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A nova

SuperPrev:
entre chás,
vinhos e a
previdência
dos sonhos

Luciana Seabra
Maio de 2020 Carolina Oliveira
INTRODUÇÃO 3

A INCRÍVEL HISTÓRIA
DA PREVIDÊNCIA DOS SONHOS 6

QUEM SOMOS NÓS 9

SUPERPREV: A PREVIDÊNCIA
À ALTURA DOS SEUS SONHOS 11

POR QUE INVESTIR NA SUPERPREV? 20

QUANTO CUSTA
INVESTIR NA SUPERPREV? 26

O INCRÍVEL PORTFÓLIO
DA SUPERPREV 29

RENDA FIXA: 21% 34

MULTIMERCADOS: 40% 38

RENDA VARIÁVEL: 31,5% 52

INVESTIMENTOS GLOBAIS: 7,5% 77

PGBL OU VGBL?
PROGRESSIVA OU REGRESSIVA? 81

COMO CONTRATAR A SUPERPREV 84

2
Quero acreditar que,
quando decidir parar,
terei uma vida melhor ainda:
viajando, assistindo a
bons filmes, bebendo bons
vinhos e bons chás...

Levada pela quarentena a ficar entre quatro paredes,


tenho buscado ampliar meu leque de conhecimentos
– e quebrar a monotonia. Foi assim que descobri, a
essa altura da vida, que, sendo purista, eu não deve-
ria chamar o tão amado mate brasileiro de chá. Chá
é o que vem de uma folha específica, descoberta na
China há milhares de anos, a Camellia sinensis.

Mas não para por aí. Descobri que existe todo um uni-
verso de valor envolvendo a cadeia do chá. Se você
quiser partir dos saquinhos para as folhas soltas ou
sair do pretinho e do verdinho básicos, chegando ao
chá branco ou amarelo, aí vai precisar desembolsar
um dinheirinho.

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E que tal se eu disser a você que há registros de quem
pague US$ 50 mil por um punhado de chá em Xangai?
Ou US$ 2,5 mil somente para prová-lo?

Estou falando do suprassumo dos chás, Pu-erh, ou


chá pós-fermentado, produzido em Yunnan, na Chi-
na. Suas folhas são prensadas em forma de bolo e ar-
mazenadas para envelhecerem por décadas, ao longo
das quais desenvolvem sabores terrosos, de couro,
chocolate e mofo (sim, mofo), que contam com apre-
ciadores inveterados. Sem falar dos ditos benefícios
para a saúde, como melhora da imunidade .

Se você aprecia vinhos, já fez uma conexão: também


no universo dos chás se fala em terroir, degustação,
blends e por aí vai.

Sim, ao contrário do que diz a intuição, tem coisas


que melhoram com o envelhecimento.

Gosto muito da minha vida profissional, mas quero


acreditar que, quando decidir parar, terei uma vida
melhor ainda: viajando, assistindo a bons filmes, len-
do ótimos livros, bebendo bons vinhos e, se possível,
bons chás.

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Eu não sei você, mas jamais consegui me imaginar
vovó em uma cadeira de balanço, esperando a morte
chegar, como diria Raul Seixas.

E tem mais uma coisa que pode melhorar com o tem-


po. Sabe qual? A sua previdência.

Quanto mais tempo você tem para construí-la, desde


que dedique uns minutos o quanto antes a fazer a es-
colha certa, mais saboroso tende a ser o futuro.

Pelo que andei pesquisando, se você comprar um


bom Pu-erh jovem, vai pagar por ele pouco mais de
US$ 100. Daqui a alguns anos, ele pode valer milha-
res de dólares.

Como, entretanto, minha especialidade não é chá,


mas, sim, investimentos, vou sugerir que você se pre-
pare para o futuro por meio deles, tudo bem? Com
um pouco de disciplina, você também pode produzir
um efeito multiplicador.

É bebendo um delicioso chá preto que hoje eu divido


com você a imensa alegria de ver ganhar vida o que
considero, atualmente, a forma mais prática e sofisti-
cada de você ter a aposentadoria que merece.

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A incrível história da
previdência dos sonhos
Costumo brincar que a SuperPrev é meu filhote, o que
fiz de melhor nesta vida. Por meio dela, dezenas de
milhares de pessoas já estão no caminho para uma
previdência melhor. E tenho um orgulho imenso disso.

A concretização da minha carteira de previdência dos


sonhos nasceu em 2017, quando eu ainda era ana-
lista de fundos da Empiricus, em um almoço despre-
tensioso com a seguradora Icatu. Nele, eu lamentava
que era impossível recomendar aos meus seguidores
(e mesmo montar pra mim) um portfólio diversificado
para a previdência – logo, o dinheiro de mais longo
prazo.

Havia produtos bons nascendo, mas eu era obrigada a


escolher um único gestor para fazer aportes mensais.
Ou, se quisesse montar o portfólio ideal aos poucos,
fazendo o tão desejado preço médio, chegaria à soma
surreal de aportes mensais de R$ 20 mil, já que cada
um deles tinha mínimo entre R$ 500 e R$ 1 mil.

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Daí nasceu na Icatu um mix de fundos pouco prático,
mas já com milhares de clientes e mais de R$ 500
milhões de patrimônio – nossa, como cresceu rápi-
do meu filhote! A falta de praticidade de contratação
e portabilidade da carteira levou às conversas com a
Vitreo, que montou em outubro de 2018 um fundo de
fundos barato inspirado na minha carteira.

O produto ultrapassou rapidamente R$ 1 bilhão de in-


vestidores – mostrando, pra minha alegria, que, sim,
havia demanda reprimida por uma previdência de
qualidade – e precisou fechar para novos investido-
res. O portfólio é até hoje muito parecido com minha
carteira dos sonhos, montada lá atrás – ainda que não
tenha mais o compromisso de segui-la – e, por isso,
mantém-se entre nossos recomendados.

O período de mercado, ajudou, é claro, mas, apenas


para que você tenha uma referência: enquanto o fun-
do foi inspirado em minha carteira, entre outubro de
2018 e agosto de 2019, o retorno foi de 173% do
CDI, o referencial das aplicações conservadoras – te-
nho muito orgulho de ter trazido esse nível de retorno
para o universo da previdência, mais acostumado a
ganhos medíocres e altamente correlacionados com
os bons momentos da renda fixa.

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A Vitreo fez um segundo produto, mais caro, que não
entrou em nossas recomendações.

Já faz mais de um ano que o primeiro FoF está fecha-


do e não tem um único dia em que eu não receba uma
mensagem, de diferentes frentes, pedindo uma reco-
mendação de previdência tão legal quanto aquela.

Enfim, eu consigo trazer a você uma resposta. Então


vamos a ela!

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Quem somos nós?
Antes de tudo, deixa eu me apresentar. Sou a Luciana
Seabra e misturei duas formações, em Comunicação
e Economia com o propósito de ajudar pessoas co-
muns a investir melhor. Sou analista CNPI e planeja-
dora certificada CFP®.

Reuni 25 pessoas em torno do mesmo propósito e


criamos juntos uma casa de análise regulada pela Co-
missão de Valores Mobiliários (CVM), cujo objetivo é
fazer recomendações de investimentos com alto po-
tencial de acerto para você, na sua língua, seja você
quem for.

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O nome dela é Spiti, casa em grego – porque inves-
timento não é nada de outro mundo, mas, sim, algo
que se discute de forma cotidiana, caseira, próxima.

Uma condição é decisiva para nós: eu e minha equipe


temos independência total para recomendar apenas
os produtos em que acreditamos, não importa de que
gestora ou corretora. É isso o que fazemos aqui na Spiti.

E, para me ajudar nessa missão, eu trouxe reforços:


a Carolina Oliveira, que selecionava investimentos
no ambiente institucional, em um fundo de pensão, e
agora também faz parte desta luta por nós, investido-
res comuns no que diz respeito aos fundos.

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SuperPrev: enfim uma
previdência aberta
à altura dos seus sonhos
Confesso que nem eu poderia imaginar que o so-
nho da previdência ideal iria tão longe… Preparada?
Preparado? Estreia hoje um novo fundo de fundos
inspirado no meu portfólio para a aposentadoria: o
XP Seguros SuperPrev FIM.

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Como funciona? A gestora da XP, em parceira com a
XP Vida e Previdência, se baseiam na nossa sugestão
de uma carteira para a previdência, que inclui produ-
tos de renda fixa, multimercados, Bolsas e moedas,
no Brasil e no exterior. A partir daí, fazem sua própria
avaliação, conforme manda a regulação, adicionando
um selo de qualidade ao produto. E colocam o fundo
de fundos de pé.

Assim, você consegue investir em um portfólio com-


pleto, com nossos gestores favoritos em diferentes
categorias, a partir de R$ 5 mil de aplicação inicial
ou portabilidade mais R$ 500 por mês.

Vale deixar o lembrete aqui que, pra quem não sabe, a


portabilidade é algo bem simples de se fazer – como
portar seu número de celular de uma operadora pra
outra. Você só vai precisar do certificado e do código
Susep do seu plano atual (facilmente encontrado no
site da seguradora de origem) para levá-lo para a Su-
perPrev. Simples assim.

Estou certa de que, a essa altura, algumas perguntas


vieram à sua mente. Por isso, antes de entrar no nos-
so tão sonhado portfólio de previdência, vamos res-
ponder a algumas delas rapidamente:

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Estamos em meio a uma crise.
Essa é a hora certa para pensar em
previdência?
Sim, mais certa do que nunca. Se tem uma coisa
que essa crise nos ensinou é que precisamos ter
um patrimônio guardado para não ficar tão vulne-
ráveis diante da incerteza de renda. Além disso,
houve uma queda generalizada de preços, abrindo
uma janela de oportunidade para investimentos de
longo prazo.

