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RESUMO POVOS PRÉ-COLOMBIANOS

Mesoamerica: Olmecas, Toltecas, Zapotecas, Mixtecas, Astecas, Maias, entre outros.

Andes: Incas, Moches, entre outros.

O período pré-colombiano corresponde a todas as subdivisões da pré-história do continente


americano, da era paleolítica, sem a presença de europeus, até a colonização durante a idade
moderna. O termo pré-colombiano é usado no contexto das grandes civilizações indígenas das
Américas, como os povos da Mesoamerica e os povos dos Andes.

Olmecas:

Os Olmecas foi o primeiro povo a surgir na era pré-colombiana, em um período entre 1500
e 400 antes de Cristo, e por isso é considerada a “civilização-mãe”. Não se sabe ao certo sobre
sua origem, mas acredita-se que os Olmecas era um povo nômade que se estabeleceu na
América. Nesse contexto de fixação geográfica, foram surgindo os primeiros sinais
necessários para se formar uma sociedade, como organização política, religião, escrita, entre
outros. Portanto, tal povo se organizava politicamente por meio de cidades-estados
hierarquizadas, tinham uma religião politeísta e praticavam rituais de sacrifício, e acredita-se
que os Olmecas foram os primeiros a desenvolverem uma técnica de escrita. O
declínio\desaparecimento desta sociedade se deu, provavelmente, pelas mudanças climáticas
da região, perturbações tectônicas e assoreamento de rios.
Ademais, a cidade de San Lorenzo, Tenochtitlán, foi a maior cidade Mesoamerica até,
aproximadamente, 900 anos antes de Cristo, e a maior cidade Olmeca que se tem
conhecimento. Tenochtitlán era o centro das principais atividades humanas e onde estão
localizadas as maiores riquezas culturais e arquitetônicas. Além disso, tal cidade é
considerada por muitos arqueólogos e historiadores como uma “cidade cerimonial”, ou seja,
não possuía muralhas defensivas e servia para a realização de rituais, cerimônias, etc. Outro
aspecto relevante está relacionado com as atividades agrícolas, que era a principal fonte de
alimentos dos olmecas, e por isso possuía um complexo canal de drenagem.
Outra cidade importante é La Venta, localizada em uma ilha num pântano costeiro, e a
maior parte de sua região é constituída por um complexo de construções feitas de argila e
barro, que se estendiam por 20 quilômetros. A cidade de La Venta alcançou seu apogeu após
o declínio da cidade de San Lorenzo, e também era considerada uma cidade cerimonial e
devido a isso não existiam habitações, que ficavam localizadas aos arredores.
A arquitetura olmeca foi a base para outras diversas civilizações mesoamericanas que
surgiram posteriormente e se destacaram por sua modesta arquitetura, sem muita
complexidade, e os diferentes meios utilizados para a construção. Toda expressão arquitetural
pode ser encontrada nos centros cerimoniais, que eram construídos em espaços amplos e
descobertos, com o intuito de aproveitar as características naturais do terreno. Somado a isso,
as pirâmides olmecas representavam os centros cerimoniais e faziam alusão a uma montanha,
pela sua grandeza e imponência. As pirâmides olmecas eram construídas a partir de um
amontoado de terra batida sobre um descampado e possuíam um significado ritualístico
simbólico.
Se tratando da arte olmerica, temos as cabeças gigantes, que são consideradas os artefatos
mais famosos da cultura desse povo, e eram feitas de basalto retirado das montanhas Tuxtla,
devido a pobreza de materiais rochosos na região. Atualmente, imagina-se que as cabeças
eram representações dos grandes governantes da época. Outra expressão artística produzida
pelo povo olmerico são os altares, que de acordo com algumas teorias eram os tronos dos
governantes e possuíam, em sua base, figuras elaboradas em baixo e médio relevo, juntamente
com as estelas, que eram grandes blocos de basalto estampado com figuras e símbolos em
baixo e médio relevo.

