoa ou de objeto, cada uma fará a prova em separado, evitando-se qualquer
comunicação entre elas”.
1.7. Acareação
Ato probatório pelo qual se confrontam pessoas que prestaram depoimentos divergentes so-
bre fatos relevantes em suas declarações. É um depoimento conjunto, que pode ser realizado
entre pessoas ausentes e presentes, por meio do isolamento dos pontos divergentes com expli-
cações sobre eles, via precatória (art.230 do CPP).
Nos termos do artigo 229 do CPP, a acareação pode se dar entre:
•• acusados;
•• acusado e testemunha;
•• testemunhas;
•• acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
•• pessoas ofendidas.
1.8. Documentos
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Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão ad-
mitidas em juízo.
Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a
defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário.
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusa-
ção ou da defesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes,
para sua juntada aos autos, se possível.
Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, quan-
do contestada a sua autenticidade.
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão,
se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela
autoridade.
Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando conferidas com o original, em presença da
autoridade.
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo relevante
que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o Mi-
nistério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos.
1.9. Indícios
Art. 239 CPP. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com
o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
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A Decisão que autorizar a busca domiciliar deve ser fundamentada com a indicação desses re-
quisitos e só pode ser executada se:
1. houver ordem judicial escrita e fundamentada
2. houver a Indicação precisa do local, motivos e finalidade da diligência (art. 245, CPP)
3. o cumprimento da diligência se der durante o dia, salvo consentimento do morador para
ocorrer à noite
4. o uso da força só se admite diante da recusa ou ausência do morador ou de qualquer pes-
soa no local
•• Espécies
A busca que visa à apreensão pode ser domiciliar ou pessoal (art. 240 do CPP):
Domiciliar – só pode ser feita, quando de modo forçado, por ordem judicial, ressalvados os ca-
sos expressos na CF/88 (art. 5º XI):
•• se houver Consentimento do morador
•• em caso de Flagrante Delito
•• em caso de Desastre ou
•• para a prestação de socorro
Nesses casos, a busca poderá ser feita independentemente de autorização judicial, a qualquer
hora do dia ou da noite.
A busca domiciliar feita em desacordo com o disposto no art. 5º XI da CRFB, constitui prova ilíci-
ta, porque obtida com violação de direito fundamental do indivíduo.
Pessoal – art. 244 do CPP: não depende de ordem judicial (como ensina Eugênio Pacelli de
Oliveira) – admite-se se houver fundadas suspeitas de que a pessoa esteja na posse de armas,
papéis ou objetos que constituem o corpo de delito.
OBS. 1: A busca pessoal em mulher deve ser feita por outra mulher, salvo se isso importar em
prejuízo ou retardamento da diligência (art. 249 do CPP).
OBS. 2: Eventuais abusos do executor da diligência, que importem em vexame, constrangimen-
to injustificado à pessoa, caracteriza crime do art. 4º, “b”, da Lei nº 4898/65 – Crime de Abuso
de Autoridade.
•• Observações quanto à busca domiciliar:
Em que casos ou pra que fins a busca domiciliar deve ser feita? A busca pode ser feita para um
dos fins do art. 240 § 1º do CPP.
Art. 240 § 1º do CPP: Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem,
para: (enumera algumas hipóteses, ver artigo). Em que pese entender que o rol é taxativo, há
cláusula aberta na alínea h que autoriza busca e apreensão fora das hipóteses ali enumeradas.
Parte da doutrina entende, no entanto, que a alínea h não foi recepcionada pela CF/88.
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2. DA RESTRIÇÃO DE LIBERDADE – PRISÕES CAUTELARES
2.1. PRISÃO
Conceito
Prisão consiste na privação da liberdade de locomoção, mediante clausura, decretada por or-
dem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, ou decorrente de flagrante
delito, conforme se depreende do artigo 5º, inciso LXI, da Constituição Federal, salvo nas hipó-
teses de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
Em decorrência do princípio da presunção de não culpabilidade, deve ser excepcional.
Espécies de prisões
2. Prisão cautelar
Cautelar de natureza processual acontece antes do trânsito em julgado. São espécies:
•• Prisão em flagrante;
•• Prisão preventiva;
•• Prisão temporária;
•• Prisão em decorrência da sentença de pronúncia;
•• Prisão em decorrência de sentença recorrível.
Hipóteses de flagrante
Existem muitas, mas o CPP prevê as seguintes hipóteses:
Art. 302 CPP. Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
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III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situa-
ção que faça presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presu-
mir ser ele autor da infração.
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grante preparado, acrescentando a existência do agente provocador, que é responsável por um
conjunto de circunstâncias para induzir o agente à prática do ato e ao mesmo tempo adota me-
didas para que o crime não se consume. Sendo assim, esse flagrante é inválido, é uma farsa que
jamais chegará à consumação, porque o bem jurídico está protegido.
Súmula 145 STF – Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível
a sua consumação.
•• FLAGRANTE FORJADO
O agente não cometeu crime, mas foi falsamente incriminado por terceiro. Exemplo: policial
introduz droga no veículo do agente e depois o prende em flagrante pelo transporte da droga.
A prova é ilegítima, devendo o policial responder por crime de abuso de autoridade e denun-
ciação caluniosa.
É uma modalidade de prisão importante, que gera reflexos em outros temas importantes no
Direito Processual Penal, dentre eles, liberdade provisória, prisão por pronúncia, prisão para
apelar. Tem como requisitos:
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Noções gerais:
•• natureza jurídica
Também é uma prisão de natureza cautelar. E é constitucional de acordo com o entendimento
do STF.
Sendo assim, depende, para sua decretação, do preenchimento dos requisitos do FUMUS BONI
IURIS, do PERICULUM IN MORA e da adequação às hipóteses específicas previstas na lei (hipó-
teses legais de incidência ou condições de admissibilidade).
Requisitos
Estão previstos na Lei nº 7.960/89
Artigo 1º. Caberá prisão temporária:
I – quando imprescindível para as investigações do IP;
II – quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao es-
clarecimento de sua identidade;
III – quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação
penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes (rol TAXATIVO dos crimes).
•• FUMUS BONI IURIS – está previsto no inciso III, do artigo 1º acima transcrito, remetendo-se
à análise da prisão preventiva.
•• PERICULUM IN MORA – está previsto nos incisos I e II, que demonstram a necessidade da
decretação da prisão.
HIPÓTESES LEGAIS – estão previstas no inciso III, que elenca o rol dos crimes.
SÍNTESE DOS REQUISITOS – Não se pode decretar a prisão temporária somente porque o inciso
I foi preenchido, pois isso implicaria viabilizar a prisão para qualquer delito, inclusive os de me-
nor potencial ofensivo, desde que fosse imprescindível para a investigação policial, o que soa
despropositado. Não parece lógico, ainda, decretar a temporária unicamente porque o agente
não tem residência fixa ou não é corretamente identificado, em qualquer delito. Logo, o mais
acertado, e pacificamente aceito pela doutrina e pela jurisprudência, é combinar essas duas
situações (incisos I e II) com os crimes enumerados no inciso III.
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Decretação
Somente pode ser decretada durante a investigação policial, não podendo ser decretada de-
pois de instaurada a ação penal.
Ela tem o objetivo de facilitar uma eficaz investigação, sendo que a preventiva visa a proteger a
ordem pública, a ordem econômica, a instrução criminal e a aplicação da lei penal. Essa distin-
ção entre os tipos de prisão é importante.
Decisão
DECISÃO deve ser fundamentada e expedida no prazo de 24 horas.
O juiz deve demonstrar a necessidade da prisão.
Prazo de duração
Regra é o prazo de 05 dias, prorrogável por mais 05 dias, em caso de comprovada e extrema
necessidade.
Exceção: crimes hediondos e equiparados têm o prazo de 30 dias, prorrogável por mais 30 dias,
também em caso de comprovada e extrema necessidade.
DA PRISÃO DOMICILIAR
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 317 CPP. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua
residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I – maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II – extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).
III – imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com
deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV – gestante; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
V – mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257,
de 2016)
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VI – homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos
neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Então nós temos: prisão domiciliar como pena e prisão domiciliar como cautelar processual
(que é cabível quando o preso se encontrar nas situações do art. 318, CPP.
Diz o art. 318 que caberá prisão domiciliar cautelar para o agente que:
I – for maior de 80 (oitenta) anos;
II – for extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III – tem sob seus cuidados especiais uma criança menor de 6 (seis) anos de idade ou com defi-
ciência;
IV – for gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou que esteja em gravidez de alto risco.
OBS.: PRISÃO PARA RECORRER e PRISÃO DECORRENTE DE PRONÚNCIA
As prisões cautelares prestam-se a tutelar interesses ligados à jurisdição penal, acautelando,
sobretudo, o regular andamento do processo. Como toda medida cautelar, podem ter como
consequência a própria antecipação do resultado final pretendido, por isso somente são conce-
didas quando se mostram concretamente indispensáveis.
Por não guardar qualquer compromisso com a cautelaridade e ser verdadeira execução provi-
sória, o art. 594 do CPP, que previa a prisão para recorrer, foi revogado pela Lei nº 11.719/08.
É necessária, assim, a releitura da Súmula 9 pelo STJ, para que não se aceite a possibilidade
de recolhimento ao cárcere como condição de admissibilidade do recurso. No mesmo sentido,
foi o art. 408, § 1º do CPP (que previa a prisão decorrente de pronúncia) revogado pela Lei nº
11.689/2008.
Na nova ordem, quando da sentença condenatória (art. 387, p. único e art. 492 do CPP) e decisão
de pronúncia (art. 413 § 3º, CPP), o juiz poderá ou manter a custódia já decretada, ou determinar
a prisão preventiva, observando, em qualquer caso, a necessidade de fundamentação cautelar
da medida (art. 312 do CPP). A ausência dessa fundamentação concreta é causa de vício sanável
mediante HC, pois o princípio constitucional da presunção de inocência não compactua com
prisões processuais obrigatórias.
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Direito Processual Penal
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Edital
DIREITO PROCESSUAL PENAL: Inquérito policial. Histórico, natureza, conceito, finalidade, carac-
terísticas, fundamento, titularidade, grau de cognição, valor probatório, formas de instauração,
notitia criminis, delatio criminis, procedimentos investigativos, indiciamento, garantias do investi-
gado. Conclusão, prazos. Disposições constitucionais aplicáveis ao Direito Processual Penal.
BANCA: Cespe
CARGO: Agente de Polícia e Escrivão
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Direito Processual Penal
Com a prática do delito, surge para o Estado a pretensão punitiva, o que doutrinariamente se
denomina jus puniendi (direito de punir). Assim é que, tendo o Estado o dever de proteger os
direitos mais essenciais da sociedade, ele apreende para si o monopólio daquele direito, ou
seja, somente o poder estatal encontra-se legitimado a exercer o direito de punir, em substitui-
ção à antiga “vingança de sangue”.
Mesmo no caso dos crimes apurados mediante ação penal privada, cuja titularidade fica subor-
dinada ao alvedrio do ofendido ou de quem tem legitimamente a qualidade para representá-lo,
cabe à vítima (ou seu representante), tão-somente, o jus accusationis, o direito de acusar, mas
não o de punir, o que consistiria em sério retrocesso do processo penal ao tempo em que se
fazia “justiça com as próprias mãos”, hoje em dia comportamento tipificado à luz do art. 345 do
CP (Exercício Arbitrário das Próprias Razões).
Tem-se, pois, de um lado, o sujeito ativo do crime (agente), que pugna, por todos os meios de
defesa em direito admitidos, preservar seu direito de liberdade, o jus libertatis.
Assim, tem-se a seguinte situação:
•• O Estado apreende alguns valores como essenciais ao convívio de seus cidadãos, e prote-
ge esses valores por meio de normas jurídicas de Direito Penal, notadamente as normas
penais incriminadoras, a cuja transgressão ou ameaça é cominada uma consequência, a
sanção penal, a mais séria de todas as sanções jurídicas;
•• O indivíduo pratica uma conduta, comissiva ou omissiva, descrita no tipo penal incrimina-
dor e não acobertada por uma excludente de ilicitude, praticando, assim, um injusto penal;
•• O Estado, então, que enxerga uma norma sua ser ofendida, passa a ter o interesse de punir
o ofensor, interesse este que é consubstanciado pelo jus puniendi, o direito de punir aque-
le que lesa um valor defendido pelo ente estatal;
•• O acusado, por seu turno, vê ameaçado seu direito de liberdade (lembremos que a liberda-
de, direito fundamental constitucionalmente protegido, é a regra; a sua privação, a exce-
ção), o jus libertatis, tendo interesse em se ver livre das consequências previstas abstrata-
mente pelo tipo penal incriminador que se supõe ter sido por ele violado;
•• Assim, surge entre o réu e o Estado um conflito de interesses qualificado por uma preten-
são (exercer o Estado sua pretensão punitiva) resistida (conferida pelo réu em defesa de
seu jus libertatis), conflito este que se denomina de lide ou litígio;
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•• Para solucionar o conflito, caberá ao Estado-juiz determinar a quem cabe razão, vale dizer,
decidir se é o Estado, para exercer sua pretensão punitiva, ou o réu, que deseja continuar
em seu jus libertatis.
A lide ou litígio que se instaura entre Estado e acusado deve se desenrolar por uma série de
atos coordenados entre si que tendem para um fim, a solução ou composição do conflito, de-
terminando o Estado-juiz, de uma vez por todas, qual direito (de punir ou de liberdade) deve,
ao final, imperar. Esse conjunto de atos coordenados chama-se processo.
Na verdade, o conceito de lide e de processo é único, haja vista que a jurisdição é una (quanto a
isso os processualistas civis e penalistas não parecem discordar), mas, para efeitos de organiza-
ção judiciária e para melhor da prossecução da justiça é que se divide o litígio em cível e penal,
e o processo, por conseguinte, em cível e penal. O processo penal é a fórmula encontrada pelos
Estados para comporem lides de natureza criminal.
Tomando por base as informações até aqui levantadas, poder-se-á definir lapidarmente o Direi-
to Processual Penal como o ramo jurídico que estuda o conjunto de princípios e normas acerca
da aplicação jurisdicional do Direito Penal material.
a) Autonomia: Não se discute a autonomia do Direito Processual Penal, porquanto possui ob-
jeto, normas e princípios próprios, características mestras que fazem um ramo possuir a
própria identidade dentro da dogmática jurídica.
Com efeito, se bem que só se fala em Direito Processual Penal se, quando e por conta da exis-
tência do Direito Penal, não menos certo é que este último não teria qualquer aspecto de fun-
cionalidade enquanto não pudesse ser efetivamente aplicado aos casos concretos levados a
composição pelo Estado-juiz.
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PC-GO (Agente de Polícia e Escrivão) – Direito Processual Penal – Prof. Rodolfo Souza
1. Conceito de Principio
É base e o alicerce para a interpretação das normas (lei) e um horizonte a ser perseguido para a
devida realização da justiça.
“Princípios são verdade ou juízos fundamentais que servem de alicerce ou de garantia de cer-
teza, um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da
realidade”. (Miguel Reale)
Este é um tema da mais alta relevância dentro do Direito Processual Penal, sem o qual nada em
nossa matéria tem sentido ou aplicação, ou, se o tiver, com toda a certeza o processo não se
coadunará com todo o espírito do ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito.
Somente com a obediência a todos os princípios abaixo assinalados é que se poderá falar em
“devido processo legal”, cuja transgressão a qualquer um deles poderá ensejar, como quotidia-
namente enseja, a aplicação de regras das quais, p. ex., confere-se a liberdade do cidadão (ain-
da que provisória, como no caso de quem é injustamente preso, por coação ilegal ou violência
infundamentada de quem quer que seja, mormente quando se trata de abuso de autoridade
ou coação ilícita contra a liberdade de ir, vir e ficar, o que poderá acarretar no ajuizamento de
habeas corpus), ou a nulidade de certos atos.
Sem o estudo aprofundado e acurado dos princípios que regem o processo penal de nada
adiantará estudar os demais assuntos que se alastram no transcorrer do curso, por um simples
motivo: todo o processo penal respalda-se, de uma maneira direta ou indireta, no conhecimen-
to dos princípios que o regem, e isso é facilmente corroborado à medida que em cada assunto
os doutrinadores fazem amiúde referência a algum princípio do processo penal.
Ver-se-á, entretanto, que os princípios não são absolutos — como quase nada em Direito, por
sinal —, de forma que vez ou outra, por força de mandamento constitucional ou mesmo infra-
constitucional (mas com o aval da Carta Magna), admitem-se exceções, consoante veremos.
Respeito às individualidades do homem, que deve ser tratado com dignidade independente-
mente de qualquer situação.
Trata-se de um atributo que todo ser humano possui independentemente de qualquer requisito
ou condição, seja ele de nacionalidade, sexo, religião, posição social etc. É considerada como o
nosso valor constitucional supremo, o núcleo axiológico da constituição.
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2.2. Princípio devido processo legal (art. 5º, LIV, CF/88)
Originado na cláusula do “due process of law” do direito anglo-americano, está consagrado
na Constituição Federal no art. 5º, LIV, estabelece que ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem que haja um processo prévio, no qual assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meio e recursos nela existentes.
Segundo Eduardo Couture, “em última análise, o due process of law consiste no direito de não
ser privado da liberdade e de seus bens, sem a garantia que supõe a tramitação de um processo
desenvolvido na forma que estabelece a lei”. Desse princípio decorrem vários outros, como o
do contraditório, igualdade das partes, imparcialidade do juiz, juiz natural, iniciativa das partes,
oficialidade e da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente.
A afronta ao princípio pode acarretar nulidade do processo (consequência mais comum) e até
mesmo constituir-se em fundamento para impetração de habeas corpus, por exemplo.
Não há exceções ao princípio, e nem mesmo a prisão provisória, cautelar, processual, constitui
exceção ou ofensa a ele, contanto que sejam observadas as formas tais quais devem ser obede-
cidas para a consecução da prisão.
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2.4. Favor Rei (CPP, arts. 386, VI, 609, parágrafo único, 615, § 1º, 617 e 621)
Por meio deste princípio, quando houver dúvida insuperável entre o jus puniendi e o jus li-
bertatis, deve o ordenamento jurídico inclinar-se em favor deste último. É o famoso aforismo
in dubio pro reo. O princípio está consagrado, no Código de Processo Penal, nos arts. 386, VII
(absolvição por insuficiência de provas), 609, parágrafo único (embargos infringentes e de nuli-
dade), 615, § 1º, e 617 (proibição da non reformatio in pejus) e 621 (revisão criminal).
Também é decorrência do princípio do favor rei, a aplicação do art. 10 do CP em detrimento do
art. 798, § 1º, do Código de Processo Penal, na questão dos prazos sobre matéria mista (penal
e processual penal).
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O contraditório, no entanto, só tem fundamento no processo criminal, ou seja, a partir do
momento em que é proposta a ação penal, de forma que na fase pré-processual (inquérito
policial) não se exige (e nem mesmo se admite) o contraditório.
Para espancar qualquer dúvida, a Carta Magna dispõe, em seu art. 5º, LV, que é assegurado
o contraditório “em processo judicial ou administrativo”, e inquérito, como salientamos, não
é processo, mas mero procedimento informativo de caráter administrativo para colheita de
provas na busca da apuração da materialidade do fato e de sua autoria.
Há, entretanto, quem entenda dever haver contraditório ficar na fase do inquérito (tal opinião,
no entanto, é minoritária). Com o advento da Lei 13.245/2016 que alterou o art. 7º do Estatuto
da OAB, visualiza-se a mitigação do caráter inquisitivo no inquérito, mas o assunto será
estudado no próximo capítulo.
1610 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Por outro lado, a autodefesa é a defesa exercida pelo próprio réu, desdobrando-se em três
vertentes, a saber: (a) direito de presença, (b) direito de audiência e (c) direito de postular.
No primeiro aspecto, está compreendido o direito de o réu participar dos atos processuais,
acompanhando o andamento do processo e a produção probatória. Por tal razão, o réu tem
o direito de ser intimado para comparecer à audiência. Entretanto, se for intimado e não
comparecer a um ato processual, poderá ser decretada a sua revelia (art. 367, CPP), e o
processo prosseguirá sem a sua intimação.
O direito de audiência configura-se na prerrogativa de o réu, se quiser, ter contato direto com o Juiz
e expor a sua versão sobre os fatos que lhe são imputados. Corporifica-se no interrogatório, que,
atualmente, é considerado meio de defesa, e não meramente um meio de prova. É essa a razão pela
qual o interrogatório deixou de ser o primeiro ato da instrução e passou a ser o último. Ora, se é
meio de defesa do réu, o momento mais propício para a sua ocorrência é após a produção de todas
as provas, de maneira que o réu tenha consciência das provas que foram produzidas em seu favor
e em seu desfavor e possa formar seu convencimento sobre a melhor estratégia para a sua defesa.
Há doutrina que enxerga o direito de audiência em duas óticas: na ótica positiva, o réu tem
a possibilidade de se manifestar sobre os fatos e expor a sua versão, a fim de influenciar a
formação do convencimento do Juízo; na ótica negativa, o réu tem o direito de manter-se em
silêncio, e este silêncio não pode ser interpretado em seu prejuízo.
Por fim, o direito de o réu postular dá-se em casos em que a legislação admite que ele formule
pretensões, mesmo sem a presença de um advogado. Por exemplo, o réu pode interpor recurso
de Apelação, pode impetrar Habeas Corpus e ajuizar Revisão Criminal. Por tal razão, o réu deve
ser intimado pessoalmente da sentença condenatória (art. 392, CPP).
A regra do art. 366, CPP, que prevê a suspensão do processo quando o réu, citado por Edital,
não comparecer nem constituir advogado, também é decorrência da autodefesa, posto que,
considerando-se que a citação editalícia é ficta, provavelmente sequer o réu terá conhecimento
da Ação Penal em seu desfavor, de modo que não poderá estar presente aos atos processuais
tampouco ser interrogado.
Garante a lisura e a limpidez dos atos processuais que em regra devem ser públicos, podendo
ser acessados por qualquer pessoa.
A regra aliás, com força imperativa constitucional é a de que todos os atos processuais são
públicos, não devendo sofrer qualquer espécie de restrição ou censura. Isso tem a sua razão
de ser: como o sistema processual penal brasileiro é o acusatório, em que os direitos humanos
(ao menos em tese...) são salvaguardados, razão não há, ao contrário do que ocorre no sistema
inquisitivo, repudiado nas legislações dos povos civilizados, para que o processo penal e o seu
desenrolar fiquem às escondidas, longe dos olhos da sociedade (exatamente quem tem mais
interesse na fiscalização do andamento de seus interesses, entre eles o da correta e justa apli-
cação da lei penal à espécie fática). Logo, o processo não é nem deve ser, via de regra, sigiloso.
O princípio da publicidade não é absoluto, e de fato nem poderia, pois a publicidade sem limites,
e sem exceções acarretaria, decerto, sérios problemas à pessoa do acusado ou da vítima, a de-
pender do caso concreto (imagine-se, dar-se a mais ampla publicidade a uma vítima de estupro).
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Daí porque, tendo em vista determinados valores, que devem reinar sobre a publicidade, a
Carta Política traçou genericamente os seus limites, determinando que a lei deverá restringir
a publicidade dos atos processuais “quando a defesa da intimidade ou o interesse social o
exigirem” (art. 5º, LX). Também se fazem ressalvas à publicidade, secundando-a quando estiver
em jogo o interesse público e a segurança da sociedade e do Estado (art. 5º, XXXIII). Vejam-se
outras exceções nos arts. 217, 792, § 2º, todos do Código de Processo Penal brasileiro.
Tais restrições estão alicerçadas em defesa da intimidade da vitima ou diante da necessidade
do interesse público, os principais exemplos são:
•• Art. 201 § 6º do CPP, ao dispor que o “juiz tomará as providencias necessárias à preservação
da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo inclusive determinar o
segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes
dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação”.
•• Mais recentemente a lei 12.015/09, introduziu por meio do art.234-B do Código Penal o
segredo de justiça na tramitação dos processos por crimes contra a dignidade sexual.
O inquérito policial, como teremos ainda oportunidade de observar, é inquisitório, e como
tal é intrinsecamente sigiloso. No entanto, afirmemos desde já, o inquérito policial, primeira
fase da persecução criminal, não é e nem faz parte processo penal (tecnicamente falando),
de modo que não faltamos com a verdade quando dizemos que o processo penal brasileiro é
eminentemente (embora não absolutamente) público.
Provas obtidas por meios ilícitos, consideradas aquelas que afrontam direta ou indiretamente
garantias tuteladas pela Constituição, não poderão em regra, ser utilizadas no processo
criminal como fator de convicção do juiz. Atua como princípio ético, quer a apuração dos fatos
criminosos, calcada na licitude, pois nada adiantaria, sob o prisma democrático, buscar a justiça
desrespeitando as leis.
No processo penal, são proibidas as chamadas provas ilegais. As provas proibidas são de suas
espécies: ilegítimas e ilícitas. Entre ambas há nítida distinção: as primeiras, provas ilegítimas,
são aquelas obtidas com afronta a preceito de legislação processual, isto é, violação do Direito
Penal formal; as provas ilícitas, por sua vez, são as que são conseguidas com violação a norma
de Direito Penal material, ou seja, são obtidas por meio criminoso ou contravencional.
Em todo o mundo, a única Constituição que proíbe taxativamente a obtenção ilícita de provas
é a brasileira (art. 5º, VI). Assim, mesmo que o que se conseguiu apurar seja prova cabal da
existência de uma infração penal e da autoria da mesma, se tal se deu ilicitamente, como por
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Tal princípio está previsto no art. 5º, XLV da CF. Também denominado princípio da intranscen-
dência ou da pessoalidade ou, ainda, personalidade da pena, preconiza que somente o conde-
nado, e mais ninguém, poderá responder pelo fato praticado, pois a pena não pode passar da
pessoa do condenado.
Este princípio justifica a extinção da punibilidade pela morte do agente. Resta óbvia a extinção
quando estamos tratando da pena privativa de liberdade, mas o princípio da responsabilida-
de pessoal faz com que, mesmo tendo o falecido deixado amplo patrimônio, a pena de multa
não possa atingi-lo, pois estaria passando da pessoa do condenado para atingir seus herdeiros.
Sendo assim, sempre estará extinta a punibilidade, independente da pena aplicada, quando
ocorrer a morte do agente.
Todavia, se estivermos diante de uma responsabilidade não penal, como a obrigação de reparar
o dano, nada impede que, no caso de morte do condenado e tendo havido bens para transmitir
aos seus sucessores, estes respondem até as forças da herança. A pena de multa, apesar de ser
considerada agora dívida de valor, não deixou de ter caráter penal e, por isso, continua obede-
cendo a este princípio.
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2.12. Juiz Natural (art. 5º, XXXVII e LIII, CF)
Este princípio tem fundamento constitucional no art. 5º, XXXVII (“não haverá juízo ou tribunal de
exceção”). Significa que nenhuma lei poderá sob hipótese alguma criar órgão jurisdicional ou de-
signar magistrados especiais para julgarem um caso isolado. Quer dizer, dado um fato, o órgão ou
o juiz incumbido de o julgar já deve estar previamente previsto para aquele desiderato. É constitu-
cionalmente vedado, portanto, criação ou designação de órgão ou tribunal após o fato. Além do
mais, “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” (art. 5º, LIII,
da CF/88), o que quer dizer que a cada espécie de fatos cabem processo e julgamento a um órgão
competente. Lembram os autores que não ofendem o princípio do juiz natural as modificações de
competência, as substituições, o desaforamento e a prorrogação de competência previstas em lei.
Identidade Física do Juiz: Inobstante o temos citado no rol dos princípios do processo penal,
em verdade e de fato ele não subsiste, ao menos no processo brasileiro. Segundo o princípio,
num mesmo processo só poderia atuar um único e só juiz, não se permitindo a sua substituição
por outro: o juiz que pratica um ato de um processo necessariamente deverá ser o mesmo para
todo o desenrolar do mesmo, nos limites de sua competência. Não é princípio do Direito Pro-
cessual Penal brasileiro, e não foi consagrado, sequer, pelo Código de Processo Penal brasileiro,
tendo em vista que o trata do juiz como “órgão jurisdicional”, em caráter impessoal, portanto,
pouco importando a pessoa física do juiz.
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Assim, ele não terá receio de julgar segundo lhe aprouver, mas sempre de acordo com os man-
damentos da lei e os princípios da ordem jurídica, nunca das pressões e influências negativas);
Irredutibilidade de vencimentos, ou seja, os magistrados poderão ter a certeza de que seus
vencimentos não serão atingidos pelos poderosos ainda que contrarie seus interesses. Logo,
decida o juiz como decidir, as garantias assegurarão que ele continue no cargo.
A doutrina defende que o juiz deve ser objetiva e subjetivamente capaz de exercer a jurisdição
diante do caso concreto.
Objetivamente, ele deve ser competente para julgar a demanda (no entanto, a preclusão do direi-
to de alegação de incompetência relativa implica a prorrogação da competência, isto é, de incom-
petente passa o magistrado a competente). A capacidade subjetiva é, em termos do princípio em
epígrafe, a que nos interessa. A imparcialidade ficará afetada com o impedimento ou com a mera
suspeição do juiz. Tanto o juiz impedido quanto o suspeito não podem atuar no processo.
O impedimento está capitulado no art. 252 do Código de Processo Penal, e se refere aos casos
em que o juiz: tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito (inciso I); ele próprio houver desempe-
nhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha (inciso II); tiver funcionado como
juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão (inciso III); ele
próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o ter-
ceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito (inciso IV).
Dá-se a suspeição do magistrado: está capitulado no art. 254 do Código de Processo Penal, e se
refere aos casos em que o juiz: for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles (inciso I); se
ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo,
sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia (inciso II); se ele, seu cônjuge, ou parente, consan-
guíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que
tenha de ser julgado por qualquer das partes (inciso III); se tiver aconselhado qualquer das partes
(inciso IV); se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes (inciso V); se for só-
cio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo (inciso VI).
Não haveria seriedade e imparcialidade e, portanto, tranquilidade de uma das partes, se se
soubesse que o juiz é impedido ou suspeito por qualquer um daqueles motivos, que, aliás, de-
vem como tais ser declarados de ofício, e se o juiz não o fizer, qualquer das partes poderá alegá-
-la por meio de exceção.
2.14. Iniciativa das Partes (art. 129, I, CF/88; arts. 24 e 30, CPP)
A ação penal é o direito instrumental de fazer invocar a tutela jurisdicional com vistas à compo-
sição de uma lide penal. A titularidade da ação penal é exclusiva da parte interessada: Ministé-
rio Público, nos crimes de ação penal pública; ofendido ou seu representante legal, nos de ação
privada. De forma que, se quer o titular da ação penal que o autor de um crime seja processado
e julgado, necessitará de promover a ação penal respectiva; em última instância, terá de tomar
a iniciativa de conclamar aquela tutela.
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Daí dizer-se que paralelamente ao princípio da iniciativa das partes está o da inércia do juiz, ou
seja, ele só pode tomar a primeira providência jurisdicional se e quando for “chamado” a tal,
por meio da instauração da ação penal (denúncia ou queixa-crime).
O princípio em comento é ratificado por duas expressões latinas: nulla jurisdictio sine actione
(não há jurisdição sem ação); ne procedat judex ex officio (não procede a jurisdição de ofício).
Não há exceções a esse princípio: ao Ministério Público (MP), e somente a ele, cabe a iniciativa
da ação penal pública (art. 129, I, da CF/88), sendo que nem sequer a autoridade policial ou o
juiz podem propor ação penal; ao ofendido ou seu representante legal, e somente a eles, a ação
penal privada (CPP, arts. 29 e 30). Mesmo quando o Ministério Público não intenta a denúncia
no prazo legal, quando então cabe à parte ofendida a ação privada subsidiária, o MP não perde
a sua titularidade, e tanto é assim que, malgrada a propositura tempestiva da queixa-crime, o
MP volta a poder apresentar a denúncia. Nada obsta, também, que, no prazo de oferecimento
de queixa-crime, seja oferecida denúncia.
2.15. Oralidade
Por ele, a validade das declarações de ambas as partes (acusação e defesa) depende sobremanei-
ra de seu pronunciamento feito oralmente. Tal princípio encontra seu cume durante o decorrer
das sessões do Tribunal do Júri, em que a defesa, acusação e julgamento são realizados oralmen-
te (salvo algumas fórmulas procedimentais, em que se faz por escrito, mas em sua essência as
sessões do Tribunal do Júri são orais). No entanto, observa-se que de ordinário o processo penal
brasileiro, tal qual o cível, apresenta-se muito mais escrito do que oral, e apenas em um ou outro
caso é que se consagra a primazia da palavra oral, verbalizada, não gráfica, como acontece no
rito sumaríssimo nas infrações penais de menor potencial ofensivo (art. 81 da Lei nº 9.099/95).
Atualmente vem ocorrendo uma tendência doutrinária em se “oralizar” mais o processo penal
brasileiro, até porque assim se procuraria desburocratizá-lo mais.
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será considerado, por presunção, verdadeiro. O mesmo não ocorre no processo penal, em que, p.
ex., o fato de uma pessoa entregar-se à autoridade policial, dizendo-se autora de determinado deli-
to cuja autoria era até então desconhecida não significará que, com certeza, ela será condenada por
aquele crime, pois que pode ser que ela esteja faltando com a verdade (para acobertar alguém, por
exemplo). Sua “confissão” não gera presunção de verdade (como ocorreria no processo cível), mas
apenas, quando muito, uma suspeita de que fora ela mesma quem praticou a infração penal.
Veja-se, p. ex., o princípio da verdade real sendo aplicado quando o juiz, independentemente
da iniciativa de qualquer das partes, de ofício ordena a execução de determinada diligência,
a fim de que ele consiga obter a verdade, nada mais que a verdade. Mesmo diante dos fatos
incontroversos pelas partes (isto é, as partes da lide penal não divergem a respeito de um fato)
o juiz poderá, não satisfeito com o que tem diante do processo (ausência de contestação por
qualquer das partes), ordenar diligências. Mesmo quando o Ministério Público pede a absolvi-
ção é possível que o Juiz, analisando que, in casu, cabe legitimidade ao Estado de fazer valer
sua pretensão punitiva, poderá condenar o réu (art. 385 do Código de Processo Penal).
O princípio da verdade real não é absoluto. Tenha-se em mira, a sentença absolutória tran-
sitada em julgado, que não pode ser mais “desfeita” (tecnicamente, rescindida, modificada)
mesmo que sejam apresentadas as mais irrefutáveis provas contra o réu. Quer dizer, a regra
processual penal de caráter formal de que a sentença absolutória transitada em julgado não
pode ser rescindida, aqui, constitui uma das exceções ao princípio em tela. Diga-se o mesmo,
também, na causa extintiva de punibilidade da perempção, que se faz presente mesmo quando
há provas conclusivas acerca da materialidade do fato e da sua respectiva autoria: por melhor
que seja a redação da queixa-crime, por melhores e mais incontestáveis que sejam as provas
nela acostadas, a ausência de pedido de condenação ou de citação do réu gera extinção da pu-
nibilidade, nos termos dos arts. 107, IV, in fine, do CP, e 60 do Código de Processo Penal.
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Os crimes de ação penal pública, no entanto, ensejam o interesse público de que sejam devida-
mente apurados, de modo que não pode a autoridade policial, ao deles tomar conhecimento,
deixar de instaurar inquérito policial (embora se alegue, vez ou outra, que não seja bem isso
o que ocorre na prática); e ao representante do Ministério Público não cabe “querer ou não
querer” oferecer a denúncia (peça em que se consubstancia a ação penal pública), sendo que,
antes, ele simplesmente tem de oferecê-la.
E se a autoridade policial deixar de instaurar o inquérito policial, ou o representante do Minis-
tério Público deixar de oferecer a denúncia? A depender do caso concreto, poderão eventual-
mente responder por crime de concussão (art. 316, caput, do CP), de corrupção passiva (art.
317 do CP) ou de prevaricação (art. 319 do CP).
Doutrinadores da estirpe de Fernando da Costa Tourinho Filho e Júlio Fabbrini Mirabete têm
dito que o princípio da obrigatoriedade não oferece exceção alguma, mas uma “mitigação”
(abrandamento), nos termos do que dispõem os arts. 74 e 76 da Lei nº 9.099/95, permitindo-
-se a composição e a transação penais anteriores ao oferecimento da denúncia. Fala-se, então,
nas infrações penais de menor potencial ofensivo, em discricionariedade regrada: o Ministério
Público pode, desde que atendidas certas condições, deixar de oferecer a denúncia.
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A chamada “ação penal popular”, que possibilita a iniciativa de qualquer do povo para oferecer
ação penal por crime de responsabilidade do Presidente da República e do Procurador-Geral da
República, insculpida no art. 41 da Lei nº 1.079/50, não tem mais sua razão de ser (o dispositivo
está tacitamente revogado pelo art. 129, I, da CF/88).
A exceção ao princípio está na ação penal privada (daí porque dizer-se que, com relação à ação
penal, o princípio da oficialidade somente é absoluto quanto à ação pública). Na ação privada, a
titularidade não é do Ministério Público, mas muito pelo contrário: cabe ao ofendido ou ao seu
representante legal promover a ação penal privada, particulares e não autoridades, por conseguinte.
3. Sistema Processual
É o conjunto de princípios e regras constitucionais, de acordo com o momento político de cada Es-
tado, que estabelecem as diretrizes a serem seguidas para a aplicação do direito no caso concreto.
No direito comparado, são encontradas três espécies de sistemas processuais penais (tipos de
processos), a saber:
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•• As partes são as gestoras das provas;
•• Há separação das funções de acusar, julgar e defender;
•• O processo é público, salvo exceções determinadas por lei;
•• O réu é sujeito de direitos e não mais objeto da investigação;
•• Consequentemente, ao acusado é garantido o contraditório, a ampla defesa, o devido pro-
cesso legal, e demais princípios limitadores do poder punitivo;
•• Presume-se a não culpabilidade (ou a inocência do réu);
•• As provas não são taxativas e não possuem valores preestabelecidos.
Em que pese não existir posição uniforme a respeito de qual sistema o Brasil adotou, a doutrina
majoritária tem apontado o sistema acusatório.
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O Estado tem interesse em manter a paz e a harmonia entre seus cidadãos. Quando se comete
uma infração penal, põe-se em risco aqueles bens jurídicos, e surge para o Estado o jus puniendi,
o direito de punir.
Todavia, para que o Estado possa punir, é preciso, de antemão, recolher elementos probatórios ne-
cessários que indiquem a prática de uma infração penal, e apontem a autoria do mesmo. Surge,
assim, a necessidade de “ir atrás da infração penal”, “persegui-la”, investigando-a e denunciando-a,
atividade a que se dá o nome de persecução penal (persecutio criminis). A persecução penal, literal-
mente “perseguição à infração penal” (sua materialidade e autoria), constitui-se da soma da ativida-
de investigatória (inquérito policial), que é a sua primeira fase, com a ação penal, que é a sua segun-
da fase. Esta última fase é chamada também de persecutio criminis in judictio, porque a persecução
criminal está já em juízo, não apenas em sua fase meramente administrativa, como o é a primeira.
Nos itens que se seguem, restringir-nos-emos à primeira fase da persecução penal, a do inqué-
rito policial.
2. Polícia
Como estamos aqui tratando de inquérito policial, faz-se mister que atentemos ao que se en-
tende por polícia.
2.1. Conceito
Polícia é uma instituição de Direito Público destinada a assegurar a segurança, a paz, a incolu-
midade e a ordem públicas.
2.2. Divisão
A polícia é comumente dividida em: polícia administrativa (de caráter preventivo das infrações
penais) e polícia judiciária (com o fito de reprimir as infrações penais). A primeira visa prevenir
a prática de delitos e contravenções; a segunda, que surge após o cometimento do ilícito penal,
tem por fim investigá-lo, apurá-lo, para recolherem-se seus elementos de materialidade e auto-
ria, a fim de que seja deduzida, pelo titular da ação penal cabível, a pretensão punitiva.
Pode ainda ser dividida a polícia em civil, federal e militar. Esta última tem caráter ostensivo, e o
inquérito policial militar (IPM) serve para apurar as infrações militares, não todas as infrações.
Tanto é assim que, ainda quando um não-militar é preso por policiais militares, será levado à
presença da Polícia Civil e o que se instaurará é um inquérito policial presidido por Delegado de
carreira, não um inquérito policial militar.
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A polícia federal tem suas atribuições genericamente traçadas no art. 144, caput, e seus §§ 1º,
2º e 3º, da Constituição Federal.
3.1. Conceito
Inquérito policial é um procedimento administrativo pré-processual, de caráter facultativo, des-
tinado a apurar infrações penais e sua respectiva autoria.
3.3. Finalidade
A finalidade do inquérito policial é apurar as infrações penais (investigando-as e descobrindo-
as) e a autoria de quem as cometeu, com o fito de levar ao conhecimento do titular da ação
penal as informações colhidas.
4. Inquéritos Extrapoliciais
Nem todo inquérito é “policial”, havendo outros que não se regem por esta denominação,
porque não são presididos por autoridades policiais, além do que se norteiam pelos princípios
do contraditório e da ampla defesa:
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5.4. Indisponível (art. 17 do CPP)
Instaurado o inquérito, a autoridade policial não poderá arquivá-lo de ofício, mas tão somente quando
assim requisitado pelo Ministério Público. Pode até se alegar que tal procedimento, o arquivamento de
ofício do inquérito, é “praxe” comum, mas isso constitui um atentado grave à lei, à justiça, e configura
ilícito penal (prevaricação, corrupção passiva ou concussão, a depender do caso concreto).
5.8. Inquisitorial
Por ser um procedimento inquisitivo, voltado à obtenção de elementos de informação que irão
auxilia o titular da ação penal, formar sua opinião sobre o fato tido com delituoso, não existe
nele a aplicação dos princípios do contraditório e da ampla defesa.
Na hipótese do inquérito instaurado pela Polícia Federal, objetivando a expulsão do estrangei-
ro, existe a aplicação do princípio do contraditório, pois o decreto 86.715/81, que regulamen-
tou a Lei 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) estabeleceu uma serie de regras, possibilitando
defesa, para aquele submetido a tal procedimento.
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Cabe destacar a importante mudança trazida pela Lei 13.245/16, que altera o artigo 7º, XXI, do
Estatuto da OAB, conferindo direito ao advogado assistir a seus clientes investigados durante a
apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoi-
mento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decor-
rentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso respectiva apura-
ção: apresentar razões e quesitos. Para a doutrina a recente mudança legislativa representa
uma mitigação a característica inquisitorial do inquérito policial.
Em regra, o inquérito deve ser instaurado ex officio (independente de provocação) pela auto-
ridade policial sempre que tiver conhecimento da prática de uma infração penal. Tal regra não
se aplica quando se tratar da pratica de crime de ação pública condicionada ou ação privada,
onde o inicio do inquérito esta vinculado a existência de representação ou de requerimento da
vítima ou seu representante legal, respectivamente.
6. Competência (Atribuição)
O termo “competência” refere-se, tecnicamente, no campo processual, apenas aos órgãos ju-
risdicionais, não à polícia. Para esta melhor seria a expressão “atribuições”, muito mais precisa
e técnica. Essa atribuição, de regra, é atribuída de acordo com o lugar da ocorrência do ilícito
penal, mas também pode se referir à natureza da infração e à pessoa da vítima.
Esta é a regra geral. Os Distritos Policiais de Goiânia ocupam-se com as infrações penais come-
tidas em Goiânia; os Distritos Policiais de Aparecida de Goiânia ocupam-se com as infrações
penais cometidas nesta cidade, e assim por diante.
Também é muito comum, principalmente em cidades maiores, que cada Distrito se ocupe com
infrações penais ocorridas em uma delimitada área de atuação, denominada circunscrição. A
cidade, ou a Comarca, é dividida em diversas circunscrições, e, pela regra da atribuição ratione
loci, numa mesma Comarca poderá haver diversas circunscrições, e para cada qual existe um
Distrito Policial ao qual incumbe a apuração das infrações penais cometidas dentro desta área.
Assim, p. ex., em regra uma Delegacia de Polícia do bairro Jardim América não se ocupa de cri-
mes cometidos no Novo Mundo.
Isso, contudo, não impede que a Autoridade Policial responsável por uma circunscrição investi-
gue, em outra, fatos de repercussão na primeira, ou mesmo que um Delegado de uma circuns-
crição X apure uma infração cometida na de Y. A divisão em razão do lugar da infração é uma
questão apenas de conveniência, não havendo o que se falar, p. ex., em vício ou irregularidade na
prisão em flagrante ocorrida em uma circunscrição sob os auspícios da Autoridade Policial de outra.