Por fim, se sua intenção é de fazer aportes men-


sais, está mais do que provado que a melhor forma
de construir um portfólio de longo prazo saudável
é investir com disciplina – em tempos de crise e
euforia – sendo que os primeiros costumam gerar
os melhores retornos em janelas longas.

Preciso ser ágil? Existe o risco de o fun-


do fechar rápido, como aconteceu com
o primeiro inspirado em sua carteira?
Sim! Pode parecer contraintuitivo, mas a janela
é perfeita para a construção de um portfólio de
previdência. A crise trazida pelo espalhamento do

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novo coronavírus trouxe a possibilidade de aces-
so a fundos aprovados com louvor em nossa aná-
lise quantitativa e qualitativa que passam a maior
parte do tempo fechados, como Atmos, Bogari,
Núcleo e Velt.

Por outro lado, entretanto, isso impõe a necessi-


dade de pressa: nossa porta para alguns desses
fundos vai ficar aberta por pouquíssimo tempo.
Como a gestora tem limite de volume e, princi-
palmente, tempo para entrar em alguns desses
fundos, especialmente no da Atmos – vamos ex-
plicar melhor abaixo –, o SuperPrev vai precisar
fechar logo, a fim de não diluir os produtos estre-
lados na composição além do desejado.

Como um estoque de patrimônio, bom lembrar,


o FoF tem a vantagem de sempre poder aprovei-
tar aberturas rápidas de produtos estrelados para
manter os percentuais desejados no longo prazo.

Depois que o fundo fechar,


posso continuar fazendo aportes?
Sim, você vai poder continuar aportando normal-
mente se já for um dos investidores do XP Seguros
SuperPrev quando ele fechar as portas. Já está na

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Susep o pedido de ajuste no regulamento do plano
para que fique clara a possibilidade de você, que
já estiver dentro do plano, continuar fazendo apor-
tes mensais ou esporádicos depois do fechamento.
Não podíamos esperar a efetivação para não perder
o prazo do capacity da Atmos, mas, como a mudan-
ça envolve uma melhoria para o investidor, estamos
tranquilas sobre sua aprovação no regulador.

A gestora da XP se comprometeu conosco a apro-


veitar aberturas nos fundos listados no portfólio
para perseguir sempre a alocação teórica, asse-
gurando a alocação dos aportes pós-fechamento.
A Spiti acompanha permanentemente o portfólio
para avaliar sua adesão à carteira.

Será que a SuperPrev é para mim?


Esse é um portfólio construído para o longo prazo.
Costumamos recomendá-lo para quem tem um hori-
zonte de pelo menos dez anos – para a sua previdência
ou para preparar o futuro de seus filhos, por exemplo
– quando os benefícios tributários da previdência se
somam ao portfólio em sua máxima potência. Então
topamos perdas no curto prazo na carteira em prol de
um potencial de ganhos mais fartos no longo.

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E aqui vamos totalmente na contramão do merca-
do, que costuma estimular o olhar de curto prazo.
Bom dizer: aos juros baixos atuais, no Brasil e no
mundo, é praticamente impossível construir uma
previdência decente sem ir além da renda fixa. Por
isso, optamos por um portfólio muito diversificado,
que pode ser considerado de moderado a arrojado,
como você vai ver abaixo.

E se a Spiti quiser mudar o portfólio


ou adicionar um novo fundo aprovado
em suas análises?
Nossa equipe vai ajustar o portfólio que serve de
base ao fundo. Caberá à gestora e à seguradora
da XP, com sua prerrogativa regulatória, fazer uma
segunda análise sobre a carteira. Aprovações fei-
tas, o portfólio será atualizado sem que você faça
qualquer esforço.

E se a gestora ou seguradora da XP não aprovar a


carteira e se afastar do nosso portfólio dos sonhos?
Podemos a qualquer momento retirar a recomenda-
ção e estimular a portabilidade para outro produto.

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Como fica a independência da Spiti?
Preservada! Assim como nas origens da SuperPrev,
no propósito da Spiti e de toda a minha carreira,
sempre importante destacar: não somos comissio-
nados pelo XP Seguros SuperPrev. Nem eu, nem
ninguém da Spiti recebe nenhum valor diferente se
você decidir investir ou não no produto que vamos
recomendar hoje.

Decidimos recomendá-lo porque se inspira na car-


teira que consideramos ideal para sua previdên-
cia e porque tem características justas, como você
verá no próximo capítulo.

O que eu ganho com isso? Nossos assinantes satis-


feitos e capazes de colocar em prática nossa reco-
mendação para a previdência. A única fonte de re-
ceita da Spiti continua sendo a venda de relatórios
e cursos pra você – é o que nos faz independente.

Legal, né? Pronto. Já posso me aposentar? Não, é


só o começo!

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Devo fazer portabilidade do FoF que
você recomendou lá atrás?
Em primeiro lugar, preciso dizer a você o que vou
fazer com o meu dinheiro: vou pedir portabilidade
da minha previdência nesta semana do primeiro
FoF SuperPrevidência da Vitreo para o XP Seguros
SuperPrev FIM, claro, porque ele se baseia na mi-
nha carteira, o primeiro não mais. Então, se você
quiser seguir o portfólio construído e acompanha-
do por nós, sugiro que faça o mesmo.

Já na largada, como você verá abaixo, consegui-


mos incluir no portfólio fundos excelentes, que
não estavam disponíveis quando estava sob meu
comando a primeira carteira teórica, como Atmos,
Núcleo e HIX – o que, na minha opinião, torna o
novo produto ainda melhor do que o primeiro.

O primeiro FoF SuperPrevidência da Vitreo, en-


tretanto, continua sendo um ótimo fundo, com
pouquíssimas mudanças em relação a quando eu
cuidava da carteira (pelo menos até aqui), e taxa
baixa, de 0,6% ao ano (a mesma do novo produto)
– e, por isso segue entre os recomendados.

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Agora, se seu investimento for no Vitreo FoF Su-
perPrevidência 2, recomendo fortemente a por-
tabilidade, especialmente devido à sua taxa mais
alta, de 0,75% ao ano.

Por fim, fora o aporte inicial, de R$ 5 mil, o valor


esporádico do XP Seguros SuperPrev é mais aces-
sível, em R$ 500, em vez de R$ 1 mil. Isso pode
viabilizar a construção da previdência para quem
precisa reduzir os aportes.

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Por que investir na
SuperPrev?
Muita gente tem preconceito com produtos de pre-
vidência. Faz todo o sentido: a maior parte de fato é
de baixíssima qualidade e tem custos altos. As vanta-
gens, especialmente tributárias, de se investir em um
plano, entretanto, são claras – desde que você tenha
tempo para aproveitá-las.

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Na SuperPrev, as vantagens da previdência são poten-
cializadas por uma estratégia sofisticada, construída
por meio de um fundo de fundos, também conhecido
como FoF, do inglês Fund of Funds. Esse tipo de pro-
duto – que está mais para um blend, para os conhe-
cedores de chás e vinhos, dado que é uma mistura
de estratégias – é mais usado historicamente por in-
vestidores de altíssimo patrimônio. É, entretanto, um
instrumento muito prático e eficiente de se investir.

Neste capítulo, meu objetivo é responder a duas


perguntas:

1
Por que previdência pode ser
uma ótima opção para o seu
portfólio?

Existem alguns benefícios de se investir em planos


de previdência, principalmente tributários. Algumas
abaixo:

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AUSÊNCIA DE COME-COTAS
Você deve se lembrar de que os fundos de renda fixa,
multimercados ou cambiais sofrem come-cotas, uma
antecipação semestral de imposto que incide nos
meses de maio e novembro. Na previdência, o come-
-cotas não existe. Sem o vazamento semestral do im-
posto, o crescimento de patrimônio é potencializado.

MENOR IMPOSTO
Para todos os fundos de investimento tributados, o
imposto mínimo é de 15%. Já na previdência, chega-
-se a 10% de IR para o dinheiro investido por mais de
dez anos, desde que você escolha a tabela regressiva
de imposto.

POSSÍVEL ISENÇÃO
Se você projeta uma renda baixa para o período de
resgate dos recursos ou conversão em renda, então
pode chegar a ter imposto de 7,5% ou até isenção
caso escolha a tabela progressiva.

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POSTERGAÇÃO DE IMPOSTO
O plano que embala a SuperPrev pode ser um PGBL
ou VGBL, sendo que o primeiro faz sentido para quem
faz declaração completa de Imposto de Renda. Nes-
se caso, até 12% da renda bruta tributável anual (R$
12 mil, por exemplo, se sua renda é de R$ 100 mil)
pode ser deduzida na declaração anual, assim como
você faz com despesas de educação e saúde. Você só
vai pagar imposto sobre esse valor lá na frente, quan-
do for usufruir do dinheiro, e a uma alíquota menor.

HERANÇA
Em alguns estados, não incide sobre o dinheiro em
previdência o imposto sobre transmissão por morte
para os herdeiros, além de ter liberação rápida, sem
passagem por inventário – por isso a previdência é
muito usada por investidores de alto patrimônio para
planejar a sucessão.

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2
Por que o FoF pode ser a me-
lhor opção para você construir
sua previdência?

