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Introdução

O presente trabalho de pesquisa subordina-se ao tema: Porque é que a Ética passa a ter
estatuto social. A elaboração deste trabalho de pesquisa e o desenvolvimento da
própria, seja ela necessita, para que seus resultados avançem num ritmo satisfatório e
estajam baseados em cuidadosas reflexões conceituais sólidas e alicerçados em
conhecimentos já existentes. A ética é uma característica inerente a toda acção humana
e, por esta razão, é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem
possui um senso ético, uma espécie de "consciência moral", estando constantemente
avaliando e julgando suas acções para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas
ou injustas. Nesta perspectiva, em detrimento da moral como um dos modos do controle
social, como um exercício do poder de outro, como um dispositivo disciplinador, como
uma forma de sujeição a ética apresenta-se como autocontrole, como um modo do poder
de si, como uma forma de resistência, como uma estética.

Por isso, espera se que com este trabalho possa apresentar-se algum contributo no
processo de reconhecimento do porque é que a ética passa a ter estatuto social que
garanta um desafio para o melhoramento da qualidade de ensino.

O trabalho tem como objectivos:


Objectivo Geral:
 Analisar porque é que a ética passa a ter estatuto de ciência social.
Objectivos Específicos:
 Descrever a ética social como estatuto de ciência social;
 Explicar como a ética social passa a ter estatuto de ciência social.
Metodologia do trabalho
Foi usada a consulta das referências bibliográficas assim como algumas informações
electrónicas (internet).

Problematização
Sabe-se que a ética é uma ciência que analisa e estuda os valores e virtudes do ser
humano, a fim de produzir regras e condutas a serem adoptadas para que o convívio em
sociedade aconteça de forma ordenada e justa. A partir dessa ideia, surge a necessidade
de se transmitir valores morais às futuras gerações.
A base da avaliação do presente trabalho é buscar esclarecer os princípios que regem o
instrumento dos aspectos do porque é que a ética passa a ter estatuto de ciência social,
sua aplicabilidade junto ao indivíduo.
Para tanto, a delimitação da problematização deste tema é: Qual é a justificação da ética
passar a ter estatuto de ciência social?
Necessariamente, é preciso compreender melhor a natureza dos aspectos de Ética,
colocando em causa seu surgimento e os valores que o compõe, que serão explorados
nos próximos tópicos.
Ética

Ética é a área da filosofia dedicada às acções e ao comportamento humano,  filosofia moral. O


objecto de estudo da ética é os princípios que orientam as acções humanas e a capacidade de
avaliar essas acções.

Para o GILLES (2008) Ética  social é uma ciência  no sentido amplo. Considera
uma ciência pois, é um conjunto sistemático de conhecimentos seguros das
coisas e da sua origem ou causa. Ética e moral se diferenciam por a ética ser
compreendida de maneira universal, enquanto a moral está sempre ligada aos
factores sociais e culturais que influenciam os comportamentos.
Origem
A palavra “ética” provém dos vocábulos “êthos” (grego, singular) que significa hábito ou
comportamento pessoal, decorrente da natureza ou das convenções sociais ou da
educação, e “éthe” (grego, plural) que é o conjunto de hábitos ou comportamentos de
grupos ou de uma colectividade, podendo corresponder aos próprios costumes. Segundo
Aristóteles, “êthos” expressa um modo de ser, uma atitude psíquica, aquilo que o homem
faz dentro de si na relação consigo próprio, com o outro e com o mundo. Indica a
disposição do ser humano perante a vida.  

Não há um único entendimento sobre o que seja "ética", seu entendimento é


amplo e variado. Quando observada por sua origem semântica se equivale à
moral. O termo “moral” deriva do latim "mos" ou "mores",
significando"costumes", “conduta de vida”. Refere-se às regras de conduta
humana no quotidiano. Moral também é observada como sendo o conjunto de
princípios,valores e normas que regulam a conduta humana em suas relações
sociais,existentes em determinado momento histórico.(VASQUEZ, 1998, p.10).

