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A Filosofia Bastter de Acumulo de Patrimônio

Bastter
Texto por Maurício Hissa (Bastter) © 2013
Todos os direitos reservados
Sumário

Sumário
1 - Trabalho e Poupança
- Juros Simples X Juros Compostos
- Porque se dedicar mais ao trabalho?
- Dívidas
- Amador no mercado?
- Preço de Compra
- Mais sobre Juros Compostos
2 – Investimentos e Patrimônio
- Patrimônio
- Capital Alocado a Risco (CAR)
- Preço e Valor
- O Empate
- Administração de Patrimônio
- Os Investimentos:
3 – Carteira de Ações
- Introdução
- Boas Empresas
- Como Montar a sua Carteira de Ações?
- Como montar a Carteira, Primeiros Passos:
- A Divisão por Setores e Segmentos:
- Categorias de Empresas:
- IPOs, Pré-Operacionais e Turnarounds
- Reavaliação Anual:
- Caro ou Barato:
4 – Remuneração de Carteira e Venda Coberta
- Dividendos e outros Proventos:
- Aluguel
- Trades
- Venda Coberta de Opções
- Tempo X Tamanho:
- Outras Modalidades de Venda Coberta:
- Outros tipos de Venda de VE
Material Utilizado neste Capítulo:
A Filosofia Bastter Resumida:
1 - Trabalho e Poupança

Quer ficar rico? Dedique-se ao seu trabalho.

Antes de tudo compreenda que não são investimentos maravilhosos que vão
te deixar rico mas sim se dedicar ao seu trabalho, controlar os gastos
desnecessários, não fazer dívidas, e poupar todo mês para se beneficiar dos
juros compostos.
Nada, repito, NADA, determina mais o seu enriquecimento do que o
quanto você poupa por mês!

Antes de entrar nesta questão do trabalho, vamos explicar de forma simples,


os juros compostos, que é o caminho para o enriquecimento:

“O juro composto é a maior invenção da humanidade, porque permite uma


confiável e sistemática acumulação de riqueza.” -Albert Einstein.
- Juros Simples X Juros Compostos
Simplificando, juros simples seria a rentabilidade sobre um investimento no
longo prazo e juros compostos considerariam a reaplicação dos juros sobre o
capital investido.
Um exemplo bem tosco mas que serve para ilustrar, os juros simples seriam
um imóvel que você compra e deixa com as portas fechadas durante 20 anos.
Os juros compostos seria alugar o imóvel e reaplicar o valor do aluguel.
Vamos ver esta diferença para um Imóvel de 300 mil reais em que
consideramos um aluguel de 1500 reais.

Valorização
Valor Inicial Aporte Valor 20 anos
Anual

Imóvel 300.000 0 8% 1.400.000


Imóvel +
300.000 1500 8% 2.300.000
Aluguel

Quase 1 milhão a mais com os juros compostos!


Para replicar os exemplos desta seção e estudar outros exemplos de
rentabilidade no longo prazo, baixe a nossa planilha de cálculo de
rentabilidade em http://www.bastter.com/Mercado/Planilhas/planilha-
calculo-rentabilidade.aspx
Assista ao Vídeo
Enriquecer com Juros Compostos
http://www.youtube.com/watch?v=cFR9SWogWH4

E considerando o aluguel como 0,5% do valor do imóvel e fixo, porque a


tendência é que o aluguel va sendo reajustado e nos investimentos os juros
tem sido maiores do que 0,5% ao mês. Mas este exemplo simples demonstra
com facilidade a força dos juros compostos. Eles que podem te fazer rico
aliado a sua capacidade de trabalhar e poupar todo mês.
Mas há um problema: O efeito dos juros compostos é demorado e nos
primeiros anos de acumulação quase que não se percebe. Vejam no gráfico
acima que a curva vermelha corre quase que junta a azul nos primeiros anos e
só vai se afastando depois de um tempo. Dá para ver isso bem no gráfico
abaixo:
Fonte: Mauro Halfeld, Jornal O Globo

Portanto, é necessário se dedicar ao trabalho e a poupança e ter conhecimento


de como se dá o efeito dos juros compostos para não desanimar no início e ir
atrás de promessas de enriquecimento rápido que fazem com que a maioria
nunca fique rica perdendo dinheiro a vida toda em investimentos
“milagrosos”.
- Porque se dedicar mais ao trabalho?
Um exemplo simples:
Se você tem um capital inicial de 10 mil reais e poupar 1000 reais por mês a
uma taxa de 14% ao ano em 10 anos terá 290 mil reais e em 20 anos terá 1
milhão e quatrocentos mil reais. Uma bela economia.
Agora vamos nos dedicar mais ao nosso trabalho e passar a poupar 2000 reais
por mês mas como nos dedicamos mais ao trabalho, cuidamos um pouco
menos dos investimentos e só conseguimos uma taxa anual de 11%.
Em dez anos teremos 500 mil reais e em 20 anos 1 milhão e setecentos e
cinquenta mil reais!
Veja que em dez anos acumulamos quase o dobro trabalhando mais. Em 20
anos a diferença diminui em termos proporcionais mas até aumenta em
termos absolutos.

Poupança Taxa de
Investidores Cap Inicial 10 anos 20 anos
Mensal Juros
Investidor 10.000 1000 14% 290.000 1.400.000
A
Investidor
10.000 2000 11% 500.000 1.750.000
B

Enquanto o Investidor A resolveu se dedicar ao mercado, o Investidor B foi


se dedicar ao seu trabalho e com isso terminou mais rico, mesmo
considerando (o que nem sempre é verdade) que o Investidor A teve uma
rentabilidade significativamente melhor com suas estratégias. Normalmente
quando amador começa a operar muito e inventar muita coisa no mercado ele
perde até para poupança porque o mais comum é ter rentabilidade negativa.
Não Estoudizendo com isso que é para abandonar tudo, não estudar, não se
dedicar a aprender a investir. Longe disso. Estou apenas mostrando que se
dedicar ao mercado, mesmo nas raras vezes que produz um resultado melhor
em termos de rentabilidade, não garante mais riqueza, que é no final, o
objetivo, e que se dedicar ao seu trabalho e aumentar a poupança mensal são
fatores muito mais importantes para o seu enriquecimento do que a
rentabilidade anual (desde é claro que considerando rentabilidades numa
faixa de normalidade que vai englobar a grande maioria dos investidores).
Vamos demonstrar neste livro estratégias simples que possam potencializar
seus ganhos, sem atrapalhar sua dedicação ao trabalho e que aliadas a sua
poupança mensal podem te fazer enriquecer em um período de tempo
razoável. E se você já tem alguma reserva, como se aproveitar dela.
Mas antes de tudo é necessário se dedicar ao seu trabalho e construir uma
rotina mensal de poupança, porque sem a poupança mensal será bem difícil
chegar a um capital acumulado que te permita viver tranquilo.
- Dívidas
Nas dívidas os juros compostos agem contra você e o que pior, a taxas muito
maiores, então com dívidas não há chance de ficar rico. A ideia é sim
comprar o que se quer mas com dinheiro que tem para poder realmente se
aproveitar daquilo e poder comprar mais coisas já que pagando a vista com
dinheiro que se tem, tudo fica bem mais barato.
Vamos ver as dívidas:
Uma simples dívida de 2000 reais a uma taxa de 3% ao mês vai se tornar
quase 3 mil reais em 1 ano e 12 mil reais em 5 anos! E se pegar dinheiro
emprestado nas taxas abusivas do cheque especial ou cartão de crédito se
torna 5 mil em um ano e em 5 anos, PASMEM, aproximadamente 200 mil
reais!

Dívida Inicial 1 Ano 5 Anos

3% ao mês 2.000 2.850 12.000


5% ao
2.000 3.600 37.000
Mês
8% ao mês 2.000 5.000 200.000
Observem o efeito nefasto do tempo nas dívidas.

PARE DE COMPRAR O QUE NÃO PRECISA COM DINHEIRO QUE


NÃO TEM PARA IMPRESSIONAR PESSOAS QUE NÃO CONHECE.
Os mesmos 2000 rendendo 12% ao ano seriam em torno de 3500 em 5 anos e
com uma aplicação mensal de 500 reais 43 mil. Fica fácil de ver que não dá
para correr atrás de dívidas.
Dá para ver de forma simples que com dívidas é impossível ficar rico.
- Amador no mercado?
Uma das fantasias que se criou nos últimos anos é a figura do amador que faz
dinheiro na bolsa, vive da bolsa, larga o emprego e vai ficar rico na bolsa. O
amador que tenta fazer dinheiro no mercado, quase que na totalidade das
vezes, apenas sustenta o mercado. Claro que muitos fazem por um tempo,
especialmente em épocas de euforia e alta, mas no longo prazo serão apenas
um instrumento de sustentação do mercado.
Vamos mudar isso!
O mercado então não é lugar para o pequeno investidor amador?
É sim, só que não na ilusão de fazer dinheiro no mercado e nos
investimentos, mas sim, usando o mercado como um instrumento de
remuneração do capital adquirido no seu trabalho. Na ilusão de ficar rico
rápido e fazer dinheiro no mercado, a grande maioria perde a chance de ficar
rico com o mercado.
As bases da riqueza e sem isso os outros três pilares deste plano (patrimônio
e Investimentos, carteira de ações e venda coberta de opções) não vão
funcionar, são o trabalho e a poupança mensal
TRABALHO
POUPANÇA MENSAL
Você começa a vencer quando entende que a bolsa não é um lugar para
fazer dinheiro, mas sim um lugar para remunerar e investir o dinheiro
proveniente do trabalho. Para isso a bolsa é espetacular.
- Preço de Compra
Uma das maiores preocupações da maioria dos investidores é o preço de
compra. Vamos demonstrar com um exemplo simples como isso é
desprezível nos planos de investimentos de longo prazo:
Taxa de
Cap Inicial Aporte 5 Anos 10 Anos 20 Anos
Juros
50.000 1000 11% 160.000 350.000 1.200.000
10.000 2000 11% 240.000 560.000 2.000.000
10.000 1000 14% 180.000 430.000 1.800.000

Considerando um capital inicial maior, ele é superado no longo prazo, seja


com aportes mensais maiores ou com taxas de juros maiores. Isso demonstra
que o preço de compra é o fator menos importante apesar de ser o que a
maioria fica obcecada. Este exemplo demonstra mais uma vez a importância
de se dedicar ao seu trabalho. Das três situações, o melhor resultado veio dos
maiores aportes mensais.
- Mais sobre Juros Compostos
Uma das coisas que atrapalham os planos de poupança mensal é o
desconhecimento do poder dos juros compostos. Como a ação deles no início
é pequena, se tornando explosivos somente após alguns anos de poupança,
muitos desistem pois acham que nunca vão ficar ricos. Mas a ação dos juros
compostos é poderosa e, com exceção de episódios isolados ou sorte (com a
qual não devemos brigar mas também não devemos contar), é a única forma
que podemos realmente ficar ricos.
Vamos a exemplos simples que demonstram o poder dos juros compostos:
Partindo de apenas 1000 reais e poupando apenas 300 reais por mês a uma
taxa razoável de 10% ao ano, chegamos a 250 mil reais em 20 anos e se a
taxa for elevada para 12% ao ano quase a 300 mil reais! Isso com uma
poupança mensal de apenas 300 reais!
Agora vamos pegar o 13® salário, o extra das férias e algum ganho extra
anual e somar a esta poupança (300 + 100 + 200 = 700 reais ao ano a mais =
em torno de 60 reais/mês) o que eleva nossa poupança mensal a 360 reais:
Taxa anual Aporte 5 Anos 10 Anos 20 Anos

10% 300 25.000 65.000 250.000


12% 300 27.000 75.000 300.000
10% 360 30.000 77.000 280.000
12% 360 33.000 85.000 350.000

Esta pequena preocupação de poupar extras teve um resultado substancial e


os juros compostos mostram o seu poder. Apenas 60 reais a mais por mês
resultou em 30 mil reais a mais no final a taxa de 10% ao ano e a 50 mil reais
a mais a taxa de 12%. Isso com apenas o esforço de poupar apenas 60 reais a
mais por mês.
Uma coisa interessante que vamos aprender sobre juros compostos é que
valores ou taxas que parecem insignificantes isoladamente quando se soma a
uma poupança pré-estabelecida, podem produzir resultados significativos.
Por exemplo, 4% ao ano é menos do que a poupança e uma rentabilidade
inexpressiva. Mas 4% ao ano somado a 10% ao ano produzem resultados
extraordinários:
Vamos partir de 50 mil reais e poupar 1500 reais por mês:
Taxa
Cap Inicial Taxa 5 Anos 10 Anos 20 Anos
anual

10% 50.000 10% 200.000 435.000 1.500.000


14% 50.000 14% 230.000 580.000 2.600.000

Os 4% ao ano que são uma rentabilidade insignificante quando isolada,


produziram 1 milhão a mais em 20 anos quando somados aos 10%! Por isso o
nome é Juros Compostos. O que pode ser insignificante isolado, quando
combinado pode dar resultados extraordinários.
Já demonstramos nos exemplos acima como que aumentar a poupança
mensal também pode produzir resultados extraordinários. 60 reais por mês
não é muita coisa, mas somados aos já existentes 300, produziram até 50 mil
reais a mais no fim do período.
Com estes exemplos e mostrando a magnitude dos juros compostos
aprendemos logo que é essencial que eles só ajam a nosso favor. Dívidas
compostas, pagar juros, empréstimos, não vão permitir que fiquemos ricos
pois estas multiplicações serão nossas inimigas ao invés de aliadas. Nossa
dívida vai crescer exponencialmente, mais rápido do que nossa capacidade de
poupar e pagá-la. Além do mais quando vamos analisar investimentos
consideramos menos de 1% ao mês e 8, 10, 12, 14% ao ano ou algo assim.
Dívidas vem na base de 3,5,8% ao mês, as vezes até pior do que isso.
Impossível pagar juros compostos de dívidas.
Vamos a outro exemplo bem acessível a classe média que passa a vida
pagando carnês ao invés de fazer uma reserva e comprar tudo a vista:
Partindo de um capital inicial de 20 mil reais, e poupando 1000 reais por mês:
A uma taxa de 12% ao ano, chegaremos a mais de 1 milhão em 20 anos.
Fazendo pequenos ajustes, poupando alguns extras que aumentem a
poupança mensal para 1500 reais e levando a taxa para 13% ao ano
chegaremos ao primeiro milhão em aproximadamente 15 anos e com 20 anos
já estaremos nos aproximando do segundo milhão. Isso com pequenos
ajustes.
Um poupador mais esforçado que se dedique mais ao seu trabalho, que parta
de 50 mil e consiga poupar 2500 por mês chega perto do primeiro milhão em
10 anos e em 20 anos já passou do terceiro milhão! Ok, 2500 reais por mês
pode ser fora da realidade de alguns, mas de qualquer forma mostra como os
juros compostos são extraordinários pois passamos de 3 milhões com uma
poupança mensal de apenas 0,08% deste valor, ou seja , menos de 0,1%!
(2.500 dividido por 3 milhões)
Este último exemplo demonstra bem a forma dos juros compostos em
produzir riqueza. Com apenas 0,08% mensal se passou de 3 milhões
acumulados!
Vocês devem ter notado nos quadros e nos exemplos que os valores com 5
anos de poupança apesar de consistentes não são tão expressivos. Pois bem,
os juros compostos precisam de tempo para agir e no início a poupança
mensal parece não dar muito resultado. Temos de ser persistentes. Esta
demora dos juros compostos em agirem leva a desistência de muitos que
embarcam nos planos milagrosos de 5% ao mês garantido e coisas assim ou
nos cursos que vendem Setups programados e sistemas de operações
garantidos. Para terem ideia da ilusão que é isso vejamos o resultado de 5%
ao mês:
Partindo de apenas 30 mil reais e poupando 1500 reais por mês chegamos a
21 milhões em dez anos e 7 trilhões em 20 anos e em 30 anos teremos
provavelmente todo o dinheiro do mundo! Pura fantasia!
Não são planos milagrosos nem investimentos fantásticos que te farão rico
mas o seu trabalho, a poupança mensal e o esforço de conseguir um pouco
mais de dinheiro para poupar e talvez 1 ou 2% a mais ao ano cuidando bem
dos seus investimentos.
A regra então passa a ser poupar todo mês no mínimo 10% do que ganha,
mas se quiser ter tranquilidade financeira, o ideal é levar este número para
20% do que ganha, além dos extras. Junte este dinheiro com a renda
produzida pelo patrimônio (aluguel, juros, dividendos de ações, etc) e invista
uma vez por mês. Veremos na próxima parte como investir este dinheiro.
É importante poupar 10 a 20% do que ganha para chegar a acumular um
patrimônio que te dê tranquilidade financeira. Para esta tranquilidade, numa
conta aproximada, é necessário que o patrimônio produza em renda passiva,
no mínimo o dobro dos seus gastos mensais para que parte possa ser sempre
reaplicada. Se toda a renda do patrimônio for sendo gasta, a inflação irá fazer
com que o principal valha cada vez menos e a renda mensal será cada vez
menor até o ponto que o principal não conseguirá mais manter seus gastos,
começará a diminuir e poderá desaparecer enquanto ainda te sobra muito
tempo de vida.
Uma coisa importante para finalizar é que poupar não significa que não vai se
aproveitar a vida, muito pelo contrário. Só quem poupa aproveita a vida.
Tendo uma reserva de poupança, você pode comprar o que quiser, viajar, etc
sem se preocupar e sem se encher de dívidas que vão arrasar sua vida.
O POUPADOR É FELIZ PORQUE ELE TEM UMA RESERVA
E ESTA RESERVA DÁ A ELE LIBERDADE E SÓ QUEM É
LIVRE PODE SER FELIZ.
Grupo de Finanças Pessoais da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=220
2 – Investimentos e Patrimônio

