Teste de Abril

Grupo I diminuiu a taxa metabólica (utilização mais

Ecossistemas e Cadeias alimentares
o Um Ecossistema é formado pelo conjunto de
todos os organismos, de uma determinada área
geográfica, e pelas interações que esses
organismos estabelecem entre si (meio biótico) e
com o meio abiótico que os rodeia.
o A circulação de matéria e de fluxo de energia nos
ecossistemas ocorrem ao longo das cadeias
alimentares, que se inter-relacionam constituindo
teias alimentares ou redes tróficas. A energia entra
no ecossistema na forma de luz solar e dissipa-se
na forma de calor. A matéria, circula entre os
meios biótico e abiótico, sendo reciclada.
eficiente da energia) e possibilitou uma maior
independência dos organismos em relação ao
meio (equilíbrio dinâmico do meio interno).
Células procariontes e eucariontes
o Teoria celular:
o A célula é a unidade básica de estrutura
e funções dos seres vivos;
o Todas as células provêm de células
preexistentes;
o A célula é a unidade de reprodução, de
desenvolvimento e de hereditariedade
dos seres vivos.

o Seres unicelulares – seres vivos que têm apenas

uma única célula, estes podem ser procariontes
(bactérias) ou eucariontes(amiba).
São exemplos de seres unicelulares, as bactérias,
os protozoários, algumas espécies de algas e
algumas espécies de fungos (Uma espécie é o
conjunto de organismos com características
morfológicas semelhantes capazes de se
reproduzirem entre si, originando descendência
fértil). o As células procarióticas são estruturalmente muito
simples e muito pequenas, 1µm e 10µm.
o Seres pluricelulares – seres vivos constituídos por o Não possuem organelos membranares.
várias células semelhantes e interdependentes, o Podem apresentar, externamente à parede
que atuam em conjunto para garantir a celular, uma cápsula com função protetora.
sobrevivência do ser, desempenhando uma ou
mais funções. Estes atingem níveis de composição
mais complexos do que os seres vivos unicelulares
São exemplos de seres unicelulares, algumas
espécies de algas, algumas espécies de fungos
plantas e animais.
O estado pluricelular teve vantagens evolutivas.
Permitiu o aparecimento de organismos de
maiores dimensões, aumentou a capacidade de
adaptação das espécies (maior diversidade),

