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DIREITO PROCESSUAL PENAL - 2º SEM/2010 4º AM

PROFESSOR RENATO FERREIRA DOS SANTOS

13. DA COMPETÊNCIA - CONTINUAÇÃO

13.10 - INTRODUÇÃO (REVISÃO)

ARTIGO 69 CPP - DA COMPETÊNCIA

Determinará a competência jurisdicional :

I - o lugar da infração;
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.

1ª - EM RAZÃO DA MATÉRIA - RATIONE MATERIAE : Leva em conta a natureza do crime

2ª - EM RAZÃO DA PESSOA - RATIONE PERSONA : Leva em conta a qualidade da pessoa

3ª - EM RAZÃO DO LOCAL - RATIONE LOCI : De acordo com o local do crime

PARA HAVER CONDENAÇÃO, SÃO NECESSÁRIOS :


1º - Indícios de autoria
2º - Provas materiais diretas ou indiretas
3º - Presunções legais
Mas, esses itens se submeterão ao Princípio do Contraditório, com direito a defesa

O PROCESSO É UM CONJUNTO DE PROVAS QUE DETERMINAM O CAMINHO DO PROCESSO

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PRESUNÇÃO LEGAL :

Presunção Legal Absoluta = Não admite prova contrária


Exemplo : Conjunção carnal com menina de 8 anos à Houve abuso e não se discute

Presunção Legal Relativa = Admite prova contrária


Exemplo : Filho antes do casamento à Presume-se ser do marido, mas, é relativo

13.11 - CONEXÃO - ARTIGO 76 CPP

ESPÉCIES DE CONEXÃO
A conexão implica em UNIDADE DE PROCESSO e JULGAMENTO SIMULTÂNEO

Existem tres espécies de CONEXÃO : PROBATÓRIA, INTERSUBJETIVA E OBJETIVA (P I O)

P - PROBATÓRIA - (INSTRUMENTAL) - ARTIGO 76 - INCISO III

Ocorre quando a prova de uma infração influir na outra infração

I - INTERSUBJETIVA - ( SI CO RE ) ARTIGO 76 - INCISO I

Simultaneidade - Exemplo : Capotamento de um caminhão próximo a uma favela


Concurso - Exemplo : Várias pessoas fazem atos diferentes (Roubo de Carga)
Reciprocidade - Exemplo : Briga em um Estádio de Futebol

O - OBJETIVA - (MATERIAL OU LÓGICA) - ARTIGO 76 - INCISO II

Ocorre quando uma ou mais infrações são praticadas para :

GARANTIR a impunidade ou vantagem


FACILITAR outras infrações
FACILITAR a execução ou ocultação

Exemplo : 1) Roubo a banco, um carro aguarda na outra rua, com a chave no contato

2) A testemunha vê o agente praticar um roubo


A ameaça ou morte dessa testemunha, dá impunidade à primeira infração

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13.12 - CONTINÊNCIA - ARTIGO 77 CPP

CONCEITO
Critério de fixação de competência, em que haverá a UNIÃO DE PROCESSOS contra réus
diferentes, desde que, tenham cometido o crime em concurso (de agentes), isto é, em
conluio, com unidade de desígnio (finalidade).

É o que se chama de CONTINÊNCIA POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA, ou ainda, a CONTINÊNCIA é


aplicada no caso de CONCURSO DE CRIMES.

PERGUNTA
01. Qual a diferença entre :
CONEXÃO INTERSUBJETIVA e a CONTINÊNCIA POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA ?

13.13 - CONEXÃO INTERSUBJETIVA - ARTIGO 76, I - CPP (SI CO RE)

A competência será determinada pela CONEXÃO :

Se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas,

SI - Simultaneidade - SEM PLANOS


Exemplo : Capotamento de um caminhão de cerveja, onde as pessoas pegam a carga

Por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar,

CO - Concurso - COM PLANOS


Exemplo : Várias pessoas fazem atos diferentes
Exemplos : Roubo a Banco; Roubo de Carga num “assalto” ao caminhoneiro

Por várias pessoas, umas contra as outras

RE - Reciprocidade - COM OU SEM PLANOS


Exemplos : Briga em um Estádio de Futebol; Rixas, Encontros propositais ou não

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13.14 - CONTINÊNCIA POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA - ARTIGO 77 CPP

A competência será determinada pela CONTINÊNCIA :

DUAS POSSIBILIDADES (HIPÓTESES) : QUANDO HOUVER CONCURSO DE CRIMES

I - Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;

II - No caso de infração cometida nas condições previstas nos artigos :

ARTIGO 51, Parágrafo 1º


Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida...

ARTIGO 53, Segunda Parte


As penas privativas de liberdade (PPL) têm seus limites estabelecidos na sanção
correspondente a cada tipo legal de crime.

ARTIGO 54
As penas restritivas de direitos são aplicáveis, independentemente de cominação
(imposição da pena à infração praticada) na parte especial, em substituição à PPL,
fixada em quantidade inferior a 1 (um) ano, ou nos crimes culposos.

13.15 - CONCURSO DE CRIMES

ARTIGO 69 CP - Concurso material - COMA

Se, em duas condutas, cometer dois crimes, a pena é a soma dos dois crimes

ARTIGO 70 CP - Concurso formal - COFA

Se, em uma conduta, cometer vários crimes, a pena é aplicada sobre o caso mais grave

ARTIGO 71 CP - Crime continuado - CC

Exemplos :

Vários furtos pela empregada doméstica (famulato), até completar o Computador


Furtar todos os dias, no mesmo local

Entende-se a continuação do primeiro crime à Responde somente por um, continuado

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13.16 - CONCURSO FORMAL IMPERFEITO - ESTUDAREMOS NO FUTURO

Ocorre com DESÍGNIOS AUTÔNOMOS

Exemplo :

No filme, A LISTA DE SCHINDLER, o soldado alemão atirava com uma arma, numa primeira
vítima, estando na frente de outras.

Assim, morriam, com um só tiro, numa só conduta, várias vítimas.

Ocorreu o resultado desejado, portanto, DOLOSO.

E, sendo DOLOSO, as penas serão aplicadas CUMULATIVAMENTE, conforme o artigo 70 CP

13.17 - REGRAS DE APLICAÇÃO DA CONEXÃO E DA CONTINÊNCIA

CRITÉRIOS PARA DETERMINAÇÃO DO FORO COMPETENTE

{ UNIDADE DE PROCESSOS
COMPETÊNCIA à CONEXÃO E CONTINÊNCIA à
{ JULGAMENTO SIMULTÂNEO

PERGUNTA
02. Qual é o FORO prevalente ?