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6.2. Atribuição em Razão da Natureza da Infração (Ratione Materiae)
As atribuições da Polícia também podem ser conferidas de acordo com a natureza da infração
penal cometida. É muito comum, p. ex., Delegacias especializadas em roubos, ou em homicí-
dios, ou em entorpecentes, em furtos e roubos de veículos, etc. Quando acontece essa divisão,
não importa em que circunscrição ocorreu um delito. Exemplo: Numa Comarca existem dez cir-
cunscrições, havendo uma Delegacia de Polícia para cada uma. Na circunscrição X ocorreu um
roubo, não havendo nela Delegacia Especializada para esta espécie de delito.
Tanto pode investigar o fato a Delegacia de X quanto a Delegacia de Furtos e Roubos da circuns-
crição Y, por exemplo.
7. Dispensabilidade
O inquérito policial é um procedimento indispensável para a propositura da ação penal? Só se
fala em processo penal se, quando e porque houve, antes, um inquérito policial instaurado? A
resposta é negativa. O inquérito é peça absolutamente dispensável, podendo ser intentada a
ação penal cabível, pública ou privada, mesmo sem o procedimento inquisitório, se o seu titu-
lar achar estar em mãos com elementos suficientes da materialidade e da autoria do fato. Isso
é fácil de concluir pelas disposições dos arts. 39, § 5º, e 46, § 1º, do Código de Processo Penal. O
inquérito policial, destarte, não é condição alguma de procedibilidade processual.
8. Valor Probatório
O inquérito policial tem valor como prova no processo penal? Sim, o inquérito policial tem va-
lor probatório, servindo como prova tanto pela acusação (principalmente) quanto pela defesa,
mormente quando a Autoridade Policial procedeu ao requerimento de perícias e exames, mui-
to preciosas para a elucidação do fato, para a vinculação da autoria e para a formação da culpa.
Todavia, como é pacífico na jurisprudência, é nula a sentença que se respalda exclusivamente
em peças do inquérito policial, visto que o decisum estaria se adstrindo a um procedimento no
qual o indiciado não teve oportunidade de defesa, ante a ausência dos princípios do contradi-
tório e da ampla defesa, esse entendimento jurisprudencial está firmado no artigo 155, CPP.
9. Vícios
Suponha-se que o inquérito apresente vícios e mesmo irregularidades graves, como a confissão
do indiciado obtida mediante tortura, a colheita ilícita de provas ou a ausência de curador ao
indiciado menor de 21 anos. Esses vícios teriam o condão de prejudicar, ou mesmo anular, a
ação penal ou os atos processuais vindouros?
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10.1. Conceito
Notitia criminis é o ato pelo qual se leva à autoridade policial o conhecimento da prática de
uma infração penal.
Vulgarmente é chamada de “queixa”, sendo que tal expressão é tecnicamente incorreta, deven-
do ser evitada pelo operador jurídico, e só utilizada quanto se mencionar seu real significado, o
de peça inaugural da ação penal privada. Logo, o que popularmente se diz “prestar queixa” é,
na verdade, a notitia criminis.
10.2. Espécies
A notitia criminis pode ser espontânea ou provocada.
Notitia criminis espontânea é aquela por meio da qual a autoridade pública toma conhecimen-
to direto do fato delituoso no exercício de sua atividade funcional. Dá-se quando, portanto, a
autoridade policial toma conhecimento de ofício do fato. Exemplo: Policiais tomam conheci-
mento de um assalto e avisam-no ao Delegado.
Notitia criminis provocada, que é a mais comum, é aquela transmitida a autoridade policial
pelas formas registradas na lei processual penal — Juiz, Ministério Público, ofendido ou seu
representante legal, ou por qualquer do povo. Exemplo:
Uma pessoa (não necessariamente a vítima do crime) vai à Delegacia e narra ao Delegado um
furto cometido nos arredores da vizinhança onde mora.
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10.3. Autores e Destinatários
Qualquer pessoa do povo — e não apenas a vítima, seu representante legal, as autoridades ju-
diciárias e ministeriais — pode noticiar à autoridade policial a existência de uma infração penal.
Qualquer pessoa física é, portanto, autora em potencial de notitia criminis.
Destinatários da notitia criminis são: a Autoridade Policial (art. 5º, II, §§ 3º e 5º, do CPP), o Mi-
nistério Público (arts. 27, 39 e 40 do CPP) e o Juiz (art. 39 do CPP).
Tratando-se de crime militar, a notitia criminis deverá ser encaminhada à autoridade militar com-
petente (art. 7º do Código de Processo Penal Militar). Na hipótese de crimes de responsabilidade
de Governador de Estado a notitia criminis pode ser dirigida à Assembleia Legislativa, e no caso de
crime de responsabilidade do Presidente da República, à Câmara dos Deputados ou Senado Federal.
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Não existe uma única forma de instauração do inquérito policial, mas várias, a depender da
ação penal cabível para a infração que está sendo apurada, se pública ou privada.
a) De Ofício (art. 5º, I, do CPP): A Autoridade Policial, tomando ciência do delito, deverá ins-
taurá-lo de ofício, mediante uma peça singela e sem muita solenidade chamada portaria.
b) Mediante Requisição do Ministério Público ou de Juiz (art. 5º, II, 1ª parte, do CPP): Requisi-
ção é uma ordem, um imperativo.
Quem requisita determina algo, ordena que algo seja feito ou realizado.
Nesse caso, o Delegado, sendo requisitado pelo Ministério Público ou pelo Juiz, deverá instau-
rar inquérito policial, sob pena de responder por prevaricação, delito tipificado no art. 319 do
CP (alguns autores admitem que, na hipótese, haverá crime de desobediência – art. 330 do CP).
c) Mediante Requerimento do Ofendido ou de seu Representante Legal (art. 5º, II, 2ª parte, do
CPP): Requerer é pedir, pleitear algo, e não exigir ou determinar, como no caso da requisição.
O requerimento deverá conter, sempre que possível for, “a narração do fato, com todas as circuns-
tâncias; a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; e a nomeação
das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência” (art. 5º, § 1º, do CPP).
Tratando-se de requerimento, pode o Delegado deixar de atendê-lo nos seguintes casos:
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Contra eventual indeferimento do requerimento de instauração do inquérito policial cabe
recurso administrativo para o chefe de Polícia, no dizer do art. 5º, § 2º, do CPP).
Ainda há a possibilidade de instauração de inquérito policial via auto de prisão em flagrante, o
qual analisaremos no item 16.
� ação penal pública condicionada exige como condição ora a representação do ofendido ou de
seu representante legal, ora a requisição do Ministro da Justiça. Sem a condição de procedibili-
dade a ação penal é inepta, e nulo é o processo penal instaurado sem a condição exigida por lei.
a) Ação Penal Pública Condicionada à Representação: Quando o crime é apurado mediante ação
penal pública condicionada à representação, o inquérito só poderá ser instaurado se, quando e
porque o ofendido (vítima) ou seu representante legal oferecer a representação ao Delegado. A
representação de uma dessas pessoas é essencial, sem o qual o Delegado nada poderá fazer (e
nem deverá!), a não ser, quando muito, indagar à vítima ou ao seu representante legal se deseja
oferecer a representação, mas jamais, repita-se, instaurar de ofício o inquérito policial.
Nem mesmo quando tiver havido prisão em flagrante poderá a autoridade policial instaurar o
inquérito sem a representação. Se o ofendido e seu representante legal forem falecidos, a le-
gitimidade para a representação dar-se-á aos moldes do art. 31 do Código de Processo Penal:
cônjuge, ascendente, descendente e irmão, lembrando-nos, sempre, que, no caso de eventual
conflito, prevalece o interesse de quem deseja a instauração do inquérito policial.
A representação pode ser escrita ou oral (mais comum), sendo que neste último caso deverá o
Delegado ordenar ao escrivão que reduza a escrito tudo o quanto foi dito pelo ofendido ou seu
representante legal. Lembremos que no inquérito policial tudo tem de constar por escrito.
Suponhamos que o ofendido queira oferecer a representação, mas não o queira seu represen-
tante legal, ou vice-versa, deseja o representante legal ver o inquérito instaurado mas não o
quer a vítima.
Havendo, portanto, conflito de interesses, qual deverá prevalecer? Pela leitura do art. 50, pará-
grafo único, do Código de Processo Penal, vê-se claramente que prevalece sempre o interesse
de quem quer a instauração do inquérito.
A representação deverá conter (art. 5º, § 1º):
1. A narração do fato, com todas as circunstâncias, isto é, o que ocorreu, quando, onde, como,
porque, quem o cometeu, com que arma ou instrumento, o comportamento do agente e
da vítima antes, durante e depois do acontecimento delituoso e tudo o mais que possa ser
útil na descrição do fato;
2. A individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de
presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer: aqui
requer-se que na representação conste o nome do indiciado, caso se saiba, e se não o souber
(o que é muito comum, aliás), ao menos aludir-se aos sinais característicos (descrição física,
principalmente do rosto, do indivíduo) e se nem isso for possível, quem oferece a representação
deverá dizer porque não foi possível identificá-lo (ex.: o ladrão estava com um capuz; o local do
crime estava extremamente escuro, não sendo possível reconhecer o rosto do sujeito, etc.);
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12.3. Colheita de Provas (inciso III)
O Delegado deverá isolar o local e mandar que se recolha tudo o quanto for encontrado no lu-
gar do crime, para ser posteriormente periciado e enviado ao autor da ação penal.
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imaginam, concluir-se que a acareação presta-se exclusivamente à presença, face a face, entre
acusados.
Quaisquer pessoas que tenham ligação com o crime, quando suas declarações são conflitantes,
contraditórias, paradoxais, podem ser acareadas.
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culdade de a Autoridade Policial proceder a diligências, quando requeridas (observe-se: reque-
ridas, e não requisitadas!) pelo ofendido (vítima do crime), seu representante legal ou mesmo
pelo indiciado. Evidentemente que realizar ou não diligências requeridas não pode ser produto
de uma arbitrariedade, devendo o Delegado refletir acerca de sua real necessidade no inquéri-
to policial e na busca da verdade real.
O art. 16 do Código de Processo Penal, por fim, esclarece que “o Ministério Público não poderá
requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, impres-
cindíveis ao oferecimento da denúncia”.
Tendo elementos suficientes em mãos para a propositura da denúncia, o Parquet terá o dever
de promovê-la (princípio da obrigatoriedade), só não o fazendo se e quando de fato os indícios
forem precários para o oferecimento da ação penal pública, quando então devolverá o inqué-
rito policial e requisitará à Autoridade Policial diligências (comportamentos, atos, ações de elu-
cidação e investigação mais apurada, mais detalhada, como oitivas de pessoas, perícias etc.).
14.1. Conceito
É a imputação a alguém, na fase do inquérito policial, da prática de uma infração penal. A pes-
soa a quem foi atribuído o indiciamento é chamada de indiciada, e não se confunde com a
figura do réu. Aliás, “indiciado” está para o inquérito policial assim como o “réu” está para o
processo penal já instaurado. Enquanto não há ação penal, fala-se, quando muito, em indicia-
do; quando já proposta a ação penal, o indiciado transmuda-se para réu.
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Como a própria Carta Política ressalva casos nos quais a lei permite a identificação criminal, te-
mos que podem ocorrer hipóteses em que serão criminalmente identificados mesmo aqueles
indivíduos civilmente identificados.
Se o indivíduo se recusar a se submeter à identificação criminal nos casos previstos em lei, pode a
Autoridade Policial conduzi-lo coercitivamente para o ato; e se ele se recusar ainda assim, poderá
o Delegado dar-lhe voz de prisão em flagrante pelo crime de desobediência (art. 330 do CP).
A CF/88 não veda a fotografia do indiciado de frente e de perfil, pois tal procedimento não cons-
titui identificação criminal, senão apenas peça de instrução dos autos do inquérito. Acresça-se
que o que a CF/88 proíbe fora dos casos previstos em lei é a identificação criminal, de molde
que mesmo em sua ausência nada impede que o sujeito venha a ser indiciado. O indiciamento
pode se dar independentemente de qualquer identificação criminal.
A folha de antecedentes criminais é documento de muita importância, pois é através dela que se
toma conhecimento de se o indiciado é primário ou reincidente, devendo esse dado ter influência
para a aplicação dos arts. 61, I (a reincidência é circunstância legal genérica agravante), e 77, I (a
primariedade em regra é requisito essencial para a concessão do sursis), ambos do Código Penal.
Ademais, caso o indiciado tenha antecedentes criminais, o Juiz ou o Ministério Público poderá
solicitar do juízo onde ele, no passado, fora processado e sentenciado a certidão da decisão
com a nota do seu trânsito em julgado (inexiste reincidência sem o trânsito em julgado de
sentença condenatória nos últimos 5 anos, passados os quais a reincidência prescreve).
“Art. 63, CP. Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar
em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Art. 64, CP. Para efeito de reincidência:
I – não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, com-
putado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revo-
gação; II – não se consideram os crimes militares próprios e políticos.”
O art. 15 do Código de Processo Penal reza que “se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado
curador pela autoridade policial”. A menoridade de que trata o dispositivo é a que vai dos 18
aos 21 anos incompletos (indiciados dos 18 até a véspera do aniversário de 21 anos), já que
os menores de 18 anos não se submetem ao Código de Processo Penal, mas ao Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90).
Os menores, nos termos do art. 15 do Código de Processo Penal, são imputáveis, submetem-se
normalmente às disposições constantes do Código Penal e do Código de Processo Penal, porém
presume a lei que, em vista de sua relativa incapacidade civil, o indiciado naquela idade necessita
de melhores esclarecimentos, por não estar ainda totalmente formado o seu discernimento
acerca dos atos de natureza inquisitorial e processual, devendo um terceiro absolutamente capaz
prestar-lhe as informações pertinentes à sua situação. Este terceiro é o curador.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1635
Com a edição do Novo Código Civil, e a mudança da maioridade civil para 18 anos, invés de 21
anos como no Código de 1916, o instituto perdeu relevância, pois tanto a maioridade penal
como a civil são alcançadas aos 18 anos.
Quanto aos indígenas, há quem reclame para eles curador, ou mais precisamente represen-
tante da FUNAI, tendo-se em mira que são relativamente incapazes, nos termos da lei civil.
Todavia, objeta-se que a exigência de curador, em tais casos, só é cabível quando o indígena
for dotado de desenvolvimento mental incompleto, haja vista que o Código de Processo Penal
não trata de curador aos indígenas. Logo, no silêncio da lei, não há necessidade de curador aos
indiciados indígenas, a não ser em decorrência de averiguação de desenvolvimento mental in-
completo, repise-se.
O curador tem de ser um advogado? Não existe qualquer exigência nesse sentido, embora seja
preferível que o curador seja um advogado, por ser pessoa que entende de assuntos técnicos
relativos ao Direito e, portanto, com mais capacidade de prover o menor das informações e do
discernimento de que ele necessita.
Portanto, não existe irregularidade quando o curador do menor é o seu pai ou a sua mãe, ou
mesmo outra pessoa absolutamente capaz, porém sem habilitação profissional da OAB. O que
não pode é que o terceiro que irá assistir ao menor, muito obstante absolutamente capaz pe-
rante a lei civil, seja analfabeta.
Qual a função do curador? É a de assistir ao interrogatório e a todos os demais atos do inquéri-
to que venham a exigir a presença do menor, como nas acareações, nas reproduções simuladas
e nos reconhecimentos de pessoas. Pode o curador intervir nesses atos para fazer perguntas
ou participar de inquirições? Não, pois sua presença é apenas para suprir a incapacidade do
indiciado.
No entanto, poderá requerer diligências, como assim o concede o art. 14 do Código de Proces-
so Penal, o que não significa, segundo vimos (subitem 13.5, supra), que a Autoridade Policial
deverá realizá-la.
Antes da Carta Magna de 1988 possibilitava-se que o Delegado deixasse o indiciado incomu-
nicável, isto é, o imputado, no prazo de 3 dias, permanecia preso sem que pudesse entrar em
contato com familiares, advogados ou quem mais que fosse, segundo o disposto da redação
original do art. 21 do Código de Processo Penal.
Com a entrada em vigor da CF/88, pacificou-se o entendimento de que a incomunicabilidade
tornou-se desde então inconstitucional, sendo tacitamente revogado o art. 21 do Código de
Processo Penal pelo art. 136, § 3º, IV, da Carta Política. Este último dispositivo expressamente
veda a incomunicabilidade do preso durante o estado de defesa.
Ora, se durante o estado de defesa, quando o Estado passa por convulsões as mais sérias, a
incomunicabilidade é proibida, com muita maior razão sê-lo-á quando o Estado passa por perí-
odo de normalidade, que é o comum de nossos dias.
1636 www.acasadoconcurseiro.com.br
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A Autoridade Policial poderá, a fim de chegar à verdade real do fato, proceder à reprodução
simulada ou “simulação” do crime, talqualmente ele ocorreu, desde que não ofenda a morali-
dade e a ordem públicas.
A reprodução simulada nada mais é que uma encenação da infração penal, uma “peça teatral”
promovida pela Autoridade Policial, que tem como fito o de verificar detalhes do injusto penal.
Pode o suspeito se negar a participar da reprodução simulada? Evidentemente! Lembremos
que ninguém é obrigado a acusar a si mesmo, ninguém tem o dever de produzir prova contra
si próprio (privillege against self-incrimination). Tendo o cidadão, ainda que preso, o direito de
permanecer calado, não teria sentido algum ser ele processado por desobediência à “ordem”
de participar da simulação.
Outra forma de ser instaurado o inquérito policial é através do auto de prisão em flagrante,
quando o sujeito é preso em algumas das circunstâncias elencadas no art. 302 do Código de
Processo Penal:
“Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I – está cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.”
A prisão em flagrante, única modalidade de prisão cautelar que não necessita de decretação
judicial, deve ser seguida da lavratura de seu auto, no prazo de 24 horas da prisão, sob pena de
nulidade e cabimento de habeas corpus.
Quando alguém é preso em flagrante delito, o respectivo inquérito será aberto justamente com
o auto de prisão, seja nos crimes de ação penal pública incondicionada, seja nos crimes de ação
penal pública condicionada e nos de ação penal privada.
Todavia, há que se considerar que nem sempre o inquérito será instaurado. Na verdade, no
caso de crime que se apura mediante ação penal pública incondicionada, em vista da prisão
em flagrante do suspeito, a Autoridade Policial deverá instaurar o inquérito mediante o auto de
prisão em flagrante.
Nas hipóteses de prisão em flagrante em crime de ação penal pública condicionada ou ação
penal privada, o inquérito só poderá ser instaurado se o titular da representação ou da queixa
não se opuser.
www.acasadoconcurseiro.com.br 1637
17. Deveres da Autoridade Policial (Art. 13 do CPP)
O art. 13 do Código de Processo Penal impõe às autoridades policiais deveres que, em não sendo
obedecidos, poderão ensejar sua responsabilidade penal (crime de prevaricação, de corrupção
passiva, de concussão ou de extorsão) e administrativa. Tratam-se, pois, de deveres, não de meras
faculdades de que a autoridade policial possa se abster de realizar. Esses deveres são:
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Após toda a fase de instrução probatória, a autoridade policial deverá concluir por escrito o in-
quérito, para que enfim possa ser enviado ao titular da ação penal, com o respectivo relatório.
Regra geral, o prazo para a conclusão do inquérito é de 10 (dez) dias caso o indiciado esteja
preso (contados da data da prisão, cuja contagem obedecerá ao que dispõe o art. 10 do CP, e
não o art. 798, § 1º, do CPP), e de 30 (trinta) dias se ele estiver solto, consoante se dessume do
art. 10, caput, do Código de Processo Penal. Estando preso o indiciado e não tendo findado o
inquérito naquele prazo, sua prisão terá de ser relaxada, sob pena de cabimento de habeas cor-
pus. O art. 10, § 3º, admite que o prazo de 30 (trinta dias) — e nunca o de 10 (dez) dias! — seja
prorrogado por igual período.
No caso de inquérito policial federal, o prazo é, para o indiciado preso, de 15 (quinze) dias, e de
30 (trinta) dias se estiver solto, consoante se depreende do art. 66 da Lei n.º 5.010/66. Ambos
os prazos podem ser prorrogados.
No caso de crime relativo a entorpecentes (Lei nº 11.343/06), o prazo para a conclusão do in-
quérito será, para o indiciado solto, de 90 (noventa) dias. No caso de indiciado preso, o prazo é
de 30 (trinta) dias. Os prazos podem ser prorrogados, a pedido da autoridade policial, sempre
após ouvido o Ministério Público.
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18.2. Relatório (Arts. 9º, 10, §§ 1º e 2º, e 19 do CPP)
Concluídas todas as diligências necessárias à apuração do fato e de sua autoria, a autoridade
policial fará minucioso relatório por escrito, datilografado ou digitado, e o enviará à autoridade
judiciária competente (a competência é fixada de acordo com os arts. 70 e ss., do Código de
Processo Penal). Acresça-se que “no relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que
não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas”.
Recebendo os autos do inquérito, pode o Ministério Público pedir ao Juiz que seja ele arquivado.
A propósito, apenas o Ministério Público possui essa prerrogativa (nem mesmo o Juiz pode
fazê-lo de ofício).
O arquivamento pode se dar em função, entre outros fatores, diante da averiguação, por parte
do Parquet, da inexistência do fato, ou de inexistência de criminoso (o fato pode até ter existi-
do, porém ausente está qualquer dos requisitos que o tornam delituoso, a tipicidade ou a ilici-
tude) ou de negativa de autoria (o fato criminoso pode ter existido, mas não pode ser imputado
contra o indiciado).
Obs.: Arquivamento Indireto e Arquivamento Implícito.
Dá-se o arquivamento indireto dos autos do IP, também denominado pedido indireto de ar-
quivamento dos autos do IP, quando ocorre divergência entre as posições do MP e do Magis-
trado acerca da atribuição e competência para determinado feito. O membro do MP entenden-
do que não teria atribuição para oficiar no feito e, por outro lado, o magistrado entendendo
possuir plena competência para a causa.
Na hipótese de consenso entre os comportamentos do membro do MP e do magistrado não há
qualquer problema e os autos serão encaminhados para o juiz competente.
Todavia, ocorrendo referida divergência é que ocorrerá uma série de problemas, já que da
decisão do magistrado não cabe Recurso em Sentido Estrito. Vale dizer, não cabe a solução do
art. 581, II do CPP, pois, nos termos de tal artigo, o juiz se declara incompetente e, na presente
hipótese, ao contrário, ele se declara competente, verbis:
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I – que não receber a denúncia ou a queixa;
II – que concluir pela incompetência do juízo;
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Assim, a questão se resolve, “mutatis mutandis” (guardadas as devidas proporções) nos termos
do artigo 28 do CPP, devendo-se encaminhar o feito para o Procurador-Geral da República ou o
Procurador Geral de Justiça, oportunidade em que este oferecerá a denúncia, designará outro
órgão do MP para oferecê-la, ou insistirá no encaminhamento do feito para outro juízo, que
seria o competente.
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquiva-
mento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar im-
procedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-
-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
Há quem sustente, todavia, que, em relação ao MP Federal, a aplicação correta, nestes casos,
não seria do art. 28 do CPP, mas do art. 62 IV da LC 75/93, que atribui à Câmara de Coordena-
ção e Revisão do Ministério Público Federal o reexame da promoção de arquivamento, quando
instada a tal pelo Judiciário, verbis:
Art. 62. Compete às Câmaras de Coordenação e Revisão:
[...]
IV – manifestar-se sobre o arquivamento de inquérito policial, inquérito parlamentar ou peças
de informação, exceto nos casos de competência originária do Procurador- Geral;
Segundo o Dr. André Lenart, em artigo publicado no sítio denominado Reserva de Justiça, quan-
to a atuação das instâncias superiores do MP, haver-se-iam duas situações:
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Observe-se que o Arquivamento Indireto analisado no presente artigo não se confunde com o
Arquivamento Implícito, que possui outro significado.
O arquivamento Implícito não possui previsão legal e ocorre quando o MP (titular da Ação Pe-
nal Pública) deixa de incluir na denúncia algum fato (aspecto objetivo) investigado ou algum
dos indiciados (aspecto subjetivo), sem manifestar-se expressamente sobre a omissão e sem
qualquer tipo de justificação de seu procedimento e, concomitantemente, caso o juiz não se
pronuncie acerca da omissão ministerial, ocorrerá o arquivamento.
Percebe-se, portanto, que somente ocorrerá o arquivamento implícito quando a omissão for
dupla, vale dizer, do membro do MP e do magistrado. Registre-se que, neste caso, após o arqui-
vamento, não mais caberá, a posteriori, denúncia para incluir indiciado ou fato novo, salvo se
surgirem novas provas, operando-se, portanto, o Enunciado 524 do STF.
A jurisprudência majoritária não admite esse tipo de arquivamento e o MP não o vê com bons
olhos, argumentando que o art. 28 do CPP exige que o MP ao requerer o arquivamento deve
invocar razões para que o juiz concorde ou discorde. Assim, apreende-se que o MP tem que se
manifestar expressamente quanto ao arquivamento. Conforme esse entendimento, uma vez
não apresentado o requerimento, a qualquer tempo que se verifique a omissão, desde que não
prescrito, o fato ou sujeito poderá ser objeto de denúncia.
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Imagine-se, então, que o Ministério Público receba um inquérito no qual se perceba que o cri-
me ali imputado ao indiciado seja de ação penal privada. Em tal hipótese, o Ministério Público é
parte ilegítima para propor a ação penal.
Sendo assim, o Promotor de Justiça, nos termos do art. 19 do Código de Processo Penal, deverá
requerer que os autos do inquérito permaneçam em Cartório, aguardando a iniciativa da vítima
ou de quem de direito.
f) Inviabilidade da Relação Processual: Existem fatos que impedem a viabilidade da relação
processual, isto é, desautorizam que, no caso concreto, seja instaurada a relação processu-
al. Nesses casos, o Ministério Público deverá abster-se de oferecer a denúncia.
Tais fatos são, por exemplo, a coisa julgada (o indiciado já tinha sido julgado em outra ocasião
pelo mesmo fato objeto do inquérito policial recebido), a litispendência (o indiciado, pelo fato
objeto do inquérito recebido, já está sendo por este mesmo processado, na mesma Comarca
ou não) e a incompetência (p. ex., o Promotor de Justiça de Recife entende que a competência
é do juízo da Comarca de Paulista).
1644 www.acasadoconcurseiro.com.br
ESTATUTO DO SERVIDOR
LEI Nº 9.826,
DE 14 DE MAIO DE 1974
Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado.
LEI Nº 9.826,
DE 14 DE MAIO DE 1974,
Dispõe sobre o Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado.
Atualizada até agosto de 2017, contendo legislação complementar e correlata.
Fortaleza - Ceará
2017
Copyright - © 2017 by INESP
Coordenação Editorial
George Lopes Valentim
Organizadora
Ruth Rodrigues de Lima
Projeto Gráfico, Diagramação, Atualização e Capa.
Mário Giffoni
Coordenação de Impressão
Ernandes do Carmo
Impressão e Acabamento
INESP
C387e Ceará.
Estatuto dos funcionarios públicos civis do Ceará
[(1974)].
Lei N. 9.826, de 14 de maio de 1974: Dispõe sobre Estatuto
dos funcionários públicos civis do estado do Ceará/ organizadora
Ruth Rodrigues de Lima. - Fortaleza: Instituto de Estudos e
Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará, 2017.
234 p.
Atualizada até agosto de 2017, contendo legislação
complementar e correlata.
Diretor Geral
Sávia Maria de Queiroz Magalhães
Procurador
Rodrigo Martiniano Ayres Lins
Coordenação
Ruth Rodrigues de Lima
Revisão Técnica
Édipo Henrique Pessoa de Oliveira
Lidiane Araújo Quariguazí Alves
Ruth Rodrigues de Lima
Atualização
José Mário Giffoni Barros
Ruth Rodrigues de Lima
Colaboração Especial
Luis Ernandes dos Santos do Carmo
Maria Alves Leitão Belchior
Fontes de Consulta
Constituições Federal e Estadual
Legislações Federal e Estadual
Diários Oficiais da União e do Estado
OBS: A redação deste Estatuto e de sua legislação complementar e correlata, está em conformidade com
suas publicações nos Diários Oficiais do Estado e Oficial da União.
A
gradecemos a colaboração e o empenho de todos que
contribuíram com explícito compromisso profissional
e social para a atualização do presente Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado, em especial à
Assessoria Jurídica deste Departamento de Recursos Humanos,
área responsável pela atualização e revisão deste relevante instru-
mento legal, em parceria com o Instituto de Estudos e Pesquisas
sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp). Esperamos
que o presente trabalho contribua para orientar as ações de todos
os que compõem a Administração Pública Estadual para o fortaleci-
mento da conduta ética de seus servidores, primando pela melhoria
contínua da prestação dos serviços públicos.
O
s cargos e as funções públicas são basilares ao funcionamento
da democracia e à legitimação da cidadania. O planejamento, a
operacionalização, a avaliação e o controle são, dentre outras, ati-
vidades insubstituíveis na concretização de ações e políticas de
diversas naturezas, submetidos, direta ou subsidiariamente, ao “Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis do Estado”.
Apresentação -9
PREFÁCIO
O
s servidores públicos ocupantes de cargos e funções da
Administração Pública Estadual, têm sua atuação voltada aos an-
seios da sociedade, sendo agentes de transformação do Estado a
serviço da cidadania.
A prestação de serviços públicos de forma ampla e satisfatória demanda ser-
vidores capacitados, sendo indispensável o conhecimento integral de seus
direitos e deveres e o desenvolvimento de novas competências para assegurar
a continuidade e a eficiência da Administração Pública.
Para manutenção do compromisso com a ética pública e com os princípios
constitucionais basilares do ordenamento jurídico vigente, é fundamental a
constante atualização e cumprimento dos instrumentos legais e normativos
que regem a prestação dos serviços públicos à coletividade.
Dessa forma, o Departamento de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa
do Estado do Ceará, em parceria com o Instituto de Estudos e Pesquisas sobre
o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp), disponibiliza a presente pu-
blicação, no intuito de tornar acessível aos servidores públicos e à sociedade
como um todo, um instrumento jurídico atualizado que possibilite a dissemi-
nação do Regime Jurídico do Funcionário Civil Estadual e do seu conjunto de
normas e princípios reguladores das relações entre o Estado e os ocupantes
de cargos e funções públicas da sua estrutura administrativa.
Prefácio - 11
SUMÁRIO EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 91, de 6 de junho de 2017.
D. O. 12.06.2017 - Altera o art.183, caput, da Constituição do
LEI Nº 9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974 - Dispõe sobre o Estado do Ceará......................................................................... 82
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado...............17 EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 92, de 16 de agosto de 2017.
D. O. 12.06.2017 - Extingue o Tribunal de Contas dos Municípios
APÊNDICE - LEGISLAÇÃO CORRELATA E/OU do Estado do Ceará.................................................................... 82
COMPLEMENTAR.....................................................................49
LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS.................................84
EMENDA CONSTITUCIONAL FEDERAL Nº 19, DE 4.6.1998 -
D. O. U. 5.6.1998. - Modifica o regime e dispõe sobre princípios e LEI COMPLEMENTAR Nº 12, DE 23 DE JUNHO 1999 - Dispõe
normas da Administração Pública, servidores e agentes políticos, sobre a instituição do Sistema Único de Previdência Social dos
controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos
cargo do Distrito Federal, e dá outras providências. .................... 51 Membros de Poder do Estado do Ceará - SUPSEC e da respectiva
contribuição previdenciária, extingue os benefícios previdenciários
EMENDA CONSTITUCIONAL FEDERAL Nº 20, de e de montepio que indica e dá outras providências...........................84
15.12.1998 - D. O. U. 16.12.1998. Modifica o sistema de LEI COMPLEMENTAR Nº 13, DE 20 DE JULHO DE
previdência social, estabelece normas de transição e dá outras 1999 - Dispõe sobre a instituição do Sistema de Previdência
providências. .............................................................................. 56 Parlamentar dos Deputados e Ex-Deputados Estaduais do
EMENDA CONSTITUCIONAL FEDERAL Nº 41, de Ceará e adota outras providências............................................. 95
19.12.2003 - D. O. U. 31.12.2003. Modifica os arts. 37, 40, 42, LEI COMPLEMENTAR Nº 14, DE 15 DE SETEMBRO DE
48, 96, 149 e 201 da Constituição Federal, revoga o inciso IX 1999 - Dispõe sobre contratação, por tempo determinado, para
do § 3 do art. 142 da Constituição Federal e dispositivos da atender a necessidade temporária de excepcional interesse
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, e dá público pelas Universidades Estaduais................................... 100
outras providências..................................................................... 61 LEI COMPLEMENTAR Nº 17, de 20 DE DEZEMBRO DE
EMENDA CONSTITUCIONAL FEDERAL Nº 47, de 5.7.2005 1999 - Revoga e altera dispositivos da Lei Complementar nº
– D. O. U. de 6.7.2005. Altera os arts. 37, 40, 195 e 201 da 12, de 23 de junho de 1999, que dispõe sobre a instituição do
Constituição Federal, para dispor sobre a previdência social, e Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos
dá outras providências................................................................ 64 Civis e Militares, dos Agentes Púbicos e dos Membros de Poder
do Estado do Ceará - SUPSEC e da respectiva contribuição
LEIS FEDERAIS.........................................................................66 previdenciária, extingue os benefícios previdenciários e de
montepio que indica e dá outras providências........................ 101
LEI FEDERAL Nº 8.069, DE 13.7.1990 – D. O. U. 16.7.1990 -
Estatuto da Criança e do Adolescente....................................... 66 LEI COMPLEMENTAR Nº 19, DE 29 DE DEZEMBRO DE
1999 - Dá nova redação aos dispositivos da Lei Complementar
LEI FEDERAL Nº 9.268 de 1º.4.1996 – D. O. U. 2.4.1996 - Nº 13, de 20 de julho de 1999, e adota outras providências..102
Altera dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro LEI COMPLEMENTAR Nº 21, DE 29 DE JUNHO DE 2000 -
de 1940 - Código Penal - Parte Geral......................................... 66 Dispõe sobre o sistema de previdência dos Militares do Estado
LEI FEDERAL Nº 9.717, de 27.11.1998 – D. O. U. 28.11.1998 do Ceará - o Sistema Único de Previdência Social dos Servidores
- Dispõe sobre regras gerais para a organização e o Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros
funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos de Poder do Estado do Ceará – SUPSEC, institui a respectiva
servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e contribuição previdenciária, extingue os benefícios previdenciários
dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e de montepio que indica e dá outras providências.........................103
e dá outras providências. .......................................................... 66 LEI COMPLEMENTAR Nº 22, DE 24 DE JULHO DE
LEI FEDERAL Nº 9.796, de 5.5.1999 – D. O. U. 6.5.1999 - 2000 - Dispõe sobre a Contratação de Docentes, por tempo
Dispõe sobre a compensação financeira entre o Regime Geral de determinado, para atender necessidade temporária de
excepcional interesse público nas Escolas Estaduais............. 108
Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 23 DE NOVEMBRO DE
nos casos de contagem recíproca de tempo de contribuição para 2000 - Dispõe sobre regras de transição na concessão e ajuste
efeito de aposentadoria, e da outras providências...................... 68 de pensões do sistema originário extinto para o Sistema Único
de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares,
LEI FEDERAL N° 10.887, DE 18.6.2004 – D. O. U. DE dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
21.06.2004 - Dispõe sobre a aplicação de disposições da Ceará – SUPSEC, instituído pela Lei Complementar nº 12, de
Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, 23 de junho de 1999, e dá outras providências....................... 109
altera dispositivos das Leis nos 9.717, de 27 de novembro de LEI COMPLEMENTAR Nº 28, DE 10 DE JANEIRO DE 2002
1998, 8.213, de 24 de julho de 1991, 9.532, de 10 de dezembro - Inclui os §§ 6º e 7º no Art. 16 da Lei Complementar nº 13, de
de 1997, e dá outras providências.............................................. 70 20 de julho de 1999, e dá outras providências........................ 110
LEI COMPLEMENTAR FEDERAL...........................................73 LEI COMPLEMENTAR Nº 32, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2002 -
Altera os Arts. 2º, 3º, 5º, 9º, 13, 15, 16, 19 e 24 da Lei Complementar
LEI COMPLEMENTAR Nº 152, DE 3 DE DEZEMBRO DE nº 13, de 20 de julho de 1999 e dá outras providências..................111
2015 - Dispõe sobre a aposentadoria compulsória por idade,
com proventos proporcionais, nos termos do inciso II do § 1º do LEI COMPLEMENTAR Nº 32, de 30.12.2002 - D. O. de 15.8.2003 -
art. 40 da Constituição Federal.................................................. 73 Altera os arts.2º, 3º, 5º, 9º, 13, 15, 16, 19 e 24 da Lei Complementar
nº 13, de 20 de julho de 1999, e dá outras providências.................112
EMENDAS CONSTITUCIONAIS ESTADUAIS.......................74 LEI COMPLEMENTAR Nº 38, DE 31 DE DEZEMBRO DE
EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL Nº 9 DE 16 2003 - Altera dispositivos das Leis Complementares n.º 12, de
DE DEZEMBRO DE 1992 - D.O. DE 22.12.1992 - Altera 23 Junho de 1999, n.º 21, de 29 de Junho de 2000, e n°. 23, de
21 de novembro de 2000........................................................... 112
dispositivos da Constituição do Estado do Ceará...................... 74
LEI COMPLEMENTAR Nº 92, DE 25 DE JANEIRO DE 2011
EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL Nº 39, de - Disciplina o procedimento de aposentadoria dos Servidores
5.5.1999 D. O. 10.5.1999 - Altera o inciso XXI do Art. 154, Públicos Civis e dá outras providências. .............................. 114
o Art. 165 e o Capítulo XII do Título VIII da Constituição
Estadual....................................................................................... 74 LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 16 DE SETEMBRO DE
2013 - dispõe sobre o equacionamento do déficit atuarial do
EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL Nº 56, DE 7. 1. sistema único de previdência social dos servidores públicos
2004 – D. O. 7.1.2004 - Altera os artigos 154, 168, 330 e 331 da civis e militares, dos agentes públicos e dos membros de
Constituição do Estado do Ceará e dá outras providências...... 76 poder do Estado do Ceará – SUPSEC, e institui o regime de
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 69, de 18.1.2011 – D. O. de previdência complementar do Estado do Ceará...................... 118
9.2.2011 - Altera o art.331 da Constituição Estadual................ 79 LEI COMPLEMENTAR Nº 159, DE 14 de janeiro de 2016 -
Altera as leis complementares nº 12, de 23 de junho de 1999, nº
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 84, de 3 de dezembro 21, de 29 de junho de 2000, nº 38, de 31 de dezembro de 2003,
de 2015. - Acrescenta o §6º ao art.205 da Constituição e nºs 92 e 93, de 25 de janeiro de 2011, e a lei nº 9.826, De 14
Estadual. ..................................................................................... 80 de maio de 1974........................................................................ 124
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 85, de 10 de dezembro de LEI COMPLEMENTAR Nº 167, 27 de dezembro de 2016. -
2015 - Altera e revoga dispositivos da Constituição do Estado Altera dispositivos do art.5º da lei complementar nº12, de 23 de
do Ceará...................................................................................... 80 junho de 1999, com a redação conferida pela lei complementar
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 86, de 16 de fevereiro de estadual nº159, de 14 de janeiro de 2016................................ 132
2016. - Altera o §10 do art.154 da Constituição Estadual........ 81
LEIS ORDINÁRIAS ESTADUAIS...........................................133
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 89, de 11 de maio de 2017.
