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7 ESTRATÉGIAS PARA

AUMENTAR A SUA
PRODUTIVIDADE
AUME NT AR A P RODUT I VI DADE DA
L AVOURA É O DE S E J O DE T ODO
P RODUT OR RURAL .

Os motivos são vários, mas aumentar a renda da fazenda e produzir alimentos para uma
população que cresce a cada dia, já são razões suficientes para tornar esse assunto
importante.
No artigo: 5 fatores que podem ser os responsáveis pela perda de produtividade da lavoura

nós comentamos um pouco sobre os três níveis de produtividade e seus fatores limitantes.
Além disso, nós também falamos um pouco sobre Yield Gap e sua faixa explorável.
Neste e-book, nós vamos recapitular um pouco destes conceitos
rapidamente e mostrar sete pontos que, se manejados de maneira
adequada, serão responsáveis por um considerável aumento na
produção final da lavoura.
NÍVEIS DE PRODUTIVIDADE E YIELD GAP

Como este capítulo é para recordar o assunto já tratado no nosso blog, vamos apenas citar
rapidamente os pontos aqui explorados. Para ter acesso a estes conceitos mais a fundo,
acesse nosso artigo 5 fatores que podem ser os responsáveis pela perda de produtividade da lavoura

De acordo com a academia, a produtividade pode ser dividida em 3 tipos ou níveis:

PRODUTIVIDADE POTENCIAL
Produtividade máxima gerada pelo potencial genético da planta.

PRODUTIVIDADE ATINGÍVEL
É a produtividade máxima atingida, tendo como limitantes os fatores
não controláveis como o clima, por exemplo.

PRODUTIVIDADE REAL
É a produtividade alcançada pela lavoura em situações reais. Ou seja,
é limitada por fatores incontroláveis e controláveis como o manejo.

Já o Yield Gap é a diferença entre a produtividade atingível e a produtividade real.


Esse espaço pode e deve ser explorado.
A redução do Yield Gap, isto é, diminuir a diferença entre a produção real e a atingível é
considerada, por muitos estudiosos da área, uma das grandes soluções para o problema
de fome causado pela superpopulação que se prevê para o ano de 2050.
AS 7 ESTRATÉGIAS

Para que essa redução ocorra, métodos adequados de manejo são


necessários. É neste ponto que nosso e-book pretende ajudar. Vamos
falar de 7 estratégias que serão essenciais para o aumento da
produtividade da sua lavoura. Além disso, teremos uma estratégia
bônus que estenderá o âmbito “fora da porteira”.
Então, vamos às estratégias.
DISPONIBILIZAR A
QUANTIDADE IDEAL DE ÁGUA

Sem água não há vida, isso serve pra qualquer organismo, seja ele
animal, vegetal ou parte da microbiota. A questão é: a quantidade de
água é importante! Disponibilizar pouca água para a planta vai impedir
que, além de realizar suas funções vitais, ela também não consiga
absorver adequadamente os nutrientes do solo. Isso se dá pelo fato dos
nutrientes disponíveis estarem dissolvidos na solução do solo,
composta principalmente por água.
Por outro lado, o excesso também causa um efeito negativo. Os solos
são compostos por poros e são nesses poros que ficam alojados a água
e o ar (essenciais para a planta).
Em casos que a água está em excesso, estes poros são totalmente
preenchidos por água, sem deixar espaço para o ar (que é igualmente
importante para a planta), impedindo a absorção de oxigênio e outros
gases pela raiz.

Em vista disso, é importante saber qual a quantidade ideal de água


exigida pela sua cultura e disponibilizá-la adequadamente.

Figura 1 - Poros do solo preenchidos com


ar e água. Fonte: Processos hidrológicos.
ADUBAR O NECESSÁRIO

Nutrir as plantas adequadamente é um outro passo essencial para


aumentar a produtividade da lavoura. No entanto, quando se trata de
adubação, muitas pessoas imaginam que basta aplicar o fertilizante no
solo ou na planta e já será possível ver a diferença, o que acaba por não
acontecer. No final das contas, o produtor fica frustrado e
desacreditado na importância da adubação.
Acontece que a dinâmica do solo e dos minerais nele presente, seja de
origem natural ou por meio de adubação, é muito complexa. Além
disso, a relação da planta com os nutrientes também não é simples.
Para sabermos como agir quanto a como deve ser feita a adubação,
para que ela seja efetiva, devemos realizar uma análise do solo e ficar
atentos aos sinais das plantas.
A análise é feita por laboratórios especializados, com amostras do solo
da lavoura e indica quais são os nutrientes disponíveis, se há ou não a
necessidade de fazer uma adubação e qual nutriente deve ser
adubado.