RESPOSTA - ARTIGO 78 CPP

Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as


seguintes regras :

I - Juri ou outro órgão da jurisdição comum

II - Jurisdições da mesma categoria

III - Jurisdições de diversas categorias

IV - Jurisdição Comum e Jurisdição Especial

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I - JURI OU OUTRO ÓRGÃO DA JURISDIÇÃO COMUM

No concurso entre o crime da competência do juri e o crime comum, prevalece a


competência do juri

O Tribunal do Juri tem força de atração para o julgamento de qualquer crime


“VIS ATRATIVA”

Esta regra se justifica, porque a competência do juri é firmada pela constituição

Exemplo :

No caso Bruno, ocorreram os crimes de Cárcere Privado, Lesões Corporais e Homicídio à


Todos serão julgados pelo Tribunal do Juri

Caso que não será julgado pelo Tribunal do Juri :

Se, o Promotor oferecer a denúncia como ACIDENTE CULPOSO DE TRÂNSITO E CORRUPÇÃO, o


caso do filho de Ciça Guimarães, vai à jurisdição comum

II - JURISDIÇÕES DA MESMA CATEGORIA

A - LUGAR DA INFRAÇÃO................. : DA PENA MAIS GRAVE


B - LUGAR DO MAIOR NÚMERO DE INFRAÇÕES : PARA CRIMES E PENAS IGUAIS
C - PELA PREVENÇÃO.................... : PARA OS DEMAIS CASOS

A) FURTO E ESTUPRO, RELACIONADOS, EM COMARCAS DIFERENTES

O Estupro é o crime mais grave, então, a competência será da comarca do Estupro

B) QUADRILHA FURTA CARROS DURANTE A SEMANA INTEIRA EM VÁRIOS LOCAIS

A competência será da jurisdição, onde houve o maior número de carros furtados

C) SENDO A INFRAÇÃO DE IGUAL GRAVIDADE E NO MESMO NÚMERO - ARTIGO 83 CPP - PREVENÇÃO

A competência será do Juiz que primeiro tomou iniciativa, nos atos do processo

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III - JURISDIÇÕES DE DIVERSAS CATEGORIAS à DE MAIOR GRADUAÇÃO

CONCEITO

No concurso envolvendo jurisdições de categorias diversas, ou seja, jurisdição


inferior, jurisdição superior, a competência caberá à jurisdição de maior graduação

EXEMPLO

Um jardineiro e um juiz, cometem um furto

O jardineiro praticou o mesmo crime que o juiz

O jardineiro será julgado pela Justiça Comum

O juiz será julgado pelo Tribunal de Justiça

Teríamos dois julgamentos em duas jurisdições

Então, o jardineiro, tambem será julgado pelo Tribunal de Justiça

PERGUNTA MUITO DIFUNDIDA, PORTANTO, CAIRÁ NA PROVA


03. Um jardineiro e um juiz cometem um furto. Onde serão julgados ?

IV - JURISDIÇÃO COMUM E JURISDIÇÃO ESPECIAL à PREVALECE A ESPECIAL

EXEMPLOS

Um deputado comete um crime à Ele será julgado pela Jurisdição Especial

Crime de moeda falsa....... à Competência Federal

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RESUMO GERAL DA CONEXÃO E COMPETÊNCIA - ARTIGOS 76, 77 E 78 CPP

ARTIGO 76 CPP

A competência será determinada pela conexão :

I - Duas ou mais infrações ao mesmo tempo


Por várias pessoas reunidas ou
Por várias pessoas em concurso
Em diversos momentos, em diversos lugares ou
Várias pessoas umas contra as outras

II - Se, no mesmo caso, as infrações forem


Praticadas para facilitar ou ocultar as outras infrações ou
Para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer das infrações

III - Quando a prova de uma infração ou de qualquer das circunstâncias elementares


Influir na prova de outra infração

ARTIGO 77 CPP

A competência será determinada pela continência quando :

I - Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração

II - No caso de infração cometida nas condições previstas no CP :


Artigo 51, Parágrafo 1º : Transitada em julgado a multa será considerada dívida
Artigo 53, 2ª Parte.... : As PPLs ... têm seus limites na sanção a cada tipo
Artigo 54 ............. : As PRDs ... são aplicáveis ... em substituição à PPL

ARTIGO 78 CPP

Na determinação da competência por conexão ou continência serão observadas as regras:

I - No concurso entre a competência do juri e a de outro órgão da jurisdição comum,


prevalecerá a competência do juri

II - No concurso de jurisdições da mesma categoria :


a) Lugar da infração
b) Lugar do maior número de infrações (penas de igual gravidade)
c) Competência pela Prevenção, nos demais casos

III - No concurso de jurisdições de diversas categorias :


predominará a de maior graduação

IV - No concurso entre a jurisdição comum e a jurisdição especial,


prevalecerá a especial

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13.18 - REGRAS DE SEPARAÇÃO DE PROCESSOS (INVERSO DA UNIFICAÇÃO)

PERGUNTA 04. Em que hipóteses haverá a separação de processos ?

RESPOSTA : ARTIGO 79 CPP


A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo :

SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA

1ª HIPÓTESE

I - No concurso entre a jurisdição comum e a militar

CONCEITO

Não existe possibilidade de uma pessoa civil, ser julgada na justiça militar.

Havendo conexão entre crime comum e crime militar, o militar é julgado pela justiça
CASTRENSE (JUSTIÇA MILITAR) e o civil, pela justiça comum.

SÚMULA 90 - STJ

Crime militar próprio = CPM - CÓDIGO PENAL MILITAR


Crime militar impróprio = CPM - CÓDIGO PENAL MILITAR E CP = CÓDIGO PENAL (COMUM)

Crime comum............ = Abuso de autoridade

Homicidio doloso....... = Até 1996  Julgado pela Justiça Militar


Militar de Folga ou não Após 1996  Julgado pela Justiça Comum

2ª HIPÓTESE

II - No concurso entre a jurisdição comum e a do juizo de menores

CONCEITO

Havendo crime praticado por maior de 18 anos, juntamente com menores de 18 anos,
haverá obrigatoriamente a separação de processos

O maior  Será processado perante o Juiz Criminal

O menor  Será processado perante o Juiz da Infância e Juventude - Medida Educativa

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3ª HIPÓTESE

II - No concurso entre a jurisdição comum e a do juizo de menores

Parágrafo 1º

Cessará em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu,


sobrevier o caso previsto no artigo 152 CPP (doença mental do réu)

Parágrafo 2º

A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu foragido que


não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do artigo 461

ARTIGO 461 CPP = O julgamento não será adiado se a testemunha não comparecer

SEPARAÇÃO FACULTATIVA

4ª HIPÓTESE

ARTIGO 80 CPP

Será facultativa a separação dos processos quando as infrações :

Tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou


Quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prorrogar prisão provisória
Ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.

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O JUIZ CONTINUA COMPETENTE

ARTIGO 81 CPP

Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência,

Ainda que haja sentença absolutória pelo juiz ou tribunal ou


Que a infração seja desclassificada para outra infração, de outra competência,
O juiz continuará competente em relação aos demais processos

Isso por causa da “PERPETUATIO JURISDICIONES”

ARTIGO 82 CPP

Se forem instaurados processos diferentes :

A autoridade da jurisdição competente deve avocar (chamar os processos para si)

Salvo :
Se estiverem com sentenças definidas

Nesse caso :
A unidade dos processos só se dará, ulteriormente (posteriormente)
Para o efeito de soma e unificação das penas

PERGUNTA 05. O que é “PERPETUATIO JURISDICIONES” ?

