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FACULDADE VISCONDE DE CAIRU

DEPARTAMENTO DE DIREITO

EDILSON ROCHA DE SOUZA, FRANCIANE DA SILVA MOURA,


GABRIEL D. REIS CARNEIRO, GUSTAVO F. MATTOS CRUZ,
ISAIAS M. DA SILVA PEREIRA GOMES, KAMILA ANDRADE OLIVEIRA,
LIDIANE CAROLINA DOS SANTOS CARDOSO
RAÍZA DE AZEVEDO LISBOA, RAIANE PEREIRA DE JESUS,
RAPHAELLA CASTRO MELO CARVALHO, RUSIVAL SILVA DE OLIVEIRA.

QUESTIONÁRIOS, PESQUISAS E FICHAMENTO


DIREITO PENAL II

SALVADOR
2021
EDILSON ROCHA DE SOUZA, FRANCIANE DA SILVA MOURA,
GABRIEL D. REIS CARNEIRO, GUSTAVO F. MATTOS CRUZ,
ISAIAS M. DA SILVA PEREIRA GOMES, KAMILA ANDRADE OLIVEIRA,
LIDIANE CAROLINA DOS SANTOS CARDOSO
RAÍZA DE AZEVEDO LISBOA, RAIANE PEREIRA DE JESUS,
RAPHAELLA CASTRO MELO CARVALHO, RUSIVAL SILVA DE OLIVEIRA.

QUESTIONÁRIOS, PESQUISAS E FICHAMENTO


DIREITO PENAL II

Trabalho da disciplina de Direito Penal II.


Docente: Carlos Henrique Martinez.

SALVADOR
2021
SUMÁRIO

1 QUESTIONÁRIOS 4
2 PESQUISAS E FICHAMENTO 17
3 REFERÊNCIAS 36
QUESTIONÁRIO I

1- Explique a fase inquisitorial antes de Beling


A partir do Iluminismo o positivismo substituiu as especulações metafísicas e
religiosas existentes até aquela época. Muitas correntes juristas, filosóficas e moral tinham
em comum censurar as cruéis sanções criminais do século XVIII; buscavam um novo
sistema punitivo. Nesse momento nas a Escola Clássica. Em que seu início teve como
pressuposto muitos pensamentos do italiano Carrara, e foi a partir dele que surgiu diversos
seguimentos. Segundo Biterncourt (2018, apud Aníbal Bruno):
“Não tem Carrara a originalidade de alguns dos seus predecessores. O que nêle (sic) se distingue é
a lógica jurídica, o poder de dialética com que expõe e justifica o seu programa e a admirável capacidade de
sistematização, que fêz (sic) dele o expositor máximo e consolidador da escola e um dos maiores penalistas
de todos os tempos”.
Para ele, o crime era composto por de uma força física e uma forma moral,
atualmente corresponderia ao elemento objetivo e ao elemento subjetivo. Segundo Carrara,
o crime é um ente de fato, mas um ente jurídico; não é uma ação, mas sim uma infração.
Por ter um entendimento a partir do jusnaturalismo, acreditava que o direito era dado a
humanidade por Deus para cumprirem seus deveres terrenos. Outro aspecto, é que a
responsabilidade penal só é dada a partir do livre-arbítrio, o agente agir por livre vontade.
Terceiro, o direito nasce em razão da tutela jurídica, sendo a pena um meio de restauração
da ordem externa da sociedade. E por fim, só há crime quando a ação se choca com a lei
(princípio da reserva legal). Seguindo essa doutrina italiana, nasce na Alemanha com Kant
e Hegel, uma corrente que se distinguia da de Carrara pelo rigor meticuloso com que
analisavam todos os aspectos do crime e por possuírem uma tendência filosófica
investigatória (BITENCOURT, 2018). Logo após com o jusfilósofo Feuerbach, o autor do
Tratado de Direito Penal (1801), nasce a moderna ciência do Direito Penal na Alemanha.
Para ele a pena não era uma medida retributiva, como afirmava Kant, mas sim uma medida
preventiva. Para Feuerbach a execução da pena é a concretização da ameaça, dessa
forma, mostra-se ao povo que a ameaça não é em vã. Porém, Kant afirmava que a pena
era uma retribuição ética; enquanto que Hegel, afirmava que a pena era uma retribuição
jurídica, sendo uma reafirmação do direito.
Outra corrente existente nessa época era histórica do Direito, preocupava-se pelo
estudo especulativo do Direito Penal, a partir da investigação e da fundamentação
dogmática. Nessa corrente, um penalista importante foi Karl Binding, que defendia que a
pena era direito e dever do Estado; e ela deve ser proporcional a culpabilidade.
De forma geral, na fase inquisitorial antes de Beling, a pena era uma medida
repressiva, aflitiva e pessoal, que segundo Bitencourt (2018):
(...) se aplicava ao autor de um fato delituoso que tivesse agido com capacidade de querer e entender.
Os autores clássicos limitavam o Direito Penal entre os extremos da imputabilidade e da pena retributiva, cujo
fundamento básico era a culpa.
Estende-se por meio da Ordenança Criminal Prussiana de 1825 que, o tipo legal
também denominado de Corpus Delicti compreendia o conjunto de circunstâncias que
asseguravam ou tinham como probabilidade que um determinado delito havia sido
cometido. O termo Tatbestand que na língua alemã é traduzido como Corpus Delicti foi
evidenciado pela primeira vez no Código Penal Alemão (1871) cujo o tema retratava da
culpa e do erro. Ele tinha um caráter valorativo, segundo Damásio (2020): “O Tatbestand
era, então, o fato do delito, o seu conteúdo real. Era o conjunto de todos os caracteres do
delito, de natureza interna ou externa e essenciais à sua existência”. Neste caso, quando
alguma pessoa praticava uma ação punível desconhecendo a existência de do fato como
um tipo legal ou que agravasse a punibilidade, tais circunstâncias não lhe seriam imputadas
(DAMÁSIO, 2020).

2- Fale sobre a integralidade dos elementos e pressupostos da


punibilidade
O surgimento da punibilidade ocorre quando um indivíduo que pratica a um tipo de
crime a soberania que é o Estado tem o direito em punir, a consequência do ato ilícito. Duas
determinadas circunstancias objetivas sobre a punibilidade é a punitiva do Estado que são:
situam-se fora do crime e a outra estão fora do dolo do agente. As causas extintivas da
punibilidade podem-se encontrar no Art. 107 do código penal. Quando a causa extintiva da
punibilidade ocorre antes da sentença final e o indivíduo pratique outro crime não se
considera reincidente e se ocorrer depois (abolitio crimins), já sendo julgado da sentença,
em papel, o indivíduo comentando um outro delito, assim será considerado reincidente
(anistia).
Os efeitos da extinção da punibilidade podem ser entendidos como “ex tune” e “ex
nunc” que tem seus respectivos significados: sentido retroativo (efeito sobre os fatos
passados) e já o segundo termo no sentido futuro (efeitos sobre a partir daquele tal
momento).

3- Explique a divisão tripartite


 Concepção Tripartite ou Tripartida:
Sucessora da concepção bipartite (fato típico e antijurídico) ainda muito adotada, a
concepção tripartite se baseia no crime como fato típico, antijurídico (ilícito) e culpável.
 Fato Típico:
O fato típico “é a síntese da conduta ligada ao resultado pelo nexo causal,
amoldando-se ao modelo legal incriminador” (NUCCI, Guilherme de Souza, 2013, p.202),
este tem como elementos: a conduta (ação ou omissão), resultado naturalístico (só nos
crimes materiais), relação de causalidade (só nos crimes materiais) e tipicidade.
 Antijuridicidade:
A antijuridicidade (ilicitude) é “a contrariedade de uma conduta com o direito
causando efetiva lesão a um bem jurídico protegido” (NUCCI, Guilherme de Souza, 2013,
p.262), composto por uma contrariedade ao direito, tipicidade.
Em casos em que atua-se em abrigo de uma causa justificante, onde não se pode
exigir conduta diversa ou para preservar bem de maior ou igual valor cujo a lei protege.
Como os casos de: Legitima defesa, Estado de Necessidade, Estrito dever legal, exercício
regular do Direito, e livre e eficaz consentimento do ofendido. Ou seja, quando não há fato
ilícito não há crime.
 Culpabilidade:
E por fim, a culpabilidade que trata de “um juízo de reprovação social, incidente sobre
o fato e seu autor, devendo o agente ser imputável, atuar com consciência potencial de
ilicitude, bem como ter a possibilidade e a exigibilidade de atuar de outro modo, seguindo
as regras impostas pelo Direito (Teoria normativa pura, proveniente do finalismo)” (NUCCI,
Guilherme de Souza, 2013, p.308), ou seja, é um juízo valorativo, de censura da sociedade
ao autor do fato criminoso. Assim como a ilicitude, a culpabilidade também tem excludentes,
são estas a inimputabilidade, erro de proibição e a inexigibilidade de conduta diversa
(derivada de coação moral irresistível e a obediência hierárquica), e potencial consciência
sobre a ilicitude do fato.