Está clara a eficiência tributária da previdência? En-


tão vamos às vantagens de investir por meio de um
fundo de fundos em vez de montar sua aposentado-
ria sozinha ou sozinho. Alguns diferenciais do FoF re-
comendado aqui abaixo:

APORTES BAIXOS
O FoF não precisa respeitar os mínimos individuais
dos melhores produtos de previdência do mercado,
em geral de R$ 500 ou R$ 1 mil mensais. Ou seja, com
um único aporte, você pode distribuir seu patrimônio
por vários gestores diferentes, especialistas em seus
segmentos, em vez de investir em um generalista ou
em uma única classe de ativos.

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REBALANCEAMENTO AUTOMÁTICO
O FoF permite ter sua carteira permanentemente
equilibrada em classes de ativos, considerado um
dos principais fatores de sucesso para um portfólio
de longo prazo.

ESTRATÉGIAS QUALIFICADAS
O FoF permite acessar estratégias restritas a inves-
tidores qualificados (que declaram mais de R$ 1 mi-
lhão em investimentos) como fundos que investem
100% em ações. A regulação limita fundos de varejo
a 70% em Bolsa, o que torna o investimento pouco
eficiente, levando custos de renda variável para uma
parcela do dinheiro que está em caixa.

EXCLUSIVIDADE
O FoF acessa gestores que você não consegue encon-
trar avulsos na previdência ou sequer abertos, como
é o caso hoje de Núcleo, Bogari e Atmos. Além dis-
so, também pode investir uma parte do patrimônio
em estratégias que não estão em previdência, como
o fundo de índice atrelado à Bolsa americana (ETF de
S&P) e o fundo Pimco Dólar, trazendo para eles os be-
nefícios tributários do segmento.

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PRATICIDADE
Por meio do fundo de fundos, é possível ter seu portfó-
lio atualizado para inserir estratégias novas, de qua-
lidade, sem qualquer esforço. Isso para não falar da
praticidade ao declarar Imposto de Renda anualmen-
te de um único produto de previdência, e não vários.

Quanto custa o novo fundo


inspirado na SuperPrev?
As vantagens de um FoF de previdência podem ser,
se você não tomar cuidado, reduzidas por uma taxa
de administração elevada.

Eu sempre tive como princípio dar acesso a investi-


mentos sofisticados a pessoas comuns SEM que isso
significasse altos custos. O sofisticado caro se torna
medíocre.

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Quando a seguradora da XP nos procurou com a in-
tenção de lançar o XP Seguros SuperPrev inspirado
em nossa carteira, colocamos uma condição impor-
tante para recomendá-lo: que a taxa de administra-
ção do fundo que compra as estratégias não fosse
superior a 0,6% ao ano. E assim foi feito: a taxa é de
0,6% ao ano.

Essa é exatamente a taxa do primeiro FoF inspirado


na minha carteira antigamente, da Vitreo, hoje fe-
chado – o segundo, não recomendado por nós, custa
0,75% ao ano (sendo que é, por princípio, pior do que
o primeiro: nasceu da impossibilidade de continuar
crescendo nos fundos do primeiro portfólio).

Além disso, todas as comissões pagas por fundos


que compõem o portfólio à XP são revertidas para o
fundo, de tal forma que ao menos parte do 0,6% é
paga por eles. Na prática, o custo para o investidor
fica muito próximo ao de montar a carteira sozinho –
em uma abstração, já que nem todos os produtos são
acessíveis diretamente.

Não há uma obrigação de que todo o custo seja pago


por comissões, para que seja possível incluir no por-
tfólio fundos que não pagam comissões pela distri-
buição – caso de alguns dos melhores do mercado.

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Ou seja, o FoF traz uma eficiência para o processo
sem pesar sobre os custos.

Você paga, é claro, no consolidado, além do 0,6% ao


ano para a XP, as taxas de administração e performan-
ce do fundos que compõem o portfólio, para remu-
nerar o trabalho das casas como SPX, Adam, Ibiuna,
Velt e Atmos, que selecionam os ativos para compor
a carteira. No consolidado, a taxa de administração
do produto na largada é de 1,53% ao ano. Como ela
é calculada? Somando a taxa do FoF com a de cada
produto que compõe o portfólio ponderada por seu
percentual.

Assim, como fundo multimercado que é, a composi-


ção do XP Seguros SuperPrev tem uma taxa de admi-
nistração menor do que a da maior parte do segmen-
to, em 2% ao ano (apenas para que você tenha uma
referência).

Esse custo pode mudar com o tempo, à medida que


muda o mix do portfólio.

Por fim, o plano não tem taxa de carregamento, nem


na entrada, nem na saída.

28
O mais importante
(e incrível): o portfólio da
nova SuperPrev
Sempre dissemos que você deve olhar para a previ-
dência como um portfólio dentro da sua carteira – ou
seja, que a alocação de previdência não seja feita em
um único produto. Não concentre todos os ovos na
mesma cesta – diria nossa avó – e não tem lugar em
que menos costumamos dar ouvidos a ela do que na
previdência. A atitude mais comum é escolher um úni-
co produto, ou mergulhar de cabeça naquele que al-
guém escolheu pra você. Mas agora vai ser diferente.

29
Veja abaixo o portfólio que montamos para a sua
previdência – e que a seguradora da XP em conjunto
com a gestora toparam colocar de pé, validando as
recomendações.

Ele segue a alocação estrutural da Spiti, com exceção


da posição em ouro, dados os limites regulatórios da
previdência para investimento no metal. Como este
é um investimento de longo prazo, optamos por che-
gar ao limite superior em nossas alocações em Bolsa,
em 31,5%, e em multimercados, em 40%, além dos
7,5% em estratégias indexadas em dólar. O restante,
21%, fica em renda fixa.

Cada classe é formada por alguns dos nossos gesto-


res favoritos. Para alguns deles, como Atmos e Nú-
cleo, é um grande prazer para mim anunciar que, pro-
vavelmente assim como você, será a primeira vez que
terei acesso às estratégias, em grande parte restritas
até então a investidores de alto patrimônio, realizan-
do um sonho antigo.

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Nesta nova etapa de sua história, a SuperPrev ganha
mais uma madrinha, com uma ampla experiência em
alocação de fundos para investidores institucionais, a
Carol Oliveira, que também escreve para você hoje. Ela
mergulhou no portfólio nos últimos meses, entrou em
contato com os gestores, dedicou fins de semana para
ajudar a colocar de pé essa nova página dessa linda
história. E segue conosco olhando o portfólio com lupa.

Como produto sofisticado que é – e dada a necessi-


dade de sermos ágeis para aproveitar a janela rara de
abertura em fundos de excelência – o fundo de fun-
dos da SuperPrev será construído na XP em duas eta-
pas. Já na largada tem 12 fundos. E, gradativamente,
parte para 20 veículos, divididos entre as estratégias
de Renda Fixa, Multimercados, Renda Variável e In-
vestimentos Globais.

Especialmente no caso da Atmos faremos uma cap-


tação acelerada, chegando a 15% do portfólio, para
aproveitar uma janela-relâmpago de entrada no fun-
do institucional da casa, para depois reduzir aos 4,5%
desejados de alocação estrutural.

31
Para seis gestores da segunda etapa – Vinci, Bogari,
Velt, Apex, Athena e Núcleo –, as entradas já estão
certas, apenas em fase de constituição do melhor ve-
ículo de acesso. Eles entram no fundo nas próximas
semanas, à medida que Atmos reduzir seu espaço na
carteira, assim como um fundo de crédito, que ainda
estamos selecionando.

Apenas no caso do produto da Verde, o acesso ainda


passa por definição de capacity. Já deixamos seu per-
centual na carteira delimitado abaixo para registrar que
a XP se comprometeu conosco a fazer a alocação assim
que a estratégia voltar a abrir as portas – e a casa, pelo
porte, tem acesso a aberturas com frequência.

Veja abaixo nossa carteira de previdência. Bonita,


né? Nas próximas páginas, vamos nos concentrar em
detalhar cada pedacinho dela, já com os percentuais
correspondentes à carteira almejada.

Por que tantos gestores? Esse é um portfólio para


construirmos toda a nossa previdência, que, de pre-
ferência, chegará a um patrimônio milionário. Por
isso, mesmo dentro de cada classe, não queremos
nos concentrar em poucos gestores. Para evitar con-
vergir para o índice, buscamos casas com perfis di-
ferentes entre si.

32
A maior parte dos gestores da carteira é recomen-
dada por nós há bastante tempo, aprovados em nos-
sas análises qualitativa e quantitativa. Para não nos
alongar demais, seremos sucintas em suas apre-
sentações abaixo.

33
Nossa carteira de
Renda Fixa

A parcela alocada em renda fixa é a que tende a sa-


cudir menos, já que se concentra principalmente em
ativos pós-fixados. Ainda que, você já sabe, o crédito
privado também pode ter prejuízo no curto prazo.

Esta parte do nosso portfólio tem alguns papéis: tor-


nar a carteira menos volátil, permitindo arrojar mais na
outra ponta, aproveitar oportunidades-relâmpago de
entrada em fundos estrelados e, claro, aproveitar opor-
tunidades em crédito privado – que, inclusive, já têm
surgido segundo os maiores especialistas no tema.

34
XP VISTA – TREND PÓS-FIXADO
MASTER PREV FIF (5%)

Para nosso caixa, escolhemos um fundo de taxa de


administração zero. Ele começa com 11% do patri-
mônio do fundo e será reduzido gradativamente a
5%, dando lugar a mais um fundo de crédito privado.