o Apresentam uma maior complexidade estrutural
que as células procarióticas e dimensões
superiores, em cerca de 10 vezes.
o O núcleo está individualizado pelo invólucro
nuclear.
o Possuem uma variedade de organelos delimitados
por membranas ou não.
o Produtores: Organismos autotróficos. Produzem a
matéria orgânica, que constitui o seu corpo, a
partir de matéria inorgânica do meio, utilizando
uma fonte de energia, que pode ser luminosa ou
energia química de compostos minerais.
As plantas, algas, cianobactérias e alguns
protistas são organismos produtores.
Os produtores ocupam o primeiro nível
trófico de uma cadeia alimentar assim, são a base
alimentar de toda a espécie viva do planeta. Todo
o alimento existente é produzido a partir dos
produtores, ou seja, as plantas, seres
fotossintéticos. Estes transformam a matéria
inorgânica (sais minerais) em matéria orgânica
(glicose/sacarose/frutose/etc…) Sem eles, não
existiria nenhum alimento e, portanto, nenhuma
vida na Terra.
o Consumidores: Organismos heterotróficos. Obtêm
a matéria orgânica, que constitui o seu corpo e
lhes fornece energia, alimentando-se da matéria
orgânica de outros organismos.
Os animais, os fungos e uma parte das
bactérias e dos protistas são consumidores.
o Decompositores: Organismos heterotróficos.
Transformam a matéria orgânica morta e de
excrementos em matéria inorgânica, que pode,
de novo, ser utilizada pelos produtores, fechando
o ciclo da matéria nos ecossistemas.
As bactérias e os fungos do solo são
organismos decompositores.
Compostos orgânicos
o As moléculas orgânicas produzidas pelos seres
vivos, são os prótidos, glícidos, lípidos e ácidos
nucleicos.
o As reações de condensação permitem a ligação
de diferentes monómeros para formar polímeros
e por cada ligação é removida uma molécula de
água. As reações de hidrólise separam os
monómeros, por cada ligação que se quebra é
necessária a adição de uma molécula de água.
Prótidos/Proteínas
o Os monómeros dos prótidos são os aminoácidos
e são constituídos por átomos de C, O, H e N. Os
aminoácidos possuem um átomo central de C ao
qual se ligam um grupo amina, um grupo
carboxilo, um átomo de H e um radical, variável.
o Ligam-se entre si por ligações peptídicas.
o Os péptidos são polímeros formados por um
número reduzido de aminoácidos. As proteínas
são constituídas por um grande número de
aminoácidos.
o As proteínas desempenham funções de
transporte, defesa, reserva, hormonal e
enzimática, função essencial para o metabolismo.
Glícidos/Glúcidos/Hidratos de Carbono
o Os monómeros dos glícidos são os
monossacarídeos, como por exemplo a glicose, e
são constituídos por átomos de C, O e H.
o Ligam-se entre sim por ligações glicosídicas entre
grupos hidroxilo.
o Os oligossacarídeos são constituídos por um
pequeno número de monossacarídeos e os
polissacarídeos são cadeias longas destes.
o Desempenham funções estruturais e de reserva.
 o Celulose – estrutural das paredes
celulares das células vegetais;
o Amido – reserva dos vegetais;
o Glicogénio – reserva dos animais;
o Quitina – estrutural da parede celular dos
fungos e do exoesqueleto dos
artrópodes.
Lípidos
o Moléculas insolúveis na água e solúveis em
solventes orgânicos.
o Os triglicéridos são constituídos por uma molécula
de glicerol e 3 de ácidos gordos, têm função de
reserva.
o Os fosfolípidos desempenham funções estruturais
nas membranas celulares e são constituídos por
2 cadeias apolares, hidrofóbicas e 1 polar, hidrofílica,
sendo assim uma molécula anfipática.
o O colesterol é um lípido das membranas celulares
de células animais e percursor da síntese de
vitamina D e de hormonas esteroides.
o Existem ainda lípidos com função protetora.
Ácidos nucleicos
o Podem ser moléculas de DNA, ácido
desoxirribonucleico, ou RNA, ácido ribonucleico e
são polímeros de nucleótidos.
o Um nucleótido é constituído por uma base
azotada, um grupo fosfato e uma pentose.
o No DNA a pentose é a desoxirribose e as bases
azotadas são a timina, a adenina, a citosina e a
guanina.
o No RNA a pentose é a ribose e as bases azotadas
são o uracilo, a timina, a citosina e a guanina.
o Têm a função de armazenamento, e
transferência da informação hereditária.
Fotossíntese
o A fotossíntese é um processo realizado por
plantas e alguns protistas que transformam
energia luminosa em energia química.
6 CO2 + 12 H2O ---luz e clorofila---> C6H12O6 + 6 O2
+ 6 H2O
o A fotossíntese divide-se em 2 fases: a fase
fotoquímica e a fase química.
o Fase fotoquímica:
o A energia luminosa é captada pelos
pigmentos fotossintéticos, que se
encontram na membrana dos tilacoides
do cloroplasto. Os principais pigmentos
fotossintéticos são as clorofilas,
carotenoides e ficobilinas.
o A clorofila a é excitada pelos fotões da luz.
Os eletrões perdidos pela clorofila, que
fica oxidada, percorrem uma cadeia de
moléculas transportadoras.
o O NADP+ é o acetor final dos eletrões e
fica reduzido a NADPH. O fluxo de
eletrões liberta energia, utilizada para
formar ATP.
 o A fotólise da molécula da água liberta
eletrões e protões (a partir dos átomos
de hidrogénio) e átomos de oxigénio. Os
eletrões repõem aqueles que foram
perdidos pela clorofila, reduzindo-a, e o
oxigénio é libertado. A água é, assim, o
doador primário de eletrões e o oxigénio
é libertado como subproduto.
o Os produtos finais da fase clara são: ATP,
NADPH + H+ e O2.
o Fase Química
o Ocorre no estroma do cloroplasto e
verifica-se o Ciclo de Calvin.
o O CO2 atmosférico é fixado e combina-
se com uma pentose, a ribulose difosfato
(RuDP) formando um composto instável
com 6 carbonos, que se desdobra em 2
molécula de ácido fosfoglicérico (PGA)
com 3 C.
o Os eletrões do NADPH e o ATP,
produzidos na fase fotoquímica, vão
reduzir e fosforilar, respetivamente, o
PGA formando aldeído fosfoglicérico
(PGAL). São regeneradas moléculas de
NADP+ e de ADP, necessárias à fase
fotoquímica.
o Uma parte do PGAL é usada na síntese
de glicose e a maior parte é utilizada na
regeneração de RuDP, permitindo a
continuação do ciclo e a fixação de mais
CO2.
o Os produtos finais da fase escura são:
Glicose, RuDP, NADP+ e ADP + P
o Experiências para estudar a fotossíntese:
o A experiência de Engelmann, permitiu
estabelecer relações entre as radiações
do espetro de absorção (representa a
eficiência fotossintética em função do
comprimento de onda das radiações
absorvidas) e a eficiência da fotossíntese.
o Observou que as bactérias utilizadas se
aglomeravam mais densamente junto às
zonas que recebiam radiações
correspondentes às faixas vermelho-
alaranjadas e azul-violeta. Esta distribuição
evidencia que nessa zona há maior
libertação de oxigénio.
o Como o oxigénio é um dos produtos da
fotossíntese, a sua libertação em maior
ou menor quantidade revela maior ou
menor intensidade fotossintética.
o Van Niel chegou à sua conclusão após
fornecer a bactérias sulfurosas CO2 e
H2S, ao invés de CO2 e H2O e verificou
que os produtos desta reação incluíam 2
átomos de S, em vez de 2 átomos de
oxigénio. Concluiu assim, que o Oxigénio
libertado da fotossíntese provém, não do
CO2, mas sim da água.
o Na experiência de Rubem e Hamen o
isótopo de oxigénio – 18 estava presente
apenas na água. Recolheram o oxigénio à
exposição da luz e comprovaram que
este era Oxigénio – 18, que não aparecia
nos compostos orgânicos sintetizados.
Assim, esta experiência fortaleceu a ideia
de Van Niel, que havia já antes concluído
que o oxigénio libertado na fotossíntese
provinha da água.
 o Segunda fase:
o A quimiossíntese é realizada principalmente
por bactérias, entre as quais as ferrobactérias,
as sulfobactérias e as nitrobactérias. Cada uma
dessas bactérias utiliza a energia de um mineral
que oxida, compostos respetivamente
de ferro, enxofre e nitrogénio.

