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 (Arachis hypogaea L.

) é uma planta da
família Fabaceae como o feijão e a
ervilha. E seu fruto é do tipo fruto ou
vagem.

 A planta do amendoim é uma erva,


com um caule pequeno e folhas
trifolioladas, com abundante
indumento, raiz aprumada (A Raiz Que
apresenta UMA Raiz diretor de Onde partem
raízes secundárias), medindo entre 30–50
cm de altura.
 Suas vagens, no entanto, se desenvolvem dentro do solo. O
pedúnculo floral, após a polinização, curva-se para baixo,
continuando a crescer até enterrar o ovário da flor. No solo, as
vagens se desenvolvem e amadurecem.
O amendoim é uma oleaginosa originada da América,
sendo utilizada como planta domesticada pelas civilizações
indígenas sul-americanas há 3800 anos;
Os exploradores Espanhóis e Portugueses que descobriram
o amendoim no Novo Mundo, levaram-no para a África.
Plantado em diversos países Africanos, floresceu e passou
a fazer parte das culturas alimentares locais;
No século 19, o amendoim aumentou muito a sua
popularidade nos E.U.A graças a George Washington, que
sugere que os agricultores passem a plantar amendoim
nos seus campos de algodão destruídos após a Guerra
Civil;
 A produção de amendoim no Brasil teve grande importância
até o início dos anos 70, ocupando papel de destaque no
suprimento interno de óleo vegetal e na exportação de
subprodutos.
 Além da política agrícola brasileira diminuir os recursos
investidos na cultura do amendoim, outros aspectos
favoreceram seu declínio, como crescentes custos de produção,
baixo rendimento por área, susceptibilidade às variações
climáticas e intensas variações nos preços durantes a
comercialização. Pequenos e médios produtores continuaram a
produzir amendoim devido ao baixo nível tecnológico exigido.
 O cultivo e a produção de amendoim são atividades agrícolas
importantes em diversas regiões do estado de São Paulo, que
concentra 80% da produção brasileira. O produto destina-se
principalmente à indústria de confeitaria, venda e consumo
in-natura, exportação e fabricação de óleo.
 Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o
Brasil possui 90 mil hectares de plantação de amendoim
distribuídos entre as lavouras conduzidas neste novo padrão
tecnológico (São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e
Bahia) e os pequenos cultivos familiars em diversos estados,
de norte a sul.
 As cultivares utilizadas são a do tipo rasteiro (runner) e ereto
do tipo Tatu ST.
 Runner - Os grãos desse amendoim são de pele rosada e de
tamanho maior que os tradicionais, mais conhecidos no Brasil. É de
hábito de crescimento rasteiro tem um ciclo de 125 a 130 dias, do
plantio à colheita. Em condições favoráveis, sua produtividade
máxima é de 6.500kg/hectare de amendoim em casca.
 Tatu ST - Cultivar de vagens alongadas com mais de duas sementes
ou grãos, caracteriza-se pelo porte ereto, de pele vermelha e sabor
ligeiramente adocicado.
 Pesquisas agronômicas mostraram que a rotação da cultura da
cana-de-açúcar com o amendoim é uma prática benéfica e que
reduz os custos de produção agrícola. Fazendo assim a renovação
do solo e controle de pragas.
 Ultimamente, mudanças tecnológicas no cultivo e no
beneficiamento do produto estão trazendo um aumento no volume
produzido de grãos e nas características do mercado. O sistema
mecanizado de produção é um exemplo;
 A maior produção ocorreu em 1972, com 970 mil toneladas, sendo
que o principal produto era o óleo, muito utilizado na culinária.
 Da produção de 142 mil t em 1995 chegamos aos atuais 300 mil t
em 2005, enquanto que a produtividade passou de 1.740 kg/ha em
1994-96 para 2.330 kg/ha em 2005.
 O uso de cultivares de porte rasteiro e mecanização das operações
de plantio e colheita são tecnologias que também refletiram em
maior produtividade.
 Em termos produtivos, a produção do amendoim brasileiro é
oriunda, em maior escala, da região Sudeste, seguida pela Centro-
Oeste e Nordeste.
 O estado de São Paulo é o maior produtor, responsável por cerca de
80% da produção nacional conforme falado anteriormente.
 Considerada pelos produtores como uma cultura que proporciona
boa remuneração, o amendoim é cultivado praticamente sem a
utilização de insumos, em cultivos convencionais ou consorciado
com milho.
 O objetivo do zoneamento agroclimático é orientar os
agricultores sobre os riscos de adversidades climáticas
coincidentes com as fases mais sensíveis da cultura. Através
da correlação entre as séries climáticas históricas, com o ciclo
das cultivares e o tipo de solo faz-se a recomendação da
época de plantio para cada município.
 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
possui portarias referentes ao zoneamento climático da
cultura do amendoim para diversos estados brasileiros.
 O amendoim é cultivado em mais de 80 países nos dois hemisférios,
principalmente em regiões tropicais. Apesar desta ampla
adaptabilidade, a produtividade é fortemente influenciada por
fatores ambientais, especialmente temperatura, disponibilidade de
água e radiação, como qualquer outra cultura.
 A temperatura é o fator ambiental com maior efeito no
desenvolvimento crescimento do amendoim. A cultura de
amendoim desenvolve-se melhor, com produtividade mais elevada,
em climas quentes.
 O amendoim pode ser cultivado em regiões que apresentam
temperaturas médias entre 20°C e 30°C durante todo o ciclo de
cultivo da planta. A planta não suporta baixas temperaturas. Como
a chuva prejudica a polinização, o ideal é que o clima permaneça
seco durante o período de floração.
 O amendoim necessita de alta luminosidade, com luz solar direta
pelo menos algumas horas por dia.
 SOLO
 Cultivar de preferência em solo bem drenado, leve, solto, fértil e rico em
matéria orgânica. O pH do solo ideal para o cultivo de amendoim situa-se
entre 5,5 e 6,5. A planta pode formar em suas raízes uma associação
simbiótica com bactérias conhecidas como rizóbios, capazes de fixar o
nitrogênio do ar no solo como amônia ou nitrato, provendo pelo menos
parte do nitrogênio necessário para as plantas.
 PLANTIO
 As sementes geralmente são plantadas direto no local definitivo. As
sementes também podem ser plantadas em pequenos vasos ou copinhos
de papel jornal com 10 cm de altura. As mudas são transplantadas quando
têm de 10 a 15 cm de altura.
 A semeadura pode ser feita manualmente, por tração animal ou mecânica,
mantendo a profundidade no máximo em 5 cm
 O arranjo espacial da cultura no campo deverá considerar a cultivar, uma
vez que cada variedade tem um comportamento de crescimento diferente
O espaçamento recomendado é de 15 a 30 cm entre as plantas e de 60 a
80 cm entre as linhas de plantio.
 COLHEITA
 A colheita das vagens pode ser feita de 100 dias a quase seis
meses após a semeadura, variando conforme o cultivar
plantado e as condições de cultivo.
 A colheita do amendoim é realizada quando as folhas das
plantas estão amareladas. Retire algumas vagens da terra e
verifique se a parte interna da vagem apresenta veios mais
escuros, o que indica que estão maduras e prontas para a
colheita.
 Em pequenas propriedades, normalmente utiliza-se a mão-
de-obra familiar nas operações de colheita e pós-colheita.
Após o arranquio manual, as plantas são enleiradas
para secagem de modo a reduzir a umidade das sementes.
 COLHEITA
 Se a colheita for atrasada, ao arrancar a planta, as vagens
podem se destacar da planta e ficar no solo. Após a secagem,
as vagens se soltam da planta facilmente e podem ser
recolhidas e armazenadas em local fresco e seco por vários
meses, ou os amendoins podem ser retirados e utilizados.
 No sistema semi-mecanizado, é realizado o corte das raízes
previamente ao arranquio com posterior enleiramento
manual, utilizando implemento tracionado por trator, que
possui duas lâminas cortantes em forma de V aberto que
cortam quatro linhas por vez. A passagem da lâmina
proporciona no arranquio uma redução nas perdas em torno
de 6%.
 As principais doenças foliares do amendoim são a mancha
castanha e a pinta preta. Apesar da semelhança, as manchas
causadas pelo fungo Cercospora arachidicola, agente causal
da mancha castanha, são geralmente circundadas por um halo
de coloração Amarelada. A pinta preta é causada pelo fungo
Cercosporidium personatum, com lesões mais escuras
 Geralmente, a mancha castanha ocorre no início do florescimento,
enquanto que a pinta preta é mais freqüente a partir do final do
período de florescimento. As perdas causadas por estas doenças
são estimadas em torno de 50% quando não controladas
eficientemente, havendo relatos de perdas de 70% no nordeste do
Brasil. As perdas são decorrentes da desfolha precoce provocada,
principalmente em cultivares suscetíveis plantadas em regiões onde
as condições ambientais são favoráveis ao desenvolvimento de
epidemias.
 A micotoxina mais importante é a aflatoxina. Metabólitos tóxicos
produzidos por algumas espécies de fungos. No caso específico do
amendoim produzida por Aspergillus flavus. Muitos fatores, desde a
produção até o armazenamento, contribuem para a contaminação
por aflatoxina no amendoim. O primeiro ponto de controle
encontra-se na produção, monitorando a umidade do solo, pragas e
doenças que causem estresse às plantas, favorecendo a infecção
porAspergillus.

