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BÊNÇÃOS E CASTIGOS
Levítico 26.3-46

No relacionamento familiar entre pais e filhos, sempre há a presença de bênçãos e


castigos. Até pouco tempo atrás, era muito comum o fato de os filhos pedirem a
bênção aos pais. Em muitos lares, esse salutar costume ainda é praticado. São filhos
que não dormem sem antes pedir a bênção aos pais.

O castigo, também, ainda é uma forma de correção aplicada pelos pais aos filhos.
Geralmente, no ambiente familiar, é aplicado como corretivo em face de uma
desobediência ou travessura de algum filho. Na maioria dos casos, é preferível o uso
deste método, ao da agressão ou ao uso da surra nos filhos.

O capítulo 26 de Levítico é quase uma profecia a respeito da história do povo de


Israel. A "lógica" é simples e clara: obediência atrairia a bênção de Deus sobre o povo;
a desobediência desencadearia um período de castigo para a correção. Em ambas as
situações, o Deus de Israel revela toda a sua graça e o seu amor.

Este estudo tem como objetivo mostrar a presença da graça de Deus, evidenciada nas
bênçãos e castigos que ele mandava sobre seu povo. Nas duas situações, Deus
queria um entendimento só de seu povo: "Eu sou o Senhor" (Lv 26.2).

1. OBEDIÊNCIA E BÊNÇÃO (vv. 3-13)


O desejo de Deus é abençoar sempre o seu povo. Deus é Pai, e como Pai Quer o
melhor para seus filhos. Nós, mesmo sendo maus, queremos dar boas coisas para
nossos filhos. Deus, que é bom e é Pai, só quer mesmo nos abençoar com bênção
sobre bênção (Mt 7.9-11; Lc 11.11-13).

Contudo, as bênçãos de Deus para seu povo foram condicionadas à obediência aos
seus ensinamentos.

Levítico 26.3 começa mostrando esta condicional: "Se andardes nos meus estatutos..."
Deus quer abençoar, mas as bênçãos de sua aliança são baseadas na obediência do
povo aos seus estatutos (Dt 7.12-26; 28.1-14).

As bênçãos de Deus promovem a vida. Tais bênçãos asseguram ao povo de Deus,


melhor qualidade de vida. Senão, vejamos:

• Chuva em abundância (v. 4) - As chuvas são importantes? Nós, os brasileiros,


experimentamos, no racionamento de energia no ano de 2001, a falta que a chuva
pode fazer. Chuva sempre foi símbolo de bênção.

• Boa safra agrícola (vv. 4,5) - Uma colheita abundante, em qualquer lugar do
planeta, traz segurança e tranquilidade às famílias. Do fruto que a terra produz, Deus
quer abençoar seu povo.

• Paz entre os homens (v. 6) – As guerras, infelizmente, sempre fizeram parte da


história humana. Contudo, Deus quer estabelecer a paz na terra. Seu projeto de vida
para a humanidade sempre foi de paz. Entretanto, é preciso obedecer-lhe. "Se
andardes..."

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• Vitória sobre os inimigos (vv. 7,8) - A bênção de Deus nos faz fortes. "Somos mais
que vencedores por meio daquele que nos amou" (Rm 8.37).

• Enorme multiplicação (v. 9) - O povo de Deus, com sua bênção, será como a areia
do mar e as estrelas do céu. A bênção de Deus multiplicará a quantidade deste povo -
o seu povo, a sua igreja, o seu corpo vivo espalhado no mundo.

• Presença contínua de Deus (vv. 11,12)- Esta bênção está concretizada na pessoa
de Jesus Cristo. Ele é o Emanuel (Mt 1.23), o Deus sempre presente que
"tabernaculou" (v. 11) entre nós (Jo 1.14).

A maior bênção de Deus para seu povo é a comunhão com ele, através de seu Filho
Jesus Cristo, nosso Senhor. Portanto, é mister uma vida de amor e obediência a Deus.
Iremos, assim, desfrutar da maravilhosa graça de Deus manifestada em suas copiosas
bênçãos para conosco.

2 - DESOBEDIÊNCIA E CASTIGO (vv. 14-46)


O capítulo 16, versículo 14, começa com uma condicional na forma negativa: "Mas, se
me não ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos". O texto é um anúncio
preventivo contra pecados que não podemos cometer.

O professor Russel P Shedd enumera cinco pecados descritos no texto: "1) de não
escutar a Javé; 2) de não cumprir seus mandamentos; 3) de rejeitar os estatutos de
Javé; 4) de aborrecer aos juízos de Javé; 5) de violar a aliança com Deus."

É importante observar que os castigos divinos não tinham um caráter meramente


punitivo. Os castigos de Deus são reveladores da graça inefável do próprio Deus. O
objetivo é fazer com que o povo ouça a voz do Deus Eterno. Se a punição fosse
suficiente, a maldição cessaria. Se o povo não desse ouvidos, 0 castigo se
intensificaria (vv. 18, 21, 23, 27).

A disciplina aplicada por Deus revela todo o seu amor (Ap 3.19). Seus castigos são
processos reeducativos (Dt 28.15-68). Não teria sentido Deus castigar por castigar.
Sua disciplina é restauradora. Visa a recuperação e o soerguimento do ser humano na
sua integralidade (Hb 12.4-13).

A disciplina do Senhor produz vida e não a morte (Jo 8.1-11). É por isso que, na parte
final de Levítico 26, diante da possibilidade de arrependimento por parte do povo, a
palavra de ordem é: restauração.

O castigo do Deus da graça visa à restauração de seu povo (v. 40). Quando Deus
renova sua aliança com Salomão, ele deixa claro que seu povo teria de cumprir quatro
condições para encontrar o caminho da restauração: humilhar-se; orar; buscar a Deus;
converter-se de seus maus caminhos (II Cr 7.14).

A confissão e o arrependimento podem reverter os castigos de Deus (v. 40). A


orientação foi dada e é cristalina: obedecê-la é vida; desobedecê-la é morte.

Segundo o comentário de Russel N. Champlin, "bênçãos foram prometidas aos


obedientes (26.3-13); maldições f°ram proferidas contra os desobedientes (26.14-46)."

O texto de Levítico 26, do primeiro Testamento, ainda é válido para hoje. A igreja cristã
não pode ignorar o seu conteúdo. Muitos não dão valor, só porque são registros do
primeiro Testamento.

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Estão enganados. Levítico tem sua aplicabilidade para o momento atual. Dar ouvidos
aos ensinamentos do Senhor tem suas recompensas. Não dar ouvidos, também, tem
suas consequências: bênção ou castigo.

Obediência ou desobediência: Que rumo queremos dar à nossa existência? Que tipo
de compromisso temos com Deus e sua Palavra? Queremos experimentar a bênção
de Deus? Ou queremos correr o risco do juízo divino?

Estamos diante do Deus da graça. Deus não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e o
será para sempre. É preciso levar a sério o compromisso com ele. Seu desejo é
abençoar, mas, com certeza, não hesitará em castigar, como parte de uma ação
disciplinadora, visando sempre a restauração de seu povo.

AUTOR: REV. AILTON GONÇAVES DIAS FILHO

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