o Gaffron e colaboradores, realizaram uma

Grupo II
experiência que lhes permitiu afirmar que Transporte nas plantas
a luz é necessária para iniciar o processo
o A maioria das plantas terrestres possui tecidos
fotossintético, o qual poderá continuar
especializados na condução e distribuição de
durante alguns segundos mesmo na
substâncias. As plantas que possuem tecidos
obscuridade. Isto porque, os produtos
condutores das seivas são designadas plantas
necessário à fase escura são produzidos
vasculares.
na fase clara, ou seja, quando privado à
o Os tecidos condutores destas plantas são o xilema
exposição de luz solar, os seres
e o floema.
fotossintéticos continuam a realizar as
o Na raiz os feixes condutores são simples e
reações da fase química até os seus
alternos e no caule e nas folhas são duplos e
produtos cessarem.
colaterais.

O Xilema
o O xilema conduz a seiva bruta, constituída por
água e iões minerais, em sentido ascendente no
corpo da planta através dos vasos xilémicos.
o As células constituintes do xilema são células
mortas, com paredes espessas, dispostas topo a
topo formando colunas. As paredes laterais destes
vasos são revestidas por uma substância
o A experiência de Calvin provou, através impermeável, a lenhina.
da marcação radioativa do carbono do
CO2, que esse mesmo carbono aparece
nas moléculas orgânicas formadas.

Quimiossíntese
o Na quimiossíntese os seres reduzem o CO2 sem
utilizar energia luminosa.
o Neste processo, a fonte de eletrões não é a água,
mas sim, sulfureto de hidrogénio, amoníaco, entre
outras substâncias.
o Primeira fase:
o A energia fornecida por diversas reações
de oxirredução leva à formação de
NADPH e mobilização de energia para a
síntese de moléculas de ATP.
 Teoria da pressão radicular o A Relação direta entre as taxas de transpiração e
1. A entrada de iões minerais, por transporte passivo de absorção nas plantas apoia este modelo. Foi
e posteriormente por transporte ativo, a partir da demonstrado por estudos que a tensão produzida
solução do solo para as células da epiderme da pela transpiração é suficiente para provocar a
raiz faz aumentar a pressão osmótica nestas ascensão da água a grandes alturas em tubos de
células, o que conduz à absorção de água, por pequeno diâmetro, como é o caso dos vasos
osmose, do solo para a raiz; xilémicos.
2. As diferenças de pressão osmótica entre as
células adjacentes da raiz fazem movimentar os
iões minerais e a água, célula a célula, até ao
xilema, que se localiza na zona central da raiz;
3. A acumulação de água nos tecidos da raiz
provoca uma pressão que força a água a subir
no xilema, quando esta pressão é muito elevada,
pode fazer com que a água ascenda até às folhas.