RESPOSTA
É a cristalização da competência perpétua.
Fixada a competência do juiz, não se altera a sua competência.

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14. DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

LIVRO I - DO PROCESSO EM GERAL

TÍTULO VI - DAS QUESTÕES E PROCESSOS INCIDENTES

Capítulo I - Das questões prejudiciais............. - Artigos 92 a 94


Capítulo II - Das exceções.......................... - Artigos 95 a 111
Capítulo III - Das incompatibilidades e impedimentos. - Artigo 112
Capítulo IV - Do conflito de jurisdição............ - Artigos 113 a 117
Capítulo V - Da restituição das coisas apreendidas - Artigos 118 a 124
Capítulo VI - Das medidas assecuratórias............ - Artigos 125 a 144
Capítulo VII - Do incidente de falsidade............ - Artigos 145 a 148
Capítulo VIII - Da insanidade mental do acusado...... - Artigos 149 a 154

CONCEITO

Questão incidente é aquela que incide no decorrer do processo


Pode prejudicar o seu andamento
São circunstâncias acidentais ou eventuais
O CPP indica quais as soluções que devem ser adotadas

INCIDENTE

Não é o objetivo do processo


É um fato que prejudica o andamento

QUESTÃO INCIDENTAL

É uma controvérsia
É um incidente
Por exemplo : Uma exceção peremptória

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CAPÍTULO I - DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS - Artigos 92 a 94

1) CONCEITO
Questão prejudicial é aquela que se apresenta no curso da ação, versando sobre um dos
elementos do crime

A solução “escapa” da competência do juiz

2) ELEMENTOS DA QUESTÃO PREJUDICIAL (ANAC)


Quando o juiz estiver diante da prejudicialidade, ele verificará os 4 # Elementos :

1º ANTERIORIDADE (LÓGICA) A
2º NECESSIDADE ou NECESSARIEDADE N
3º AUTONOMIA A
4º COMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO C

1º ELEMENTO : ANTERIORIDADE (LÓGICA)

O julgamento da questão prejudicial


Prejudica o julgamento e o andamento da questão principal

2º ELEMENTO : NECESSIDADE ou NECESSARIEDADE

A questão prejudicial é um antecedente necessário


Para a comprovação da existência do crime

3º ELEMENTO : AUTONOMIA

A questão prejudicial é julgada em outro processo


É autônoma, fica em um processo em apenso

4º ELEMENTO : COMPETÊNCIA PARA APRECIAÇÃO

As questões prejudiciais, em regra, podem ser julgadas pelo próprio juiz criminal
Mas, outras, excepcionalmente, são julgadas pelo juiz cível

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3) CLASSIFICAÇÃO DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS
Quando o juiz estiver diante da prejudicialidade, ele verificará os 4 # Elementos :

1º QUANTO À NATUREZA DA QUESTÃO PREJUDICIAL ou MÉRITO


2º QUANTO AO EFEITO
3º QUANTO AO JUIZO COMPETENTE

1º QUANTO À NATUREZA DA QUESTÃO PREJUDICIAL ou MÉRITO

a) HOMOGÊNEA - COMUM OU IMPERFEITA - Fernando Capez


Quando pertence ao mesmo ramo de direito da questão principal

Exemplo : A Exceção da verdade no crime de calúnia - Artigo 138 CP Par. 3º


As duas matérias pertencem ao DIREITO PENAL

b) HETEROGENEA - JURISDICIONAL OU PERFEITA - Fernando Capez


Quando não pertence ao mesmo ramo de direito da questão principal

Não estando na mesma área jurisdicional


Exemplo : Anulação de casamento e crime de bigamia
A anulação é DIREITO CIVIL e o crime de bigamia é DIREITO PENAL

2º QUANTO AO GRAU DA QUESTÃO PREJUDICIAL

a) TOTAL
Interfere na própria existência do crime
Exemplo : Exibir a Certidão de Nascimento, provando ser menor
Interfere na circunstância atenuante

b) PARCIAL
Refere-se a uma das circunstâncias do crime
Exemplo : Provar que o Crime de Bigamia não existiu
Extingue o processo crime

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3º QUANTO AOS EFEITOS DA QUESTÃO PREJUDICIAL

a) OBRIGATÓRIA
É aquela que acarreta a suspensão do processo
O juiz não pode julgar a causa, antes do julgamento da QP pelo juiz cível

ARTIGO 92 CPP : Quanto ao estado civil : Filiação, Casamento, Bigamia


EXEMPLO...... : Furto, mas o artigo 181 CP apresenta a isenção

b) FACULTATIVA
Neste caso, o juiz tem a faculdade ou não, para suspender o processo

ARTIGO 93 e SEGUINTES - CPP

Exemplo : Processo por violação de domicílio


Mas, existe ação de usucapião, assim, a violação existe ou não existe...

4º QUANTO AO JUIZ COMPETENTE - PARA JULGAR A QUESTÃO PREJUDICIAL

a) QUESTÃO NÃO DEVOLUTIVA (HOMOGENEAS)


É aquela solucionada pelo juiz criminal
EXEMPLO : Exceção da verdade

b) QUESTÃO DEVOLUTIVA (HETEROGENEAS)


São aquelas remetidas ao juiz cível para solução

b.1) DEVOLUTIVA ABSOLUTA : Quando só o juiz cível puder julgar a questão

b.2) DEVOLUTIVA RELATIVA : Quando, tanto o juiz cível, como o juiz criminal, podem
julgar a questão

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4) SISTEMAS DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS
Existem 4 (QUATRO) Sistemas :

1º DO PREDOMÍNIO DA JURISDIÇÃO PENAL


O juiz criminal é competente para julgas a ação e a exceção

2º DO PREDOMÍNIO DA SEPARAÇÃO JURISDICIONAL ABSOLUTA


O juiz criminal deve-se utilizar da decisão do juiz cível

3º DA PREJUDICIALIDADE FACULTATIVA
Para esse sistema, o juiz criminal terá a faculdade de remeter ou não o processo para
o juiz cível, se ele entender que a controvérsia é importante e fundada

4º ECLÉTICO OU MISTO (Adotado no Brasil)


A solução das QPs, tanto cabe ao juiz criminal, como ao juiz cível

PERGUNTA 06. Qual o sistema para as questões prejudiciais, adotado no Brasil ?

RESPOSTA
É o sistema ECLÉTICO OU MISTO, pois, os artigos 92 e 93 CPP apresentam essas opções.
EXEMPLO
Furto de um objeto : Fazendeiro A furta semem do Boi, do fazendeiro B
Mas, e, se o Boi, está na fazenda do fazendeiro A para engorda, sob contrato ?