D. O. 17.05.2017 - Altera o art.154, §10, da Constituição do LEI Nº 9.901, DE 26.5.1975 - D. O. - 3.6.1975 - Dispõe sobre
Estado do Ceará......................................................................... 81 os critérios de aplicação da proporcionalidade a ser observada
na concessão de gratificação por regime de tempo integral e dá
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 90, de 1º de junho de 2017. outras providências................................................................... 133
D. O. 08.06.2017 - Altera o art.154, inciso IX, da Constituição do
Estado do Ceará......................................................................... 81
Sumário - 13
LEI Nº 9.911, de 16.6.1975 - D. O. 20.6.1975 - Dá nova redação LEI Nº 11.074, de 22.7.1985 - D. O. 8.8.1985 - Assegura a
ao inciso “e” do item I do art. 69, da Lei nº 9.826, de 14 de maio de percepção integral de vantagem.............................................. 145
1974 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado).......133 LEI Nº 11.077, de 9.8.1985 – D. O. 21.8.1985 - Altera
LEI Nº 10.135, de 21.11.1977 - D. O. 23.11.1977 - Inclui, no art. 155 dispositivo da Lei nº 10.670, de 4.6.82..................................... 145
da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974 - Estatuto dos Funcionários LEI Nº 11.102, de 22.10.1985 – D. O. 12.11.1985 - Altera
Públicos Civis do Estado - os parágrafos que indica.......................133 dispositivo da Lei nº 10.670 de 4 de junho de 1982, aditando o
LEI Nº 10.226, de 12.12.1978 - D. O. 21.12.1978 - Altera o parágrafo que indica e dá outras providências....................... 146
dispositivo da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974................ 134 LEI Nº 11.142, de 13.12.1985 - D. O. 16.12.1985 - Atribui novos
LEI Nº 10.266, de 24.5.1979 - D. O. 11.6.1979 - Dá nova redação valores aos vencimentos e representações mensais do Pessoal
aos parágrafos 1º e 2º do Art. 155 da Lei nº 9.826, de 14 de maio do Quadro II - Poder Legislativo e dá outras providências..... 146
de 1974, que estabelece normas para a aposentadoria............. 134 LEI Nº 11.145, de 17.12.1985 - D. O. 18.12.1985 - Acrescenta o
LEI Nº 10.276, de 3.7.1979 - D. O. 3.7.1979 - Regulamenta a § 5º ao art. 155, da Lei nº 9.826, de 14.5.74............................. 146
remoção de funcionários estaduais.......................................... 134 LEI Nº 11.160, de 20.12.1985 - D. O. 24.12.1985 - Concede o
LEI Nº 10.291, de 10.7.1979 - D. O. 18.7.1979 - Inclui no Art. 155, Benefício que indica................................................................. 146
da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974 - Estatuto dos Funcionários LEI Nº 11.165, de 20.12.1985 - D. O. 6.1.1986........................ 147
Públicos Civis do Estado - o parágrafo que indica...................... 134
LEI Nº 11.171, de 10.4.1986 - D. O. 10.4.1986 - Disciplina a
LEI Nº 10.312, de 26.9.1979 - D. O. 27.9.1979 - Altera os aquisição, a implementação e a base de cálculo da gratificação
dispositivos legais que indica e dá outras providências......... 135 instituída pela Lei nº 10.670, de 4 de junho de 1982.............. 147
LEI Nº 10.331, de 30.10.1979 - D. O. 8.11.1979 - Altera os LEI Nº 11.182, de 9.6.1986 - D. O. 18.6.1986 - Estende o
dispositivos legais que indica e dá outras providências......... 135 benefício que indica e dá outras providências........................ 148
LEI Nº 10.340, de 22.11.1979 - D. O. 3.12.1979 - Dá nova LEI Nº 11.260, de 16.12.1986 - D. O. 22.12.1986 -
redação a dispositivos do vigente Estatuto dos Funcionários Autoriza a atribuição da vantagem que indica e dá outras
Públicos Civis do Estado........................................................... 135 providências.............................................................................. 148
LEI Nº 10.361, de 6.12.1979 - D. O. 13.12.1979 - Dá nova redação LEI Nº 11.295, de 3.2.1987 - D. O. 3.2.1987 - Concede
aos dispositivos que indica e estabelece outras providências........136 abono salarial aos servidores estaduais dos Quadros I - Poder
LEI Nº 10.416, de 8.9.1980 - D. O. 8.9.1980 - Atribui novos valores Executivo, II - Poder Legislativo, III - Poder Judiciário, IV
aos subsídios, representações, vencimentos e salários do pessoal - Tribunal de Contas do Ceará, V - Conselho de Contas dos
do Quadro I - Poder Executivo e dá outras providências............. 137 Municípios e dá outras providências....................................... 149
LEI Nº 10.483, de 28.4.1981 - D. O. 30.4.1981 - Acrescenta LEI Nº 11.346, de 3.9.1987 - D. O. 4.9.1987 - Estabelece novos
dispositivo à Lei nº 10.450, de 21 de novembro de 1980, e dá valores de vencimentos, salários e gratificações para os Poderes
outras providências................................................................... 139 e Órgãos que indica e dá outras providências........................ 149
LEI Nº 10.536, de 2.6.1981 – D. O. 3.7.1981 - Complementa as LEI Nº 11.428, de 22.3.1988 - D. O. 23.3.1988 - Estabelece
leis que indica e dá outras providências.................................. 139 novos valores de vencimentos, soldos, representações,
LEI Nº 10.589, de 23.11.1981 - D. O. 24.11.1981 - Altera gratificações, proventos e pensões dos Poderes e Órgãos que
dispositivos da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974............. 140 indica, e dá outras providências............................................... 149
LEI Nº 10.617, de 11.12.1981 - D. O. 14.1.1982 - Modifica a redação LEI Nº 11.449, de 2.6.1988 - D. O. 10.6.1988 - Disciplina a
do § 3º do art. 155 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974............ 140 abertura de concurso para provimento de cargos públicos.... 149
LEI Nº 10.643, de 29.4.1982 - D. O. 11.5.1982 - Dispõe sobre LEI Nº 11.462, de 8.6.1988 - D. O. 10.6.1988 - Estabelece prazo
Aposentadoria dos Funcionários Públicos Civis do Estado e dá para admissão de candidatos aprovados em concurso público......150
outras providências................................................................... 140 LEI Nº 11.551, de 18.5.1989 - D. O. 19.5.1989 - Altera
LEI Nº 10.644, de 29.4.1982 - D. O. 3.5.1982 - Atribui novos dispositivos da Lei nº 11.449, de 2 de junho de 1988............. 150
valores aos subsídios representação e vencimento do Pessoal do LEI Nº 11.601, de 6.9.1989 - D. O. 14.9.1989 - Estabelece novos
Quadro I - Poder Ezecutivo e dá outras providências............. 141 valores de vencimentos, soldos, representações, gratificações,
LEI Nº 10.647, de 13.5.1982 - D. O. 19.5.1982 - Modifica o proventos e pensões do Poder Executivo e dá outras
expediente diário a que se obrigam os servidores públicos providências.................................................................................. 150
estaduais.................................................................................... 141 LEI Nº 11.712, de 24.7.1990 - D. O. 4.9.1990 - Institui o Regime
LEI Nº 10.670, de 4.6.1982 - D. O. 8.6.1982 - Dispõe sobre a Jurídico Único para os servidores civis da Administração
vantagem que indica................................................................. 141 Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas do Estado, e
dá outras providências.............................................................. 151
LEI Nº 10.738, de 26.10.1982 - D. O. 10.11.1982 - Estende os
benefícios que indica................................................................ 142 LEI Nº 11.714, de 25.7.1990 - D. O. 4.9.1990 - Dispõe sobre
as diretrizes e bases da Administração Estadual e dá outras
LEI Nº 10.739, de 26.10.1982 - D. O. 11.11.1982 - Altera providências.............................................................................. 152
dispositivos legais que indica e dá outras providências......... 142
LEI Nº 11.745, de 30.10.1990 - D. O. 6.12.1990 - Reajusta os
LEI Nº 10.802, de 13.6.1983 - D. O. 14.6.1983 - Dispõe sobre Valores dos vencimentos, Salários, Soldos, Representações,
contagem de tempo de serviço e dá outras providências....... 143 Gratificações, Proventos e Pensões do Poder Executivo, das
LEI Nº 10.815, de 19.7.1983 - D. O. 20.7.1983 - Adiciona parágrafo Autarquias Estaduais e dá outras providências....................... 153
ao artigo 110 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974................. 143 LEI Nº 11.755, de 14.11.1990 - D. O. 14.11.1990 - Regulamenta
LEI Nº 10.879, de 27.12.1983 - D. O. 30.12.1983 - Dá nova o prazo no Parágrafo único do artigo 158 da Constituição
redação a dispositivo do Estatuto dos Funcionários Públicos Estadual e dá outras providências........................................... 153
Civis do Estado.......................................................................... 143 LEI Nº 11.847, de 28.8.1991 - D. O. 29.8.1991 - Dispõe sobre a
LEI Nº 10.932, de 3.10.1984 - D. O. 15.10.1984 - Altera os concessão de vantagem pelo exercício do cargo em comissão
dispositivos que indica e dá outras providências.................... 143 na Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas e dá
LEI Nº 10.977, de 12.12.1984 – D. O. 7.1.1985 - Modifica outras providências................................................................... 154
dispositivos da Lei nº 10.670, de 4 de junho de 1982, e dá LEI Nº 11.925, de 13.3.1992 - D. O. 13.3.1992 - Altera os arts.
outras providências................................................................... 144 2º e 3º da Lei nº 11.449, de 2 de junho de 1988...................... 154
LEI Nº 10.985, de 14.12.1984 - D. O. 18.12.1984 - Concede LEI Nº 11.954, de 9.6.1992 - D. O. 11.6.1992 - Concede
beneficio à Servidora Pública Estadual, na forma que indica, e dispensa de frequência, a servidores convocados para
dá outras providências.............................................................. 144 comporem mesas receptoras com funções apuradoras e dá
LEI Nº 11.039, de 25.6.1985 - D. O. 25.6.1985 - Atribui novos outras providências................................................................... 154
valores aos subsídios representação e vencimento do Pessoal do LEI Nº 11.965, de 17.6.1992 - D. O. 17.6.1996 - Cria e
Quadro I - Poder Ezecutivo e dá outras providências............. 144 implementa os Grupos Ocupacionais - Serviços Especializados
LEI Nº 11.056, de 5.7.1985 - D. O. 5.7.1985 - Reajusta os de Saúde - SES e Atividades Auxiliares de Saúde - ATS do
níveis da retribuição dos Conselheiros, dos Auditores, dos Quadro I - Poder Executivo e nos Quadros do Pessoal de
Procuradores, dos Secretarios e dos Subsecretarios e demais Autarquias Estaduais e dá Outras Providências........................ 155
servidores do Tribunal de Contas do Ceará e do Conselho de LEI Nº 11.966, de 17.6.1992 - D. O. 17.6.1992 - Estabelece
Contas dos Municípios e dá outras providências ................... 145 diretrizes para elaboração, implantação e administração dos Planos
LEI Nº 11.059, de 10.7.1985 - D. O. 11.7.1985 - Atribui novos de Cargos e Carreiras do Estado e dá Outras providencias...........155
valores aos vencimentos e representações mensais do Pessoal LEI Nº 11.999, de 3.8.1992 - D. O. 5.8.1992 - Dispõe sobre a
do Quadro II - Poder Legislativo e dá outras providências..... 145 proibição do uso do fumo em estabelecimentos da rede estadual
LEI Nº 11.063, de 15.7.1985 - D. O. 8.8.1985 - Dispõe sobre de saúde e de educação, bem como nos veículos de transportes
a incorporação, aos proventos de aposentadoria, da vantagem coletivos Intermunicipal, e dá outras providências.............. 155
que indica e dá outras providências........................................ 145 LEI Nº 12.062, de 12.1.1993 – D. O. 13.1.1993 - Adota o Regime
Jurídico Único para o pessoal do Poder Judiciário................. 156
14 - Sumário
LEI Nº 12.075, de 15.2.1993 – D. O. 18.2.1993 - Aprova o LEI Nº 12.864, de 26.11.1998 – D. O. 27.11.1998 - Altera o Art.
Plano de Cargos e Carreiras e o Quadro de Pessoal do Poder 16 da Lei nº 12.124, de 6 de julho de 1993, Estatuto da Polícia
Legislativo e dá outras providências........................................ 157 Civil de Carreira, com redação dada pela Lei nº 12.815, de 07
LEI Nº 12.078, de 5.3.1993 - D. O. 5.3.1993 - Reajusta os de junho de 1998....................................................................... 166
valores dos vencimentos, soldos, Representações, Gratificações, LEI Nº 12.913, de 17.6.1999 – D. O. 18.6.1999 - Revoga e altera
Proventos e Pensões do Poder Executivo, das Autarquias e das os dispositivos legais que indica e dá outras providências..... 167
Fundações Estaduais e dá outras providências....................... 157 LEI Nº 12.984, de 29.12.1999 - D. O. 29.12.1999 - Dispõe sobre
LEI Nº 12.085, de 25.3.1993 - D. O. 26.3.1993 - Dispõe sobre a progressão e promoção dos servidores do Quadro II - Poder
a Gratificação de Produtividade do Pessoal de Departamentos Legislativo, e dá outras providências....................................... 168
Estadual de Trânsito do Ceará, e dá outras providências....... 157 LEI Nº 12.991, de 30.12.1999 - D. O. 30.12.1999 - Concede
LEI Nº 12.093, de 23.4.1993 - D. O. 30.4.1993 - Dispõe sobre Abono Compensatório aos servidores públicos ativos e inativos
a concessão da Gratificação pelo Trabalho de Monitoramento e seus pensionistas nas hipóteses e condições que indica..... 168
Climático de Larga Escala da Região Tropical........................ 158 LEI Nº 13.092, de 8.1.2001 - D. O. 8.1.2001 - Altera, Modifica e
LEI Nº 12.115, de 8.6.1993 - D. O. 8.6.1993 - Reajusta os acrescenta dispositivos da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974,
valores dos Vencimentos, Soldos, Representações, gratificaçoes, Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, e da Lei
proventos e Pensões do Poder Executivo, das Autarquias e das nº 12.124, de 6 de julho de 1993, Estatuto da Polícia Civil de
Fundações Estaduais e dá outras providências....................... 158 Carreira, e dá outras providências........................................... 169
LEI Nº 12.124, de 06.07.1993 - D. O. 14.07.1993 Republicada LEI Nº13.333, de 22 de julho de 2003 - Promove a revisão
07.10.1993 - Dispõe sobre o estatuto da polícia civil de carreira geral da remuneração dos servidores públicos civis do poder
e dá outras providências........................................................... 158 executivo, das autarquias e das fundações públicas estaduais,
LEI Nº 12.190, de 11.10.1993 - D. O. 22.10.1993 - Dá nova e dos militares estaduais, dispõe sobre o pagamento do décimo
redação ao § 1º do Art. 1º da Lei nº 12.093, de 23 de abril terceiro salário e sobre a indenização por tempo de serviço,
de 1993, que dispõe sobre a concessão da gratificação pelo prevista na lei nº12.783, de 30 de dezembro de 1997, e dá
trabalho de monitoramento climático de larga escala da Região outras providências................................................................... 170
Tropical e dá outras providências............................................. 158 LEI Nº 13.369, de 22.9.2003 - D. O. 24.9.2003 - Altera
LEI Nº 12.231, de 9.12.1993 - D. O. 17.12.1993 - Regulamenta dispositivos das Leis n°s. 9.826, de 14 de maio de 1974; 12.124,
o inciso I do Art. 284 da Constituição do Estado do Ceará e dá de 06 de julho de 1993, e 11.167, de 07 de janeiro de 1986 e dá
outras providências................................................................... 159 outras providências................................................................... 171
LEI Nº 12.262, de 2.2.1994 – D. O. 3.2.1994 - Aprova o Plano de LEI Nº 13. 578, DE 21.01.05 – D. O. 25.01.05 - Dispõe sobre
Cargos e Carreiras e o Quadro Pessoal do Tribunal de Contas a aplicação da Emenda Constitucional Federal n.º 41, de 19
dos Municípios e dá outras providências................................ 159 de dezembro de 2003, e da Emenda Constitucional Estadual
n.º 56, de 7 de janeiro de 2004, com adequação da legislação
LEI Nº 12.287, de 20.4.1994 - D. O. 20.4.1994 - Fixa os valores estadual previdenciária ao disposto na Lei Federal n.º 10.887,
dos Vencimentos, Soldos, Representações, Gratificações, de 18 de junho de 2004, inclusive modificando dispositivos
Proventos e Pensões do Poder Executivo, das Autarquias e da Lei n.º 9.826, de 14 de maio de 1974, e dá outras
Fundações Estaduais e dá outras providências....................... 159 providências.............................................................................. 172
LEI Nº 12.351, de 16.9.1994 - D. O. 20.9.1994 - Dá nova LEI 13.881, DE 24.04.07 (D.O. DE 15.05.07) - Altera o art.
redação ao Artigo 5º da Lei nº 10.882, de 20 de dezembro de 100 da Lei n.º 9.826, de 14 de maio de 1974, e dá outras
1983........................................................................................... 159 providências.............................................................................. 176
LEI Nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994 - Aprova o Plano LEI Nº 14.367, de 10.6.2009 - D. O. 12.6.2009 - Estabelece
de Cargos e Carreiras dos Grupos Ocupacionais, Atividades regras para o financiamento de cursos de pós-graduação
de apoio de Nível Superior - ANS e Atividades de apoio “latosensu” (Especialização) e “stricto sensu” (Mestrado,
Administrativo e Operacional – ADO da Administração Direta e Doutorado e Pós-Doutorado), no âmbito do Poder Executivo
das Autarquias Estaduais e dá outras providências................ 160 estadual..................................................................................... 177
LEI Nº 12.482, de 31.7.1995 - D. O. 11.8.1995 - Dispõe sobre a LEI Nº 15.716, de 19 de dezembro de 2014. - Altera dispositivos
Organização Administrativa da Procuradoria-Geral da Justiça e da lei nº12.075, De 15 de fevereiro de 1993; art.1º. E parágrafos
dá outras providências.............................................................. 161 da lei nº12.984, De 29 de dezembro de 1999; da lei nº13.744,
LEI Nº 12.483, de 3.8.1995 – D. O. 11.8.1995 - Dispõe sobre a De 29 de março de 2006; e da lei nº14.987, De 6 de setembro
organização do Poder Judiciário Estadual, define as diretrizes de 2011, e dá outras providências. .......................................... 178
gerais para sua reforma e modernização Administrativa e dá LEI N.º 15.744, de 29 de dezembro de 2014. (D.O. 30.12.14) -
outras providências................................................................... 161 Altera dispositivos da lei nº 9.826, De 14 de maio de 1974.... 178
LEI Nº 12.490, de 27.9.1995 - D.O. 29.9.1995 - Assegura ao LEI N.º 15.819, DE 27.07.15 (D.O. 30.07.15) - Altera dispositivo
Servidor Estadual 01 (um) dia na contagem do tempo de da lei nº 9.826, De 14 de maio de 1974.................................... 179
serviço em caso de doação de sangue nos termos elencados..162
LEI N.º 15.927, DE 29.12.15 (D.O. 30.12.15) - Altera
LEI Nº 12.526, de 19.12.1995 - D. O. 31.1.1996 - Institui dispositivos da lei n° 9.826, De l4 de maio de 1974................ 179
a Carteira de Saúde da Servidora Pública e dá outras
providências.............................................................................. 162 LEI Nº16.014, 05 de maio de 2016.- D.O. 9.5.2016 - Altera o
art.34 da lei nº12.075, de 15 de fevereiro de 1993.................. 179
LEI Nº 12.559, de 29.12.1995 – D. O. 7.2.1996 - Dispõe sobre
incentivo à doação de sangue.................................................. 163 LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A GRATIFICAÇÃO
LEI Nº 12.581, de 30.4.1996 - D. O. 31.5.1996 - Estabelece novos PELA EXECUÇÃO DE TRABALHO EM CONDIÇÕES
valores para os vencimentos dos servidores do Quadro II - Poder ESPECIAIS COM RISCO DE VIDA OU SAÚDE...................180
Legislativo, em cumprimento do disposto na Emenda Constitucional
nº 21, de 14 de dezembro de 1995, e dá outra providências..............163 LEIS...........................................................................................180
LEI Nº 12.634, de 14.11.1996 – D. O. 28.11.1996 - Altera LEI Nº 6.423, DE 23.1.1963 - D. O. 28.1.1963 ........................ 180
dispositivos da Lei nº 12.490, de 27 de setembro de 1995...... 163 Lei nº 6.775, de 20.11.1963 - D. O. 3.12.1963 ......................... 180
LEI Nº 12.719, de 12.9.1997 - D. O. 23.9.1997 - Cria a Lei nº 6.887, de 13.12.1963 - D. O. 23.12.1963 ....................... 180
indenização de operacionalidade para o Grupo Ocupacional
Atividade Polícia Judiciária - APJ............................................ 163 Lei nº 7.013, de 26.12.1963 - D. O. 13.2.1963 ......................... 180
LEI Nº 12.761, de 15.12.1997 – D. O. 17.12.1997 - Institui a Lei nº 8.484, de 13.6.1966 - D. O. 22.6.1966 .......................... 180
Gratificação de Incentivo ao Trabalho com Qualidade para Lei nº 9.599, de 28.6.1972 - D. O. 3.7.1972 ............................. 180
servidores públicos com exercício funcional na Estrutura Lei nº 9.608, de 04.7.1972 - D. O. 10.7.1972 ........................... 180
Organizacional da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, e
dá outras providências.............................................................. 164 Lei nº 9.695, de 22.5.1973 - D. O. 29.5.1973 -......................... 180
LEI Nº 12.780, de 30.12.1997 – D. O. 30.12.1997 - Altera Lei nº 11.142, de 13.12.1985 - D.O. 16.12.1985 ...................... 180
dispositivo da Lei nº nº 9.826, de 14 de maio de 1974, Estatuto Lei nº 11.720, de 28.8.1990 - D. O. 28.8.1990 ......................... 180
dos Funcionários Públicos Civis do Estado, e dispõe sobre
processo de aposentadoria de servidores públicos estaduais..164 Lei nº 12.075, de 15.2.1993 - D. O. 18.2.1993 ......................... 180
LEI Nº 12.783, de 30.12.1997 - D. O. 30.12.1997 - Institui na Lei nº 12.122, de 29.6.1993 - D. O. 30.6.1993 ......................... 180
Administração Pública Estadual a Indenização por Tempo Lei nº 12.207, de 11.11.1993 - D. O. 16.11.1993...................... 181
de Serviço e a Licença Extraordinária com Prejuízo da Lei nº 12.386, de 9.12.1994 - D. O. 9.12.1994......................... 181
Remuneração............................................................................. 165
Lei nº 12.567, de 3.4.1996 - D. O. 29.4.1996 ...........................181
LEI Nº 12.842, de 14.7.1998 - D. O. 17.7.1998 - Reajusta os
valores dos vencimentos, representações e proventos do Poder Lei nº 12.581, de 30.4.1996 - D. O. 30.4.1996.......................... 181
Legislativo do Estado do Ceará, e dá outras providências..... 166
Sumário - 15
DECRETOS...............................................................................181 DECRETO Nº 23.193, de 4.5.1994 - D. O. 5.5.1994 - Estabelece
DECRETO Nº 11.471, DE 29.9.1975 – D. O. 29.9.1975 - critérios para a concessão da Gratificação de Especialização
Regulamenta a apresentação da Declaração de Bens, a que instituída pelo art. 20, da Lei nº 12.287, de 20 de abril de 1994
se refere o Art. 22, da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974 e dá outras providências........................................................... 202
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado)............ 181 DECRETO Nº 23.651, de 28.3.1995 - D. O. 31.3.1995 -
DECRETO Nº 11.472, de 29.9.1975 – D. O. 2.10.1975 - Regulamenta a concessão de diárias, ajudas de custo e
Regulamenta o Art. 238, da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974 passagem aos servidores Públicos estaduais da Administração
(Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado)............ 181 Direta, Autárquica Fundacional, Empresas Pública e Sociedade
de Economia Mista e da Outras e dá outras providências..... 203
DECRETO Nº 11.538, de 7.11.1975 - D. O. 13.11.1975 -
Regulamenta a realização de Concursos Públicos e dá outras DECRETO Nº 23.673, de 3.5.1995 - D. O. 5.5.1995 - Disciplina
providências.............................................................................. 182 a concessão do Vale-Transporte aos servidores públicos do
Estado, na forma que indica e dá outras providências........... 204
DECRETO Nº 11.630, de 12.12.1975 – D. O. 19.12.1975 -
Disciplina a concessão de Auxílio-Funeral, a percepção de DECRETO Nº 23.695, de 6.6.1995 - D. O. 7.6.1995 -
proventos através de procuração e dá outras providências.... 182 Regulamenta o artigo 132, inciso IX, da Lei nº 9.826, de 14 de
maio de 1974, e dá outras providências................................... 205
DECRETO Nº 11.870, de 31.5.1976 – D. O. 8.6.1976 - Estende
aos servidores que indica os benefícios do Art. 247 da Lei nº DECRETO Nº 23.703, de 08.6.1995 - D. O. 9.6.1995 - Dispõe
9.826, de 14 de maio de 1974................................................... 183 sobre o estágio de estudantes de estabelecimentos de ensino
superior e de 2º grau profissionalizante no serviço público
DECRETO Nº 12.765, de 19.5.1978 - D. O. 26.5.1978 - estadual e dá outras providências............................................ 206
Regulamenta a gratificação de serviço ou estudo fora do Estado
ou País, instituída pelo item V do art. 132 da Lei nº 9.826, de 14 DECRETO Nº 23.888, de 18.10.1995 - D. O. 26.10.1995 - Altera
de maio de 1974........................................................................ 183 o anexo II a que se refere o art. 13 do Decreto nº 23.651, de 28
de março de 1995...................................................................... 207
DECRETO Nº 13.271, de 12.6.1979 – D. O. 15.6.1979 -
Disciplina, sem aumento de despesa, a aplicação do estatuído DECRETO Nº 24.119, de 19.6.1996 - D.O. 21.6.1996 -
no parágrafo único do art. 247 da Lei nº 9.826, de 14 de maio Regulamenta a concessão da Gratificação de Localização,
de 1974, e dá outras providências............................................ 184 criada pelo art. 16 da Lei nº 10.829, de 25 de agosto de 1983,
alterada pelo art. 10 da Lei nº 10.913, de 4 de setembro de
DECRETO Nº 14.058, de 30.9.1980 - D. O. 10.9.1980 - 1984, e art. 37 da Lei nº 12.582, de 30 de abril de 1996, e dá
Regulamenta o art. 89 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974.. 184 outras providências................................................................... 207
DECRETO Nº 15. 829, de 7.3.1983 – D. O. 25.7.1983 - DECRETO Nº 25.617, de 17.9.1999 - D. O. de 17.9.1999 - Da
Regulamenta o instituto de promoção dos funcionários públicos nova redação ao parágrafo único do artigo 1º do Decreto nº
do Estado e dá outras providências.......................................... 184 19.002, de 15 de dezembro de 1987, na forma que indica...... 208
DECRETO Nº 15.993, de 17.6.1983 – D. O. 17.6.1983 - DECRETO Nº 25.821, de 22.3.2000 – D. O. 27.3.2000 - Dispõe
Regulamenta a concessão da gratificação pela execução de trabalho sobre a regulamentação da Lei Complementar nº 12, de 23
em condições especiais, inclusive com Risco de Vida ou Saúde...187 de junho de 1999, modificada pela Lei Complementar nº 17,
DECRETO Nº 18.055, de 29.7.1986 - D. O. 13.8.1986 - de 20 de dezembro de 1999, que institui o Sistema Único de
Disciplina a aplicação do disposto no Parágrafo único do Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares,
art. 110 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974 e dá outras dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do
providências.............................................................................. 187 Ceará – SUPSEC, e a respectiva contribuição previdenciária,
DECRETO Nº 18.096 de 22.8.1986 - D. O. - 26.8.1986 - Dá extingue os benefícios previdenciários e de montepio que
nova redação ao art. 1º e seus §§ do Decreto nº 18.055, de 29 indica e dá outras providências................................................ 209
de julho de 1986........................................................................ 188 DECRETO Nº 25.851, de 12.4.2000 – D. O. 12.4.2000 -
DECRETO Nº 18.590 de 18.3.1987 - D. O. 19.3.1987 - Dispõe Disciplina os afastamentos de servidores públicos estaduais
sobre Registro de Presença e dá outras providências............. 188 para fins de realização de estudos pós-graduados.................. 212
DECRETO Nº 18.622, de 20.5.1987 - D. O. 20.5.1987 - Dispõe DECRETO Nº 26.021 de 29.9.2000 – D. O. 29.9.2000 -
sobre dispensa de ponto e dá outras providências.................. 189 Regulamenta o art. 12 da Lei Complementar nº 12, de 23 de
junho de 1999, e dá outras providências................................. 213
DECRETO Nº 19.168, de 4.3.1988 - D. O. 7.3.1988 - Dispõe
sobre a substituição de servidores............................................ 190 DECRETO Nº 29.445 , de 17 de setembro de 2008 - Dispõe
sobre a dispensa do ponto dos servidores e militares
DECRETO Nº 20.714, de 11.5.1990 - D.O. 11.5.1990 estaduais matriculados em cursos de formação e treinamento
- Estabelece normas relativas à publicação dos atos profissional................................................................................ 214
administrativos no Diário Oficial do Estado e dá outras
providências.............................................................................. 190 DECRETO Nº 29.652, de 17.2.2009 – D.O. de 19.2.2009 -
Dispõe sobre a responsabilidade do Tesouro Estadual sobre o
DECRETO Nº 20.768 de 11.6.1990 – D. O. 12.6.1990 - pagamento da Prorrogação da Licença Maternidade prevista
Disciplina a concessão do Auxílio Funeral e do Salário-Família, §2º do Artigo 100 da Lei Nº9.826, de 14 de maio de 1974..... 215
dispõe sobre a Mudança de Nome de Servidor e dá outras
providências.............................................................................. 191 DECRETO Nº 29.887, de 31 de agosto de 2009. - Institui o
sistema de ética e transparência do poder executivo estadual e
DECRETO Nº 20.769, de 11.6.1990 - D. O. 12.6.1990 - dá outras providências.............................................................. 215
Disciplina os procedimentos para utilização e pagamento de
férias dos servidores estaduais e dá outras providências....... 193 DECRETO Nº 29.986, de 1.12.2009 - D. O. de 2.12.2009 -
Dispõe sobre o regulamento do disposto na Lei nº 14.367, de
DECRETO Nº 20.893, de 15.8.1990 - D. O. 15.8.1990 - 10 de junho de 2009, publicada no Diário Oficial do estado
Disciplina a concessão de TICKET-REFEIÇÃO aos servidores de 12 de junho de 2009 que trata do financiamento de cursos
públicos do Estado, na forma que indica e dá outras de pós-graduação “latosensu” (Especialização) e “stricto-
providências.............................................................................. 194 sensu” (Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado) e dá outras
DECRETO Nº 21.325 , de 15.3.1991 - D. O. 18.3.1991 - Dispõe providências.............................................................................. 219
sobre a motivação dos Atos Administrativos, na Administração DECRETO Nº 31.198, de 30 de abril de 2013. - Institui o códi-
Pública Direta, Indireta, Fundacional, e sua publicidade..... 195 go de ética e conduta da administração pública estadual, e dá
DECRETO Nº 22.121, de 2.9.1992 - D. O. 3.9.1992 - Limita a outras providências................................................................... 220
gratificação dos membros das Comissões Especiais de Licitação DECRETO Nº 31.668, de 05 de fevereiro de 2015 - Dispõe
das Secretarias de Estado, e demais entidades....................... 195 sobre o exercício dos cargos e funções de provimento em
DECRETO Nº 22.402, de 18.2.1993 - D. O. 19.2.1993 - comissão, e dá outras providências.......................................... 223
Regulamenta o artigo 31 da Lei nº 11.039, de 25 de junho de
1985 e dá outras providências.................................................. 196 RESOLUÇÕES..........................................................................224
DECRETO Nº 22.458, de 29.3.1993 - D.O. 31.3.1993 - Dispõe sobre RESOLUÇÃO Nº 252, DE 30.4.1991 - D. O. 6.5.199 - Institui o
a concessão de adicional do trabalho noturno superior ao diurno...196 REGIME JURÍDICO ÚNICO para os servidores da Assembléia
Legislativa, estendendo a esses servidores os benefícios da Lei
DECRETO Nº 22.662, de 20.7.1993 - D.O. 22.7.1993 - Dispõe nº 11.712, de 24 de julho de 1990............................................ 225
sobre a atribuição da gratificação prevista no art. 132 - IV e 135
da Lei nº 9.826, de 14/5/74, e dá outras providências............. 196 RESOLUÇÃO Nº 338, de 30.3.1994 - D. O. 6.4.1994............ 224
DECRETO Nº 22.789, de 1º.10.1993 - D.O. 4.10.1993 - Dá ÍNDICE ALFABÉTICO REMISSIVO......................................225
nova redação ao inciso III do art. 1º do Decreto nº 22.675, de
23 de julho de 1993................................................................... 197
DECRETO Nº 22.793, de 1º.10.1993 - D. O. 4.10.1993
- Regulamenta a Ascensão Funcional dos servidores da
Administração Direta, das Autarquias e Fundações Estaduais... 197
16 - Sumário
Art. 7º - De acordo com a natureza dos cargos, o
LEI Nº 9.826, DE 14 DE MAIO DE 1974 seu provimento pode ser em caráter efetivo ou em
comissão.
Dispõe sobre o Estatuto dos
*Art. 8º - Os cargos em comissão serão providos,
Funcionários Públicos Civis do
por livre nomeação da autoridade competente,
Estado.
dentre pessoas que possuam aptidão profissional e
reunam as condições necessárias à sua investidura,
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, faço conforme se dispuser em regulamento.
saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu
*Ver Constituição Federal art. 37, inciso V, com a reda-
sanciono e promulgo a seguinte Lei: ção dada pela Emenda Constitucional Federal nº 19, de
4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998; art. 26 da Lei nº 11.966
de 17.6.1992 – D. O. 17.6.1992; art. 34 da Lei nº 12.075,
TÍTULO I de 15.2.1993 – D. O. 18.2.1993; arts. 28 e 29 da Lei nº
DO REGIME JURÍDICO DO 12.262, de 2.2.1994 – D. O. 3.2.1994; art. 64 da Lei nº
12.482, de 31.7.1995 – D. O. 11.8.1995 e arts. 11 e 56 da
FUNCIONÁRIO Lei nº 12.483, de 3.8.1995 – D. O. 11.8.1995 – Apêndice.
CAPÍTULO ÚNICO *§ 1º - A escolha dos ocupantes de cargos em co-
DOS PRINCÍPIOS GERAIS missão poderá recair, ou não, em funcionário do
Art. 1º - Regime Jurídico do Funcionário Civil é o Estado, na forma do regulamento.
conjunto de normas e princípios, estabelecidos por *Ver Constituição Federal art. 37, inciso V com a re-
dação dada pela Emenda Constitucional Federal nº
este Estatuto e legislação complementar, regula- 19, de 4.6.1998 – D. O. U. de 5.6.1998 e art. 26 da Lei
dores das relações entre o Estado e o ocupante de nº 11.966 de 17.6.1992 - D. O. 17.6.1992 – Apêndice.
cargo público.
§ 2º - No caso de recair a escolha em servidor de
*Art. 2º - Aplica-se o regime jurídico de que trata entidade da Administração Indireta, ou em funcio-
esta lei: nário não subordinado à autoridade competente
*Ver Lei nº 11.712, de 24.7.1990 - D. O. de 4.9.1990 para nomear, o ato de nomeação será precedido da
- Resolução nº 252, de 30.4.1991 - D. O. 6.5.1991, necessária requisição.
Lei nº 12.062, de 12.1.1993 - D. O. 13.1.1993 e Lei nº
12.482, de 31.7.1995 - D. O. 11.8.1995 - Apêndice. § 3º - A posse em cargo em comissão determina o
I - aos funcionários do Poder Executivo; concomitante afastamento do funcionário do cargo
efetivo de que for titular, ressalvados os casos de
II - aos funcionários autárquicos do Estado; comprovada acumulação legal.
III - aos funcionários administrativos do Poder Art. 9º - Os cargos públicos são providos por:
Legislativo;
I - nomeação;
*IV - aos funcionários administrativos do Tribunal
de Contas do Estado e do Conselho de Contas dos II - promoção;
Municípios. *III - acesso;
*Ver Emenda Constitucional nº 9, de 16.12.1992 - *Ver Constituição Federal art. 37, inciso II e
D.O. de 22.12.1992 e Emenda Constitucional nº 92 de Constituição Estadual art. 154, inciso II.
16.08.2017 - D.O. de 21.08.2017 - Apêndice
*IV - transferência;
Art. 3º - Funcionário Público Civil é o ocupante de *Ver Constituição Federal art. 37, inciso II e
cargo público, ou o que, extinto ou declarado des- Constituição Estadual art. 154, inciso II.
necessário o cargo, é posto em disponibilidade.
V - reintegração;
Art. 4º - Cargo público é o lugar inserido no Sistema
Administrativo Civil do Estado, caracterizando-se, VI - aproveitamento;
cada um, por determinado conjunto de atribuições VII - reversão;
e responsabilidades de natureza permanente.
VIII - transposição;
Parágrafo único - Exclui-se da regra conceitual
IX - transformação.
deste artigo o conjunto de empregos que, inserido
no Sistema Administrativo Civil do Estado, se su- Art. 10 - O ato de provimento deverá indicar a exis-
bordina à legislação trabalhista. tência de vaga, com os elementos capazes de iden-
tificá-la.
Art. 5º - Para os efeitos deste Estatuto, considera-se
Sistema Administrativo o complexo de órgãos dos Art. 11 - O disciplinamento normativo das formas de
Poderes Legislativo e Executivo e suas entidades provimento dos cargos públicos referidos nos itens
autárquicas. VIII e IX do art. 9º é objeto de legislação específica.
CAPÍTULO II
TÍTULO II DO CONCURSO
DO PROVIMENTO DOS CARGOS *Art. 12 - Compete a cada Poder e a cada Autarquia
ou órgão auxiliar, autônomo, a iniciativa dos con-
CAPÍTULO I
cursos para provimento dos cargos vagos.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
*Ver Lei nº 11.449, de 2.6.1988 - D. O. 10.6.1988; Lei
Art. 6º - Os cargos públicos do Estado do Ceará são n º 11.462, de 8.6.1988 - D. O. 10.6.1988; Lei de nº
acessíveis a todos brasileiros, observadas as condi- 11.551, de 18.5.1989 - D. O. 19.5.1989; Lei nº 11.925,
ções prescritas em lei e regulamento. de 13.3.1992 - D. O. 13.3.1992; arts. 33, 34, 35, 36 da
Lei de nº 11.714 de 25.7.1990 - D. O. 4.9.1990 e arts.
Estatuto dos Funcinários Públicos Civis do Estado - 17
15, 16, 17, 18 e 19 da Lei nº 12.386, de 9.12.1994 - D. § 1º - Das inscrições para o concurso constarão,
O. 9.12.1994 - Apêndice. obrigatoriamente:
Art. 13 - A realização dos concursos para provi- *I - o limite de idade dos candidatos, que poderá
mento dos cargos da Administração Direta do Poder variar de dezoito (18) anos completos até cinqüen-
Executivo competirá ao Órgão Central do Sistema ta (50) anos incompletos, na forma estabelecida no
de Pessoal. caput deste artigo;
§ 1º - A execução dos concursos para provimen- *Ver Constituição Estadual, art. 155.
to dos cargos da lotação do Tribunal de Contas do
II - o grau de instrução exigível, mediante apresen-
Estado, do Conselho de Contas dos Municípios e
tação do respectivo certificado;
das Autarquias receberá a orientação normativa e
supervisão técnica do órgão central referido neste III - a quantidade de vagas a serem preenchidas,
artigo. distribuídas por especialização da disciplina, quando
referentes a cargo do Magistério e de atividades de
§ 2º - O Órgão Central do Sistema de Pessoal po-
nível superior ou outros de denominação genérica;
derá delegar a realização dos concursos aos órgãos
setoriais e seccionais de pessoal das diversas re- IV - o prazo de validade do concurso, de dois (2)
partições e entidades, desde que estes apresentem anos, prorrogável a juízo da autoridade que o abriu
condições técnicas para efetivação das atividades ou o iniciou;
de recrutamento e seleção, permanecendo, sempre, V - descrição sintética do cargo, incluindo exem-
o órgão delegante, com a responsabilidade pela plificação de tarefas típicas, horário, condições de
perfeita execução da atividade delegada. trabalho e retribuição;
*Art. 14 - É fixada em cinqüenta (50) anos a idade VI - tipos e Programa das Provas;
máxima para inscrição em concurso público destina-
do a ingresso nas categorias funcionais instituídas de VII - exigências outras, de acordo com as especifi-
acordo com a Lei Estadual nº. 9.634, de 30 de outubro cações do cargo.
de 1972, ressalvadas as exceções a seguir indicadas: § 2º - Independerá de idade, a inscrição do candi-
*Redação dada pela Lei nº 10.340, de 22.11.1979 - D. dato que seja servidor de Órgãos da Administração
O. 3.12.1979 - Apêndice. Estadual Direta ou Indireta.
*A Constituição Federal de 1988 não prevê idade má-
xima para inscrição em Concurso Público. § 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, a habili-
Redação(Lei nº 9.826, de 14.5.1974): Art. 14 – Das tação no concurso somente produzirá efeito se, no
instruções para o concurso constarão, obrigatoriamente: momento da posse ou exercício no novo cargo ou
I – o limite de idade dos candidatos, que poderá variar emprego, o candidato ainda possuir a qualidade de
de 18 (dezoito) anos completos até 45 (quarenta e servidor ativo, vedada a aposentadoria concomitan-
cinco) anos incompletos, dependendo da natureza do te para elidir a acumulação do cargo.
cargo a ser provido, ficando a critério da Administração
ampliar o limite máximo, em cada caso; II – o grau Art. 15 - Encerradas as inscrições, legalmente pro-
de instrução exigível, mediante apresentação do cessadas, para concurso destinado ao provimento
respectivo certificado; III – a quantidade de vagas a de qualquer cargo, não se abrirão novas inscrições
serem preenchidas, distribuídas por especialização da
disciplina, quando referentes a cargos de magistério e de antes da realização do concurso.
atividades de nível superior ou outros de denominação Art. 16 - Ressalvado o caso de expressa condição
genérica; IV – o prazo de validade do concurso, de dois básica para provimento de cargo prevista em regu-
anos, prorrogável a juízo da autoridade que o abriu ou
o iniciou; V – descrição sintética do cargo, incluindo lamento, independerá de limite de idade a inscri-
exemplificação de tarefas típicas, horário, condições ção, em concurso, de ocupante em cargo público.
de trabalho e retribuição; VI – tipos e programas das
provas; VII – exigências outras, de acordo com as CAPÍTULO III
especificações do cargo.
DA NOMEAÇÃO
I - para a inscrição em concurso para o Grupo de *Art. 17 - A nomeação será feita:
Tributação e Arrecadação a idade limite é de trinta
*Ver Emenda Constitucional Federal nº 19, de
e cinco (35) anos. 4.6.1998 – D. O. de 5.6.1998; Lei nº 11.462, de 8.6.1988
*II - e para inscrição em concurso destinado ao - D. O. 10.6.1988 e art. 36, §§ 1º e 2º da Lei nº 11.714,
de 25.7.1990 - D. O. 4.9.1990 - Apêndice.
ingresso nas categorias funcionais do Grupo
Segurança Pública, são fixados os seguintes limites I - em caráter vitalício, nos casos expressamente
máximos de idade: previstos na Constituição;
*Ver Lei nº 12.124, de 6.7.1993 – D. O. 14.7.1993. - II - em caráter efetivo, quando se tratar de nomea-
Apêndice.
ção para cargo da classe inicial ou singular de de-
a) de vinte e cinco (25) anos, quando se tratar de terminada categoria funcional;
ingresso em categoria funcional que importe em
exigência de curso de nível médio; e
*III - em comissão, quando se tratar de cargo que
b) de trinta e cinco (35) anos, quando se tratar de assim deve ser provido.
ingresso nas demais categorias;
*Ver Emenda Constitucional Federal nº 19, de 4.6.1998
c) independerá dos limites previstos nas alíneas an- – D. O. de 4.6.1998; Constituição Federal art. 37, inciso
teriores a inscrição do candidato que já ocupe car- V; Constituição Estadual art. 154, item V; art. 38 da Lei
nº 11.714, de 25.7.1990 – D. O. 4.9.1990; e art. 26 da
go integrante do Grupo Segurança Pública. Lei nº 11.966 de 17.6.1992 - D. O. 17.6.1992 – Apêndice.
III - estar no gozo dos direitos políticos; II - se do ato de provimento consta a existência de
vaga, com os elementos capazes de identificá-la;
IV - estar quite com as obrigações militares e elei-
torais; III - em caso de acumulação, se pelo órgão compe-
tente foi declarada lícita.
V - ter boa conduta; Art. 25 - A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta)
VI - gozar saúde, comprovada em inspeção médica, dias da publicação do ato de provimento no órgão
na forma legal e regulamentar; oficial.
VII - possuir aptidão para o cargo; Parágrafo único - A requerimento do funcionário
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, ou de seu representante legal, a autoridade com-
exceto nos casos de nomeação para cargo em co- petente para dar posse poderá prorrogar o prazo
missão ou outra forma de provimento para a qual previsto neste artigo, até o máximo de 60 (sessenta)
não se exija o concurso; dias contados do seu término.
IX - ter atendido às condições especiais, prescritas CAPÍTULO V
em lei ou regulamento para determinados cargos DA FIANÇA
ou categorias funcionais.
Art. 26 - O funcionário nomeado para cargo cujo
§ 1º - A prova das condições a que se refere os itens provimento dependa de prestação de fiança não
I e II deste artigo não será exigida nos casos de poderá entrar em exercício sem a prévia satisfação
transferência, aproveitamento e reversão. dessa exigência.
§ 2º - Ninguém poderá ser empossado em cargo § 1º - A fiança poderá ser prestada em:
efetivo sem declarar, previamente, que não ocupa
outro cargo ou exerce função ou emprego público I - dinheiro;
da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito II - título da divida pública da União ou do Estado,
Federal, dos Territórios, de Autarquias, empresas ações de sociedade de economia mista que o Estado
públicas e sociedades de economia mista, ou apre- participe como acionista, e
sentar comprovante de exoneração ou dispensa do III - apólice de seguro-fidelidade funcional, emiti-
outro cargo que ocupava, ou da função ou emprego da por instituição oficial ou legalmente autorizada
que exerce, ou, ainda, nos casos de acumulação le- para esse fim.
gal, comprovante de ter sido a mesma julgada lícita
pelo órgão competente. § 2º - O seguro poderá ser feito pela própria repar-
tição em que terá exercício o funcionário.
Art. 21 - São competentes para dar posse:
I - o Governador do Estado, às autoridades que lhe § 3º - Não se admitirá o levantamento da fiança an-
são diretamente subordinadas; tes de tomada de contas do funcionário.
II - os Secretários de Estado, aos dirigentes de re- § 4º - O responsável por alcance ou desvio de bens
partições que lhes são diretamente subordinadas; do Estado não ficará isento da ação administrativa
que couber, ainda que o valor da fiança seja supe-
III - os dirigentes das Secretarias Administrativas,
rior ao dano verificado ao patrimônio público.
ou unidades de administração geral equivalente, da
Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do
Estado, e do Conselho de Contas dos Municípios,
aos seus funcionários, se de outra maneira não es-
f) Artigo 78 – Caput e Parágrafo 2º, 3º e 4º; Art. 330 - A previdência social dos servidores públi-
cos estaduais, civis e militares, agentes públicos e
g) Artigo 79 – Parágrafo 1º, 2º, 3º e 5º; dos membros de Poder, ativos, inativos e pensionis-
h) Artigo 80 – Parágrafo 1º e 2º; tas, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
e do Ministério Público será mantida através de
i) Artigo 81 – Caput e Parágrafos;
Sistema Único, administrado pelo Poder Executivo,
j) Artigo 88 – Inciso XIII; através da Secretaria da Fazenda, nos termos da
l) Artigo 108 – Inciso VII, alínea B; Lei.
m) Artigo 151 – Inciso II; e § 1º - Instituído o Sistema Único de que trata o
caput deste artigo, ficam extintos, na Administração
n) Artigos 16 e 17 do Ato das Disposições Pública Estadual, todos os Montepios existentes,
Transitórias. institutos de aposentadoria e pensão e a Pensão
Art. 2º Esta Emenda Constitucional entrará em vi- Policial Militar, ficando vedada a instituição de
gor na data de sua publicação, revogadas as dispo- quaisquer novos benefícios de montepio ou previ-
sições em contrário. denciários, a qualquer título, diversos do disposto
neste Capítulo, ressalvando-se a manutenção e o
PAÇO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO
pagamento dos benefícios atualmente concedidos,
ESTADO DO CEARÁ, em Fortaleza, aos 16 de de-
os quais serão suportados pelo Sistema Único, nos
zembro de 1992.
termos da Lei, respeitado, em qualquer caso, o teto
Dep. Júlio Rego, Presidente; Dep. Manuel Salviano, remuneratório aplicável.
1º Vice-Presidente; Dep. José Albuquerque, 2º
§ 2º - Os Deputados Estaduais não serão contri-
Vice– Presidente; Dep. Alexandre Figueiredo, 1º
buintes do Sistema Único de que trata o caput deste
Secretário; Dep. Stênio Rios, 2º Secretário; Dep.
artigo e poderão ter sistema próprio de previdência
José Maria Melo, 3º Secretário; Dep. Marconi
social, mantido por contribuição dos segurados e
Matos, 4º Secretário.
pensionistas e por recursos do Estado, nos termos
D.O. 22.12.92 da Lei.
§ 3º - Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL disponibilizarão, mensalmente, a partir de 90 dias
Nº 39, DE 5.5.1999 D. O. 10.5.1999 da publicação desta emenda, os dados, relativos
aos seus servidores, necessários ao gerenciamento
Altera o inciso XXI do Art. 154, o Art. do Sistema Único de Previdência.