o A gutação (libertação de água pelas margens das

folhas) dos morangueiros e exsudação (libertação
de água por caules cortados) da videira são
exemplos que suportam esta teoria, contudo, esta
teoria não consegue explicar a ascensão do
xilema em plantas altas, pois não atinge valores
suficientes para a água percorrer longas distâncias. O Floema
o O floema conduz a seiva elaborada, constituída
Teoria da Tensão-coesão-adesão por matéria orgânica produzida pela fotossíntese,
principalmente açúcares, em sentido descendente
1. A perda de água para a atmosfera, por ou ascendente no corpo da planta, mas
transpiração, pelos estomas, ao nível das folhas, maioritariamente descendente.
faz deslocar água das células e cria uma força de
tensão negativa;
2. A tensão criada pela transpiração foliar é
transmitida até ao xilema e, a partir deste, às
células da raiz e à solução do solo, provocando a
absorção da água e a sua subida, pelo caule, até
às folhas;
3. A coesão entre as moléculas de água, devido à
sua polaridade e ligações por pontes de
hidrogénio, leva à deslocação da água numa
coluna contínua. Adicionalmente, a adesão das
moléculas de água às paredes do xilema, que são
hidrofílicas, facilita a ascensão em coluna.
o As células condutoras do floema são os
elementos de tubo crivoso. São células vivas, de
parede fina. A cadeia elemento de tubo crivoso
está associada a uma célula de companhia,
disposta lateralmente.
o Os elementos do tubo crivoso dispõem-se topo a
topo formando colunas de células, os tubos
crivosos. A separar diferentes elementos de tubo
crivoso existem paredes transversais perfuradas
que são as placas crivosas.
o Na raiz os feixes condutores são simples e
alternos e no caule e nas folhas são duplos e
colaterais.
Hipótese do Fluxo de Massa
o Esta hipótese defende que a circulação da seiva
elaborada ocorre sob pressão, devido à diferença
de concentração de compostos orgânicos,
principalmente açúcares, entre órgãos da planta
que os produzem, as fontes, e órgãos da planta
que os consomem ou armazenam numa forma
insolúvel, os drenos. Este movimento chama-se
translocação e verifica-se pelas seguintes etapas:
1. A fotossíntese, realizada pelas células das
folhas, leva à produção de glicose que é
convertida em sacarose;
2. A sacarose passa das células de companhia,
por transporte ativo, para os tubos crivosos
do floema;
3. A entrada de sacarose para as células do
floema faz aumentar a pressão osmótica e,
de seguida, dá-se a entrada de água por
osmose;
4. Aumenta a pressão de turgescência nas
células do floema;
5. O aumento da pressão de turgescência força
a água e os solutos a deslocarem-se para as
células adjacentes, atravessando as placas
crivosas, e desencadeando um fluxo de massa
ao longo dos tubos crivosos;
6. Num órgão de consumo ou de reserva a
sacarose abandona os tubos crivosos por
transporte ativo, a pressão osmótica diminui,
e segue-se a saída da água por osmose.
o Enquanto se mantiver o gradiente de
concentração de açúcares entre uma fonte e um
dreno mantém-se o fluxo de massa.
o A circulação da seiva elaborada sob pressão é
confirmada por observações efetuadas em
afídeos. Os afídeos são insetos que se alimentam
de seiva e que inserem o seu estilete nos
elementos condutores do floema. Durante a
refeição verifica-se a eliminação de um excesso
de seiva pela extremidade posterior do tubo
digestivo do animal, o que sugere que o inseto
não suga ativamente a seiva, mas esta flui, sob
pressão, para o seu sistema digestivo.
Grupo III
Sistemas de transporte nos animais
o Os seres vivos necessitam de realizar trocas de
substâncias com o meio envolvente. Esta troca de
substâncias químicas decorre a nível celular. Para
as substâncias atravessarem as membranas
celulares a estratégia mais eficaz é quando as
substâncias se encontram dissolvidas, implicando
que as células estejam embebidas num meio
líquido, o fluído intersticial.
o A difusão, em organismos de maiores dimensões
torna-se um processo demasiado lento e
inoperante devido ao elevado número de células.
À medida que o grau de complexidade dos
animais aumenta, surgem sistemas de transporte
mais especializados com órgãos também
especializados, que estabelecem a ligação entre
as células e os sistemas digestivo, respiratório e
excretor. O sistema circulatório garante a chegada
 de nutrientes e oxigénios a todas as células e a se explica pelo facto de não ser a hemolinfa o
eliminação de substâncias tóxicas resultantes do meio de transporte dos gases respiratórios.
metabolismo. Um sistema de transporte,
tipicamente inclui: o Em animais com sistema circulatório fechado,
o um fluido circulante, sangue ou outro distinguem-se 3 tipos de circulação. A circulação
fluido, que garante o transporte de simples, a circulação dupla incompleta e a