PERGUNTA 07 : Cabe recurso contra despacho do juiz, que suspende a ação, em razão
de questão prejudicial ?

RESPOSTA
Artigo 581, Inciso XVI - CPP
Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença :
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;

OBSERVAÇÃO = MATÉRIA A SER VISTA POSTERIORMENTE


O juiz, sempre fará uma PRELIBAÇÃO, uma verificação prévia, para ver se a QUESTÃO
PREJUDICIAL é séria e fundada
JUIZO DA PRELIBAÇÃO = Verifica os Requisitos Externos
JUIZO DA LIBAÇÃO... = Verifica os Requisitos Internos
Exemplo............ = Casamento nulo X Processo de Bigamia

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CAPÍTULO II - DAS EXCEÇÕES - Artigos 95 a 111

ARTIGO 95 CPP
Poderão ser opostas as exceções de :
I - suspeição; : Artigos 96/107
II - incompetência do juizo; : Artigos 108/109
III - litispendência; : Artigo 110
IV - ilegitimidade de parte; : Artigo 110
V - coisa julgada. : Artigo 110 - Parágrafo 2º

1) ORIGEM DA PALAVRA
A palavra EXCEÇÃO vem do latim “EXCEPTIO” = Desvio da regra geral, ato de excetuar

2) RAZÃO DAS EXCEÇÕES


1ª - EM RAZÃO DA MATÉRIA - RATIONE MATERIAE : Leva em conta a natureza do crime
2ª - EM RAZÃO DA PESSOA - RATIONE PERSONA : Leva em conta a qualidade da pessoa
3ª - EM RAZÃO DO LOCAL - RATIONE LOCI : De acordo com o local do crime

3) DEFESAS
A defesa de mérito = DIRETA e a defesa processual = INDIRETA
AUTOR : EXCIPIENTE
RÉU : EXCEPTO

4) CONCEITO
As Exceções são modalidades de DEFESAS INDIRETAS apresentadas pelas partes, com o
intuito de se prolongar ou, de se finalizar o andamento do processo

5) CLASSIFICAÇÃO
a) EXCEÇÃO DILATÓRIA (PROLONGAR)
São aquelas que prorrogam a decisão e o andamento do processo - NÃO EXTINGUEM

b) EXCEÇÃO PEREMPTÓRIA (PERIMIR, MORRER)


Põe fim ao processo, por conta de algum defeito na relação processual - EXTINGUEM
EXEMPLO : Coisa julgada

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6) ESPÉCIES
Artigo 95 CPP, poderão ser opostas as exceções de :

I - suspeição; : Artigos 96/107


II - incompetência do juizo; : Artigos 108/109
III - litispendência; : Artigo 110
IV - ilegitimidade de parte; : Artigo 110
V - coisa julgada. : Artigo 110 - Parágrafo 2º

INCISO I - SUSPEIÇÃO - Artigos 96/107 - CPP

A atividade jurisdicional deve ser imparcial, isto é, o juiz deve-se manter a


equidade das partes

Principio do juiz natural ou constitucional

CONCEITO
Criada para arguir a rejeição do juiz, quando houver falta de imparcialidade, por ser
amigo íntimo ou inimigo capital da parte, se ele, seu cônjuge, ascendente ou
descendente, estiver respondendo a processo, por fato análogo.

CASOS DE SUSPEIÇÃO - ARTIGOS 252 AO 254 CPP


Taxativas, porem, ver os exemplos :

Se o juiz passou por certo caso semelhante e está traumatizado a respeito

Se a juiz julga uma separação por traição, tendo ela passado recentemente, por isso

PERGUNTA 08 : A suspeição pode ser reconhecida de oficio ?

RESPOSTA : ARTIGO 97 :

O juiz que espontaneamente afirmar suspeição deverá faze-lo por escrito... R = SIM

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Assim, o juiz declarando a suspeição, declara por escrito o motivo legal e envia os
autos ao seu substituto legal

Existe a Tabela de Juizes Substitutos, estabelecida pelo Tribunal

Normalmente, depois da 1ª Vara, os autos vão para a 2ª Vara, e assim por diante

Pode ser estabelecido outro critério

JUIZ DE GARANTIAS

No ANTEPROJETO DO CPP (ACPP), está a figura do JUIZ DE GARANTIAS

Assunto polêmico, que, convem analisar as posições dos vários juristas a respeito

O professor recomendou a posição de Guilherme Nucci

Abaixo, segue a posição da Juiza Simone Schreiber (NR)

“O Projeto de Lei do Senado Federal nº 156, de 2009, que institui um novo Código de Processo
Penal brasileiro, prevê a figura do juiz de garantias, com atribuição específica de tutelar os
direitos fundamentais das pessoas investigadas, no curso do inquérito policial.

O modelo proposto não institui um juiz instrutor, competente para presidir a investigação, mas
sim mantém a atribuição que os juízes já possuem na fase investigatória de garantir os direitos
fundamentais das pessoas investigadas, zelando pela legalidade do inquérito.

A instituição de juízes de garantia, evidentemente com estrutura própria, sem dúvida, trará
maior agilidade ao funcionamento das varas criminais.

Os juízes dessas varas poderão dedicar-se exclusivamente à condução cuidadosa e célere do


processo criminal, assegurando os direitos das partes de postulação e instrução e proferindo a
sentença criminal válida e justa em prazo razoável.

Assim, é excelente a medida, proposta no PLS 156/2009, de instituição do juiz de garantias.

Eventuais dificuldades burocráticas e operacionais de implementação da medida não devem


ser invocadas para sua rejeição.

Ainda que se preveja um período de transição, necessário para a criação, estruturação e


provimento dos novos cargos, sem dúvida, o resultado final será a instituição de uma Justiça
criminal mais justa, garantista e eficiente “.

Simone Schreiber - Juíza Federal Titular da 5a Vara Federal Criminal 

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PERGUNTA 09 : Em que momento a parte pode arguir a suspeição ?

RESPOSTA
Na primeira oportunidade em que a parte se manifestar
Ou ainda, quando a parta toma conhecimento da suspeição
Dentro do que estabelece o Artigo 98 CPP

ARTIGO 98 CPP

Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverá faze-lo em petição
assinada por ela própria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas
razões acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas.

PROCEDIMENTO DA SUSPEIÇÃO

Existe uma lei orgânica que rege a ação do Juiz, do Promotor e do Tribunal

Artigo 99 : O juiz reconhece a suspeição

Sustará a marcha do processo


Mandará juntar aos autos
Se declarará suspeito por despacho
Ordenará a remessa dos autos ao substituto

Artigo 100 : O juiz não aceita a suspeição

Mandará autuar em apartada a petição


Dará a sua resposta em 03 # Dias
Pode instruir e oferecer testemunhas
Determinará que os autos da suspeição sejam remetidos ao Tribunal

Artigo 101 : Julgada procedente :

Ficarão nulos os atos do processo principal


O juiz pagará as custas
Se houver evidência de malícia, o juiz poderá ser multado

ARTIGO 256 CPP


A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz
ou de propósito der motivo para criá-la.