165 e o Capítulo XII do Título VIII da Art. 331 - O Sistema Único de Previdência Social
Constituição Estadual. de que trata o artigo anterior será organizado com
base em normas gerais de contabilidade e atuá-
A MESA DIRETORA DA ASSEMBLÉIA ria, de modo a garantir o seu equilíbrio financeiro
LEGISLATIVA DO ESTADO DO CEARÁ, nos ter-
74 - Assembleia Legislativa do Estado do Ceará
e atuarial, e será mantido mediante contribuição *§ 6ª - Na falta dos filhos menores, ou quando por
previdenciária, dos ativos, inativos pensionistas, na qualquer motivo cessar o pagamento a estes, a pen-
alíquota mínima de onze por cento sobre as respec- são será paga integralmente ao cônjuge supérstite.
tivas remuneração, proventos e pensões, além de companheiro ou companheira, assim como na falta
contribuição do próprio Estado do Ceará, conforme destes, a pensão será paga integralmente aos filhos
disposto em Lei. menores, cessando na forma do parágrafo seguinte.
§ 1º - O sistema Único de Previdência Social man- *Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O.
de 9.2.2011. Apêndice.
tido por contribuição previdenciária, atenderá, nos
termos da Lei, a: *§ 7º - Cessa o pagamento da pensão:
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O.
I – aposentadoria; de 9.2.2011. Apêndice.
*II – pensão por morte do segurado ao cônjuge su- *I – em relação ao cônjuge supérstite, companheiro
pérstite, companheiro ou companheira e demais ou companheira, na data em que contrair núpcias,
dependentes do segurado, estes desde que devida- constituir nova união estável ou falecer;
mente inscritos;
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O.
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O. de 9.2.2011. Apêndice.
de 9.2.2011. Apêndice.
*II – em relação a filho, filha ou tutelado, na data
III – auxílio reclusão, no limite definido em Lei. em que atingir a maioridade ou quando de sua
§ 2º - Nenhuma aposentadoria ou pensão terá valor emancipação, salvo se inválido(a) totalmente para
mensal inferior ao salário mínimo, ressalvados os o trabalho até o falecimento do segurado, compro-
casos de aposentadoria e pensões proporcionais. vada, neste caso, a dependência econômica em re-
§ 3º - Ressalvados os casos de aposentadoria pro- lação ao segurado.
porcional, a pensão por morte corresponderá à to- *Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O.
de 9.2.2011. Apêndice.
talidade do subsídio, vencimentos ou proventos do
servidor falecido, independentemente do número *§ 8º - Os serventuários da Justiça, não remune-
de dependentes inscritos, respeitados, em qualquer rados pelos cofres públicos, não contribuirão para
caso, o teto remuneratório aplicável. o Sistema Único de Previdência Social do Estado
do Ceará de que trata este artigo, ressalvados os
*§ 4º - A pensão por morte, prevista no parágrafo
inscritos anteriormente ao advento da Lei Federal
anterior, será devida desde:
nº 8.935, de 18 de novembro de 1994.
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O.
de 9.2.2011. Apêndice. § 9º - Observado o disposto no parágrafo anterior,
*I – do óbito, quando requerida até 90 (noventa) a contribuição previdenciária a ser recolhida pelos
dias depois deste; serventuários da Justiça, ativos e inativos, não re-
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O.
munerados pelos cofres públicos e seus pensionis-
de 9.2.2011. Apêndice. tas, corresponderá, no mínimo, a vinte por cento,
incidente sobre toda a remuneração, proventos ou
*II – do requerimento, quando requerida após o pensão percebidos, conforme o caso, nos termos
prazo previsto no inciso anterior ou no caso de in- dispostos em Lei.
clusão post mortem qualquer que seja o status do
dependente; § 10 - Observado o disposto nos §§ 8º e 9º, os serven-
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O. turários da Justiça, não remunerados pelos cofres
de 9.2.2011. Apêndice. públicos terão os proventos de suas aposentadorias
fixados de acordo com a média das remunerações
*III – da sentença judicial, no caso de morte presu- que serviu de base de cálculo para as 96 (noventa e
mida ou ausência. seis) últimas contribuições efetivamente recolhidas
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O. à entidade estadual responsável pela previdência
de 9.2.2011. Apêndice.
social, sendo tais proventos e pensões reajustados
*§ 5º - A pensão decorrente de contribuição paga na mesma época e índice dos reajustes gerais dos
por qualquer ocupante de cargo, função ou em- servidores do Estado.
prego público da administração direta, autárquica
e fundacional, ou por membros de quaisquer dos § 11 - Nenhum benefício de previdência social po-
Poderes do Estado, inclusive do Ministério Público, derá ser criado majorado ou estendido, sem a cor-
somente poderá ter como beneficiários o cônjuge respondente fonte de custeio total.
supérstite, a companheira ou o companheiro, e os § 12 - A contribuição previdenciária do Sistema
filhos menores do segurado, sendo vedada a desig- Único de Previdência Social não incidirá sobre a
nação legal ou indicação de quaisquer outros be- parcela de até R$ 300,00 (trezentos reais) do pro-
neficiários, inclusive netos, ressalvados os casos de vento ou pensão.
tutela judicial e de invalidez, sempre que demons- § 13 - O servidor público civil ativo, os agentes
trada a dependência econômica. A pensão será públicos ativos e os membros do Poder ativos do
paga metade ao cônjuge supérstite, companheira Estado do Ceará, que permanecerem em atividade
ou companheiro, e metade, em partes iguais, aos após completar as exigências para a aposentadoria
filhos menores. voluntária integral nas condições previstas no Art.
*Ver Emenda Constitucional nº 69, de 18.1.2011 – D. O. 40 da Constituição Federal, na redação dada pela
de 9.2.2011. Apêndice.
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro
de 1998, ou nas condições previstas no art. 8º, da
7 Ver: Art. 2º, inciso VI, da Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D.O. de 18.6.1999
- revoga o Art. 155 e seus parágrafos da Lei nº 9.826, de 14.5.1984.
155 da Lei nº 9.826, de 14 de maio de 1974, com a 18.6.1999 - revoga o Art. 155 e seus parágrafos da Lei nº 9.826, de
14.5.1984.
11 Ver: Art. 2º, inciso VI, da Lei nº 12.913, de 17.6.1999 - D.O. de 12 Ver: Art. 1º da Lei 11.171, de 10.04.1986 - D.O. de 10.04.1986.
“Art. 5º - Aos ocupantes do cargo de Motorista, Art. 15 - O ingresso nas carreiras dar-se-á por no-
lotados no Tribunal de Justiça é atribuída de re- meação para cargos efetivos, após aprovação em
presentação de 175% (cento e setenta e cinco por concurso público, na classe e referência iniciais do
cento) sobre o vencimento base, quando no efetivo Grupo Ocupacional Atividades de nível Superior
exercício do cargo. - ANS e na referência inicial da respectiva clas-
se do Grupo Ocupacional Atividades de Apoio
§ 1º - A gratificação de que trata o caput deste artigo Administrativo e Operacional - ADO.
será elevada para 210% (duzentos e dez por cento)
*Art. 20 - Durante o estágio probatório o servidor
quando o motorista for designado para ter exercício
dos Grupos Ocupacionais Atividades de Nível
junto aos gabinetes do Presidente, Vice-Presidente,
Superior - ANS e Atividade de Apoio Administrativo
do Corregedor Geral, dos Desembargadores e do
e Operacional - ADO, não poderá ser afastado
Secretário Geral e ali prestar efetivo exercício ine-
de seu órgão de origem, nem fará jus à Ascensão
rente a seu cargo.
Funcional.
§ 2º - A gratificação prevista neste artigo não será * Ver Lei n° 13.092, de 8.1.2001 – D. O. 8.1.2001 -
percebida cumulativamente com gratificação pelo Apêndice
regime de tempo integral e pela prestação de ser- Art. 21 - A ascensão funcional do servidor nas car-
viços extraordinários, sendo incorporada ao venci- reiras, far-se-á através da progressão, da promoção
mento do servidor para efeito de aposentadoria”. e da transformação.
Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua Art. 22 - Progressão é a passagem do servidor de
publicação, revogadas as disposições em contrário. uma referência para outra imediatamente superior
dentro da faixa vencimental da mesma classe, obe-
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO decidos os critérios de desempenho ou antigüidade
CEARÁ, em Fortaleza, aos 16 de setembro de 1994. e o cumprimento do interstício de 365 (trezentos e
sessenta e cinco) dias.
Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal;
Pedro Brito do Nascimento Parágrafo Único - Serão elevados, anualmente,
mediante progressão, 60% (sessenta por cento) dos
servidores de cada referência, excluída a última
de cada classe, reservando-se 50% (cinqüenta por
LEI Nº 12.386, DE 9.12.1994 - D. O. cento) para cada um dos critérios referidos neste
9.12.1994 Artigo.
Art. 23 - Promoção é a elevação do servidor de uma
Aprova o Plano de Cargos e Carreiras para outra classe imediatamente superior dentro da
dos Grupos Ocupacionais, Atividades mesma carreira e dependerá, cumulativamente, de:
de apoio de Nível Superior - ANS e
Atividades de apoio Administrativo e I - conclusão, com aproveitamento, do programa de
Operacional – ADO da Administração capacitação e aperfeiçoamento estabelecido para a
Direta e das Autarquias Estaduais e classe;
dá outras providências. II - habilitação legal para o exercício do cargo ou
função integrante da classe, quando a promoção
Art. 7º - .................... implicar em mudança de cargo ou denominação de
*“§ 1º - Os valores fixados no Anexo VI a que se função;
refere este Artigo será acrescido do percentual de III - desempenho eficaz de suas atribuições;
40% (quarenta por cento), quando o servidor for
IV - comprovada necessidade de mão-de-obra,
submetido ao regime de 40 (quarenta) horas sema-
quando a elevação do servidor para a nova classe
nais de trabalho.
implicar em mudança de cargo/função.
*§ 2º - A alteração da jornada de trabalho de 30
Parágrafo único - O número de servidores a serem
(trinta) para 40 (quarenta) horas semanais, previs-
promovidos corresponderá a 40% (quarenta por
ta no parágrafo primeiro deste Artigo, só poderá
cento) do total de integrantes de cada classe.
ocorrer havendo carência de mão-de-obra e anu-
ência expressa do servidor, ouvida previamente a Art. 29 - Os critérios específicos e os procedimentos
Secretaria da Administração. para aplicação do princípio do mérito e/ou da anti-
guidade para efetivação da progressão e da promo-
§ 3º - O percentual de 40% (quarenta por cento) de ção bem como os procedimentos para transforma-
que trata o parágrafo primeiro deste Artigo não será ção, são os definidos no Decreto nº 22.793, de 1º de
pago, cumulativamente, com a Gratificação por outubro de 1993.
Regime de Tempo Integral, Prestação de Serviço
Extraordinários ou outra vantagem com igual de- Art. 42 - Para efeito desta Lei considera-se venci-
nominação ou com a mesma finalidade. mento a retribuição pecuniária devida ao servidor
pelo exercício de cargo ou função pública, fixada
*§ 4º - A alteração a que se refere o parágrafo pri- em Lei para a respectiva referência vencimental.
meiro deste Artigo integrará os proventos do servi-
Art. 43 - Remuneração é o vencimento do cargo ou
dor desde que venha percebendo por um período
função acrescido das vantagens pecuniárias per-
não inferior a 3 (três) anos.
manentes ou temporárias estabelecidas em Lei.
CAPÍTULO IV
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO
SEÇÃO ÚNICA CEARÁ, em Fortaleza-CE, aos 22 de março de 2000.
Da Gestão Econômico e Financeira Tasso Ribeiro Jereissati; Ednilton Gomes de
Art. 23 – O SUPSEC e o respectivo Fundo Especial Soáres; Soraia Thomaz Dias Victor
serão geridos pela Secretaria da Fazenda.
Art. 24 – Aplica-se, no que couber, à administra-
ção econômico-financeira do SUPSEC o disposto DECRETO Nº 25.851, DE 12.4.2000
na Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, – D. O. 12.4.2000
no Código de Contabilidade do Estado do Ceará e
suas alterações posteriores. Disciplina os afastamentos de
Art. 25 – O SUPSEC sujeitar-se-á as inspeções e servidores públicos estaduais para
auditorias de natureza atuarial, contábil, financei- fins de realização de estudos pós-
ra, orçamentária e patrimonial dos órgão de contro- graduados.
le interno e externo da Administração Pública.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ, no
CAPÍTULO V uso das atribuições que lhe confere o art. 88, incisos
IV e VI, da Constituição Estadual, e tendo em vista
SEÇÃO ÚNICA o que dispõe o art. 110, item I, letra b, da Lei nº
Das Disposições Gerais 9.826, de 14 de maio de 1974, e;
Art. 26 – Nas ações judiciais que resulte o paga- CONSIDERANDO a necessidade de serem estabe-
mento de valores sujeitos à incidência da contribui- lecidos critérios disciplinares para os afastamentos
ção previdenciária do SUPSEC, será providencia- de servidores públicos estaduais para fins de reali-
do, por ocasião do pagamento, o prévio desconto zação de estudos pós-graduados.
DECRETA:
AUTORIZAÇÃO CONCURSO
afastamento autarquias - (art. 13, §1º)
do exercício funcional - (art. 110) casos em que pode ocorrer - (art. 204 e § único)
funcionário estudante - (art. 111, § único e art. 112) competência - (art. 12)
missão ou estudo fora do Estado - (art. 113) Conselho de Contas dos Municípios - (art. 13, § 1º)
trato de interesses particulares - (art. 115) declaração de equivalência - (art. 249, § único)
cassação - (art. 118) definição - (art. 249)
prazo para nova autorização - (art. 120) funcionário
prorrogação - (art. 119) estabilidade - (art. 75)
inscrições
AUXÍLIO-DOENÇA encerramento - (art. 15)
concessão - (art. 150, VI) limite de idade - (art. 16)
condições para concessão - (art. 172) inscrições - (art. 14)
pagamento - (art. 172, § 1º) novas inscrições não se abrirão antes de sua realização
em caso de falecimento do funcionário - (art. 172, § - (art. 15)
2º) Órgão Central do Sistema de Pessoal
delegação - (art. 13, § 2º)
AUXÍLIO-FUNERAL realização
concessão - (art. 173) competência - (art. 13)
pagamento - (art. 173, § 4º) Tribunal de Contas do Estado - (art. 13, §1º)
em caso de acumulação legal - (art. 173, § 2º)
provimento do cargo do funcionário falecido - (art. CONSELHO DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS
173, § 3º) concursos
vencimentos ou proventos - (art. 173, § 1º) execução (art. 13, § 1º)
PROVIMENTO REQUERIMENTO
ato de (art. 10) direção e encaminhamento - (art. 142)
direção de petição - (art. 141)
RECONSIDERAÇÃO prazo para despacho e decisão - (art. 143, § 1º)
autoridade a quem se dirige o pedido - (art. 143) prescrição do direito de pleitear - (art. 146)
direito de petição - (art. 141)
fatalidade e improrrogabilidade dos prazos (art. 147) RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
funcionário aplicação de pena - (art. 179, § 4º)
vista ao processo (art. 148) extinção - (art. 181)
impossibilidade de repetição - (art. 143, § 2º) imprescrição - (art. 182, § único)
interrupção da prescrição - (art. 147) isenção - (art. 179, §§ 5º e 6º)
prazo para despacho e decisão - (art. 143, § 1º)
prescrição do direito de pleitear na esfera RESPONSABILIDADE CIVIL
administrativa - (art. 146) definição - (art. 177)
recurso - (art. 144, I) indenização de prejuízo
sem efeito suspensivo - (art. 145) liquidação - (art. 177, § 1º)
prejuízo a terceiro
RECURSO ADMINISTRATIVO ação regressiva - (art. 177, § 2º)
cabimento - (art. 144)
direção - (art. 144, § 1º) RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
encaminhamento - (art. 144, § 2º) apuração - (art. 179, § 2º)
fatalidade e improrrogabilidade dos prazos - (art. 147) apuração e processamento - (art. 180)
vista ao processo - (art. 148)
interrupção - (art. 147) RESPONSABILIDADE PENAL
prescrição do direito de pleitear na esfera casos que abrange - (art. 178)
administrativa (art. 146)
sem efeito suspensivo - (art. 145) - funcionário RETRIBUIÇÃO
atribuída ao funcionário - (art. 121)
REGIME DISCIPLINAR formas - (art. 122)
normas funcionário disponível - (art. 122, § 2º)
casos pendentes (art. 243) funcionário exonerado
dívida a pagar - (art. 122, § 5º)
REGIME JURÍDICO pecuniária
aplicações - (art. 2º) descontos previstos - (art. 122, § 3º)
casos de não aplicação ao funcionário estadual - (art. vencimentos funcionais - (art. 122, § 1º)
65)
definição - (art. 1º) REVERSÃO
funcionário civil - (art. 1º) condições - (art. 61)
condições essenciais - (art. 61, § único)
REINTEGRAÇÃO definição - (art. 60)
cargo anterior - (art. 53) provimento de cargo público - (art. 9º, VII)
decisão administrativa - (art. 52, § único)
REVISÃO ver REVISÃO DO INQUÉRITO valor da hora do serviço noturno - (art. 133, § 3º)
ADMINISTRATIVO
SERVIÇO ININTERRUPTO
REVISÃO DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO definição - (art. 105, § 2º)
cabimento - (art. 228, § único)
comissão julgadora - (art. 230, § único) SINDICÂNCIA
conclusão apuração das aptidões do funcionário - (art. 209, § 1º)
encaminhamento - (art. 232) assessoramento - (art. 209, § 7º)
prazo - (art. 232) caso em que precederá o inquérito administrativo (art.
encaminhamento - (art. 230) 209, § 4º)
funcionário falecido ou desaparecido - (art. 228, defesa prévia
parágrafo único) prazo - (art. 209 § 6º)
informante - (art. 231, § único) definição - (art. 209)
inquirição de testemunhas arroladas pelo requerente delegação de competência - (art. 209)
(art. 231) encaminhamento de autos - (art. 209, § 8º)
julgamento período de estágio probatório
prazo - (art. 232 e § único) suspensão - (art. 209, § 2º)
não cabimento - (art. 229, § único) prorrogação - (art. 209, § 5º)
processamento - (art. 229) realização - (art. 209, § 3º)
recurso prazo - (art. 209, § 5º)
cabimento - (art. 233) responsabilidade não apurada arquivamento - (art.
209, § 8º)
SALÁRIO-FAMÍLIA
casos em que será devido - (art. 170) SISTEMA ADMINISTRATIVO
casos em que será suspenso - (art. 170) definição - (art. 5º)
concessão - (art. 160)
documentos para habilitação - (art. 165) SUBSTITUIÇÃO
cota por filho inválido - (art. 160, § 3º) automática - (art. 40)
declaração do servidor - (art. 166) definição - (art. 40, § 1º)
definição - (art. 158) casos de - (art. 39)
dependente em caso de vacância de cargo - (art. 41)
cota - (art. 159) gratuita - (art. 40, § 3º)
em caso de falecimento do funcionário - (art. 162 e§ nomeação - (art. 40)
único) por ato da administração
inexatidão das declarações nomeação - (art. 40, § 2º)
suspensão e devolução - (art. 168) remunerada
isenção de contribuição - (art. 163) vencimentos e gratificação - (art. 42)
obrigações do funcionário - (art. 169)
não observância - (art. 169, § único) SUSPENSÃO
padrasto e madrasta aplicação - (art. 198)
equiparação - (art. 160, § 2º) conversão em multa - (art. 198, § único)
pagamento - (art. 171) desatendimento da convocação para prestação de
pagamento serviços - (art. 203)
caso em que o funcionário deixar de perceber sanção disciplinar - (art. 196, II)
vencimento (art. 161)
prazo ao declarante ativo ou inativo para o SUSPENSÃO PREVENTIVA
esclarecimento de qualquer dúvida na declaração - competência - (art. 205)
(art. 167, § 1º) funcionário
processamento - (art. 167) direitos - (art. 205, § 2º)
quando o pai e mãe forem ambos funcionários - (art. prazo - (art. 205, § 1º)
160, § 1º) tempo de serviço - (art. 205, § 2º)
suspensão da concessão do - (art. 168)
suspensão do pagamento - (art. 164, e §§ e art. 167, SUSPENSÃO DO VÍNCULO FUNCIONAL
§ 2º) efeitos - (art. 66)
funcionário estadual
SANÇÃO DISCIPLINAR casos em que não será aplicado o regime jurídico -
ato de cominação - (art. 201, e § único) (art. 65)
competência,- (art. 202)
revisão do procedimento disciplinar - (art. 228) TEMPO DE SERVIÇO
tipos - (art. 196) acidente de trabalho
definição - (art. 68, § 1º)
SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO acumulação de cargos - (art. 72 e § único)
gratificação - (art. 132, I e 133) afastamento considerado de efetivo exercício - (art.
TEMPO INTEGRAL
casos excepcionais - (art. 138, § 2º)
gratificação - (art. 138)
regulamentação - (art. 138, § 1º)
TRABALHO EXTRAORDINÁRIO
gratificação - (art. 133, § 2º)
TRANSFERÊNCIA
definição - (art. 50)
TRIBUTOS E EMOLUMENTOS
funcionários
isenção - (art. 241 e 242)
VACÂNCIA DE CARGO
abertura de, vagas decorrentes do seu preenchimento
(art. 64, § único)
data da ocorrência - (art. 64)
enumeração taxativa - (art. 62)
exoneração - (art. 63)
de ofício
casos - (art. 63, II)
VENCIMENTO
acumulação com pensão - (art. 195, § único, II)
definição - (art. 123)
funcionário investido em mandato gratuito de
vereador - (art. 124, § único)
perda - (art. 124)
VITALICIEDADE
funcionário
perda de cargo - (art. 76)
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro desta flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. – Paz no futuro e glória no passado.
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Pátria amada,
Brasil! Brasil!
H ino do E stado do C eará
Música de Alberto Nepomuceno
Letra de Tomás Lopes
Terra do sol, do amor, terra da luz! Tua jangada afoita enfune o pano!
Soa o clarim que tua glória conta! Vento feliz conduza a vela ousada!
Terra, o teu nome e a fama aos céus remonta Que importa que no seu barco seja um nada
Em clarão que seduz! Na vastidão do oceano,
Nome que brilha – esplêndido luzeiro Se à proa vão heróis e marinheiros
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro! E vão no peito corações guerreiros!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos! Sim, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Chuvas de prata rolem das estrelas... Porque esse chão que embebe a água dos rios
E despertando, deslumbrada, ao vê-.las Há de florar em meses, nos estios
Ressoa a voz dos ninhos... E bosques, pelas águas!
Há de florar nas rosas e nos cravos selvas e rios, serras e florestas
Rubros o sangue ardente dos escravos. Brotem no solo em rumorosas festas!
Seja teu verbo a voz do coração, Abra-se ao vento o teu pendão natal
verbo de paz e amor do Sul ao Norte! sobre as revoltas águas dos teus mares!
Ruja teu peito em luta contra a morte, E desfraldado diga aos céus e aos mares
Acordando a amplidão. A vitória imortal!
Peito que deu alívio a quem sofria Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
e foi o sol iluminando o dia! E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Mesa Diretora
2017-2018
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1
CONTEÚDO
DECRETO-LEI N. 3.688, DE 3 DE 1941 - LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS
LEI N. 1.521, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1951 – CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR
LEI N. 2.889, DE 1.º DE OUTUBRO DE 1956 – CRIME DE GENOCÍDIO
LEI N. 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965 – CÓDIGO ELEITORAL
LEI N. 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965 – DIREITO DE REPRESENTAÇÃO CONTRA ABUSO
LEI N. 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1968 – DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO PESSOAL
LEI N. 6.001, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1973 – ESTATUTO DO ÍNDIO
LEI N. 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979 – LEI DE LOTEAMENTO
LEI N. 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL
LEI N. 7.492, DE 16 DE JUNHO DE 1986 – CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO
LEI N. 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 – CRIMES DE PRECONCEITOS DE RAÇA OU DE COR
LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 – ESTATUTO DA CRIANÇA ECA
LEI N. 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990 – CRIMES HEDIODOS
LEI N. 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990 – CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
LEI N. 8.176, DE 8 DE FEVEREIRO DE 1991 – CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA
LEI N. 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 – ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
LEI N. 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 – LEI DE LICITAÇÃO
LEI N. 9.029, DE 13 DE ABRIL DE 1995 – CRIMES CONTRA O TRABALHO
LEI N. 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995 – JUIZADOS ESPECIAIS
LEI N. 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996 – LEI DE PATENTES
LEI N. 9.296, DE 24 DE JULHO DE 1996 – ESCUTA TELEFÔNICA
LEI N. 9.434, DE 4 DE FEVEREIRO DE 1997 – LEI DE TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS
LEI N. 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997 – CRIMES DE TORTURA
2
LEI N. 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 – CÓDIGO DE TRÂNSITO
LEI N. 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 – CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
LEI N. 9.609, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – LEI DO SOFTWARE
LEI N. 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – LEI SOBRE DIREITOS AUTORAIS
LEI N. 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998 – LAVAGEM DE CAPITAIS
LEI N. 9.807, DE 13 DE JULHO DE 1999 – PROGRAMA DE PROTEÇÃO À TESTEMUNHA
LEI N. 10.446, DE 8 DE MAIO DE 2002 – INFRAÇÕES PENAIS REPRESSÃO UNIFORME
LEI N. 10.671, DE 15 DE MAIO DE 2003 - ESTATUTO DO TORCEDOR
LEI N. 10.741, DE 1.º DE OUTUBRO DE 2003 – ESTATUTO DO IDOSO
LEI N. 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO
LEI N. 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005 – LEI DE FALÊNCIAS
LEI N. 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005 – LEI DE BIOSSEGURANÇA
LEI N. 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 – LEI MARIA DA PENHA
LEI N. 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006 – LEI DE DROGAS
LEI N. 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 – MANDATO DE SEGURANÇA
LEI N. 12.037, DE 1.º DE OUTUBRO DE 2009 – IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL
LEI N. 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010 – ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
LEI N. 12.830, DE 20 DE JUNHO DE 2013 – INVESTIGAÇÃO CONDUZIDA POR DELEGADO
LEI N. 12.850, DE 2 DE AGOSTO DE 2013 – COMBATE ÀS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
LEI N. 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013 – ESTATUTO DA JUVENTUDE
TÍTULO II DA LEI 8.078 DE 1990 – CRIMES CONTRA A RELAÇÃO DE CONSUMO
3
DECRETO-LEI N. 3.688, DE 3 DE
OUTUBRO DE 1941 (*)
Lei das Contravenções Penais.
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe
confere o art. 180 da Constituição, decreta:
LEI DAS CO NTRAVENÇÕ ES PENAIS
PARTEGERAL
Aplicação das regras gerais do Código Penal
Art. 1.º Aplicam-se às contravenções as regras gerais do Código Penal,
sempre que a presente Lei não disponha de modo diverso.
Territorialidade
Art. 2.º A lei brasileira só é aplicável à contravenção praticada no
território nacional.
• Vide art. 12 do CP.
• Vide art. 61 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
Voluntariedade. Dolo e culpa
Art. 3.º Para a existência da contravenção, basta a ação ou omissão
voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o dolo ou a culpa, se a lei faz
depender, de um ou de outra, qualquer efeito jurídico.
Tentativa
Art. 4.º Não é punível a tentativa de contravenção.
Penas principais
Art. 5.º As penas principais são:
I - prisão simples;
II - multa.
Prisão simples
Art. 6.º A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor
penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão
comum, em regime semiaberto ou aberto.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 6.416, de 24-5-1977.
§ 1.º O condenado à pena de prisão simples fica sempre separado dos
condenados à pena de reclusão ou de detenção.
§ 2.º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada não excede a 15
4
(quinze) dias.
Reincidência
Art. 7.º Verifica-se a reincidência quando o agente pratica uma
contravenção depois de passar em julgado a sentença que o tenha
condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no
Brasil, por motivo de contravenção.
Erro de direito
Art. 8.º No caso de ignorância ou de errada compreensão da lei,
quando escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada.
Conversão da multa em prisão simples
Art. 9.º A multa converte-se em prisão simples, de acordo com o que
dispõe o Código Penal sobre a conversão de multa em
detenção.
•• Vide art. 51 do CP.
Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a conversão em
prisão simples se faz entre os limites de 15 (quinze) dias e 3 (três)
meses.
Limites das penas
Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum,
ser superior a 5 (cinco) anos, nem a importância das multas ultrapassar
cinquenta contos de réis.
Suspensão condicional da pena de prisão simples
Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender,
por tempo não inferior a 1 (um) ano nem superior a 3 (três), a execução
da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 6.416, de 24-5- 1977.
Penas acessórias
Art. 12. As penas acessórias são a publicação da sentença e as
seguintes interdições de direitos:
I - a incapacidade temporária para profissão ou atividade, cujo
exercício dependa de habilitação especial, licença ou autorização
do poder público;
II - a suspensão dos direitos políticos.
5
Parágrafo único. Incorrem:
a) na interdição sob n. I, por 1 (um) mês a 2 (dois) anos, o condenado
por motivo de contravenção cometida com abuso de profissão ou
atividade ou com infração de dever a ela inerente;
b) na interdição sob n. II, o condenado à pena privativa de liberdade,
enquanto dure a execução da pena ou a aplicação da medida de
segurança detentiva.
Medidas de segurança
Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, as medidas de
segurança estabelecidas no Código Penal, à exceção do exílio local.
Presunção de periculosidade
Art. 14. Presumem-se perigosos, além dos indivíduos a que se referem
os ns. I e II do art. 78 do Código Penal:
•• Refere-se ao CP em seu texto original. Sem correspondência
no texto vigente.
I - o condenado por motivo de contravenção cometida em estado de
embriaguez pelo álcool ou substância de efeitos análogos, quando
habitual a embriaguez;
II - o condenado por vadiagem ou mendicância.
III e IV - (Revogados pela Lei n. 6.416, de 24-5-1977.)
Internação em colônia agrícola ou em instituto de
trabalho, de reeducação ou de ensino profissional
Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em instituto de trabalho,
de reeducação ou de ensino profissional, pelo prazo mínimo de 1 (um)
ano:
I - o condenado por vadiagem (art. 59);
II - o condenado por mendicância (art. 60 e seu parágrafo).
•• Citado art. 60 foi revogado pela Lei n. 11.983, de 16-7-2009.
III - (Revogado pela Lei n. 6.416, de 24-5-1977.)
•• Vide a Lei n. 7.209, de 11-7-1984.
Internação em manicômio judiciário ou em casa de custódia e
tratamento
Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em manicômio
6
judiciário ou em casa de custódia e tratamento é de 6 (seis) meses.
Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de decretar a
internação, submeter o indivíduo a liberdade vigiada.
Ação penal
Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de
ofício.
• Vide art. 129, I, da CF, sobre a promoção privativa da ação
penal pública.
• Vide art. 109, IV, da CF.
• Vide art. 77 da Lei n. 9.099, de 26-9-1995.
• Vide Súmula 38 do STJ.
PARTEESPECIAL
CAPÍTULO I
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA
• Crimes contra a pessoa: arts. 121 a 154 do CP.
Fabrico, comércio, ou detenção de armas ou munição
Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito ou vender, sem
permissão da autoridade, arma ou munição:
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa, de um a
cinco contos de réis, ou ambas cumulativamente, se o fato não constitui
crime contra a ordem política ou social.
•• Vide Lei n. 10.826, de 22-12-2003.
• Vide art. 334 do CP (contrabando ou descaminho).
Porte de arma
Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de dependência desta, sem
licença da autoridade:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, ou multa, de
duzentos mil réis a três contos de réis,ou ambas cumulativamente.
•• Vide Lei n. 10.826, de 22-12-2003.
§ 1.º A pena é aumentada de um terço até metade, se o agente já foi
condenado, em sentença irrecorrível, por violência contra pessoa.
§ 2.º Incorre na pena de prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três)
meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de réis, quem,
7
possuindo arma ou munição:
a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, quando a lei o
determina;
b) permite que alienado, menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
inexperiente no manejo de arma a tenha consigo;
c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela se
apodere facilmente alienado, menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
inexperiente em manejá-la.
•• Vide Lei n. 10.826, de 22-12-2003.
Anúncio de meio abortivo
Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar
aborto:
Pena - multa.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 6.734, de 4-12-
1979.
Vias de fato
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém: Pena - prisão simples, de
15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, de cem mil réis a um conto
de réis, se o fato não constitui crime.
•• Vide o disposto no art. 2.º da Lei n. 7.209, de 11-7-1984,
sobre a pena de multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se
a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 10.741, de 1.º-10-
2003.
Internação irregular em estabelecimento psiquiátrico
Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele internar, sem
as formalidades legais, pessoa apresentada como doente mental.
Pena - multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
§ 1.º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de comunicar à autoridade
competente, no prazo legal, internação que tenha admitido, por motivo
de urgência, sem as formalidades legais.
§ 2.º Incorre na pena de prisão simples, de 15 (quinze) dias a
8
3 (três) meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis,
aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa retirar-se ou
despede de estabelecimento psiquiátrico pessoa nele internada.
Indevida custódia de doente mental
Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora do caso previsto
no artigo anterior, sem autorização de quem de direito:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, de
quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
CAPÍTULO II
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO
PATRIMÔNIO
• Crimes contra o patrimônio: arts. 155 a 183 do CP.
Instrumento de emprego usual na prática de furto
Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento empregado
usualmente na prática de crime de furto:
Pena - prisão simples, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis.
Posse não justificada de instrumento de emprego usual
na prática de furtoArt. 25. Ter alguém em seu poder, depois de
condenado por crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito à liberdade
vigiada ou quando conhecido como vadio ou mendigo, gazuas, chaves
falsas ou alteradas ou instrumentos empregados usualmente na prática
de crime de furto, desde que não prove destinação legítima:
Pena - prisão simples, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, e multa de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Violação de lugar ou objeto
Art. 26. Abrir, alguém, no exercício de profissão de serralheiro
ou ofício análogo, a pedido ou por incumbência de pessoa de cuja
legitimidade não se tenha certificado previamente, fechadura ou
qualquer outro aparelho destinado à defesa de lugar ou objeto:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, de
duzentos mil réis a um conto de réis.
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Exploração da credulidade pública
Art. 27. (Revogado pela Lei n. 9.521, de 27-11-1997.)
CAPÍTULO III
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
INCOLUMIDADEPÚBLICA
• Crimes contra a incolumidade pública: arts. 250 a 285 do CP.
Disparo de arma de fogo
Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela:
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis.
•• Vide art. 15 da Lei n. 10.826, de 22-12-2003.
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de 15
(quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas adjacências, em via
pública ou em direção a ela, sem licença da autoridade, causa deflagração
perigosa, queima fogo de artifício ou solta balão aceso.
•• Vide art. 42 da Lei n. 9.605, de 12-2-1998.
•• Vide art. 16, parágrafo único, da Lei n. 10.826, de 22-12-
2003.
Desabamento de construção
Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por erro no projeto
ou na execução, dar-lhe causa:
Pena - multa, de um a dez contos de réis, se o fato não constitui crime
contra a incolumidade pública.
Perigo de desabamento
Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo estado ruinoso de
construção que lhe pertence ou cuja conservação lhe incumbe:
Pena - multa, de um a cinco contos de réis.
O missão de cautela na guarda ou condução de animais
Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou
não guardar com a devida cautela animal perigoso:
Pena - prisão simples, de 10 (dez) dias a 2 (dois) meses, ou multa, de cem
10
mil réis a um conto de réis.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, ou o confia a
pessoa inexperiente;
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia;
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia.
Falta de habilitação para dirigir veículo
Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou
embarcação a motor em águas públicas:
Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
•• Vide Súmula 720 do STF, que derroga este artigo no tocante à
direção sem habilitação em vias terrestres.
Direção não licenciada de aeronave
Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente licenciado:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, e multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Direção perigosa de veículo na via pública
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas
públicas, pondo em perigo a segurança alheia:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, de
trezentos mil réis a dois contos de réis.
Abuso na prática da aviação
Art. 35. Entregar-se, na prática da aviação, a acrobacias ou a voos
baixos, fora da zona em que a lei o permite, ou fazer descer a aeronave
fora dos lugares destinados a esse fim:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, de
quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Sinais de perigo
Art. 36. Deixar de colocar na via pública sinal ou obstáculo, determinado
em lei ou pela autoridade e destinado a evitar perigo a transeuntes:
Pena - prisão simples, de 10 (dez) dias a 2 (dois) meses, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
11
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra
natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a transeuntes;
b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
Arremesso ou colocação perigosa
Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar de
uso comum, ou de uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou
molestar alguém:
Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as
devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa que, caindo em
via pública ou em lugar de uso comum ou de uso alheio, possa
ofender, sujar ou molestar alguém.
Emissão de fumaça, vapor ou gás
Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, vapor ou
gás, que possa ofender ou molestar alguém:
Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
CAPÍTULO IV
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ
PÚBLICA
• Crimes contra a paz pública: arts. 286 a 288 do CP.
Associação secreta
Art. 39. Participar de associação de mais de cinco pessoas, que
se reúnam periodicamente, sob compromisso de ocultar à autoridade a
existência, objetivo, organização ou administração
da associação:
•• Vide art. 5.º, XVII, da CF.
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa, de
trezentos mil réis a três contos de réis.
§ 1.º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de
prédio que o cede, no todo ou em parte, para reunião de
associação que saiba ser de caráter secreto.
§ 2.º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar de
aplicar a pena, quando lícito o objeto da associação.
12
Provocação de tumulto. Conduta inconveniente
Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente ou
desrespeitoso, em solenidade ou ato oficial, em assembleia ou espetáculo
público, se o fato não constitui infração penal mais grave:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Falso alarma
Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou
praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto: Pena - prisão
simples, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, ou multa, de duzentos mil
réis a dois contos de réis.
Perturbação do trabalho ou do sossego alheios
Art. 42. Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:
I - com gritaria ou algazarra;
II - exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo
com as prescrições legais;
III - abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV - provocando ou não procurando impedir barulho
produzido por animal de que tem guarda:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
CAPÍTULO V
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ
PÚBLICA
• Crimes contra a fé pública: arts. 289 a 311 do CP.
Recusa de moeda de curso legal
Art. 43. Recusar-se a receber pelo seu valor, moeda de curso
legal do País: Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Imitação de moeda para propaganda
Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto que
pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com moeda: Pena - multa,
de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Simulação da qualidade de funcionário
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Art. 45. Fingir-se funcionário público:
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa, de
quinhentos mil réis a três contos de réis.
Uso ilegítimo de uniforme ou distintivo
Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de função pública
que não exercer; usar, indevidamente, de sinal, distintivo ou
denominação cujo emprego seja regulado por lei.
•• Artigo com redação determinada Decreto-lei n. 6.916, de 2-
10-1944.
Pena - multa, se o fato não constitui infração penal mais
grave.
CAPÍTULO VI
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
• Crimes contra a organização do trabalho: arts. 197 a 207 do
CP.
Exercício ilegal de profissão ou atividade
Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar
que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está
subordinado o seu exercício: Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a
3 (três) meses, ou multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Exercício ilegal do comércio de coisas antigas e obras de arte
Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições legais, comércio de
antiguidades, de obras de arte, ou de manuscritos e
livros antigos ou raros:
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa, de um a dez
contos de réis.
Matrícula ou escrituração de indústria e profissão
Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula ou à
escrituração de indústria, de comércio, ou de outra atividade: Pena -
multa, de duzentos mil réis a cinco contos de réis.
CAPÍTULO VII
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA
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DECOSTUMES
Jogo de azar
Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar público
ou acessível ao público, mediante o pagamento de entrada ou
sem ele:
• Vide Súmula 362 do STF.
• O Decreto-lei n. 9.215, de 30-4-1946, proibiu a prática ou
exploração de jogos de azar em todo o território nacional; seu
art. 1.º restaurou a vigência deste art. 50 e seus parágrafos.
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, de dois a
quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da condenação à perda
dos móveis e objetos de decoração do local.
§ 1.º A pena é aumentada de um terço, se existe entre os
empregados ou participa do jogo pessoa menor de 18 (dezoito)
anos.
§ 2.º Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois mil
reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é encontrado
a participar do jogo, ainda que pela internet ou por qualquer
outro meio de comunicação, como ponteiro ou apostador.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 13.155, de 4-8-
2015.
§ 3.º Consideram-se jogos de azar:
a) o jogo em que o ganho e a perda dependem exclusiva ou
principalmente da sorte;
b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de hipódromo ou
de local onde sejam autorizadas;
• A Lei n. 7.291, de 19-12-1984, que trata das atividades de
equideocultura, dispõe em seu art. 9.º, § 2.º: "É inafiançável a
contravenção decorrente de apostas sobre corridas de cavalos,
prevista no art. 50, § 3.º, b, do Decreto-lei n. 3.688, de 3-10-
1941, e no art. 60 do Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944".
c) as apostas sobre qualquer outra competição esportiva.
§ 4.º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar acessível ao
15
público:
a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, quando
deles habitualmente participam pessoas que não sejam da família
de quem a ocupa;
b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos hóspedes e
moradores se proporciona jogo de azar;
c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, em que se
realiza jogo de azar;
d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de azar,
ainda que se dissimule esse destino.
Loteria não autorizada
Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem autorização
legal:
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o
serviço de loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas
à matéria em seus arts. 45 a 57.
• O Decreto-lei n. 594, de 27-5-1969, regulamentado pelo
Decreto n. 66.118, de 26-1-1970, instituiu a Loteria Esportiva
Federal.
Pena - prisão simples, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa, de cinco a dez contos de réis, estendendo-se os efeitos da
condenação à perda dos móveis existentes no local.
§ 1.º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou expõe à
venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz ou
tenta introduzir na circulação bilhete de loteria não autorizada.
§ 2.º Considera-se loteria toda ocupação que, mediante a
distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos ou
meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção de prêmio
em dinheiro ou bens de outra natureza.
§ 3.º Não se compreendem na definição do parágrafo anterior
os sorteios autorizados na legislação especial.
Loteria estrangeira
Art. 52. Introduzir, no País, para o fim de comércio, bilhete de
16
loteria, rifa ou tômbola estrangeiras:
Pena - prisão simples, de 4 (quatro) meses a 1 (um) ano, e
multa, de um a cinco contos de réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o
serviço de loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas
à matéria em seus arts. 45 a 57.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à venda,
tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz ou tenta introduzir na
circulação, bilhete de loteria estrangeira.
Loteria estadual
Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de loteria
estadual em território onde não possa legalmente circular:
Pena - prisão simples, de 2 (dois) a 6 (seis) meses, e multa, de
um a três contos de réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o
serviço de loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas
à matéria em seus arts. 45 a 57.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à venda,
tem sob sua guarda, para o fim de venda, introduz ou tenta introduzir na
circulação, bilhete de loteria estadual, em território onde não possa
legalmente circular.
Exibição ou guarda de lista de sorteio
Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de loteria
estrangeira:
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 3 (três) meses, e multa, de
duzentos mil réis a um conto de réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o
serviço de loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas
à matéria em seus arts. 45 a 57.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou tem
sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em território
onde esta não possa legalmente circular.
Impressão de bilhetes, lista ou anúncios
17
Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura de
bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a loteria,
em lugar onde ela não possa legalmente circular:
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o
serviço de loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas
à matéria em seus arts. 45 a 57.
Distribuição ou transporte de listas ou avisos
Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de sorteio ou
avisos de loteria, onde ela não possa legalmente circular:
Pena - prisão simples, de 1 (um) a 3 (três) meses, e multa, de
cem a quinhentos mil réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o
serviço de loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas
à matéria em seus arts. 45 a 57.
Publicidade de sorteio
Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, de rádio,
cinema, ou qualquer outra forma, ainda que disfarçadamente, anúncio,
aviso ou resultado de extração de loteria, onde a circulação dos seus
bilhetes não seja legal: Pena - multa, de um a dez contos de réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o serviço de
loterias, tipifica as contravenções penais relacionadas à matéria em seus
arts. 45 a 57.
Jogo do bicho
Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho, ou
praticar qualquer ato relativo à sua realização ou exploração:
Pena - prisão simples, de 4 (quatro) meses a 1 (um) ano, e
multa, de dois a vinte contos de réis.
•• O Decreto-lei n. 6.259, de 10-2-1944, que dispõe sobre o serviço de
loterias, tipifica a contravenção "jogo do bicho" em seu art. 58.
Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis, aquele que participa da loteria, visando a obtenção de
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prêmio, para si ou para terceiro.
Vadiagem
Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido
para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de
subsistência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses.
Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que assegure ao
condenado meios bastantes de subsistência, extingue a pena.
Mendicância
Art. 60. (Revogado pela Lei n. 11.983, de 16-7-2009.) Importunação
ofensiva ao pudor
Art. 61. Importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de
modo ofensivo ao pudor:
Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Embriaguez
Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de embriaguez, de modo
que cause escândalo ou ponha em perigo a segurança própria ou alheia:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o contraventor é internado
em casa de custódia e tratamento.
Bebidas alcoólicas
Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:
I - (Revogado pela Lei n. 13.106, de 17-3-2015.)