nutrientes, a circulação de substâncias circulação dupla completa.
reguladoras, e o transporte de resíduos o Circulação simples - peixe:
azotados. Este fluído pode também o O sangue efetua um único trajeto,
transportar gases respiratórios. passando uma vez pelo coração sob a
forma de sangue venoso;
o um órgão propulsor do líquido circulante,
o Coração com 2 cavidades, uma aurícula
nos animais, geralmente o coração
e um ventrículo;
o um sistema de vasos ou de espaços por o A aurícula recebe o sangue venoso e
onde o fluido circula entre os diferentes envia-o para o ventrículo que o
órgãos e tecidos do organismo, impulsiona para a branquias, onde
permitindo o contacto entre o líquido ocorrem as trocas gasosas;
circulante e o líquido intersticial de todas o Dos capilares branquiais o sangue segue
as células. para os tecidos e órgão, com baixa
velocidade e pressão.
o Podemos distinguir assim, de acordo com o grau o A chegada de nutrientes e oxigénio às células e
de complexidade, um sistema circulatório aberto a remoção de resíduos é pouco eficiente, uma
de um sistema circulatório fechado. vez que o sangue flui com baixa velocidade e
o Sistema circulatório aberto: pressão para as células dos tecidos e órgãos.
o Não há distinção entre sangue e fluido
intersticial – hemolinfa;
o A hemolinfa abandona os vasos
sanguíneos e banha as células
diretamente;
o Um ou mais corações bombeiam a
hemolinfa que passa por um sistema de
lacunas – espaços que rodeiam os
órgãos.
o Nestes sistemas, a circulação da hemolinfa é lenta,
o que torna igualmente lentas as trocas efetuadas
com as células e determina baixas taxas
o Circulação dupla:
metabólicas.
o O sangue percorre dois trajetos:
o Sistema circulatório fechado:
o Pequena circulação ou circulação
o O sangue circula sempre dentro dos
pulmonar – o sangue sai do ventrículo
vasos sanguíneos e é distinto do fluido
único ou do ventrículo direito para a
intersticial;
artéria pulmonar, que se ramifica para os
o O coração bombeia o sangue para as
órgãos onde é oxigenado, regressando à
artérias que se ramificam;
aurícula esquerda do coração pelas veias
o As trocas ocorrem pro difusão ao nível
pulmonares;
dos capilares e dão-se entre o sangue e
o Grande circulação ou circulação sistémica
o fluido intersticial que banha as células.
– o sangue sai do ventrículo único ou do
o Nestes sistemas, a circulação é mais rápida e as
ventrículo esquerdo para a artéria aorta
trocas com as células mais eficientes, o que
em direção aos tecidos. Regressa
determina maiores taxas metabólicas.
posteriormente à aurícula direita pelas
o Neste aspeto, os insetos constituem uma
veias cavas.
exceção, uma vez que possuem um sistema
circulatório aberto e altas taxas metabólicas, o que
o Circulação dupla incompleta - Anfíbio: constante a sua temperatura corporal – animais
o Coração com 3 cavidades: 2 aurículas e 1 homeotérmicos.
ventrículo; o Esta aquisição contribui para uma melhor
o A aurícula direita recebe o sangue adaptação destes animais a uma grande variedade
venoso e a esquerda o arterial; de ambientes.
o O ventrículo recebe sangue venoso e
arterial;
o A circulação pulmonar e a circulação
sistémica não são independentes,
ocorrendo mistura parcial do sangue
venoso e arterial no ventrículo.
o O sangue bombeado diretamente do coração
para os capilares dos diferentes órgãos chega
com maior velocidade e pressão aos tecidos, o
que aumenta a eficácia das trocas materiais com
o líquido intersticial.
o Possui a desvantagem de ocorrer uma mistura
parcial dos 2 tipos de sangue no ventrículo, o que
Constituição da membrana plasmática
afeta a concentração de oxigénio no sangue o Nos animais, nomeadamente nos mamíferos, o
arterial. A mistura apenas parcial deve-se à não sangue e a linfa são fluidos distintos. O sangue
simultaneidade de contração das duas aurículas. circula em vasos sanguíneos, a linfa intersticial
Embora haja alguma mistura, a maior parte do banha as células e estabelece com elas trocas de
sangue pouco oxigenado é lançado no circuito materiais e a linfa circulante circula em vasos
pulmocutâneo e a maior parte do sangue linfáticos.
oxigenado vai para o circuito sistémico. o O sangue é um tecido altamente especializado
constituído por elementos celulares em
suspensão numa matriz líquida, o plasma. O plasma
constitui cerca de 55% do volume total de sangue
e o conjunto dos elementos celulares perfazem
os restantes 45%.
Constituintes do
Funções
sangue
Transporte de
Hemácias ou oxigénio e
eritrócitos dióxido de
o Circulação dupla completa – mamífero e ave: Células anucleadas, carbono
o Coração com 4 cavidades: 2 aurículas e em forma de disco (contudo a
2 ventrículos; bicôncavo, ricas em maior parte
o No lado direito do coração circula apenas hemoglobina e de deste é
Elementos celulares

