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FILOSOFIA

3ª SÉRIE
SEMANA 35

Olá, estudantes!
Esta semana vamos estudar na Aula Paraná de Filosofia sobre “Heidegger e a origem da obra
de arte”. Para ajudar em seus estudos, você está recebendo o resumo dos conteúdos.
Relembrando que teremos duas aulas e vamos tratar sobre:

AULA: 67 HEIDEGGER E A ORIGEM DA OBRA DE ARTE


AULA: 68 HEIDEGGER E A ORIGEM DA OBRA DE ARTE

Martin Heidegger nasceu numa pequena cidade da Alemanha, Messkirch, em


26/09/1889. Sentiu vocação para ser padre e ingressou num seminário jesuíta. Estudou
teologia e filosofia na Universidade de Friburgo. Contudo, após estudar os escritos de Calvino e
Lutero, desiste da vida religiosa e se casa em 1917. Trabalhou como assistente do professor
Edmund Husserl na Universidade de Marburg e posteriormente, o sucedeu na disciplina de
Filosofia, na Universidade de Freiburg.

Durante o trabalho como assistente do Professor Edmund Husserl, escreve sua principal
obra: Ser e Tempo. Esta obra se tornou fundamental para as bases da filosofia existencialista.
Com a ascensão de Hitler ao poder, em 1933, Heidegger se filia ao Partido Nazista. Nomeado
reitor da Universidade de Freiburg, não permite propaganda antissemita na faculdade. Por
atitudes como estas, suas obras são censuradas até 1944 e, ao final da guerra, ele repudiaria o
nazismo. Martin Heidegger faleceu em 26 de maio de 1976.

Para Heidegger, a pergunta fundamental da filosofia deve ser sobre o Ser. Desde a
antiguidade, os filósofos não indagavam sobre o ser e sim sobre o ente, uma coisa. Ou
buscavam entender o ser humano a partir da relação com os objetos e com o meio que ele
estava. O autor questiona sobre o homem, o único capaz de se fazer essa pergunta. Assim,
quem é o homem? Quem é o ser?

Para Heidegger, o ser humano é um Dasein. Esta palavra alemã cunhada por ele
significa: sein = ser e Da = aí. Logo, o homem é um Ser-aí que é neste mundo. O Ente (coisas,
animais, plantas, etc.) está no mundo.

O Poder ser é a possibilidade de cada Dasein, só o Dasein é capaz de escolher em cada


momento o que deseja ser, e tornar-se neste mundo. Por outro lado, os animais não podem
escolher. Por exemplo, um gato sempre vai estar em busca de comida e abrigo até o final dos
seus dias. Já o Dasein pode escolher, mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados.

Atenção: o Dasein não escolheu estar neste mundo e nem neste tempo.

A originalidade desse estudo antecede as teorias que visam investigar as variadas


manifestações do ser humano, como a antropologia e a biologia. Em cada uma dessas
possíveis investigações, estaria ausente o estudo propriamente ontológico que seu fazer
científico não provê.
“A origem da Obra de Arte” (1935-36)

No livro “A Origem da Obra de Arte”, Heidegger mostra que tentará encontrar a arte
onde não houver dúvida que ela vigora, ou seja, na obra. A pergunta inicial, portanto, é
acerca do que é a obra. As obras estão aí de modo tão natural como qualquer outra coisa.
Mas o que é uma coisa? E que tipo de coisa é a obra? A obra não faz ver apenas o utensílio,
mas a sua serventia, que desvela todo o mundo da existência.

A essência e origem da Arte estão fora da teoria e ou disciplina estética. A pergunta pela
origem da obra de arte pergunta pela proveniência de sua essência. A obra aflora, segundo a
representação habitual, desde a atividade do artista e através dela. Mas através e desde onde
o artista é o que ele é? Através da obra; pois, que uma obra louve o mestre, diz: a obra
primeiramente deixa o artista pôr-se à frente como um mestre da arte. O artista é a origem da
obra. A obra é a origem do artista. Nenhum é sem o outro. Igualmente, nenhum dos dois
suporta sozinho ao outro. Artista e obra são cada qual em si e em sua mútua relação através
de um terceiro, o qual é o primeiro, a saber, aquilo através e a partir do qual artista e obra de
arte têm seu nome: através da arte.

O ser humano possui um lugar indispensável para a criação da obra, assim como aquele
que a contempla é capaz de interferir em sua classificação. Mas não é dele que depende o
desvelamento da verdade da arte, pois o desvelamento acontece através da própria obra.
Escola/Colégio:
Disciplina: Ano/Série:
Estudante:

Exercícios - Aulas 67 e 68 – Semana 35

1. É conceito de primeira importância para a análise do ser e da existência, no


Existencialismo:

a) Veracidade
b) Objetividade
c) Determinismo
d) Sistema
e) Liberdade

2. Quem se volta para o plano dos entes em sua factualidade, ou seja, ao cuidado pelo ser-
no-mundo, o cuidado com as coisas, utilizando-as e delas se servindo, vive uma forma de
existência considerada por Heidegger como sendo:

a) Existência real
b) Existência autêntica
c) Existência ideal
d) Existência inautêntica
e) Existência mortal

3. Para Heidegger, o ser é existência?

a) Não, pois tais conceitos não se relacionam no pensamento de Heidegger


b) Sim. Para o filósofo o ser é existência
c) Para Heidegger, o ser é a inexistência
d) Não, porque estamos no mundo
e) Tudo depende do ponto de vista do indivíduo

4. Para Heidegger, o homem deve aceitar a própria finitude para poder pensar em si
mesmo.

a) Correto, porque só o homem é o ser-para-morte


b) Incorreto, todo ser vivo é o ser-para-a-morte
c) Incorreto. O certo é dizermos que o homem deve aceitar a própria infinitude
d) Correto. O certo é dizermos que o homem não deve aceitar a própria infinitude
e) A questão da finitude e de ordem subjetiva

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