Quando vamos lidar com patrimônio nos investimentos as três regras


principais são:

1 – Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)


2 - Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)
3 - Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)

Sabendo isso podemos continuar. Há outra regra muito importante também


que não podemos esquecer:
Não confunda patrimônio com capital alocado a risco (CAR)

Patrimônio é o que se poupa em valor sem prazo


Capital Alocado a Risco (CAR) é o que se gira para tentar ganhar na variação
dos preços
Acumula-se VALOR
Gira-se PREÇO
Para quem acumula o que importa é o valor e não o preço.

Pois bem, porque tanta importância a isso? Porque infelizmente 99% dos
pequenos investidores, dos analistas e até dos professores fazem esta
confusão. Sem contar a maior parte da mídia que nunca teve a mínima ideia
de que ao menos existisse esta diferença.
E qual a diferença?
- PATRIMÔNIO SE ACUMULA / CAPITAL ALOCADO A RISCO SE
GIRA
PATRIMÔNIO NÃO SE GIRA – NUNCA!
- Patrimônio

O que você poupa é patrimônio. O grande objetivo é acumular patrimônio


para poder viver tranquilo da renda que ele produz. Não é necessário vender
o patrimônio para ter lucro. Ter lucro na variação de preços se faz com o
capital alocado a risco. Patrimônio não se busca lucro na variação de preços e
sim acumulo em valor e renda.
O que importa no acumulo de patrimônio é que o patrimônio acumulado
tenha e mantenha valor, porque inevitavelmente no longo prazo os preços
seguem o valor.
Esta diferenciação tão cara é fundamental para se conseguir ficar
efetivamente rico. Estas recomendações absurdas de entrar e sair da bolsa,
agora é hora disso, agora é hora daquilo, fazem o incauto girar seu patrimônio
e pagar custos e impostos enormes a vida toda que vão diminuindo o
patrimônio ao invés de aumentar.
Quando você vende o seu patrimônio ou uma parte dele a única coisa certa é
que você perde, pois tem custos e impostos a pagar. Se com este giro vai
conseguir pagar estes custos e ainda ter lucro consistente que aumente seu
patrimônio é uma dúvida. Provavelmente não, pois a tendência do pequeno
investidor é comprar na euforia (preços altos) e vender no pânico (preços
baixos).
Todo giro feito com CAR, tem como único objetivo alimentar o patrimônio,
poupar mais. O giro ou o trade em si não são objetivos, mas para os que o
usam, coadjuvantes do acumulo de patrimônio.

CAR GIRA PARA ALIMENTAR O PATRIMÔNIO


OS TRADES NÃO SÃO UM OBJETIVO EM SÍ

Na parte do acumulo de patrimônio a variação de preços não importa, o que


importa é o valor do patrimônio. Se um imóvel, por exemplo, está bem
localizado, tem boa liquidez e aluga fácil, ele tem um bom valor. Esqueça o
preço. Se ele deixar de ter valor porque construíram uma favela do lado ou
qualquer outro problema grave, saia do investimento e transfira seu capital
para um bom investimento. Tanto faz o preço. Não tem de sair no lucro, isso
tanto faz, você está apenas transferindo seu capital de um investimento que
tem perspectivas futuras ruins e ta perdendo valor para um de boas
perspectivas futuras e bom valor. O objetivo não é acumular vitórias mas
acumular capital.
Nunca se deve ficar num investimento ruim aguardando empatar. Esta é uma
atitude absurda que leva a prejuízos imensos. Se você tem 20 mil reais em um
investimento e determinou que ele não tem mais valor, pegue os 20 mil reais
e coloque em um bom investimento. Tanto faz se quando você entrou tinha
10 mil ou 40 mil reais. Agora você tem 20 mil e a chance deles virarem 40
mil é muito maior em um bom investimento com valor do que num
investimento ruim esperando empatar.
O OBJETIVO É ACUMULAR PATRIMÔNIO E NÃO VITÓRIAS!
NO PATRIMÔNIO OS PREÇOS NÃO IMPORTAM, O QUE
IMPORTA É VALOR
O mesmo vale para ações de boas empresas, títulos do governo, ou qualquer
investimento. O que importa é o valor e não o preço. Fique enquanto tiver
valor e saia se não tiver mais valor.
Quanto mais tempo você conseguir ficar em bons investimentos mais capital
vai acumular porque os custos e impostos serão menores e os juros
compostos maiores, alem do que com menos giro, diminui a margem para
erros.
Então o objetivo é simples: Ficar o maior tempo possível em bons
investimentos e só sair de um investimento se as perspectivas futuras dele
não forem mais boas. Opere valor e não preços.
O ser humano tem cabeça de trader, só vê preços. A grande maioria dos
analistas, professores e especialmente a mídia só fala em preços. O lugar
comum é ganhar porque comprou por X e vendeu por 2X. O preço subiu,
venda e realize lucro. Realizar lucro parece ser a roda que vai te fazer rico,
mas é exatamente o contrário. O que vai te fazer rico é parar de realizar lucro
e pensar em operar valor e acumular patrimônio.
Nesta paranoia de realizar lucro o que a maioria faz é sair de um bom
investimento que os preços estão refletindo o valor e ir para um investimento
ruim (na ilusão que tá barato). E pior, pagando um custo imenso para fazer
esta troca, o que diminui seu capital.
Patrimônio não precisa e não deve realizar lucro. O objetivo do patrimônio
não é ganhar na variação de preços mas acumular valor que produza renda.
Quer ganhar na variação de preços, o que é extremamente difícil para
amadores (apesar de que todos tem direito de tentar, o que não tem direito é
de detonar seu patrimônio tentando), use CAR e controle bem risco pois o
objetivo de ganhar na variação de preços é alimentar o patrimônio e não o
contrário, ou seja, usar o patrimônio para pagar os prejuízos das tentativas de
ganhar na variação de preços.
Então, ficou faltando a última questão:
PATRIMÔNIO NÃO SE GIRA!
- Capital Alocado a Risco (CAR)
Quem quiser operar preços, entrar e sair do mercado, comprar e vender,
enfim, fazer trades, deve reservar uma pequena parte do seu capital (chamada
de capital alocado a risco ou CAR) para estas estratégias. O CAR deve ser
bem pequeno em relação ao capital total especialmente no início. O objetivo
do CAR é alimentar o patrimônio. Se você for um bom trader pode ir
aumentando progressivamente o CAR (por exemplo investindo uma parte dos
lucros em patrimônio e outra parte aumentando o CAR) e com isso alimentar
expressivamente os juros compostos do seu acumulo de patrimônio. O
objetivo é ficar rico, acumular patrimônio e não fazer trades. Trades, ou
operações que visam ganhar na variação dos preços, tem como único objetivo
aumentar o patrimônio acumulado para se chegar mais rápido a tranquilidade
financeira.
O CAR deve ser uma pequena parte do seu patrimônio que para quem ta
começando não deve passar de 5%, mas o ideal é que seja menos que isso.
Para quem tem muita experiência pode chegar a 10%, mas não deve passar
disso a não ser em casos especiais de indivíduos extremamente talentosos,
com grande capital, muita experiência e uma história de lucros com trades
consistente. Este CAR deve ser dividido em 50 a 100 partes. Para cada trade
uma parte será utilizada para dar chance de errar bastante vezes e o CAR não
acabar. Utilizando este método, para alguns, pode ser inviável fazer trades
pois estas pessoas não tem reserva suficiente para fazer trades. Devem então
se dedicar ao seu trabalho e a acumular patrimônio que lhes permita fazer
trades. Fazer como a maioria que usa 50% ou mais do seu patrimônio em
trades faz com que suas chances sejam quase nulas.
É IMPOSSÍVEL GANHAR NOS TRADES QUANDO VOCÊ PRECISA
GANHAR NOS TRADES!
Para vencer nos trades, utilizando o CAR, é necessário que você se dê o
tempo necessário para o aprendizado e para vencer as possíveis variações de
curto prazo que podem ser contra você. Um trader pode fazer tudo certo
durante um mês, dois meses e ainda assim terminar este período no prejuízo,
portanto você precisa ter CAR suficiente para inúmeras tentativas e precisa
ter reserva para poder ter um CAR decente mesmo sendo um pequeno
percentual do seu patrimônio. Sem isso vai operar dinheiro, e vai ser
pressionado pela necessidade de ganhar e assim suas chances diminuem
expressivamente. Muitos traders talentosos ficaram pelo caminho por má
administração de risco.
É IMPOSSÍVEL VENCER NOS TRADES OPERANDO DINHEIRO.
Assista ao Vídeo: Não Opere Dinheiro na Bolsa!
http://www.youtube.com/watch?v=Yrd4LAmSfqY

O Alan Vianna (Moderador do Grupo de Análise Técnica e Trades da


Bastter.com) desenvolveu um método de controle de risco para CAR
espetacular que pode ser visto neste link:
http://www.bastter.com/mercado/grupos/Forum.aspx?g=227&t=642593
Há também uma planilha deste método em:
http://www.bastter.com/Mercado/Arquivos/Grupos/Documento/946e1d75-
bedf-4fff-98ec-f36b124e1145.xls

Grupo Análise Técnica e Trades da Bastter.com:


http://www.bastter.com/mercado/grupos/227/analise-tecnica-e-trades.aspx
- Preço e Valor
Este assunto e esta distinção é tão fundamental que vamos voltar a ela. Preço
e o que se paga por um ativo. Valor é o que ele vale. Nem sempre é fácil
diferenciar. As variações de preço são usualmente mais intensas que as de
valor especialmente em ativos mais voláteis como ações. O mercado
determina os preços enquanto que o valor é de difícil determinação.
Definição de Preço na Wikipedia:
Em economia, contabilidade, finanças e negócios, preço é o valor monetário
expresso numericamente associado a uma mercadoria, serviço ou patrimônio.
O conceito de preço é central para a microeconomia, onde é uma das
variáveis mais importantes na teoria de alocação de recursos (também
chamada de teoria dos preços).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pre%C3%A7o
Já definir valor é bem mais complexo mas em última instância seria a
quantidade de dinheiro, bens ou serviços que é considerado um equivalente
justo para alguma coisa.
Lendo assim parece a mesma coisa e não é a toa que a maioria confunde os
dois. E confundindo os dois confunde ou não sabe o que ta fazendo na hora
de investir. Como esta confusão é feita também pela maioria dos analistas,
professores, mídia, etc., fica difícil para o indivíduo normal fazer esta
distinção.
Veremos diversas vezes neste livro ideias que vão contra a maioria mas pense
que a maioria não fica rica então para vencer é fundamental se afastar da
manada e das tão difundidas ideias de manada.
Um exemplo que define bem esta diferença é quando ocorre algum
histerismo na Bolsa de Valores. Você é sócio de uma empresa sólida, com
lucros consistentes e nada de grave aconteceu com a empresa, mas algum
boato se espalha e os preços da ação desabam. Pois bem, o preço se afastou
do valor e diz-se que a ação ta subavaliada, ou seja, o preço tá abaixo do
valor. O mesmo acontece na outra direção diversas vezes, mas quando você
vai ver uma comparação de longo prazo de preço X valor, sai algo assim:
Esta é uma comparação da evolução do lucro com a cotação da AMBEV PN,
num gráfico anual. Vejam como o preço (cotação) acompanha o valor
(lucros). Claro que no curto prazo teve diversas vezes em que eles se
afastaram, mas este gráfico demonstra bem porque o investidor deve focar em
valor e não em preços.
Vejam outro exemplo:
Observem que enquanto a USIMINAS PN ganhava valor (lucros
aumentando) os preços seguiam. Quando os lucros desabaram, os preços
desabaram.

Estes gráficos e muito mais podem ser vistos na nossa Área de Ações em:
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/default.aspx

É fundamental pensar em valor quando for acumular patrimônio. Apesar da


maioria ser obcecada pelo preço de compra não é isso que é fundamental no
enriquecimento especialmente nos ativos como ações em que se compra uma
pequena quantidade todo mês. Claro que quando vai se comprar um imóvel
deve-se estar mais atento ao preço, mas mesmo nesta situação o mais
importante é o valor desde que se tenha bom senso. O que interessa é se o
imóvel é bem localizado, tem boa liquidez, é fácil de alugar, etc. Isso é
sempre o mais importante. Não é preciso e nem se deve ficar olhando o preço
todos os dias. Aliás Peter Lynch (grande gestor de fundos norte americano)
recomenda que só se olhe a cotação das ações da sua carteira uma vez por
ano e mesmo assim pode ser muito.
- O Empate
Dentro desta confusão de patrimônio com CAR vem outra que é o conceito
absurdo do empate. Pessoas que ficam anos em um investimento ruim
esperando para sair no empate. Como eu já disse antes, o objetivo é acumular
capital e não vitórias.
Assista ao Vídeo: Quando sair dos Investimentos - O Conceito
Absurdo do Empate
http://www.youtube.com/watch?v=JfgJkiB-
AZQ&list=UUsra3f6ogpXhIZbSUe2OoaA&index=7&feature=plcp

Vamos dizer que você colocou 40 mil reais em um investimento ruim e agora
tem 20 mil reais. Os 40 mil não existem mais e pensar neles só leva a atitudes
erradas. O investidor fica carregando aquele investimento ruim na esperança
que volte a 40 e na maior parte das vezes vai a 10 porque coisas ruins tendem
a continuarem ruins e coisas boas tendem a continuarem boas. Ainda que o
investimento volte a ficar bom ou haja uma época de expansão mundial que
tudo sobe, quando aquele dinheiro volta a ser 40, num bom investimento
seria 60 ou até 80. Então esta atitude absurda, e pior ensinada a torto e a
direito, só leva seu capital a diminuir no longo prazo, que é justamente o
oposto do que queremos. Lembre-se que o que aumenta o seu patrimônio é se
manter o máximo de tempo em bons investimentos e não ficar anos em um
investimento ruim esperando empatar.