sangue venoso e no esquerdo apenas cor vermelha. transportado

sangue arterial; pelo plasma).
o A circulação pulmonar e a circulação
Leucócitos
sistémica são independentes, não
ocorrendo mistura de sangues no Células
coração. aproximadamente Defesa contra
o Esta circulação garante um maior aporte de esféricas e agentes
oxigénio às células do organismo, o que permite nucleadas. patogénicos e
uma maior produção de energia. Classificam-se em 5 células
o Este aumento reflete-se numa maior capacidade tipos com cancerosas.
de calor corporal, que é distribuído de modo características e
uniforme for todo o organismo, mantendo funções especificas.
 Plaquetas o Tem permeabilidade seletiva, isto é, deixa-se
sanguíneas atravessar facilmente por determinadas
Fragmentos substâncias e dificulta ou impede a passagem de
Coagulação
celulares, de sanguínea. outras.
pequenas o O modelo atualmente aceite para a estrutura da
dimensões e membrana celular é o modelo do Mosaico Fluido,
anucleados. proposto por Singer e Nicholson em 1972.
O plasma o Segundo este modelo, a membrana
desempenha
O plasma é a parte celular é uma estrutura dinâmica,
várias funções
líquida do sangue, constituída por diferentes moléculas, que
associadas aos
de cor amarelo não ocupam posições fixas. O grau de
claro e constituídoseus fluidez da membrana depende da sua
constituintes.
maioritariamente composição e temperatura.
Plasma sanguíneo