4- Explique a divisão quadripartite


Teoria quadripartite.
Ela consiste na elaboração de quatro elementos característicos, sendo estes
elementos o fato típico, antijurídico, a culpabilidade (assim como na teoria tripartite), porém
com o surgimento de mais um elemento, a punibilidade. Para a teoria quadripartite, o crime
precisa estar passível de punição.
Para a teoria quadripartite, além da análise do fato típico, do antijurídico e da
culpabilidade, importa também analisar se tal fato é punível. Ou seja, o conceito de crime
depende, também, da análise de variáveis até então epistemologicamente indiferentes.
Assim, a teoria quadripartite é a teoria responsável por considerar variáveis como a
prescrição, a decadência ou até mesmo se o agente alvo da acusação ainda está vivo.
Deste modo para a corrente quadripartite, o crime é todo fato que seja tipicamente
adequado, ilicitamente cometido, praticado por um agente culpável e, também que a
conduta do agente seja passível de punição.
O fato típico é o primeiro substrato do crime. É um fato humano indesejado, que
consiste numa conduta humana voluntária produtora de um resultado que se ajusta
formalmente e materialmente ao tipo penal.
Antijuricidade é a contrariedade de uma conduta humana com o direito; ela exprime
uma relação divergente entre o fato e o direito. A culpabilidade, no sentido lato, é o núcleo
do tipo penal subjetivo; é a vontade culposa.
No sentido estrito, divide-se em dolo (vontade plena da ação e do resultado) e culpa
(vontade viciada da ação e do resultado). Não pertence à teoria do delito. Mas como
pressuposto indeclinável da pena, é ela que faz a ligação entre a teoria do delito e a teoria
da pena. Como valoração do objeto, é juízo de reprovação que recai sobre o agente do fato
punível.
Só é punível quando ameaçado com pena punibilidade, destarte, nesse sentido, não
tem nada a ver com as consequências jurídicas do crime. Faz parte dele, desde que
entendido como fato punível.

5- Fale sobre a fase de independência de Beling


Antes de Beling, no julgamento de um crime ( matar alguém ) baseava-se apenas,
no corpus delicti, ou seja, na união de todos pressupostos e elementos da teoria do crime :
fato típico, antijurídico e culpabilidade. Porém Beling, no final do século XIX e início do
século XX, desmembra o chamado Tatbestand, vai analisar cada pressuposto na definição
dos delitos.
6- Explique com detalhes as consequências da não existência da
antijuridicidade
Ilicitude ( antijuridicidade) é a mão contrária da norma, é a contrariedade da conduta
e o ordenamento. No ART. 23 do código penal brasileiro, consta os motivos que se pode
causar a exclusão da Ilicitude, também chamada de causa de justificação. Essas causas
se divide em duas partes, as legais que são prevista em leis, e as, supralegais que não
decorre das leis e sim dos princípios. Existe quatro causas que pode ser usada para excluir
a Ilicitude, são elas: Estado de necessidade, Legítima defesa, Estrito cumprimento do dever
legal e Exercício regular de direito, elas são as causas que exclui a ilicitude do fato, são
chamada de causas de justificação da conduta.
O estado de necessidade, ART. 24, CP e Legítima defesa, ART. 25, são conceitos
previsto no código penal e por essa razão são conceitos legais. Já os conceitos Estrito
cumprimento do dever legal e o exercício regular de direito são conceitos doutrinários é
uma criação da doutrina para poder ensinar cada um é por essa razão não estão escrito.
Além disso, a causa supra legal que temos como exemplo o caso do consentimento do
ofendido, que não está na lei, mas decorre de princípios e pode ser usado como uma causa
de exclusão da tipicidade. A Ilicitude tem como elementos os objetivos e os subjetivos, só
assim nasce a exclusão, para excluir a Ilicitude tem que ter os elementos objetivos que são
os expressos ou implícitos no tipo penal. Os elementos subjetivos é a consciência que atua,
amparada por uma causa de justificação.
Importante dizer que o excludente de ilicitude são situações que fazem com que o
fato, embora típico, deve isentar um indivíduo da ilicitude do fato, quando é praticado sob
determinadas circunstâncias. A não existência da antijuridicidade deixaria um inocente ser
culpado por um crime que ele cometeu por uma causa justificada.

7- Explique com detalhes a não existência do fato típico


Para o nosso ordenamento jurídico, crime é o fato típico, ilícito e culpável. Só
podemos falar que ocorreu o crime se o tripé todo estiver completo, faltando um desses
elementos não há crime.
Os elementos do fato típico são:
Conduta – Pode ser dolosa (quando há intenção de cometer o crime) ou culposa
(não há intenção). Quando falamos que alguém agiu sem dolo ou sem culpa, não há
conduta. Não havendo a conduta, não há crime.
Resultado – Todo crime tem resultado jurídico (ou normativo), pois sempre há lesão
ao bem jurídico tutelado ou perigo de lesão, quando um crime for cometido. Nem todo crime
gera resultado naturalístico, existem os crimes materiais, formais e de mera conduta.
Nexo Causal - É o elo que une a conduta praticada pelo autor, ao resultado. É o elo
causal que possibilita a atribuição da responsabilidade penal.
Tipicidade (Formal ou Material) - Formal é a conformidade do fato ao tipo penal, ou
seja, adequação do ato praticado pelo agente àquilo que está previsto abstratamente na
norma. Material é a valoração da conduta ao resultado. O bem jurídico deve ser
efetivamente lesado.
Quando o fato não apresenta um desses elementos, em regra, não será considerado
fato típico, sendo assim, não será crime.
Ex: O artigo 121 do CP, Homicídio, “Matar Alguém”, está assim tipificado no código
penal. Dessa forma para que haja o crime, deve haver uma conduta que nesse caso pode
ser comissiva ou omissiva, deve haver um resultado e nesse caso naturalístico, ou seja, a
morte deve ser consumada e no caso o nexo de causalidade teha sido decorrido
diretamente da conduta do agente.

8- Explique com detalhes a não-existência da culpabilidade e


relacione a inimputabilidade
O princípio da não culpabilidade ou presunção da inocência está previsto no artigo
5º, inciso LVII, da Constituição Federal de 1988, que diz: "Ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". De acordo com este
princípio compete ao acusador comprovar a culpabilidade do agente, sendo que, na
hipótese da dúvida o acusado deve ser absolvido. Vale lembrar que este princípio veda
qualquer ação condenatória durante o trânsito em julgado. No caso da inimputabilidade, o
agente é livre de sua responsabilidade e culpabilidade nos atos cometidos, por
compreender que o mesmo no momento da ação/omissão era incapaz de compreender a
ilicitude de sua conduta ou de determinar-se de acordo com ela.

9- Fale sobre o conceito de Beling referente ao fato típico


O fato típico (tatbestand), elemento jurídico essencial à caracterização do delito,
resultante do trabalho de Beling, constituía, na Teoria Naturalista, mera descrição do
aspecto externo da conduta. Na concepção de Beling, fato típico é composto apenas de
elementos objetivos descritivos da realidade. O mesmo, portanto, é puramente objetivo. Em
decorrência disso, no Causalismo Clássico todos os tipos penais são considerados
objetivos e neutros, não admitindo juízo de valor. Para a formulação do juízo positivo de
tipicidade, destarte, basta o enquadramento formal do fato ao tipo.