Há de se encontrar o meio termo entre girar patrimônio e insistir em


investimentos ruins e isso se faz determinando parâmetros, gatilhos para
permanecer ou sair dos investimentos mas sempre ligados a valor, nunca a
preço. Preço = CAR.
PATRIMÔNIO = VALOR
CAR = PREÇOS
Se critérios são determinados não decidimos baseado em emoções pois
nossas emoções sempre vão nos levar a comprar no topo (caro) e vender no
fundo (barato). Porque nos topos estamos sempre eufóricos e nos fundos em
depressão.
Vou permanecer neste investimento enquanto os critérios X, Y e Z (de valor)
estiverem sendo atingidos. Se um deles ou dois não forem atingidos por um
tempo, coloco o investimento de quarentena, ou seja, não aplico mais lá mas
ainda não vendo. Se mais tempo passar e na minha próxima avaliação a
situação tiver piorado, os gatilhos de saída forem atingidos, executo uma
estratégia de saída que me permita pagar menos IR ou não pagar IR (dentro
da lei) e aloco meu capital em um bom investimento. O preço que saiu, se foi
no lucro ou no prejuízo não tem a menor importância. Importa é que o seu
dinheiro esteja sempre onde tem valor. Se não tem mais valor é hora de
transferir para valor. Se ainda tem valor, preços, notícias de jornal, opinião de
analistas, nada disso importa. Mantenha o investimento e lembre-se, os
grandes ganhos virão dos bons investimentos que conseguir ficar por muito
tempo. Seja bastante rígido para entrar e sair dos investimentos pois o
objetivo é ficar bastante tempo em um bom investimento por isso eles devem
ser bem selecionados e para sair critérios de saída devem ter sido atingidos e
em mais de um período.

Entrada Critérios Estudar, Entrar ou Esquecer


Permanência Critérios Manter, Estudar ou Quarentena
Quarentena Critérios Ficar, Quarentena ou Sair
Sair Critérios Sair

A tabela acima mostra o processo que você sempre deve fazer em relação aos
investimentos. Determine critérios para cada uma das quatro situações,
sabendo que sempre uma parte da decisão deverá ser tomada por você, mas
estabelecer critérios diminui a emoção expressivamente.
Os estágios são:
a) Entrar em investimentos:
Determine critérios para estudar novos investimentos e mantenha eles sob
estudo. Se um destes investimentos atingir seus critérios, determine um
percentual desejado para ele em relação aos seu patrimônio e inclua ele na
Planilha de Administração de Capital. (Veremos a seguir). Todos os
investimentos que não atingem o critério de estudo devem ser esquecidos,
não importa se você nunca olhou, se já estudou ou se já até teve este
investimento.
b) Permanência nos Investimentos:
Os seus investimentos enquanto estiverem com bom valor devem ser
reavaliados anualmente. Critérios devem ser atingidos para que um
investimento permaneça na sua carteira com avaliações anuais. Se um
investimento não preenche estes critérios, passe a estudá-lo com mais
frequência, trimestralmente. Perdendo os critérios para permanência, deve ser
colocado de quarentena. Em alguns casos mais graves pode-se sair do
investimento sem passar pela quarentena.
c) Quarentena
Quando se coloca um investimento de quarentena significa que ele é retirado
da sua Planilha de Administração de Capital, ou seja, você não vai mais
comprar aquele investimento, mas também não vai vender. Ele está de
quarentena! Nesta situação deve-se estudá-lo trimestralmente. Se ele
continuar mostrando menos valor progressivamente e atingir os critérios de
saída, faça um plano de saída para o investimento. Se ele volta a atingir os
critérios de permanência recoloque na planilha mas num primeiro momento
permaneça estudando trimestralmente até decidir que ele pode voltar para a
reavaliação anual. Se tiver dúvida mantenha em quarentena.
d) Saída
Critérios devem ser determinados também para saída dos investimentos. Eles
devem ser rígidos, para evitar o giro, mas se atingidos, não titubeie e saia.
Saia porque não tem mais valor. Lucro ou prejuízo, preço, nada disso
importa. Você deve sair porque não há mais valor e seu dinheiro está num
investimento ruim. Seu enriquecimento virá de quanto mais tempo você
conseguir permanecer em bons investimentos e não de quantas vitórias você
tiver. A saída deve ser planejada e tranquila igual a entrada. Não é necessário
sair de uma vez a não ser quando for um imóvel. Tome muito cuidado para
não girar patrimônio baseado em preços. Patrimônio tem a ver com valor e
não com preços.
Faça um exercício. Lembre-se de coisas que você já teve como um imóvel ou
uma ação por exemplo. Coisas que você teve há 10 ou 20 anos mas que sejam
boas. Compare ter ficado quieto com o monte de rolo que muitos fizeram.
Para a maioria, ficar quieto em investimentos mesmo que não tão bons é bem
melhor do que ficar seguindo a mídia e os pseudo-analistas com o tal do
agora é hora disso ou daquilo, sair da renda fixa e ir para as ações, sair das
ações e ir para a renda fixa, até mesmo porque quando eles publicam é
porque o momento bom já passou há muito tempo.
- Administração de Patrimônio

Os principais investimentos para iniciar a formação do patrimônio são:


- Renda Fixa e Ações

Principal também para quando tiver mais capital


- Imóveis

Auxiliares
- Moedas e FIIs

Há outros investimentos como quadros, gado, etc, mas estes são muito
especializados então não trataremos aqui.

A ideia inicial é dividir entre renda fixa e ações. A base seria dividir por
igual, 50% para cada uma. De acordo com sua propensão a risco, sua idade,
suas responsabilidades financeiras, etc. pode-se mudar a proporção inicial.
Padrão Inicial
Ações 50% Renda Fixa 50%

Quanto mais conservador, maior o percentual em RF


Quanto mais velho, maior o percentual em RF
Quanto mais responsabilidades financeiras, maior o percentual em RF
Enfim, um jovem que mora com os país, tem boas condições financeiras, não
é casado, e tem boa aceitação de risco, pode começar com apenas um mínimo
em RF, tipo uns 10% apenas e o resto em ações.
Já uma pessoa de meia idade, casada, com filhos, e sem grande propensão a
risco, pode ter 80% em renda fixa e apenas 20% em ações.
Não há uma regra absoluta. Parta de 50% X 50% e analise se deve ajustar
para um dos lados e determine seu perfil inicial. Vá aumentando ou
diminuindo 10% de cada um dos lados de acordo com os critérios acima.

Vá na Planilha de Administração de Capital online da Bastter.com em:


http://www.bastter.com/mercado/vcblue/default.aspx - Aba Patrimônio
ou estando na Bastter.com clique no Botão do Trading System do Bem:
Neste endereço há links para vídeos ensinando a usar a planilha. Esta planilha
vai ser a base dos seus investimentos e vai ser quem vai prevenir seu giro de
patrimônio e as compras no topo e vendas no fundo.

Coloque na Planilha os objetivos que determinou. Vamos usar como exemplo


a base de 50%.
RF = 50%
Ações = 50%
Como já vimos no capítulo anterior, uma vez por mês pegaremos o
percentual direcionado aos investimentos do nosso trabalho e o rendimento
produzido pelo patrimônio (aluguel, juros, dividendos, etc.) e investiremos.
Abrimos a planilha e vamos investir no que tá para trás.
Vamos dizer que a bolsa subiu neste mês e nossos investimentos estão assim:

RF = 47%
Ações = 53%
Logo, este mês o dinheiro novo vai para a RF porque é o que ta atrás do
percentual desejado.
Após o investimento fica assim:
RF = 48,5%
Ações = 51,5%
Não tem problema. Não precisa ajustar tudo em um mês, basta investir no
que tá para trás. Não caia na tentação de ajustar com vendas do que está na
frente. Já explicamos que patrimônio não se vende a não ser que o
investimento passe a ser ruim e não se pretende ganhar com a variação de
preços mas com a capitalização dos juros no longo prazo além do que não se
investe em preços mas em valor. Sendo assim apenas investimos no que tá
para trás e deixamos o mercado ir ajustando.
Após alguns meses de alta da bolsa e investindo em RF, a bolsa cai com força
por um período e quando chega a hora de investir, a planilha está assim:
RF = 55%
Ações = 45%
Este mês vamos investir em ações. No próximo capítulo veremos como
montar uma carteira de ações mas apenas para efeito da planilha, vamos usar
o mesmo sistema para ações, determinando objetivos percentuais e investindo
nas que estão para trás. Cuidado com a segunda metodologia para não ir
investindo todo mês em uma empresa que está ruim e isso estar se refletindo
nos preços dela. Claro que estaremos analisando os balanços e a ideia é
investir em valor e não preços, mas se for frequente uma ação ficar para trás
mesmo investindo nela seguidas vezes, verifique com atenção seus balanços e
veja se realmente ainda tem valor. Se tiver, ótimo, está comprando valor a um
preço baixo e terá mais ações no LP o que vai refletir em mais patrimônio. Se
há dúvida quanto ao valor, coloque em quarentena (tire da planilha apesar de
não vender) até reavaliar melhor.
Uma das vantagens deste método simples é que ele impede compras de ações
no topo (quando queremos comprar) e indica a compra de ações no fundo
(quando não queremos comprar). Com um método simples você vence as
emoções que tanto lhe prejudicam nos investimentos.
Conforme nosso patrimônio for aumentando podemos um dia começar a
separar uma parte do capital para uma futura compra de um imóvel. Como os
imóveis tem um valor muito alto, só interessa colocá-los na planilha se não
forem uma porção muito expressiva do nosso capital. De qualquer forma o
balanço primário continua sendo feito Ações X RF porque não dá para
comprar 500 reais de imóvel por mês. Mas pode sim incluir o imóvel na
planilha como uma RF direcionada a comprar um imóvel, incluir seu
percentual na planilha e colocar dinheiro lá quando a planilha indicar. Pode-
se usar também financiamento para comprar o primeiro imóvel, talvez o
único financiamento aceitável mas ainda assim analise bem e procure um
com uma taxa aceitável. Só faça o que tem certeza que vai poder pagar e a
entrada com o capital que estava guardando para compra do imóvel.
FIIs (Fundos de investimento em imóveis) são uma modalidade diferente de
investimento que podem ser incluídos na planilha. Não são imóveis. Imóvel é
tijolo, FII é fundo. Não é melhor nem pior, apenas diferente. Informe-se bem
antes de investir em FIIs e cuidado com as modinhas.
Moedas não são propriamente investimento mas apenas uma reserva de valor
para crises. 5% do capital em moedas já é mais do que suficiente
normalmente e pode ser até menos se o patrimônio for maior.
- Os Investimentos:
Antes de tudo, os investimentos mudam. Estaremos colocando uma base aqui
mas de tempos em tempos por mudanças na economia, regras, leis, taxa de
juros, inflação, etc, os investimentos vão mudando. Acompanhe sempre na
Bastter.com os grupos específicos dos investimentos para se manter
atualizado.
Os dados colocados aqui e as regras são de 2012/2013. Verifique sempre se
ocorreram mudanças.

Renda Fixa
Grupo de Renda Fixa - http://www.bastter.com/mercado/grupos/Grupo.aspx?
g=107

a) Caderneta de Poupança – Usada como reserva de emergência, pois o


custo para retiradas é baixo e de fácil acesso. A despeito disso não é
interessante normalmente para quantias maiores.
Vantagens:
- Aplicação inicial normalmente baixa
- Liquidez imediata
- Fácil entendimento
- Não há prazo mas para haver rendimento é necessário deixar aplicado mais
de um mês
- Investimento conservador de baixo risco e garantido até 70 mil reais
- Isenção de Imposto de Renda para Pessoas Físicas
Desvantagens
- Baixo rendimento, não é interessante para quantias grandes
- Rendimento inicial apenas após um mês
Rentabilidade
- Cadernetas Antigas (até até 3 de maio de 2012) - TR (taxa referencial) da
data de aniversario da aplicação + 0,5% ao mês. - Cadernetas Novas – sempre
que a Selic (taxa básica de juros) ficar em 8,5% ao ano ou abaixo disso, o
rendimento da poupança passa a ser de 70% da Selic mais a TR.
b) Fundos de Renda Fixa
Os fundos de renda fixa aplicam no mínimo 51% de seu patrimônio em
títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Existem vários tipos de fundos de
renda fixa:

FIF (Fundos de Investimento Financeiro): investem diretamente em títulos


do mercado, como papéis da dívida federal, CDBs e debêntures. O
investimento em ações e em cotas de fundos de ações não pode ultrapassar
49% do patrimônio. Também não podem ter mais de 10% de papéis de uma
mesma empresa e até 20%, de um mesmo banco.

FAC (Fundos de Aplicação em Cotas): são fundos que têm cotas de outros
fundos de investimento.

Fundos DI: são fundos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito


Interbancário). Têm o objetivo de acompanhar os juros de mercado. É um
bom investimento, de baixo risco, especialmente quando há uma expectativa
de que os juros subam. Investem no mínimo 95% em papéis pós-fixados de
renda fixa, com rendimento próximo ao CDI e aplica pelo menos 80% em
papéis da dívida federal ou papéis de empresas com baixo risco.

Fundos Cambiais: são fundos que buscam acompanhar a variação do dólar,


por meio de títulos públicos cambiais e papéis que financiam as exportações.
É indicado para quem tem dívidas em dólar, família no exterior, e quer se
proteger de variações da moeda norte-americana.

Fiex (Fundo de Investimento no Exterior): são fundos de investimento no


exterior. Também acompanham a variação cambial, pois investem no mínimo
80% em papéis da dívida externa brasileira negociados em dólar.

É uma alternativa aos fundos cambiais tradicionais pois sofrem menor


pressão da variação do dólar no Brasil. Quando o dólar cai no país, os papéis
da dívida externa geralmente sobem no exterior. Por outro lado, costumam
render menos que os fundos cambiais, já que quando o dólar dispara no
Brasil, a cotação dos papéis da dívida despencam no exterior.

Fundos de Derivativos: aplicam em papéis de renda fixa e em contratos no


mercado futuro. São geralmente de médio a alto risco, e podem inclusive ter
perdas de patrimônio. Têm gestão altamente especializada e costumam cobrar
taxas mais altas pela administração. Em longo prazo, no entanto, geralmente
têm rendimentos superiores ao CDI.

Fundos Multiportfólio: são fundos que têm carteira diversificada. Investem


em papéis de renda fixa, variável e derivativos. Como não têm de seguir um
único benchmark, costumam cobrar taxas de administração maiores devido à
complexidade de gestão da carteira.