CAPITÂNIA – CAPITÂNIA PREMIUM


FIC RF CP (8%)

Esta alocação começa pelo fundo de crédito privado


tradicional da casa – nosso recomendado há bastan-
te tempo – migrando posteriormente para seu veícu-
lo de previdência. Não queríamos perder tempo até
que o veículo de previdência fosse estruturado para
nosso acesso, já que esta pode ser uma janela im-
portante de oportunidades neste mercado. Os preços
caíram de forma homogênea, em meio à fuga para li-
quidez, sem diferenciação entre ativos de qualidade
ou não.

A Capitânia tem hoje R$ 7,5 bilhões sob gestão e é


especialista em crédito. O Capitânia Premium tem em

35
sua carteira debêntures, Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRIs), fundos imobiliários (FIIs), Fun-
dos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs)
e Letras Financeiras (LFs). O fundo compra tanto ati-
vos indexados ao CDI quanto ao IPCA.

O time de gestão de crédito, liderado por Arturo Pro-


filli, tem longa experiência em compra e venda de ati-
vos de crédito, que faz desde 2003, e é bastante ativo
nesse mercado.

No momento, por exemplo, a equipe tem feito um in-


tenso giro na carteira, vendendo os ativos que foram
menos impactados pela crise recente e comprando
os que caíram muito devido ao estresse do mercado
sem que tenha havido alteração em sua capacidade
de pagamento.

O time também tem negociado proativamente as cláu-


sulas contratuais dos ativos em que investe, os cha-
mados covenants, para não ser pego de surpresa caso
um dos devedores passe por dificuldades nesta crise.

A gestora tem experiência em execução de garantias


dos ativos. Profilli sempre buscou ativos com prêmios
mais fartos, o que torna o fundo sujeito a situações

36
de inadimplência no curto prazo, mas que estão am-
paradas por garantias bem estruturadas, tornando o
produto bastante interessante para o longo prazo.

Outro diferencial da casa é o monitoramento dos fun-


dos de outros gestores no mesmo segmento, que ca-
pacita a casa para aproveitar pressões vendedoras,
que acabam gerando oportunidades de compras de
ativos.

OUTRO FUNDO DE CRÉDITO


PRIVADO (8%)

Esta é uma categoria em que somos bastante cuida-


dosos. Com baixa liquidez, o mercado de crédito com
frequência mascara o risco. Especialmente neste mo-
mento, de estresses neste mercado, estamos sendo
bastante cautelosas na seleção do outro produto de
previdência que vai compor nossa fatia de crédito. Tra-
remos notícias sobre esse novo integrante em breve.

37
Nossa carteira de
Multimercados

Não é segredo para ninguém o meu gosto por multi-


mercados. Esses gestores nos permitem acessar es-
tratégias sofisticadas, no Brasil e lá fora, em diferen-
tes mercados, sob o cuidado de equipes profissionais.
Aqui, em especial, a categoria tem uma vantagem,
como lembramos acima: a ausência do come-cotas,
a antecipação de imposto que costuma ocorrer com
esses produtos fora da previdência nos meses de
maio e novembro.

38
Ainda que a regulação de previdência impeça que os
gestores repliquem totalmente sua estratégia origi-
nal – por limites à alavancagem ou ao investimento
no exterior, por exemplo – as regras estão cada vez
mais flexíveis e os produtos, cada vez melhores.

Em nossa alocação inicial, já contamos com quatro


gestores muito bem avaliados em nossas pesquisas
quantitativas e qualitativas: Adam, Ibiuna, Kinea e
SPX. Em breve, será adicionada a Vinci, em fase de
estruturação do produto que vamos acessar.

Por fim, os nossos fundos favoritos da Verde – o de


previdência, gerido por Luiz Parreiras, e o mais tradi-
cional da casa, de Luis Stuhlberger – estão fechados
para a alocação. Já deixamos seu espaço definido,
entretanto, para entrar à primeira janela.

Abaixo, mostramos os percentuais almejados. Se


quiser saber com quanto começamos em cada fundo,
recorra à tabela da página 33.

Como já dissemos, seremos sucintas na análise para


não gastar muito do seu tempo.

39
ADAM – ADAM XP SEGUROS
PREV FIC FI MM (7,5%)

A gestora carioca Adam foi fundada em 2016. Se-


ria pouco na história de um fundo não fosse o fato
de que a trajetória de seu fundador e gestor, Marcio
Appel, começou muito antes, no Banco Safra. O Ga-
lileo, gerido por uma equipe comandada por ele, foi
por muito tempo reconhecido como um dos melho-
res multimercados brasileiros, ao lado dos fundos da
Verde e da SPX.

A Adam é uma das gestoras mais van do nosso por-


tfólio – ou seja, que nada contra a corrente. Vínha-
mos sendo questionadas ao longo de 2019 e come-
ço de 2020 por manter a recomendação a despeito
do desempenho fraco do gestor no curto prazo, mais
pessimista do que o consenso – o fundo sofreu vários
saques inclusive.

Em 2020, mais uma vez, Appel se mostrou um ingre-


diente valioso para a carteira de longo prazo, com um
desempenho excepcional da estratégia em meio à
crise. Não foi a primeira vez que ele foi criticado por
se posicionar de forma totalmente diferente da mé-
dia do mercado e deu a volta por cima.

40
Infelizmente, o produto de previdência não tem
acompanhado todo o potencial do retorno da estra-
tégia principal da casa em 2020. Pelas limitações da
regulação, o fundo tem uma parcela menor na estra-
tégia de dólar e também uma posição maior em juros
brasileiros.

Por outro lado, em 2019, as diferenças regulatórias


também impediram que o fundo de previdência so-
fresse mais.

Ou seja, no longo prazo, consideramos o olhar dife-


renciado de Appel um ingrediente importante para o
portfólio.

Hoje, a gestora, que vinha com uma estratégia mais


conservadora desde o fim do ano passado, está com-
prada em Bolsa americana e em dólar contra moedas
de países emergentes, tem posições em juros brasilei-
ros e uma pequena posição comprada em Bolsa local.

41
IBIUNA – IBIUNA PREVIDÊNCIA
MASTER MULTIMERCADO (7,5%)

À frente da Ibiuna, uma gestora de peso com R$ 9,6


bilhões sob gestão, estão dois nomes igualmente de
peso: Mário Torós e Rodrigo Azevedo, ambos ex-di-
retores do Banco Central, o que dispensa mais apre-
sentações. Isso se alinha perfeitamente à proposta
da gestora, de ser especialista em política monetária
no Brasil e no mundo.

A estratégia de Bolsa é feita por André Lion, em que


ele busca especialmente distorções nas relações his-
tóricas de preços entre ativos.

A Ibiuna tem se destacado por conseguir navegar tan-


to em um cenário otimista quanto pessimista, sendo
uma das poucas que já vinha se destacando e sobre-
viveu no topo do ranking depois da crise que derrubou
vários gestores de multimercados no curto prazo.

Neste momento, a casa mantém um portfólio mais


defensivo. O time reduziu as posições em risco no co-
meço da crise, principalmente a direcional comprada
em Bolsa, além de ter aumentado os hedges, famo-
sos seguros, como dólar contra real.

42
O grande destaque do portfólio, entretanto, foi o po-
sicionamento rápido em um cenário de afrouxamen-
to de políticas monetárias no mundo. A dupla Torós
e Azevedo notou rapidamente que a desaceleração
econômica provocada pelo coronavírus ia obrigar os
bancos centrais a estimular a atividade, pressionan-
do os juros para baixo.

Posições na queda das expectativas de juros nos Es-


tados Unidos, México, Chile, Brasil e Inglaterra trou-
xeram ganhos para a carteira. E aí eu te pergunto: não
seria ótimo ter essa frente da sua carteira de previ-
dência ganhando em um momento como esses?

O fundo de previdência da Ibiuna, um dos mais anti-


gos do mercado, caminha para uma carteira cada vez
mais próxima do veículo tradicional da casa, o que
faz com que a alocação em previdência tenda a ser a
mais eficiente da casa, em decorrência da ausência
do come-cotas.

43
KINEA – KINEA PREV II XTR XP
FICFI MM (7,5%)

A Kinea tem o grupo Itaú Unibanco como sócio, mas


fica em uma estrutura segregada do banco, com re-
gras próprias e jeitão de gestora independente. Foi
criada em 2007, com os principais executivos oriun-
dos do BankBoston.

A gestão do multimercado é feita pelo competente


Marco Freire, economista pela PUC-Rio, que se jun-
tou à equipe depois de sete anos como diretor de in-
vestimentos da gestora Franklin Templeton no Brasil.

Um dos diferenciais da casa é sua capacidade de ga-


nhar na Bolsa, em que opera não só estratégias dire-
cionais (aquelas que se beneficiam em momentos de
alta da Bolsa), mas também pares de ações, para lu-
crar com assimetrias de preços entre papéis do mes-
mo setor.

Dada a crise do coronavírus, o fundo navega hoje


com posições menores em renda variável e em juros.
Na frente de renda fixa, mantém posições de curto
e médio prazo em juros brasileiros e mexicanos, que
tendem a ganhar com a queda na expectativa para a

44
taxa. Na estratégia de moedas, o fundo teve desem-
penho negativo por causa de posições em euro, peso
mexicano e dólar australiano, que foram zeradas.

Um dos charmes da gestão de Freire é sua preocupa-


ção com proteções. O gestor costuma se posicionar
no aumento da volatilidade quando os mercados es-
tão calmos demais, com base em um entendimento
cíclico da economia.

O fundo gerido por Freire é um dos poucos que con-


segue replicar 100% de suas estratégias em um pro-
duto de previdência.