10- Explique com detalhes a questão da punibilidade na


quadripartite.
Como se sabe, a teoria quadripartite é uma teoria pouco adotada no Brasil e ocorre
quando há a junção de quatro elementos: o fato típico, antijurídico, culpável e punível. Nota-
se que, por essa teoria, acrescenta-se ao conceito analítico de crime a punição,
entendendo-se que não existiria crime sem que o mesmo fosse punível. Assim, para ser
crime precisa estar passível de punição, a punibilidade é requisito imprescindível. A teoria
quadripartite, por exemplo, é a teoria responsável por considerar variáveis como a
prescrição, a decadência ou até mesmo se o agente alvo da acusação ainda está vivo (o
que ensejaria a extinção da punibilidade).

QUESTIONÁRIO II

1) Diferencie a teoria de Beling da teoria de Mayer;

Berling
Na teoria que Berling defende a pena deve ser aplicada somente porque houve uma
infringência da lei. Tem como objetivo a realização da justiça, ela simplesmente considera
quê o réu deve ser castigado pela razão de haver cometido um ato ilícito, ela não faz
considerações sobre a utilidade da pena, nem para o autor, nem para a sociedade. Com
essa visão ela nega a função preventiva da pena, o autor sempre respondia pelo resultado.
Para Berling o crime: fato típico + Ilicitude (antijuridicidade) + culpabilidade, dando assim
vida a corrente tripartida

Mayer
Na teoria que Mayer defende é uma teoria de prevenção, ela vem com a intenção de

analisar toda a conduta humana, ele chega na conclusão que precisa ser analisada, preta

atenção na ação que moveu aquela conduta. Mayer acreditava que poderia existir uma
comunidade ética se valores, com consciência jurídica, onde se poderia pensar antes de

agir. Para Mayer o Direito penal tem uma função pacificadora, protetora, garantidora, uma

missão social, o Direito penal para ele é mais quê uma ciência Jurídica é uma ciência social,

para ele a pena tinha uma função de produzir efeitos sociopedagógicos sobre a sociedade.

Para ele a pena tinha uma função reparadora, que serviria de exemplos do que não fazer,

voltando para os fins pretendido com a pena, ela busca uma maneira Jurídico -penal

referente aos valores sociais, sendo assim, vai de contra ao pensamento de BERLING

quando diz que a aplicação da pena decorre da simples infringência da lei penal.

2) Explique indício da antijuridicidade;

A antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico.

Para ocorrência de um crime não basta só o fato típico, a exemplo “matar alguém”, faz se

necessário também que seja antijurídico, contrário a lei penal. De acordo com a teoria

bipartida o crime é fato típico e antijurídico, para a teoria tripartida o crime é fato típico,

antijurídico e culpável. Partindo desses pressupostos a antijuricidade é o segundo requisito

para que haja crime, ou seja, a antijuricidade é a contradição, existente ao modelo típico,

constituído a lesão de um interesse penalmente protegido. Assim, a tipicidade é indicio da

antijuricidade, ou seja, praticado o fato típico presume se que é antijurídico. Conforme Art.

23 do Código Penal existem algumas causas excludentes da antijuridicidade ou ilicitude.

As Legais (estado de necessidade; legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal,

exercício regular de direito, estado de necessidade) as Supralegais (consentimento do

Ofendido).

3) Explique a teoria Constitucionalista;

A Teoria Constitucionalista do Direito Penal ou como alguns autores costumam

utilizar o termo a Teoria Constitucionalista do Delito, estuda a realização da tipicidade, a


materialização do fato típico que é a realização objetiva de um ato definido na condição de

elementar do crime, essa teoria traz uma visão mais atual e mais consistente na estrutura

do crime dentro do Estado no ramo do Direito. A Teoria Constitucional do Delito vai muito

mais além da tipicidade, deve contém também o conjunto material de crime, que é a conduta

que tenha o formato real de crime, a pena de inferir inúmeros princípios constitucionais. A

teoria constitucionalista do delito traz uma reformulação dos elementos integrantes da

punibilidade. Utilizando alguns preceitos e eliminando outros da teoria tripartite e

quadripartite, a teoria constitucionalista sintetiza em seu corpo três elementos essenciais:

fato típico, antijuridicidade e punibilidade. O que a diferencia da teoria de Belling e da

quadripartite é a adição de uma "punibilidade" que já vem carregada com o preceito da

culpabilidade. Desta forma, de acordo com essa teoria, para ser crime é preciso, além da

tipicidade e da antijuridicidade, que o fato seja passivo de punição, levando em conta que

para isto acontecer, é preciso que o indivíduo preencha os requisitos para ser um possível

culpado.

4) Explique a culpabilidade na teoria Constitucionalista;

Em consequência do surgimento do sistema clássico (Liszt-Beling-Radbruch), ocorre

a elaboração do conceito de culpabilidade. Isto porque em tal fase da dogmática, definiu-

se que não haveria crime sem culpabilidade, em outras palavras repudiou-se a

responsabilidade penal objetiva (o agente responde pelo resultado ainda que agindo com

ausência de dolo ou culpa). Na Teoria Constitucionalista do Direito Penal, a culpabilidade

é a verificação da imputabilidade, ou seja, é um mero vínculo entre agente e fato, por meio

do dolo e da culpa (aspectos subjetivos).


5) Faça uma definição do iter criminis. 3

Por iter criminis entende-se o itinerário, o caminho do crime, isto é, todas as etapas

da infração penal, desde o momento em que ela é uma ideia na mente do agente até sua

consumação. São as etapas percorridas pelo agente para a prática de um fato previsto em

lei como infração penal, sendo elas: a) cogitação; b) atos preparatórios; c) execução e d)

consumação.

QUESTIONÁRIO III

1- Fale sobre a teoria da indiciariedade na fase de cogitação criminal

Na cogitação não existe ainda a preparação do crime, o autor apenas mentaliza,

planeja em sua mente como vai ele praticar o delito, nesta etapa não existe a punição do

agente, pois o fato dele pensar em fazer o crime não configura ainda um fato típico e

antijurídico pela lei, sendo irrelevante para o direito penal.

Enquanto encarcerada nas profundezas da mente humana, a conduta é um nada,

totalmente irrelevante para o direito penal. Somente quando se rompe o claustro psíquico

que a aprisiona, e materializa-se concretamente a ação, é que se pode falar em fato típico

(CAPEZ, 2008, p.241).

2- Fale sobre a teoria da indiciariedade na fase da preparação criminal

Para a teoria da indiciariedade (ratio cognoscendi), havendo o fato típico, o ônus

para provar a existência da excludente de ilicitude fica com a defesa, assim a acusação

deverá provar a existência do fato típico, já que a ilicitude é relativamente presumida. No

artigo 23 do Código Penal encontra-se as causas de exclusão da ilicitude, assim a defesa


deverá trazer a probabilidade de qualquer uma das causas presentes no referido artigo para

exclusão da mesma.

Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº

7.209, de 11.7.1984)

I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779)

III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído

pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

3- Fale sobre a hipótese de na fase de cogitação existir crime

Na fase da cogitação não teve ainda a preparação do crime, o autor ele apenas

mentaliza, fica só no pensamento, planeja detalhadamente como irá praticar o delito, mas

não executa. Nessa fase não existe a punição do agente, pois somente elaborar o crime

não configura um fato típico e antijurídico pela lei.

4- Explique a sentença do caso Ana Hickmann em que o seu cunhado

obteve absolvição sumária na primeira fase do Júri.


Absolvição sumária é adquirida, quando há diante dos fatos, uma certeza da

inocência do acusado. Ela está prevista no art. 415 do Código de Processo Penal, que diz:

Lei de n° 11.689, de 2008

Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:

(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

I – provada a inexistência do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689,

de 2008)

III – o fato não constituir infração penal; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. (Redação

dada pela Lei nº 11.689, de 2008)

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso

de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro

de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva. (Incluído pela Lei nº

11.689, de 2008)

Diante do caso, a juíza Âmalin Aziz Sant'Ana, titular do juízo sumariante do 2º

Tribunal do Júri da capital, absolveu o empresário Gustavo Henrique Bello Correa, acusado

de matar Rodrigo Augusto de Pádua, em 21 de maio de 2016, em um hotel na região sul

de Belo Horizonte. A magistrada considerou que o réu agiu em legítima defesa.