Fonte: Folha Online -


http://www1.folha.uol.com.br/folha/banking/fundos.shtml

c) Certificado de Depósito Bancário (CDBs)


Título emitido por bancos e repassados aos clientes na forma de empréstimos.
Possuem prazo determinado podendo ser pré ou pós fixados.

d) Títulos do Governo

Nesta modalidade se compra os títulos diretamente do governo. Veja tudo


sobre eles no site do Tesouro Direto:
https://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto
No Grupo Renda Fixa, Tesouro Direto e Previdência da Bastter.com em
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=107
Que verá esta Tabela atualizada com os títulos disponíveis para a venda:
Os que podem ser adquiridos tem cotação de compra e são basicamente:
NTNB – Títulos com uma parte pré-fixada e uma parte atrelada ao IPCA
dando proteção a inflação.
Obs: NTNB pagam juros semestrais, NTNB-P acumulam os juros até o fim
do contrato.
São considerados títulos de longo prazo pós fixados indexados ao IPCA
LTN – Títulos pré-fixados de Curto Prazo.
NTNF – Títulos pré-fixados de Longo Prazo
LTF – Títulos pós-fixados indexados à Taxa Selic

Há outros tipos de Renda Fixa mas estes são os principais.

Ações
Todo o Capítulo 3 deste livro é sobre a Formação de Carteira de Ações então
veremos mais a fundo este assunto adiante.
Nesta parte a ideia é apenas demonstrar as características de cada tipo de
investimento.
Para se aprofundar no assunto, vá no Grupo Quadro de Ações da Bastter.com
em http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=226
Ou na área de Ações da Bastter.com em
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx
Para aprender a selecionar empresas
Assista ao Vídeo
Uma Forma Fácil de Analisar Balanços para Comprar Ações
http://www.youtube.com/watch?v=1ihUxi7xLwo
É fundamental compreender que ações são Renda Variável e como tal não há
garantia de nada. Pense em formar uma carteira de ações de boas empresas
sendo sócio das empresas e se aproveitando dos seus lucros enquanto eles
forem consistentes. Esqueça a variação de preços de curto prazo.
Para administrar sua Carteira de Ações use a Planilha de Patrimônio do
Trading System do Bem demonstrada acima.

Imóveis
Imóveis mais do que qualquer outro investimento não devem ser trocados a
não ser que percam valor. Os custos da compra e venda de imóveis são
enormes.
Grupo Investindo em Imóveis da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=166
Se quiser se mudar sai bem mais barato alugar o seu imóvel e morar em outro
de aluguel do que vender o seu e comprar outro.
É muito mais eficiente financeiramente falando morar de aluguel em um
apartamento de três quartos e ter três apartamentos de quarto e sala alugados
do que comprar um apartamento de três quartos
Esqueça comparar Aluguel com Renda Fixa. Qualquer valor de aluguel é
bom especialmente considerando que o inquilino paga o condomínio e o
IPTU. Como o imóvel se valoriza através dos tempos o aluguel é apenas um
extra.
O financiamento de imóveis, a taxas razoáveis, é a única dívida que se pode
aceitar mas ainda assim, tem de ser dentro das suas condições de pagamento.
A casa própria ou querer morar em casa própria, se a família se sente melhor
é uma decisão que não entra no âmbito financeiro. Não é certo nem errado,
mas não se discute isso financeiramente.
Morar no seu imóvel ou de aluguel financeiramente é a mesma coisa, já que
morando no seu está deixando de receber aluguel.
Pare de ler notícias sobre imóveis, estão permanentemente anunciando uma
bolha. Se ela vier, seu imóvel não vai perder um banheiro e as pessoas vão
continuar precisando de morar em algum lugar.

Moedas
Não são propriamente investimento mas sim reserva de valor para crises.
Basta acumular 3 a 5% do patrimônio em Dollar e/ou Euro e pronto. Coloque
na Planilha e compre quando ficar abaixo do percentual desejado.
Ouro é uma alternativa também mas mais complicada.

Fundo de Investimento em Imóveis


Grupo de FIIs na Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=240
Área de FIIs da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/FII/Default.aspx
Importante compreender que não são imóveis, são Fundos de Investimentos
em Imóveis. O objetivo é ganhar um rendimento mensal dos alugueis e a
valorização dos imóveis. São vendidos na bolsa como as ações.
São divididos em Fundos de Tijolo (cotas de imóveis), Fundos de Papel
(créditos recebíveis imobiliários) e FIIs de FIIs que compram cotas dos
outros dois tipos.
É importante estudar o prospecto do fundo antes de investir e saber as
características e analisar o risco. Há desde fundos bastante sólidos como os
de agência de grandes bancos a fundos de alto risco, especialmente os de
Papel.
Cuidado com as modinhas pois está havendo uma corrida para os FIIs. Não
corra atrás e saia entrando em qualquer coisa. Estude. Há farto material sobre
os FIIs nos links acima.
E para quem pretende investir em imóveis, deve acrescentar também FIIs no
patrimônio?
FIIs não são imóveis, mas combinam algum risco. Se o seu patrimônio está
muito exposto a imóveis, equilibre com mais ações e renda fixa até entrar em
FIis.
Pretendo comprar FIIs e não imóveis.
Acredito que a partir de certo patrimônio e idade, acrescentar um imóvel ou
se possível mais de um ao patrimônio seja interessante mesmo que tenha FIIs.
Os imóveis de quarto e sala bem localizados seriam a primeira linha de
investimento em imóveis.
Nunca se esqueça que as três coisas mais importantes nos imóveis são
localização, localização e localização porque quase todo o resto dá para
mudar, mas localização não dá para mudar.

Existem outros investimentos mas é necessário especialização. Estes são os


mais comuns e basta eles para formar um belo patrimônio.
3 – Carteira de Ações
Área de Ações da Bastter.com
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx

Este gráfico que escolhi para iniciar esta seção demonstra o quanto você
perde se estiver fora da bolsa nos melhores dias do mercado. A primeira
coluna mostra o investidor que se manteve na bolsa. A segunda mostra o
rendimento daquele que perdeu somente os 5 melhores dias. Depois 10 dias e
assim por diante. Compre ações para ser sócio e se mantenha sócio enquanto
for uma boa empresa. Vai se surpreender com a longevidade de boas
empresas. Esqueça esta baboseira de ficar líquido. Ficar líquido termina nas
colunas a direita do gráfico ou você acha que vai sair justo nos dias certos?
Tá bom, então o que exatamente você está fazendo lendo este livro?
- Introdução
Na construção da carteira de ações se cometem diversos erros básicos.
Há duas formas de comprar ações
1 – Para trade
2 – Para ser sócio

Trader opera preços e pretende ganhar na variação dos preços.


Sócio opera valor e pretende ganhar no crescimento e/ou distribuição de
lucros da empresa.
A confusão entre as duas coisas traz muitos prejuízos.
Traders que não Stopam e se tornam sócio de empresas ruins esperando o
maldito empate.
Sócios que ficam perturbados por preços e notícias e vendem tudo no fundo
em pânico quando as empresas continuam boas.
Quando se compra ações para ser sócio, o que importa é o valor das empresas
e não as cotações. O seu ganho virá do crescimento dos lucros da empresa e
do crescimento da empresa, do patrimônio da empresa e não da variação da
cotação que será uma consequência e não o fator principal como nos trades.
Quanto menos olhar as cotações, melhor. Observem o seguinte estudo do
livro Iludido pelo Acaso:

Olhar as
Bolsa em Alta Bolsa em Queda
Cotações:
A cada Minuto 50,17% 49,83%
Todo Dia 54,00% 46,99%
Toda Semana 59,00% 41,00%
Todo Trimestre 67,00% 33,00%
Todo Ano 93,00% 07,00%
Quanto mais você olha as cotações, menos vai ver a bolsa em alta. Claro que
para quem está tranquilo em ser sócio de empresa e não se preocupa com a
queda das cotações, isso tanto faz. Mas a maioria, especialmente quem está
começando, ainda pode ser muito influenciada pelas besteiras que falam
sobre ser sócio de empresas e pela mistura sócio X trader tão comum na
mídia e na maioria dos locais e se a bolsa desabar acabar vendendo suas
ações em pânico no fundo o que faz com que seu plano de B&H vá por água
abaixo.
Então pare de olhar as cotações e vá trabalhar!
PARE DE OLHAR AS COTAÇÕES E VÁ TRABALHAR!
PARE DE OLHAR AS COTAÇÕES E VÁ TRABALHAR!
PARE DE OLHAR AS COTAÇÕES E VÁ TRABALHAR!

Sem olhar as cotações suas chances no B&H aumentam como pode ser visto
na tabela acima, pois você vai ver a bolsa subindo e suas ações se valorizando
mais vezes, diminuindo a chance de vender tudo no fundo em pânico e além
do mais vai trabalhar mais e melhor, e poupar mais que como já vimos é a
medida mais importante no seu enriquecimento.
O problema é o ser humano que influenciado pelo sistema que quer que ele
gire, acaba por vender tudo no fundo em pânico para depois recomprar
quando as notícias são boas e os analistas estão indicando Bolsa, no topo. Aí
não há carteira que aguente.
Por que ser sócio de empresas boas com lucros consistentes no longo prazo
tende a ser uma proposta vencedora?
A coisa é bem simples:
Lucros consistentes:
Observem a coluna de lucros líquidos e vejam também a margem líquida e o
ROE (retorno sobre os Investimentos)

Esta empresa serve para demonstrar porque o acionista ganha como sócio de
uma empresa com lucros consistentes. Bolsa não é banco imobiliário. Como
já vimos nos capítulos anteriores para ficarmos ricos devemos acumular
patrimônio. Se começamos a comprar ações desta empresa em 2002 por
exemplo e fomos comprando aos poucos, nossas cotas valem cada vez mais e
recebemos cada vez mais dividendos já que os lucros são cada vez maiores e
com estes dividendos compramos cada vez mais ações passando a ser donos
de uma parte maior da empresa, recebendo mais dividendos e comprando
mais ações e este círculo virtuoso vai fazendo com que nosso patrimônio
aumente pois temos cada vez mais ações a um valor maior e que distribuem
cada vez mais dividendos e portanto nosso patrimônio cresce bem como a
renda que ele produz que é exatamente o objetivo da poupança e do
enriquecimento.

Agora uma empresa sem Lucros consistentes:

Observem como a empresa até eventualmente tem lucro alguns anos, mas
tem anos de prejuízo e os lucros não crescem e a empresa não vai a lugar
algum. Vejam como a margem mesmo quando tem lucro é baixa.

Aí quando você vai ver o que acontece com as cotações da primeira empresa:
As cotações seguem os lucros no longo prazo

E a segunda?
As cotações seguem os lucros. Como eles não vão a lugar algum tão pouco
vão as cotações.
No longo prazo as cotações seguem os lucros e não poderia ser diferente já
que a ação nada mais é do que um pedaço da empresa. Se a empresa vale
cada vez mais (TEM MAIS VALOR) a cotação sobe. Se a empresa não
acumula VALOR, a cotação não sai do lugar ou até cai no longo prazo.

Assista o Vídeo
Uma Forma Fácil de Analisar Balanços para Comprar Ações
http://www.youtube.com/watch?v=1ihUxi7xLwo

Vejam o Fluxo de Caixa da primeira empresa:


Ela é uma maquina de fazer dinheiro, o Fluxo de Caixa Livre (FCL) é o
dinheiro que sobra no fim do ano. (Caixa operacional – Investimentos).

Agora vejam o FC da segunda empresa:

É uma máquina de gastar dinheiro, não sobra nada.


Assista o Vídeo:
Introdução a Análise de Fluxo de Caixa
http://www.youtube.com/watch?v=Jif44LJ-
sJg&list=UUsra3f6ogpXhIZbSUe2OoaA&index=10

Como dinheiro não se produz do nada e não é mágica, o sócio da primeira


empresa vai ganhar dinheiro e o da segunda vai perder, não interessa onde
cada um compra. No longo prazo você vai acumular valor na primeira e não
vai acumular nada na segunda. E isso é bem simples de entender quando se
para de confundir trade com ser sócio, preço com valor.
Você pode fazer um trade onde quiser, porque o seu objetivo é tão somente
ganhar na variação dos preços no curto prazo e se der errado você Stopa, sai
do trade e assume o prejuízo. Como no curto prazo bolsa é fluxo e qualquer
coisa pode acontecer, ações de empresas ruins podem subir e ações de
empresas boas podem cair. Mas no longo prazo já vimos o que acontece,
portanto só seja sócio de empresas boas com lucros consistentes e....
Notícia não é lucro.
Reestruturação não é lucro.
Mudar de nome não é lucro.
Ser comprada ou comprar outra não é lucro
Trocar de presidente não é lucro
Dizer que vai fazer isso ou aquilo não é lucro
Analista dizer que o preço alvo é sei lá aonde não é lucro

LUCRO É LUCRO E CONSISTENTE


Nada disso tem a menor importância, só o que importa é que a empresa tenha
lucros consistentes.
A análise inicial de uma empresa para ser sócio ou não é facílima: Basta olhar
a coluna Lucro Líquido nas tabelas acima que estão disponíveis para
praticamente quase todas as empresas que tem ação na bolsa na Área de
Ações da Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx
Se a coluna tem lucros consistentes ok, podemos analisar mais. Se não tem,
próxima empresa. Não caia de amores pelo que não presta. Dá muito
prejuízo. E não analise pelo que não interessa. Se não tem lucro consistente o
sócio não ganha nada.
Mas como saber se vai continuar tendo lucros consistentes?
Não há como saber
Mas eu aprendi que empresas boas tendem a continuar boas e empresas ruins
tendem a continuar ruins. Que empresas boas tendem a sobreviver aos
tempos difíceis e empresas ruins tendem a quebrar após um espirro.
Claro que eventualmente uma empresa ruim fica boa e uma empresa boa fica
ruim mas são exceções e para se proteger disso que se diversifica.
Assista ao Vídeo
Quando sair dos Investimentos - O Conceito Absurdo do Empate
http://www.youtube.com/watch?v=JfgJkiB-AZQ
Para saber quando sair de empresas boas que ficaram ruins e
Assista ao Vídeo
O que Realmente te Protege da Queda das Ações
http://www.youtube.com/watch?v=yaW4pkQHLFg
Para compreender que o que te defende é a diversificação e não adivinhar o
futuro.
- Boas Empresas
Então vamos ver o que é importante para ser sócio de uma empresa

1 – Lucros consistentes.
2 – Crescimento se for uma empresa de crescimento. Se for uma empresa de
dividendos, não é necessário que cresça, mas é sempre bom crescer.
3 – Caixa e Dívida equilibrados.
4 – Boa governança.
Os três primeiros são fáceis de verificar. O último precisa de verificar
algumas coisas objetivas, e outras mais subjetivas.

Lucros consistentes
Já vimos acima como verificar rapidamente lucros consistentes.
Dois marcadores de lucros são importantes também:
Margem Líquida e ROE
· Margem líquida é bem simples, é o quanto da receita que sobra
como lucro após os gastos da empresa. Alguns setores que giram muito
sobre o patrimônio e tem concorrência muito forte tem margem baixa
como consumo cíclico por exemplo. Alguns como supermercados,
farmácias, etc. tem margens muito baixas. Cabe a cada um decidir se
aceita as margens baixas de cada setor ou não. De qualquer forma
dentro do mesmo setor a margem mais alta do que os concorrentes
demonstra uma vantagem competitiva.
Para partir de algum lugar, parta de 20% de margem. Estude os diferentes
setores e veja quais critérios vai usar para aceitar determinadas margens.
Vejam uma empresa com lucros líquido crescente e margem crescente e
acima de 20%.
Já esta vem perdendo margem...