SPX – SPX LANCER XP SEGUROS


PREV FICFI MM (7,5%)

A casa carioca foi fundada em 2010 por um grupo de


egressos da gestora BBM. À frente do grupo desde
então está Rogério Xavier, um dos caras com maior
capacidade de construção de cenários que eu conhe-
ço. Observe o gestor falar por uma hora e saia achan-
do tudo muito óbvio. E todo o restante do mercado
errado.

45
Um charme da casa é a preocupação em descentrali-
zar a gestão. Além de Rogério, responsável principal-
mente pela frente de juros, há outros nomes fortes,
como o de Leo Linhares, na frente de Bolsa. Uma nova
estratégia de crédito também está sendo desenhada
pela casa, com o nome de Albano Franco, ex-BTG, à
frente.

A SPX é uma das poucas gestoras brasileiras com es-


critórios fora do Brasil, incluindo uma equipe relevan-
te em Londres (onde fica, inclusive, Xavier). Ou seja,
é uma casa preparada para trazer o tema global para
o portfólio.

O fundo de previdência da SPX se baseia no tradicio-


nal veículo da casa SPX Nimitz – e faz parte do time
de gestores contrarian do nosso portfólio, com fre-
quência sendo os primeiros a anunciar o fim da festa
quando a música ainda toca.

Bruno Marangoni, sócio da casa, é o gestor do fun-


do de previdência, com uma missão clara: replicar o
máximo possível a estratégia do Nimitz, obedecendo,
obviamente, às restrições impostas pela regulação.

46
No momento, o time da SPX ainda se mantém muito
pessimista em relação a toda a crise, bastante con-
servadora sobre a tomada de risco. O fundo se man-
tém sem posições direcionais na Bolsa brasileira e
comprado em moedas, principalmente apostando na
desvalorização das moedas de países emergentes.

A posição comprada em dólar foi o carro-chefe do


fundo neste ano, com ganhos relevantes.

VERDE (7,50%)

Uma das mais reconhecidas gestoras de multimerca-


dos do Brasil também tem espaço na nossa carteira
teórica. Infelizmente, os dois fundos da casa aprova-
dos em nossas análises quantitativa e qualitativa – o
Verde Previdência, gerido por Luiz Parreiras, e o mais
tradicional Verde, de Luis Stuhlberger – estão fecha-
dos no momento.

Não vamos, assim, entrar no fundo no curto prazo,


mas seu lugar já está reservado em nosso portfólio.
E a gestora da XP sempre tem janelas de acesso à
estratégia.

47
Para você ter uma ideia, o fundo gerido por Stuhl-
berger fora da previdência acumula 16.456,14% de
retorno, contra 2.186,53% do CDI. Seu maior dife-
rencial é a capacidade de montar proteções, espe-
cialmente via opções, tornando o fundo muito con-
sistente no longo prazo.

Stuhlberger também ganhou muito dinheiro histori-


camente nas estratégias em dólar, reconhecidamen-
te o ativo mais difícil de se prever os movimentos.

Infelizmente, a estratégia já cresceu demais e é pouco


escalável, o que obriga o fundo a ficar fechado a maior
parte do tempo. A Verde criou mais recentemente a
versão de previdência, que fica sob Luiz Parreiras, bra-
ço direito de Stuhlberger, que não replica a estratégia
original, mas conta com a visão macro da casa.

As estratégias da casa têm sofrido no ano dado um


cenário mais otimista em relação ao impacto do co-
ronavírus, especialmente com a elevação das tempe-
raturas no hemisfério norte, assim como com o efeito
das políticas monetária e fiscal empreendidas pelos
diferentes países do mundo.

48
Dada essa visão, as posições em renda variável da
casa foram sendo aumentadas gradativamente. Es-
pecialmente a fatia comprada em Bolsa brasileira se-
guiu sofrendo muito. Com o entendimento de que o
cenário não seria tão positivo assim quanto esperado,
a Verde começou a trocar a posição em Bolsa brasi-
leira para Bolsa americana – considerada pela equipe
mais resiliente ao estresse e de mais rápida recupe-
ração (que, felizmente, também temos no nosso por-
tfólio, como você verá abaixo).

Além da força das empresas americanas e do poder de


fogo fiscal do governo, há o fato de que a Bolsa ameri-
cana tem mais peso dos setores de tecnologia e saúde,
que tendem a se beneficiar em um período como este.

Bom dizer: uma das maiores virtudes de Stuhlberger


é sua capacidade de assumir publicamente uma posi-
ção errada, como também fez com China poucos anos
atrás, revertendo sem qualquer pudor – e em geral per-
dendo pouco no fundo principal, dadas as proteções.

Na renda fixa, a Verde segue em sua posição histórica


em NTN-Bs – títulos que pagam uma taxa prefixada
mais a variação da inflação – agora para 2040, 2045
e 2050.

49
VINCI – NOVO FUNDO
MULTIMERCADO (2,5%)

O fundo de previdência da Vinci, um dos mais antigos


do segmento, tem como estratégia perseguir ganho
real, ou seja, acima da inflação – ingrediente valioso
para a previdência, já que queremos manter poder de
compra no longo prazo.

O produto busca entregar um retorno de IPCA + 6%


ao ano por meio da compra de ações que são boas
pagadoras de dividendos, além de se posicionar em
renda fixa – hoje inflação e CDI.

O produto pode ter até 40% alocados em ações. Des-


de o começo do ano, o fundo vinha reduzindo posi-
ções em Bolsa e encurtando suas posições em NTN-
-B, com venda de vencimentos mais longos e compra
em vencimentos curtos, entre 2021 e 2023. O fun-
do tinha também posições em opções de dólar, para
proteger o risco do fundo, que hoje se valorizaram,
mas continuam na carteira.

A posição em Bolsa, um mix de empresas pagadoras


de dividendos e posições em índices, que estava em
20%, foi zerada em meio ao estresse, num fato iné-

50
dito, segundo o sócio-gestor Fernando Lovisotto – o
fundo existe desde 2014 e não tinha ficado fora de
Bolsa em nenhum outro momento. No fim de abril, o
time de gestão voltou a se posicionar de forma muito
contida em Ibovespa.

O fundo tinha posições compradas em dólar que equi-


libraram as perdas nas posições em Bolsa e NTN-B.

Ainda que a Vinci seja mais conhecida por sua análise


de Bolsa, Lovisotto traz um conhecimento relevante
de fluxos na renda fixa para nosso portfólio, dada sua
proximidade com investidores institucionais.

51
Nossa carteira de
Renda Variável

Chegamos à parte mais apimentada do nosso portfó-


lio, dos gestores especialistas em Bolsa. Tem gente
que acha que um portfólio de longo prazo deve se
concentrar somente em renda variável. Grandes re-
ferências internacionais em alocação, como David
Swensen, de Yale, já derrubaram a tese, mostrando a
superioridade de uma carteira diversificada – pode-
mos voltar a esse tema outra hora.

52
O próprio Swensen, entretanto, defende que um dos
ingredientes essenciais para o portfólio de longo pra-
zo é o viés para Bolsa. Por isso escolhemos manter a
alocação estrutural nessa fatia de por volta de 30%.
Isso vai fazer o portfólio balançar no curto prazo, mas
aumentar muito o potencial de ganhos para o nosso
horizonte, de pelo menos dez anos.

Nosso portfólio de ações é um pouco maior do que


o que estamos acostumadas a recomendar. Isso se
explica pelo fato já mencionado acima: a ideia é acu-
mular um patrimônio relevante para a previdência ao
longo das próximas décadas, e queremos diversifi-
car seus gestores – mas também pelo fato de termos
conseguido acesso a várias casas excelentes e com
capacidade de gerar retorno sobre o Ibovespa em di-
ferentes janelas.

Além das casas mais focadas em qualidade, cada


uma a seu modo e com históricos excelentes – At-
mos, Athena, Bogari, Brasil Capital, Núcleo e Velt –
temos o long biased da Apex, mais defensivo, o fundo
da HIX, que historicamente tira metade do seu retor-
no de small e mid caps (as ações de menor liquidez da
Bolsa), e nossa pimentinha, a Alaska, em sua versão
institucional, sem alavancagem de juros e câmbio.

53
É um belo mix para nossa carteira de longo prazo!

Na largada, o fundo da XP já nasce com Atmos, Boga-


ri, Brasil Capital, HIX e Alaska. Tivemos teve que pe-
sar a mão em Atmos neste primeiro momento, com
15% do portfólio total, para aproveitar uma janela-
-relâmpago de entrada em um dos melhores fundos
da indústria brasileira.

Queremos que ela chegue a 4,5%, o que vai aconte-


cer naturalmente com o crescimento do fundo. Bom
lembrar que isso limita o tamanho do FoF, levando à
necessidade de urgência na sua decisão (tem mais
de um ano que ouço pessoas lamentando que per-
deram o primeiro fundo inspirado em minha carteira,
bom dizer!).

Todas as demais entradas – Apex, Athena, Núcleo e


Velt – já estão combinadas com os gestores, apenas
em fase burocrática de definição de veículos de acesso.

Importante: todos os fundos que ingressam em nos-


so portfólio podem chegar a 100% em ações, o que
torna nossa entrada em Bolsa na previdência muito
mais eficiente do que se você fosse montar a estra-

54
tégia de forma avulsa – no varejo, esses produtos só
podem ser oferecidos com até 70% em renda variá-
vel. Isso normalmente obriga a deixar uma parte de
sua alocação em renda fixa com um gestor especia-
lista em Bolsa. Aqui isso não acontece.