Segundo a juíza, “ficou demonstrado, durante a instrução do feito, que os disparos

efetuados pelo réu foram sequenciais, e não efetuados da forma como narrado na

denúncia, que dizia que isso ocorreu com a vítima já desfalecida no solo, impossibilitada de

oferecer qualquer resistência”.


No laudo pericial não foi encontrado nenhum “sinal de Werkgaertner”, marca que

indica se os disparos ocorreram com o cano da arma encostada na nuca do indivíduo.

Assim, com todo esse conjunto probatório, a ação do acusado gravita na orbita da

legítima defesa, ou seja, agiu usando moderadamente dos meios necessários, para conter

uma injusta agressão, atual e iminente, pois a esposa dele já tinha sido baleada e poderia

acontecer algo pior, a direito seu e de outrem.

Portanto, a juíza utilizou do inciso IV do art. 415 do CPP, como forma de excluir o

crime e aplicar a tese da Legítima defesa.

5- Fale sobre a fase externa preparação nos dizeres do professor André

estefam.

De acordo com o professor André Estefam, os atos preparatórios ou conatus remotas

verificam, se quando a ideia extravasa a esfera mental e se materializa mediante condutas

voltadas ao cometimento do crime. Sendo assim o direito penal não atua pós os atos

considerados meramente de preparação não são punível criminalmente “pena”, pelo fato

de está somente na fase preparatória, o ato só se torna crime no momento que ele sai da

fase preparatória e vai para atos executórios.


PESQUISAS E FICHAMENTOS

Pergunta: Pesquisar doutrinas sobre excesso na Legitima Defesa escusável =


desculpável.
O artigo 23 do Código Penal traz quatro hipóteses em que não haverá crime, por
ausência de antijuricidade, sendo a hipótese mais conhecida a da legítima defesa, que vem
definida no artigo 25 do Código Penal: “Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem”.

Como qualquer outra causa excludente da antijuricidade, também conhecida como


justificativa, o agente não poderá ultrapassar seus limites, quando ela desaparecerá e
ocorrerá o excesso, que pode ser doloso ou inconsciente (ou involuntário). Assim, haverá
o excesso doloso ou o inconsciente quando o agente se valer de meios desnecessários ou
imoderados, nos termos do parágrafo único, do artigo 23 do Código Penal.

Como meio necessário deve ser entendido aquele suficiente e que o agente tinha à
sua disposição para a salvaguarda de um bem juridicamente protegido ou exercício de um
direito. Já o meio moderado é aquele que não ultrapassa os limites razoáveis da justificativa
para a proteção do bem jurídico tutelado ou exercício de um direito.

Ocorrerá o excesso doloso ou consciente quando o agente, que inicialmente agia


amparado por uma justificativa, continua a agir, mesmo tendo consciência da
desnecessidade ou imoderação de sua conduta. Esse excesso leva o agente a responder
pelo fato praticado a título de dolo (CP, artigo 23, parágrafo único).

Ocorrerá o excesso inconsciente (ou involuntário) quando o agente, que inicialmente


agia amparado por uma justificativa, por erro, continua a agir, sem portar a consciência da
desnecessidade ou imoderação da continuação de sua conduta.

Para que seja possível analisar a moderação, é exigido por coerência lógica que os
meios empregados fossem necessários por ocasião da conduta. Na grande maioria das
situações, a análise do excesso, notadamente quanto à moderação, ocorrerá na excludente
da legítima defesa (artigo 25 do CP), que expressamente se refere ao emprego moderado
dos meios necessários para a repulsa da injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu
ou de outrem.

É a análise do caso concreto, ou seja, das provas produzidas que levará o


magistrado ou os jurados a decidir sobre a ocorrência do excesso doloso ou o inconsciente.
Essa decisão em muitas vezes é de difícil tomada, diante do aspecto volitivo do agente, ou
seja, se ele excedeu com dolo ou se incorreu em erro.

Parte da doutrina admite, ainda, o excesso exculpante, tendo por fundamento a


inexigibilidade de conduta diversa como causa supralegal de exclusão da culpabilidade.
Assim, o sujeito por medo, surpresa ou perturbação dos sentidos, decorrente de uma dada
situação, acabaria se excedendo. De tal forma, se o sujeito, ao defender-se de uma
agressão atual e injusta contra a sua pessoa, acaba se excedendo por medo e matando o
agressor com disparos de arma de fogo além do necessário, poderia invocar o excesso
exculpante em seu favor e ter, com isso, excluída a culpabilidade, com a isenção de sua
pena, ou reduzida a culpabilidade, o que levará a redução de sua pena.

Contudo, vários juristas têm se insurgido contra dispositivo previsto no projeto de lei
anticrime, voltando a dizer que será dada autorização para matar diante do teor da norma,
que isentaria de pena o policial que matar em serviço, caso alegue se encontrar com medo,
for surpreendido ou acometido por violenta emoção.

Porém, note-se que não basta que o agente se exceda em razão de medo, surpresa
ou violenta emoção. Essas emoções devem ser escusáveis, ou seja, desculpáveis, de
modo que o agente não tivesse outra forma de agir. Assim, dificilmente o policial poderá
alegar o excesso nestas hipóteses, pois ele é treinado para que elas não ocorram. Da
mesma maneira, quem deu causa a essas situações não poderá argui-las em seu favor,
pois o excesso não será escusável.

Desta forma, busca-se no excesso exculpante a eliminação da culpabilidade do


agente, ou seja, o fato é típico e antijurídico, mas deixa de ser culpável, não podendo ser
exigida do agente outra conduta se não aquela por ele adotada.
Pergunta: A Pistola de Airsoft é considerada não letal e nesse caso ocorre
crime com à mesma?
As revoluções burguesas ocorridas no século XIX mostram para o mundo
contemporâneo o dilema que gira em torno da liberdade. Enquanto, ser livre é primordial
para uma sociedade justa, esse mesmo direito pode promover situações caóticas. Assim
ocorreu em muitos países europeus, como a França, que, diante a vitória da luta pelos
direitos individuais, radicalizaram seus conceitos e promoveram um desastre na França:
restrições, injustiças e aversão, o exato oposto do lema da revolução francesa. Diante do
exposto, vale ressaltar a relação entre a liberdade de se portar armas de airsoft e sua
letalidade, será que radicalizações e crimes podem ocorrer com estas armas?
Em primeira análise, é importante observar que o porte da arma de ar comprimido é
tratado no Brasil de maneira legal, ainda que tenha restrições quanto ao uso ostensivo, já
que é permitido somente para esporte. No entanto, muito se discute a respeito da letalidade
desses armamentos. Se trata de uma questão relativa, a airsoft é municiada com esferas
que podem ser de plástico ou de aço e a força do tiro vai depender do tipo de arma que se
utiliza. Por exemplo, uma pistola de CO2 tem um poder de dano muito maior do que uma
pistola que utiliza somente o ar comprimido, assim como, uma carabina de pressão tem
muito mais força que ambas as armas. No YouTube, há vídeos em que são filmados abates
de porcos com a utilização da carabina PCP R8, analogamente, há outras filmagens que
mostram a perfuração das balas de airsoft na carne do mesmo animal. Obviamente, o
potencial de letalidade dessas armas são bem inferiores ao das armas de fogo, porém a
carne do porco se assemelha muito com a do ser humano, o que leva a conclusão de que
de fato esses armamentos podem ser letais. Bem como, há partes do corpo humano que
são bem sensíveis e que um tiro disparado por uma dessas armas aumentam ainda mais
as chances de morte, como por exemplo a traqueia.
Contudo, os crimes advindos destes armamentos não necessariamente precisam ter
relação com seus respectivos graus de letalidade, haja visto que o simples ato do porte de
má fé, com intenção de ameaçar alguém, já configuraria um crime, ao passo que a ponta
laranja que distingue essas armas são facilmente alteráveis. Compreendesse que a
radicalização do uso das airsofts não se relacionam com seu poder de destruição, mas sim
com o intuito de quem porta, até porque, ainda que por ventura venha a acontecer, não é o
propósito dessas armas ser letal, quem pretende matar alguém optaria certamente pelo
poder de fogo ou por facas e semelhantes. No entanto, diante do exposto, é preciso que
haja um olhar mais atento quanto ao manuseio de armas de pressão mais poderosas e
quanto à sua utilização para ameaças.