Maias:

Os Maias, civilização que se desenvolveu no período pré-clássico, ocupava a região de


Cuello, atual Belize, e foi datada por volta de 2600 antes de Cristo. Os assentamentos foram
estabelecidos por volta de 1800 antes de Cristo na região de Soconusco, na costa do Pacífico,
e os Maias já estavam cultivando milho, feijão, abóbora e pimenta.
Aprofundando na história dos Maias, nota-se que sua organização política era baseada na
religião, em que a ideologia da elite justificava a autoridade do “governo” e era reforçada
através de rituais religiosos. Estima-se que os plebeus correspondiam a mais de 90% da
população, porém, pouco se sabe sobre eles, o que conhecemos é que suas casas eram
construídas, geralmente, com materiais perecíveis e seus restos deixaram poucos vestígios nos
registros arqueológicos.
Somado a esses fatos, o sistema de escrita maia era baseado em hieróglifos, e seus
principais registros indicam a existência de centros urbanos centralizados e complexos.
Baseando-se no calcário, os mais desenvolveram uma elaborada e avançada arquitetura,
construindo mais de 40 cidades espalhadas por toda América Central. De acordo com estudos,
observa-se que as cidades maias não possuíam um planejamento formal e estavam sujeitas a
uma expansão irregular e tinham um centro cerimonial e administrativo, onde vivia a elite
governante e ocorriam as principais atividades administrativas, juntamente com rituais
religiosos. Além disso, os centros cerimoniais eram o local onde os habitantes se reuniam para
atividades públicas. Os complexos residenciais eram construídos ao arredor do centro
cerimonial, em que a elite ocupava as melhores terras e mais próximas do centro e os plebeus
ocupavam as terras mais distantes.

 RITUAIS DE SACRIFÍCIO HUMANO: Os escravos, geralmente prisioneiros de


guerra, eram preparados para o sacrifício, sendo pintados de azul e as vezes torturados.
Eles eram levados até o topo de uma das pirâmides e lá morriam com uma chuva de
flechas ou tinham o coração ainda batendo cortado por um sacerdote no alto dos
templos.

 O CALENDÁRIO E A ASTRONOMIA MAIA: Os maias tinham um vasto


conhecimento no campo da astronomia, algo muito avançado para a época. E com
observações sobre as fazes da lua, equinócios e solstícios, eclipses do sol e da lua,
conseguiram desenvolver um calendário próprio.

Zapotecas:

Os Zapotecas, povo que surgiu no atual sul do México, e que por volta do século IV se
estabeleceram entre o Istmo de Tehuntepec e Acapulco, foi uma das principais civilizações
mesoamericanas, que posteriormente se fixaram em Oaxaca. Segundo sua mitologia, eles
surgiram de elementos da natureza, como rochas, arvores e jaguares, animal que possui uma
importância simbólica na religião.
Se tratando da organização política desse povo, inicialmente ela baseava-se no
desenvolvimento das guerras para conquistas de novos territórios, e com o passar do tempo,
de 300 a 900 depois de Cristo, a civilização se organizou em torno do monte Albán e logo
após a isso as primeiras cidades-estados foram surgindo. Apesar da colonização espanhola,
sua cultura sobreviveu até os dias atuais e eles se organizam em torno de um sistema de
cobranças, com a distribuição de cargos entre seus membros.
A arquitetura zapoteca é baseada na construção de represas e canais, e assim como em
grande parte das civilizações mesoamericanas, os pontos cardeais tinham valores importantes
no projeto urbano das cidades. No entanto, a cidade foi construída em um monte plano e era
composta por uma praça no centro, três edifícios construídos em cima de plataformas
quadradas que se ligavam a praça por meio de grandes escadarias, templos e pirâmides, que
possuíam um significado cerimonial.
As estelas, comuns em muitas culturas da idade antiga, também estão presentes na cultura
zapoteca. Uma das mais antigas estelas zapoteca, denominada de “Los Dançantes”,
apresentava figuras distorcidas, e uma das hipóteses sobre o que está registrado nas estelas, é
que pode ser prisioneiros de guerra e até mesmo patologias visuais de doenças da época.
Outra forma de registro desse povo são os Códices, que se trata de documentos de escrita
hieróglifa coloridos, feitos em pele de veados. Portanto, é por meio dos Códices que foi
possível descobrir parte da cultura e da história dessa civilização.

 TÚMULOS: Os túmulos também representam parte do acervo artístico zapoteca,


visto que os mais importantes eram adornados por joias, pinturas, cores e hieróglifos.