Ninguem deve ser beneficiado pela própria torpeza, assim, se uma das partes, por
exemplo, xingar o juiz, para obter resposta rude e provocar a suspeição, ela não
poderá prosperar.

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PERGUNTA 10 : Contra quem pode ser deduzida a exceção de suspeição ?

RESPOSTA
1) Juiz de qualquer instância.................... (Julgado pelo Tribunal)
2) Membros do Ministério Público.................
3) Promotor ..................................... (Julgado pelo Juiz)
4) Procurador da Justiça.........................
5) Funcionário e pessoas que intervem no processo
6) Perito, Intérprete, Tradutor, Serventuários...
7) Jurado........................................ (*)

(*) No Tribunal do Júri, o jurado pode ser considerado suspeito


Mas, deve ser arguido oralmente no plenário
Será julgado durante o julgamento

ATENÇÃO : A SUSPEIÇÃO NUNCA É COM ADVOGADO  É SEMPRE COM RELAÇÃO À PARTE

ARTIGO 581 CPP - LEMBRANDO QUE :


Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença :

III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição.

PERGUNTA 11 : Pode ser arguida a suspeição do delegado de policia ?

RESPOSTA - ARTIGO 107 CPP - ESTA PERGUNTA CAIRÁ NA PROVA


Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito,
Mas, deverão elas (as autoridades) declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal

Portanto, as autoridades devem-se afastar de oficio, quando ocorrer motivo legal

PERGUNTA 12 : Se o juiz reconhece a suspeição, será punido ? cabe recurso ?

RESPOSTA
Não será punido e nem cabe recurso

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6) ESPÉCIES (CONTINUAÇÃO)
Artigo 95 CPP, poderão ser opostas as exceções de :

I - suspeição; : Artigos 96/107


II - incompetência do juizo; : Artigos 108/109
III - litispendência; : Artigo 110
IV - ilegitimidade de parte; : Artigo 110
V - coisa julgada. : Artigo 110 - Parágrafo 2º

INCISO II - INCOMPETÊNCIA DE JUIZO - ARTIGOS 108/109

É Exceção Declinatória

Apenas dilatará, ampliará o prazo

Artigos 108 e 109 CPP

Autuada em apartado, discutida em processo em apenso

O juiz pode reconhecer a própria incompetência “DECLINATORIA FORI”

Exemplo : A esposa pede separação em OSASCO e se muda para BARUERI


Ela não pode pedir incompetência

CONCEITO
A Exceção de Incompetência de Juizo é uma defesa indireta, que pode ser oposta contra
o juizo, alegando a sua incompetência para aquele processo, uma vez que existe ofensa
ao principio do juiz natural, às regras de fixação de competência.

Ao pedir, devemos indicar qual a regra de fixação de competência que foi violada.

OPÇÕES QUANTO À INCOMPETÊNCIA


1) O Juiz pode reconhecer a sua incompetência de oficio
Nesse caso, ele envia os autos ao juiz competente

EXEMPLO : O crime ocorreu na DIVISA entre OSASCO e SÃO PAULO

No processo civil : Não pode pedir incompetência


No processo penal : Pode pedir incompetência

22
2) O Réu ou o Ministério Público, podem pedir a incompetência de juizo
O Autor tambem pode, embora CAPEZ, diz que não pode

Nesse caso, o Artigo 108 CPP diz que pode ser oral ou escrita, no prazo de defesa

AUTUAÇÃO EM APARTADO
A Exceção de Incompetência de Juizo será oposta no prazo de defesa

Se o Juiz concorda, julga procedente e remete os autos ao Juiz competente

Se o Juiz não concorda, deverá suscitar o conflito negativo de Jurisdição, onde ambos
entendem que NÃO TEM COMPETÊNCIA

Caso ambos entenderem que TEM COMPETÊNCIA, será conflito POSITIVO

Cabem recursos !

PERGUNTA 13 : Qual providência o juiz substituto tomará ?

RESPOSTA
Quando o Juiz competente receber o processo, ele reconhecerá, os atos praticados pelo
Juiz anterior.

23
6) ESPÉCIES (CONTINUAÇÃO)
Artigo 95 CPP, poderão ser opostas as exceções de :

I - suspeição; : Artigos 96/107


II - incompetência do juizo; : Artigos 108/109
III - litispendência; : Artigo 110
IV - ilegitimidade de parte; : Artigo 110
V - coisa julgada. : Artigo 110 - Parágrafo 2º

INCISO III - LITISPENDÊNCIA - ARTIGO 110

ELEMENTOS DA AÇÃO (IGUAIS À OUTRA AÇÃO)


Condições da Ação
Partes, Pedido e Causa de Pedir - PA PE CA
Sendo os elementos os mesmos, temos a LITISPENDÊNCIA
Processo Penal : Finalidade  Pena, sanção penal “NOM BIS IN IDEM”
Para o Réu não receber duas penas iguais

PARTES = Pessoas em Litígio


PEDIDO = Sanção Penal
CAUSA = Razão do Fato

Exemplo :
A moça agrediu a pauladas em OSASCO
A pessoa foi socorrida em SÃO PAULO, mas veio a falecer
Em OSASCO, temos a tentativa de homicídio, agressão
Em SÃO PAULO, temos o homicídio
Então, houve uma LITISPENDÊNCIA, extinguindo um dos processos

A exceção de LITISPENDÊNCIA é uma defesa indireta

Pode ser apresentada por qualquer das partes : Autor, Réu ou MP

Demonstrado ao Juiz que existe em andamento uma causa idêntica perante outro juizo,
um dos processos deverá ser extinto

Deve-se opor EXEÇÃO DE LITISPENDÊNCIA

24
A Exceção de LITISPENDÊNCIA não se aplica a Inquérito Policial

Só se aplica a Processo

O Inquérito Policial é procedimento administrativo

Nesse caso, deverá ser impetrar HABEAS CORPUS, para trancar o IP, por fato repetitivo

PERGUNTA 14 : Qual é o rito da exceção de LITISPENDÊNCIA ?

RESPOSTA
Artigo 110 CPP : ... o disposto sobre a exceção de Incompetência de Juizo

PERGUNTA 15 : Qual é o prazo de alegar LITISPENDÊNCIA ?

RESPOSTA
Não há prazo ! pode ser alegada a qualquer tempo
Não há preclusão
Na incompetência há a preclusão

PERGUNTA 16 : Qual processo será extinto ?