Pergunta: Estudar a legislação da Airsoft no Brasil.


A portaria atual Nº 56, dispõe sobre os procedimentos administrativos para a
concessão, a revalidação, o apostilamento e o cancelamento de registro no Exército para
o exercício de atividades com produtos controlados e dá outras providências.
Precipuamente, é fulcral pontuar que o airsoft é um esporte de tiro, ou seja, simula
uma situação de combate nos locais designados para esses jogos, por isso a legislação do
airsoft é muito clara em relação a comercialização, a utilização, o fardamento e claro o
transporte. As armas de airsoft tem por definição, armas de pressão, isso faz com que as
armas de airsoft não sejam equiparadas a um simulacro e ser comercializada de forma
legal. As armas de pressão elas podem ser adquiridas sem registro no exército, apenas a
loja exigindo os documentos do comprador pra ficar arquivado e lembrando que apenas
maiores de 18 (dezoito) anos podem adquirir, por força do ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente). Ao comerciante é exigido que a loja seja registrada para o comércio de armas
de pressão. Por fim, vale salientar que essa portaria também liberou a comercialização de
armas a gás, fazendo com que não necessite mais de um certificado por pessoa física para
sua aquisição.
Em relação ao transporte feito das armas de airsoft devem ser feitos de forma não
ostensiva e lembrando sempre de ao transportar portar a nota fiscal do produto para
comprovar a compra legal desse equipamento, pois esse tipo de produto ainda é controlado
pelo exército.
As armas de pressão são identificadas através de uma marcação vermelha ou
laranja fluorescente na extremidade do cano.
Para quem pratica, é necessário que alguns cuidados e equipamentos necessários,
como por exemplo: óculos de proteção, capacete, máscara, colete, luvas, botas e o
fardamento. Os locais para se praticar airsoft no Brasil, são em galpões ou prédios que
simulem a paisagem urbana e para as paisagens naturais pode ser usado camping ou
chácaras.
Observação sobre o Anexo I do R-105: Esse decreto, em seu anexo I, fornece a
relação dos produtos controlados e suas respectivas categorias de controle, variando de 1
a 5. De acordo com esse anexo existem dois tipos de armas de pressão:
• Arma de ação por pressão por ação de mola – Categoria 3.
• Arma de pressão por ação de gás comprimido – Categoria 1.
Os artigos 16 e 17 desse anexo, tratam inclusive sobre a definição de produtos
restritos e de uso permito. E em seu artigo 10, onde fica a relação de cada categoria de
controle.
• Categoria 1 – Controle em todas as atividades - Fabricação, utilização,
importação, exportação, desembaraço alfandegário, tráfego e comércio.
• Categoria 3 – Controle apenas - Importação, fabricação, exportação, e
desembaraço alfandegário.

Por fim, só existem duas classificações possíveis de armas de pressão, gás ou mola
e calibre maior ou menor que 6 mm.
Na portaria 002-Colog, pode-se resumir de uma forma:
Airsoft é a mesma coisa que arma de pressão. AEGs e Springers são ação de mola
de calibre 6mm, que não precisa de CR (certificado de registro) e GT (guia de tráfego), o
transporte tem que ter a nota fiscal e a sua ponta da arma deve ter a cor laranja. As pistolas
GBB ou armas de gás, elas precisam de CR e GT, o seu transporte necessita de nota fiscal
e GT, sendo também a sua ponta da arma na cor laranja.

Pergunta: Matheus Mera caso atirador shopping - tem mecânico que vendeu
metralhadora - esse mecânico pelo crime cometido por Matheus Mera.
O Massacre no Morumbi Shopping ocorreu em 3 de novembro de 1999, no Shopping
Morumbi de São Paulo, em uma sala de cinema. O autor do crime, Mateus de Costa Meira,
estudante do sexto de ano de Medicina, na época com 24 anos, matou três pessoas e feriu
quatro. Segundo o jornal online R7, após comprar o ingresso da sessão o estudante foi ao
banheiro do cinema e tirou a submetralhadora americana 9mm da bolsa e retornou à sala,
disparando em todas as direções dos espectadores.
Segundo o jornal online Folha de São Paulo: “Uma das grandes discussões na
condenação de Meira foi seu grau de sanidade mental. Os jurados entenderam que tinha
plena consciência do que estava fazendo. “o réu não foi considerado doente mental”, disse,
à época, a juíza Maria Cecília Leone. Já no julgamento, em 2011, pela tentativa de
homicídio do colega de cela, Meira foi considerado inimputável (em razão de laudos que
indicavam esquizofrenia) e, assim, absolvido”.
Matheus Meira foi preso em flagrante e condenado a mais de 120 anos de prisão em
regime fechado. Após várias tentativas dos advogados de alegarem insanidade mental e
que ele era semi-imputável, em 2007, sua pena foi reduzida para 48 anos e 9 meses. Em
2009 ele saiu de São Paulo para a Penitenciária em Salvador, cidade de morada de sua
família.
Nesse mesmo ano, Mateus Meira tentou matar seu colega de cela com uma tesoura.
Em 2011, a Justiça da Bahia absolveu a acusação de homicídio do seu colega de celo, por
meio do júri popular. Segundo a promotora do caso, Armênia Cristina Santos, ele é
inimputável por sofrer doenças mentais atestadas por laudos médicos. Desde então, o ex-
estudante de medicina Mateus Meira, o atirador do shopping, encontra-se no Hospital de
Custódia e Tratamento (HCT) de Salvador.

Pergunta: Pesquisar as teorizações analíticas do crime ou substratos:

1) Bipartida
Resposta: O conceito de crime e a Teoria Bipartida.
Quando começamos a estudar o que é crime, percebemos que o seu conceito não
está definido em lei, ou seja, quem define o que é crime é a doutrina. O crime possui várias
acepções diferentes, sendo elas: o aspecto material que leva em consideração as questões
culturais e sociológicas, o aspecto sintomático que leva em consideração a periculosidade
da conduta e o aspecto formal que conceitua o que é crime através da técnica legislativa.
Entretanto, esses três aspectos não representam teoricamente uma maneira completa para
conceituarmos o crime.
Sendo assim, é através do conceito analítico que podemos entender de forma mais
íntegra o que é crime, pois é ele quem analisa todos os elementos que o compõem.
O conceito analítico de crime pode ser analisado sob duas óticas distintas, em que
ambas são consideradas corretas. Em outras palavras, existem doutrinadores que
conceituam o crime através de dois elementos denominados de fato típico e antijurídico,
estes são adeptos da Teoria Bipartida, .
O crime nada mais é do que um fato social, ou seja, a existência de uma determinada
circunstância que ocorreu na sociedade. Contudo, este fato social precisa ser típico, isto é,
de acordo com o Princípio da Legalidade, a conduta praticada pelo agente precisa estar
prevista previamente em lei como crime.
O fato típico é formado por quatro elementos integrantes, sendo eles: a conduta, o
resultado, o nexo de causalidade e a tipicidade. Sendo assim, de acordo com a teoria
finalística a conduta é toda ação ou omissão proveniente da pessoa que age de forma
consciente, voluntária e dirigida a uma determinada finalidade. Já o resultado é a lesão ou
perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma. O nexo de causalidade é a relação
entre a conduta e o resultado, ou seja, liame de causa e efeito. E a tipicidade é a adequação
típica dos fatos a norma prevista em lei.
O segundo elemento necessário para que exista o crime é a antijuridicidade, que
nada mais é do que a contrariedade do fato (adequado ao modelo legal) em relação ao
ordenamento jurídico. É válido lembrar que as excludentes de antijuridicidade estão
previstas no artigo 23 do Código Penal, que assim dispõe:
Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato:
I – em estado de necessidade;
II – em legítima defesa;
III – em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Vale ressaltar que a culpabilidade que na Teoria Bipartida é entendida não como um
elemento de crime, mas sim como um pressuposto para aplicação da pena.