O ser humano separa uma parte do mundo para moldando-a ao seu jeito, construir um
abrigo protector e permanente. A ética, como morada humana, não é algo pronto e
construído de uma só vez. O ser humano está sempre tornando habitável a casa que
construiu para si. Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o
ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável
psicologicamente integrada e espiritualmente fecunda."
Na óptica de Boff (1998) A ética é um comportamento social, ninguém é ético
num vácuo, ou teoricamente ético. Quem vive numa economia a ética, sob um
governo antiético e numa sociedade imoral acaba só podendo exercer a sua ética
em casa, onde ela fica parecendo uma espécie de esquisitice. A grande questão
destes tempos degradados é em que medida uma ética pessoal onde não existe
ética social é um refúgio, uma resistência ou uma hipocrisia. Já que ninguém
mais pode ter a pretensão de ser um exemplo moral sequer para o seu cachorro,
quando tudo à sua volta é um exemplo do contrário.

A ética no estatuto das ciências sociais


A palavra estatuto é diferente de contrato social, pode referir-se a uma variedade
de normas jurídicas cuja característica comum é a de regular as relações de certas
pessoas que têm em comum pertencerem a um território ou sociedade. Normalmente, os
estatutos são uma forma de Direito Privado. A palavra estatuto vem do latim statutun
'regulamento, sentença, aresto'
(Wagner, 2001, p. 2) A questão ética encontra-se no estatuto das ciências
sociais porque o seu desenvolvimento desde os finais do século XVIII é
coincidente com o tratamento das problemáticas constitutivas da modernidade
política. Como argumenta o mesmo autor, e no contexto da dissolução da ordem
tradicional, quer as abordagens conceituais quer as estratégias de investigação
empírica em ciências sociais tornaram-se instrumentos na validação
argumentativa das novas ordens sociopolíticas.
Essa centralidade da reflexão ética marca as ciências sociais desde os seus
primórdios e vai determinando os traços da sua profissionalização crescente,
impondo a obrigação aos seus profissionais, não apenas de regularem as
técnicas da sua pesquisa mas de reflectirem sobre os propósitos e objectivos
da sua actividade.

Ética social passa a ter o estatuto de ciência social

Ética social estabelece regras e maneiras de se comportar quanto que as outras ciências
tem várias maneiras e podem evoluir e variar as suas visões universais de criticas em
relação a certos pontos de estudo através da experiencia e definir certas teorias. A ética
social não é uma obstrução, ela baseia-se na realidade de um facto e na vida real do
homem (experiencia comum da vida humana dentro de uma sociedade) e para estudar
estas realidades é preciso o facto ético que é obrigatoriamente um dever ou existência de
algo.
Segundo Silva (2006) A ética social passa a ter estatuto de ciência social porque
ela é uma ciência do emprego que o homem deve fazer de sua liberdade para
conseguir o seu fim último. Também a ética social é como a filosofia moral pelo
facto de ter como objectivo de reflexão o comportamento humano, hábitos e
costumes sociais. A Ética não se relaciona com belo e estética (arte) mas sim,
procura avaliar os hábitos e costumes vividos por certos indivíduos dentro da
sociedade são bons ou maus.
Como membro da sociedade, a pessoa tem a obrigação de contribuir para
o bem comum ou o bem de todos. O simples factos de contribuir para o bem comum
estamos a agir mediante um valor ético social, cumpridos com os deveres de cidadão ou
de sócio, a pessoa conserva a liberdade para atender a seus interesses particulares e do
outrem.