RESPOSTA
Aquele em que o Juiz verificar a PREVENÇÃO. O primeiro Juiz que despachou

Os títulos dos processos são DIFERENTES, mas, os FATOS, são os mesmos

EXEMPLO
Ladrões entram numa residência para roubar e, acabam matando mãe e filhos
Havia “ANIMUS FURANDI” Vontade de subtrair, e não, “ANIMUS LEGANDI” Vontade de matar

O Latrocínio = Será julgado pelo Juiz Comum

O Homicídio = Será julgado pelo Júri

O que decide = A prova dos autos = As provas irão decidir se houve ou não Latrocínio

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6) ESPÉCIES (CONTINUAÇÃO)
Artigo 95 CPP, poderão ser opostas as exceções de :

I - suspeição; : Artigos 96/107


II - incompetência do juizo; : Artigos 108/109
III - litispendência; : Artigo 110
IV - ilegitimidade de parte; : Artigo 110
V - coisa julgada. : Artigo 110 - Parágrafo 2º

INCISO IV - ILEGITIMIDDE DA PARTE - ARTIGO 110

CONCEITO
É uma exceção, uma defesa indireta, em que se pretende extinguir ou retardar o
andamento do processo, até que um DEFEITO INSANÁVEL da Legitimidade da Parte, seja
corrigida.

“AD CAUSAM” : Para ser parte do processo (ATIVA = AUTOR PASSIVA = RÉU)

LEGITIMIDADE {

“AD PROCESSUM” : Não há um pressuposto / Capacidade de estar em juizo

Exemplos :

1) O Promotor promoveu denúncia contra alguem com 17 Anos > O processo será extinto

2) Um menos de 18 Anos ingressa contra alguem > Ele não pode estar no processo
Deveria estar assistido

SERÁ OBSERVADO O DISPOSTO SOBRE A EXCEÇÃO DE ICOMPETÊNCIA DE JUIZO, conforme Art.110

PERGUNTA 17 : O Juiz pode reconhecer de oficio ?

RESPOSTA : PODE !

PERGUNTA 18 : E, se não reconhecer ?

RESPOSTA : Artigo 581 CPP

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6) ESPÉCIES (CONTINUAÇÃO)
Artigo 95 CPP, poderão ser opostas as exceções de :

I - suspeição; : Artigos 96/107


II - incompetência do juizo; : Artigos 108/109
III - litispendência; : Artigo 110
IV - ilegitimidade de parte; : Artigo 110
V - coisa julgada. : Artigo 110 - Parágrafo 2º

INCISO V - COISA JULGADA - ARTIGO 110 - Parágrafo 2º

CONCEITO
É uma exceção, uma defesa indireta contra o processo, visando a sua extinção

Ação peremptória

Pode ser argüida por qualquer das partes, tendo em vista que, uma ação idêntica, já
foi definitivamente julgada em outro processo

O fundamento é o mesmo : Evitar que um pessoa, seja julgada pelo mesmo fato
“NON BIS IN IDEM”

COISA JULGADA MATERIAL : Julgada, se processa FORA do processo

COISA JULGADA FORMAL : Preclusão, imutabilidade da sentença naquele processo

SENTENÇA ABSOLUTÓRIA : Materialmente = Transitada em julgado : Não admite REVISÃO


Não se muda

SENTENÇA CONDENATÓRIA : Materialmente = No futuro, descobre-se que o Réu é inocente


Mesmo transitada em julgado, admite REVISÃO
Admite-se REVISÃO CRIMINAL PRÓ-RÉU - Art.621

ARTIGO 111 - CPP


As exceções serão processadas em autos apartados e não suspenderão, em regra, o
andamento da ação penal.

27
CAPÍTULO III - DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS - Artigo 112

ARTIGO 112 CPP (ABERTO)


O juiz
O Ministério Público
Os Serventuários ou funcionários da Justiça e
Os Peritos ou Intérpretes

Abster-se-ão de servir no processo,

Quando houver incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos.

Se não se der a abstenção,

A incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas partes,

Seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.

CONCEITO
Há situações em que os serventuários da justiça não devem atuar

O Artigo 112 CPP é um alerta para o juiz, que ele não deve atuar naquele processo, em
que estiverem presentes, as causas de suspeição

28
CAPÍTULO IV - DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO - Artigos 113/117

TEMOS : IMPEDIMENTO, CONFLITO E INCOMPATIBILIDADE


IMPEDIMENTO....... : É UM OBSTÁCULO AO EXERCÍCIO DA ATUAÇÃO FUNCIONAL
PODE GERAR INEXISTÊNCIA DO ATO PRATICADO

CONFLITO.......... : OCORRE QUANDO, NO PROCESSO, DOIS OU MAIS JUIZES, AO MESMO TEMPO,


ENTENDEM QUE SÃO COMPETENTES OU NÃO COMPETENTES AO JULGAMENTO

INCOMPATIBILIDADE. : NÃO SE HARMONIZA, NÃO É CONCILIÁVEL

PERGUNTA 19 : Quem pode suscitar o conflito ?

RESPOSTA

CONFLITO POSITIVO : ENTENDEM QUE SÃO COMPETENTES

CONFLITO NEGATIVO : ENTENDEM QUE NÃO SÃO COMPETENTES

CONFLITO DE MP.... : CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO


Resolvido pela PGJ PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

CONFLITO DE JUIZOS : CONFLITO DE JURISDIÇÃO, que pode surgir em razão da união de


CONCEITO processos decorrentes da conexão e da continência, pois é sabido
que implicam na unidade de processo e julgamento simultâneo
Resolvido pelo TJ TRIBUNAL DE JUSTIÇA

QUEM PROVOCA o conflito é o SUSCITANTE, contra o SUSCITADO

A MARCA DO CONFLITO, é que um, discordou do outro

EXEMPLO DO GOLEIRO BRUNO


Parte do crime ocorreu no RIO DE JANEIRO e parte, em MINAS GERAIS
Quem vai dirimir é o TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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Em caso de urgência, o TRIBUNAL nomeia um Juiz para resolver a urgência
Exemplo : Se um réu estiver preso

QUALIFICAÇÕES, RAZÕES E FUNDAMENTO : VER ARTIGO 116 CPP

PERGUNTA 20 : Pode ocorrer conflitos entre os tribunais ?

PERGUNTA 21 : A quem cabe dirimir o conflito, quando ocorrer ?

RESPOSTAS
PODE !

O STF vai resolver os conflitos do STF e dos outro tribunais - Artigo 117 CPP
O STJ vai resolver os conflitos dos Tribunais Estaduais
O TRF vai resolver os conflitos dos Juizes Federais
O TRIBUNAL DO ESTADO vai resolver os conflitos dos Juizes Estaduais
Em SÃO PAULO, por exemplo, temos a CÂMARA ESPECIAL, para dirimir conflitos estaduais

30
CAPÍTULO V - DA RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS - Artigos 118/124

CONCEITO
É um procedimento legal de devolução a quem de direito, de objeto apreendido durante
diligência policial ou jurisdicional.

Ocorre, quando não houver mais interesse ao processo criminal.

Esse procedimento pode constituir procedimento incidente, quando houver litígio ou


dúvida, sobre a propriedade do bem.

Todo o objeto apreendido será relacionado em um Auto de Apreensão, assinado pela


autoridade policial.