É necessário sempre lembrar de fazer uma amostragem adequada,


assim não há interferência nos resultados da análise e,
consequentemente, na adubação final.
Para complementar, e esse é um ponto facultativo, é possível realizar
uma análise das necessidades nutricionais da planta (da mesma
forma que é feita com o solo). No entanto, este procedimento é mais
caro e pode ser substituído (não totalmente, pois o primeiro é mais
preciso) pela avaliação dos sintomas demonstrados pelas plantas.
Tendo os dados das análises em mãos é possível verificar quais são as
reais necessidades nutricionais da área e aplicar o adubo adequado.
Com isso, essa aplicação contempla melhores resultados e sai mais
barata do que a aplicação de adubo, sem uma avaliação prévia.
SABER O PH DO SOLO

Como vimos no nosso artigo: 5 fatores que podem ser os responsáveis pela perda

de produtividade da lavoura ,pH é uma unidade de medida que indica se o


solo está mais ácido ou mais alcalino. Também vimos que solos muito
ácidos e muito alcalinos podem ser prejudiciais ao desenvolvimento
das plantas e afetam consideravelmente a produtividade. Finalmente,
comentamos que o pH ideal da lavoura para as grandes culturas (soja,
milho, algodão, etc.) deve estar em torno de 6,5 e 7,5. Mas, pode se
mostrar fora deste padrão para culturas diferenciadas, como chá mate,
hortência e tabaco.
Assim, sabendo o pH da área a ser cultivada e o pH ideal da cultura é
possível alterá-lo, por meio de métodos de manejo como gessagem e
calagem, e adequá-lo para que o mesmo seja ideal para um pleno
desenvolvimento da lavoura e, consequentemente, uma melhor
produtividade.
ESCOLHER A CULTIVAR

Este ponto é extremamente importante, principalmente para culturas


de commodity que possuem diversas cultivares, como soja e milho.
Estas cultivares foram desenvolvidas para se adequar melhor a um
clima, altitude ou então, a ser resistente a algum tipo de doença ou
praga e podem possuir também, diferentes ciclos e formas de
crescimento. Por isso, cada localização e cada objetivo do cultivo
possui uma cultivar mais adequada. A escolha de cultivares
inadequadas pode resultar em grandes perdas da lavoura (podendo
chegar até a uma perda total de safra, em casos mais graves).
Para fazer esta escolha, é importante se atentar ao histórico
fitopatológico e climático do local, eles vão te indicar os principais
pontos para serem levados em conta. Com esses dados em mãos, uma
escolha mais certeira definitivamente irá acontecer.
QUALIDADE DE
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

É fato que a tecnologia acelera a produção. Desde a revolução


industrial, tudo que, de forma manual era feito em quantidades
pequenas, a partir da mecanização passou a ser produzido em
quantidades bem maiores, em um mesmo período de tempo. Na
agricultura não é diferente, vê se bem pelo exemplo da aração. Arados
puxados por pessoas, ou então por animais, realizavam sua atividade
em muito mais tempo que arados mecanizados. No entanto, este
tópico não vai falar apenas de inovação e tecnologia, que é claro, são
ótimas estratégias para o aumento da produtividade, mas também irá
comentar sobre como devemos utilizá-la a nosso favor.

E COMO PODEMOS FAZER ISSO?


Usar corretamente e se atentar aos detalhes. Semeadura e aplicação
de agroquímicos uniforme, profundidade adequada, aplicação de
adubo sem resíduo de herbicida, entre outras pequenas coisas,
podem acarretar em um aumento de produção que surpreende. E
para que estes pontos sejam atingidos, basta realizar uma
manutenção adequada nos detalhes de implementos e do
maquinário, trocar um bico entupido, verificar a profundidade
alcançada pelos implementos, verificar se a semeadora está fazendo
suas atividades corretamente, realizar a limpeza dos tanques, etc.