Mixtecas:

A cultura mixteca floresceu do início do século IX até o século XVI, e em sua língua eles
são denominados de Nuu Savi, povo da chuva ou povo da nuvem. Seus membros mais
reconhecidos são os artesãos, pois eles possuíam técnicas de metalurgia muito avançadas e
eram habilidosos nos trabalhos de escultura em pedra. Tal cultura sobrevive até os dias atuais
e se diluíram pelo México, mas sofreu grandes perdas com a conquista espanhola.
Além disso, sua organização social baseava-se em uma hierarquia semelhante ao sistema
feudal, em que não existia um governo centralizado. O fato de a civilização ser dividida em
muitas tribos fez com que, durante sua história, ocorreram diversos conflitos internos.
Se tratando, então, da arquitetura mixteca, nota-se uma semelhança com os edifícios
zapotecas, pelo fato de existir uma determinada habilidade no manuseio de pedras, fazendo
objetos artísticos e construções não muito grandes. As construções civis eram organizadas ao
redor de grandes quadrados e as salas interiores eram distribuídas dentro de um pátio interno,
e as construções mais importantes se localizavam no centro.

Astecas:

A civilização Asteca surgiu na região central do México, no período pós-clássico, de 1300 a


1521 depois de Cristo. A organização social Asteca era dividida por hierarquia, e tal povo
exigia tributos dos povos conquistados, e o pagamento poderia ser feito de diversas maneiras:
a partir da provisão de alimentos, de joias ou até mesmo da cessão de escravos para a
realização de sacrifícios religiosos. Quando analisamos a religião Asteca, observamos que
possuía caráter politeísta, que sofreu forte influencia de outros povos mesoamericanos. Um
exemplo da influencia de outras culturas na religião Asteca era o Deus Quetzacoatl,
conhecido pelos Maias como Kukulkán.
A cultura Asteca era muito rica, e estava diretamente ligada à crença no teotl, uma espécie
de ligação entre os seres do mundo físico com as forças do mundo espiritual. Junto a isso, os
astecas possuíam um vasto conhecimento nas áreas da medicina, matemática e astronomia
que, consequentemente, gerou um calendário agrícola e solar, dividindo o ano em mais de 365
dias.
A arquitetura deste povo, principalmente os planejamentos das cidades, era tradicional: o
templo principal e o mercado eram o centro desse plano. As cidades possuíam, também,
palácios, estádios para a prática de esporte, sala de conselhos, entre outros, porém, a maioria
destas construções se localizava nas áreas mais periféricas das cidades.

Incas:
O império inca se consolidou entre as montanhas dos Andes, e acredita-se que a origem
deste império se deu no século XI, quando alguns grupos de índios quíchuas, vindo do norte
do atual Peru, instalaram-se no sul, no vale Cuzco, que futuramente se tornou capital do
império, considerada sagrada. Está região montanhosa, em apenas 50 anos, já abrigava 80
diferentes grupos nos Andes, e foi denominada como “O Umbigo do Mundo”.
No século XV, a cidade de Cuzco foi construída pelos incas, e com o advento da
colonização espanhola, muito se perdeu da arquitetura e da cultura inca. Entretanto, de acordo
com registros arqueológicos e históricos, os Incas possuíam uma religião politeísta, que
adorava principalmente o Deus Sol e a Pachamama, que simboliza a terra, a fertilidade, o
feminino, etc. Além da adoração aos Deuses, os incas cultuavam três animais, que para eles
eram simbólicos e sagrados, que são chamados de “Trilogia Inca”, formada pelo puma, pelo
condor e pela serpente. Uma curiosidade relacionada à esses animais, em específico a puma, é
que a cidade de Cuzco foi planejada e construída no formato de um puma.
Apesar de a civilização Inca não possuir escrita e não existir documentos escritos sobre sua
história, às pistas disponíveis atualmente é fruto de conhecimentos arqueológicos, históricos e
por meio de descendentes Incas e espanhóis. Outra fonte rica de informação é a crônica feita
no século XVII, pelo pintor inca Poma. Este livro foi desenvolvido com o intuito de instruir
os Reis Espanhóis sobre o sistema de governo inca. Outra forma de comunicação Inca são os
Kipur, espécie de linhas amarradas em diversos tamanhos e cores.

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