Muito cuidado com as empresas com receita imensa e que não para de crescer
mas sem acompanhamento dos lucros. São empresas que chamam muita
atenção mas não interessam ao sócio já que o sócio minoritário não ganha
nada da receita, somente dos lucros. Empresas sem cultura de lucros são
péssimas para ser sócio:

Empresa sem cultura de lucros:


Vejam como a receita cresce sem parar mas os lucros não acompanham.
Empresas assim estão sempre na mídia, chamam muita atenção, crescem sem
parar, são as maiores do país e do mundo levando muitos pequenos
investidores a se iludirem mas, sem lucros consistentes, não há o menor
interesse de ser sócio.

· O ROE ou Retorno sobre os Investimentos é o lucro líquido


dividido pelo patrimônio líquido da empresa ou seja, quanto se lucra
em cima do patrimônio ou em última instância para o acionista, sobre o
investimento dele. Claro que isso também varia de setor para setor mas
ser acima de Taxa Selic com alguma sobra é um bom ponto para
começar.
Novamente há setores que distorcem este marcador como, por exemplo, o de
consumo cíclico que por ter muitas vezes receita muito maior que o
patrimônio, se for empresa boa, produzem lucros muito grandes em relação
ao patrimônio. Há empresas também que trabalham com aluguel e são donas
de muitos imóveis. Nestas ocorre o inverso, com distorção do ROE para
baixo. De qualquer forma alguma sobra além da Selic é um bom ponto para
começar.
Vejamos exemplos:

Notem o ROE elevadíssimo já que a empresa tem receita de mais que o dobro
do patrimônio. A empresa é boa, tem lucros consistentes, mas há distorção no
ROE para cima.

Vamos ver uma com ROE baixo:


Percebam como é fácil ver uma empresa sem lucros consistentes e passar
para a próxima. Olhem que esta empresa gira bastante em cima do patrimônio
com uma receita elevada quase que do tamanho do patrimônio mas ainda
assim o ROE é baixo ou até inexistente porque os lucros são inconsistentes.
Obs: Quando a empresa tem prejuízo não existe ROE porque não existe
retorno.
Receita Líquida – É um dado importante correspondendo as vendas da
empresa. É claro que é bom quando a receita sobe, mas deve-se ficar atento a
quanto sobra de lucro a partir da receita. O acionista não ganha nada da
receita, só do lucro. Há períodos em que a empresa está investindo e tem
gastos excessivos e a receita cresce sem puxar o lucro. Nada demais, mas é
importante saber se esta é apenas uma fase e aquele crescimento de receita
vai resultar posteriormente em mais lucros ou se é uma empresa sem cultura
de lucros se alavancando toda apenas para fazer mais receita, enriquecer
donos e diretores enquanto os acionistas minoritários ficam a ver navios.
Ebitda – Lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização. Seria
o lucro antes de descontar estes itens, o que leva a o Lucro Líquido. Muitos
usam o Ebitda nas análises das empresas e vem algumas vantagens nisso.
Cada um deve criar seus critérios. Eu prefiro utilizar o Lucro Líquido.

Crescimento
Uma empresa não precisa crescer para ser boa. A parte da sua carteira de
dividendos pode ter empresas boas com lucros consistentes, caixa e dívida
equilibrados e boa governança mas que quase não crescem pois distribuem
praticamente todos os lucros na forma de dividendos e juros sobre o capital.
Se ela distribui praticamente todo o lucro, não sobra quase nada para investir
e não se espera crescimento. São empresas que normalmente não tem para
onde crescer e não precisam crescer para se manterem rentáveis.
Nas empresas de crescimento espera-se crescimento. Elas distribuem pouco
lucro, o que pode ser observado pelo Payout baixo que é de forma simples o
percentual dos lucros que é distribuído para os acionistas.
Pode-se aceitar que durante um tempo a empresa não distribua muito lucro e
não cresça muito se ela estiver em uma fase de investimentos grandes para
resultado futuro. Mas fique de olho. Se o lucro não vai para você e a empresa
não cresce por muito tempo, o dinheiro está sumindo!
Uma taxa de crescimento dos lucros acima de 20% em 5 anos é um ponto
para começar a estudar mas isso vai variar muito.
Análise de empresas não é matemática, é arte!

Vamos ver uma empresa de dividendos. Observem primeiro que o


crescimento dos lucros em 5 anos não é expressivo.
Observe agora no quadro evolutivo da empresa que não vemos grande
crescimento do patrimônio líquido e nem do lucro líquido. Ainda assim
vejam como a Margem e o ROE são exuberantes e a empresa é uma máquina
de fazer dinheiro como se pode ver na coluna FCL do Fluxo de Caixa Livre
que demonstra o dinheiro que tá sobrando. Como ela não tem muito no que
investir (veja a coluna FCI que é o Fluxo de Caixa de Investimentos e a
coluna FCI/LL que demonstra que o percentual dos lucros utilizados em
investimentos é muito baixo), ela distribui quase todo o dinheiro para os
acionistas tendo um Payout próximo de 100% (Percentual dos lucros
distribuídos aos acionistas). A despeito de não haver grande crescimento da
empresa, a quantidade enorme de dividendos distribuídos permite que se
compre mais ações e isso tem um efeito cascata no longo prazo sobre os juros
compostos. O crescimento menor da empresa é compensado pelo aumento
mais expressivo da quantidade de ações.
Esta empresa demonstra que não é obrigatório que haja crescimento para que
seja um bom investimento numa empresa. Mas é importante saber no que está
investindo e acompanhar. É interessante ter uma parte da sua carteira em
empresas de dividendos que vão propiciar um equilíbrio maior da carteira
pela grande reaplicação e compra de novas ações que elas propiciam.
Importante notar que a despeito da obsessão de muitos com as empresas de
crescimento lento, chamada de dividendos, não são estas que vão distribuir
mais dividendos aos acionistas no longo prazo mas sim as de crescimento que
apesar de terem um Payout mais baixo, através do seu crescimento
expressivo, vão acabar distribuindo mais dividendos em reais apesar de
menos em percentuais.

Vamos ver agora uma empresa de crescimento e observem o crescimento


expressivo dos lucros empresa em 5 anos.

Vamos ver a evolução da empresa:

Olhem como o patrimônio líquido e os lucros crescem muito. A empresa tem


um Payout de apenas 22% pois ela está reinvestindo grande parte dos lucros o
que proporciona todos este crescimento.

Vejam o Fluxo de Caixa de uma empresa de crescimento rápido:


Olhem como ela investe muito, sendo o FCI (Fluxo de Caixa de
Investimentos) maior que o FCO (Fluxo de Caixa Operacional). Todo este
investimento está fazendo o FCL (Fluxo de Caixa Livre) ficar negativo, ou
seja, ela tá consumindo caixa e olhem como a proporção do investimento
chega a mais de duas vezes que o lucro líquido. Esta situação de FCL
negativo pode acontecer por um tempo na fase de crescimento rápido da
empresa, mas em algum momento, quando os investimentos começarem a
produzir lucro, isso deve reverter. Acompanhe a empresa, e veja se ela está se
equilibrando. É importante acompanhar também as dívidas destas empresas
pois algumas alavancam demais e se vem uma fase ruim, os lucros podem
desaparecer.

Vejam que não é difícil analisar empresas se entender a lógica dos lucros

É importante observar que não basta crescer. O crescimento deve ser feito de
forma ordenada e equilibrada e mantendo lucros consistentes. Vamos ver um
exemplo de alavancagem excessiva que culminou com prejuízos imensos:
Veja, que durante um período a empresa teve um crescimento expressivo de
patrimônio líquido e lucros mas com alavancagem excessiva de dívidas e
fluxo de caixa líquido negativo. Isso acaba tendo um preço se a empresa
passa por uma fase mais difícil. A conta vai ser paga e culminou com
prejuízos enormes. O investidor tinha que acompanhar o crescimento e
verificar que ele não era operacional mas empurrado as custas de dívidas cada
vez maiores.

Vejam que o FC Operacional (FCO) é sempre negativo no período de


crescimento e há uma entrada enorme de empréstimos (FCF ou de
Financiamento) e o FCL sempre negativo e dinheiro saindo pelo ladrão.
Como eu disse, um dia a conta vai ser paga.

Um outro lado são empresas com Payout baixo que não crescem.
Esta é uma empresa com Payout de 11%:

Observem que o Patrimônio Líquido praticamente não cresceu em 5 anos e o


Lucro Líquido a despeito de parecer ter crescido, na verdade não tem a menor
consistência e não sai do lugar.
Olha o que acontece com a cotação da empresa (linha preta)
Não sai do lugar também. Se nada sai do lugar porque a cotação vai sair do
lugar? A cotação no longo prazo reflete valor e a empresa não está
acumulando valor.
Se ela distribui apenas 11% dos lucros e não cresce, para onde está indo o
dinheiro? Para o acionista não está indo. Precisamos ser sócios de empresas
que distribuam muito lucro ou que cresçam para nosso patrimônio crescer.
Claro que há as intermediárias, chamadas de crescimento moderado mas estas
fazem uma média, crescendo moderadamente e distribuindo algo próximo de
metade dos lucros.
Portanto no que diz respeito a crescimento vamos selecionar empresas com
lucros consistentes e dividir em duas categorias:
- Dividendos: Com Payout próximo de 100% e pouco crescimento
- Crescimento: Com Payout próximo ou abaixo de 25% e crescimento
expressivo.
Há empresas de crescimento moderado que ficam como uma intermediária
entre as duas e há empresas sólidas, as chamadas Blue Chips que podem
interessar exatamente pela solidez e “inquebrabilidade”. Não há garantia que
não quebrem mas a chance é pequena. Algumas ainda apresentam alguma
taxa de crescimento e outras distribuem quantidade razoável de dividendos.
Temos também as empresas cíclicas como Petrobrás, Vale, e as siderúrgicas
que passam por períodos de crescimento, períodos de grande distribuição de
dividendos e períodos mais difíceis com queda dos lucros. Empresas cíclicas
são cíclicas e o acionista tem de saber e aceitar isso.
Veremos mais à frente a distribuição da Carteira nestas Categorias.

Caixa e Dívida equilibrados


A primeira coisa que se deve compreender é que dívida de empresa não é
igual a dívida de pessoa física.
Pessoa Física nunca deve fazer dívidas com a única possível exceção da
compra da Casa Própria em algumas circunstâncias.
Empresa pode fazer dívida e ter dívidas não significa que uma empresa é
ruim ou tá sob risco.
É bom não ter dívidas?
Se for porque está sobrando dinheiro, sim.
Se for por excesso de conservadorismo que impede a empresa de crescer,
pode ser que sim ou que não.
Então ter dívidas pode ser bom ou ruim.
Não ter dívidas pode ser bom ou ruim.

Mas para uma dívida ser boa ou ao menos equilibrada é necessário que ela
não seja um peso para a empresa e de preferência que a empresa consiga com
o dinheiro da dívida uma rentabilidade maior do que os juros que paga. Outra
hipótese seria que a dívida está sendo utilizada para investimentos que podem
trazer grandes benefícios no futuro. Cuidado para não ser sócio de uma
empresa na fase que ela está investindo e sair na hora de colher os frutos do
investimento que você também pagou. É muito comum dizerem que um
papel está caro e que já é hora de sair, misturando trade com B&H e aí justo
na hora de receber os lucros provenientes dos investimentos pagos com o seu
dinheiro, segue-se uma destas análises doidas e abandona o papel.
Se você é sócio de uma padaria que ajudou a reformar vai sair quando ela
começa a dar lucro e valer mais? Não, claro, agora é a hora de recuperar os
investimentos. Mas seguindo estas análises gira patrimônio muitos cometem
este erro com ações.
Bom, vamos dar uma olhada em dívidas.
No Regime de Competência temos os seguintes parâmetros:
· Dívida Bruta - Soma dos empréstimos e financiamentos adquiridos
pela empresa. Podem ser divididos em curto e longo prazo; moeda local
e estrangeira e pode-se estudar as taxas de juros e fazer uma média das
mesmas para analisar o custo da dívida.
Fique atento na margem!
Divida cara come receita para pagar juros e faz a margem cair.
· Disponibilidades e Caixa – Dinheiro em caixa (numerário) +
investimentos de liquidez imediata como títulos, fundos de liquidez
imediata, poupança, ações, etc.

· Caixa – Dívida Bruta = Caixa Líquido


(ou Dívida Bruta – Caixa = Dívida Líquida)

· Dívida Bruta / Patrimônio Líquido – Quanto do patrimônio está


comprometido como dívidas. Como um padrão inicial se usa um limite
de 0,5 ou 50%. Mas tome cuidado com empresas de alto giro,
especialmente da área de consumo cíclico que fazem uma receita muito
maior que o patrimônio, ou seja, trabalham com um patrimônio
pequeno. Nestas este marcador pode estar alto chegando a 1 ou até a 2 e
a dívida não está necessariamente desequilibrada.

· Dívida Líquida / lucro Líquido – Em outras palavras, quantos anos


leva para pagar a dívida com os lucros. Como padrão se aceita 4 anos
mas tem de analisar caso a caso. Para empresas que trabalham com
patrimônio distorcido para baixo ou para cima, este dado é mais
fidedigno para avaliar a dívida da empresa.

Repito: Análise de empresas não é Matemática, é Arte.

Alguns utilizam Ebitda/Lucro Líquido aceitando até dois anos como limite.
Para análise de dívidas e não só para isso, deve-se acompanhar também o
Regime de Caixa.
Uma empresa alavancada em dívidas com FCL negativo tem uma situação
mais grave do que uma que tem FCL positivo, mas mesmo na segunda deve-
se observar até quando a empresa vai aguentar.
O FCF demonstra o quanto a empresa está recebendo ou pagando de
empréstimos. O pagamento de dividendos também sai do FCF. Se o FCF está
positivo provavelmente a empresa está adquirindo novos empréstimos.
(Lembre-se, no Regime de Caixa se analisa entrada e saída do caixa, quando
se pega um empréstimo, seja bom ou ruim, entra dinheiro no caixa. Quando
se paga um empréstimo ou dividendos, sai dinheiro do caixa).
Vamos ver alguns exemplos:
Há muita coisa a ser observada neste quadro da empresa. Em primeiro lugar
vejam o fim das colunas da direita acima. A dívida dela é quase o dobro do
patrimônio, o que sugere uma dívida desequilibrada. Mas vamos olhar na
esquerda marcado com um círculo oval que a receita é muito maior que o
patrimônio, é uma empresa de consumo que gira muito sobre o patrimônio
então veremos uma distorção para cima dos dois marcadores que usam o
patrimônio, o ROE e a DIV/PL. A análise do equilíbrio da dívida deve ser
feita pelo marcador dívida liquida/lucro líquido ou DIV/LL e veremos que a
dívida é paga com apenas 0,79 do lucro de um ano ou em apenas nove meses
e meio, demonstrando neste aspecto que não há desequilíbrio. Veremos
também no regime de caixa que a empresa mantem FCL positivo o que é
mais um dado a favor do equilíbrio.
Mas podemos observar também que a dívida bruta aumentou assim como o
FCI (investimentos) e o FCF que vinha negativo passou a positivo. Vejam a
direita que a relação FCI/LL ou quanto do lucro está sendo utilizado para
investimentos foi de 30% para 112%. Isso é bom ou ruim? Não há como
responder sem mais dados. A dívida e o caixa da empresa estão equilibrados,
ela não está perdendo margem, os lucros permanecem consistentes mas ao
que parece uma empresa que estava meio parada resolveu se mexer. Pode-se
apenas observar a empresa, acompanhar os balanços e ver como ela se
comporta ou pode-se questionar o RI sobre estes investimentos.
Obs: Na Área de Ações da Bastter.com, no cabeçario de cada empresa, tem o
link para o site da empresa onde usualmente tem os contatos do RI (Relação
com os Investidores).