ATMOS – ATMOS INSTITUCIONAL


FIC FIA (4,50%)

Fundada em 2009 por Bruno Levacov e Lucas Bie-


lawski, a Atmos é uma casa tão reconhecida por seu
perfil discreto quanto pela sua capacidade de análise
de empresas. Apenas para que você tenha uma ideia,
o fundo da casa que vamos acessar rende 102,47%
nos últimos cinco anos, contra 54,70% do Ibovespa.

A própria casa, entretanto, gosta de olhar o retorno


de forma diferente, avaliando o ganho individual de
cada cotista. A fixação da equipe é que qualquer pes-
soa que entre no fundo e fique por uma janela longa,
compatível com a Bolsa, ganhe dinheiro.

É um grande prazer anunciar a entrada da Atmos em


nosso portfólio hoje. Se você me acompanha há al-

55
gum tempo, sabe que falo da casa de forma quase
platônica. Nunca tive a oportunidade de recomen-
dá-la formalmente, porque o fundo nunca esteve em
uma plataforma, acessível a qualquer investidor.
A SuperPrev vai aproveitar uma rara oportunidade
de abertura no fundo institucional da casa, acessível
somente a grandes alocadores. O produto não é de
previdência, mas o FoF pode acessá-lo, agregando os
benefícios tributários do segmento a um produto de
altíssimo nível.

No momento, a Atmos está posicionada em Bolsa em


empresas que acredita serem capazes de navegar em
meio ao estresse atual, com possibilidade inclusive
de ganho de participação em seus mercados e até de
movimentos de consolidação.

Para o time de gestão, o pêndulo acaba de sair do


lado das empresas mais novas e mais alavancadas –
que vinham ameaçando o status quo com tecnologia,
maior contratação de talentos, entre outros – para
voltar novamente às mais consolidadas, que, com
a crise, e natural diminuição de competição, vão ter
tempo de se reorganizar.

56
Estão na carteira, por exemplo, BB e Itaú, diante do
entendimento de que o pêndulo no setor financeiro
vira-se para bancos tradicionais.

Além disso, o portfólio tem hoje dentre os principais


setores o elétrico (15%), o de shoppings (8%) e o de
saúde (5%). Também estão na carteira Natura, MRV,
Vale e Petrobras.

BOGARI – BOGARI VALUE Q


FUNDO DE INVESTIMENTO EM
AÇÕES PREVIDENCIÁRIO FIFE (4,50%)

A Bogari nasceu como um clube de investimentos, em


2006. Eram necessários, no mínimo, três CPFs para
fundar o clube. Então Flavio Sznajder tirou o documen-
to do filho de 2 anos de idade, cota 1 do clube (sortu-
do!), para colocar seu plano de investimentos em ação.

Deu tão certo que, depois de ter aumentado conside-


ravelmente o volume investido por meio de ganhos
na Bolsa, o clube virou um fundo de investimento. E
surgiu a Bogari, uma discreta gestora sediada na ca-
pital fluminense.

57
Tomei conhecimento da gestora quando, por ocasião
do Dia das Crianças, perguntei para alguns alocado-
res de fortunas onde eles investiriam o dinheiro dos
seus filhos se eles tivessem que escolher apenas um
fundo. Muitos responderam enfaticamente: Bogari.

A gestora de ações é uma das preferidas dos aloca-


dores de fortuna, e hoje conta com um patrimônio de
cerca de R$ 4,4 bilhões sob gestão.

A carreira pregressa de Flavio no mercado corporativo,


ao contrário da maior parte dos gestores que já nas-
ceu no segmento financeiro, traz um olhar diferente
para a gestão da casa, mais focado no chão de fábrica.

E quanto ao momento atual? A Bogari chegou à crise


do coronavírus praticamente sem caixa no fundo. Por
isso, depois da queda recente das ações, decidiu girar
o portfólio para comprar mais das ações aprovadas na
análise da casa que tiveram queda exagerada de pre-
ços e reduzir as que sofreram menos. Daí a decisão de
vender Carrefour, por exemplo, que tinha caído menos.
O plano é aproveitar a recuperação das companhias
para as quais os preços ficaram mais distorcidos.

58
Petrobras, Vale, Equatorial e Unidas também cresce-
ram na carteira. O mesmo aconteceu com o segmen-
to de saúde, com o aumento de participação em In-
termédica e SulAmérica.

BRASIL CAPITAL – BRASIL CAPITAL


100 PREV FI EM COTAS DE FIA (4,50%)

Especialista em Bolsa, a gestora Brasil Capital foi


criada no início de 2008. A equipe toca uma única es-
tratégia, ou seja, dedica a vida a escolher cerca de
15 empresas na Bolsa para compor o portfólio. Isso
depois de gastar sola de sapato para visitar as com-
panhias, seus fornecedores, concorrentes e decidir
quais têm potencial para superar o retorno médio do
mercado.

A Brasil Capital era, nos seus primórdios, praticamen-


te um family office (escritório dedicado a administrar
fortunas familiares) da família fundadora do grupo
Votorantim.

59
À frente da casa temos um mix do que há de melhor
no mercado de fundos. André Ribeiro, CIO (diretor de
investimentos) e Juliana Klarnet, responsável pela
relação com investidores, vieram da Fama. Da Credit
Suisse Hedging Griffo (CSHG), saíram Ary Zanetta e
Bruno Baptistella, que trabalharam no passado lado
a lado com o mestre Luis Stuhlberger, gestor do len-
dário Verde.

André, Ary e Bruno trabalham juntos na seleção de


ações há quase oito anos, o que é uma das caracte-
rísticas mais desejáveis em uma equipe de gestão.

Aqui conseguiremos ver a estratégia de André Ribei-


ro funcionar em seu máximo – o fundo pode investir
até 100% do seu patrimônio em ações. Aliado a isso,
uma estratégia de gestão de longo prazo, com pouco
giro e foco em uma carteira com 15 nomes faz todo
sentido para um passivo de longo prazo.

Dentre as posições do fundo que mais sofreram no


estresse recente estão Petrobras, Azul, CVC e Su-
lAmérica. A decisão foi de manter todas no portfólio,
de olho no longo prazo.

60
André Ribeiro exemplifica a irracionalidade dos preços
com o caso de SulAmérica: a ação caiu mais de 50%
diante do entendimento de que ia aumentar o volume
de sinistros dado o evento do novo coronavírus.

O gestor defende que, em contraponto, vários pro-


cedimentos foram adiados por causa da pandemia.
Além disso, a empresa tem R$ 3 bilhões para receber
da Allianz pela venda do negócio de veículos. Será um
caixa bem-vindo em tempos como este.

Outro exemplo é Rumo. O preço da ação caiu pela


metade, sendo que a empresa transporta grãos pelo
Brasil para exportar para a China, que já está em ou-
tra fase na crise.

NÚCLEO (4,50%)

A Núcleo também é novata por aqui. Assim como a


Atmos, a gestora nunca ofereceu seu fundo em plata-
formas, restrito a um número seleto de investidores
de altíssimo patrimônio. E, dada sua discrição, vou
me deter um pouco mais em sua apresentação.

61
A gestora foi uma das últimas casas com quem con-
versei para ingresso na primeira carteira da Super-
Previdência e infelizmente não houve tempo hábil
para tal. O fundo acabou entrando apenas no segun-
do portfólio, o mais caro.

Por isso, assim como pode estar acontecendo com


você, essa será também a primeira vez em que consi-
go colocar os pés neste fundo estrelado. E estou mui-
to feliz por isso. A entrada já está certa, apenas em
fase de definição do melhor veículo.

A dupla Luis Guilherme e João Grossi trabalha junto


desde 2007, quando selecionavam ações na Skopos.
Eles foram responsáveis, juntamente com Pedro Ce-
rize, por um período áureo da gestora. Em 2011, Luis
Guilherme decidiu sair pra montar a Núcleo, e João
foi com ele.

O dois são adeptos do “menos é mais” na seleção


de ações, com um portfólio comprado, sem alavan-
cagem, sem pirotecnias. A ideia é mesmo perseguir
bons modelos de negócio em Bolsa e, principalmen-
te, geridos por boas pessoas. Simples assim.

62
Uma marca da casa é a rede de relacionamentos da
equipe no mercado corporativo, que ajuda a avaliar
todo o ecossistema das companhias, incluindo con-
correntes, fornecedores e consumidores.

O objetivo não é participar da gestão de qualquer em-


presa investida nem de ser ativista, mas de mergulhar
a fundo na tese, sempre com a visão de longo prazo.

Apenas para você ter uma ideia, desde o começo do


fundo, em janeiro de 2012, o retorno é de 214,95%,
contra 31,87% do Ibovespa no período.

O portfólio costuma ter de 10 a 20 empresas, com


cada uma delas podendo chegar a 24% do patrimônio
– ainda que dificilmente o percentual seja atingido. A
maior posição hoje é em CZZ, a holding dona da Cosan.

A empresa é um bom exemplo do estilo de compa-


nhia que a equipe da Núcleo gosta, especialmente
pela qualidade da gestão: Rubens Ometto transfor-
mou um negócio 100% de açúcar, setor de retorno
baixo, intensivo em capital e de preço volátil, em um
apenas 5% focado no segmento original, partindo,
por exemplo, para o de combustível.

63
Depois de passar pela seleção criteriosa da casa, as
empresas costumam ficar um bom tempo no portfó-
lio, acompanhadas de perto. Hoje a maior parte delas
está ali há de dois a três anos.

A equipe é bastante focada no dia a dia das empre-


sas e menos nas análises macro. Os gestores reco-
nhecem que o cenário mudou, que os negócios serão
impactados, mas pondera que os preços mudaram
bastante e muito rápido.