Durante o IP INQUÉRITO POLICIAL, visando elucidar, investigar o crime, a autoridade


policial pode determinar a apreensão de todos os objetos relacionados ao crime.

Exemplos :

Um grupo de policiais enfrente um grupo de marginais

Um marginal é morto por um policial

O delegado deve apreender TODAS as armas do policiais, para posterior devolução

A relação dos objetos apreendidos e as suas fotos, formam a materialização das provas

PERGUNTA 22 : Implica em prova ilícita, uma Relação dos Objetos, com erros ?

RESPOSTA
NÃO ! na produção de provas, pode-se corrigir a Relação dos Objetos Apreendidos.

Certos objetos estão sujeitos ao confisco, perda do bem em favor da União, ao Estado:
Drogas, Veículos, Embarcações, utilizados em ação de tráficos
Armas, Munições, Objetos Ilícitos, Aeronaves, CDs Piratas, Perfumes, Óculos, Tenis

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Artigo 6º, Inciso II - CPP : O Delegado faz a busca e a apreensão

Artigo 240º .............. : Busca pelo Juiz

PRODUTO.... : Objeto pelo qual, decai a conduta criminosa

INSTRUMENTO : Prática da conduta (Arma, etc.)

PROVEITO... : Algo, indiretamente adquirido com o crime : Dinheiro obtido com a venda

PERGUNTA 23 : Até quando esses bens serão apreendidos ?

RESPOSTA
Até o momento em que não terão interesse ao processo - Artigo 118 - CPP

Enquanto houver interesse ao processo............... - Artigo 91, II - CP

ARTIGO 120 CPP


A restituição de bens ou objetos apreendidos, quando não vedada em lei, pode ser
determinada pela autoridade policial ou pelo juiz, quando não houver dúvidas, quanto
à sua propriedade, desde que cessado o interesse, à apuração do crime.

DEVOLUÇÃO FEITA PELO JUIZ.... : O incidente

DEVOLUÇÃO FEITA PELO DELEGADO : Um ato administrativo

O incidente ocorrerá, quando houver dúvida, quanto à propriedade, quando ao direito


do reclamante, para haver o bem apreendido.

O incidente processual, será em apartado, para evitar o TUMULTO do processo principal

32
PERGUNTA 24 : Quem decide esse INCIDENTE ?

RESPOSTAS
Se houver dúvidas, sobre quem seja o verdadeiro dono da coisa, ou seja, uma dúvida
intransponível, o JUIZ CRIMINAL remeterá ao JUIZ CÍVEL, para a solução do INCIDENTE.

ARTIGO 120 - Parágrafo 4º


Sempre nesses casos, o MP será ouvido
O juiz poderá nomear um depositário, desde que, idôneo
O juiz poderá determinar um depósito, em favor do possuidor da coisa, ou 3º de Boa Fé

APLICAÇÃO DO - Parágrafo 5º
Se, apreendido algo deteriorável, como carga de alimentos, não poderá aguardar o
tempo necessário para a solução do INCIDENTE ou a decisão do Juizo Cível.

Assim, terá a venda ou licitação pública, depositando o valor, nos autos do processo

Outra alternativa é entregar o bem, mediante termo de responsabilidade do depositário


nas mãos de terceiro, que já tinha o bem.

Tudo o que foi adquirido com o Resultado Lucrativo do crime, ressalvando o direito de
terceiros, será objeto de apreensão e posterior sequestro de bens, previsto no Artigo
132 - CPP

O prazo para pedir a restituição é de 90 # Dias, senão, perda para a União, ver os

Artigos 122 CPP e 91, II CP

PERGUNTA 25 : A autoridade pode utilizar os bens apreendidos ?

RESPOSTAS
1) DEPENDE ! conforme os artigos 123 e 124 CPP

33
ARTIGO 123 CPP

2) OBJETOS APREENDIDOS  Não reclamados e não pertencentes ao réu :

Vendidos em leilão
Depositado o saldo à disposição do juizo de ausentes

ARTIGO 124 CPP

3) INSTRUMENTO DO CRIME E COISAS CONFISCADAS (ARTIGO 100 CPP) 

Cuja perda em favor da União, for decretada :

Serão inutilizados, ou
Recolhido em Museu Criminal, se interessar a sua conservação

LEI 10.826 DE 22/12/2003 - LEI DO DESARMAMENTO

4) Manda destruir - Artigo 25º

LEI 11.343 DE 23/08/2006 - LEI DE DROGAS

5) Permite a sua utilização - Artigo 62º - Parágrafo 4º e 11º

34
CAPÍTULO VI - DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS - Artigos 125/144 CPP

CONCEITO

São providências adotadas no curso do processo, para garantir a futura indenização da


vítima ou, reparação do dano causado, pagamento das despesas processuais ou
eventualmente das penas pecuniárias ao Estado, ou ainda, para evitar que o acusado,
obtenha lucro com o crime.

ESSAS MEDIDAS SÃO :

1) SEQUESTRO......... : ARTIGOS 125/133 - CPP


2) HIPOTECA LEGAL.... : ARTIGOS 134/135 - CPP
3) ARRESTO........... : ARTIGOS 136/144 - CPP

1) SEQUESTRO - ARTIGOS 125/133 - CPP

Retenção de bens imóveis (Artigo 125) e bens móveis (Artigo 132)


Ainda que em poder de terceiros
Adquiridos com proventos da infração (Artigo 125)
Evitando que o acusado não se desfaça dos bens, no curso da ação
Inviabilizando a indenização do crime

REPORTAGEM SOBRE UMA APREENSÃO

A Polícia Federal (PF) apreendeu na última segunda-feira, dia 20 de setembro, um jato


executivo do presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amapá (TCE-AP), José Júlio de
Miranda Coelho, preso no dia 10 de setembro durante a Operação Mãos Limpas.

Segundo a PF, Coelho vinha tentando ocultar a aeronave, um Cessna Citation, das
autoridades.