II - a quem se acha em estado de embriaguez;
III - a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades mentais;
IV - a pessoa que o agente sabe estar judicialmente proibida de
frequentar lugares onde se consome bebida de tal natureza:
Pena - prisão simples, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano, ou
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis.
Crueldade contra animais
Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho
excessivo:
19
•• Vide art. 32 da Lei n. 9.605, de 12-2-1998.
Pena - prisão simples, de 10 (dez) dias a 1 (um) mês, ou
multa, de cem a quinhentos mil réis.
§ 1.º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins
didáticos ou científicos, realiza, em lugar público ou exposto ao público,
experiência dolorosa ou cruel em animal vivo.
§ 2.º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal é submetido
a trabalho excessivo ou tratado com crueldade, em exibição ou
espetáculo público.
Perturbação da tranquilidade
Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou
por motivo reprovável:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 2 (dois) meses, ou multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis.
CAPÍTULO VIII
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Crimes contra a administração pública: arts. 312 a 359-H do
CP.
O missão de comunicação de crime
Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente:
I - crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício de
função pública, desde que a ação penal não dependa
de representação;
II - crime de ação pública, de que teve conhecimento no exercício da
medicina ou de outra profissão sanitária, desde que a ação penal não
dependa de representação e a comunicação não exponha o cliente a
procedimento criminal:
Pena - multa, de trezentos mil réis a três contos de réis.
Inumação ou exumação de cadáver
Art. 67. Inumar ou exumar cadáver, com infração das
disposições legais:
Pena - prisão simples, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa,
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de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Recusa de dados sobre própria identidade ou qualificação
Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta justificadamente
solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à
própria identidade, estado, profissão, domicílio e residência:
Pena - multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de 1
(um) a 6 (seis) meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos
de réis, se o fato não constitui infração penal mais grave, quem,
nas mesmas circunstâncias, faz declarações inverídicas a respeito
de sua identidade pessoal, estado, profissão, domicílio e residência.
•• Vide o disposto no art. 2.º da Lei n. 7.209, de 11-7-1984,
sobre a pena de multa.
Proibição de atividade remunerada a estrangeiro
Art. 69. (Revogado pela Lei n. 6.815, de 19-8-1980.)
Violação do privilégio postal da União
Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do
monopólio postal da União:
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou
multa, de três a dez contos de réis, ou ambas cumulativamente.
•• Prejudicado o disposto neste artigo pelo art. 42 da Lei n.
6.538, de 22-6-1978.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 71. Ressalvada a legislação especial sobre florestas, caça e
pesca, revogam-se as disposições em contrário.
•• Vide Lei n. 9.605, de 12-2-1998.
Art. 72. Esta Lei entrará em vigor no dia 1.º de janeiro de
1942.
LEI N. 1.521, DE 26 DE DEZEMBRO DE
1951 (*)
Altera dispositivos da legislação vigente sobre crimes contra a economia
popular.
21
Art. 1.º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes e as
contravenções contra a economia popular. Esta Lei regulará o
seu julgamento.
• Vide Súmula 498 do STF.
Art. 2.º São crimes desta natureza:
I - recusar individualmente em estabelecimento comercial a
prestação de serviços essenciais à subsistência; sonegar
mercadoria ou recusar vendê-la a quem esteja em condições de
comprar a pronto pagamento;
II - favorecer ou preferir comprador ou freguês em
detrimento de outro, ressalvados os sistemas de entrega ao
consumo por intermédio de distribuidores ou revendedores;
III - expor à venda ou vender mercadoria ou produto
alimentício, cujo fabrico haja desatendido a determinações
oficiais, quanto ao peso e composição;
IV - negar ou deixar o fornecedor de serviços essenciais de
entregar ao freguês a nota relativa à prestação de serviço, desde
que a importância exceda de quinze cruzeiros, e com a indicação
do preço, do nome e endereço do estabelecimento, do nome da
firma ou responsável, da data e local da transação e do nome e
residência do freguês;
•• Vide art. 1.º, V, da Lei n. 8.137, de 27-12-1990.
V - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes,
expô-los à venda ou vendê-los, como puros; misturar gêneros e
mercadorias de qualidades desiguais para expô-los à venda ou
vendê-los por preço marcado para os de mais alto custo;
VI - transgredir tabelas oficiais de gêneros e mercadorias, ou
de serviços essenciais, bem como expor à venda ou oferecer ao
público ou vender tais gêneros, mercadorias ou serviços, por
preço superior ao tabelado, assim como não manter afixadas,
em lugar visível e de fácil leitura, as tabelas de preços aprovadas
pelos órgãos competentes;
VII - negar ou deixar o vendedor de fornecer nota ou caderno
22
de venda de gêneros de primeira necessidade, seja a vista ou a
prazo, e cuja importância exceda de dez cruzeiros, ou de
especificar na nota ou caderno - que serão isentos de selo - o
preço da mercadoria vendida, o nome e o endereço do
estabelecimento, a firma ou o responsável, a data e local da
transação e o nome e residência do freguês;
VIII - celebrar ajuste para impor determinado preço de
revenda ou exigir do comprador que não compre de outro
vendedor;
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do
povo ou de número indeterminado de pessoas mediante
especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve",
"cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes);
X - violar contrato de venda a prestações, fraudando sorteios
ou deixando de entregar a coisa vendida, sem devolução das
prestações pagas, ou descontar destas, nas vendas com reserva
de domínio, quando o contrato for rescindido por culpa do
comprador, quantia maior do que a correspondente à
depreciação do objeto;
XI - fraudar pesos ou medidas padronizados em lei ou
regulamentos; possuí-los ou detê-los, para efeitos de comércio,
sabendo estarem fraudados.
• Vide art. 49 do CP, sobre fixação e cálculo da pena de multa.
• Vide art. 2.º da Lei n. 7.209, de 11-7-1984.
Pena - detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa de
dois mil a cinquenta mil cruzeiros.
Parágrafo único. Na configuração dos crimes previstos
nesta Lei, bem como na de qualquer outro de defesa da economia
popular, sua guarda e seu emprego considerar-se-ão como de
primeira necessidade ou necessários ao consumo do povo, os
gêneros, artigos, mercadorias e qualquer outra espécie de coisas
ou bens indispensáveis à subsistência do indivíduo em condições
higiênicas e ao exercício normal de suas atividades. Estão
23
compreendidos nesta definição os artigos destinados à
alimentação, ao vestuário e à iluminação, os terapêuticos ou
sanitários, o combustível, a habitação e os materiais de
construção.
Art. 3.º São também crimes desta natureza:
I - destruir ou inutilizar, intencionalmente e sem autorização
legal, com o fim de determinar alta de preços, em proveito
próprio ou de terceiro, matérias-primas ou produtos necessários
ao consumo do povo;
II - abandonar ou fazer abandonar lavoura ou plantações,
suspender ou fazer suspender a atividade de fábricas, usinas ou
quaisquer estabelecimentos de produção, ou meios de transporte,
mediante indenização paga pela desistência da competição;
III - promover ou participar de consórcio, convênio, ajuste,
aliança ou fusão de capitais, com o fim de impedir ou dificultar,
para o efeito de aumento arbitrário de lucros, a concorrência em
matéria de produção, transportes ou comércio;
IV - reter ou açambarcar matérias-primas, meios de produção
ou produtos necessários ao consumo do povo, com o fim de
dominar o mercado em qualquer ponto do País e provocar a alta
dos preços;
V - vender mercadorias abaixo do preço de custo com o fim
de impedir a concorrência;
VI - provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias, títulos
públicos, valores ou salários por meio de notícias falsas,
operações fictícias ou qualquer outro artifício;
VII - dar indicações ou fazer afirmações falsas em prospectos
ou anúncios, para o fim de substituição, compra ou venda de
títulos, ações ou quotas;
VIII - exercer funções de direção, administração ou gerência
de mais de uma empresa ou sociedade do mesmo ramo de
indústria ou comércio com o fim de impedir ou dificultar a
concorrência;
24
IX - gerir fraudulenta ou temerariamente bancos ou
estabelecimentos bancários, ou de capitalização; sociedades de
seguros, pecúlios ou pensões vitalícias; sociedades para
empréstimos ou financiamento de construções e de vendas de
imóveis a prestações, com ou sem sorteio ou preferência por
meio de pontos ou quotas; caixas econômicas; caixas Raiffeisen;
caixas mútuas, de beneficência, socorros ou empréstimos; caixas
de pecúlio, pensão e aposentadoria; caixas construtoras;
cooperativas; sociedades de economia coletiva, levando-as à
falência ou à insolvência, ou não cumprindo qualquer das
cláusulas contratuais com prejuízo dos interessados;
X - fraudar de qualquer modo escriturações, lançamentos,
registros, relatórios, pareceres e outras informações devidas a
sócios de sociedades civis ou comerciais, em que o capital seja
fracionado em ações ou quotas de valor nominativo igual ou
inferior a um mil cruzeiros com o fim de sonegar lucros,
dividendos, percentagens, rateios ou bonificações, ou de
desfalcar ou desviar fundos de reserva ou reservas técnicas.
Pena - detenção, de 2 (dois) anos a 10 (dez) anos, e multa, de
vinte mil a cem mil cruzeiros.
Art. 4.º Constitui crime da mesma natureza a usura pecuniária
ou real, assim se considerando:
a) cobrar juros, comissões ou descontos percentuais, sobre
dívidas em dinheiro, superiores à taxa permitida por lei; cobrar
ágio superior à taxa oficial de câmbio, sobre quantia permutada
por moeda estrangeira; ou, ainda, emprestar sob penhor que seja
privativo de instituição oficial de crédito;
b) obter, ou estipular, em qualquer contrato, abusando da
premente necessidade, inexperiência ou leviandade de outra
parte, lucro patrimonial que exceda o quinto do valor corrente
ou justo da prestação feita ou prometida.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, de
cinco mil a vinte mil cruzeiros.
25
§ 1.º Nas mesmas penas incorrerão os procuradores,
mandatários ou mediadores que intervierem na operação
usurária, bem como os cessionários de crédito usurário que,
cientes de sua natureza ilícita, o fizerem valer em sucessiva
transmissão ou execução judicial.
§ 2.º São circunstâncias agravantes do crime de usura:
I - ser cometido em época de grave crise econômica;
II - ocasionar grave dano individual;
III - dissimular-se a natureza usurária do contrato;
IV - quando cometido:
a) por militar, funcionário público, ministro de culto religioso;
por pessoa cuja condição econômico-social seja manifestamente
superior à da vítima;
b) em detrimento de operário ou de agricultor; de menor de
18 (dezoito) anos ou de deficiente mental, interditado ou não.
§ 3.º (Revogado pela Medida Provisória n. 2.172-32, de 23-
8-2001.)
Art. 5.º Nos crimes definidos nesta Lei, haverá suspensão da
pena e livramento condicional em todos os casos permitidos
pela legislação comum. Será a fiança concedida nos termos da
legislação em vigor, devendo ser arbitrada dentro dos limites de
cinco mil cruzeiros a cinquenta mil cruzeiros, nas hipóteses do
art. 2.º, e dentro dos limites de dez mil a cem mil cruzeiros, nos
demais casos, reduzida a metade dentro desses limites, quando o
infrator for empregado do estabelecimento comercial ou
industrial, ou não ocupe cargo ou posto de direção dos negócios.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 3.290, de 23-10-
1957.
Art. 6.º Verificado qualquer crime contra a economia popular
ou contra a saúde pública (Capítulo III do Título VIII do Código
Penal) e atendendo à gravidade do fato, sua repercussão e
efeitos, o juiz, na sentença, declarará a interdição de direito,
determinada no art. 69, IV, do Código Penal, de 6 (seis) meses a
26
1 (um) ano, assim como, mediante representação da autoridade
policial, poderá decretar, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a
suspensão provisória, pelo prazo de 15 (quinze) dias, do
exercício da profissão ou atividade do infrator.
•• Refere-se a dispositivo original do CP. Vide art. 47 do mesmo
Código.
Art. 7.º Os juízes recorrerão de ofício sempre que absolverem
os acusados em processo por crime contra a economia popular
ou contra a saúde pública, ou quando determinarem o
arquivamento dos autos do respectivo inquérito policial.
Art. 8.º Nos crimes contra a saúde pública, os exames periciais
serão realizados, no Distrito Federal, pelas repartições da
Secretaria-Geral da Saúde e Assistência e da Secretaria da
Agricultura, Indústria e Comércio da Prefeitura ou pelo Gabinete
de Exames Periciais do Departamento de Segurança Pública e
nos Estados e Territórios pelos serviços congêneres, valendo
qualquer dos laudos como corpo de delito.
Art. 9.º (Revogado pela Lei n. 6.649, de 16-5-1979.)
Art. 10. Terá forma sumária, nos termos do Capítulo V, Título
II, Livro II, do Código de Processo Penal, o processo das
contravenções e dos crimes contra a economia popular, não
submetidos ao julgamento pelo júri.
§ 1.º Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por
portaria) deverão terminar no prazo de 10 (dez) dias.
§ 2.º O prazo para oferecimento da denúncia será de 2 (dois)
dias, esteja ou não o réu preso.
§ 3.º A sentença do juiz será proferida dentro do prazo de 30
(trinta) dias contados do recebimento dos autos da autoridade
policial (art. 536 do Código de Processo Penal).
§ 4.º A retardação injustificada, pura e simples, dos prazos
indicados nos parágrafos anteriores, importa em crime de
prevaricação (art. 319, do Código Penal).
Art. 11. No Distrito Federal, o processo das infrações penais
27
relativas à economia popular caberá, indistintamente, a todas as
varas criminais com exceção das 1.ª e 20.ª, observadas as
disposições quanto aos crimes da competência do júri de que
trata o art. 12.
Arts. 12 a 30. (Prejudicados estes dispositivos que tratavam
do Tribunal do Júri para os crimes contra a economia popular,
em face da Emenda Constitucional n. 1, de 17-10-1969.)
Art. 31. Em tudo mais que couber e não contrariar esta Lei
aplicar-se-á o Código de Processo Penal.
28
com as penas do art. 121, § 2.º, do Código Penal, no caso da
letra a;
com as penas do art. 129, § 2.º, no caso da letra b;
com as penas do art. 270, no caso da letra c;
com as penas do art. 125, no caso da letra d;
com as penas do art. 148, no caso da letra e.
Art. 2.º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos
crimes mencionados no artigo anterior:
Pena - metade da cominada aos crimes ali previstos.
Art. 3.º Incitar, direta e publicamente, alguém a cometer
qualquer dos crimes de que trata o art. 1.º:
Pena - metade das penas ali cominadas.
§ 1.º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime
incitado, se este se consumar.
§ 2.º A pena será aumentada de um terço, quando a incitação
for cometida pela imprensa.
Art. 4.º A pena será agravada de um terço, no caso dos arts. 1.º,
2.º e 3.º, quando cometido o crime por governante ou
funcionário público.
Art. 5.º Será punida com dois terços das respectivas penas a
tentativa dos crimes definidos nesta Lei.
Art. 6.º Os crimes de que trata esta Lei não serão considerados
crimes políticos para efeitos de extradição.
Art. 7.º Revogam-se as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, em 1.º de outubro de 1956; 135.º da
Independência e 68.º da República.
29
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
Instruções para sua fiel execução.
Art. 2.º Todo poder emana do povo e será exercido, em seu
nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre
candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada
a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis
específicas.
• Vide art. 1.º, parágrafo único, da CF.
Art. 3.º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo
eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de
elegibilidade e incompatibilidade.
• Vide art. 14, §§ 3.º a 11, da CF.
Art. 4.º São eleitores os brasileiros maiores de 18 (dezoito)
anos que se alistarem na forma da lei.
• Vide art. 14, § 1.º, da CF.
Art. 5.º Não podem alistar-se eleitores:
• Vide art. 14, § 2.º, da CF.
I - os analfabetos;
• Vide art. 14, § 1.º, II, a, da CF.
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente,
dos direitos políticos.
Parágrafo único. Os militares são alistáveis, desde que
oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino
superior para formação de oficiais.
• Vide art. 14, § 8.º, da CF.
Art. 6.º O alistamento e o voto são obrigatórios para os
brasileiros de um e outro sexo, salvo:
• Vide art. 14, § 1.º, da CF.
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de 70 (setenta) anos;
30
c) os que se encontrem fora do País;
II - quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os
impossibilite de votar.
Art. 7.º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante
o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após a realização da eleição
incorrerá na multa de 3 (três) a 10% (dez por cento) sobre o
salário mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada
na forma prevista no art. 367.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 1.º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a
respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá
o eleitor:
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função
pública, investir-se ou empossar-se neles;
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos
de função ou emprego público, autárquico ou paraestatal, bem
como fundações governamentais, empresas, institutos e
sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas
pelo governo ou que exerçam serviço público delegado,
correspondentes ao 2.º (segundo) mês subsequente ao da eleição;
III - participar de concorrência pública ou administrativa da
União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos
Municípios, ou das respectivas autarquias;
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de
economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos
institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer
estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja
administração este participe, e com essas entidades celebrar
contratos;
31
V - obter passaporte ou carteira de identidade;
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial
ou fiscalizado pelo governo;
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do
serviço militar ou imposto de renda.
§ 2.º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18
(dezoito) anos, salvo os excetuados nos artigos 5.º e 6.º, n. I,
sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos
relacionados no parágrafo anterior.
§ 3.º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo
eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não
votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou
não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da
última eleição a que deveria ter comparecido.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 7.663, de 27-5-1988.
§ 4.º O disposto no inciso V do § 1.º não se aplica ao
eleitor no exteriorque requeira novo passaporte para
identificação e retorno ao Brasil.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
Art. 8.º O brasileiro nato que não se alistar até os 19
(dezenove) anos ou o naturalizado que não se alistar até 1 (um)
ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá na
multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário
mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da
inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio
requerimento.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que
requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia
anterior à eleição subsequente à data em que completar 19
(dezenove) anos.
•• Parágrafo único com redação determinada pela Lei n. 9.041,
32
de 9-5-1995.
• Vide art. 91 da Lei n. 9.504, de 30-9-1997.
• A Resolução TSE n. 21.538, de 14-10-2003, dispõe: “Art. 15.
O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o
naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a
nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz
eleitoral e cobrada no ato da inscrição. Parágrafo único. Não se
aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até
o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição
subsequente à data em que completar 19 anos (Código
Eleitoral, art. 8.º c.c. a Lei n. 9.504/1997, art. 91)”.
Art. 9.º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos
arts. 7.º e 8.º incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários
mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar
até 30 (trinta) dias.
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não votarem por
motivo justificado e aos não alistados nos termos dos arts. 5.º e
6.º, n. I, documento que os isente das sanções legais.
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se
encontrar fora de sua zona e necessitar documento de quitação
com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o
juízo da zona em que estiver.
§ 1.º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o
eleitor quiser aguardar que o juiz da zona em que se encontrar
solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição.
§ 2.º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pagamento
através de selos federais inutilizados no próprio requerimento, o
juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de
inscrição e fornecerá ao requerente comprovante do
pagamento.
PARTESEGUNDA DOS ÓRGÃOS DAJUSTIÇAELEITORAL
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da
33
República e jurisdição em todo o País;
II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no
Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na
Capital de Território;
III - juntas eleitorais;
IV - juízes eleitorais.
Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será
reduzido, mas poderá ser elevado até 9 (nove), mediante
proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo
justificado, servirão obrigatoriamente por 2 (dois) anos, e nunca
por mais de 2 (dois) biênios consecutivos.
§ 1.º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o
desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de
licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3.º.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 2.º Os juízes afastados por motivo de licença, férias e
licença especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão
automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo
correspondente, exceto quando, com períodos de férias
coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou
encerramento de alistamento.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
3.º Da homologação da respectiva convenção partidária
até a diplomação e nos feitos decorrentes do processo eleitoral,
não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou
como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou
afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado
na circunscrição.
•• § 3.º com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
34
• Vide § 1.º deste artigo.
§ 4.º No caso de recondução para o segundo biênio, observarse-ão as
mesmas
formalidades indispensáveis à primeira
investidura.
•• § 4.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais
Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo
processo, em número igual para cada categoria.
TÍTULO I
Do Tribunal Superior
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral:
•• Vide art. 119 da CF, que muda o disposto neste artigo.
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de 3 (três) juízes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal
Federal; e
b) de 2 (dois) juízes, dentre os membros do Tribunal Federal
de Recursos;
II - por nomeação do Presidente da República de 2 (dois)
dentre 6 (seis) advogados de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 7.191, de 4-6-
1984.
§ 1.º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral
cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por
afinidade, até o 4.º (quarto) grau, seja o vínculo legítimo ou
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por
último.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 7.191, de 4-6-
1984.
§ 2.º A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não
poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja
35
demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de
empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou
favor em virtude de contrato com a administração pública; ou
que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou
municipal.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 7.191, de 4-6-
1984.
Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu
presidente um dos ministros do Supremo Tribunal Federal,
cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da
Justiça Eleitoral um dos seus membros.
•• Vide art. 119 da CF, que muda o disposto neste artigo.
§ 1.º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2.º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral
se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos:
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral;
II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal
Superior Eleitoral;
IV - sempre que entender necessário.
§ 3.º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral
vinculam os Corregedores Regionais, que lhes devem dar
imediato e preciso cumprimento.
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao
Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República,
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal.
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros
membros do Ministério Público da União, com exercício no
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para
auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não
poderão ter assento.
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em
36
sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na
interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e
cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer
recursos que importem anulação geral de eleições ou perda de
diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os
seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será
convocado o substituto ou o respectivo suplente.
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado
poderá arguir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do
Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos
previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de
parcialidade partidária, mediante o processo previsto em
regimento.
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o
excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa,
praticar ato que importe aceitação do arguido.
Art. 21. Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato
cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos
emanados do Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:
I - processar e julgar originariamente:
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos
seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e
VicePresidência da
República;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes
eleitorais de Estados diferentes;
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao
Procurador Geral e aos funcionários da sua secretaria;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos
cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais
Regionais;
37
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria
eleitoral, relativos a atos do Presidente da República, dos
Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o
habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a
violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
impetração;
•• Suspensa, por inconstitucionalidade, a execução da locução
“ou mandado de segurança”, constante desta alínea: Resolução
n. 132, de 5-12-1984, do Senado Federal.
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos
partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da
origem dos seus recursos;
g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação
dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e
Vice-Presidente da República;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos
Tribunais Regionais dentro de 30 (trinta) dias da conclusão ao
relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público
ou parte legitimamente interessada;
•• Alínea h com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo
de 30 (trinta) dias a contar da conclusão, não houverem julgado
os feitos a eles distribuídos.
•• Alínea i acrescentada pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que
intentada dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias de decisão
irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
até o seu trânsito em julgado.
•• Alínea j acrescentada pela Lei Complementar n. 86, de 14-5-
1996.
•• O STF, na ADIn n. 1.459-5, declarou a inconstitucionalidade
da expressão “possibilitando-se o exercício do mandato eletivo
38
até seu trânsito em julgado”.
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais
Regionais nos termos do art. 276, inclusive os que versarem
matéria administrativa.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são
irrecorríveis, salvo nos casos do art. 281.
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
Superior:
I - elaborar o seu regimento interno;
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral,
propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos
cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos,
provendo-os na forma da lei;
III - conceder aos seus membros licença e férias, assim como
afastamento do exercício dos cargos efetivos;
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos
dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais;
V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer
dos Territórios;
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos
juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse
aumento;
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e VicePresidente da
República,
senadores e deputados federais, quando
não o tiverem sido por lei;
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a
criação de novas zonas;
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução
deste Código;
• A Resolução n. 23.478, de 10-5-2016, do TSE, dispõe sobre a
aplicabilidade, no âmbito da Justiça Eleitoral, do NCPC.
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores
39
Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice
organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do art. 25;
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
forem feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou
órgão nacional de partido político;
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras
nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal
Regional respectivo;
XIV - requisitar força federal necessária ao cumprimento da
lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais
Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a
apuração;
•• Inciso XIV com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-
5-1966.
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência;
XVI - requisitar funcionário da União e do Distrito Federal
quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua
Secretaria;
XVII - publicar um boletim eleitoral;
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar
convenientes à execução da legislação eleitoral.
Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como Chefe do
Ministério Público Eleitoral:
I - assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas
discussões;
II - exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os
feitos de competência originária do Tribunal;
III - oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;
IV - manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os
assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada
sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se
entender necessário;
40
V - defender a jurisdição do Tribunal;
VI - representar ao Tribunal sobre a fiel observância das leis
eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em
todo o País;
VII - requisitar diligências, certidões e esclarecimentos
necessários ao desempenho de suas atribuições;
VIII - expedir instruções aos órgãos do Ministério Público
junto aos Tribunais Regionais;
IX - acompanhar, quando solicitado, o Corregedor Geral,
pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, nas
diligências a serem realizadas.
TÍTULO II
Dos Tribunais Regionais
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
• Vide art. 120, § 1.º, da CF.
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de 2 (dois) juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de
Justiça; e
b) de 2 (dois) juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de
Justiça;
II - do juiz federal e, havendo mais de um, do que for
escolhido pelo Tribunal Federal de Recursos; e
III - por nomeação do Presidente da República de 2 (dois)
dentre 6 (seis) cidadãos de notável saber jurídico e idoneidade
moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
•• Inciso III com redação determinada pela Lei n. 7.191, de 4-6-
1984.
§ 1.º A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça será
enviada ao Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2.º A lista não poderá conter nome de magistrado
aposentado ou de membro do Ministério Público.
§ 3.º Recebidas as indicações o Tribunal Superior divulgará a
lista através de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco
41
dias, impugná-la com fundamento em incompatibilidade.
§ 4.º Se a impugnação for julgada procedente quanto a
qualquer dos indicados, a lista será devolvida ao Tribunal de
origem para complementação.
§ 5.º Não havendo impugnação, ou desprezada esta, o
Tribunal Superior encaminhará a lista ao Poder Executivo para
a nomeação.
§ 6.º Não podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4.º
grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste
caso a que tiver sido escolhida por último.
§ 7.º A nomeação de que trata o n. II deste artigo não poderá
recair em cidadão que tenha qualquer das incompatibilidades
mencionadas no art. 16, § 4.º.
•• Os §§ 1.º a 9.º constantes da redação original deste artigo,
alterados e renumerados para §§ 1.º a 7.º, não foram
mencionados pela Lei n. 7.191, de 4-6-1984, que modificou
posteriormente este art. 25. Todavia, de acordo com as
Resoluções n. 12.391, 18.318 e o Acórdão n. 12.641, todos do
TSE, os referidos parágrafos não foram revogados.
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional
serão eleitos por este, dentre os 3 (três) desembargadores do
Tribunal de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor
Regional da Justiça Eleitoral.
§ 1.º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo
Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou
complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual
servir.
§ 2.º No desempenho de suas atribuições o Corregedor
Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes
casos:
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do
Tribunal Regional Eleitoral;
42
II - a pedido dos juízes eleitorais;
III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal
Regional;
IV - sempre que entender necessário.
Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada
Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no
respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for
designado pelo Procurador Geral da República.
§ 1.º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador
Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador Geral da Justiça do
Distrito Federal.
§ 2.º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou
impedimentos, o seu substituto legal.
§ 3.º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os
Tribunais junto aos quais servirem, as atribuições do Procurador
Geral.
§ 4.º Mediante prévia autorização do Procurador Geral,
podendo os Procuradores Regionais requisitar, para auxiliá-los
nas suas funções, membros do Ministério Público local, não
tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal.
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de
votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus
membros.
§ 1.º No caso de impedimento e não existindo quorum será o
membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria,
designado na forma prevista na Constituição.
§ 2.º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário
para o Tribunal Superior qualquer interessado poderá arguir a
suspeição dos seus membros, do Procurador Regional, ou de
funcionários da sua Secretaria, assim como dos juízes e escrivães
eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e por
motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto
em regimento.
43
§ 3.º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o
disposto no parágrafo único do art. 20.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 4.º As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer
ações que importem cassação de registro, anulação geral de
eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas
com a presença de todos os seus membros.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
§ 5.º No caso do § 4.º, se ocorrer impedimento de algum
juiz, será convocado o suplente da mesma classe.
•• § 5.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:
I - processar e julgar originariamente:
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios
estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de
candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do
Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas;
b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do
respectivo Estado;
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros, ao
Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria, assim
como aos juízes e escrivães eleitorais;
d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais;
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria
eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os
Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de
recurso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou,
ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a
violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
impetração;
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos
partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da
origem dos seus recursos;
44
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos
juízes eleitorais em 30 (trinta) dias da sua conclusão para
julgamento, formulados por partido, candidato, Ministério
Público ou parte legitimamente interessada, sem prejuízo das
sanções decorrentes do excesso de prazo;
•• Alínea g com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
II - julgar os recursos interpostos:
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas
eleitorais;
b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou
denegarem habeas corpus ou mandado de segurança.
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são
irrecorríveis, salvo nos casos do art. 276.
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais
Regionais:
I - elaborar o seu regimento interno;
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional,
provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso
Nacional, por intermédio do Tribunal Superior, a criação ou
supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos;
III - conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença
e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos
efetivos, submetendo, quanto àqueles, a decisão à aprovação do
Tribunal Superior Eleitoral;
IV - fixar a data das eleições de Governador e ViceGovernador,
deputados
estaduais, prefeitos, vice-prefeitos,
vereadores e juízes de paz, quando não determinada por
disposição constitucional ou legal;
V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e
jurisdição;
VI - indicar ao Tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções
45
em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa
receptora;
VII - apurar, com os resultados parciais enviados pelas juntas
eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e
ViceGovernador, de
membros do Congresso Nacional e expedir os
respectivos diplomas, remetendo, dentro do prazo de 10 (dez)
dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de
seus trabalhos;
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe
forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais,
submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas,
à aprovação do Tribunal Superior;
X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva
responder pela escrivania eleitoral durante o biênio;
XI - (Revogado pela Lei n. 8.868, de 14-4-1994.)
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas
decisões e solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força
federal;
XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados,
ao seu presidente e, no interior, aos juízes eleitorais, a requisição
de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem
os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do
serviço;
XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito
Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos
respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo
ocasional de serviço de suas Secretarias;
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de
suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes eleitorais;
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do
Tribunal Superior;
46
XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a
execução da lei na respectiva circunscrição;
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado;
XIX - suprimir os mapas parciais de apuração, mandando
utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o
menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique
a supressão, observadas as seguintes normas:
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal
Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de
apuração;
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou
partido poderá, no prazo de 3 (três) dias, recorrer para o
Tribunal Superior, que decidirá em 5 (cinco) dias;
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida
até 6 (seis) meses antes da data da eleição;
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos
Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal
Superior;
e) o Tribunal Regional ouvirá os partidos na elaboração dos
modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes
atendam às peculiaridades locais, encaminhando os modelos que
aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações
formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior.
•• Inciso XIX acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 31. Faltando num Território o Tribunal Regional, ficará a
respectiva circunscrição eleitoral sob a jurisdição do Tribunal
Regional que o Tribunal Superior designar.
TÍTULO III
Dos Juízes Eleitorais
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um
juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu
substituto legal que goze das prerrogativas do art. 95 da
Constituição.
47
•• Refere-se à CF de 1946.
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal
Regional designará aquela ou aquelas, a que incumbe o serviço
eleitoral.
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais de uma
serventia de justiça, o juiz indicará ao Tribunal Regional a que
deve ter o anexo da escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois)
anos.
§ 1.º Não poderá servir como escrivão eleitoral, sob pena de
demissão, o membro de diretório de partido político, nem o
candidato a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consanguíneo
ou afim até o segundo grau.
§ 2.º O escrivão eleitoral, em suas faltas e impedimentos, será
substituído na forma prevista pela lei de organização judiciária
local.
Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias na sede da sua zona
eleitoral.
Art. 35. Compete aos juízes:
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do
Tribunal Superior e do Regional;
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe
forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal
Superior e dos Tribunais Regionais;
III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em
matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja
atribuída privativamente à instância superior;
IV - fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e
presteza do serviço eleitoral;
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas
verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e
determinando as providências que cada caso exigir;
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia
de justiça que deve ter o anexo da escrivania eleitoral;
48
VII - (Revogado pela Lei n. 8.868, de 14-4-1994.)
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e
a exclusão de eleitores;
IX - expedir títulos eleitorais e conceder transferência de
eleitor;
X - dividir a zona em seções eleitorais;
XI - mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos
eleitores de cada seção, para remessa à mesa receptora,
juntamente com a pasta das folhas individuais de votação;
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos
aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal
Regional;
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições, os
locais das seções;
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em
audiência pública anunciada com pelo menos 5 (cinco) dias de
antecedência, os membros das mesas receptoras;
XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas
funções;
XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se
verificarem nas mesas receptoras;
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar
os atos viciosos das eleições;
XVIII - fornecer aos que não votaram por motivo justificado
e aos não alistados, por dispensados do alistamento, um
certificado que os isente das sanções legais;
XIX - comunicar, até às 12 (doze) horas do dia seguinte à
realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos delegados de
partidos credenciados, o número de eleitores que votaram em
cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o
total de votantes da zona.
TÍTULO IV
Das Juntas Eleitorais
49
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito,
que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de
notória idoneidade.
§ 1.º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60
(sessenta) dias antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal
Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também
designar-lhes a sede.
§ 2.º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das
pessoas indicadas para compor as Juntas serão publicados no
órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3
(três) dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações.
§ 3.º Não podem ser nomeados membros das Juntas,
escrutinadores ou auxiliares:
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretórios de partidos políticos
devidamente registrados e cujos nomes tenham sido
oficialmente publicados;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir
o número de juízes de direito que gozem das garantias do art. 95
da Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
•• Refere-se à CF de 1946.
Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada
mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz
eleitoral ou estiver este impedido, o presidente do Tribunal
Regional, com a aprovação deste, designará juízes de direito da
mesma ou de outras comarcas para presidirem as juntas
eleitorais.
Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado nomear, dentre
50
cidadãos de notória idoneidade, escrutinadores e auxiliares em
número capaz de atender à boa marcha dos trabalhos.
§ 1.º É obrigatória essa nomeação sempre que houver mais de
10 (dez) urnas a apurar.
§ 2.º Na hipótese do desdobramento da Junta em turmas, o
respectivo presidente nomeará um escrutinador para servir
como secretário em cada turma.
§ 3.º Além dos secretários a que se refere o parágrafo anterior,
será designado pelo presidente da Junta um escrutinador para
secretário-geral competindo-lhe:
I - lavrar as atas;
II - tomar por termo ou protocolar os recursos, neles
funcionando como escrivão;
III - totalizar os votos apurados.
Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o presidente da
Junta comunicará ao Presidente do Tribunal Regional as
nomeações que houver feito e divulgará a composição do órgão
por edital publicado ou afixado, podendo qualquer partido
oferecer impugnação motivada no prazo de 3 (três) dias.
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas
zonas eleitorais sob a sua jurisdição;
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados
durante os trabalhos da contagem e da apuração;
III - expedir os boletins de apuração mencionados no art. 179;
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma
junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pela que for
presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais
enviarão os documentos da eleição.
Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for autorizada a contagem
prévia dos votos pelas mesas receptoras, compete à Junta
Eleitoral tomar as providências mencionadas no art. 195.
51
PARTE TERCEIRA DO ALISTAMENTO
TÍTULO I
Da Qualificação e Inscrição
Art. 42. O alistamento se faz mediante a qualificação e
inscrição do eleitor.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio
eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, e,
verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á domicílio
qualquer delas.
Art. 43. O alistando apresentará em cartório ou local
previamente designado, requerimento em fórmula que obedecerá
ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior.
Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos,
será instruído com um dos seguintes documentos, que não
poderão ser supridos mediante justificação:
I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do
Distrito Federal ou dos Estados;
II - certificado de quitação do serviço militar;
III - certidão de idade extraída do Registro Civil;
IV - instrumento público do qual se infira, por direito, ter o
requerente idade superior a dezoito anos e do qual conste,
também, os demais elementos necessários à sua qualificação;
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira,
originária ou adquirida, do requerente.
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não
contenha os dados constantes do modelo oficial, na mesma
ordem, e em caracteres inequívocos.
Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador, recebendo
a fórmula e documentos, determinará que o alistando date e
assine a petição em ato contínuo, atestará terem sido a data e a
assinatura lançadas na sua presença; em seguida, tomará a
assinatura do requerente na “folha individual de votação” e nas
duas vias do título eleitoral, dando recibo da petição e do
52
documento.
§ 1.º O requerimento será submetido ao despacho do juiz nas
48 (quarenta e oito) horas seguintes.
§ 2.º Poderá o juiz, se tiver dúvida quanto à identidade do
requerente ou sobre qualquer outro requisito para o alistamento,
converter o julgamento em diligência para que o alistando
esclareça ou complete a prova ou, se for necessário, compareça
pessoalmente à sua presença.
§ 3.º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que
possa ser sanada, fixará o juiz para isso prazo razoável.
§ 4.º Deferido o pedido, no prazo de 5 (cinco) dias, o título e
o documento que instruiu o pedido serão entregues pelo juiz,
escrivão, funcionário ou preparador. A entrega far-se-á ao
próprio eleitor, mediante recibo, ou a quem o eleitor autorizar
por escrito o recebimento, cancelando-se o título cuja assinatura
não for idêntica à do requerimento de inscrição e à do recibo.
O recibo será obrigatoriamente anexado ao processo eleitoral,
incorrendo o juiz que não o fizer na multa de 1 (um) a 5 (cinco)
salários mínimos regionais, na qual incorrerão ainda o escrivão,
funcionário ou preparador, se responsáveis, bem como qualquer
deles, se entregarem ao eleitor o título cuja assinatura não for
idêntica à do requerimento de inscrição e do recibo ou o fizerem
a pessoa não autorizada por escrito.
•• § 4.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 5.º A restituição de qualquer documento não poderá ser feita
antes de despachado o pedido de alistamento pelo juiz eleitoral.
§ 6.º Quinzenalmente o juiz eleitoral fará publicar pela
imprensa, onde houver, ou por editais, a lista dos pedidos de
inscrição, mencionando os deferidos, os indeferidos e os
convertidos em diligência, contando-se dessa publicação o prazo
para os recursos a que se refere o parágrafo seguinte.
§ 7.º Do despacho que indeferir o requerimento de inscrição
53
caberá recurso interposto pelo alistando e do que o deferir
poderá recorrer qualquer delegado de partido.
§ 8.º Os recursos referidos no parágrafo anterior serão
julgados pelo Tribunal Regional Eleitoral dentro de 5 (cinco)
dias.
§ 9.º Findo esse prazo, sem que o alistando se manifeste, ou
logo que seja desprovido o recurso em instância superior, o juiz
inutilizará a folha individual de votação assinada pelo
requerente, a qual ficará fazendo parte integrante do processo e
não poderá, em qualquer tempo, ser substituída, nem dele
retirada, sob pena de incorrer o responsável nas sanções
previstas no art. 293.
§ 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório
devolverá ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o
documento com que houver instruído o seu requerimento.
§ 11. O título eleitoral e a folha individual de votação
somente serão assinados pelo juiz eleitoral depois de
preenchidos pelo cartório e de deferido o pedido, sob as penas
do art. 293.
•• § 11 com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha do
eleitor, após a expedição do seu título.
•• § 12 com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão
confeccionados de acordo com o modelo aprovado pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
§ 1.º Da folha individual de votação e do título eleitoral
constará a indicação da seção em que o eleitor tiver sido inscrito
a qual será localizada dentro do distrito judiciário ou
administrativo de sua residência e o mais próximo dela,
considerados a distância e os meios de transporte.
54
§ 2.º As folhas individuais de votação serão conservadas em
pastas, uma para cada seção eleitoral; remetidas, por ocasião das
eleições, às mesas receptoras, serão por estas encaminhadas com
a urna e os demais documentos da eleição às Juntas Eleitorais,
que as devolverão, findos os trabalhos da apuração, ao
respectivo cartório, onde ficarão guardadas.
§ 3.º O eleitor ficará vinculado permanentemente à seção
eleitoral indicada no seu título, salvo:
I - se se transferir de zona ou Município, hipótese em que
deverá requerer transferência;
II - se, até 100 (cem) dias antes da eleição, provar, perante o
Juiz Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo
Município, de um distrito para outro ou para lugar muito
distante da seção em que se acha inscrito, caso em que serão
feitas na folha de votação e no título eleitoral, para esse fim
exibido, as alterações correspondentes, devidamente
autenticadas pela autoridade judiciária.
§ 4.º O eleitor poderá, a qualquer tempo, requerer ao juiz
eleitoral a retificação de seu título eleitoral ou de sua folha
individual de votação, quando neles constar erro evidente, ou
indicação de seção diferente daquela a que devesse corresponder
a residência indicada no pedido de inscrição ou transferência.
•• § 4.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 5.º O título eleitoral servirá de prova de que o eleitor está
inscrito na seção em que deve votar. E, uma vez datado e
assinado pelo presidente da mesa receptora, servirá também de
prova de haver o eleitor votado.
•• Primitivo § 4.º renumerado para § 5.º pela Lei n. 4.961, de 4-
5-1966.
Art. 47. As certidões de nascimento ou casamento, quando
destinadas ao alistamento eleitoral, serão fornecidas
gratuitamente, segundo a ordem dos pedidos apresentados em
55
cartório pelos alistandos ou delegados de partido.
§ 1.º Os cartórios de Registro Civil farão, ainda,
gratuitamente, o registro de nascimento, visando o
fornecimento de certidão aos alistandos, desde que provem
carência de recursos, ou aos Delegados de Partido, para fins
eleitorais.
•• § 1.º acrescentado pela Lei n. 6.018, de 2-1-1974.
§ 2.º Em cada Cartório de Registro Civil haverá um livro
especial, aberto e rubricado pelo Juiz Eleitoral, onde o cidadão,
ou o delegado de partido deixará expresso o pedido de certidão
para fins eleitorais, datando-o.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966, e
renumerado pela Lei n. 6.018, de 2-1-1974.
§ 3.º O escrivão, dentro de 15 (quinze) dias da data do pedido,
concederá a certidão, ou justificará, perante o Juiz Eleitoral, por
que deixa de fazê-lo.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 1966, e renumerado
pela Lei n. 6.018, de 2-1-1974.
§ 4.º A infração ao disposto neste artigo sujeitará o escrivão
às penas do art. 293.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 1966, e renumerado
pela Lei n. 6.018, de 2-1-1974.
Art. 48. O empregado mediante comunicação com 48
(quarenta e oito) horas de antecedência, poderá deixar de
comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário e por tempo não
excedente a 2 (dois) dias, para o fim de se alistar eleitor ou
requerer transferência.
Art. 49. Os cegos alfabetizados pelo sistema “Braille”, que
reunirem as demais condições de alistamento, podem qualificarse
mediante o preenchimento da fórmula impressa e a aposição
do nome com as letras do referido alfabeto.
§ 1.º De forma idêntica serão assinadas a folha individual de
votação e as vias do título.
56
§ 2.º Esses atos serão feitos na presença também de
funcionários de estabelecimento especializado de amparo e
proteção de cegos, conhecedor do sistema “Braille”, que
subscreverá, com o Escrivão ou funcionário designado a seguinte
declaração a ser lançada no modelo de requerimento:
“Atestamos que a presente fórmula bem como a folha individual
de votação e vias do título foram subscritas pelo próprio, em
nossa presença”.
Art. 50. O juiz eleitoral providenciará para que se proceda ao
alistamento nas próprias sedes dos estabelecimentos de proteção
aos cegos, marcando, previamente, dia e hora para tal fim,
podendo se inscrever na zona eleitoral correspondente todos os
cegos do município.
§ 1.º Os eleitores inscritos em tais condições deverão ser
localizados em uma mesma seção da respectiva zona.
§ 2.º Se no alistamento realizado pela forma prevista nos
artigos anteriores, o número de eleitores não alcançar o mínimo
exigido, este se completará com a inclusão de outros ainda que
não sejam cegos.
Art. 51. (Revogado pela Lei n. 7.914, de 7-12-1989.)
CAPÍTULO I
DA SEGUNDA VIA
Art. 52. No caso de perda ou extravio de seu título, requererá o
eleitor ao juiz do seu domicílio eleitoral, até 10 (dez) dias antes
da eleição, que lhe expeça segunda via.
§ 1.º O pedido de 2.ª (segunda) via será apresentado em
cartório, pessoalmente, pelo eleitor, instruído o requerimento,
no caso de inutilização ou dilaceração, com a 1.ª (primeira) via
do título.
§ 2.º No caso de perda ou extravio do título, o juiz, após
receber o requerimento de 2.ª (segunda) via, fará publicar, pelo
prazo de 5 (cinco) dias, pela imprensa, onde houver, ou por
editais, a notícia do extravio ou perda e do requerimento de 2.ª
57
(segunda) via, deferindo o pedido, findo este prazo, se não
houver impugnação.