Aspergillus
flavus em grãos de
amendoim
colocados em meio
salino.
 Vários são os insetos e ácaros que ocorrem durante o ciclo fenológico da
cultura, atacando tanto a parte subterrânea quanto a parte aérea da
planta. Entretanto, nem sempre a ocorrência destes organismos na cultura
representa um risco à sua produtividade, dependendo principalmente do
nível populacional da praga e dos danos provocados. Lagarta elasmo
(Elasmopalpus lignosellus) é considerada uma das mais severas pragas
para o amendoinzeiro. A lagarta apresenta listras transversais e coloração
verde-azulada e produz uma teia característica. Os adultos apresentam
coloração pardo-avermelhada, pardo-escuro a cinza. Este inseto ataca
principalmente as vagens. Além do dano direto, seu ataque facilita a
penetração de patógenos.
 Quanto aos aspectos nutricionais, o amendoim é rico em óleo.
O óleo pode ser extraído por prensagem mecânica, resultando
em uma torta gorda, ou por solvente. O óleo bruto é amarelo
claro, com odor e sabor agradáveis.
 A torta ou farelo, resultantes da extração do óleo, possui
elevado valor comercial, sendo destinado à alimentação
animal dado seu alto teor protéico. O problema da aflatoxina
é um empecilho na utilização como ração fazendo com que
seja utilizado como adubo orgânico em culturas perenes.
 Da soja, pode-se extrair 20% de óleo para fabricação de
biodiesel. Do amendoim, algumas variedades produzem até
50% de óleo para a mesma finalidade. A diferença é que, hoje,
a soja é o principal vegetal utilizado no País para fabricação de
biodiesel.
 Quando o mercado deixar de focar o volume de produção e se
voltar para a qualidade, o óleo de amendoim poderá ser uma
das principais fontes de biodiesel. Seu óleo é de alta
qualidade para a produção de biocombustível.

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