O avião estava em um hangar do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), e foi


apreendido com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

35
2) HIPOTECA - ARTIGOS 134/135 - CPP

LEGAL....... - Pela Lei


CONVENCIONAL - Pelas partes, quando de um financiamento
JUDICIONAL.. - Pelo Juiz, substituível por TDA, por exemplo, Artigo 135, 6º)

Pode ser requerida em qualquer fase do processo


Pode ser requerida pelo MP ou pelo OFENDIDO ou HERDEIROS

Desde que haja certeza da infração e indícios suficientes da autoria (Artigo 134)
Na prática, haverá a instauração do incidente

Artigo 135, Parágrafo 1º : Provas ou indicação de provas (Expressão Infeliz)

Se a vítima for pobre, o MP tem legitimidade para requerer a HIPOTECA LEGAL, ou


quando houver interesse do Estado

Os herdeiros do falecido podem pedir a HIPOTECA LEGAL

NÃO TEM RELAÇÃO OU PROVA DO CRIME

PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME/MATERIALIDADE > HOMICIDIO = O morto


(Tambem não é certeza) FURTO.... = A subtração
DANO..... = A Destruição

EXEMPLO DA CRIANÇA MORTA COM HEMATOMAS.... > O pai teria espancado


O médico deu medicamento que asfixiasse

A prova da existência não é materialidade, mas, a prova de que o crime ocorreu


O fato poderá ser provado de qualquer maneira

PROCEDIMENTO

Previsto no Artigo 135 CPP


Requerida a especialização da HIPOTECA

É o procedimento adotado, para INDIVIDUALIZAR o imóvel ou imóveis, sobre os quais,


recairá a HIPOTECA, para garantir a futura indenização, tornando o bem indisponível

36
1. INDICAR, ESPECIALIZAR, INDIVIDUALIZAR OS BENS

2. AVALIAR OS BENS

3. REQUERER A HIPOTECA

A avaliação será feita por perito do juízo, ouvidas as partes, em respeito ao


princípio do contraditório

Será hipotecado o imóvel, por valor compatível com o valor da reparação, podendo o
acusado, substituir o valor da caução

Exemplo : O valor da reparação de TRINTA MIL, não pode requere imóvel de UM MILHÃO

3) ARRESTO - ARTIGOS 136/144 - CPP

Bloqueio dos bens, mesmo que adquiridos legalmente


Patrimônio legal, pessoal, do criminoso
Medida acautelatória, para assegurar a indenização da vítima ou do Estado
Procedimento em apartado, para evitar o tumulto do processo principal
Tanto o ARRESTO como a HIPOTECA, recaem sobre bens lícitos do agente
Medidas acautelatórias tomadas, tornando o bem indisponível, gravado

DIREITO REAL DE GARANTIA

Em virtude do qual, um bem imóvel, que continua sob a posse do DEVEDOR, assegura ao
CREDOR, o pagamento da dívida

Instrumento legal para proteger do CREDOR

Especialização da HIPOTECA  Registro no CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS

37
CAPÍTULO VII - DO INCIDENTE DE FALSIDADE - Artigos 145/148 CPP

DOCUMENTO = Do latim : “DOCERE”

CONCEITO

O documento é sempre uma situação, uma declaração de um fato público, jurídico

Documento Particular = Cartão pessoal, do clube, do Raio X, etc.


Documento Público... = Fé pública, declaração do Estado, presunção de veracidade

EXEMPLO : ARTIGO 62 CPP

“ No caso de morte do acusado, o juiz, somente à vista da certidão de óbito, e depois


de ouvido o MP, declarará extinta a punibilidade. ”

O Incidente de Falsidade é instaurado, toda a vez que houver dúvida, quanto à


autenticidade de um documento, para constatar a autenticidade de um documento
aplicado nos autos

Haverá a suspensão do Processo Principal com prazo de 48 Horas para a parte contrária

PROVIDÊNCIAS DO JUIZ : ARTIGO 145 CPP

“ Arguida, por escrito, a falsidade de documento constante nos autos, o juiz


observará o seguinte processo :

I - mandará autuar em apartado a impugnação... ouvirá a parte contrária em 48 h...

II - assinará no prazo de 3 dias... para provas

III - conclusos os autos, poderá ordenar as diligências que entender necessárias

IV - se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, mandará desentranhar o


documento e remete-lo com os autos do processo incidente, ao MP

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O juiz determinará, sendo o caso, a realização de provas : Perícia para comprovação
da falsidade

Sendo comprovada a falsidade do documento, o juiz determinará o desarquivamento do


documento e remessa ao MP, para medidas criminais

Dessa decisão, cabe recurso em sentido estrito, Artigo 581, XVIII CPP

Essa decisão não faz COISA JULGADA NO CÍVEL

PERGUNTA 26 : Quem pode provocar o incidente de falsidade ?

RESPOSTA : O réu !

PERGUNTA 27 : Quem pode arguir contra o incidente de falsidade ?

RESPOSTA : As partes, o juiz, o Ministério Público

FALSUM = QUE NÃO É VERDADEIRO

FALSUM IDEAL (IDEOLÓGICO) = NÃO É NECESSÁRIA A PROVA JUDICIAL

FALSUM MATERIAL (DOCUMENTAL) = É NECESSÁRIA A PROVA JUDICIAL

DOCUMENTO PÚBLICO OU PRIVADO

FALSIDADE TOTAL (CONTRAFRAÇÃO = MATÉRIA FUTURA)

FALSIDADE PARCIAL

INCLUSIVE A ASSINATURA FALSA

EXEMPLO DE UM ATESTADO DE ÓBITO FALSO :

O atestado é verdadeiro / Estrutura documental OK = FALSUM MATERIAL

A declaração e reconhecimento feito por alguém é falsa = FALSUM IDEAL

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CAPÍTULO VIII - DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO - ARTIGOS 149/154 CPP

Autuado em separado
Instaurado para o acusado
Suspende o andamento do processo

CONCEITO
INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO é o procedimento instaurado p/apurar a INIMPUTABILIDADE
ou a SEMI-INIMPUTABILIDADE do acusado, levando em conta a sua capacidade de
entendimento e determinação, ao tempo do crime

CAPACIDADE HUMANA  ENTENDIMENTO e DETERMINAÇÃO

ARTIGO 26 CP

“É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental


incompleto ou retardado, era, ao temo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o carater ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento.”

DOENÇA MENTAL
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO

REQUISITOS

CAUSAL
TEMPORAL
CONSEQUENCIAL

A DOENÇA, NO TEMPO DO CRIME, PRECISA RETIRAR A CAPCIDADE DE ENTENDIMENTO DO AGENTE

Se apresentar PERICULOSIDADE.... = Manicômio Judicial


Se não apresentar PERICULOSIDADE = Tratamento Ambulatorial

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ARTIGO 149 CPP (DE FORMA ABERTA)

Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado


O juiz ordenará, de ofício ou a requerimento :

Do Ministério Público
Do defensor
Do curador
Do ascendente
Do descendente
Do irmão
Do cônjuge do acusado

Seja este submetido a exame médico-legal.

A legação pode deixar o acusado no Manicômio Judicial, num período superior à prisão,
pelo cumprimento da pena

RELEMBRANDO CRIME - EXPOSIÇÃO FEITA EM CLASSE

CRIME

Fato típico (TIPICIDADE) + Fato antijurídico (ANTIJURICIDADE, ILEGAL)

ELEMENTOS DO FATO TÍPICO - AÇÃO/OMISSÃO


1) Conduta Humana
2) Nexo Causal
3) Tipicidade (Adequação da Conduta e o modelo da Lei)
4) Resultado

ELEMENTOS DO FATO ANTIJURÍDICO - DOLO OU CULPA


1) Estado de necessidade
2) Legítima defesa
3) Cumprimento do dever legal
4) Exercício regular do direito

Visto isso, verificar a culpabilidade e a pena


Há casos que excluem a culpabilidade, como a imputabilidade

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