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A Semana de Arte Moderna de 22 realizada em S.P. representa um marco na arte contemporânea do BR,
comparável a chegada da Missão Francesa do RJ ou à obra do Aleijadinho.
Objetivo do grupo de artistas: a derrubada dos cânones que até então legitimavam entre nós a criação artística.
Emerge a consciência criadora nacional: voltar-se para si mesmo e perceber a expressão do povo e da terra
sobre a qual ele se estabeleceu.
Alguns nomes: Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Eugênia e Álvaro Moreyra, Ronald de Carvalho, Ismael Nery,
Mário de Andrade.
O modernismo brasileiro constitui interessante intermediação entre os dois pólos do modernismo latino-
americano representados pelo México e Argentina no panorama das artes plásticas nos anos 20.
Rêgo Monteiro = desde sua formação como artista, passou longas temporadas em Paris em comparação com as
mais ou menos breves estadas da maioria dos artistas. Em 1930 trouxe a primeira grande exposição de arte
contemporânea da Escola de Paris.
Lasar Segall = ocupa posição peculiar no meio modernista de SP. Tendo-se fixado no BR em 1923, pertence ao
grupo dos expressionistas alemães da Sezession. Sua pintura, a partir da postura expressionista alemã, se
fundamenta no drama do homem e do social, suavizando-se sensivelmente a dramaticidade de sua mensagem a
partir de sua chegada ao BR.
Anita Malfatti = dos EUA, depois de ter estudado em Berlim, estava a par dos últimos movimentos
internacionais e sua pintura, ao regressar ao BR era fauve e plena de vitalidade.
A modernidade focalizada por esse movimento modernista no BR, embora impregnada de internacionalismo,
significa um movimento em que é evidente o despertar da consciência nacional no meio artístico. Despertar que se
intensificaria a partir vivência das agitações políticas locais, fazendo com que, após essas experiências, aflorasse nos
dois grandes centros do país, um tipo de criador até então inédito: o artista preocupado com a problemática sócio-
política e com a função de sua arte no organismo social.
Foi somente num segundo estágio do movimento modernista que surgiria lucidamente o nacional como
objetivo, a eclodir a partir de 1924, com o Manifesto Pau Brasil de Oswald, ou com o despertar de uma
conscientização política de todo o grupo, após a revolução de Isidoro.