O trabalho da casa foi tentar diferenciar as empresas


que serão menos impactadas pela crise criada pelo co-
ronavírus, assim como as que terão oportunidades de
consolidar mercados ou mesmo de ganhar com o cres-
cimento de novos costumes, como do e-commerce.

A partir daí, as posições passaram por um pequeno


rearranjo, sem grandes mudanças. Para algumas em-
presas premium, o time considerou que se abriu uma
janela de compra dadas as quedas indiscriminadas
de preços.

64
Foi o caso, na opinião deles, de Localiza, que faz par-
te do portfólio da casa há muito tempo. É claro que a
queda reflete efeitos do coronavírus, como o menor
fluxo em aeroportos, por exemplo. O time desfocou
um pouco o curto prazo para observar uma janela
maior, dado seu horizonte de investimentos, lem-
brando que a empresa é líder de um segmento com
espaço para consolidação e que dificilmente perdeu
60% de seu valor, mesmo que haja alguns trimestres
de atividade restrita.

A equipe da Núcleo também está de olho na tendên-


cia que se fortaleceu com a situação atual, de uma
nova economia, mais digital. Uma representante dela
na carteira é Magazine Luiza.

Em resumo, a ideia da casa é sempre olhar mais para


o filme do que para a foto: quando passar o estresse
inicial e o mercado separar os vencedores dos perde-
dores, a Núcleo estará posicionada para ganhar com
os primeiros.

65
VELT (4,50%)

A Velt foi fundada em 2007, à época com o nome de


M Square. No começo, havia duas estratégias, uma
de ações local e uma global, realizada por meio de
fundos estrangeiros de Bolsa. Em 2016, os dois ti-
mes se separaram. A frente global manteve a marca
e a local recebeu o nome de Velt.

O sócio responsável pela gestão de ações locais há


13 anos é Mauricio Bittencourt. Antes de montar sua
própria casa, ele foi sócio na IP, a primeira gestora
independente não ligada a bancos no Brasil, de 1992
a 2005. Depois ele fez parte da equipe do Synthesis
Asset Management, em Nova York, e do Banco Pactu-
al, entre 2005 e 2007.

Um ponto marcante da gestão da Velt é que o time


é muito focado em analisar as empresas no detalhe,
por meio de conversas com seus concorrentes, for-
necedores, ex-funcionários, entre outros.

A gestora é aficionada por qualidade. Quando busca


empresas para investir, foca na qualidade da equipe,
na sua capacidade de construir um negócio para o
longo prazo.

66
A preocupação com fazer o processo de análise ex-
tremamente bem-feito extrapola a necessidade de
parecer bem na foto todos os anos.

O objetivo ali não é aparecer no ranking dos primei-


ros – ainda que eventualmente apareça (o ganho em
2019 ultrapassou 50%). A preocupação da Velt é a
de escrever um filme bem-feito, é de construir uma
história de investimento em ações de longo prazo.

Para que você tenha uma ideia, um dado quantitati-


vo: nos últimos cinco anos, o fundo da casa rendeu
81,14%, contra 48,47% do Ibovespa, o principal ín-
dice da Bolsa brasileira.

A queda recente nos preços das ações, no entendi-


mento da Velt, aconteceu de forma um pouco distor-
cida: ainda que o ambiente de fato seja muito difícil,
em uma crise sem precedentes, a equipe estranhou
o fato de que companhias de maior e de menor qua-
lidade caíram de mãos dadas, na mesma proporção.

A decisão do grupo foi começar a aumentar as po-


sições nas companhias mais sólidas, dominantes
em seus setores, com posições competitivas fortes.

67
Mas, para isso, foi feito um intenso trabalho de en-
tender a resiliência das companhias do portfólio ao
momento atual.

Os grupos de analistas, divididos em setores, estres-


saram o pior dos cenários – companhias com dois ou
três trimestres praticamente sem vendas – com as
lideranças de cada segmento. A equipe aproveitou
seu longo histórico de relacionamento com os cargos
mais altos das empresas (CEOs e CFOs) para questio-
nar e tentar entender o tamanho do problema.

Qual seria a geração de caixa ou queima de caixa nes-


se cenário? Como ficaria o endividamento da com-
panhia? Qual o risco de inadimplência dos clientes
daquelas companhias? Qual a experiência daquela
equipe com crises? A partir das respostas a essas
perguntas, indicadoras da resiliência dos negócios,
e também do cruzamento com a perspectiva de re-
torno de longo prazo dos negócios, a equipe tomou
suas decisões.

A gestora decidiu zerar uma posição, mas para a maior


parte das empresas da carteira a decisão foi inclusive
de aumentar a posição, como foi o caso de Hapvida,
Eneva, Magazine Luiza, Natura e Stone.

68
Hoje o caixa do fundo está em 10%.

E, diante do entendimento de que era hora de com-


prar – e não vender –, veio a decisão de abertura do
fundo.

O fundo da casa, historicamente restrito a poucos


investidores, teve uma janela mais democrática re-
centemente. Como o produto, entretanto, é restrito
a qualificados – que declaram mais de R$ 1 milhão
de investimentos financeiros – o acesso via fundo
de fundos é uma excelente oportunidade para quem
ficou de fora.

APEX (2,50%)

A Apex, com ativos sob gestão próximos de R$ 7 bi-


lhões, está com alocação comprada em ações acima
da média, uma vez que o time de gestão está cons-
trutivo com o cenário, principalmente o local.

69
A equipe da gestora tinha iniciado o ano com uma vi-
são mais otimista e investida em ações que refletiam
uma melhora no consumo doméstico. Desde que a
crise se iniciou, porém, o time de gestão tem procura-
do, em termos de construção de portfólio, investir em
empresas mais defensivas para a carteira do fundo.

O fundo está posicionado em setores defensivos


(70% da posição comprada ), conforme dito acima,
o que inclui o setor de saúde, por meio de SulAmé-
rica, Qualicorp, Notredame, utilidades públicas e
consumo não cíclico, como Cesp, CPFL e Sabesp, e
setores cíclicos locais (30% da posição comprada),
como shoppings, construção civil, educação e varejo,
como Yduqs, Localiza e Locamérica. A maior posição
do fundo atualmente é em Vale, que varia entre 5% e
10% do patrimônio.

A Apex também será contemplada na nossa carteira


definitiva, com o produto que mais gostamos da ges-
tora – um long biased. O fundo novo está em proces-
so de criação para ser adicionado à carteira almejada.

70
ATHENA (2,50%)

Fundada por André Vainer e Carlos Lima, a Athena tem


como filosofia entregar retorno real para o cliente in-
dependentemente do cenário macroeconômico ou
político. Para isso, foca a seleção em aspectos micro
e procura para o portfólio empresas mais resilientes,
menos impactadas pelo que acontece em seu entorno.

“No longo prazo, o que fica é o resultado da empresa”,


diz Vainer, ressalvando que isso não significa comprar
as empresas e esquecê-las na carteira.

Investir em renda variável, na visão da gestora, quer


dizer investir em empresas excepcionais, que alocam
seu capital com potencial de retorno acima do CDI.

Vainer e Lima também gostam do longo prazo dentro


de casa: os dois trabalham juntos há mais de 15 anos.

Atualmente, a Athena conta com dois fundos de pre-


vidência para o público em geral: Athena Icatu Prev
FIM 70 e Athena Icatu Prev FIM 49 – o primeiro pode
investir até 70% em Bolsa e o segundo, até 49%.
Os dois estão fechados. Está a caminho uma versão

71
100% Bolsa, oferecida somente a investidores quali-
ficados, como manda a regulação. Nossa carteira vai
esperar por ele, já que é a forma mais eficiente de
acessar a estratégia.

E sobre o momento do fundo? Uma vez que foi fican-


do claro o impacto que o novo coronavírus teria em
termos de consumo, recessão e desemprego, a Athe-
na dedicou seu foco em empresas que tenham um
curto prazo (12 a 18 meses) menos impactado com
dívidas ou alavancagem.

Uma eventual necessidade de capital neste momen-


to destrói muito o valor das companhias, na visão de
Vainer. Outro ponto que eles levaram em considera-
ção foi o de não comprar empresas como mercados,
drogarias, que devem sofrer mais no curto prazo no
entendimento da casa.

O time de análise também tem feito um exercício de


tentar distinguir o que está ficando pior estrutural-
mente, e o que não está, buscando montar posição
em empresas que devem ter impacto limitado.

72
Shoppings, aluguel de carros e saúde são setores
que a gestora passou a olhar com maior cuidado.
Foram realizados aumentos nas posições de Natu-
ra, Alpargatas, Renner, Aliansce, Jereissati, Locali-
za, Unidas e SulAmérica. A posição em Azul, antiga
da casa, foi zerada.

HIX – HIX PREV 100 MASTER


FI MM (2,50%)

Aqui temos um representante entre os fundos que


surgiram a partir de um clube de investimentos basi-
camente de amigos e familiares.

Os irmãos Gustavo e Rodrigo Heilberg, gestores da


HIX Capital, têm uma história pregressa que faz toda
a diferença na hora de atuar do lado de cá: herdeiros
do grupo Scalina, que é detentor das marcas Scala e
Trifil, eles atuaram diretamente na gestão dessa em-
presa que é líder de mercado em seu segmento.

O clube deu tão certo que Gustavo deixou a direto-


ria de varejo e novos negócios e Rodrigo a direto-
ria financeira do grupo para fundarem a HIX Capital.

73
A gestora tem o DNA da economia real, justamente
por eles já terem estado do lado de lá do negócio.

O fundo investe em aproximadamente 15 compa-


nhias, sendo que de cinco a sete representam mais
de 50% da carteira.