Art. 53. Se o eleitor estiver fora do seu domicílio eleitoral
poderá requerer a 2.ª (segunda) via ao juiz da zona em que se
encontrar, esclarecendo se vai recebê-la na sua zona ou na em
que requereu.
§ 1.º O requerimento, acompanhado de um novo título
assinado pelo eleitor na presença do escrivão ou de funcionário
designado e de uma fotografia, será encaminhado ao juiz da zona
do eleitor.
§ 2.º Antes de processar o pedido, na forma prevista no artigo
anterior, o juiz determinará que se confira a assinatura constante
do novo título com a da folha individual de votação ou do
requerimento de inscrição.
§ 3.º Deferido o pedido, o título será enviado ao juiz da Zona
que remeteu o requerimento, caso o eleitor haja solicitado essa
providência, ou ficará em cartório aguardando que o interessado
o procure.
§ 4.º O pedido de segunda via formulado nos termos deste
artigo só poderá ser recebido até 60 (sessenta) dias antes do
pleito.
Art. 54. O requerimento de segunda via, em qualquer das
hipóteses, deverá ser assinado sobre selos federais,
correspondentes a 2% (dois por cento) do salário mínimo da
zona eleitoral de inscrição.
Parágrafo único. Somente será expedida 2.º (segunda) via ao
eleitor que estiver quite com a Justiça Eleitoral, exigindo-se,
para o que foi multado e ainda não liquidou a dívida, o prévio
pagamento, através de selo federal inutilizado nos autos.
CAPÍTULO II
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor
requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, juntando o
58
título anterior.
§ 1.º A transferência só será admitida satisfeitas as seguintes
exigências:
I - entrada do requerimento no cartório eleitoral do novo
domicílio até 100 (cem) dias antes da data da eleição;
II - transcorrência de pelo menos 1 (um) ano da inscrição
primitiva;
III - residência mínima de 3 (três) meses no novo domicílio,
atestada pela autoridade policial ou provada por outros meios
convincentes.
§ 2.º O disposto nos incisos II e III do parágrafo anterior não
se aplica quando se tratar de transferência de título eleitoral de
servidor público civil, militar, autárquico, ou de membro de sua
família, por motivo de remoção ou transferência.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 56. No caso de perda ou extravio do título anterior
declarado esse fato na petição de transferência, o juiz do novo
domicílio, como ato preliminar, requisitará, por telegrama, a
confirmação do alegado à Zona Eleitoral onde o requerente se
achava inscrito.
§ 1.º O Juiz do antigo domicílio, no prazo de 5 (cinco) dias,
responderá por ofício ou telegrama, esclarecendo se o
interessado é realmente eleitor, se a inscrição está em vigor, e,
ainda, qual o número e a data da inscrição respectiva.
§ 2.º A informação mencionada no parágrafo anterior suprirá
a falta do título extraviado, ou perdido, para o efeito da
transferência, devendo fazer parte integrante do processo.
Art. 57. O requerimento de transferência de domicílio eleitoral
será imediatamente publicado na imprensa oficial na Capital, e
em cartório nas demais localidades, podendo os interessados
impugná-lo no prazo de 10 (dez) dias.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
59
1966.
§ 1.º Certificado o cumprimento do disposto neste artigo, o
pedido deverá ser desde logo decidido, devendo o despacho do
juiz ser publicado pela mesma forma.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 2.º Poderá recorrer para o Tribunal Regional Eleitoral, no
prazo de 3 (três) dias, o eleitor que pediu a transferência, sendolhe a
mesma negada, ou qualquer delegado de partido, quando o
pedido for deferido.
§ 3.º Dentro de 5 (cinco) dias, o Tribunal Regional Eleitoral
decidirá do recurso interposto nos termos do parágrafo anterior.
§ 4.º Só será expedido o novo título decorridos os prazos
previstos neste artigo e respectivos parágrafos.
Art. 58. Expedido o novo título o juiz comunicará a
transferência ao Tribunal Regional competente, no prazo de 10
(dez) dias, enviando-lhe o título eleitoral, se houver, ou
documento a que se refere o § 1.º do art. 56.
§ 1.º Na mesma data comunicará ao juiz da zona de origem a
concessão da transferência e requisitará a “folha individual de
votação”.
§ 2.º Na nova folha individual de votação ficará consignado,
na coluna destinada a “anotações”, que a inscrição foi obtida por
transferência, e, de acordo com os elementos constantes do
título primitivo, qual o último pleito em que o eleitor
transferido votou. Essa anotação constará, também, de seu
título.
§ 3.º O processo de transferência só será arquivado após o
recebimento da folha individual de votação da Zona de origem,
que dele ficará constando, devidamente inutilizada, mediante
aposição de carimbo a tinta vermelha.
§ 4.º No caso de transferência de município ou distrito dentro
da mesma zona, deferido o pedido, o juiz determinará a
60
transposição da folha individual de votação para a pasta
correspondente ao novo domicílio, a anotação de mudança no
título eleitoral e comunicará ao Tribunal Regional para a
necessária averbação na ficha do eleitor.
Art. 59. Na Zona de origem, recebida do juiz do novo domicílio
a comunicação de transferência, o juiz tomará as seguintes
providências:
I - determinará o cancelamento da inscrição do transferido e a
remessa dentro de três dias, da folha individual de votação ao
juiz requisitante;
II - ordenará a retirada do fichário da segunda parte do título;
III - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional a que
estiver subordinado, que fará a devida anotação na ficha de seus
arquivos;
IV - se o eleitor havia assinado ficha de registro de partido,
comunicará ao juiz do novo domicílio e, ainda, ao Tribunal
Regional, se a transferência foi concedida para outro Estado.
Art. 60. O eleitor transferido não poderá votar no novo
domicílio eleitoral em eleição suplementar à que tiver sido
realizada antes de sua transferência.
Art. 61. Somente será concedida transferência ao eleitor que
estiver quite com a Justiça Eleitoral.
§ 1.º Se o requerente não instruir o pedido de transferência
com o título anterior, o juiz do novo domicílio, ao solicitar
informação ao da zona de origem, indagará se o eleitor está
quite com a Justiça Eleitoral, ou não o estando, qual a
importância da multa imposta e não paga.
§ 2.º Instruído o pedido com o título, e verificado que o
eleitor não votou em eleição anterior, o juiz do novo domicílio
solicitará informações sobre o valor da multa arbitrada na zona
de origem, salvo se o eleitor não quiser aguardar a resposta,
hipótese em que pagará o máximo previsto.
§ 3.º O pagamento da multa, em qualquer das hipóteses dos
61
parágrafos anteriores, será comunicado ao juízo de origem para
as necessárias anotações.
CAPÍTULO III
DOS PREPARADORES
Arts. 62 a 65. (Revogados pela Lei n. 8.868, de 14-4-1994.)
CAPÍTULO IV
DOS DELEGADOS DE PARTIDO PERANTE O
ALISTAMENTO
Art. 66. É lícito aos partidos políticos, por seus delegados:
I - acompanhar os processos de inscrição;
II - promover a exclusão de qualquer eleitor inscrito
ilegalmente e assumir a defesa do eleitor cuja exclusão esteja
sendo promovida;
III - examinar, sem perturbação do serviço e em presença dos
servidores designados, os documentos relativos ao alistamento
eleitoral, podendo deles tirar cópias ou fotocópias.
§ 1.º Perante o juízo eleitoral, cada partido poderá nomear 3
(três) delegados.
§ 2.º Perante os preparadores, cada partido poderá nomear
até 2 (dois) delegados, que assistam e fiscalizem os seus atos.
§ 3.º Os delegados a que se refere este artigo serão registrados
perante os juízes eleitorais, a requerimento do presidente do
Diretório Municipal.
§ 4.º O delegado credenciado junto ao Tribunal Regional
Eleitoral poderá representar o partido junto a qualquer juízo ou
preparador do Estado, assim como o delegado credenciado
perante o Tribunal Superior Eleitoral poderá representar o
partido perante qualquer Tribunal Regional, juízo ou preparador.
CAPÍTULO V
DO ENCERRAMENTO DO ALISTAMENTO
Art. 67. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de
transferência será recebido dentro dos 100 (cem) dias anteriores
à data da eleição.
62
Art. 68. Em audiência pública, que se realizará às 14 (quatorze)
horas do 69.º (sexagésimo nono) dia anterior à eleição, o juiz
eleitoral declarará encerrada a inscrição de eleitores na
respectiva zona e proclamará o número dos inscritos até às 18
(dezoito) horas do dia anterior, o que comunicará incontinenti
ao Tribunal Regional Eleitoral, por telegrama, e fará público em
edital, imediatamente afixado no lugar próprio do juízo e
divulgado pela imprensa, onde houver, declarando nele o nome
do último eleitor inscrito e o número do respectivo título,
fornecendo aos diretórios municipais dos partidos cópia
autêntica desse edital.
§ 1.º Na mesma data será encerrada a transferência de
eleitores, devendo constar do telegrama do juiz eleitoral ao
Tribunal Regional Eleitoral, do edital e da cópia deste fornecida
aos diretórios municipais dos partidos e da publicação da
imprensa, os nomes dos 10 (dez) últimos eleitores, cujos
processos de transferência estejam definitivamente ultimados e
o número dos respectivos títulos eleitorais.
§ 2.º O despacho de pedido de inscrição, transferência, ou 2.ª
(segunda) via, proferido após esgotado o prazo legal, sujeita o
juiz eleitoral às penas do art. 291.
Art. 69. Os títulos eleitorais resultantes dos pedidos de
inscrição ou de transferência serão entregues até 30 (trinta) dias antes
da eleição.
Parágrafo único. A 2.ª (segunda) via poderá ser entregue ao
eleitor até a véspera do pleito.
Art. 70. O alistamento reabrir-se-á em cada zona, logo que
estejam concluídos os trabalhos de sua junta eleitoral.
TÍTULO II
Do Cancelamento e da Exclusão
Art. 71. São causas de cancelamento:
I - a infração dos arts. 5.º e 42;
II - a suspensão ou perda dos direitos políticos;
63
III - a pluralidade de inscrição;
IV - o falecimento do eleitor;
V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas.
•• Inciso V com redação determinada pela Lei n. 7.663, de 27-5-
1988.
§ 1.º A ocorrência de qualquer das causas enumeradas neste
artigo acarretará a exclusão do eleitor, que poderá ser promovida
ex officio, a requerimento de delegado de partido ou de qualquer
eleitor.
§ 2.º No caso de ser algum cidadão maior de 18 (dezoito) anos
privado temporária ou definitivamente dos direitos políticos, a
autoridade que impuser essa pena providenciará para que o fato
seja comunicado ao juiz eleitoral ou ao Tribunal Regional da
circunscrição em que residir o réu.
§ 3.º Os oficiais de Registro Civil, sob as penas do art. 293,
enviarão, até o dia 15 (quinze) de cada mês, ao juiz eleitoral da
zona em que oficiarem, comunicação dos óbitos de cidadãos
alistáveis, ocorridos no mês anterior, para cancelamento das
inscrições.
§ 4.º Quando houver denúncia fundamentada de fraude no
alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional
poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude
em proporção comprometedora, ordenará a revisão do
eleitorado, obedecidas as Instruções do Tribunal Superior e as
recomendações que, subsidiariamente, baixar, com o
cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos
títulos que não forem apresentados à revisão.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor
votar validamente.
Parágrafo único. Tratando-se de inscrições contra as quais
hajam sido interpostos recursos das decisões que as deferiram,
desde que tais recursos venham a ser providos pelo Tribunal
64
Regional ou Tribunal Superior, serão nulos os votos se o seu
número for suficiente para alterar qualquer representação
partidária ou classificação de candidato eleito pelo princípio
majoritário.
Art. 73. No caso de exclusão, a defesa pode ser feita pelo
interessado, por outro eleitor ou por delegado de partido.
Art. 74. A exclusão será mandada processar ex officio pelo juiz
eleitoral, sempre que tiver conhecimento de alguma das causas
do cancelamento.
Art. 75. O Tribunal Regional, tomando conhecimento através
de seu fichário, da inscrição do mesmo eleitor em mais de uma
zona sob sua jurisdição, comunicará o fato ao juiz competente
para o cancelamento, que de preferência deverá recair:
I - na inscrição que não corresponda ao domicílio eleitoral;
II - naquela cujo título não haja sido entregue ao eleitor;
III - naquela cujo título não haja sido utilizado para o
exercício do voto na última eleição;
IV - na mais antiga.
Art. 76. Qualquer irregularidade determinante de exclusão será
comunicada por escrito e por iniciativa de qualquer interessado
ao juiz eleitoral, que observará o processo estabelecido no artigo
seguinte.
Art. 77. O juiz eleitoral processará a exclusão pela forma
seguinte:
I - mandará autuar a petição ou representação com os
documentos que a instruírem;
II - fará publicar edital com prazo de 10 (dez) dias para
ciência dos interessados, que poderão contestar dentro de 5
(cinco) dias;
III - concederá dilação probatória de 5 (cinco) a 10 (dez) dias,
se requerida;
IV - decidirá no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 78. Determinado, por sentença, o cancelamento, o
65
cartório tomará as seguintes providências:
I - retirará, da respectiva pasta, a folha de votação, registrará
a ocorrência no local próprio para "Anotações" e junta-la-á ao
processo de cancelamento;
II - registrará a ocorrência na coluna de "observações" do
livro de inscrição;
III - excluirá dos fichários as respectivas fichas, colecionandoas à
parte;
IV - anotará, de forma sistemática, os claros abertos na pasta
de votação para o oportuno preenchimento dos mesmos;
V - comunicará o cancelamento ao Tribunal Regional para
anotação no seu fichário.
Art. 79. No caso de exclusão por falecimento, tratando-se de
caso notório, serão dispensadas as formalidades previstas nos ns.
II e III do art. 77.
Art. 80. Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso no prazo de
3 (três) dias, para o Tribunal Regional, interposto pelo
excluendo ou por delegado de partido.
Art. 81. Cessada a causa do cancelamento, poderá o interessado
requerer novamente a sua qualificação e inscrição.
PARTE QUARTA DAS ELEIÇÕES
TÍTULO I
Do Sistema Eleitoral
Art. 82. O sufrágio é universal e direto; o voto, obrigatório e
secreto.
Art. 83. Na eleição direta para o Senado Federal, para Prefeito
e Vice-Prefeito, adotar-se-á o princípio majoritário. Caput com
redação determinada pela Lei n. 6.534, de 26-5-
1978.
Art. 84. A eleição para a Câmara dos Deputados, Assembleias
Legislativas e Câmaras Municipais, obedecerá ao princípio da
representação proporcional na forma desta Lei.
Art. 85. A eleição para deputados federais, senadores e
66
suplentes, presidente e vice-presidente da República, governadores,
vice-governadores e deputados estaduais far-se-á, simultaneamente,
em todo o País.
Art. 86. Nas eleições presidenciais a circunscrição será o País;
nas eleições federais e estaduais, o Estado; e, nas municipais, o
respectivo município.
CAPÍTULO I
DO REGISTRO DOS CANDIDATOS
Art. 87. Somente podem concorrer às eleições candidatos
registrados por partidos.
Parágrafo único. Nenhum registro será admitido fora do
período de 6 (seis) meses antes da eleição.
Art. 88. Não é permitido registro de candidato embora para
cargos diferentes, por mais de uma circunscrição ou para mais de
um cargo na mesma circunscrição.
Parágrafo único. Nas eleições realizadas pelo sistema
proporcional o candidato deverá ser filiado ao partido, na
circunscrição em que concorrer, pelo tempo que for fixado nos
respectivos estatutos.
Art. 89. Serão registrados:
I - no Tribunal Superior Eleitoral os candidatos a presidente e
vice-presidente da República;
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais os candidatos a senador,
deputado federal, governador e vice-governador e deputado
estadual;
III - nos Juízos Eleitorais os candidatos a vereador, prefeito e
vice-prefeito e juiz de paz.
Art. 90. Somente poderão inscrever candidatos os partidos que
possuam diretório devidamente registrado na circunscrição em
que se realizar a eleição.
Art. 91. O registro de candidatos a presidente e vicepresidente,
governador e
vice-governador, ou prefeito e viceprefeito, far-se-á sempre em chapa
67
única e
indivisível, ainda que resulte a indicação de aliança de partidos.
§ 1.º O registro de candidatos a senador far-se-á com o do suplente
partidário.
§ 2.º Nos Territórios far-se-á o registro do candidato a
deputado com o do suplente.
Art. 92. (Revogado pela Lei n. 9.504, de 30-9-1997.)
Art. 93. O prazo de entrada em cartório ou na Secretaria
do Tribunal, conforme o caso, de requerimento de registro de
candidato a cargo eletivo terminará, improrrogavelmente, às
dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem
as eleições.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
§ 1.º Até vinte dias antes da data das eleições, todos os
requerimentos, inclusive os que tiverem sido impugnados, devem
estar julgados pelas instâncias ordinárias, e publicadas as decisões
a eles relativas.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
§ 2.º As convenções partidárias para a escolha dos
candidatos serão realizadas, no máximo, até 5 de agosto do ano
em que se realizarem as eleições.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
Art. 94. O registro pode ser promovido por delegado de
partido, autorizado em documento autêntico, inclusive
telegrama de quem responda pela direção partidária e sempre
com assinatura reconhecida por tabelião.
§ 1.º O requerimento de registro deverá ser instruído:
I - com a cópia autêntica da ata da convenção que houver
feito a escolha do candidato, a qual deverá ser conferida com o
original na Secretaria do Tribunal ou no cartório eleitoral;
68
II - com autorização do candidato, em documento com a
assinatura reconhecida por tabelião;
III - com certidão fornecida pelo cartório eleitoral da zona de
inscrição, em que conste que o registrando é eleitor;
IV - com prova de filiação partidária, salvo para os candidatos
a presidente e vice-presidente, senador e respectivo suplente,
governador e vice-governador, prefeito e vice-prefeito;
V - com folha corrida fornecida pelos cartórios competentes,
para que se verifique se o candidato está no gozo dos direitos
políticos (arts. 132, III e 135 da Constituição Federal);
•• Inciso V com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
•• Refere-se à CF de 1946.
VI - com declaração de bens, de que constem a origem e as
mutações patrimoniais.
§ 2.º A autorização do candidato pode ser dirigida diretamente
ao órgão ou juiz competente para o registro.
Art. 95. O candidato poderá ser registrado sem o prenome, ou
com o nome abreviado, desde que a supressão não estabeleça
dúvida quanto à sua identidade.
Art. 96. Será negado o registro a candidato que, pública ou
ostensivamente, faça parte, ou seja adepto de partido político
cujo registro tenha sido cassado com fundamento no art. 141, §
13, da Constituição Federal.
•• Refere-se à CF de 1946.
Art. 97. Protocolado o requerimento de registro, o presidente
do Tribunal ou o juiz eleitoral, no caso de eleição municipal ou
distrital, fará publicar imediatamente edital para ciência dos
interessados.
§ 1.º O edital será publicado na Imprensa Oficial, nas capitais,
e afixado em cartório, no local de costume, nas demais zonas.
§ 2.º Do pedido de registro caberá, no prazo de 2 (dois) dias, a
contar da publicação ou afixação do edital, impugnação
69
articulada por parte de candidato ou de partido político.
§ 3.º Poderá, também, qualquer eleitor, com fundamento em
inelegibilidade ou incompatibilidade do candidato ou na
incidência deste no art. 96 impugnar o pedido de registro, dentro
do mesmo prazo, oferecendo prova do alegado.
§ 4.º Havendo impugnação, o partido requerente do registro
terá vista dos autos, por 2 (dois) dias, para falar sobre a mesma,
feita a respectiva intimação na forma do § 1.º.
Art. 98. Os militares alistáveis são elegíveis, atendidas as
seguintes condições:
I - o militar que tiver menos de 5 (cinco) anos de serviço será,
ao se candidatar a cargo eletivo, excluído do serviço ativo;
II - o militar em atividade com 5 (cinco) ou mais anos de
serviço, ao se candidatar a cargo eletivo será afastado,
temporariamente, do serviço ativo, como agregado, para tratar
de interesse particular;
III - o militar não excluído e que vier a ser eleito, será, no ato
da diplomação, transferido para a reserva ou reformado
(Emenda Constitucional n. 9, art. 3.º).
Parágrafo único. O juízo ou Tribunal que deferir o registro
de militar candidato a cargo eletivo, comunicará imediatamente
a decisão à autoridade a que o mesmo estiver subordinado,
cabendo igual obrigação ao Partido, quando lançar a candidatura.
Art. 99. Nas eleições majoritárias poderá qualquer partido
registrar na mesma circunscrição candidato já por outro
registrado, desde que o outro partido e o candidato o consintam
por escrito até 10 (dez) dias antes da eleição, observadas as
formalidades do art. 94.
Parágrafo único. A falta de consentimento expresso
acarretará a anulação do registro promovido, podendo o partido
prejudicado requerê-la ou recorrer da resolução que ordenar o
registro.
Art. 100. Nas eleições realizadas pelo sistema proporcional, o
70
Tribunal Superior Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do pleito,
reservará para cada Partido, por sorteio, em sessão realizada
com a presença dos Delegados de Partido, uma série de números
a partir de 100 (cem).
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 7.015, de 16-7-
1982.
§ 1.º A sessão a que se refere o caput deste artigo será
anunciada aos Partidos com antecedência mínima de 5 (cinco)
dias.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 7.015, de 16-7-
1982.
§ 2.º As convenções partidárias para escolha dos candidatos
sortearão, por sua vez, em cada Estado e município, os números
que devam corresponder a cada candidato.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 7.015, de 6-7-
1982.
§ 3.º Nas eleições para Deputado Federal, se o número de
Partidos não for superior a 9 (nove), a cada um corresponderá
obrigatoriamente uma centena, devendo a numeração dos
candidatos ser sorteada a partir da unidade, para que ao primeiro
candidato do primeiro Partido corresponda o número 101
(cento e um), ao do segundo Partido, 201 (duzentos e um), e
assim sucessivamente.
•• § 3.º com redação determinada pela Lei n. 7.015, de 16-7-
1982.
§ 4.º Concorrendo 10 (dez) ou mais Partidos, a cada um
corresponderá uma centena a partir de 1.101 (um mil, cento e
um), de maneira que a todos os candidatos sejam atribuídos
sempre 4 (quatro) algarismos, suprimindo-se a numeração
correspondente à série 2.001 (dois mil e um) a 2.100 (dois mil e
cem), para reiniciá-la em 2.101 (dois mil, cento e um), a partir
do décimo Partido.
•• § 4.º com redação determinada pela Lei n. 7.015, de 16-7-
71
1982.
§ 5.º Na mesma sessão, o Tribunal Superior Eleitoral sorteará
as séries correspondentes aos Deputados Estaduais e Vereadores,
observando, no que couber, as normas constantes dos parágrafos
anteriores, e de maneira que a todos os candidatos, sejam
atribuídos sempre número de 4 (quatro) algarismos.
•• § 5.º com redação determinada pela Lei n. 7.015, de 16-7-
1982.
Art. 101. Pode qualquer candidato requerer, em petição com
firma reconhecida, o cancelamento do registro do seu nome.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 6.553, de 19-8-
1978.
§ 1.º Desse fato, o presidente do Tribunal ou o juiz, conforme
o caso, dará ciência imediata ao partido que tenha feito a
inscrição, ao qual ficará ressalvado o direito de substituir por
outro o nome cancelado, observadas todas as formalidades
exigidas para o registro e desde que o novo pedido seja
apresentado até 60 (sessenta) dias antes do pleito.
• Vide art. 13, § 1.º, da Lei n. 9.504, de 30-9-1997.
§ 2.º Nas eleições majoritárias, se o candidato vier a falecer
ou renunciar dentro do período de 60 (sessenta) dias
mencionados no parágrafo anterior, o partido poderá substituí-
lo; se o registro do novo candidato estiver deferido até 30
(trinta) dias antes do pleito serão confeccionadas novas cédulas,
caso contrário serão utilizadas as já impressas, computando-se
para o novo candidato os votos dados ao anteriormente
registrado.
§ 3.º Considerar-se-á nulo o voto dado ao candidato que haja
pedido o cancelamento de sua inscrição, salvo na hipótese
prevista no parágrafo anterior, in fine.
§ 4.º Nas eleições proporcionais, ocorrendo a hipótese
prevista neste artigo, ao substituto será atribuído o número
anteriormente dado ao candidato cujo registro foi cancelado.
72
§ 5.º Em caso de morte, renúncia, inelegibilidade e
preenchimento de vagas existentes nas respectivas chapas,
tanto em eleições proporcionais quanto majoritárias, as
substituições e indicações se processarão pelas Comissões
Executivas.
•• § 5.º acrescentado pela Lei n. 6.553, de 19-8-1978.
Art. 102. Os registros efetuados pelo Tribunal Superior serão
imediatamente comunicados aos Tribunais Regionais e por estes
aos juízes eleitorais.
Parágrafo único. Os Tribunais Regionais comunicarão
também ao Tribunal Superior os registros efetuados por eles e
pelos juízes eleitorais.
CAPÍTULO II
DO VOTO SECRETO
Art. 103. O sigilo do voto é assegurado mediante as seguintes
providências:
I - uso de cédulas oficiais em todas as eleições, de acordo com
modelo aprovado pelo Tribunal Superior;
II - isolamento do eleitor em cabine indevassável para o só
efeito de assinalar na cédula o candidato de sua escolha e, em
seguida, fechá-la;
III - verificação da autenticidade da cédula oficial à vista das
rubricas;
IV - emprego de urna que assegure a inviolabilidade do sufrágio
e seja suficientemente ampla para que não se acumulem as
cédulas na ordem em que forem introduzidas.
CAPÍTULO III
DA CÉDULAO FICIAL
Art. 104. As cédulas oficiais serão confeccionadas e distribuídas
exclusivamente pela Justiça Eleitoral, devendo ser impressas em
papel branco, opaco e pouco absorvente. A impressão será em
tinta preta, com tipos uniformes de letra.
§ 1.º Os nomes dos candidatos para as eleições majoritárias
73
devem figurar na ordem determinada por sorteio.
§ 2.º O sorteio será realizado após o deferimento do último
pedido de registro, em audiência presidida pelo juiz ou presidente
do Tribunal, na presença dos candidatos e delegados de partido.
§ 3.º A realização da audiência será anunciada com 3 (três)
dias de antecedência, no mesmo dia em que for deferido o último
pedido de registro, devendo os delegados de partido ser
intimados por ofício sob protocolo.
§ 4.º Havendo substituição de candidatos após o sorteio, o
nome do novo candidato deverá figurar na cédula na seguinte
ordem:
I - se forem apenas 2 (dois), em último lugar;
II - se forem 3 (três), em segundo lugar;
III - se forem mais de 3 (três), em penúltimo lugar;
IV - se permanecer apenas 1 (um) candidato e forem
substituídos 2 (dois) ou mais, aquele ficará em primeiro lugar,
sendo realizado novo sorteio em relação aos demais.
§ 5.º Para as eleições realizadas pelo sistema proporcional a
cédula conterá espaço para que o eleitor escreva o nome ou o
número do candidato de sua preferência e indique a sigla do
partido.
§ 6.º As cédulas oficiais serão confeccionadas de maneira tal
que, dobradas, resguardem o sigilo do voto, sem que seja
necessário o emprego de cola para fechá-las.
CAPÍTULO IV
DA REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL
Art. 105. Fica facultado a 2 (dois) ou mais Partidos coligaremse para
o registro
de candidatos comuns a Deputado Federal,
Deputado Estadual e Vereador.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 7.454, de 30-12-
1985.
§ 1.º A deliberação sobre coligação caberá à Convenção
74
Regional de cada Partido, quando se tratar de eleição para a
Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, e à
Convenção Municipal, quando se tratar de eleição para a
Câmara de Vereadores, e será aprovada mediante a votação
favorável da maioria, presentes 2/3 (dois terços) dos
convencionais, estabelecendo-se, na mesma oportunidade, o
número de candidatos que caberá a cada Partido.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 7.454, de 30-12-
1985.
§ 2.º Cada Partido indicará em Convenção os seus candidatos
e o registro será promovido em conjunto pela Coligação.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 7.454, de 30-12-
1985.
Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o
número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher
em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou
inferior a meio, equivalente a um, se superior.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei n. 9.504, de 30-9-
1997.)
Art. 107. Determina-se para cada Partido ou coligação o
quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o
número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou
coligação de legendas, desprezada a fração.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 7.454, de 30-12-
1985.
Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados
por um partido ou coligação que tenham obtido votos em
número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente
eleitoral, tantos quantos o respectivo quociente partidário
indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
Parágrafo único. Os lugares não preenchidos em razão da
75
exigência de votação nominal mínima a que se refere o caput
serão distribuídos de acordo com as regras do art. 109.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos
quocientes partidários e em razão da exigência de votação
nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de
acordo com as seguintes regras:
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada
partido ou coligação pelo número de lugares definido para o
partido pelo cálculo do quociente partidário do art. 107, mais
um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior
média um dos lugares a preencher, desde que tenha candidato que
atenda à exigência de votação nominal mínima;
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-
9-2015.
II - repetir-se-á a operação para cada um dos lugares a
preencher;
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-
9-2015.
III - quando não houver mais partidos ou coligações com
candidatos que atendam às duas exigências do inciso I, as
cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentem as
maiores médias.
•• Inciso III acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
§ 1.º O preenchimento dos lugares com que cada partido
ou coligação for contemplado far-se-á segundo a ordem de
votação recebida por seus candidatos.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
§ 2.º Somente poderão concorrer à distribuição dos lugares
76
os partidos ou as coligações que tiverem obtido quociente
eleitoral.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
Art. 110. Em caso de empate, haver-se-á por eleito o
candidato mais idoso.
Art. 111. Se nenhum Partido ou coligação alcançar o quociente
eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem preenchidos todos
os lugares, os candidatos mais votados.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 7.454, de 30-12-
1985.
Art. 112. Considerar-se-ão suplentes da representação
partidária:
I - os mais votados sob a mesma legenda e não eleitos efetivos
das listas dos respectivos partidos;
II - em caso de empate na votação, na ordem decrescente da
idade.
Parágrafo único. Na definição dos suplentes da
representação partidária, não há exigência de votação nominal
mínima prevista pelo art. 108.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015
Art. 113. Na ocorrência de vaga, não havendo suplente para
preenchê-la, far-se-á eleição, salvo se faltarem menos de 9
(nove) meses para findar o período de mandato.
TÍTULO II
Dos Atos Preparatórios da Votação
Art. 114. Até 70 (setenta) dias antes da data marcada para a
eleição, todos os que requererem inscrição como eleitor, ou
transferência, já devem estar devidamente qualificados e os
respectivos títulos prontos para a entrega, se deferidos pelo juiz
eleitoral.
Parágrafo único. Será punido nos termos do art. 293 o juiz
77
eleitoral, o escrivão eleitoral, o preparador ou o funcionário
responsável pela transgressão do preceituado neste artigo ou
pela não entrega do título pronto ao eleitor que o procurar.
Art. 115. Os juízes eleitorais, sob pena de responsabilidade,
comunicarão ao Tribunal Regional, até 30 (trinta) dias antes de
cada eleição, o número de eleitores alistados.
Art. 116. A Justiça Eleitoral fará ampla divulgação, através dos
comunicados transmitidos em obediência ao disposto no art.
250, § 5.º, pelo rádio e televisão, bem assim por meio de
cartazes afixados em lugares públicos, dos nomes dos candidatos
registrados, com indicação do partido a que pertençam, bem
como do número sob que foram inscritos, no caso dos
candidatos a deputado e a vereador.
•• Citado art. 250 foi revogado pela Lei n. 9.504, de 30-9-1997.
CAPÍTULO I
DAS SEÇÕES ELEITORAIS
Art. 117. As seções eleitorais, organizadas à medida em que
forem sendo deferidos os pedidos de inscrição, não terão mais de
400 (quatrocentos) eleitores nas capitais e de 300 (trezentos)
nas demais localidades, nem menos de 50 (cinquenta) eleitores.
§ 1.º Em casos excepcionais, devidamente justificados, o
Tribunal Regional poderá autorizar que sejam ultrapassados os
índices previstos neste artigo, desde que essa providência venha
facilitar o exercício do voto, aproximando o eleitor do local
designado para a votação.
§ 2.º Se em seção destinada aos cegos, o número de eleitores
não alcançar o mínimo exigido, este se completará com outros,
ainda que não sejam cegos.
Art. 118. Os juízes eleitorais organizarão relação de eleitores
de cada seção, a qual será remetida aos presidentes das mesas
receptoras para facilitação do processo de votação.
CAPÍTULO II
DAS MESAS RECEPTORAS
78
Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa
receptora de votos.
Art. 120. Constituem a mesa receptora um presidente, um 1.º
(primeiro) e um 2.º (segundo) mesários, 2 (dois) secretários e um
suplente, nomeados pelo juiz eleitoral 60 (sessenta) dias antes da
eleição, em audiência pública, anunciada pelo menos com 5
(cinco) dias de antecedência.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 1.º Não podem ser nomeados presidentes e mesários:
I - os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o
segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
II - os membros de diretórios de partidos desde que exerçam
função executiva;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os
funcionários no desempenho de cargos de confiança do
Executivo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
§ 2.º Os mesários serão nomeados, de preferência entre os
eleitores da própria seção, e, dentre estes, os diplomados em
escola superior, os professores e os serventuários da Justiça.
§ 3.º O juiz eleitoral mandará publicar no jornal oficial, onde
houver, e, não havendo, em cartório, as nomeações que tiver
feito, e intimará os mesários através dessa publicação, para
constituírem as mesas no dia e lugares designados, às 7 (sete)
horas.
§ 4.º Os motivos justos que tiverem os nomeados para recusar
a nomeação, e que ficarão à livre apreciação do juiz eleitoral,
somente poderão ser alegados até 5 (cinco) dias a contar da
nomeação, salvo se sobrevindos depois desse prazo.
§ 5.º Os nomeados que não declararem a existência de
qualquer dos impedimentos referidos no § 1.º incorrem na pena
estabelecida pelo art. 310.
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Art. 121. Da nomeação da mesa receptora qualquer partido
poderá reclamar ao juiz eleitoral, no prazo de 2 (dois) dias, a
contar da audiência, devendo a decisão ser proferida em igual
prazo.
§ 1.º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o
Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três) dias, devendo,
dentro de igual prazo, ser resolvido.
§ 2.º Se o vício da constituição da mesa resultar da
incompatibilidade prevista no n. I, do § 1.º, do art. 120, e o
registro do candidato for posterior à nomeação do mesário, o
prazo para reclamação será contado da publicação dos nomes
dos candidatos registrados. Se resultar de qualquer das proibições
dos ns. II, III e IV, e em virtude de fato superveniente, o prazo
se contará do ato da nomeação ou eleição.
§ 3.º O partido que não houver reclamado contra a
composição da mesa não poderá arguir, sob esse fundamento, a
nulidade da seção respectiva.
Art. 122. Os juízes deverão instruir os mesários sobre o
processo da eleição, em reuniões para esse fim convocadas com
a necessária antecedência.
Art. 123. Os mesários substituirão o presidente, de modo que
haja sempre quem responda pessoalmente pela ordem e
regularidade do processo eleitoral, e assinarão a ata da eleição.
§ 1.º O presidente deve estar presente ao ato de abertura e de
encerramento da eleição, salvo força maior, comunicando o
impedimento aos mesários e secretários, pelo menos 24 (vinte e
quatro) horas antes da abertura dos trabalhos, ou imediatamente,
se o impedimento se der dentro desse prazo ou no curso da
eleição.
§ 2.º Não comparecendo o presidente até as 7 (sete) horas e
30 (trinta) minutos, assumirá a presidência, o primeiro mesário
e, na sua falta ou impedimento, o segundo mesário, um dos
secretários ou o suplente.
80
§ 3.º Poderá o presidente, ou membro da mesa que assumir a
presidência, nomear ad hoc, dentre os eleitores presentes e
obedecidas as prescrições do § 1.º, do art. 120, os que forem
necessários para completar a mesa.
Art. 124. O membro da mesa receptora que não comparecer
no local, em dia e hora determinados para a realização de
eleição, sem justa causa apresentada ao juiz eleitoral até 30
(trinta) dias após, incorrerá na multa de 50% (cinquenta por
cento) a 1 (um) salário mínimo vigente na zona eleitoral,
cobrada mediante selo federal inutilizado no requerimento em
que for solicitado o arbitramento ou através de executivo fiscal.
§ 1.º Se o arbitramento e pagamento da multa não for
requerido pelo mesário faltoso, a multa será arbitrada e cobrada
na forma prevista no art. 367.
§ 2.º Se o faltoso for servidor público ou autárquico, a pena
será de suspensão até 15 (quinze) dias.
§ 3.º As penas previstas neste artigo serão aplicadas em dobro
se a mesa receptora deixar de funcionar por culpa dos faltosos.
§ 4.º Será também aplicada em dobro observado o disposto
nos §§ 1.º e 2.º, a pena ao membro da mesa que abandonar os
trabalhos no decurso da votação sem justa causa apresentada ao
juiz até 3 (três) dias após a ocorrência.
Art. 125. Não se reunindo, por qualquer motivo, a mesa
receptora, poderão os eleitores pertencentes à respectiva seção
votar na seção mais próxima, sob a jurisdição do mesmo juiz,
recolhendo-se os seus votos à urna da seção em que deveriam
votar, a qual será transportada para aquela em que tiverem de
votar.
§ 1.º As assinaturas dos eleitores serão recolhidas nas folhas
de votação da seção a que pertencerem, as quais, juntamente
com as cédulas oficiais e o material restante, acompanharão a
urna.
§ 2.º O transporte da urna e dos documentos da seção será
81
providenciado pelo presidente da mesa, mesário ou secretário
que comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa que ele designar
para esse fim acompanhando-a os fiscais que o desejarem.
Art. 126. Se no dia designado para o pleito deixarem de se
reunir todas as mesas de um município, o presidente do Tribunal
Regional determinará dia para se realizar o mesmo, instaurandose
inquérito para a
apuração das causas da irregularidade e
punição dos responsáveis.
Parágrafo único. Essa eleição deverá ser marcada dentro de
15 (quinze) dias, pelo menos, para se realizar no prazo máximo
de 30 (trinta) dias.
Art. 127. Compete ao presidente da mesa receptora, e, em sua
falta, a quem o substituir:
I - receber os votos dos eleitores;
II - decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que
ocorrerem;
III - manter a ordem, para o que disporá de força pública
necessária;
IV - comunicar ao juiz eleitoral, que providenciará
imediatamente as ocorrências cuja solução deste dependerem;
V - remeter à Junta Eleitoral todos os papéis que tiverem sido
utilizados durante a recepção dos votos;
VI - autenticar, com a sua rubrica, as cédulas oficiais e
numerá-las nos termos das Instruções do Tribunal Superior
Eleitoral;
VII - assinar as fórmulas de observações dos fiscais ou
delegados de partido, sobre as votações;
VIII - fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que
não estão sendo distribuídas segundo a sua ordem numérica,
recolher as de numeração intercalada, acaso retidas, as quais não
se poderão mais distribuir;
IX - anotar o não comparecimento do eleitor no verso da
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folha individual de votação.
•• Inciso IX acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 128. Compete aos secretários:
I - distribuir aos eleitores as senhas de entrada previamente
rubricadas ou carimbadas segundo a respectiva ordem numérica;
II - lavrar a ata da eleição;
III - cumprir as demais obrigações que lhes forem atribuídas
em instruções.
Parágrafo único. As atribuições mencionadas no n. I serão
exercidas por um dos secretários e os constantes dos ns. II e III
pelo outro.
Art. 129. Nas eleições proporcionais os presidentes das mesas
receptoras deverão zelar pela preservação das listas de
candidatos afixadas dentro das cabinas indevassáveis, tomando
imediatas providências para a colocação de nova lista no caso de
inutilização total ou parcial.
Parágrafo único. O eleitor que inutilizar ou arrebatar as
listas afixadas nas cabinas indevassáveis ou nos edifícios onde
funcionarem mesas receptoras, incorrerá nas penas do art. 297.
Art. 130. Nos estabelecimentos de internação coletiva de
hansenianos os membros das mesas receptoras serão escolhidos
de preferência entre os médicos e funcionários sadios do próprio
estabelecimento.
CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO PERANTEAS MESAS
RECEPTORAS
Art. 131. Cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados em
cada município e 2 (dois) fiscais junto a cada mesa receptora,
funcionando um de cada vez.
§ 1.º Quando o município abranger mais de uma zona eleitoral
cada partido poderá nomear 2 (dois) delegados junto a cada uma
delas.
§ 2.º A escolha de fiscal e delegado de partido não poderá
83
recair em quem, por nomeação do juiz eleitoral, já faça parte da
mesa receptora.
§ 3.º As credenciais expedidas pelos partidos, para os fiscais,
deverão ser visadas pelo juiz eleitoral.
§ 4.º Para esse fim, o delegado do partido encaminhará as
credenciais ao Cartório, juntamente com os títulos eleitorais dos
fiscais credenciados, para que, verificado pelo escrivão que as
inscrições correspondentes aos títulos estão em vigor e se
referem aos nomeados, carimbe as credenciais e as apresente ao
juiz para o visto.
§ 5.º As credenciais que não forem encaminhadas ao Cartório
pelos delegados de partido, para os fins do parágrafo anterior,
poderão ser apresentadas pelos próprios fiscais para a obtenção
do visto do juiz eleitoral.
§ 6.º Se a credencial apresentada ao presidente da mesa
receptora não estiver autenticada na forma do § 4.º, o fiscal
poderá funcionar perante a mesa, mas o seu voto não será
admitido, a não ser na seção em que o seu nome estiver incluído.
§ 7.º O fiscal de cada partido poderá ser substituído por outro
no curso dos trabalhos eleitorais.
Art. 132. Pelas mesas receptoras serão admitidos a fiscalizar a
votação, formular protestos e fazer impugnações, inclusive
sobre a identidade do eleitor, os candidatos registrados, os
delegados e os fiscais dos partidos.
TÍTULO III
Do Material para a Votação
Art. 133. Os juízes eleitorais enviarão ao presidente de cada
mesa receptora, pelo menos 72 (setenta e duas) horas antes da
eleição, o seguinte material:
I - relação dos eleitores da seção, que poderá ser dispensada,
no todo ou em parte, pelo respectivo Tribunal Regional
Eleitoral em decisão fundamentada e aprovada pelo Tribunal
Superior Eleitoral;
84
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 6.055, de 17-6-
1974.
II - relações dos partidos e dos candidatos registrados, as quais
deverão ser afixadas no recinto das seções eleitorais em lugar
visível, e dentro das cabinas indevassáveis as relações de
candidatos a eleições proporcionais;
III - as folhas individuais de votação dos eleitores da seção,
devidamente acondicionadas;
IV - uma folha de votação para os eleitores de outras seções,
devidamente rubricada;
V - uma urna vazia, vedada pelo juiz eleitoral, com tiras de
papel ou pano forte;
VI - sobrecartas maiores para os votos impugnados ou sobre
os quais haja dúvida;
VII - cédulas oficiais;
VIII - sobrecartas especiais para remessa à Junta Eleitoral, dos
documentos relativos à eleição;
IX - senhas para serem distribuídas aos eleitores;
X - tinta, canetas, penas, lápis e papel, necessários aos
trabalhos;
XI - folhas apropriadas para impugnação e folhas para
observação de fiscais de partidos;
XII - modelo da ata a ser lavrada pela mesa receptora;
XIII - material necessário para vedar, após a votação, a fenda
da urna;
XIV - um exemplar das Instruções do Tribunal Superior
Eleitoral;
XV - material necessário à contagem dos votos, quando
autorizada;
XVI - outro qualquer material que o Tribunal Regional julgue
necessário ao regular funcionamento da mesa.
•• Revogado o primitivo inciso VI e renumerados os incisos VII
a XVII para VI a XVI, pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
85
§ 1.º O material de que trata este artigo deverá ser remetido
por protocolo ou pelo correio, acompanhado de uma relação ao
pé da qual o destinatário declarará o que recebeu e como o
recebeu, e aporá sua assinatura.
§ 2.º Os presidentes da mesa que não tiverem recebido até 48
(quarenta e oito) horas antes do pleito o referido material,
deverão diligenciar para o seu recebimento.
§ 3.º O juiz eleitoral, em dia e hora previamente designados,
em presença dos fiscais e delegados dos partidos, verificará,
antes de fechar e lacrar as urnas, se estas estão completamente
vazias; fechadas, enviará uma das chaves, se houver, ao
presidente da Junta Eleitoral, e a da fenda, também se houver, ao
presidente da mesa receptora, juntamente com a urna.
Art. 134. Nos estabelecimentos de internação coletiva para
hansenianos serão sempre utilizadas urnas de lona.