A analítica do crime nada mais é que a compreensão da estrutura do crime, se é fato


típico, ilícito ou culpável, pode ser analisada como teoria bipartida (dividida em duas partes)
ou tripartida (dividida em três partes). A teoria Bipartida, essa teoria o crime é um fato típico
e antijurídico (ilícito), a culpabilidade é apenas uma suposição de aplicação da pena.
Nos artigos 23° parágrafos I, II, III, Art. 26°, Art. 28° inciso 1° do Código Penal, pontua
bastante a defesa da Teoria da Bipartida, quando a conduta não é considerada ilícita não
existe crime, mas a ausência da culpabilidade não exclui a existência do ato/crime.
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato. Parágrafos: I - Em estado de
necessidade, II - Em legítima defesa, III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no
exercício regular de direito.
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal inciso § 1º - É isento de pena o agente
que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo
da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
2) Tripartida
Resposta: Segundo a teorização do conceito de crime analítico (análise minuciosa
dos fatos, de modo a permite uma aplicação racional e uniforme do Direito Penal), na
concepção tripartida ou tripartite, crime é todo fato típico, antijurídico e culpável. Fato típico
pois, é o enquadramento de um uma conduta ao tipo penal (Lei). Antijurídico ou ilícito
(contraria ao direito – Lei) pois, é a presunção de que a conduta praticada é errada, por ser
enquadrada em lei como crime. Na culpabilidade, utilizar-se-á de três elementos:
imputabilidade penal, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de outra conduta.
No primeiro elemento, o agente causador da infração penal, responderá por seus
atos, pois ele é imputável. No segundo elemento, é uma garantia de que todo cidadão deve
conhecer o que é crime e o que não é, desse modo, não é permitido a alegação de
desconhecimento do ato delituoso. E por último e não menos importante, será crime -
quando na ação do indivíduo - houver uma outra opção que não figura um fato típico.
Analogamente, João cogita, prepara e coloca em prática um roubo ao banco, consumando
o ato. Nesse caso ele tinha a opção de não cometer a ação. Assim, se caracteriza o terceiro
elemento da culpabilidade.
Com base na concepção tripartida analisaremos cada teorização analítica do
conceito de crime. No sistema clássico, o delito consistia em: fato típico integrava-se de
ação (em sentido lato ou conduta) mais tipicidade; nos crimes materiais, além destes, o
resultado naturalístico e o nexo de causalidade (baseado na teoria da equivalência dos
antecedentes). A antijuridicidade, que era decorrência da tipicidade do fato (embora fosse
dela totalmente independente — Beling), dava-se com a ausência de alguma causa de
justificação (ou excludente de antijuridicidade) e se compunha de elementos puramente
objetivos. A culpabilidade, por fim, tinha a imputabilidade (entendida como capacidade de
ser culpável) como seu pressuposto e se verificava com a constatação de que houve dolo
ou culpa.
No sistema neoclássico, o crime em seu aspecto analítico, era o injusto culpável (fato
típico com a antijuridicidade). A tipicidade de um fato representava um indício de ilicitude
(Mayer). O fato típico continha os mesmos elementos, isto é, conduta (ação ou omissão)
mais tipicidade. Nos crimes materiais, além destes, o resultado naturalístico e o nexo de
causalidade (baseado na teoria da equivalência dos antecedentes ou conditio sine qua
non). A culpabilidade, no entanto, possuía três elementos, conforme se mencionou, e não
era mais compreendida como mero liame psicológico que unia o autor ao fato (por meio do
dolo ou da culpa), mas como a constatação da reprovabilidade do ato praticado pelo agente.
No sistema finalista, o crime continua sendo o injusto (fato típico e antijurídico)
culpável. O injusto, entretanto, deixa de ser puramente objetivo (em razão da inserção do
dolo junto à conduta) e a culpabilidade se torna exclusivamente normativa. O fato típico,
em razão do “deslocamento” do dolo, passou a ser integrado de: conduta (dolosa ou
culposa); tipicidade; resultado naturalístico e nexo de causalidade (nos crimes materiais ou
de resultado). No que tange à antijuridicidade, a mudança sensível residiu na afirmação de
que as causas de justificação deveriam conter não só requisitos objetivos, mas também
subjetivos (Estefam; Gonçalves, 2020).
No sistema funcional, crime, do ponto de vista analítico, permanece considerado
como injusto (fato típico e antijurídico) culpável. O injusto não é puramente objetivo, como
nos sistemas clássico e neoclássico, mas contém o dolo (elemento subjetivo) e a culpa
(elemento normativo). A culpabilidade tem sua compreensão alargada para a ideia de
responsabilidade, englobando os elementos da culpabilidade presentes desde o finalismo
(imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa),
associados à satisfação de necessidades preventivas.

3) Quadripartida
Ao passo que Belling elaborou a independência dos pressupostos da punibilidade
presente na época inquisitória, também chamada de Tatsband, e criou a teoria tripartite do
crime, com o passar do tempo sua teoria foi ganhando relevância até que novos pensadores
começaram a criar novas ideias em cima do que Belling criara. A partir daí surge a teoria
Quadripartite da punibilidade, marcando não só a presença do Fato Típico, Antijurídico e
Culpável, mas também adicionando a Punibilidade. Logo, a única diferença presente na
nova teorização analítica do crime é a punibilidade, elemento em que marca a necessidade
de haver uma lei regulamentadora que enquadre penalmente o ato em análise, já que é
possível ter Fato Típico, Antijurídico e Culpável sem necessariamente ser tratado no âmbito
penal, por exemplo: medidas de segurança.
Esta teoria é pouco adotada e estudada no Brasil. Ela consiste na elaboração de
quatro elementos característicos, os citados a. Para a teoria quadripartite, o crime precisa
estar passível de punição.
Embora pouco adotada no Brasil, a teoria quadripartite é defendida por pensadores
do mais alto quilate, tais como Francisco Muñoz Conde e Winfried Hassemer.
Para a teoria quadripartite, alem da analise da tipicidade, da ilicitude e da
culpabilidade, importa também analisar se tal fato pode ser punido . Ou seja, o conceito de
crime depende, também, da analise de variáveis até então epistemologicamente
indiferentes.
Assim, a teoria quadripartite é a teoria responsável por considerar variáveis como a
prescrição, a decadência ou até mesmo se o agente alvo da acusação ainda está vivo.
Deste modo para a corrente quadripartite, o crime é todo fato que seja tipicamente
adequado, ilicitamente cometido, praticado por um agente culpável e, também que a
conduta do agente seja passível de punição.