Agora vamos ver uma empresa desequilibrada:


Observem que a empresa vinha tendo algum crescimento de lucros mas
sempre com margem baixa (Cultura de Receita). Observem que entre 2006 e
2009 a CX Liq (ou Dívida Líquida) explode. A Div/PL começa a subir e
chegar ao tamanho do patrimônio e cada vez precisa de mais anos de lucros
para pagar a dívida líquida chegando em 2008 a quase 9 anos. Em 2009 a
dívida ultrapassa com folga o patrimônio e a margem não cresce a despeito
do enorme crescimento da receita. Ao mesmo tempo no quadro de baixo o
FCL de 2009 chega a 1,5B negativos com cada vez mais empréstimos
entrando como pode-se ver na coluna FCF.
Quem vai pagar esta conta?
Acertou quem disse: Eu! (se você for acionista de uma empresa
desequilibrada claro).
Olhem o que acontece em 2011 e 2012: 1B de prejuízo!

Vamos ver mais uma equilibrada:

Observem as colunas marcadores de dívidas a direita e vejam que a dívida


compreende uma pequena parte do patrimônio e praticamente não tem dívida
líquida. É uma empresa que se pode dizer que praticamente não tem dívida.
Ao mesmo tempo o FCL é sempre positivo e a quantidade de lucro utilizado
em investimentos vem diminuindo. Observem no centro que os lucros são
redondinhos, a empresa é uma maquininha de fazer dinheiro. Aí a dívida sobe
nos últimos três anos de 23 milhões para 113 milhões e o FCF que sempre foi
negativo, fica positivo e alguns ficam nervosos. Lá atrás eu disse: Empresa
não é pessoa física. Esta empresa tem um ROE de quase 25%. Esta toda
equilibrada e tem muita sobra. Se ela precisa investir um pouco mais,
nenhum problema de pegar dinheiro emprestado que quase com certeza o
dinheiro investido nela rende mais do que os juros do empréstimo. Além do
mais muitas vezes estas empresas conseguem empréstimos baratos, as vezes
até BNDES com taxas baixíssimas. Sendo assim o empréstimo pode
beneficiar mais o acionista do que usar os próprios recursos da empresa.
Tudo deve sempre ser avaliado com calma.

Vamos ver outra:


É uma empresa de crescimento e bastante agressiva neste crescimento. Vejam
o crescimento dos lucros nos últimos 5 anos:

Empresas de crescimento agressivo podem trazer mais retorno no longo


prazo mas tem mais risco associado. Por isso combinamos crescimento,
dividendos e blue chips na carteira.
De qualquer forma o importante é saber com o que você está lidando. Esta
empresa também está alavancando como a do exemplo acima que terminou
com prejuízo de 1B, mas vejam que os lucros se mantém consistentes e a
margem até está subindo. O ROE assim com a Div/PL são um pouco
distorcidos para baixo pois esta empresa tem muitas propriedades e trabalha
com aluguel, portanto o Patrimônio Líquido é alto em relação a receita, ao
contrário das de consumo cíclico.
De qualquer forma a dívida é alta mas ainda abaixo do limite de 4 anos para
lucros. O FCL é negativo mas não explode, se mantendo mais ou menos
constante e acima de tudo os lucros se mantém consistentes e a empresa tem
obviamente cultura de lucros.
Claro que se tem de ficar de olho e ver se todo este investimento e busca de
crescimento vai continuar trazendo resultados mas é uma situação totalmente
diferente da outra que perdeu o controle.
Resumindo, assim como qualquer aspecto na análise das empresas tem de
avaliar com cuidado o caixa e as dívidas, verificar se está de acordo com as
características da empresa e o que tiver dúvida, pergunte ao RI. Tem algumas
situações de total descontrole que são fáceis de perceber e aí mesmo que a
empresa tenha lucros, não se interesse, porque um dia a conta vai ser paga.

Boa Governança
Esta é a mais difícil de avaliar pois inclui alguns fatores subjetivos. A
primeira coisa que se deve pensar é que se a empresa é muito boa nos outros
três fatores, provavelmente a governança é boa.
Os primeiros fatores que podem ser avaliados são diretos e objetivos.
Se a empresa faz parte do Novo Mercado isso é um sinal de boa governança.
Quanto maior o nível em direção ao Novo Mercado, melhor.
O pior estágio é o tradicional. Depois vem Nível 1, Nível 2 e finalmente o
Novo Mercado.
Depois disso, avalie o Tag Along. As empresas do Novo Mercado tem Tag
Along máximo de 100% e somente ações ON.
No segmento Tradicional, o mais baixo, normalmente somente a ON tem Tag
Along e de 80% que é o mínimo permitido por lei para ações ON.
No cabeçário das empresas na Área de Ações de Bastter.com você pode ver
qual o Segmento de Listagem de cada empresa:
http://www.bastter.com/mercado/acao/default.aspx
O ideal é não ser sócio sem Tag Along. As exceções seriam PETR e VALE
para quem faz Venda Coberta pois o risco destas duas empresas serem
vendidas, especialmente a PETR, é bem baixo.
O Tag Along te protege no caso da empresa ser vendida e trocar o controle. O
Tag Along te garante receber o mesmo que os majoritários por ação (ou 80%
se for Tag Along de 80%). Sem Tag Along você não tem proteção. Oferecer
Tag Along aos minoritários é um sinal de boa governança. Algumas
empresas mesmo estando em um segmento de listagem mais baixo, dão Tag
Along para os minoritários mesmo nas ações PN.
Fazendo parte do Novo Mercado normalmente a empresa tem Free Float
(quantidade de ações nas mãos dos minoritários) alto que é outro fator de boa
governança. O ideal é que o Freep Float total seja acima de 25% no mínimo.
Algumas empresas até boas, com bons dados só oferecem Tag Along para as
ON que não possuem liquidez alguma (Free Float baixíssimo). São empresas
que abrem capital mas quase que só oferecem aos acionistas minoritários
ações PN sem controle da empresa. E pior, não oferecem Tag Along as PN.
Não importa o quão bom sejam os balanços da empresa, não serve para ser
sócio pois é uma empresa que não deseja ter minoritários nas suas ON e não
protege seus acionistas minoritários. Isso é um sinal de má governança.
Outro dado que pode ser observado é a clareza e a rapidez com que a empresa
entrega seus balanços. Eles vem dentro do prazo? São claros e fáceis de
entender. Não há erros e distorções? Não há excesso de não recorrentes ou
outras dificuldades para entender os balanços? Ter muito não recorrentes não
é necessariamente um sinal de má governança mas vamos avaliar aqui de
qualquer forma. Não recorrentes são lucros ou prejuízos que ocorrem uma
vez somente e não são operacionais, como, por exemplo, a empresa ganhar
ou perder uma causa na justiça, uma venda, uma grande multa, um grande
ajuste contábil e coisas assim. Se acontecem diversas vezes dificultam a
leitura dos balanços e o acompanhamento dos quadros evolutivos das
empresas. Outra dificuldade são empresas que misturam ocorrências que não
são propriamente lucro com o lucro, como algumas que incluem a
valorização dos imóveis da empresa no lucro. Novamente não é propriamente
um sinal de má governança mas mais um que atrapalha o acompanhamento
da empresa.
Um bom teste da governança é falar com o RI. Mande um e-mail, se quiser
saber mais, telefone. Veja a rapidez que ele responde e como ele responde. Se
a resposta é clara e objetiva ou apenas algo proforma. Um bom RI é
característica fundamental de empresas com boa governança.
Observe os planos da empresa e o histórico dela de recompra de ações ou de
lançamento de ações. Recomprar ações beneficia o acionista pois aumenta a
participação dele na empresa. Lançar novas ações dilui a participação dele e
não é necessariamente ruim pois a capitalização através desta diluição pode
até trazer benefício, mas fique de olho e se for muito exagerado, se a empresa
lança novas ações toda hora através de subscrições ou outros artifício, e a
diluição consequente é expressiva, isso certamente não é um bom sinal.
Pode-se observar também os planos de opções para diretores que muitas
vezes se exagerados, diluem expressivamente a participação do minoritário.
Isso também não é obrigatoriamente ruim mas tem de ficar de olho e ver se
não é exagerado.
Para quem quer analisar mais a fundo, verifique se os planos do Relatório
Anual estão sendo executados ou não. Empresas que todo ano prometem e
não cumprem provavelmente não tem boa governança.
Aliás, o próprio relatório anual é um sinal. A empresa produz um? Qual a
qualidade dele?
Bom, são os sinais a serem observado, mas acima de tudo veja se a empresa
está sendo bem administrada em prol do minoritário, ou seja, mantém sempre
lucros consistentes.
- Como Montar a sua Carteira de Ações?

A primeira coisa é ir com calma. Não se monta uma carteira de ações de uma
vez. O dinheiro que se coloca em renda variável deve ser parte do seu
patrimônio e sempre dinheiro que você não vai precisar e sem prazo. Não
existe prazo. Muita gente diz, vou investir na bolsa para longo prazo, 10 anos.
Investir em ações é se tornar sócio de empresas. Não tem prazo e não tem
porque sair enquanto a empresa for boa. Como mostramos no capítulo de
Patrimônio, o objetivo de acumular patrimônio não é para vender e ter lucro,
esta é a enganação que te faz sustentar o sistema. O objetivo é que o
patrimônio produza renda para você. Não se vira sócio para vender e obter
lucro na variação dos preços, mas para passar a ter participação nos lucros da
empresa. Para ter lucro na variação dos preços se faz trade. Nada de errado,
só não se deve confundir e misturar as duas coisas. Também não é proibido
vender. Se a empresa deixar de ser interessante para ser sócio, faça um plano
de saída. E saia como entrou, devagar. Se o seu patrimônio já é tão grande
que te permita viver tranquilo, nada demais você vender algumas ações para
fazer uma viagem ou seja lá o que for.
Portanto, sabendo disso, vá com calma, comece devagar, entrando aos poucos
nas ações.
ESQUEÇA OS PREÇOS DE COMPRA.
Repito
ESQUEÇA OS PREÇOS DE COMPRA.
No longo prazo o dado menos importante no Buy & Hold é o preço de
compra. Não é à toa que a maioria é obcecada por isso. Mais uma vez eu
tenho que te dizer: Se você faz e fala tudo igual a maioria na bolsa, e a
maioria perde, porque você acha que vai ser vencedor? É o escolhido?
Veja este vídeo sobre este assunto:

Estudo sobre o preço da ação no Buy and Hold


http://www.youtube.com/watch?v=S5FUItBa7zQ
Se a empresa for boa o preço médio tende a zero (devido a distribuição de
dividendos, desdobramentos, etc.)
Se a empresa for ruim, o seu R$ tende a zero.
Vamos ver o gráfico de longo prazo de uma empresa com lucros consistentes:

Como os dividendos e eventuais desdobramentos vão sendo retirados do


preço histórico e como já vimos que as cotações acompanham os lucros no
longo prazo, se a empresa for boa e tiver lucros consistentes o preço médio de
compra do investidor tenderá a zero não importa a que preços ele compre
desde que ele faça compras seriadas através dos tempos. Comprando em
diferentes preços isso vai se diluindo e com a evolução da empresa será o
dado menos importante na determinação do retorno do investimento.
Para o preço de compra ser importante tem de comprar uma quantidade
enorme da ação de uma vez e aí não é compra para ser sócio. É trade. Compra
para ser sócio deve ser feita aos poucos, entrando aos poucos na empresa,
conhecendo a empresa, aumentando a participação e se a empresa for boa
mesmo, através dos tempos irá comprar a preços mais caros. Ótimo, o
objetivo é este mesmo. Quem vem comprando a empresa acima desde os
anos 90 está comprando a preços cada vez mais altos e tendo um retorno cada
vez maior nos investimentos.
Obs.: A primeira seta com o valor de 0,00 é que o valor é tão baixo que o
sistema que só tem duas casas decimais arredonda para zero. Nunca vai
chegar a zero, mas tende a zero se a empresa for boa.
E porque a ação desta empresa teve um desempenho tão bom no longo prazo?

Porque o lucro teve um desempenho excelente, subindo praticamente ano


após ano e a cotação no longo prazo tem de acompanhar os lucros porque não
é Banco Imobiliário. Ação é realidade, um pedaço da empresa ativo real. Se a
empresa vale cada vez mais o preço da ação vai subir mais cedo ou mais
tarde. É como se o valor e o preço fossem ligados por um elástico. Eles
podem se afastar mas acabam correndo juntos mais cedo ou mais tarde.
A disseminação das cotações online, e a ilusão de ser trader sem nem saber
bem o que está fazendo, impede que a maioria se beneficie destes lucros
extraordinários de empresas boas. Porque no curto prazo a cotação desta ação
caiu muitas vezes, até mesmo desabou, passou períodos de queda, mas se o
lucro se mantem consistente no longo prazo é como os gráficos acima. Não é
à toa que o grande gestor de fundos Peter Lynch recomenda em um dos seus
livros que só se olhe a cotação quando for trocar o óleo do carro.
Vejam este exemplo novamente extraído do livro Iludido pelo Acaso:

Olhar as
Bolsa em Alta Bolsa em Queda
Cotações:
A cada Minuto 50,17% 49,83%
Todo Dia 54,00% 46,99%
Toda Semana 59,00% 41,00%
Todo Trimestre 67,00% 33,00%
Todo Ano 93,00% 07,00%

Agora vamos ver o que acontece numa empresa ruim que não tem lucros
consistentes:
O seu R$ tende a zero!
E por quê? Porque a empresa não tem lucros consistentes:
Portanto vamos começar nossa carteira devagar, com calma e sem se
preocupar com preços. Para o pessoal que inventa de colocar um monte de
dinheiro de uma vez em ações eu sempre pergunto:
- Se a bolsa cair 60% em duas semanas você vai ficar tranquilo ou vai vender
tudo no fundo em pânico?
Poucos vão resistir no ambiente de pânico que vai se criar.
Ah, mas isso não vai acontecer!
Controle de risco não é baseado no que você acha que vai acontecer ou não, é
baseado no que pode acontecer e no quanto você vai perder se der tudo
errado. E o quanto você suporta ver seu capital diminuir e continuar tranquilo
que está em boas empresas com lucros consistentes e a cotação no curto
prazo não importa.
Sendo assim, o ideal é entrar devagar. Monte sua carteira com os objetivos
que deseja ter de cada ação e vá comprando aos poucos, um pouco todo mês.
Fazendo assim, se desabar no início, a perda no seu patrimônio será pequena
e vai dando tempo do seu investimento ganhar valor até você colocar mais
dinheiro.
Como já mostramos no capitulo de Patrimônio, uma vez por mês você vai
pegar todo dinheiro novo e investir no que tá para trás na planilha de
investimentos do Trading System do Bem. Se ela mandar investir em ações,
abra a parte de ações e veja o que está para trás e compre aquela ação.
Vejam esta carteira no Trading Sytem do Bem:
Obs: Não é indicação, apenas uma carteira aleatória para demonstrar como
utilizar o sistema:

Vejam que o sistema está mandando comprar Grendene porque ela é a que
está mais longe do objetivo proposto pelo usuário.
Para ver melhor dei um Zoom:

Na hora de montar sua carteira, escolha empresas com lucros consistentes, de


diferentes setores e categorias (crescimento, dividendos, Blue Chips) e
determine um percentual desejado para cada uma. Se estiver em dúvida sobre
os percentuais, coloque o mesmo para todas ações para começar. Você pode
revisar depois. O que importa é começar e começar devagar.
Vamos ver a mesma carteira acima começando:
Aproximando:
O investidor montou sua carteira, colocou os percentuais desejados de cada
ação e começou comprando TBLE investindo em torno de 300 reais que é o
que ele pode investir por mês. Há uma lenda urbana que quem tem pouco
dinheiro ou está começando tem de começar com poucas ações porque ter
mais ações aumenta o custo. O custo está relacionado com a corretagem paga
e a taxa de custódia. A taxa de custódia independe disso e a corretagem será
paga pela compra da ação do mês, não importa se você tem uma ação, 5, 10
ou 50. Se você compra apenas uma ação por mês, a corretagem é a mesma.
Então esqueça esta lenda e monte sua carteira e comece a comprar ações aos
poucos. Assim, 300 reais por mês ou até menos. Coloque todos seus
investimentos no TSDB e no mês que ele mandar comprar ações vá lá e
compre a que está para trás. Veja que no momento o sistema está
considerando AMBV, CIEL e VALE para trás. Como só tem uma ação
comprada até o momento, as três são indicadas, mas isso não tem
importância. Você está começando e investindo pouco dinheiro, compre
qualquer uma das três. Conforme for tendo mais ações na sua carteira, o
sistema vai indicar apenas uma como ele fez no quadro acima com Grendene.
Veja que a compra foi de 10 ações, no fracionário. Outra lenda urbana
envolve o fracionário e o pessoal fica muitas vezes reticente com compras no
fracionário. Comprar no fracionário é a mesma coisa. O custo pode ser maior
em algumas corretoras, em outras nem tanto mas a compra em si é a mesma
coisa. Não existe ação lote e ação fracionário. Cada ação equivale a mesma
coisa seja ela comprada em lote ou no fracionário. E se juntar um lote
comprando no fracionário vira um lote da mesma forma. Fracionário e lote
são apenas formas de comprar, de negociar a ação, mas a ação é a mesma e
vale a mesma coisa, não importa de que forma você compre. Se seus aportes
mensais são pequenos, compre no fracionário, não tem problema algum. O
que importa sempre é ir acumulando patrimônio em valor. O resto é
secundário.
Já vimos como se começa a comprar a carteira, vamos ver como montar, o
que na verdade vem antes.
- Como montar a Carteira, Primeiros Passos:
A primeira coisa fundamental, é que sua carteira de ações só tenha empresas
boas com lucros consistentes.
SUA CARTEIRA SÓ DEVE TER EMPRESAS BOAS COM LUCROS
CONSISTENTES!
Você vai se tornar sócio destas empresas, portanto é bom que elas sejam
boas. Claro que não há garantias e eventualmente uma empresa boa pode
ficar ruim, mas a proteção disso é a diversificação e não adivinhar o futuro.
EMPRESAS BOAS E BEM ADMINISTRADAS TENDEM A
CONTINUAR BOAS.
EMPRESAS RUINS E MÁ ADMINISTRADAS TENDEM A CONTINUAR
RUINS.

Claro que vai ser necessário um acompanhamento anual para ver se as


condições que o fizeram se tornar sócio de uma empresa continuam existindo
e claro que uma parte pequena do seu capital pode estar em empresas
pequenas não tão boas que tem potencial de se tornar boas e ter um retorno
grande, apesar de que esta segunda parte seria para quem já tem mais
experiência e capital. Mas na média as empresas boas tenderão a continuar
boas e passar pelos períodos de dificuldades e se a sua carteira só tiver
empresas boas com lucros consistentes o retorno dela tenderá a ser bom
mesmo que se perca em uma ou duas que no meio do caminho se percam.
E o que fazer se uma empresa que era boa ficar ruim?
Assista se quiser novamente o Vídeo:
Quando sair dos Investimentos - O Conceito Absurdo do Empate
http://www.youtube.com/watch?v=JfgJkiB-AZQ

Pois bem então o primeiro passo é escolher empresas boas. Já demonstramos


o que elas tem: Lucros consistentes, caixa e dívida equilibrados, crescimento
se for empresa de crescimento principalmente e boa governança. Agora é
buscar estas empresas. Vamos filtrar?
http://www.bastter.com/Mercado/Acao/Default.aspx
Clique na aba Filtrar:

Para começar, apenas como primeiro passo, vamos preencher apenas os três
primeiros campos do Filtro e ordenar os resultados por Margem:
Claro que só isso não basta e mais à frente o investidor pode querer estudar
mais a fundo empresas, mas para começar é uma boa forma de filtrar e retirar
da seleção a grande maioria das empresas que não são interessantes para ser
sócio. Preencha um valor em Lucro Líquido para retirar da seleção, ao menos
neste início, um monte de empresas minúsculas que muitas vezes tem dados
distorcidos e precisam ser estudadas mais a fundo. Pode-se colocar algo
como 300 milhões, se quiser restringir mais, aumente este valor até cerca de 1
Bilhão. Se ficar muito restrito, volte e diminua o valor.
Para margem a base como dissemos é de 20% mas este valor irá excluir
algumas boas empresas notadamente do setor de consumo. Se colocar mais
alto que isso a filtragem será bem restrita. Cada um deve decidir e pode-se
fazer em duas etapas. Uma com margem alta e ROE normal. Outra em que se
diminui a margem e se aumenta o ROE em busca das boas empresas de
consumo e setores de mais giro.
É ideal que o ROE tenha alguma sobra em relação a taxa de juros do
mercado. Cada um decide quanta sobra deseja e quanto mais sobra, mais
restrita a filtragem.
Análise de empresas não é matemática, mas esta é uma forma de fazer uma
primeira filtragem para quem está começando.
Pode ser que você já tenha algumas empresas em mente e não precisa passá-
las pelo filtro mas vá na página delas, veja a evolução anual, veja se tem
lucros consistentes e se tiver dúvidas cada empresa tem um mural para
discussões. Coloque suas dúvidas que serão prontamente respondidas.

Para achar a página da empresa que deseja vá à Área de Ações da


Bastter.com em
http://www.bastter.com/mercado/acao/default.aspx
e use o mecanismo de busca:
Ou colocando o código da ação a esquerda ou clicando na primeira letra do
código. Depois é só clicar na ação quando ela aparecer e ir para a página dela.
Depois é só ir La embaixo na página da ação e encontrar o Mural. Clique em
Enviar Comentário para colocar suas dúvidas e participar da discussão.
Clique em Seguir Empresa para passar a receber notificações e comunicados
da empresa, o que é bastante interessante se você é sócio da empresa.
Lembre-se, participando, você aprende mais!
Voltando ao filtro, após esta primeira filtragem, que irá trazer de 20 a 100
empresas mais ou menos, dependendo do quanto você foi mais ou menos
restrito na filtragem, vá clicando nas empresas no resultado do filtro, o que
vai levar para a página dela e estude os lucros, caixa e dívidas, etc. Selecione
as que preenchem seus critérios para ser sócio, coloque suas dúvidas no
mural e vá fazendo a sua lista. Tente restringir a umas 20 empresas como
uma lista inicial e aí vamos ver setores e categorias.
- A Divisão por Setores e Segmentos:
Para uma maior diversificação, não é interessante que sua carteira foque em
poucos setores apenas, fique muito restrita a poucos setores. Um Cisne Negro
em um setor, se a carteira estiver muito concentrada, pode trazer um dano
imenso a sua carteira.
Temos diversos setores e segmentos (que são divisões dentro dos setores).
Novamente basta ir na Área de Ações da Bastter.com e verificar segmentos e
setores das ações da sua carteira.
O
Observem a empresa ODONTOPREV (é apenas um exemplo, não é
indicação de compra!).
Vejam que no cabeçário da empresa alem de muitas outras informações
temos o SETOR: Consumo não Cíclico e o SEGMENTO DE MERCADO:
Serv. Méd. Hospit..Análises e Diagnósticos. SUBSETOR normalmente não
damos muita importância. Mas o SETOR é muito amplo. Vamos ver:
Clicando na Aba SETOR em cima abrem as empresas do setor e podemos ver
parte delas nesta imagem:
A ODONTOPREV é basicamente um Plano de Saúde Odontológico o que
tem a ver com a AMIL mas não tem nada a ver com a AMBEV ou
BOMBRIL ou BRFOODS e muitas outras na lista. E esta é apenas metade da
lista. Logo, vamos usar SEGMENTOS clicando na Aba SEGMENTO:

Agora sim temos empresas que tem ligação com a ODONTOPREV e que
podem ser atingidas por problemas semelhantes na economia. Portanto tendo
a lista de 20 ou 30 ações da filtragem inicial, vamos verificar indo na página
delas e clicando na Aba SEGMENTO se tem empresas do mesmo
SEGMENTO. Não é errado ter, por exemplo, duas do mesmo SEGMENTO
em uma carteira com 14, 16 empresas, por exemplo, mas evite muita
concentração pois irá aumentar o seu risco. As vezes o investidor tem dúvidas
entre duas empresas do mesmo SEGMENTO e divide o investimento entre as
duas, mas as duas dividirão o percentual na carteira que iria para uma só e
desta forma, apesar de ter duas empresas do mesmo SEGMENTO ele estará
até aumentando a diversificação. Vale dar uma olhada em SETORES apenas
para se certificar que não há uma concentração excessiva em um SETOR.
Apesar de SETORES serem muito amplos como vimos não é interessante que
sua carteira esteja quase toda no mesmo SETOR.
Muito cuidado para não colocar grande parte da sua carteira no SEGMENTO
da vez. Sempre tem uma área que está tendo um desempenho melhor em cada
época. Às vezes é Consumo, as vezes Cíclicas, as vezes Bancos, etc. O
investidor, especialmente o que está começando fica tentado a colocar grande
parte da carteira naquela área que está tendo um desempenho melhor naquela
época. Você está se tornando sócio de empresas sem prazo. Está montando
uma carteira de ações sem prazo para ser sócio das empresas enquanto elas
forem boas, portanto, diversifique. O que está bom hoje, fica ruim amanhã e
vice-versa, importante que sua carteira tenha uma boa diversificação e acima
de tudo, só ações de empresas boas com lucros consistentes.
Analisando os SETORES e SEGMENTOS e estudando as empresas da nossa
lista inicial e colocando nossas dúvidas no mural, conseguimos retirar
algumas da lista e diminuir a quantidade de empresas para ser sócio chegando
mais próximo da nossa carteira.
Para visualizar os Setores e Segmentos da sua Carteira de ações pode-se
coloca-la no Trading System do Bem e clicar na aba Gráficos:
Vamos ver diversos gráficos como por exemplo este de Segmentos:
Há gráficos de posição e objetivos por ações, setores e segmentos. Olhando
os gráficos fica mais fácil ajustar a carteira por segmentos e setores e manter
uma diversificação equilibrada.

Agora vamos ver as categorias.


Categorias de Empresas:
O grande gestor e autor Peter Lynch colocou em um dos seus livros uma
divisão de empresas quanto a categorias e crescimento. Veja em:
http://www.bastter.com/mercado/grupos/Forum.aspx?g=226&t=640654
Quem quiser estudar mais a fundo e fazer uma divisão mais elaborada tem o
link acima e os livros do Peter Lynch. Aqui optei por uma simplificação que
servirá a maioria dos pequenos investidores amadores, categoria na qual eu
me incluo.
Trabalho apenas com três categorias:
Blue Chips, Crescimento e Dividendos.
Dentro das Blue Chips há as Cíclicas como Petrobras e Vale e outras que não
são cíclicas.
Na categoria Crescimento temos as que são de Crescimento rápido que são
claramente de crescimento e que estamos visando para esta categoria mas há
as de crescimento moderado que ficam num meio termo entre crescimento e
dividendos. Se uma empresa destas te interessar, e há empresas boas nesta
categoria veja se ela tende mais a crescimento ou dividendos e inclua nesta
divisão. Se for mudando, e qualquer uma pode mudar através dos tempos,
troque de Categoria na carteira.
Dividendos são as chamadas de crescimento lento. Como já vimos acima,
distribuem quase todo o lucro então não se espera que cresçam, mas trazem
retorno ao acionista por terem lucros consistentes e distribuírem este lucro
que sendo reaplicado vai equilibrar a carteira e seus investimentos.
Já foi visto acima no item Crescimento da análise de empresas como fazer
esta divisão.
Resumindo as empresas de dividendo tem Payout próximo de 100% e as de
crescimento rápido tem Payout baixo, próximo de 30% e taxa de crescimento
dos lucros em 5 anos acima ou próximo de 20%. As de crescimento
moderado ficam no meio disso e você vai classificar na sua carteira para o
lado que ela tende mais. Na avaliação anual da sua carteira, verifique se estas
e todas continuam nas suas categorias e ajuste conforme a necessidade.
Blue Chips são as principais empresas da bolsa, as maiores empresas da
bolsa, as grandes cíclicas, os grandes bancos, as grandes empresas, etc.
Para definir as Blue Chips pode-se utilizar os Ranks da Área de Ações. Em
http://www.bastter.com/mercado/acao/default.aspx clique na aba Ranks e
verifique as maiores por Valor de Mercado e por Patrimônio Líquido. As que
estiverem presentes entre as maiores das duas listas podem ser consideradas
Blue Chips. Mas atenção, isso por si só não garante boas empresas. Antes de
tudo é necessário ter lucros consistentes e preencher seus critérios para ser
sócio.
Agora é decidir como vai ser a sua carteira.
De onde se parte:
Da mesma forma que eu disse acima que se tiver dúvidas, coloque o mesmo
percentual para todas empresas, aqui se começa com a mesma proporção:
Um terço de Blue Chips
Um terço de Crescimento
Um terço de Dividendos
A partir disso cada um ajusta como achar melhor.
Uma carteira mais conservadora tem mais Blue Chips e Dividendos.
Uma carteira mais agressiva tende mais a Crescimento.
Você tem de achar o seu ponto de equilíbrio e reavaliar anualmente.
Determinando os percentuais que você deseja e considerando também os
SEGMENTOS e, óbvio, as empresas que mais te agradaram no estudo que
fez das empresas, vá montando a sua carteira. Não fique obcecado por
detalhes. Ninguém vai conseguir uma divisão por SEGMENTOS e
CATEGORIAS perfeita, com os percentuais exatos. Este é um roteiro, um
guia, e você vai se manter próximo dele e equilibrar sua carteira conforme
seu planejamento, mas não precisa ser exato até a segunda casa decimal.
Agora vamos colocar a carteira no Trading System do Bem como foi
demonstrado acima, com os percentuais desejados e ir construindo a carteira
com investimentos mensais segundo nosso planejamento financeiro e
diversificação de investimentos. Mostramos numa figura acima, que
repetimos aqui, uma carteira formada inicial. (Esta não é uma carteira
recomendada, apenas ações que foram colocadas aleatoriamente como
exemplo!)