TÍTULO IV
Da Votação
CAPÍTULO I
DOS LUGARES DAVOTAÇÃO
Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos lugares
designados pelos juízes eleitorais 60 (sessenta) dias antes da
eleição, publicando-se a designação.
§ 1.º A publicação deverá conter a seção com a numeração
ordinal e local em que deverá funcionar com a indicação da rua,
número e qualquer outro elemento que facilite a localização pelo
eleitor.
§ 2.º Dar-se-á preferência aos edifícios públicos, recorrendose aos
particulares se
faltarem aqueles em número e condições
adequadas.
§ 3.º A propriedade particular será obrigatória e gratuitamente
cedida para esse fim.
§ 4.º É expressamente vedado o uso de propriedade
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pertencente a candidato, membro do diretório de partido,
delegado de partido ou autoridade policial, bem como dos
respectivos cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até o
2.º (segundo) grau, inclusive.
§ 5.º Não poderão ser localizadas seções eleitorais em
fazenda, sítio ou qualquer propriedade rural privada, mesmo
existindo no local prédio público, incorrendo o juiz nas penas do
art. 312, em caso de infringência.
•• § 5.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 6.º Os Tribunais Regionais, nas capitais, e os juízes
eleitorais, nas demais zonas, farão ampla divulgação da
localização das seções.
§ 6.º-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada
eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-los
na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir
acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com mobilidade
reduzida, inclusive em seu entorno e nos sistemas de transporte
que lhe dão acesso.
•• § 6.º-A com redação determinada pela Lei n. 13.146, de 6-7-
2015, em vigor 180 dias da data de sua publicação (DOU de 7-7-
2015).
•• O texto anterior dizia: "§ 6.º-A. Os Tribunais Regionais
Eleitorais deverão, a cada eleição, expedir instruções aos Juízes
Eleitorais, para orientá-los na escolha dos locais de votação de
mais fácil acesso para o eleitor deficiente físico. •• § 6.º-A
acrescentado pela Lei n. 10.226, de 15-5-2001".
§ 6.º-B. (Vetado.)
•• § 6.º-B acrescentado pela Lei n. 10.226, de 15-5-2001.
O texto vetado dizia:
“§ 6.º-B. A escolha dos locais a que se refere o § 6.º-A far-se-á
após cadastramento que identifique a quantidade de eleitores
portadores de deficiência física, de acordo com sua distribuição
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em cada zona eleitoral”.
§ 7.º Da designação dos lugares de votação poderá qualquer
partido reclamar ao juiz eleitoral, dentro de 3 (três) dias a
contar da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de
48 (quarenta e oito) horas.
•• § 7.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 8.º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o
Tribunal Regional, interposto dentro de 3 (três) dias, devendo,
no mesmo prazo, ser resolvido.
•• § 8.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 9.º Esgotados os prazos referidos nos §§ 7.º e 8.º deste
artigo, não mais poderá ser alegada, no processo eleitoral, a
proibição contida em seu § 5.º.
•• § 9.º acrescentado pela Lei n. 6.336, de 1.º-6-1976.
Art. 136. Deverão ser instaladas seções nas vilas e povoados,
assim como nos estabelecimentos de internação coletiva,
inclusive para cegos, e nos leprosários, onde haja, pelo menos,
50 (cinquenta) eleitores.
Parágrafo único. A mesa receptora designada para qualquer
dos estabelecimentos de internação coletiva deverá funcionar
em local indicado pelo respectivo diretor; o mesmo critério será
adotado para os estabelecimentos especializados para proteção
dos cegos.
Art. 137. Até 10 (dez) dias antes da eleição, pelo menos,
comunicarão os juízes eleitorais aos chefes das repartições
públicas e aos proprietários, arrendatários ou administradores
das propriedades particulares a resolução de que serão os
respectivos edifícios, ou parte deles, utilizados para o
funcionamento das mesas receptoras.
Art. 138. No local destinado à votação, a mesa ficará em
recinto separado do público; ao lado haverá uma cabina
indevassável onde os eleitores, à medida que comparecerem,
possam assinalar a sua preferência na cédula.
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Parágrafo único. O juiz eleitoral providenciará para que nos
edifícios escolhidos sejam feitas as necessárias adaptações.
CAPÍTULO II
DA POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS
Art. 139. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral
cabe a polícia dos trabalhos eleitorais.
Art. 140. Somente podem permanecer no recinto da mesa
receptora os seus membros, os candidatos, um fiscal, um
delegado de cada partido e, durante o tempo necessário à
votação, o eleitor.
§ 1.º O presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a
autoridade superior, fará retirar do recinto ou do edifício quem
não guardar a ordem e compostura devidas e estiver praticando
qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral.
§ 2.º Nenhuma autoridade estranha à mesa poderá intervir,
sob pretexto algum, em seu funcionamento, salvo o juiz
eleitoral.
Art. 141. A força armada conservar-se-á a 100 (cem) metros
da seção eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da
votação, ou nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.
CAPÍTULO III
DO INÍCIO DAVOTAÇÃO
Art. 142. No dia marcado para a eleição, às 7 (sete) horas, o
presidente da mesa receptora, os mesários e os secretários
verificarão se no lugar designado estão em ordem o material
remetido pelo juiz e a urna destinada a recolher os votos, bem
como se estão presentes os fiscais de partido.
Art. 143. Às 8 (oito) horas, supridas as deficiências declarará o
presidente iniciados os trabalhos, procedendo-se em seguida à
votação, que começará pelos candidatos e eleitores presentes.
§ 1.º Os membros da mesa e os fiscais de partido deverão
votar no correr da votação, depois que tiverem votado os
eleitores que já se encontravam presentes no momento da
89
abertura dos trabalhos, ou no encerramento da votação.
•• Primitivo parágrafo único renumerado pela Lei n. 4.961, de
4-5-1966.
§ 2.º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm
preferência para votar o juiz eleitoral da zona, seus auxiliares de
serviço, os eleitores de idade avançada, os enfermos e as
mulheres grávidas.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 144. O recebimento dos votos começará às 8 (oito) e
terminará, salvo o disposto no art. 153, às 17 (dezessete) horas.
Art. 145. O presidente, mesários, secretários, suplentes e os
delegados e fiscais de partido votarão perante as mesas em que
servirem, sendo que os delegados e fiscais desde que a credencial
esteja visada na forma do art. 131, § 3.º; quando eleitores de
outras seções, seus votos serão tomados em separado.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Parágrafo único. Com as cautelas constantes do art. 147, §
2.º, poderão ainda votar fora da respectiva seção:
•• Primitivo § 2.º renumerado com a revogação dos §§ 1.º e 3.º
pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
I - o juiz eleitoral, em qualquer seção da zona sob sua
jurisdição, salvo em eleições municipais, nas quais poderá votar
em qualquer seção do município em que for eleitor;
II - o Presidente da República, o qual poderá votar em
qualquer seção eleitoral do País, nas eleições presidenciais; em
qualquer seção do Estado em que for eleitor nas eleições para
governador, vice-governador, senador, deputado federal e
estadual; em qualquer seção do município em que estiver
inscrito, nas eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador;
III - os candidatos à Presidência da República, em qualquer
seção eleitoral do País, nas eleições presidenciais, e, em qualquer
seção do Estado em que forem eleitores, nas eleições de âmbito
90
estadual;
IV - os governadores, vice-governadores, senadores,
deputados federais e estaduais, em qualquer seção do Estado, nas
eleições de âmbito nacional e estadual; em qualquer seção do
município de que sejam eleitores, nas eleições municipais;
V - os candidatos a governador, vice-governador, senador,
deputado federal e estadual, em qualquer seção do Estado de que
sejam eleitores, nas eleições de âmbito nacional e estadual;
VI - os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, em qualquer
seção de município que representarem, desde que eleitores do
Estado, sendo que, no caso de eleições municipais, nelas
somente poderão votar se inscritos no município;
VII - os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, em
qualquer seção de município, desde que dele sejam eleitores;
VIII - os militares, removidos ou transferidos dentro do
período de 6 (seis) meses antes do pleito, poderão votar nas
eleições para presidente e vice-presidente da República na
localidade em que estiverem servindo;
IX - os policiais militares em serviço.
•• Inciso IX acrescentado pela Lei n. 9.504, de 30-9-1997.
CAPÍTULO IV
DO ATO DE VOTAR
Art. 146. Observar-se-á na votação o seguinte:
I - o eleitor receberá, ao apresentar-se na seção, e antes de
penetrar no recinto da mesa, uma senha numerada, que o
secretário rubricará, no momento, depois de verificar pela
relação dos eleitores da seção, que o seu nome consta da
respectiva pasta;
II - no verso da senha o secretário anotará o número de
ordem da folha individual da pasta, número esse que constará da
relação enviada pelo cartório à mesa receptora;
III - admitido a penetrar no recinto da mesa, segundo a ordem
numérica das senhas, o eleitor apresentará ao presidente seu
91
título, o qual poderá ser examinado por fiscal ou delegado de
partido, entregando, no mesmo ato, a senha;
IV - pelo número anotado no verso da senha, o presidente, ou
mesário, localizará a folha individual de votação, que será
confrontada com o título e poderá também ser examinada por
fiscal ou delegado de partido;
V - achando-se em ordem o título e a folha individual e não
havendo dúvida sobre a identidade do eleitor, o presidente da
mesa o convidará a lançar sua assinatura no verso da folha
individual de votação; em seguida entregar-lhe-á a cédula única
rubricada no ato pelo presidente e mesários e numerada de
acordo com as Instruções do Tribunal Superior, instruindo-o
sobre a forma de dobrá-la, fazendo-o passar à cabina
indevassável, cuja porta ou cortina será encerrada em seguida;
VI - o eleitor será admitido a votar, ainda que deixe de exibir
no ato da votação o seu título, desde que seja inscrito na seção e
conste da respectiva pasta a sua folha individual de votação;
nesse caso, a prova de ter votado será feita mediante certidão
que obterá posteriormente, no juízo competente;
VII - no caso da omissão da folha individual na respectiva
pasta verificada no ato da votação, será o eleitor, ainda,
admitido a votar, desde que exiba o seu título eleitoral e dele
conste que o portador é inscrito na seção, sendo o seu voto,
nesta hipótese, tomado em separado e colhida sua assinatura na
folha de votação modelo 2 (dois). Como ato preliminar da
apuração do voto, averiguar-se-á se se trata de eleitor em
condições de votar, inclusive se realmente pertence à seção;
VIII - verificada a ocorrência de que trata o número anterior,
a Junta Eleitoral, antes de encerrar os seus trabalhos, apurará a
causa da omissão. Se tiver havido culpa ou dolo, será aplicada ao
responsável, na primeira hipótese, a multa de até 2 (dois)
salários mínimos, e, na segunda, a de suspensão até 30 (trinta)
dias;
92
IX - na cabina indevassável, onde não poderá permanecer
mais de um minuto, o eleitor indicará os candidatos de sua
preferência e dobrará a cédula oficial, observadas as seguintes
normas:
a) assinalando com uma cruz, ou de modo que torne expressa
a sua intenção, o quadrilátero correspondente ao candidato
majoritário de sua preferência;
b) escrevendo o nome, o prenome, ou o número do candidato
de sua preferência nas eleições proporcionais;
•• Alínea b com redação determinada pela Lei n. 7.434, de 19-
12-1985.
c) escrevendo apenas a sigla do partido de sua preferência, é
pretender votar só na legenda;
•• Alínea c revogada pela Lei n. 6.989, de 5-5-1982, e
revigorada pela Lei n. 7.332, de 1.º-7-1985.
X - ao sair da cabina o eleitor depositará na urna a cédula;
XI - ao depositar a cédula na urna, o eleitor deverá fazê-lo de
maneira a mostrar a parte rubricada à mesa e aos fiscais de
partido, para que verifiquem, sem nela tocar, se não foi
substituída;
XII - se a cédula oficial não for a mesma, será o eleitor
convidado a voltar à cabine indevassável e a trazer seu voto na
cédula que recebeu; se não quiser tornar à cabina, ser-lhe-á
recusado o direito de voto, anotando-se a ocorrência na ata e
ficando o eleitor retido pela mesa, e à sua disposição, até o
término da votação ou a devolução da cédula oficial já rubricada
e numerada;
XIII - se o eleitor, ao receber a cédula ou ao recolher-se à
cabina de votação, verificar que a cédula se acha estragada ou, de
qualquer modo, viciada ou assinalada ou se ele próprio, por
imprudência, imprevidência ou ignorância, a inutilizar, estragar
ou assinalar erradamente, poderá pedir uma outra ao presidente
da seção eleitoral, restituindo, porém, a primeira, a qual será
93
imediatamente inutilizada à vista dos presentes e sem quebra do
sigilo do que o eleitor haja nela assinalado;
XIV - introduzida a sobrecarta na urna, o presidente da mesa
devolverá o título ao eleitor, depois de datá-lo e assiná-lo; em
seguida rubricará, no local próprio, a folha individual de
votação.
Art. 147. O presidente da mesa dispensará especial atenção à
identidade de cada eleitor admitido a votar. Existindo dúvida a
respeito, deverá exigir-lhe a exibição da respectiva carteira, e,
na falta desta, interrogá-lo sobre os dados constantes do título,
ou da folha individual de votação, confrontando a assinatura do
mesmo com a feita na sua presença pelo eleitor, e mencionando
na ata a dúvida suscitada.
§ 1.º A impugnação à identidade do eleitor, formulada pelos
membros da mesa, fiscais, delegados, candidatos ou qualquer
eleitor, será apresentada verbalmente ou por escrito, antes de ser
o mesmo admitido a votar.
§ 2.º Se persistir a dúvida ou for mantida a impugnação,
tomará o presidente da mesa as seguintes providências:
I - escreverá numa sobrecarta branca o seguinte: “Impugnado
por ‘F’”;
II - entregará ao eleitor a sobrecarta branca, para que ele, na
presença da mesa e dos fiscais, nela coloque a cédula oficial que
assinalou, assim como o seu título, a folha de impugnação e
qualquer outro documento oferecido pelo impugnante;
III - determinar ao eleitor que feche a sobrecarta branca e a
deposite na urna;
IV - anotará a impugnação na ata.
§ 3.º O voto em separado, por qualquer motivo, será sempre
tomado na forma prevista no parágrafo anterior.
Art. 148. O eleitor somente poderá votar na seção eleitoral
em que estiver incluído o seu nome.
§ 1.º Essa exigência somente poderá ser dispensada nos casos
94
previstos no art. 145 e seus parágrafos.
§ 2.º Aos eleitores mencionados no art. 145 não será
permitido votar sem a exibição do título, e nas folhas de
votação modelo 2 (dois), nas quais lançarão suas assinaturas,
serão sempre anotadas na coluna própria as seções mencionadas
nos títulos retidos.
§ 3.º Quando se tratar de candidato, o presidente da mesa
receptora verificará, previamente, se o nome figura na relação
enviada à seção, e quando se tratar de fiscal de partido, se a
credencial está devidamente visada pelo juiz eleitoral.
§§ 4.º e 5.º (Revogados pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.)
Art. 149. Não será admitido recurso contra a votação, se não
tiver havido impugnação perante a mesa receptora, no ato da
votação, contra as nulidades arguidas.
Art. 150. O eleitor cego poderá:
I - assinar a folha individual de votação em letras do alfabeto
comum ou do sistema Braille;
II - assinalar a cédula oficial, utilizando também qualquer
sistema;
III - usar qualquer elemento mecânico que trouxer consigo, ou
lhe for fornecido pela mesa, e que lhe possibilite exercer o
direito de voto.
Art. 151. (Revogado pela Lei n. 7.914, de 7-12-1989.)
§§ 1.º e 2.º (Revogados pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.)
Art. 152. Poderão ser utilizadas máquinas de votar, a critério e
mediante regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral.
CAPÍTULO V
DO ENCERRAMENTO DAVOTAÇÃO
Art. 153. Às 17 (dezessete) horas, o presidente fará entregar as
senhas a todos os eleitores presentes e, em seguida, os
convidará, em voz alta, a entregar à mesa seus títulos, para que
sejam admitidos a votar.
Parágrafo único. A votação continuará na ordem numérica
95
das senhas e o título será devolvido ao eleitor, logo que tenha
votado.
Art. 154. Terminada a votação e declarado o seu encerramento
pelo presidente, tomará este as seguintes providências:
I - vedará a fenda de introdução da cédula na urna, de modo a
cobri-la inteiramente com tiras de papel ou pano forte,
rubricadas pelo presidente e mesários e, facultativamente, pelos
fiscais presentes; separará todas as folhas de votação
correspondentes aos eleitores faltosos e fará constar, no verso
de cada uma delas, na parte destinada à assinatura do eleitor, a
falta verificada, por meio de breve registro, que autenticará com
a sua assinatura;
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
II - encerrará, com a sua assinatura, a folha de votação
modelo 2 (dois), que poderá ser também assinada pelos fiscais;
III - mandará lavrar, por um dos secretários, a ata da eleição,
preenchendo o modelo fornecido pela Justiça Eleitoral, para que
conste:
a) os nomes dos membros da mesa que hajam comparecido,
inclusive o suplente;
b) as substituições e nomeações feitas;
c) os nomes dos fiscais que hajam comparecido e dos que se
retiraram durante a votação;
d) a causa, se houver, do retardamento para o começo da
votação;
e) o número, por extenso, dos eleitores da seção que
compareceram e votaram e o número dos que deixaram de
comparecer;
f) o número, por extenso, de eleitores de outras seções que
hajam votado e cujos votos hajam sido recolhidos ao invólucro
especial;
g) o motivo de não haverem votado alguns dos eleitores que
96
compareceram;
h) os protestos e as impugnações apresentados pelos fiscais,
assim como as decisões sobre eles proferidas, tudo em seu inteiro
teor;
i) a razão de interrupção da votação, se tiver havido, e o
tempo de interrupção;
j) a ressalva das rasuras, emendas e entrelinhas porventura
existentes nas folhas de votação e na ata, ou a declaração de não
existirem;
IV - mandará, em caso de insuficiência de espaço no modelo
destinado ao preenchimento, prosseguir a ata em outra folha
devidamente rubricada por ele, mesários e fiscais que o
desejarem, mencionando esse fato na própria ata;
V - assinará a ata com os demais membros da mesa,
secretários e fiscais que quiserem;
VI - entregará a urna e os documentos do ato eleitoral ao
presidente da Junta ou à agência do Correio mais próxima, ou a
outra vizinha que ofereça melhores condições de segurança e
expedição, sob recibo em triplicata com a indicação de hora,
devendo aqueles documentos ser encerrados em sobrecartas
rubricadas por ele e pelos fiscais que o quiserem;
VII - comunicará em ofício, ou impresso próprio, ao juiz
eleitoral da zona a realização da eleição, o número de eleitores
que votaram e a remessa da urna e dos documentos à Junta
Eleitoral;
VIII - enviará em sobrecarta fechada uma das vias do recibo
do Correio à Junta Eleitoral e a outra ao Tribunal Regional.
§ 1.º Os Tribunais Regionais poderão prescrever outros meios
de vedação das urnas.
§ 2.º No Distrito Federal e nas capitais dos Estados poderão
os Tribunais Regionais determinar normas diversas para a
entrega de urnas e papéis eleitorais, com as cautelas destinadas a
evitar violação ou extravio.
97
Art. 155. O presidente da Junta Eleitoral e as agências do
Correio tomarão as providências necessárias para o recebimento
da urna e dos documentos referidos no artigo anterior.
§ 1.º Os fiscais e delegados de partidos têm direito de vigiar e
acompanhar a urna desde o momento da eleição, durante a
permanência nas agências do Correio e até a entrega à Junta
Eleitoral.
§ 2.º A urna ficará permanentemente à vista dos interessados
e sob a guarda de pessoa designada pelo presidente da Junta
Eleitoral.
Art. 156. Até as 12 (doze) horas do dia seguinte à realização da
eleição, o juiz eleitoral é obrigado, sob pena de responsabilidade
e multa de 1 (um) a 2 (dois) salários mínimos, a comunicar ao
Tribunal Regional, e aos delegados de partido perante ele
credenciados, o número de eleitores que votaram em cada uma
das seções da zona sob sua jurisdição, bem como o total de
votantes da zona.
§ 1.º Se houver retardamento nas medidas referidas no art.
154, o juiz eleitoral, assim que receba o ofício constante desse
dispositivo, n. VII, fará a comunicação constante deste artigo.
§ 2.º Essa comunicação será feita por via postal, em ofícios
registrados de que o juiz eleitoral guardará cópia no arquivo da
zona, acompanhada do recibo do Correio.
§ 3.º Qualquer candidato, delegado ou fiscal de partido poderá
obter, por certidão, o teor da comunicação a que se refere este
artigo, sendo defeso ao juiz eleitoral recusá-la ou procrastinar a
sua entrega ao requerente.
Art. 157. (Revogado pela Lei n. 7.914, de 7-12-1989.)
TÍTULO V
Da Apuração
CAPÍTULO I
DOS ÓRGÃOS APURADORES
Art. 158. A apuração compete:
98
I - às Juntas Eleitorais quanto às eleições realizadas na zona
sob sua jurisdição;
II - aos Tribunais Regionais a referente às eleições para
governador, vice-governador, senador, deputado federal e
estadual, de acordo com os resultados parciais enviados pelas
Juntas Eleitorais;
III - ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições para
presidente e vice-presidente da República, pelos resultados
parciais remetidos pelos Tribunais Regionais.
CAPÍTULO II
DA APURAÇÃO NAS JUNTAS
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 159. A apuração começará no dia seguinte ao das eleições
e, salvo motivo justificado, deverá terminar dentro de 10 (dez)
dias.
§ 1.º Iniciada a apuração, os trabalhos não serão
interrompidos aos sábados, domingos e dias feriados, devendo a
Junta funcionar das 8 (oito) às 18 (dezoito) horas, pelo menos.
§ 2.º Em caso de impossibilidade de observância do prazo
previsto neste artigo, o fato deverá ser imediatamente
justificado perante o Tribunal Regional, mencionando-se as
horas ou dias necessários para o adiamento, que não poderá
exceder a 5 (cinco) dias.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 3.º Esgotado o prazo e a prorrogação estipulada neste
artigo, ou não tendo havido em tempo hábil o pedido de
prorrogação, a respectiva Junta Eleitoral perde a competência
para prosseguir na apuração, devendo o seu presidente remeter,
imediatamente, ao Tribunal Regional, todo o material relativo à
votação.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
99
§ 4.º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior,
competirá ao Tribunal Regional fazer a apuração.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 5.º Os membros da Junta Eleitoral responsáveis pela
inobservância injustificada dos prazos fixados neste artigo
estarão sujeitos à multa de 2 (dois) a 10 (dez) salários mínimos,
aplicada pelo Tribunal Regional.
•• § 5.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 160. Havendo conveniência, em razão do número de
urnas a apurar, a Junta poderá subdividir-se em turmas, até o
limite de 5 (cinco), todas presididas por algum dos seus
componentes.
Parágrafo único. As dúvidas que forem levantadas em cada
turma serão decididas por maioria de votos dos membros da
Junta.
Art. 161. Cada partido poderá credenciar perante as Juntas até
3 (três) fiscais, que se revezem na fiscalização dos trabalhos.
§ 1.º Em caso de divisão da Junta em turmas, cada partido
poderá credenciar até 3 (três) fiscais para cada turma.
§ 2.º Não será permitida, na Junta ou turma, a atuação de mais
de 1 (um) fiscal de cada partido.
Art. 162. Cada partido poderá credenciar mais de 1 (um)
delegado perante a Junta, mas no decorrer da apuração só
funcionará 1 (um) de cada vez.
Art. 163. Iniciada a apuração da urna, não será a mesma
interrompida, devendo ser concluída.
Parágrafo único. Em caso de interrupção por motivo de
força maior, as cédulas e as folhas de apuração serão recolhidas à
urna e esta fechada e lacrada o que constará da ata.
Art. 164. É vedado às Juntas Eleitorais a divulgação, por
qualquer meio, de expressões, frases ou desenhos estranhos ao
pleito, apostos ou contidos nas cédulas.
§ 1.º Aos membros, escrutinadores e auxiliares das Juntas que
100
infringirem o disposto neste artigo será aplicada a multa de 1
(um) a 2 (dois) salários mínimos vigentes na Zona Eleitoral,
cobrados através de executivo fiscal ou da inutilização de selos
federais no processo em que for arbitrada a multa.
§ 2.º Será considerada dívida líquida e certa, para efeito de
cobrança, a que for arbitrada pelo Tribunal Regional e inscrita
em livro próprio na Secretaria desse órgão.
Seção II
Da Abertura da Urna
Art. 165. Antes de abrir cada urna a Junta verificará:
I - se há indício de violação da urna;
II - se a mesa receptora se constituiu legalmente;
III - se as folhas individuais de votação e as folhas modelo 2
(dois) são autênticas;
IV - se a eleição se realizou no dia, hora e local designados e
se a votação não foi encerrada antes das 17 (dezessete) horas;
V - se foram infringidas as condições que resguardam o sigilo
do voto;
VI - se a seção eleitoral foi localizada com infração ao
disposto nos §§ 4.º e 5.º do art. 135;
VII - se foi recusada, sem fundamento legal, a fiscalização de
partidos aos atos eleitorais;
VIII - se votou eleitor excluído do alistamento, sem ser o seu
voto tomado em separado;
IX - se votou eleitor de outra seção, a não ser nos casos
expressamente admitidos;
X - se houve demora na entrega da urna e dos documentos
conforme determina o n. VI, do art. 154;
XI - se consta nas folhas individuais de votação dos eleitores
faltosos o devido registro de sua falta.
•• Inciso XI acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 1.º Se houver indício de violação da urna, proceder-se-á da
seguinte forma:
101
I - antes da apuração, o presidente da Junta indicará pessoa
idônea para servir como perito e examinar a urna com
assistência do representante do Ministério Público;
II - se o perito concluir pela existência de violação e o seu
parecer for aceito pela Junta, o presidente desta comunicará a
ocorrência ao Tribunal Regional, para as providências de lei;
III - se o perito e o representante do Ministério Público
concluírem pela inexistência de violação, far-se-á a apuração;
IV - se apenas o representante do Ministério Público entender
que a urna foi violada, a Junta decidirá, podendo aquele, se a
decisão não for unânime, recorrer imediatamente para o
Tribunal Regional;
V - não poderão servir de peritos os referidos no art. 36, § 3.º,
ns. I a IV.
§ 2.º As impugnações fundadas em violação da urna somente
poderão ser apresentadas até a abertura desta.
§ 3.º Verificado qualquer dos casos dos ns. II, III, IV e V do
artigo, a Junta anulará a votação, fará a apuração dos votos em
separado e recorrerá de ofício para o Tribunal Regional.
§ 4.º Nos casos dos números VI, VII, VIII, IX e X, a Junta
decidirá se a votação é válida, procedendo à apuração definitiva
em caso afirmativo, ou na forma do parágrafo anterior, se
resolver pela nulidade da votação.
§ 5.º A Junta deixará de apurar os votos de urna que não
estiver acompanhada dos documentos legais e lavrará termo
relativo ao fato, remetendo-a, com cópia da sua decisão, ao
Tribunal Regional.
Art. 166. Aberta a urna, a Junta verificará se o número de
cédulas oficiais corresponde ao de votantes.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 1.º A incoincidência entre o número de votantes e o de
cédulas oficiais encontradas na urna não constituirá motivo de
102
nulidade da votação, desde que não resulte de fraude
comprovada.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 2.º Se a Junta entender que a incoincidência resulta de
fraude, anulará a votação, fará a apuração em separado e
recorrerá de ofício para o Tribunal Regional.
Art. 167. Resolvida a apuração da urna, deverá a Junta
inicialmente:
I - examinar as sobrecartas brancas contidas na urna, anulando
os votos referentes aos eleitores que não podiam votar;
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
II - misturar as cédulas oficiais dos que podiam votar com as
demais existentes na urna;
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
III e IV - (Revogados pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.)
Art. 168. As questões relativas à existência de rasuras, emendas
e entrelinhas nas folhas de votação e na ata da eleição, somente
poderão ser suscitadas na fase correspondente à abertura das
urnas.
Seção III
Das Impugnações e dos Recursos
Art. 169. À medida que os votos forem sendo apurados,
poderão os fiscais e delegados de partido, assim como os
candidatos, apresentar impugnações que serão decididas de plano
pela Junta.
§ 1.º As Juntas decidirão por maioria de votos as
impugnações.
§ 2.º De suas decisões cabe recurso imediato, interposto
verbalmente ou por escrito, que deverá ser fundamentado no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas para que tenha seguimento.
103
§ 3.º O recurso, quando ocorrerem eleições simultâneas,
indicará expressamente a eleição a que se refere.
§ 4.º Os recursos serão instruídos de ofício, com certidão da
decisão recorrida; se interpostos verbalmente, constará também
da certidão o trecho correspondente do boletim.
•• § 4.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 170. As impugnações quanto à identidade do eleitor,
apresentadas no ato da votação, serão resolvidas pelo confronto
da assinatura tomada no verso da folha individual de votação
com a existente no anverso; se o eleitor votou em separado, no
caso de omissão da folha individual na respectiva pasta,
confrontando-se a assinatura da folha modelo 2 (dois) com a do
título eleitoral.
Art. 171. Não será admitido recurso contra a apuração, se não
tiver havido impugnação perante a Junta, no ato da apuração,
contra as nulidades arguidas.
Art. 172. Sempre que houver recurso fundado em contagem
errônea de votos, vícios de cédulas ou de sobrecartas para votos
em separado, deverão as cédulas ser conservadas em invólucro
lacrado, que acompanhará o recurso e deverá ser rubricado pelo
juiz eleitoral, pelo recorrente e pelos delegados de partido que o
desejarem.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Seção IV
Da Contagem dos Votos
Art. 173. Resolvidas as impugnações a Junta passará a apurar
os votos.
Parágrafo único. Na apuração, poderá ser utilizado sistema
eletrônico, a critério do Tribunal Superior Eleitoral e na forma
por ele estabelecida.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 6.978, de 19-1-
104
1982.
Art. 174. As cédulas oficiais, à medida em que forem sendo
abertas, serão examinadas e lidas em voz alta por um dos
componentes da Junta.
§ 1.º Após fazer a declaração dos votos em branco e antes de
ser anunciado o seguinte, será aposto na cédula, no lugar
correspondente à indicação do voto um carimbo com a
expressão “em branco”, além da rubrica do presidente da turma.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 6.055, de 17-6-
1974.
§ 2.º O mesmo processo será adaptado para o voto nulo.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 6.055, de 17-6-
1974.
§ 3.º Não poderá ser iniciada a apuração dos votos da urna
subsequente, sob as penas do art. 345, sem que os votos em
branco da anterior estejam todos registrados pela forma referida
no § 1.º.
•• Primitivo § 2.º renumerado pela Lei n. 6.055, de 17-6-1974.
§ 4.º As questões relativas às cedulas somente poderão ser
suscitadas nessa oportunidade.
•• Primitivo § 3.º renumerado pela Lei n. 6.055, de 17-6-1974.
Art. 175. Serão nulas as cédulas:
I - que não corresponderem ao modelo oficial;
II - que não estiverem devidamente autenticadas;
III - que contiverem expressões, frases ou sinais que possam
identificar o voto.
§ 1.º Serão nulos os votos, em cada eleição majoritária:
I - quando forem assinalados os nomes de 2 (dois) ou mais
candidatos para o mesmo cargo;
II - quando a assinalação estiver colocada fora do quadrilátero
próprio, desde que torne duvidosa a manifestação da vontade do
eleitor.
§ 2.º Serão nulos os votos, em cada eleição pelo sistema
105
proporcional:
I - quando o candidato não for indicado, através do nome ou
do número, com clareza suficiente para distingui-lo de outro
candidato ao mesmo cargo, mas de outro partido, e o eleitor não
indicar a legenda;
II - se o eleitor escrever o nome de mais de um candidato ao
mesmo cargo, pertencentes a partidos diversos ou, indicando
apenas os números, o fizer também de candidatos de partidos
diferentes;
III - se o eleitor, não manifestando preferência por candidato,
ou o fazendo de modo que não se possa identificar o de sua
preferência, escrever duas ou mais legendas diferentes no espaço
relativo à mesma eleição.
•• Primitivo § 3.º renumerado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
•• O item IV, acrescentado pela Lei n. 6.989, de 5-5-1982, foi
suprimido pela Lei n. 7.332, de 1.º-7-1985, que revogou o art.
5.º da referida lei, mandando restabelecer a redação anterior do
art. 175.
§ 3.º Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados a
candidatos inelegíveis ou não registrados.
•• Primitivo § 4.º renumerado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 4.º O disposto no parágrafo anterior não se aplica quando a
decisão de inelegibilidade ou de cancelamento de registro for
proferida após a realização da eleição a que concorreu o
candidato alcançado pela sentença, caso em que os votos serão
contados para o partido pelo qual tiver sido feito o seu registro.
•• § 4.º acrescentado pela Lei n. 7.179, de 19-12-1983.
Art. 176. Contar-se-á o voto apenas para a legenda, nas
eleições pelo sistema proporcional:
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-5-
1990.
I - se o eleitor escrever apenas a sigla partidária, não
indicando o candidato de sua preferência;
106
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-5-
1990.
II - se o eleitor escrever o nome de mais de 1 (um) candidato
do mesmo Partido;
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-
5-1990.
III - se o eleitor, escrevendo apenas os números, indicar mais
de 1 (um) candidato do mesmo Partido;
•• Inciso III com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-
5-1990.
IV - se o eleitor não indicar o candidato através do nome ou
do número com clareza suficiente para distingui-lo de outro
candidato do mesmo Partido;
•• Inciso IV com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-
5-1990.
Art. 177. Na contagem dos votos para as eleições realizadas
pelo sistema proporcional observar-se-ão, ainda, as seguintes
normas:
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-5-
1990.
I - a inversão, omissão ou erro de grafia do nome ou prenome
não invalidará o voto, desde que seja possível a identificação do
candidato;
•• Inciso I com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-5-
1990.
II - se o eleitor escrever o nome de 1 (um) candidato e o
número correspondente a outro da mesma legenda ou não,
contar-se-á o voto para o candidato cujo nome foi escrito, bem
como para a legenda a que pertence;
•• Inciso II com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-
5-1990.
III - se o eleitor escrever o nome ou o número de 1 (um)
candidato e a legenda de outro Partido, contar-se-á o voto para
107
o candidato cujo nome ou número foi escrito;
•• Inciso III com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-
5-1990.
IV - se o eleitor escrever o nome ou o número de 1 (um)
candidato a Deputado Federal na parte da cédula referente a
Deputado Estadual ou vice-versa, o voto será contado para o
candidato cujo nome ou número for escrito;
•• Inciso IV com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-
5-1990.
V - se o eleitor escrever o nome ou o número de candidatos
em espaço da cédula que não seja o correspondente ao cargo
para o qual o candidato foi registrado, será o voto computado
para o candidato e respectiva legenda, conforme o registro.
•• Inciso V com redação determinada pela Lei n. 8.037, de 25-5-
1990.
Art. 178. O voto dado ao candidato a Presidente da República
entender-se-á dado também ao candidato a vice-presidente,
assim como o dado aos candidatos a governador, senador,
deputado federal nos territórios, prefeito e juiz de paz entenderse-á dado
ao
respectivo vice ou suplente.
Art. 179. Concluída a contagem dos votos a Junta ou turma
deverá:
I - transcrever nos mapas referentes à urna a votação apurada;
II - expedir boletim contendo o resultado da respectiva seção,
no qual serão consignados o número de votantes, a votação
individual de cada candidato, os votos de cada legenda partidária,
os votos nulos e os em branco, bem como recursos, se houver.
§ 1.º Os mapas, em todas as suas folhas, e os boletins de
apuração, serão assinados pelo presidente e membros da Junta e
pelos fiscais de partido que o desejarem.
§ 2.º O boletim a que se refere este artigo obedecerá a modelo
aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, podendo porém, na
108
sua falta, ser substituído por qualquer outro expedido por
Tribunal Regional ou pela própria Junta Eleitoral.
§ 3.º Um dos exemplares do boletim de apuração será
imediatamente afixado na sede da Junta, em local que possa ser
copiado por qualquer pessoa.
§ 4.º Cópia autenticada do boletim de apuração será entregue
a cada partido, por intermédio do delegado ou fiscal presente,
mediante recibo.
§ 5.º O boletim de apuração ou sua cópia autenticada com a
assinatura do juiz e pelo menos de 1 (um) dos membros da Junta,
fará nova prova do resultado apurado, podendo ser apresentado
ao Tribunal Regional, nas eleições federais e estaduais, sempre
que o número de votos constantes dos mapas recebidos pela
Comissão Apuradora não coincidir com os nele consignados.
§ 6.º O partido ou candidato poderá apresentar o boletim na
oportunidade concedida pelo art. 200, quando terá vista do
relatório da Comissão Apuradora, ou antes, se durante os
trabalhos da Comissão tiver conhecimento da incoincidência de
qualquer resultado.
§ 7.º Apresentado o boletim, será aberta vista aos demais
partidos, pelo prazo de 2 (dois) dias, os quais somente poderão
contestar o erro indicado com a apresentação de boletim da
mesma urna, revestido das mesmas formalidades.
§ 8.º Se o boletim apresentado na contestação consignar
outro resultado, coincidente ou não com o que figurar no mapa
enviado pela Junta, a urna será requisitada e recontada pelo
próprio Tribunal Regional, em sessão.
§ 9.º A não expedição do boletim imediatamente após a
apuração de cada urna e antes de se passar à subsequente, sob
qualquer pretexto, constitui o crime previsto no art. 313.
Art. 180. O disposto no artigo anterior e em todos os seus
parágrafos aplica-se às eleições municipais, observadas somente
as seguintes alterações:
109
I - o boletim de apuração poderá ser apresentado à Junta até 3
(três) dias depois de totalizados os resultados, devendo os
partidos ser cientificados, através de seus delegados, da data em
que começará a correr esse prazo;
II - apresentado o boletim será observado o disposto nos §§
7.º e 8.º, do artigo anterior devendo a recontagem ser procedida
pela própria Junta.
Art. 181. Salvo nos casos mencionados nos artigos anteriores,
a recontagem de votos só poderá ser deferida pelos Tribunais
Regionais, em recurso interposto imediatamente após a
apuração de cada urna.
Parágrafo único. Em nenhuma outra hipótese poderá a
Junta determinar a reabertura de urnas já apuradas para
recontagem de votos.
Art. 182. Os títulos dos eleitores estranhos à seção serão
separados, para remessa, depois de terminados os trabalhos da
Junta, ao juiz eleitoral da zona neles mencionada, a fim de que
seja anotado na folha individual de votação o voto dado em
outra seção.
Parágrafo único. Se, ao ser feita a anotação, no confronto
do título com a folha individual, se verificar incoincidência ou
outro indício de fraude, serão autuados tais documentos e o juiz
determinará as providências necessárias para apuração do fato e
consequentes medidas legais.
Art. 183. Concluída a apuração, e antes de se passar à
subsequente, as cédulas serão recolhidas à urna, sendo esta
fechada e lacrada, não podendo ser reaberta senão depois de
transitada em julgado a diplomação, salvo nos casos de
recontagem de votos.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no
presente artigo, sob qualquer pretexto, constitui o crime
eleitoral previsto no art. 314.
Art. 184. Terminada a apuração, a Junta remeterá ao Tribunal
110
Regional, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas às eleições
estaduais ou federais, acompanhados dos documentos referentes
à apuração, juntamente com a ata geral dos seus trabalhos, na
qual serão consignadas as votações apuradas para cada legenda e
candidato e os votos não apurados, com a declaração dos
motivos por que o não foram.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 1.º Essa remessa será feita em invólucro fechado, lacrado e
rubricado pelos membros da Junta, delegados e fiscais de Partido,
por via postal ou sob protocolo, conforme for mais rápida e
segura a chegada ao destino.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 2.º Se a remessa dos papéis eleitorais de que trata este artigo
não se verificar no prazo nele estabelecido, os membros da Junta
estarão sujeitos à multa correspondente à metade do salário
mínimo regional por dia de retardamento.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 3.º Decorridos quinze dias sem que o Tribunal Regional
tenha recebido os papéis referidos neste artigo ou comunicação
de sua expedição, determinará ao Corregedor Regional ou Juiz
Eleitoral mais próximo que os faça apreender e enviar
imediatamente, transferindo-se para o Tribunal Regional a
competência para decidir sobre os mesmos.
•• § 3.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 185. Sessenta dias após o trânsito em julgado da
diplomação de todos os candidatos eleitos nos pleitos eleitorais
realizados simultaneamente e prévia publicação de edital de
convocação, as cédulas serão retiradas das urnas e
imediatamente incineradas, na presença do Juiz Eleitoral e em
111
ato público, vedado a qualquer pessoa, inclusive ao Juiz, o seu
exame na ocasião da incineração.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 6.055, de 17-6-
1974.
Parágrafo único. Poderá ainda a Justiça Eleitoral, tomadas
as medidas necessárias à garantia do sigilo, autorizar a
reciclagem industrial das cédulas, em proveito do ensino público
de 1.º (primeiro) Grau ou de instituições beneficentes.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 7.977, de 27-12-
1989.
Art. 186. Com relação às eleições municipais e distritais, uma
vez terminada a apuração de todas as urnas, a Junta resolverá as
dúvidas não decididas, verificará o total dos votos apurados,
inclusive os votos em branco, determinará o quociente eleitoral
e os quocientes partidários e proclamará os candidatos eleitos.
§ 1.º O presidente da Junta fará lavrar, por um dos secretários,
a ata geral concernente às eleições referidas neste artigo, da qual
constará o seguinte:
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em cada
urna;
II - as seções anuladas, os motivos por que foram e o número
de votos não apurados;
III - as seções onde não houve eleição e os motivos;
IV - as impugnações feitas, a solução que lhes foi dada e os
recursos interpostos;
V - a votação de cada legenda na eleição para vereador;
VI - o quociente eleitoral e os quocientes partidários;
VII - a votação dos candidatos a vereador, incluídos em cada
lista registrada, na ordem da votação recebida;
VIII - a votação dos candidatos a prefeito, vice-prefeito e a
juiz de paz, na ordem da votação recebida.
§ 2.º Cópia da ata geral da eleição municipal, devidamente
autenticada pelo juiz, será enviada ao Tribunal Regional e ao
112
Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 187. Verificando a Junta Apuradora que os votos das
seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos de
votar, poderão alterar a representação de qualquer partido ou
classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário, nas
eleições municipais, fará imediata comunicação do fato ao
Tribunal Regional, que marcará, se for o caso, dia para a
renovação da votação naquelas seções.
§ 1.º Nas eleições suplementares municipais observar-se-á, no
que couber, o disposto no art. 201.
§ 2.º Essas eleições serão realizadas perante novas mesas
receptoras, nomeadas pelo juiz eleitoral, e apuradas pela própria
Junta que, considerando os anteriores e os novos resultados
confirmará ou invalidará os diplomas que houver expedido.
§ 3.º Havendo renovação de eleições para os cargos de
prefeito e vice-prefeito, os diplomas somente serão expedidos
depois de apuradas as eleições suplementares.
§ 4.º Nas eleições suplementares, quando se referirem a
mandatos de representação proporcional, a votação e a
apuração far-se-ão exclusivamente para as legendas registradas.
Seção V
Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora
Art. 188. O Tribunal Superior Eleitoral poderá autorizar a
contagem de votos pelas mesas receptoras, nos Estados em que
o Tribunal Regional indicar as zonas ou seções em que esse
sistema deva ser adotado.
Art. 189. Os mesários das seções em que for efetuada a
contagem dos votos serão nomeados escrutinadores da Junta.
Art. 190. Não será efetuada a contagem dos votos pela mesa se
esta não se julgar suficientemente garantida, ou se qualquer
eleitor houver votado sob impugnação, devendo a mesa, em um
ou outro caso, proceder na forma determinada para as demais,
das zonas em que a contagem não foi autorizada.
113
Art. 191. Terminada a votação, o presidente da mesa tomará
as providências mencionadas nas alíneas II, III, IV e V do art.
154.
Art. 192. Lavrada e assinada a ata, o presidente da mesa, na
presença dos demais membros, fiscais e delegados do partido,
abrirá a urna e o invólucro e verificará se o número de cédulas
oficiais coincide com o de votantes.
§ 1.º Se não houver coincidência entre o número de votantes
e o de cédulas oficiais encontradas na urna e no invólucro, a
mesa receptora não fará a contagem dos votos.
§ 2.º Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, o
presidente da mesa determinará que as cédulas e as sobrecartas
sejam novamente recolhidas à urna e ao invólucro, os quais
serão fechados e lacrados, procedendo, em seguida, na forma
recomendada pelas alíneas VI, VII e VIII do art. 154.
Art. 193. Havendo coincidência entre o número de cédulas e o
de votantes deverá a mesa, inicialmente, misturar as cédulas
contidas nas sobrecartas brancas, da urna e do invólucro, com as
demais.