4) Constitucionalista

Resposta: Para o ponto de vista analítico, Direito é um conjunto de normas que só é


cumprida quando há uma conduta escrita na norma com uma sanção. O Direito penal não
deve se ocupar de assuntos políticos, religiosos, filosóficos e morais. O papel do Direito
penal moderno e a proteção de Bens Jurídico tutelado.
Bens Jurídicos são valores ou interesses relevantes para manutenção e o
desenvolvimento do indivíduo na sociedade. Lembrando que, nem todo bem jurídico é
merecedor da tutela Penal. São consagrados pelo Direito penal os bens que estão dentro
da Constituição Federativa Brasileira, e assim nasce a Teoria Constitucionalista do Delito.
Para teoria Constitucionalista do Delito, crime é fato típico+ antijuridicidade (Ilicitude)
e punível, nessa teoria a culpabilidade difere da teoria tripartida, nela o dolo e a culpa estão
dentro da tipicidade. A criação de crimes e a cominação de penas são atividades legítimas
somente quando consagra valores definidos na Constituição Federal. Para essa corrente a
culpabilidade é mero pressuposto de aplicação da pena.
LEGITIMA DEFESA DA HONRA

Inicialmente, e antes de adentrar ao instituto da legitima defesa da honra, cumpre


necessário entender o que é a honra e como ela está elencada no código penal.
A honra é o conjunto de atributos morais, intelectuais e físicos de uma pessoa que
torna a ofensa a esses atributos, um crime. A honra pode ser objetiva ou subjetiva, sendo
objetiva quando uma pessoa consegue fazer com que a sociedade mude o conceito em
relação à pessoa ofendida, imputando um crime ou até mesmo ofendendo sua reputação o
que implicaria em uma dificuldade de interação com a sociedade; ao passo que se torna
subjetiva quando fala mais das questões morais da pessoa, ou seja, suas qualidades
intelectuais e físicas.
Em relação ao que diz o Código Penal, temos o art. 25, que assim leciona: “entende-
se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”.
Denota-se que o artigo supracitado trata da legitima defesa in latu senso, e não da
legitima defesa da honra, na medida em que essa segunda modalidade foi uma verdadeira
construção e aplicação extensiva do artigo penal, utilizada para livrar agressores que
usavam da violência contra suas companheiras, sob o pífio argumento de que haviam
cometido o ilícito para proteção da honra. Assim, a legitima defesa da honra veio para
justificar agressões físicas em que os companheiros praticavam, o que evidencia uma
sociedade machista e patriarcal.
Recentemente o STF decidiu pela inconstitucionalidade da alegação de legitima
defesa da honra, vez que viola os princípios da dignidade da pessoa humana, da proteção
à vida e da igualdade de gênero, de modo que a sua sustentação em Tribunal encontra-se
vedada.
Recebemos com muito agrado essa decisão, vez que este artifício – anteriormente
utilizado como meio de proteção ao homem para validar ações criminosas – não podem ser
amparados pela lei, cuja situação, notadamente a agressão e homicídio de mulheres,
coloca o Brasil como o quinto país do mundo que mais mata mulheres, segundo dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS).
TIPICIDADE CONGLOBANTE

Para que se compreenda o que seria a tipicidade conglobante se faz necessário,


inicialmente, conceituar o próprio instituto da tipicidade. Dessa forma, e nas palavras de
Francisco de Assis Toledo (1994, p. 84), “tipo é a descrição abstrata da ação proibida ou
da ação permitida”, nada mais que a subsunção da conduta praticada pelo agente a uma
norma penal existente no ordenamento jurídico. É de se dizer: a conduta precisa estar
prevista no Código para que seja considerado crime (fato típico).
Os principais defensores dessa teoria são Eugênio Raul Zaffaroni e José Henrique
Pierangeli. O termo conglobante advém da necessidade de que a conduta seja contraria ao
ordenamento jurídico com um todo e não apenas ao ordenamento penal.
Para esta teoria, o fato típico pressupõe que a conduta esteja proibida pelo
ordenamento jurídico ou seja, globalmente considerado. Desta forma quando um dos ramos
do direito permitir o comportamento, o fato será considerado atípico. O direito é considerado
um só, um todo, um bloco, não importando sua esfera a ordem é conglobante.
Fernando Capez (2009) nos indica que “o nome conglobante decorre da
necessidade de que a conduta seja contrária ao ordenamento jurídico em geral
(conglobado) e não apenas ao ordenamento penal”.
A tipicidade conglobante, por sua vez, é uma teoria criada pelo renomado Eugênio
Raul Zaffaroni, o qual indica que não se pode admitir que na ordem jurídica uma norma
autorize o que outra proíbe. Assim, Rogério Sanches Cunha leciona (2014, p.225)
“A proposta da teoria da tipicidade Conglobante é harmonizar os diversos ramos do
direito, partindo-se da premissa de unidade do ordenamento jurídico. É uma incoerência o
Direito Penal estabelecer proibição de comportamento determinado ou incentivado por
outro ramo do Direito (isso é desordem jurídica). Dentro desse espírito, para se concluir
pela tipicidade penal da conduta causadora de um resultado, é imprescindível verificar não
apenas a subsunção formal fato/tipo e a relevância da lesão, mas também se o
comportamento é antinormativo, leia-se, não determinado ou incentivado por qualquer ramo
do Direito

Já a Tipicidade Material pode-se entender como, o fato que ocorreu se ele for
excluído do caso do Direito Penal se referindo aos princípios do Direito Penal mínimo. O
Direito Penal mínimo significa que “o conjunto de princípios e regras demonstrando que a
pena criminal só deve responder às ofensas intoleráveis à ordem jurídica representada
pelos bens individuais e coletivos”. Significa que se deve analisar a ofensividade, se a
sociedade está adequada para essa conduta ou não, se haverá uma insignificância ou não,
se o bem jurídico que teve o dano está dentro do ciclo de proteção.

E onde se evidenciaria a aplicação da teoria da tipicidade conglobante? Seria o


exemplo do oficial de justiça, que no cumprimento do mandado de busca e apreensão, logo,
em estrito dever legal, utiliza da força, mediante autorização do Código de Processo Civil
para exercício da sua função. Aqui se visualiza com facilidade a autorização de uma
conduta em um ordenamento (uso dos meios necessários ao cumprimento do mandado) e
a tipicidade constante no Código Penal. Não há possibilidade de conflito entre os dois
ordenamentos, de modo que existindo a previsão, afasta-se a tipicidade e, portanto, o
cometimento do crime.
O CASO DE ANA HICKMANN

O atentado contra Ana Hickmann aconteceu no dia 21 de maio de 2016, em um hotel


de luxo, numa região nobre, na cidade de Belo Horizonte. Ao meio dia a apresentadora
tinha acabado de chegar e estava em preparativos para um evento de moda que
aconteceria por volta da quinze horas. Estava com ela, seu cunhado Gustavo Correia e sua
assessora.
Por volta das treze e meia, Gustavo foi feito de refém enquanto entrava no elevador,
por um indivíduo que o obrigou a levar o mesmo ao quarto de Ana Hickmann. A
apresentadora tinha acabado de publicar um vídeo na internet, quando seu cunhado mais
Rodrigo (indivíduo que tentou assassinar Ana) que em delírio, acreditava ter um
relacionamento com ela, chegam no quarto onde estava Ana e Giovana Oliveira, e precede
o atentado.
Ao adentrar no quarto, Rodrigo pede para os três ficarem sentados de costas para
ele, posição típica de execução. O tempo todo Rodrigo está transmitindo, que a
apresentadora acabou com a vida dele e com o “relacionamento amoroso que eles tinham”.
Segundo o psiquiatra Rodrigo Bressan “a fixação doentia por um ídolo, cria um mundo em
que o fã não consegue mais separar a ilusão de realidade”.
Em momento de desespero, Rodrigo atira, acertando Giovana. Gustavo ao ver a
cena reage, lutando com o agressor. Após pedir várias vezes pra que Rodrigo solte a arma,
Gustavo consegue tirar o revolver do agressor e disfere contra ele três tiros, dois na região
da nuca e um no braço, matando Rodrigo.
O Ministério Público denunciou Gustavo por homicídio doloso, quando há intenção
de matar, o promotor Francisco Santigo entendeu que houve excesso por parte de Correa,
pois Rodrigo foi morto com três tiros na nuca, configurando assim um crime de homicídio.
A defesa de Correa alegou legítima defesa. “Regulada pelo Código Penal, a legítima defesa
é uma modalidade de exclusão de ilicitude, o que significa dizer que se um fato foi praticado
em legítima defesa, sua ilegalidade vai ser retirada por força de lei.”
Em 2018, Gustavo Henrique Belo Correa, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça de
Minas Gerais da acusação de homicídio doloso, a Juíza Amalin Aziz Sant´Ana entendeu
que o réu agiu em legítima defesa. “O crime é considerado doloso quando o agente prevê
objetivamente o resultado e tem intenção de produzir esse resultado ou assume o risco de
produzi-lo, conforme preceitua o art. 18, I, do CP”.
In casu, pode-se chegar a conclusão que Rodrigo planejou o crime ao saber onde a
apresentadora se encontrava, além de que podemos ver que ele não possuía uma saúde
mental estável, vez que o amor de fã que ele sentia virou raiva e ódio com um
comportamento obsessivo ao ver que não seria correspondido pela apresentadora.
Quando trazemos a situação para o código penal podemos enquadra-la na legitima
defesa sendo considerada como excludente de Ilicitude. Isso implica dizer que quem age
em legítima defesa não comete crime. Não confunda: não é a mesma coisa que dizer que
o crime existe, mas não existe pena. Simplesmente não houve crime e, portanto, não há
que se falar em pena. Sendo assim Gustavo não cometeu crime de homicídio já que foi um
ato de puro desespero com adrenalina do momento para salvar sua própria vida a da sua
cunhada.
O CASO LIANA FRIEDENBACH E FELIPE CAFFÉ

