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ARTÍSTICA
Vertumnus
Giuseppe Arcimboldo
1590
Justificação da proposta
Contextualização
Contextualização
Narrativa da imagem
Narrativa da imagem
Narrativa da imagem
Narrativa da imagem
Narrativa da imagem
Propomos o seguinte
percurso de leitura
Justificação da proposta
Contextualização
Contextualização
Contextualização
Contextualização
Narrativa da imagem
Propomos o seguinte
percurso de leitura
O absinto
Edgar Degas
1876
Justificação da proposta
Contextualização
Narrativa da imagem
Narrativa da imagem
Narrativa da imagem
Propomos o seguinte
percurso de leitura
Um par de sapatos
Vincent van Gogh
1885
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Este quadro “agrada-nos” porque o pintor conseguiu,
através de um meio concreto e sensível, exprimir a
“verdade” de uma vida.
Foi precisamente esta a conclusão a que chegou o
filósofo alemão Martin Heidegger, que também o
analisou e defendeu que a arte consegue desvelar a
verdade dos seres, sendo o artista, isto é, o criador de
arte, aquele que é capaz de trazer para a luz – revelar
– o que se encontra oculto nos entes.
Mais do que representar o mundo, o quadro manifesta
a verdade do mundo e fá-lo de uma maneira que não
seria conseguida pela simples perceção do mesmo
par de botas.
Contextualização
Diz-se que Van Gogh, impossibilitado de pagar a
modelos vivos, optou por naturezas mortas e que os
sapatos que serviram de modelo a este quadro teriam
sido comprados numa feira em Paris, molhados para
ficarem com aparência envelhecida e usados durante
algum tempo pelo próprio pintor.
O facto é que há, na obra de Van Gogh, vários
quadros que repetem este tema, pintado em 1885,
quando o pintor tinha apenas trinta e dois anos.
Cinco anos mais tarde suicidou-se e é grande a
tentação de supor que Um par de sapatos revela a
passagem do pintor por uma vida breve, mas repleta
de cansaço e de angústia.
Narrativa da imagem
Para fazer esta narrativa nada melhor que usar as
palavras de Martin Heidegger:
«Na obscura intimidade do côncavo dos sapatos está inscrita a fadiga
dos passos do trabalhador. Na rude e sólida espessura dos sapatos
está firmada a lenta e obstinada caminhada através dos campos, o
comprimento dos passos sempre semelhantes, estendendo-se ao longe
sob a brisa. O couro tem ainda as marcas da terra espessa e húmida.
Sob as solas, estende-se a solidão do caminho campestre que se perde
na tarde. Por estes sapatos perpassa o apelo silencioso da terra, o seu
dom tácito do trigo maduro, a sua recusa secreta nas ervas áridas do
campo hibernal. Através deste objeto, perpassa a muda inquietação
pela segurança do pão, a alegria silenciosa de sobreviver à necessidade,
a angústia do nascimento eminente, o tremor da ameaça da morte.»
M. Heidegger, Chemins qui ne mènent nulle part
Propomos o seguinte
percurso de leitura
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Justificação da proposta
Contextualização
Narrativa da imagem
Propomos o seguinte
percurso de leitura