Ademais, essas pequenas manutenções podem evitar problemas


maiores com o maquinário, o que acaba resultando em uma certa
economia para o produtor.
MANEJO IDEAL DAS
PLANTAS DANINHAS

Já são muitos os meus textos sobre plantas daninhas, mas eu vou falar
mais um pouco sobre, pois são muito importantes.
Essas plantas são verdadeiras “danadinhas”, principalmente por serem
difíceis de manejar, por conta de suas diversas formas de se perpetuar:
produção de muitas sementes (algumas produzindo mais de 10.000
sementes por vez), apresentação de rizomas, bulbos, tubérculos,
dormência nas sementes, entre outras características.
Por serem plantas ecologicamente pioneiras, como pudemos ver no
meu texto Plantas daninhas: um guia prático para o produtor ,são fortes competidoras
por água, luz e nutrientes, o que diminui a produtividade da cultura.
Por isso, é necessário realizar o controle adequado das mesmas até
que, pelo menos, a cultura esteja bem estabelecida para competir
com essas plantas de maneira satisfatória.
O ideal é que este manejo seja feito até que o dossel da cultura se
feche por completo. Para ter acesso a mais informações sobre o bom
manejo de plantas daninhas acesse nosso blog.
MONITORAR A LAVOURA

Este passo é essencial e de baixíssimo custo (podendo ser feito pelo


próprio produtor). Monitorar a área é basicamente verificar quais as
condições da mesma quanto à disponibilidade de água, incidência de
pragas, doenças e daninhas, se é preciso ou não uma adubação
complementar e outras exigências da lavoura, visando suprir todas as
suas necessidades. Essa ação ajuda o produtor a tomar decisões e
medidas rápidas quanto aos problemas encontrados e, se feita de
forma frequente, quando o mesmo ainda é pequeno e muitas vezes
controlável.
Além disso, esse processo ajuda no histórico da área para auxiliar a
safra seguinte e futuras.
BÔNUS

Para concluir este e-book, gostaria de citar uma estratégia bônus. Esta
estratégia engloba o âmbito “fora da porteira”, ou seja, além da lavoura,
mas também é essencial quando se fala de suprir as necessidades
citadas no início deste e-book. De nada adianta ter uma alta
produtividade e perder parte desse produto ao final.
É isso o que acontece com a maioria dos produtos agrícolas. Cerca de
30% do que é produzido, é perdido no pós colheita.
Para reduzir esse problema, sistemas de colheita, armazenamento e
logística qualificados são essenciais.
Para o armazenamento, silos com sistema de ventilação e resfriamento
são muito importantes para grãos e, no caso de hortaliças, caminhões
com sistema de geladeiras e acondicionamento diminui grande parte
das perdas na logística.

Saber qual é o mercado consumidor da região também é uma


importante análise a se fazer para a escolha da cultura a ser cultivada,
para que se possa ter mercado, menor custo de transporte e também,
menor perda no pós colheita!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://docplayer.com.br/6077350-Processos-hidrologicos-
cst-318-ser-456-tema-6-agua-no-solo-ano-2015.html

https://www.blogagrobasf.com.br/soja-estrategias-para-
aumentar-a-produtividade-873/n

http://brasil.ipni.net/article/BRS-3469
S O B R E A A G R O M O V E

A Agromove surgiu da dificuldade de se encontrar os


melhores momentos para se tomar as decisões estratégicas
na produção e comercialização de gado de corte e seus
principais insumos.

A dinâmica do agronegócio no Brasil é muito intensa e


influenciada por diversos fatores como oferta, demanda,
câmbio e clima. Com o objetivo de filtrar e afunilar esta
diversidade de informações, em um processo de DECISÃO
pautado em dados, a Agromove introduz uma metodologia
de sucesso que filtra as informações de mercado e facilita
a tomada de decisão pelos gestores.

S O B R E A A U T O R A

Letícia Inoue é técnica em Meio Ambiente formada

pela ETEC Conselheiro Antônio Prado (ETECAP) e

Engenheira Agrônoma com área de concentração em

produção vegetal pela ESALQ-USP. Atualmente é aluna

de mestrado no programa de pós-graduação em

fitotecnia na ESALQ - USP.

Possui experiência na área de grandes culturas, em

especial com a cultura da soja, a qual concentra seus

estudos no mestrado.
C O N T A T O S

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