§ 1.º Em seguida proceder-se-á à abertura das cédulas e
contagem dos votos, observando-se o disposto nos arts. 169 e
seguintes, no que couber.
§ 2.º Terminada a contagem dos votos será lavrada ata
resumida, de acordo com modelo aprovado pelo Tribunal
Superior e da qual constarão apenas as impugnações acaso
apresentadas, figurando os resultados no boletim que se
incorporará à ata e do qual se dará cópia aos fiscais dos partidos.
Art. 194. Após a lavratura da ata, que deverá ser assinada pelos
membros da mesa e fiscais e delegados de partido, as cédulas e as
sobrecartas serão recolhidas à urna, sendo esta fechada, lacrada e
entregue ao juiz eleitoral pelo presidente da mesa ou por um dos
mesários, mediante recibo.
§ 1.º O juiz eleitoral poderá, havendo possibilidade, designar
114
funcionários para recolher as urnas e demais documentos nos
próprios locais da votação ou instalar postos e locais diversos
para o seu recebimento.
§ 2.º Os fiscais e delegados de partido podem vigiar e
acompanhar a urna desde o momento da eleição, durante a
permanência nos postos arrecadadores e até a entrega à Junta.
Art. 195. Recebida a urna e documentos, a Junta deverá:
I - examinar a sua regularidade, inclusive quanto ao
funcionamento normal da seção;
II - rever o boletim de contagem de votos da mesa receptora,
a fim de verificar se está aritmeticamente certo, fazendo dele
constar que, conferido, nenhum erro foi encontrado;
III - abrir a urna e conferir os votos sempre que a contagem
da mesa receptora não permitir o fechamento dos resultados;
IV - proceder à apuração se da ata da eleição constar
impugnação de fiscal, delegado, candidato ou membro da própria
mesa em relação ao resultado de contagem dos votos;
V - resolver todas as impugnações constantes da ata da
eleição;
VI - praticar todos os atos previstos na competência das
Juntas Eleitorais.
Art. 196. De acordo com as instruções recebidas a Junta
Apuradora poderá reunir os membros das mesas receptoras e
demais componentes da Junta em local amplo e adequado no dia
seguinte ao da eleição, em horário previamente fixado, e
proceder à apuração na forma estabelecida nos arts. 159 e
seguintes, de uma só vez ou em duas ou mais etapas.
Parágrafo único. Nesse caso cada partido poderá credenciar
um fiscal para acompanhar a apuração de cada urna, realizandose esta
sob a supervisão do juiz e dos demais membros da Junta, aos quais
caberá decidir, em cada caso, as impugnações e demais incidentes
verificados durante os trabalhos.
CAPÍTULO III
115
DA APURAÇÃO NOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Art. 197. Na apuração, compete ao Tribunal Regional:
I - resolver as dúvidas não decididas e os recursos interpostos
sobre as eleições federais e estaduais e apurar as votações que
haja validado, em grau de recurso;
II - verificar o total dos votos apurados entre os quais se
incluem os em branco;
III - determinar os quocientes, eleitoral e partidário, bem
como a distribuição das sobras;
IV - proclamar os eleitos e expedir os respectivos diplomas;
V - fazer a apuração parcial das eleições para Presidente e
Vice-Presidente da República.
Art. 198. A apuração pelo Tribunal Regional começará no dia
seguinte ao em que receber os primeiros resultados parciais das
Juntas e prosseguirá sem interrupção, inclusive nos sábados,
domingos e feriados, de acordo com o horário previamente
publicado, devendo terminar 30 (trinta) dias depois da eleição.
§ 1.º Ocorrendo motivos relevantes, expostos com a
necessária antecedência, o Tribunal Superior poderá conceder
prorrogação desse prazo, uma só vez e por 15 (quinze) dias.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 2.º Se o Tribunal Regional não terminar a apuração no prazo legal,
seus membros estarão sujeitos à multa correspondente à metade do
salário mínimo regional por dia de retardamento.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 199. Antes de iniciar a apuração o Tribunal Regional
constituirá, com 3 (três) de seus membros, presidida por um destes, uma
Comissão Apuradora.
§ 1.º O Presidente da Comissão designará um funcionário do
Tribunal para servir de secretário e para auxiliarem os seus
trabalhos, tantos outros quantos julgar necessários.
116
§ 2.º De cada sessão da Comissão Apuradora será lavrada ata
resumida.
§ 3.º A Comissão Apuradora fará publicar no órgão oficial,
diariamente, um boletim com a indicação dos trabalhos
realizados e do número de votos atribuídos a cada candidato.
§ 4.º Os trabalhos da Comissão Apuradora poderão ser
acompanhados por delegados dos partidos interessados, sem que,
entretanto, neles intervenham com protestos, impugnações ou
recursos.
§ 5.º Ao final dos trabalhos, a Comissão Apuradora
apresentará ao Tribunal Regional os mapas gerais da apuração e
um relatório, que mencione:
I - o número de votos válidos e anulados em cada Junta
Eleitoral, relativos a cada eleição;
II - as seções apuradas e os votos nulos e anulados de cada
uma;
III - as seções anuladas, os motivos por que o foram e o
número de votos anulados ou não apurados;
IV - as seções onde não houve eleição e os motivos;
V - as impugnações apresentadas às Juntas e como foram
resolvidas por elas, assim como os recursos que tenham sido
interpostos;
VI - a votação de cada partido;
VII - a votação de cada candidato;
VIII - o quociente eleitoral;
IX - os quocientes partidários;
X - a distribuição das sobras.
Art. 200. O relatório a que se refere o artigo anterior ficará na
Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 3 (três) dias, para exame
dos partidos e candidatos interessados, que poderão examinar
também os documentos em que ele se baseou.
§ 1.º Terminado o prazo supra, os partidos poderão
apresentar as suas reclamações, dentro de 2 (dois) dias, sendo
117
estas submetidas a parecer da Comissão Apuradora que, no prazo
de 3 (três) dias, apresentará aditamento ao relatório com a
proposta das modificações que julgar procedentes, ou com a
justificação da improcedência das arguições.
•• Primitivo parágrafo único passado a § 1.º pela Lei n. 4.961,
de 4-5-1966.
§ 2.º O Tribunal Regional, antes de aprovar o relatório da
Comissão Apuradora e, em 3 (três) dias improrrogáveis, julgará
as impugnações e as reclamações não providas pela Comissão
Apuradora, e, se as deferir, voltará o relatório à Comissão para
que sejam feitas as alterações resultantes da decisão.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 201. De posse do relatório referido no artigo anterior,
reunir-se-á o Tribunal, no dia seguinte, para o conhecimento do
total dos votos apurados, e, em seguida, se verificar que os votos
das seções anuladas e daquelas cujos eleitores foram impedidos de
votar, poderão alterar a representação de qualquer partido ou
classificação de candidato eleito pelo princípio majoritário,
ordenará a realização de novas eleições.
Parágrafo único. As novas eleições obedecerão às seguintes
normas:
I - o Presidente do Tribunal fixará, imediatamente, a data,
para que se realizem dentro de 15 (quinze) dias, no mínimo, e de
30 (trinta) dias no máximo, a contar do despacho que a fixar,
desde que não tenha havido recurso contra a anulação das
seções;
II - somente serão admitidos a votar os eleitores da seção, que
hajam comparecido à eleição anulada, e os de outras seções que
ali houverem votado;
III - nos casos de coação que haja impedido o
comparecimento dos eleitores às urnas, no de encerramento da
votação antes da hora legal, e quando a votação tiver sido
realizada em dia, hora e lugar diferentes dos designados, poderão
118
votar todos os eleitores da seção e somente estes;
IV - nas zonas onde apenas uma seção for anulada, o juiz
eleitoral respectivo presidirá a mesa receptora; se houver mais
uma seção anulada, o presidente do Tribunal Regional designará
os juízes presidentes das respectivas mesas receptoras;
V - as eleições realizar-se-ão nos mesmos locais
anteriormente designados, servindo os mesários e secretários que
pelo juiz forem nomeados, com a antecedência de, pelo menos,
5 (cinco) dias, salvo se a anulação for decretada por infração dos
§§ 4.º e 5.º do art. 135;
VI - as eleições assim realizadas serão apuradas pelo Tribunal
Regional.
Art. 202. Da reunião do Tribunal Regional será lavrada ata
geral, assinada pelos seus membros e da qual constarão:
I - as seções apuradas e o número de votos apurados em cada
uma;
II - as seções anuladas, as razões por que o foram e o número
de votos não apurados;
III - as seções onde não tenha havido eleição e os motivos;
IV - as impugnações apresentadas às juntas eleitorais e como
foram resolvidas;
V - as seções em que se vai realizar ou renovar a eleição;
VI - a votação obtida pelos partidos;
VII - o quociente eleitoral e o partidário;
VIII - os nomes dos votados na ordem decrescente dos votos;
IX - os nomes dos eleitos;
X - os nomes dos suplentes, na ordem em que devem substituir
ou suceder.
§ 1.º Na mesma sessão o Tribunal Regional proclamará os
eleitos e os respectivos suplentes e marcará a data para a
expedição solene dos diplomas em sessão pública, salvo quanto a
governador e vice-governador, se ocorrer a hipótese prevista na
Emenda Constitucional n. 13, de 1965.
119
§ 2.º O vice-governador e o suplente de senador, considerarse-ão eleitos
em
virtude da eleição do governador e do senador
com os quais se candidatarem.
§ 3.º Os candidatos a governador e vice-governador somente
serão diplomados depois de realizadas as eleições suplementares
referentes a esses cargos.
§ 4.º Um traslado da ata da sessão, autenticado com a
assinatura de todos os membros do Tribunal que assinaram a ata
original, será remetido ao Presidente do Tribunal Superior.
§ 5.º O Tribunal Regional comunicará o resultado da eleição
ao Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleia
Legislativa.
Art. 203. Sempre que forem realizadas eleições de âmbito
estadual juntamente com eleições para presidente e vicepresidente da
República, o
Tribunal Regional desdobrará os seus
trabalhos de apuração, fazendo tanto para aquelas como para
esta, uma ata geral.
§ 1.º A Comissão Apuradora deverá, também, apresentar
relatórios distintos, um dos quais referente apenas às eleições
presidenciais.
§ 2.º Concluídos os trabalhos da apuração o Tribunal Regional
remeterá ao Tribunal Superior os resultados parciais das eleições
para presidente e vice-presidente da República, acompanhados
de todos os papéis que lhe digam respeito.
Art. 204. O Tribunal Regional julgando conveniente, poderá
determinar que a totalização dos resultados de cada urna seja
realizada pela própria Comissão Apuradora.
Parágrafo único. Ocorrendo essa hipótese serão observadas
as seguintes regras:
I - a decisão do Tribunal será comunicada, até 30 (trinta) dias
antes da eleição aos juízes eleitorais, aos diretórios dos partidos
120
e ao Tribunal Superior;
II - iniciada a apuração os juízes eleitorais remeterão ao
Tribunal Regional, diariamente, sob registro postal ou por
portador, os mapas de todas as urnas apuradas no dia;
III - os mapas serão acompanhados de ofício sucinto, que
esclareça apenas a que seções correspondem e quantas ainda
faltam para completar o apuração da zona;
IV - havendo sido interposto recurso em relação a urna
correspondente aos mapas enviados, o juiz fará constar do
ofício, em seguida à indicação da seção, entre parênteses, apenas
esse esclarecimento - "houve recurso";
V - a ata final da Junta não mencionará, no seu texto, a
votação obtida pelos partidos e candidatos, a qual ficará
constando dos boletins de apuração do Juízo, que dela ficarão
fazendo parte integrante;
VI - cópia autenticada da ata, assinada por todos os que
assinaram o original, será enviada ao Tribunal Regional na
forma prevista no art. 184;
VII - a Comissão Apuradora, à medida em que for recebendo
os mapas, passará a totalizar os votos, aguardando, porém, a
chegada da cópia autêntica da ata para encerrar a totalização
referente a cada zona;
VIII - no caso de extravio de mapa o juiz eleitoral
providenciará a remessa de 2ª (segunda) via, preenchida à vista
dos delegados de partido especialmente convocados para esse
fim e pelos resultados constantes do boletim de apuração que
deverá ficar arquivado no Juízo.
CAPÍTULO IV
DA APURAÇÃO NO TRIBUNAL SUPERIOR
Art. 205. O Tribunal Superior fará a apuração geral das
eleições para presidente e vice-presidente da República pelos
resultados verificados pelos Tribunais Regionais em cada Estado.
Art. 206. Antes da realização da eleição o Presidente do
121
Tribunal sorteará, dentre os juízes, o relator de cada grupo de
Estados, ao qual serão distribuídos todos os recursos e
documentos da eleição referentes ao respectivo grupo.
Art. 207. Recebidos os resultados de cada Estado, e julgados os
recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais, o
relator terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar seu
relatório, com as conclusões seguintes:
I - os totais dos votos válidos e nulos do Estado;
II - os votos apurados pelo Tribunal Regional que devem ser
anulados;
III - os votos anulados pelo Tribunal Regional que devem ser
computados como válidos;
IV - a votação de cada candidato;
V - o resumo das decisões do Tribunal Regional sobre as
dúvidas e impugnações, bem como dos recursos que hajam sido
interpostos para o Tribunal Superior, com as respectivas
decisões e indicação das implicações sobre os resultados.
Art. 208. O relatório referente a cada Estado ficará na
Secretaria do Tribunal, pelo prazo de 2 (dois) dias, para exame
dos partidos e candidatos interessados, que poderão examinar
também os documentos em que ele se baseou e apresentar
alegações ou documentos sobre o relatório, no prazo de 2 (dois)
dias.
Parágrafo único. Findo esse prazo serão os autos conclusos
ao relator, que, dentro em 2 (dois) dias, os apresentará a
julgamento, que será previamente anunciado.
Art. 209. Na sessão designada será o feito chamado a
julgamento de preferência a qualquer outro processo.
§ 1.º Se o relatório tiver sido impugnado, os partidos
interessados poderão, no prazo de 15 (quinze) minutos,
sustentar oralmente as suas conclusões.
§ 2.º Se do julgamento resultarem alterações na apuração
efetuada pelo Tribunal Regional, o acórdão determinará que a
122
Secretaria, dentro em 5 (cinco) dias, levante as folhas de
apuração parcial das seções cujos resultados tiverem sido
alterados, bem como o mapa geral da respectiva circunscrição,
de acordo com as alterações decorrentes do julgado, devendo o
mapa, após o visto do relator, ser publicado na Secretaria.
§ 3.º A esse mapa admitir-se-á, dentro em 48 (quarenta e
oito) horas de sua publicação, impugnação fundada em erro de
conta ou de cálculo, decorrente da própria sentença.
Art. 210. Os mapas gerais de todas as circunscrições com as
impugnações, se houver, e a folha de apuração final levantada
pela Secretaria, serão autuados e distribuídos a um relator geral,
designado pelo Presidente.
Parágrafo único. Recebidos os autos, após a audiência do
Procurador-Geral, o relator, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, resolverá as impugnações relativas aos erros de conta ou
de cálculo, mandando fazer as correções, se for o caso, e
apresentará, a seguir, o relatório final com os nomes dos
candidatos que deverão ser proclamados eleitos e os dos demais
candidatos, na ordem decrescente das votações.
Art. 211. Aprovada em sessão especial a apuração geral, o
Presidente anunciará a votação dos candidatos proclamando a
seguir eleito presidente da República o candidato mais votado
que tiver obtido maioria absoluta de votos, excluídos, para a
apuração desta, os em branco e os nulos.
§ 1.º O vice-presidente considerar-se-á eleito em virtude da
eleição do presidente com o qual se candidatar.
§ 2.º Na mesma sessão o Presidente do Tribunal Superior
designará a data para a expedição solene dos diplomas em sessão
pública.
Art. 212. Verificando que os votos das seções anuladas e
daquelas cujos eleitores foram impedidos de votar, em todo o
País, poderão alterar a classificação de candidato, ordenará o
Tribunal Superior a realização de novas eleições.
123
§ 1.º Essas eleições serão marcadas desde logo pelo Presidente
do Tribunal Superior e terão lugar no primeiro domingo ou
feriado que ocorrer após o 15.º (décimo quinto) dia a contar da
data do despacho, devendo ser observado o disposto nos ns. II a
VI do parágrafo único do art. 201.
§ 2.º Os candidatos a presidente e vice-presidente da
República somente serão diplomados depois de realizadas as
eleições suplementares referentes a esses cargos.
Art. 213. Não se verificando a maioria absoluta, o Congresso
Nacional, dentro de 15 (quinze) dias após haver recebido a
respectiva comunicação do Presidente do Tribunal Superior
Eleitoral, reunir-se-á em sessão pública para se manifestar sobre
o candidato mais votado, que será considerado eleito se, em
escrutínio secreto, obtiver metade mais 1 (um) dos votos dos
seus membros.
§ 1.º Se não ocorrer a maioria absoluta referida no caput deste
artigo, renovar-se-á, até 30 (trinta) dias depois, a eleição em
todo o País, à qual concorrerão os 2 (dois) candidatos mais
votados, cujos registros estarão automaticamente revalidados.
§ 2.º No caso de renúncia ou morte, concorrerá à eleição
prevista no parágrafo anterior o substituto registrado pelo
mesmo partido político ou coligação partidária.
Art. 214. O presidente e o vice-presidente da República
tomarão posse a 15 (quinze) de março, em sessão do Congresso
Nacional.
•• Vide art. 82 da CF, que determina que o mandato do
Presidente da República terá início em primeiro de janeiro do
ano seguinte ao da sua eleição.
Parágrafo único. No caso do § 1.º do artigo anterior, a posse
realizar-se-á dentro de 15 (quinze) dias a contar da proclamação
do resultado da segunda eleição, expirando, porém, o mandato a
15 (quinze) de março do quarto ano.
CAPÍTULO V
124
DOS DIPLOMAS
Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes,
receberão diploma assinado pelo Presidente do Tribunal
Superior, do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o
caso.
Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do
candidato, a indicação da legenda sob a qual concorreu, o cargo
para o qual foi eleito ou a sua classificação como suplente, e,
facultativamente, outros dados a critério do juiz ou do Tribunal.
Art. 216. Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso
interposto contra a expedição do diploma, poderá o diplomado
exercer o mandato em toda a sua plenitude.
Art. 217. Apuradas as eleições suplementares o juiz ou o
Tribunal reverá a apuração anterior, confirmando ou
invalidando os diplomas que houver expedido.
Parágrafo único. No caso de provimento, após a
diplomação, de recurso contra o registro de candidato ou de
recurso parcial, será também revista a apuração anterior, para
confirmação ou invalidação de diplomas, observado o disposto
no § 3.º do art. 261.
Art. 218. O presidente de Junta ou de Tribunal que diplomar
militar candidato a cargo eletivo, comunicará imediatamente a
diplomação à autoridade a que o mesmo estiver subordinado,
para os fins do art. 98.
CAPÍTULO VI
DAS NULIDADES DAVOTAÇÃO
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre
aos fins e resultados a que ela se dirige, abstendo-se de
pronunciar nulidades sem demonstração de prejuízo.
Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser
requerida pela parte que lhe deu causa nem a ela aproveitar.
Art. 220. É nula a votação:
I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral,
125
ou constituída com ofensa à letra da lei;
II - quando efetuada em folhas de votação falsas;
III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do
designado ou encerrada antes das 17 (dezessete) horas;
IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos
sufrágios;
V - quando a seção eleitoral tiver sido localizada com infração
do disposto nos §§ 4.º e 5.º do art. 135.
•• Inciso V acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o
órgão apurador conhecer do ato ou dos seus efeitos e a
encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que haja
consenso das partes.
Art. 221. É anulável a votação:
I - quando houver extravio de documento reputado essencial;
II - quando for negado ou sofrer restrição o direito de
fiscalizar, e o fato constar da ata ou de protesto interposto, por
escrito, no momento;
III - quando votar, sem as cautelas do art. 147, § 2.º:
•• Revogado o inciso I e renumerados os demais pela Lei n.
4.961, de 4-5-1966.
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da
remessa das folhas individuais de votação à mesa, desde que haja
oportuna reclamação de partido;
b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do art. 145;
c) alguém com falsa identidade em lugar do eleitor chamado.
Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de
falsidade, fraude, coação, uso de meios de que trata o art. 237,
ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios
vedado por lei.
§§ 1.º e 2.º (Revogados pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.)
Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de ofício
pela junta, só poderá ser arguida quando de sua prática, não mais
126
podendo ser alegada, salvo se a arguição se basear em motivo
superveniente ou de ordem constitucional.
§ 1.º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser
alegada no ato, poderá ser arguida na primeira oportunidade que
para tanto se apresente.
§ 2.º Se se basear em motivo superveniente deverá ser alegada
imediatamente, assim que se tornar conhecida, podendo as
razões do recurso ser aditadas no prazo de 2 (dois) dias.
§ 3.º A nulidade de qualquer ato, baseada em motivo de ordem
constitucional, não poderá ser conhecida em recurso interposto
fora de prazo. Perdido o prazo numa fase própria, só em outra
que se apresentar poderá ser arguida.
•• § 3.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do
País nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e
estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão
prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para
nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
•• A Resolução TSE n. 23.207, de 11-2-2010, determina que
para os fins previstos neste artigo, observado o prazo máximo
prescrito, as eleições deverão ser marcadas sempre para o
primeiro domingo de cada mês.
§ 1.º Se o Tribunal Regional na área de sua competência,
deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional
levará o fato ao conhecimento do Procurador-Geral, que
providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada
imediatamente nova eleição.
§ 2.º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo, o
Ministério Público promoverá, imediatamente, a punição dos
culpados.
3.º A decisão da Justiça Eleitoral que importe o
indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do
127
mandato de candidato eleito em pleito majoritário acarreta,
após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições,
independentemente do número de votos anulados.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
§ 4.º A eleição a que se refere o § 3.º correrá a expensas da
Justiça Eleitoral e será:
•• § 4.º, caput, acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis
meses do final do mandato;
•• Inciso I acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
II - direta, nos demais casos.
•• Inciso II acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
CAPÍTULO VII
DO VOTO NO EXTERIOR
Art. 225. Nas eleições para presidente e vice-presidente da
República poderá votar o eleitor que se encontrar no exterior.
§ 1.º Para esse fim serão organizadas seções eleitorais, nas
sedes das Embaixadas e Consulados Gerais.
§ 2.º Sendo necessário instalar duas ou mais seções poderá ser
utilizado local em que funcione serviço do governo brasileiro.
Art. 226. Para que se organize uma seção eleitoral no exterior
é necessário que na circunscrição sob a jurisdição da Missão
Diplomática ou do Consulado Geral haja um mínimo de 30
(trinta) eleitores inscritos.
Parágrafo único. Quando o número de eleitores não atingir
o mínimo previsto no parágrafo anterior, os eleitores poderão
votar na mesa receptora mais próxima, desde que localizada no
mesmo país, de acordo com a comunicação que lhes for feita.
Art. 227. As mesas receptoras serão organizadas pelo Tribunal
Regional do Distrito Federal mediante proposta dos chefes de
Missão e cônsules gerais, que ficarão investidos, no que for
aplicável, das funções administrativas de juiz eleitoral.
Parágrafo único. Será aplicável às mesas receptoras o
128
processo de composição e fiscalização partidária vigente para as
que funcionam no território nacional.
Art. 228. Até 30 (trinta) dias antes da realização da eleição
todos os brasileiros eleitores, residentes no estrangeiro,
comunicarão à sede da Missão Diplomática, ou ao consulado
geral, em carta, telegrama ou qualquer outra via, a sua condição
de eleitor e sua residência.
§ 1.º Com a relação dessas comunicações e com os dados do
registro consular, serão organizadas as folhas de votação, e
notificados os eleitores da hora e local da votação.
§ 2.º No dia da eleição só serão admitidos a votar os que
constem da folha de votação e os passageiros e tripulantes de
navios e aviões de guerra e mercantes que, no dia, estejam na
sede das sessões eleitorais.
Art. 229. Encerrada a votação, as urnas serão enviadas pelos
cônsules gerais às sedes das Missões Diplomáticas. Estas as
remeterão, pela mala diplomática, ao Ministério das Relações
Exteriores, que delas fará entrega ao Tribunal Regional Eleitoral
do Distrito Federal, a quem competirá a apuração dos votos e
julgamento das dúvidas e recursos que hajam sido interpostos.
Parágrafo único. Todo o serviço de transporte do material
eleitoral será feito por via aérea.
Art. 230. Todos os eleitores que votarem no exterior terão os
seus títulos apreendidos pela mesa receptora.
Parágrafo único. A todo eleitor que votar no exterior será
concedido comprovante para a comunicação legal ao juiz
eleitoral de sua zona.
Art. 231. Todo aquele que, estando obrigado a votar, não o
fizer, fica sujeito, além das penalidades previstas para o eleitor
que não vota no território nacional, à proibição de requerer
qualquer documento perante a repartição diplomática a que
estiver subordinado, enquanto não se justificar.
Art. 232. Todo o processo eleitoral realizado no estrangeiro
129
fica diretamente subordinado ao Tribunal Regional do Distrito
Federal.
Art. 233. O Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério das
Relações Exteriores baixarão as instruções necessárias e
adotarão as medidas adequadas para o voto no exterior.
Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território
nacional é assegurado o direito de votar para Presidente da
República, Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado
Estadual e Deputado Distrital em urnas especialmente instaladas
nas capitais e nos Municípios com mais de cem mil eleitores.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
§ 1.º O exercício do direito previsto neste artigo sujeita-se
à observância das regras seguintes:
•• § 1.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se
perante a Justiça Eleitoral no período de até quarenta e cinco
dias da data marcada para a eleição, indicando o local em que
pretende votar;
•• Inciso I acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
II - aos eleitores que se encontrarem fora da unidade da
Federação de seu domicílio eleitoral somente é assegurado o
direito à habilitação para votar em trânsito nas eleições para
Presidente da República;
•• Inciso II acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
III - os eleitores que se encontrarem em trânsito dentro da
unidade da Federação e seu domicílio eleitoral poderão votar nas
eleições para Presidente da República, Governador, Senador,
Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital.
•• Inciso III acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
§ 2.º Os membros das Forças Armadas, os integrantes dos
órgãos de segurança pública a que se refere o art. 144 da
Constituição Federal, bem como os integrantes das guardas
130
municipais mencionados no § 8.º do mesmo art. 144, poderão
votar em trânsito se estiverem em serviço por ocasião das
eleições.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
§ 3.º As chefias ou comandos dos órgãos a que estiverem
subordinados os eleitores mencionados no § 2.º enviarão
obrigatoriamente à Justiça Eleitoral, em até quarenta e cinco
dias da data das eleições, a listagem dos que estarão em serviço
no dia da eleição com indicação das seções eleitorais de origem e
destino.§ 4.º Os eleitores mencionados no § 2.º, uma vez
habilitados na forma do § 3.º, serão cadastrados e votarão nas
seções eleitorais indicadas nas listagens mencionadas no § 3.º
independentemente do número de eleitores do Município.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
PARTE QUINTA DISPOSIÇÕES VÁRIAS
TÍTULO I
Das Garantias Eleitorais
Art. 234. Ninguém poderá impedir ou embaraçar o exercício
do sufrágio.
Art. 235. O juiz eleitoral, ou o presidente da mesa receptora,
pode expedir salvo-conduto com a cominação de prisão por
desobediência até 5 (cinco) dias, em favor do eleitor que sofrer
violência, moral ou física, na sua liberdade de votar, ou pelo fato
de haver votado.
Parágrafo único. A medida será válida para o período
compreendido entre 72 (setenta e duas) horas antes até 48
(quarenta e oito) horas depois do pleito.
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias
antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento
da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante
delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por
crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
§ 1.º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido,
131
durante o exercício de suas funções, não poderão ser detidos ou
presos, salvo o caso de flagrante delito; da mesma garantia
gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição.
§ 2.º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente
conduzido à presença do juiz competente que, se verificar a
ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a
responsabilidade do coator.
Art. 237. A interferência do poder econômico e o desvio ou
abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto,
serão coibidos e punidos.
§ 1.º O eleitor é parte legítima para denunciar os culpados e
promover-lhes a responsabilidade, e a nenhum servidor público,
inclusive de autarquia, de entidade paraestatal e de sociedade de
economia mista, será lícito negar ou retardar ato de ofício
tendente a esse fim.
§ 2.º Qualquer eleitor ou partido político poderá se dirigir ao
Corregedor Geral ou Regional, relatando fatos e indicando
provas, e pedir abertura de investigação para apurar ato indevido
do poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade,
em benefício de candidato ou de partido político.
§ 3.º O Corregedor, verificada a seriedade da denúncia
procederá ou mandará proceder a investigações, regendo-se
estas, no que lhes for aplicável, pela Lei n. 1.579, de 18 de
março de 1952.
Art. 238. É proibida, durante o ato eleitoral, a presença de
força pública no edifício em que funcionar mesa receptora, ou
nas imediações, observado o disposto no art. 141.
Art. 239. Aos partidos políticos é assegurada a prioridade
postal durante os 60 (sessenta) dias anteriores à realização das
eleições, para remessa de material de propaganda de seus
candidatos registrados.
TÍTULO II
Da Propaganda Partidária
132
Art. 240. A propaganda de candidatos a cargos eletivos
somente é permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
Parágrafo único. É vedada, desde 48 (quarenta e oito) horas
antes até 24 (vinte e quatro) horas depois da eleição, qualquer
propaganda política mediante radiodifusão, televisão, comícios
ou reuniões públicas.
•• De acordo com o art. 7.º da Lei n. 12.034, de 29-9-2009, não
se aplica a vedação constante neste parágrafo único à
propaganda eleitoral veiculada gratuitamente na internet, no
sítio eleitoral, blog, sítio interativo ou social, ou outros meios
eletrônicos de comunicação do candidato, ou sítio do partido ou
coligação, nas formas previstas no art. 57-B da Lei n. 9.504, de
30-9-1997, constante neste volume.
Art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a
responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-se-lhes
solidariedade nos excessos praticados pelos seus candidatos e
adeptos.
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é
restrita aos candidatos e aos respectivos partidos, não
alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de uma
mesma coligação.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 12.891, de 11-12-
2013.
Art. 242. A propaganda, qualquer que seja a sua forma ou
modalidade, mencionará sempre a legenda partidária e só poderá
ser feita em língua nacional, não devendo empregar meios
publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião
pública, estados mentais, emocionais ou passionais.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 7.476, de 15-5-
1986.
Parágrafo único. Sem prejuízo do processo e das penas
133
cominadas, a Justiça Eleitoral adotará medidas para fazer
impedir ou cessar imediatamente a propaganda realizada com
infração do disposto neste artigo.
Art. 243. Não será tolerada propaganda:
I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a
ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes;
II - que provoque animosidade entre as forças armadas ou
contra elas ou delas contra as classes e instituições civis;
III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens;
IV - de instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da
lei de ordem pública;
V - que implique em oferecimento, promessa ou solicitação de
dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza;
VI - que perturbe o sossego público, com algazarra ou abusos
de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
VII - por meio de impressos ou de objeto que pessoa
inexperiente ou rústica possa confundir com moeda;
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou
contravenha a posturas municipais ou a outra qualquer restrição
de direito;
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem
como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública.
§ 1.º O ofendido por calúnia, difamação ou injúria, sem
prejuízo e independentemente da ação penal competente,
poderá demandar, no Juízo Cível, a reparação do dano moral
respondendo por este o ofensor e, solidariamente, o partido
político deste, quando responsável por ação ou omissão, e quem
quer que favorecido pelo crime, haja de qualquer modo
contribuído para ele.
•• § 1.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 2.º No que couber, aplicar-se-ão na reparação do dano
moral, referido no parágrafo anterior, os arts. 81 a 88 da Lei n.
4.117, de 27 de agosto de 1962.
134
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
• Citada Lei trata do Código Brasileiro de Telecomunicações.
Referidos artigos estão revogados pelo Decreto-lei n. 236, de
28-2-1967.
§ 3.º É assegurado o direito de resposta a quem for injuriado,
difamado ou caluniado através da imprensa, rádio, televisão, ou
alto-falante, aplicando-se, no que couber, os arts. 90 e 96 da Lei
n. 4.117, de 27 de agosto de 1962.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
• Citada Lei trata do Código Brasileiro de Telecomunicações.
Referidos artigos estão revogados pelo Decreto-lei n. 236, de
28-2-1967.
Art. 244. É assegurado aos partidos políticos registrados o
direito de, independentemente de licença da autoridade pública e
do pagamento de qualquer contribuição:
I - fazer inscrever, na fachada de suas sedes e dependências, o
nome que os designe, pela forma que melhor lhes parecer;
II - instalar e fazer funcionar, normalmente, das quatorze às
vinte e duas horas, nos 3 (três) meses que antecederem as
eleições, alto-falantes, ou amplificadores de voz, nos locais
referidos, assim como em veículos seus, ou à sua disposição, em
território nacional, com observância da legislação comum.
Parágrafo único. Os meios de propaganda a que se refere o
n. II deste artigo não serão permitidos, a menos de 500
(quinhentos) metros:
I - das sedes do Executivo Federal, dos Estados, Territórios e
respectivas Prefeituras Municipais;
II - das Câmaras Legislativas Federais, Estaduais e Municipais;
III - dos Tribunais Judiciais;
IV - dos hospitais e casas de saúde;
V - das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando
em funcionamento;
VI - dos quartéis e outros estabelecimentos militares.
135
Art. 245. A realização de qualquer ato de propaganda partidária
ou eleitoral, em recinto aberto, não depende de licença da
polícia.
§ 1.º Quando o ato de propaganda tiver de realizar-se em lugar
designado para a celebração de comício, na forma do disposto
no art. 3.º da Lei n. 1.207, de 25 de outubro de 1950, deverá ser
feita comunicação à autoridade policial, pelo menos 24 (vinte e
quatro) horas antes de sua realização.
§ 2.º Não havendo local anteriormente fixado para a
celebração de comício, ou sendo impossível ou difícil nele
realizar-se o ato de propaganda eleitoral, ou havendo pedido
para designação de outro local, a comunicação a que se refere o
parágrafo anterior será feita, no mínimo, com antecedência, de
72 (setenta e duas) horas, devendo a autoridade policial, em
qualquer desses casos, nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes,
designar local amplo e de fácil acesso, de modo que não
impossibilite ou frustre a reunião.
§ 3.º Aos órgãos da Justiça Eleitoral compete julgar das
reclamações sobre a localização dos comícios e providências
sobre a distribuição equitativa dos locais aos partidos.
Arts. 246 e 247. (Revogados pela Lei n. 9.504, de 30-9-
1997.)
Art. 248. Ninguém poderá impedir a propaganda eleitoral, nem
inutilizar, alterar ou perturbar os meios lícitos nela empregados.
Art. 249. O direito de propaganda não importa restrição ao
poder de polícia quando este deva ser exercido em benefício da
ordem pública.
Art. 250. (Revogado pela Lei n. 9.504, de 30-9-1997.)
Art. 251. No período destinado à propaganda eleitoral gratuita
não prevalecerão quaisquer contratos ou ajustes firmados pelas
empresas que possam burlar ou tornar inexequível qualquer
dispositivo deste Código ou das instruções baixadas pelo
Tribunal Superior Eleitoral.
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Arts. 252 a 254. (Revogados pelo Decreto-lei n. 1.538, de
14-4-1977.)
Art. 255. Nos 15 (quinze) dias anteriores ao pleito é proibida a
divulgação, por qualquer forma, de resultados de prévias ou
testes pré-eleitorais.
Art. 256. As autoridades administrativas federais, estaduais e
municipais proporcionarão aos partidos, em igualdade de
condições, as facilidades permitidas para a respectiva
propaganda.
§ 1.º No período da campanha eleitoral, independentemente
do critério de prioridade, os serviços telefônicos, oficiais ou
concedidos, farão instalar, na sede dos diretórios devidamente
registrados, telefones necessários, mediante requerimento do
respectivo presidente e pagamento das taxas devidas.
•• § 1.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
§ 2.º O Tribunal Superior Eleitoral baixará as instruções
necessárias ao cumprimento do disposto no parágrafo anterior
fixando as condições a serem observadas.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
TÍTULO III
Dos Recursos
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 257. Os recursos eleitorais não terão efeito suspensivo.
§ 1.º A execução de qualquer acórdão será feita
imediatamente, através de comunicação por ofício, telegrama,
ou, em casos especiais, a critério do presidente do Tribunal,
através de cópia do acórdão.
•• Parágrafo único renumerado pela Lei n. 13.165, de 29-9-
2015.
§ 2.º O recurso ordinário interposto contra decisão
proferida por juiz eleitoral ou por Tribunal Regional Eleitoral
que resulte em cassação de registro, afastamento do titular ou
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perda de mandato eletivo será recebido pelo Tribunal
competente com efeito suspensivo.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
§ 3.º O Tribunal dará preferência ao recurso sobre
quaisquer outros processos, ressalvados os de habeas corpus e de
mandado de segurança.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 13.165, de 29-9-2015.
Art. 258. Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em 3 (três) dias da publicação do ato,
resolução ou despacho.
Art. 259. São preclusivos os prazos para interposição de
recurso, salvo quando neste se discutir matéria constitucional.
Parágrafo único. O recurso em que se discutir matéria
constitucional não poderá ser interposto fora do prazo. Perdido
o prazo numa fase própria, só em outra que se apresentar poderá
ser interposto.
Art. 260. A distribuição do primeiro recurso que chegar ao
Tribunal Regional ou Tribunal Superior, prevenirá a
competência do relator para todos os demais casos do mesmo
município ou Estado.
Art. 261. Os recursos parciais, entre os quais não se incluem os
que versarem matéria referente ao registro de candidatos,
interpostos para os Tribunais Regionais no caso de eleições
municipais e para o Tribunal Superior no caso de eleições
estaduais ou federais, serão julgados à medida que derem entrada
nas respectivas Secretarias.
§ 1.º Havendo dois ou mais recursos parciais de um mesmo
município ou Estado, ou se todos, inclusive os de diplomação já
estiverem no Tribunal Regional ou no Tribunal Superior, serão
eles julgados seguidamente, em uma ou mais sessões.
§ 2.º As decisões com os esclarecimentos necessários ao
cumprimento serão comunicadas de uma só vez ao juiz eleitoral
ou ao presidente do Tribunal Regional.
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§ 3.º Se os recursos de um mesmo município ou Estado deram
entrada em datas diversas, sendo julgados separadamente, o juiz
eleitoral ou o presidente do Tribunal Regional aguardará a
comunicação de todas as decisões para cumpri-las, salvo se o
julgamento dos demais importar em alteração do resultado do
pleito que não tenha relação com o recurso já julgado.
§ 4.º Em todos os recursos, no despacho que determinar a
remessa dos autos à instância superior, o juízo a quo esclarecerá
quais os ainda em fase de processamento e, no último, quais os
anteriormente remetidos.
§ 5.º Ao se realizar a diplomação, se ainda houver recurso
pendente de decisão em outra instância, será consignado que os
resultados poderão sofrer alterações decorrentes desse
julgamento.
§ 6.º Realizada a diplomação, e decorrido o prazo para
recurso, o juiz ou presidente do Tribunal Regional comunicará à
instância superior se foi ou não interposto recurso.
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá
somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou de
natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 12.891, de 11-
12-2013.
•• Vide Súmula 47 do TSE.
I a IV - (Revogados pela Lei n. 12.891, de 11-12-2013.)
Art. 263. No julgamento de um mesmo pleito eleitoral, as
decisões anteriores sobre questões de direito constituem
prejulgados para os demais casos, salvo se contra a tese votarem
2/3 (dois terços) dos membros do Tribunal.
Art. 264. Para os Tribunais Regionais e para o Tribunal
Superior caberá, dentro de 3 (três) dias, recurso dos atos,
resoluções ou despachos dos respectivos presidentes.
CAPÍTULO II
DOS RECURSOS PERANTE AS JUNTAS E JUÍZOS
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ELEITORAIS
Art. 265. Dos atos, resoluções ou despachos dos juízes ou
juntas eleitorais caberá recurso para o Tribunal Regional.
Parágrafo único. Os recursos das decisões das Juntas serão
processados na forma estabelecida pelos arts. 169 e seguintes.
Art. 266. O recurso independerá de termo e será interposto
por petição devidamente fundamentada, dirigida ao juiz eleitoral
e acompanhada, se o entender o recorrente, de novos
documentos.
Parágrafo único. Se o recorrente se reportar a coação,
fraude, uso de meios de que trata o art. 237 ou emprego de
processo de propaganda ou captação de sufrágios vedada por lei,
dependentes de prova a ser determinada pelo Tribunal, bastarlhe-á
indicar os
meios a elas conducentes.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 4.961, de 4-5-1966.
Art. 267. Recebida a petição, mandará o juiz intimar o
recorrido para ciência do recurso, abrindo-se-lhe vista dos autos
a fim de, em prazo igual ao estabelecido para a sua interposição,
oferecer razões, acompanhadas ou não de novos documentos.
§ 1.º A intimação se fará pela publicação da notícia da vista
no jornal que publicar o expediente da Justiça Eleitoral, onde
houver, e nos demais lugares, pessoalmente pelo escrivão,
independente de iniciativa do recorrente.
§ 2.º Onde houver jornal oficial, se a publicação não ocorrer
no prazo de 3 (três) dias, a intimação se fará pessoalmente ou
na forma prevista no parágrafo seguinte.
§ 3.º Nas zonas em que se fizer intimação pessoal, se não for
encontrado e recorrido dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a
intimação se fará por edital afixados no fórum, no local de
costume.
§ 4.º Todas as citações e intimações serão feitas na forma
estabelecida neste artigo.
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§ 5.º Se o recorrido juntar novos documentos, terá o
recorrente vista dos autos por 48 (quarenta e oito) horas para
falar sobre os mesmos, contado o prazo na forma deste artigo.
§ 6.º Findos os prazos a que se referem os parágrafos
anteriores, o juiz eleitoral fará, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, subir os autos ao Tribunal Regional com a sua resposta e
os documentos em que se fundar, sujeito à multa de 10% (dez
por cento) do salário mínimo regional por dia de retardamento,
salvo se entender de reformar a sua decisão.
•• § 6.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 7.º Se o juiz reformar a decisão recorrida, poderá o
recorrido, dentro de 3 (três) dias, requerer suba o recurso como
se por ele interposto.
CAPÍTULO III
DOS RECURSOS NOS TRIBUNAIS REGIONAIS
Art. 268. No Tribunal Regional nenhuma alegação escrita ou
nenhum documento poderá ser oferecido por qualquer das
partes, salvo o disposto no art. 270.
•• Artigo com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 269. Os recursos serão distribuídos a 1(um) relator em 24
(vinte e quatro) horas e na ordem rigorosa da antiguidade dos
respectivos membros, esta última exigência sob pena de nulidade
de qualquer ato ou decisão do relator ou do tribunal.
§ 1.º Feita a distribuição, a Secretaria do Tribunal abrirá vista
dos autos à Procuradoria Regional, que deverá emitir parecer no
prazo de 5 (cinco) dias.
§ 2.º Se a Procuradoria não emitir parecer no prazo fixado,
poderá a parte interessada requerer a inclusão do processo na
pauta, devendo o Procurador, nesse caso, proferir parecer oral
na assentada do julgamento.
Art. 270. Se o recurso versar sobre coação, fraude, uso de
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meios de que trata o art. 237, ou emprego de processo de
propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei dependente
de prova indicada pelas partes ao interpô-lo ou ao impugná-lo, o
relator no Tribunal Regional deferi-la-á em 24 (vinte e quatro)
horas da conclusão, realizando-se ela no prazo improrrogável de
5 (cinco) dias.
•• Caput com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 1.º Admitir-se-ão como meios de prova para apreciação
pelo Tribunal as justificações e as perícias processadas perante o
juiz eleitoral da zona, com citação dos partidos que concorreram
ao pleito e do representante de Ministério Público.
•• § 1.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 2.º Indeferindo o relator a prova, serão os autos, a
requerimento do interessado, nas 24 (vinte e quatro) horas
seguintes, presentes à primeira sessão do Tribunal, que deliberará
a respeito.
•• § 2.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 3.º Protocoladas as diligências probatórias, ou com a juntada
das justificações ou diligências, a Secretaria do Tribunal abrirá,
sem demora, vista dos autos, por 24 (vinte e quatro horas),
seguidamente, ao recorrente e ao recorrido para dizerem a
respeito.
•• § 3.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
§ 4.º Findo o prazo acima, serão os autos conclusos ao relator.
•• § 4.º com redação determinada pela Lei n. 4.961, de 4-5-
1966.
Art. 271. O relator devolverá os autos à Secretaria no prazo
improrrogável de 8 (oito) dias para, nas 24 (vinte e quatro)
horas seguintes, ser o caso incluído na pauta de julgamento do
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Tribunal.
§ 1.º Tratando-se de recurso contra a expedição de diploma,
os autos, uma vez devolvidos pelo relator, serão conclusos ao
juiz imediato em antiguidade como revisor, o qual de