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BÊNÇÃOS E CASTIGOS
Levítico 26.3-46
O castigo, também, ainda é uma forma de correção aplicada pelos pais aos filhos.
Geralmente, no ambiente familiar, é aplicado como corretivo em face de uma
desobediência ou travessura de algum filho. Na maioria dos casos, é preferível o uso
deste método, ao da agressão ou ao uso da surra nos filhos.
Este estudo tem como objetivo mostrar a presença da graça de Deus, evidenciada nas
bênçãos e castigos que ele mandava sobre seu povo. Nas duas situações, Deus
queria um entendimento só de seu povo: "Eu sou o Senhor" (Lv 26.2).
Contudo, as bênçãos de Deus para seu povo foram condicionadas à obediência aos
seus ensinamentos.
Levítico 26.3 começa mostrando esta condicional: "Se andardes nos meus estatutos..."
Deus quer abençoar, mas as bênçãos de sua aliança são baseadas na obediência do
povo aos seus estatutos (Dt 7.12-26; 28.1-14).
• Boa safra agrícola (vv. 4,5) - Uma colheita abundante, em qualquer lugar do
planeta, traz segurança e tranquilidade às famílias. Do fruto que a terra produz, Deus
quer abençoar seu povo.
• Vitória sobre os inimigos (vv. 7,8) - A bênção de Deus nos faz fortes. "Somos mais
que vencedores por meio daquele que nos amou" (Rm 8.37).
• Enorme multiplicação (v. 9) - O povo de Deus, com sua bênção, será como a areia
do mar e as estrelas do céu. A bênção de Deus multiplicará a quantidade deste povo -
o seu povo, a sua igreja, o seu corpo vivo espalhado no mundo.
• Presença contínua de Deus (vv. 11,12)- Esta bênção está concretizada na pessoa
de Jesus Cristo. Ele é o Emanuel (Mt 1.23), o Deus sempre presente que
"tabernaculou" (v. 11) entre nós (Jo 1.14).
A maior bênção de Deus para seu povo é a comunhão com ele, através de seu Filho
Jesus Cristo, nosso Senhor. Portanto, é mister uma vida de amor e obediência a Deus.
Iremos, assim, desfrutar da maravilhosa graça de Deus manifestada em suas copiosas
bênçãos para conosco.
O professor Russel P Shedd enumera cinco pecados descritos no texto: "1) de não
escutar a Javé; 2) de não cumprir seus mandamentos; 3) de rejeitar os estatutos de
Javé; 4) de aborrecer aos juízos de Javé; 5) de violar a aliança com Deus."
A disciplina aplicada por Deus revela todo o seu amor (Ap 3.19). Seus castigos são
processos reeducativos (Dt 28.15-68). Não teria sentido Deus castigar por castigar.
Sua disciplina é restauradora. Visa a recuperação e o soerguimento do ser humano na
sua integralidade (Hb 12.4-13).
A disciplina do Senhor produz vida e não a morte (Jo 8.1-11). É por isso que, na parte
final de Levítico 26, diante da possibilidade de arrependimento por parte do povo, a
palavra de ordem é: restauração.
O castigo do Deus da graça visa à restauração de seu povo (v. 40). Quando Deus
renova sua aliança com Salomão, ele deixa claro que seu povo teria de cumprir quatro
condições para encontrar o caminho da restauração: humilhar-se; orar; buscar a Deus;
converter-se de seus maus caminhos (II Cr 7.14).
O texto de Levítico 26, do primeiro Testamento, ainda é válido para hoje. A igreja cristã
não pode ignorar o seu conteúdo. Muitos não dão valor, só porque são registros do
primeiro Testamento.
Estão enganados. Levítico tem sua aplicabilidade para o momento atual. Dar ouvidos
aos ensinamentos do Senhor tem suas recompensas. Não dar ouvidos, também, tem
suas consequências: bênção ou castigo.
Obediência ou desobediência: Que rumo queremos dar à nossa existência? Que tipo
de compromisso temos com Deus e sua Palavra? Queremos experimentar a bênção
de Deus? Ou queremos correr o risco do juízo divino?
Estamos diante do Deus da graça. Deus não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e o
será para sempre. É preciso levar a sério o compromisso com ele. Seu desejo é
abençoar, mas, com certeza, não hesitará em castigar, como parte de uma ação
disciplinadora, visando sempre a restauração de seu povo.