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RESUMO MESOPOTÂMIA – 3

A Arte:

Quando falamos de ‘’arte’’ na Mesopotâmia é um problema, pois a palavra arte não existia
no vocabulário mesopotâmico, tal palavra vem do latim, e significa o saber em fazer algo.
Naquele tempo, a produção de esculturas era algo simbólico e muito relacionado com rituais
religiosos. Apesar disso, as esculturas mesopotâmicas são consideradas arte, no entanto,
várias peças estão expostas em museus.
Os produtores das estatuas mesopotâmicas não possuíam as mesmas finalidades de um
artista moderno, em afirmar sua personalidade, nessa época, o artesão tinha o intuito de
representar a imagem de divindades e de mortais já falecidos. Nas civilizações antigas, a
produção de esculturas da figura feminina é muito marcada, e não se trata de uma
representação realista, tendo em vista as distorções da anatomia, mas sim de uma
representação simbólica.
Os Orantes são esculturas mesopotâmicas convencionais, pois são visíveis a constância de
certos padrões geométricos e traços plásticos formais que se repetem, como a linha continua
entre a perna e o pé, os braços colados ao corpo, as mãos dadas e os olhos arregalados. Os
traços convencionais são simbólicos, e os orantes eram deixados em cemitérios e representava
uma réplica de quem foi sepultado naquele túmulo.
Na historia da escultura existem várias categorias de relevos, alto relevo, médio relevo e
baixo relevo. A título de exemplo, temos a Estela, escultura de 2 metros de altura feita em
basalto, datada entre 1793 e 1750 a.C., peça única que mostra os 282 artigos da lei da cidade
da Babilônia, mostrando a importância que os povos antigos davam ao direito. Um exemplo
de baixo relevo, figuras esculpidas destacando-se pouco do suporte parietal mineral, é a Estela
do Rei Naram-Sin, que mostra o Rei fazendo uma oferenda sobre a vitória contra inimigos,
em que observa-se os prisioneiros de guerra acorrentados e transformados em escravos.
Os touros alados, uma espécie de androcéfalo, que significa cabeça de homem, mostra um
touro com cabeça humana e asas de águia. O touro alado faz parte de uma alegoria
mesopotâmica, e a palavra ‘’alegoria’’ vem do grego e significa nas artes uma imagem que
simboliza alguma coisa externa. Alegoria também é um recurso da linguagem falada e da
linguagem visual, e o touro alado é um ótimo exemplo de alegoria, pois os elementos que
compõem esse ‘’animal’’ remetem a valores do povo antigo. Os signos visuais presentes são:
a cabeça humana, o peito de leão, as asas de águia e o corpo de touro. Um dos signos morais
presentes é: a cabeça de homem, que remete à inteligência humana e o espaço onde essa
inteligência se mostra eficiente, ou seja, a cidade. Outro signo presente é o peito de leão, que
representa o lugar onde o leão mora, o deserto, e a coragem de morar em um lugar tão hostil.
O corpo de touro representa o território rural, onde ocorrem as atividades agrícolas, e a
fertilidade da terra.

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