por água (cerca de

Uma das
91%) e por uma
principais
variedade de
funções do
moléculas, de
plasma é o
diferentes
transporte de
dimensões, em
substâncias
solução: proteínas,
entre as células
iões, nutrientes,
e as superfícies
gases e produtos
de contacto
de excreção.
com o meio o É constituída pelos seguintes elementos:
externo. o Bicamada fosfolipídica – As moléculas dos
o A linfa intersticial forma-se a partir do sangue; é fosfolípidos dispõem-se em bicamada,
um líquido claro e transparente. Ao nível dos uma vez que são moléculas anfipáticas,
capilares sanguíneos, plasma e leucócitos saem isto é, possuem uma cabeça polar
dos vasos e ocupam o espaço entre as células, hidrofílica e uma cauda apolar hidrofóbica.
verificando-se trocas de nutrientes, gases e Os fosfolípidos não ocupam posições
produtos de excreção. fixas, podendo ter movimentos de
o Os nutrientes que são transportados até às células difusão lateral, trocando de posição no
são absorvidos para o sangue e para a linfa mesmo folheto na membrana, ou
circulante no intestino, os gases são trocados com movimentos em que trocam de folheto
o ar alveolar nos pulmões, e os resíduos na membrana, designados flip-flop.
metabólicos não gasosos passam para o meio o Proteínas – As proteínas integradas,
externo nos rins. intrínsecas ou permeases inserem-se na
o Após o estabelecimento de trocas com as células, bicamada fosfolipídica, atravessando-a, e,
uma parte da linfa intersticial reentra nos capilares tal como esta possuem regiões
sanguíneos e outra parte é recolhida em capilares hidrofóbicas e hidrofílicas.
linfáticos e passa a circular em vasos linfáticos, que
As proteínas superficiais, periféricas ou
a drenam no sangue perto do coração. Para além
extrínsecas localizam-se sobre a
das trocas com as células, a linfa desempenha uma
bicamada fosfolipídica, interagindo com as
importante função na defesa do organismo.
cabeças hidrofílicas dos fosfolípidos.
Grupo IV As proteínas apresentam movimentos de
difusão lateral, mas não têm movimentos
Constituição da membrana plasmática
de flip-flop.
o A membrana celular individualiza a célula em
o Glicoproteínas e Glicolípidos – No folheto
relação ao seu meio envolvente e regula o
da membrana orientado para o meio
movimento de substâncias.
extracelular associam-se a algumas
 proteínas e fosfolípidos moléculas de
glícidos, formando glicoproteínas e
glicolípidos. Estas estruturas são
importantes no reconhecimento celular.
o Colesterol – Localiza-se entre as caudas
apolares das moléculas dos fosfolípidos,
nas membranas das células animais. Têm
influência na fluidez da membrana,
aumentando a sua fluidez em
temperaturas baixas e diminuindo a
fluidez a temperaturas elevadas, o que
favorece a estabilidade da membrana
numa amplitude larga de temperatura.
Sistemas digestivos nos animais
o A obtenção e o processamento de alimentos
pelos seres heterotróficos incluem os processos
de ingestão, digestão e absorção.
o Pela ingestão os organismos obtêm a
matéria que lhes serve de alimento a
partir do meio externo e introduzem-na
no organismo.
o A digestão transforma as moléculas
complexas dos alimentos em moléculas
pequenas e simples.
o A absorção é a passagem das moléculas
simples, obtidas diretamente do meio ou
resultantes da digestão, do meio externo
para o meio interno.
o Na Hidra e na Planária, a digestão extracelular
ocorre na cavidade gastrovascular, onde são
lançadas enzimas que atuam sobre os alimentos
e os transformam em partículas simples. As
partículas parcialmente digeridas, são fagocitadas
por células que continuam a digestão dentro de
vacúolos digestivos – digestão intracelular-,
ocorrendo a difusão das moléculas simples para
as restantes células do organismo.
o Na Minhoca a digestão é exclusivamente
extracelular. O alimento entra pela boca, passa
pela faringe, pelo esófago e deste para o papo,
onde é acumulado e humidificado. De seguida,
passa para a moela, onde é triturado. O alimento,
fracionado por digestão mecânica, segue para o
intestino, onde sofre a ação de enzimas, que o
digerem quimicamente, e onde ocorre a
absorção das substâncias mais simples. Os
resíduos alimentares são eliminados pelo ânus.
o No ser humano, bem como em todos os
vertebrados, a digestão é exclusivamente
extracelular, verificando-se uma grande
especialização funcional dos seus órgãos. Na boca
inicia-se a digestão mecânica e química, que
continua no estômago e no intestino delgado,
onde são produzidas enzimas específicas. No
intestino delgado, o suco pancreático e a bílis,
provenientes, respetivamente, do pâncreas e do
fígado, intervêm também na digestão. No intestino
delgado inicia-se a absorção para o sangue e para
a linfa, facilitada pela existência de projeções
ricamente vascularizadas (vilosidades intestinais) da
superfície intestinal que aumentam,
significativamente, a área da superfície de
absorção. No intestino grosso, os resíduos
alimentares acumulam-se, ocorrendo a
reabsorção de água antes de serem eliminados
através do ânus.
 Vantagens do tubo digestivo completo
o Os alimentos deslocam-se num único sentido,
sofrendo, sequencialmente, os processos de
digestão e de absorção;
o Existem regiões especializadas no
armazenamento e no processamento mecânico
e químico dos alimentos, o que evita que o
organismo esteja constantemente a captar
alimento e permite um maior aproveitamento dos
nutrientes.