A função teórica da ética evita torná-la ou reduzi-la a uma


disciplina normativa ou pragmática. O valor da ética como
teoria está naquilo que explica, e não no fato de recomendar ou
prescrever com vistas à acção em situações concretas. Ela, por
exemplo não diz em que situação deve-se fazer o bem, mas o
que é o bem e porque é um valor fundamental para a pessoa.
Pode-se afirmar que a essência da ética consiste em definir os
traços essenciais ou a essência do comportamento moral, à
diferença de outras formas de comportamento humano, como a
religião, a política, o direito, a actividade científica, a arte, o
trato social, etc. O problema da essência do ato moral envia a
outro problema importantíssimo: o da responsabilidade. Assim,
a ética no contexto actual, tornou-se cada vez mais necessário.
Discute-se ética por uma questão de sobrevivência, pela
qualidade de vida, dignidade, felicidade e realização humana.
Padrões éticos na ciência social
Os cientistas há muito mantêm um sistema informal de ética e directrizes para a realização de
pesquisas, mas as directrizes éticas documentadas não se desenvolveram até meados do século
XX, após uma série de violações éticas e crimes de guerra amplamente divulgados. A ética
científica hoje se refere a um padrão de conduta para cientistas que geralmente é delineado em
duas grandes categorias. Em primeiro lugar, os padrões de métodos e processos tratam do
projeto, procedimentos, análise de dados, interpretação e relato dos esforços de pesquisa. Em
segundo lugar, os padrões de tópicos e descobertas abordam o uso de seres humanos e animais
em pesquisas e as implicações éticas de certas descobertas de pesquisa. Juntos, esses padrões
éticos ajudam a orientar a pesquisa científica e garantir que os esforços de pesquisa (e
pesquisadores) sigam vários princípios fundamentais. Os princípios básicos são:

 Honestidade no relato de dados científicos;


 Transcrição e análise cuidadosa dos resultados científicos para evitar erros;
 Análise e interpretação independente dos resultados baseada em dados e não na
influência de fontes externas;
 Compartilhamento aberto de métodos, dados e interpretações por meio de publicação e
apresentação;
 Validação suficiente de resultados por meio de replicação e colaboração com pares;
 Crédito adequado de fontes de informações, dados e ideias;
 Obrigações morais para com a sociedade em geral e, em algumas disciplinas,
responsabilidade em pesar os direitos dos sujeitos humanos e animais.
A ética se preocupa com as questões morais que surgem durante ou como resultado das
atividades de pesquisa, bem como com a conduta ética dos pesquisadores.

Importância da Ética

A importância da ética hoje se dá pela necessidade, por uma questão de


sobrevivência; considerando que a humanidade passa por um momento de anseio por
uma vida melhor e acima de tudo digna e feliz. Podemos dizer que o tema mais
ecuménico que existe actualmente é o da dignidade humana, vida com qualidade e
por fim, a felicidade. No entanto percebemos que o mundo se tornou um caus, e o
homem como um todo se encontra perdido em meio a tanta confusão; é o verdadeiro
“jogo dos interesses”. O comportamento ético não consiste exclusivamente em fazer o
bem a outrem, mas em exemplificar em si mesmo o aprendizado recebido. É o
exercício da paciência em todos os momentos da vida, a tolerância para com as faltas
alheias, a obediência aos superiores em uma hierarquia, o silêncio ante uma ofensa
recebida.
Conclusão
Com o trabalho concluído, torna-se necessário averiguar, apresentar e discutir alguns
pontos relevantes que podem contribuir para a maior aproximação entre teoria e a
prática desportiva. É só com uma boa leitura e compreensão que se pode compreender
os conteúdos do presente trabalho. Acrescem-se outras temáticas e Autores que variam
conforme as circunstancias e a prudência o exigem.
MARITON SILVA    (em inglês). Cornell University of Law School. Consultado em 11 de abril de
2006.

 Gilles
Deleuze, Espinosa: Filosofia Prática, p.23-35. Editora Escuta Consultado em 11 de abril
de 2008.

BOFF, L. (1998) Teoria do método teológico (versão didática). Série I:


Experiência de Deus e Justiça. n. 6. Coleção Teologia e Libertação. São Paulo:
Vozes, , pp. 54-56.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 18 ed. Tradução de
João Dall’ Anna. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
WAGNER, Peter (2001). A history and theory of the social sciences. Londres:
Sage.
Resnik, David B. (1 de maio de 2009). «Philosophical Foundations». Oxford University
Press: 19–50. ISBN 978-0-19-537589-3. Consultado em 11 de maio de 2021

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