Um dos charmes da estratégia é que, historicamente,


cerca de metade do retorno vem de small e mid caps,
o que o diferencia de outros fundos de ações na pre-
vidência, e traz mais uma estratégia à nossa carteira
de fundos de ações.

Aqui também poderemos experimentar o fundo na


sua maior potência, em um veículo 100% ações.

ALASKA – ALASKA BLACK


INSTITUCIONAL FIA (1,5%)

Está aqui a pimentinha do nosso portfólio, um fundo


para explorar empresas fora do radar, para entrar de
peito mais aberto em Bolsa, aproveitando de forma
mais agressiva momentos de euforia, ainda que pos-
sa haver perdas mais expressivas no curto prazo.

74
Assim como na minha carteira inicial de previdên-
cia, o veículo aqui escolhido é o fundo Institucional
da casa, o que não investe em juro nem em câmbio,
nem faz alavancagem. Aliás, posso me orgulhar de
ter convencido a gestora de levar essa estratégia à
previdência lá atrás.

O fundo, que leva o nome de Institucional por ser a


porta da gestora para investidores institucionais, prin-
cipalmente estrangeiros, ganha 96,6% nos últimos
três anos, contra 29,17% do Ibovespa – janela mínima
que defendemos para avaliar um fundo de ações.

Ele se aproveita de forma plena da capacidade de Luiz


Alves Paes de Barros, Henrique Bredda e Ney Mya-
moto em Bolsa. Luiz Alves é um dos maiores inves-
tidores individuais da Bolsa brasileira, já passou por
um sem-número de crises e, por isso, está preparado
para atravessar crises sem se deixar abalar pelos vie-
ses emocionais de curto prazo. Ele é um grande co-
nhecedor de ciclos e aplica isso à realidade da carteira.

75
No começo de março, o time de gestão fez algumas
mudanças no portfólio, como a compra de Suzano e
Klabin, empresas exportadoras que tendem a ganhar
com a alta do dólar. Em contrapartida, foram reduzi-
das Petrobras, Vale e Braskem. Mais recentemente,
a gestora vendeu um pouco de Suzano e Klabin, para
aumentar Magazine Luiza e Cogna, do segmento de
educação, duas grandes apostas da casa.

76
Nossa carteira de
Investimentos Globais

Aqui vem a cereja do bolo do nosso portfólio. Sempre


fiz questão de que você tivesse também investimen-
tos no exterior – está certo que nossa realidade se dá
em reais, mas, especialmente considerando que vi-
vemos em um país emergente, de conjuntura política
instável, diversificar fora, com ao menos uma parcela
do portfólio, é indispensável.

77
Para a nossa previdência, essa alocação é feita em
parte pelos gestores de multimercados, mas também
fizemos questão de manter uma frente permanente
em renda fixa e Bolsa americana, ambas indexadas
ao dólar.

ETF S&P – SPXI11 (5%)

Para essa fatia, escolhemos o ETF de S&P 500. Se


falamos grego pra você, explicamos: ETF (Exchange
Traded Fund, na sigla em inglês) é um fundo listado
em Bolsa que costuma replicar a estratégia de um ín-
dice, nesse caso a carteira do S&P 500, que reúne as
principais empresas negociadas na Bolsa americana.
Escolhemos esse ETF em específico pela sua taxa
baixa, de 0,21% ao ano.

Aliado a isso, a variação em dólar do produto permite


que você tenha parte do seu patrimônio alocada em
moeda forte.

78
Para você ter uma ideia do potencial do ativo – inclu-
sive uma grande aposta da gestora de Luis Stuhlber-
ger no momento, como vimos acima – as empresas
de maior peso no índice hoje são Microsoft, Apple,
Amazon e Facebook. Esse é um caminho, portanto,
também para nos beneficiarmos do crescimento de
empresas de tecnologia, um segmento pouco pre-
sente na Bolsa brasileira.

PIMCO – PIMCO INCOME DÓLAR


IE FIM (2,50%)

Do mesmo modo que o ETF de S&P 500 traz aloca-


ções de renda variável americana para o portfólio, a
alocação no fundo da Pimco traz ao portfólio expo-
sição ao mercado de renda fixa global, na forma de
fundos focados em gestão ativa no segmento.

A Pimco é uma especialista internacional em renda


fixa – o patrimônio administrado pela casa chega a
US$ 1,78 trilhão, maior do que toda a indústria de
fundos brasileira.

79
Apenas para você ter uma ideia do nível da seleção
da casa, a Pimco tem um conselho global que inclui
ninguém menos do que Ben Bernanke, ex-presidente
do Banco Central dos Estados Unidos, Gordon Brown,
ex-primeiro ministro das Finanças do Reino Unido e
Jean-Claude Trichet, ex-presidente do Banco Central
europeu.

Inicialmente, o fundo vai alocar seus recursos em um


fundo já disponível, que muito em breve será migrado
para um veículo um pouco mais barato.

80
Como escolho entre PGBL
e VGBL e entre tabela
progressiva ou regressiva?
Para contratar um plano de previdência, você preci-
sa escolher o tipo (PGBL ou VGBL) e a tributação (re-
gressiva ou progressiva), como adiantamos acima.

De forma prática, o PGBL (Plano Gerador de Benefí-


cio Livre – nome horrível e que não diz nada!) é o tipo
de plano mais recomendável para quem faz decla-
ração completa do Imposto de Renda. Se for o seu
caso, você pode abater até 12% da sua renda bruta
anual tributável investidos em um PGBL na declara-
ção de IR. Ou seja, você não vai pagar imposto sobre
esse valor hoje, assim como deduz gastos com esco-
la e saúde.

Se sua renda anual tributável é de R$ 100 mil, por


exemplo, R$ 12 mil investidos em um PGBL podem
deixar de ser tributados hoje. Eles vão ser tributados
lá na frente, porém, depois de o dinheiro ter rendido
e a uma alíquota muito menor, de 10%, no caso da
tabela regressiva de IR.

81
Se você faz a declaração simples ou se já chegou ao
teto de 12% no PGBL, opte pelo VGBL (Vida Gerador
de Benefício Livre, outro nome péssimo). Assim terá
os outros benefícios tributários da previdência, po-
rém vai pagar IR hoje normalmente.

A escolha entre tabela progressiva e regressiva tem


a ver com quanto de renda você está se preparando
pra ter na aposentadoria. Se for uma renda relevan-
te (espero que sim!), a melhor será a tabela regres-
siva, porque o imposto chega a 10%.

Na tabela abaixo, você poderá ver todas as caracte-


rísticas do plano XP Seguros SuperPrev. Neste pri-
meiro momento, conforme a seguradora nos infor-
mou, os aportes mensais podem ser feitos via boleto
bancário ou débito em conta do Itaú. A ideia é que
haja mais opções no futuro. Não se esqueça de pro-
gramar a recorrência do boleto no banco para que
sua previdência não morra na praia.

82
O que você precisa XP Seguros SuperPrev
saber sobre o fundo… FI Multimercado

Liquidação de Resgate
(Período que se sucede ao da cota de resgate,
em que o dinheiro deixa o fundo para em
seguida chegar à sua conta da corretora) 2 dias úteis

Cota de Resgate
(Período após o pedido de resgate em que o
dinheiro segue no fundo, acompanhando seu
retorno) 7 dias úteis

CNPJ 35.420.569/0001-90

Taxa de Administração
(Incluindo a taxa do fundo lá de fora) 0,60%

Alíquota depende de tributação


escolhida e prazo de
Tributação permanência do recurso.

Público-Alvo Investidores em Geral

% do CDI desde o início NA

Taxa de Performance Não há

Movimentação Mínima
(Mínimo que você pode adicionar nos próprios
aportes ou retirar em saques, caso deseje
fazê-los)
R$ 500

Aplicaçao Inicial R$ 5.000


(Mínimo que você precisa investir) via aporte ou portabilidade

Onde encontrar XP

83
Como contrato o fundo de fundos
inspirado na carteira SuperPrev?
Para contratar o XP Seguros SuperPrev FIM, o cami-
nho mais fácil está aqui. Vai se abrir uma janela como
a abaixo. Se você não for cliente da XP e quiser aderir,
será preciso abrir a conta e voltar depois para esco-
lher o produto. O link está na mesma página.

Nunca é demais lembrar: a Spiti é independente, ja-


mais recebemos comissão pela sua decisão de inves-
tir neste ou em qualquer produto. Nosso único com-
promisso é com você, investidor ou investidora.

84
Abraços,
Carol e Luciana

Luciana Seabra é CEO da Spiti, CFP® (planejadora financeira cer-


tificada), analista CNPI, jornalista e mestre em Economia. Escre-
veu para o Valor Econômico e foi sócia da Empiricus. Especialista
em fundos de investimento, publicou o livro Conversas com ges-
tores de ações brasileiros, editado pela Companhia das Letras.
Foi premiada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pelo
seu trabalho de educação ao investidor.

Carolina Oliveira é especialista em fundos de investimento da


Spiti, mestre em Economia Empresarial e bacharel em Econo-
mia. Atuou nas áreas de investimentos de fundos de pensão
por quase uma década. Acredita que os investimentos foram
feitos para beneficiar aquele que investe e que o pequeno in-
vestidor deveria ser capaz de conseguir investir sem firulas e
com o calibre de um investidor grande. É por essa causa que
está disposta a advogar.

Analista responsável: Luciana Seabra

85
invistaspiti.com.br

Este relatório de análise foi elaborado pela Spiti Análise Ltda. ("Spiti Análise" ou "Spiti") de acordo com todas as exigências
previstas na Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar
o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de
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