1. O CRIME
Crime ocorrido na zona rural de Embu Guaçu, na Grande São Paulo, entre 1 e 5 de
denovembro de 2003. O crime constituiu na tortura e assassinato do jovem Felipe Silva
Caffé e Liana Bei Friedenbach. O crime foi cometido por uma quadrilha de cinco indivíduos
e seu lider “Champinha” na época da morte do casal era menor de idade.Os assassinos
foram presos alguns dias depois dos crimes. Em 2006, Antônio Caetano da Silva, Agnaldo
Pires e Antônio Mathias de Barros foram condenados pela justiça a 124, 47 e 6 anos de
prisão. Em 2007, Paulo César da Silva Marques foi condenado a 110 anos e 18 dias de
prisão pelo assassinato e “Champinha” considerado líder do bando, era menor de idade na
época da morte do casal e foi internado na Unidade Experimental da Unidade Tietê da
Fundação casa, e após completar maior idade foi novamente avaliado e transferido ao
Manicômio casa de Custódia de Taubaté, por tempo indeterminado.

2. SOBRE A PENA APLICADA A “CHAMPINHA”

Uma pessoa que comete um crime, sendo ela menor de idade, segundo a lei maior,
é considerada inimputável, ou seja, não pode ser punida pelo ato que praticou. E a ela não
será aplicado o Direito Penal. A ela será aplicada uma punição de acordo com as normas
da legislação especial que nesse caso será o (ECA).

Art. 228 da CF/88, “São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos


às normas da legislação especial”

Como está escrito na lei, é considerado inimputáveis quem no momento da ação ou


omissão, não tem capacidade, ou conhecimento do caráter ilícito do fato. A partir desse
pensamento, a justiça chega à conclusão que a inimputabilidade está diretamente ligada à
culpabilidade, ou seja, o que vai ser analisado na justiça é se a pessoa que foi de contrário
a lei penal pode ser responsabilizada e punida. Por ser menos se idade ele cumpriu três
anos de internação na Fundação Casa.
Depois que ele alcançou a maior idade e antes de completar os três anos de
internamento na Fundação Casa e como estão determinando segundo ART. 149 do código
de processo penal.
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz
ordenará de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do
ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame
médico-legal.
§ 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante
representação da autoridade policial ao juiz competente.
§ 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando
suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam
ser prejudicadas pelo adiamento.

Nesse momento “Champinha” deixou de ser um inimputável pela menor idade e se


tornou um inimputável por ser constatado uma doença mental. Ele teve o diagnóstico de
transtorno de pessoalidade, ele abusou, agrediu, e matou friamente e sem culpa, ele perdeu
completamente o direito de viver no meio social, ele foi incapacitado, entende-se que, se
não fosse essa incapacidade ele já estaria solto. Não tem como entender o que se passa
na cabeça dessas pessoas na hora do ato ilícito, esse caso foi um dos crimes que ganhou
a mídia e causou uma profunda indignação em todo o país.

3- INIMPUTABILIDADES COMO SINÔNIMO DE IMPUNIDADE


A inimputabilidade é vista muitas das vezes como sinônimo de impunidade, mas esse
sentimento não é verdadeiro, segundo (Damásio, 2020)
A medida de segurança possui natureza essencialmente preventiva, no sentido de
evitar que um sujeito que praticou um crime e se mostra perigoso venha a cometer novas
infrações penais. P. 686

Em razão dos laudos perícias que contatou a doença de Champinha ele se encontra
internado por tempo indeterminado e isso não é melhor do quê uma cadeia, essa internação
não tem prazo de validade e para ser absolvido do crime Champinha vai ter que provar por
meio de um laudo pericial que está apto a viver em sociedade, e caso ele ganhe a liberdade
será do Estado a responsabilidade do que pode vim a acontecer, porque uma pessoa como
ele mata ou morre.
CONCLUSÃO
Esses crimes foram hediondos dentro Código penal com vários artigos 121, 213,148,
com pena aumentada devido serem crimes qualificados. Se formos observar a concepção
tripartite, na teoria do crime, houve um fato típico pela conduta ,nexo causal por causa da
ação e omissão e o resultado, nenhum dos elementos da antijuricidade , e por fim a
culpabilidade apenas para Champinha por ser inimputável em dois aspectos: menor na
idade,16 anos, e o outro foi através de um laudo médico psiquiátrico após cumprir 3 anos
de sócio educativo, informando que seu convívio social seria temerário para a sociedade,
assim pra sua integridade física.
Percebe-se que a redução da criminalidade não seria o principal ponto para
diminuição da criminalidade, e sim a educação como ponto chave para tudo. Maior remédio
para o combate à criminalidade é o investimento em educação, investir no sistema
carcerário também, para que haja uma ressocialização do indivíduo, o nosso sistema
carcerário ele deixa o indivíduo pior do que já está. Por isso chego à conclusão de que a
sensação de impunibilidade continuará com 18 ou 16 anos, não importa a idade se a base,
ou seja, a educação não for o ponto chave no combate a todos os problemas socias que
encontramos no nosso país. As circunstâncias salvaram a justiça no caso “Champinha”. Ele
precisava ser punido de alguma forma, tendo em vista a premeditação, frieza, condição
indefesa das vítimas, crueldade e consequências sobre parentes, amigos e a sociedade em
geral.
FICHAMENTO SOBRE: AS MEDIDAS DE SEGURANÇA

O vídeo aborda um assunto complexo e interessante, a medida de segurança.


A medida de segurança, uma sanção penal do artigo 26 do código penal onde vai
relatar em seu parágrafo único que: a pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
agente em virtude de perturbação de saúde mental ou de desenvolvimento mental
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou
determina-se de acordo com esse entendimento.
Em 1984 interrompe-se o sistema binário dentro do código penal onde podia haver,
pena e medida de segurança para o indivíduo, com o surgimento do sistema vicariante só
poderá aplicar um ou outro, porém tem que ser feito uma avaliação ou por eliminação, se
imputável, semi imputável ou inimputável, para que se defina medida de segurança ou
pena. Vale ressaltar que no caso da semi imputabilidade como uma anomalia psíquica
transitória, será realizar o tratamento no HCT ou ambulatório, como medida de segurança,
logo após que se constate sua alta do tratamento, através do laudo médico e decisão
judicial, esse indivíduo voltara para penitenciaria. Culpabilidade diminuída diferente do
imputável que só terá uma pena baseando–se no pressuposto da tipicidade dentro da teoria
do crime. A inimputabilidade caracteriza-se como fato típico, assim como o imputável e semi
imputável porém não culpável excludente de culpabilidade, é uma decisão absolutória
imprópria, cabendo ao indivíduo através de uma decisão judicial fazer tratamento no HCT
ou ambulatório por tempo indeterminado, dependendo do laudo de cessão de
periculosidade por um profissional competente, sabendo- se que no Brasil não existe prisão
perpetua.
Então, a complexidade evidenciada nas correntes jurídicas, tecnicamente a favor de
um maior rigor nas medidas de segurança quanto à flexibilidade do tratamento do paciente
com anomalia psíquica, questionamentos de ir e vim desse individuo, outras correntes
contrarias a tais pensamentos indo de encontro à constituição federativa de 1988 e aos
direitos humanos. Essas discussões são recorrentes no senso comum com pessoas
“leigas” abarcadas pelo sentimentalismo social nos meios científicos e nas universidades.
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