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Objetivos
A prática sobre o ensaio de Jar-Test tem como característica o aprendizado, através da simulação do
funcionamento das fases de coagulação e floculação de uma ETA utilizando o método dos seis (6)
jarros.
O principal objetivo da aula é verificar qual a concentração de coagulante (sulfato de alumínio) que
obtém melhores resultados mediante a um mesmo regime de gradiente de velocidade. Sendo que o
mesmo método é aplicado simultaneamente aos seis jarros.
Principio do método:
A cor das águas naturais é semelhante á produzida por soluções de Cloroplatinato de Potássio (K2PtCl6)
tingida com pequenas quantidades de cloreto de cobalto que produz cores que são muito semelhantes
à coloração natural das águas. A determinação da cor é feita por comparação visual da amostra com
um disco de vidro colorido, adequadamente calibrado com soluções padrões de diferentes
concentrações de (K2PtCl6).
A cor de uma água é consequência de substâncias dissolvidas. Quando pura, e em grandes volumes,
a água é azulada. Quando rica em ferro, é arroxeada. Quando rica em manganês, é negra e, quando
rica em ácidos úmidos, é amarelada.
A medida da cor de uma água é feita pela comparação com soluções conhecidas de platina-cobalto ou
com discos de vidro corados calibrados com a solução de platina-cobalto. Uma unidade de cor
corresponde àquela produzida por 1mg/L de platina, na forma de íon cloro-platinado. Especial cuidado
deve ser tomado na anotação do pH em que foi realizada a medida, pois sua intensidade aumenta com
o pH. Da mesma forma a cor é influenciada por matérias sólidas em suspensão (turbidez), que devem
ser eliminadas antes da medida.
(III) Ensaio de turbidez
A turbidez pode ser entendida como a medida do espalhamento de luz produzido pela presença de
partículas em suspensão ou coloidais, sendo expressa como Unidade Nefelométrica de Turbidez (NTU
– Nephelometric Turbidity Unity).
O material particulado em suspensão está em constante mobilidade pela turbulência, pelas correntes
convectivas no líquido e pela repulsão causada pelas cargas elétricas presentes na superfície das
partículas. Esse processo mantém as partículas em equilíbrio dinâmico, sendo que as menores
permanecem em suspensão e as maiores tendem a sedimentar gradativamente. A turbidez
corresponde à redução da transparência da água, ocasionada pelo material em suspensão, que reflete
a luz, dificultando a sua passagem pela solução. A quantificação de luz refletida pelas partículas
suspensas dá uma ordem de grandeza de sólidos em suspensão na amostra.
A turbidez é causada pela presença de materiais sólidos em suspensão como: silte, argila, sílica ou
coloides, matérias orgânicas e inorgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e algas.
As origens desses materiais podem ser diversas, desde o solo (quando não há mata ciliar – por meio
da erosão); mineração, como a retirada de areia ou a exploração de argila; indústrias ou o esgoto
doméstico lançado no manancial sem tratamento.
A técnica mais adequada para medir a turbidez é a Nefelometria. Por essa metodologia mede-se a
quantidade de material sólido suspenso, a partir da luz dispersa. O nefelômetro ou turbidímetro é um
instrumento que realiza essa medida e é constituído basicamente por fonte luminosa, cuba de amostra
e fotodetector, instalado em ângulo de 45 ou 90°em relação à fonte de luz. Neste caso temos um
turbidímetro de imagem espalhada.
No turbidímetro de feixe simples (Figura 4) a amostra é analisada com base na luz que chega ao sensor,
que está a 180 graus da fonte de emissão. O feixe de luz atravessa a substância líquida (sem
interferências) e, por isso, o resultado é gerado pela diferença entre a intensidade da luz emitida e pela
que foi recebida pelo sensor.
Figura 4: Representação do turbidímetro de feixe simples (Fonte: SPLABOR, 2018).
Cor – A cor é um dado que indica a presença substâncias dissolvidas na água. Assim como a turbidez,
a cor é um parâmetro de aspecto estético de aceitação ou rejeição do produto.
De acordo com a Portaria, o valor máximo permissível de cor na água distribuída é de 15,0 U.C.
pH – O pH é uma medida que determina se a água é ácida ou alcalina. É um parâmetro que deve ser
acompanhado para melhorar os processos de tratamento e preservar as tubulações contra corrosões
ou entupimentos. Esse fator não traz riscos sanitários e a faixa recomendada de pH na água distribuída
e é de 6 a 9,5.
Coliformes – Grupo de bactérias que normalmente vivem no intestino de animais de sangue quente.
Alguns tipos ser encontrados também no meio ambiente. Nos laboratórios da Sabesp, são realizadas
análises para identificar uma possível contaminação.
Flúor – O flúor é um elemento químico adicionado à água de abastecimento, pois auxilia na proteção
dos dentes contra a cárie.
O teor de flúor na água é definido de acordo com o clima e a temperatura de cada região, pois isso
afeta o consumo médio diário de água por pessoa. Para o Estado de São Paulo, o teor ideal de flúor é
de 0,7 mg/l (miligramas por litro), podendo variar entre 0,6 a 0,8 mg/l. A ausência temporária ou
variações da substância não tornam a água imprópria para consumo.
Referências:
PUC RIO DE JANEIRO. Metodologia experimental. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em:
<www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11608/11608_7.PDF>. Acesso: 30 de junho de 2020.