Observem que a carteira está montada, com os percentuais desejados (Coluna


Objetivo) e agora é ir montando mês a mês. O investidor só comprou uma
ação, começou com pouco mais que 300 reais, mas isso não importa. A
carteira dele está montada e agora é ir comprando as ações, reavaliando as
empresas se continuam boas e a carteira em geral.
Mãos à Obra!
Monte sua carteira, coloque suas dúvidas no mural das ações que está
estudando, suas dúvidas gerais no Grupo Quadro de Ações:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=226
E se quiser um acompanhamento mais de perto, depois de colocar sua carteira
no Trading System do Bem, vá no Bastter Coach para perguntas sobre sua
carteira:
http://www.bastter.com/Mercado/Coach/Default.aspx
Obs.: Não indicamos ações, o intuito é apenas te ajudar a aprender a montar
sua carteira.
Obs.: O Bastter Coach é restrito a Bastter Blue, veja como se tornar Bastter
Blue:
http://www.bastter.com/Mercado/BastterBlue/como-obter-acesso.aspx
- IPOs, Pré-Operacionais e Turnarounds
IPOs são empresas que estão sendo lançadas na bolsa pela primeira vez, ou
Ofertas Públicas Iniciais. Algumas vezes os balanços de alguns anos da
empresa são divulgados antes da IPO mas a princípio será muito difícil saber
se a empresa tem todos os critérios que exigimos para ser sócio. Além do
mais após a IPO você sempre poderá comprar a ação e, a despeito da pouca
importância do preço de compra, na maior parte das vezes a um preço menor
do que a IPO. Portanto segure a ansiedade, espere algum tempo (anos
usualmente), quando for possível realmente avaliar a empresa decida se
preenche os seus critérios para ser sócio ou não.
Pré-Operacionais são empresas como diz o nome, em fase pré-operacional.
Não tem receita logo não tem lucros e nem se espera que tenha pois ainda
estão sendo formadas em fase de investimentos para produzir no futuro, na
maior parte das vezes em alguns anos. A análise de pré-operacionais é
dificílima pois não se pode analisar por lucros consistentes já que é normal
que ela não tenha lucros pois não está em fase de produção. A análise tem de
ser de perspectivas futuras e é altamente complexa. Eu pessoalmente não me
sinto capacitado a analisar pré-operacionais. Se você tem esta capacidade,
pode separar pequena parte do capital para investir nelas. Se vierem a se
tornar operacionais com lucros consistentes o retorno poderá ser expressivo,
mas o risco é enorme.
Turnarounds são empresas quase falidas ou em situação deplorável que
conseguem se reestruturar e passar a ter lucros consistentes. Vejam um
exemplo dos últimos anos:
Observem que uma empresa quase falida em 2004, que quase ficou sem
patrimônio, não tinha lucro e tinha uma dívida imensa, trabalhou na
diminuição da dívida e a partir de 2009 passa a ter dados expressivos e lucros
consistentes, que já vinham melhorando desde 2005.
Óbvio que o gráfico de cotação e lucros acompanha:
Observem que interessante que se o investidor esperou a empresa realmente
demonstrar que estava melhorando e passando a ter lucros para entrar nela,
entrou praticamente pelo mesmo preço de quem tentou adivinhar lá atrás.
Novamente eu reitero que preço de compra tem pouca importância mas este
exemplo serve para demonstrar que a obsessão de encontrar a próxima
turnaround que muitos tem é altamente improdutiva. Vai perder na maioria
porque a maioria das empresas ruins não vai ficar boa e nas poucas que
acertar seu retorno não será muito mais expressivo do que de quem analisa
lucros consistentes e pronto.
Claro que se você já é experiente e já acumulou um patrimônio considerável
em ações de empresas boas, nada demais, separar uma parte para empresas
que realmente possam estar se reestruturando mas repito o que eu escrevi lá
em cima:
Notícia não é lucro.
Reestruturação não é lucro.
Mudar de nome não é lucro.
Ser comprada ou comprar outra não é lucro
Trocar de presidente não é lucro
Dizer que vai fazer isso ou aquilo não é lucro
Analista dizer que o preço alvo é sei lá aonde não é lucro

LUCRO É LUCRO E CONSISTENTE


Mesmo nas Turnarounds vá atrás de lucros ou ao menos da perspectiva
sólidas de lucros. Não vá atrás de historinha. Toda empresa ruim tá sempre se
reestruturando e liberando planos de reestruturação. Tem empresa ruim que tá
se reestruturando há 20 anos e nada.
Concluindo, quem tem muita experiência, já acumulou um patrimônio
considerável em ações de boas empresas, tem tolerância ao risco e disposição
e tempo para estudar mais, pode separar parte do capital para estas empresas
de maior risco (Turnarounds e pré-operacionais), mas mesmo para estes isso
é exceção e não a regra. A regra são empresas boas com lucros consistentes.
- Reavaliação Anual:
Primeiro você vai selecionar as empresas da sua carteira, depois de acordo
com os Segmentos e Categorias e suas preferências pessoais, vai montar sua
carteira com os objetivos percentuais para cada ação. Depois você coloca a
carteira na Planilha de Investimentos do Trading System do Bem, e uma vez
por mês pega todo dinheiro novo e investe comprando ações nos meses que o
sistema indicar a compra de ações. E assim a sua carteira vai crescendo.
Mas Buy & Hold não é Buy & Forget (Comprar e Segurar não é Comprar e
Esquecer).
Ser sócio de boas empresas não significa casamento para sempre. Além do
mais seu perfil e interesses pode mudar assim como a composição dos seus
investimentos. Nos seus estudos novas empresas interessantes podem surgir e
outras que considerava interessante podem te deixar em dúvida.
Portanto vamos reavaliar nossa carteira de ações (e todos nossos
investimentos) anualmente. A época de reavaliar é após os balanços anuais
das empresas portanto algo em torno de abril quando acaba o prazo para
entrega dos balanços anuais. Algumas podem não cumprir o prazo mas isso é
um péssimo sinal e razão para reavaliar sua participação naquela empresa.
Você pode também determinar que fará a reavaliação anual após a última
empresa da sua carteira entregar o balanço mas início de Abril acho que é
uma boa escolha e faz com que a avaliação seja feita sempre na mesma época
até mesmo porque será uma reavaliação de todos seus investimentos e não só
das ações.
Em primeiro lugar vamos reavaliar nossos investimentos e decidir se as
proporções para Renda Fixa, Ações, Fiis, Moedas e eventualmente Imóveis
estão como desejamos ou se queremos fazer algum tipo de ajuste. Os
percentuais de cada um dos outros investimentos também devem ser
reavaliados dentro de cada categoria, por exemplo, dentro de renda fixa, o
percentual determinado para Poupança e Títulos. Lembrando sempre que o
que importa são os percentuais desejados, os objetivos percentuais e não os
percentuais reais, estes serão ajustados com as variações do mercado e os
novos aportes, progressivamente.
Considerando agora as ações vamos em primeiro lugar olhar o quadro de
ações de cada empresa e ver se as condições que nos tornaram sócio
permanecem. Vamos a um exemplo:
Se você era sócio desta empresa em 2011, em 2012 ela continuou com lucros
consistentes, crescimento, caixa e dívida equilibrados e provavelmente boa
governança. Não é necessário reavaliar governança de uma empresa boa que
continua boa. A análise neste caso é bem rápida, a empresa permanece na
planilha E SÓ PRECISA OLHAR DAQUI A UM ANO! Não leia notícias
sobre ela, não participe dos histerismos criados quando a cotação cai no curto
prazo, NÃO OLHE A COTAÇÃO e se não quiser, nem os balanços
trimestrais. A empresa preenchia seus critérios, continua preenchendo e só
vai deixar de preencher se apresentar um balanço anual ruim. Portanto você
só precisa olhar daqui a um ano no próximo balanço anual e quanto menos
acompanhar melhor, por incrível que pareça. Foque em trabalhar, poupar,
reaplicar os dividendos e comprar mais ações.
Alguns vão querer olhar mais a fundo o Relatório Anual da empresa e estudar
mais antes de concluir mas para a maioria um quadro bom que continua
preenchendo seus critérios basta para continuar sócio, você tem a proteção da
diversificação e horas no trabalho vão produzir mais enriquecimento do que
horas estudando as empresas a fundo.
Agora vamos ver outro exemplo:
A despeito de esta empresa ter muito não-recorrentes, a situação obviamente
piorou expressivamente e os lucros caíram muito. Além disso, houve perda
de patrimônio (o que por si só não é necessariamente ruim, as vezes sendo
decorrente do pagamento de dividendos, mas numa situação de piora é mais
um dado), aumento das dívidas e o FCL apesar de ainda positivo caiu muito
por motivos operacionais (FCO) e não por aumento expressivo dos
investimentos (FCI).
Isso não quer dizer que você tenha que deixar de ser sócio da empresa, mas
no mínimo teria de estudá-la mais de perto.
E assim vamos a categoria das empresas na nossa carteira:
- Sócio – São as empresas da sua carteira que continuam preenchendo seus
critérios para ser sócio, e que só precisam ser reavaliadas anualmente.
- Estudo – Empresas da sua carteira podem estar em estudo porque há
dúvidas se ainda preenchem seus critérios para ser sócio ou são empresas que
não fazem parte da sua carteira mas que você está estudando e que poderão
fazer parte no futuro se preencherem seus critérios.
- Quarentena – Empresas que aparentemente não preenchem mais seus
critérios mas que você ainda tem dúvida quando a mantê-las na sua carteira
ou não. A quarentena significa que você não vende a empresa mas também
não compra mais. Como as ações em estudo, estas podem ser avaliadas mais
de perto.
- Saindo – Você decidiu deixar de ser sócio e está saindo da empresa. Mas da
mesma forma que entrou, não precisa sair na correria. O dinheiro da venda
das ações entra para o bolo de dinheiro novo para os investimentos mensais
seguindo a Planilha de Patrimônio. A não ser que haja uma razão muito
especial, tente não vender mais do que 20 mil reais por mês o que te isenta de
impostos a não ser que esteja com prejuízo na ação pois aí não há incidência
de impostos. De qualquer forma saia devagar, da mesma forma que entrou e
nada impede que mude de ideia e coloque em quarentena novamente no meio
do processo.

Categoria Descrição
Sócio Reavaliar Anualmente
Estudo Olhar mais de perto para entrada ou saída
Deixa na carteira, não vende, mas não
Quarentena
compra mais.
Saindo Saindo da empresa aos poucos

Na reavaliação anual, determine a categoria de cada ação da sua carteira e


haja de acordo.
Obs: No TSDB você pode classificar suas ações e todos seus investimentos
com as quatro categorias acima.

Vamos a outro exemplo:


Veja que a empresa piorou um pouco em margem e ROE mas continua com
dados muito bons e com FCL positivo. E aí vem um conceito muito
importante: Piorar não é igual a ficar ruim. Você deve sair de empresas que
ficaram ruins e não preenchem mais seus critérios para ser sócio. Mas não
deve sair de uma empresa só porque ela piorou se ela continua boa. Empresas
não melhoram todo ano sem parar. Desde que ela continue boa um ano pior
não é nada demais.
Fique atento também ao risco sistêmico, quando há crise mundial e tudo
piora. Empresas boas, especialmente com margem alta conseguem passar por
estes períodos ainda com lucros mas haverá piora. Se há crise sistêmica seja
complacente e não siga a manada e as recomendações absurdas da mídia
terminando por vender sua carteira toda no fundo quando deveria estar
comprando mais ações. Se você vai ser sócio de boas empresas a vida toda
passará por crises e quanto menos olhar a cotações e ler notícias mais fácil
será passar por estes períodos sem vender sua carteira no fundo em pânico e
detonar seu plano de Buy & Hold.
E como decidir?
Um balanço anual ruim na maior parte das vezes é muito pouco para decidir
sair de uma empresa e tem de se tomar cuidado para equilibrar entre girar
patrimônio e ficar casado com uma empresa ruim.
Dois anos de balanços ruins, e repito, piorar não é necessariamente ruim, é
uma média aparentemente boa mas cada um tem de criar seus critérios e usar
o bom senso. Pode ser que um balanço anual venha tão ruim que já seja
suficiente para tomar alguma decisão. Sempre que estiver em dúvida, é
simples, coloque a ação de quarentena e deixe de quarentena até reavaliar. Se
a empresa continuar boa, você continua sócio dela. Se ela realmente estiver
deixando de ser uma empresa boa, estando em Quarentena, você não está
comprando mais, a participação dela na sua carteira está diminuindo, e o risco
associado a ela também.
Cuidado se a planilha manda comprar sempre a mesma ação. Claro que não
vamos determinar os nossos investimentos por preços e não avaliamos
empresas por cotação, mas se a cotação de uma ação está desabando sem
parar e somente ela, ou seja, não é risco sistêmico, não é um mercado em
queda geral, vale ficar de olho e ver o que o mercado está dizendo e quem
sabe após três ou mais compras, colocar de quarentena até ter uma ideia
melhor.
Importante sempre ter bom senso, ficar tranquilo, não ficar obcecado por
detalhes, se dedicar ao seu trabalho e a poupança mensal e ir construindo a
sua carteira. O objetivo é simples: Ter cada vez mais ações de boas empresas.
Sobre como sair de empresas, quem ainda não viu, pode finalmente agora
Assistir o vídeo
Quando sair dos Investimentos - O Conceito Absurdo do Empate
http://www.youtube.com/watch?v=JfgJkiB-AZQ

Vamos agora ao último item em discussão e que traz sempre muita polemica:
- Caro ou Barato:
Como eu demonstrei acima diversas vezes, o fator menos importante numa
carteira de ações é o preço de compra das ações.
Se a empresa for boa, seu preço médio tende a zero.
Se a empresa for ruim, seu R$ tende a zero.
Ainda assim a maioria é obcecada com preço de compra o que não é de
estranhar porque a maioria na bolsa normalmente está errada.
Não é que preço de compra seja algo sempre inútil. Depende do que você está
fazendo.
Se você faz B&H passivo que é a forma mais adequada a grande maioria dos
pequenos investidores amadores, o preço de compra como já foi demonstrado
é quase que desprezível.
Outra coisa muito comum é o tal de a empresa é boa mas está cara. E se ela é
boa você acha que ela estaria barata porque no mercado só tem tontos?
Empresas que lucram muito não são baratas.
Vamos a um exemplo:

Esta é uma empresa com lucros consistentes.


Observem que em 2002 ela tinha praticamente o mesmo P/L que em 2012.
Vejam como o Lucro Por Ação evoluiu neste período quase multiplicando
por 4, período em que a cotação da ação multiplicou quase por 10 devido ao
crescimento extraordinário dos lucros da empresa.
Mas em análises pueris como as que a gente vê por aí em 2002 ela estava
“cara”. Assim como em 2003, 2004, 2005 e até hoje continua cara.
Óbvio, com os lucros da empresa ela vai ser dada a preço de banana porque
exatamente? Vejam que mesmo no auge da crise de 2008 o P/L caiu mas não
tanto.
Aí vai a primeira lição para quem deseja usar algum tipo de precificação:
P/L ATUAL COMO DADO ISOLADO NÃO QUER DIZER
ABSOLUTAMENTE NADA.
O P/l (preço sobre lucros) é o marcador de precificação de ações mais
utilizado e mais mal utilizado. O histórico do P/l junto com outros
indicadores, olhando a floresta e não uma árvore isolada até pode ter algum
valor para quem usa precificação. Isolado não quer dizer nada.
Além do mais P/L é uma equação, ou seja, um P/L baixo pode subir com alta
dos preços ou queda dos lucros, logo P/L baixo por si só não configura
oportunidade alguma. Aliás esta palavra oportunidade é extremamente
danosa aos que querem montar uma carteira de ações. A oportunidade de
comprar ações de empresas boas é todo dia, a qualquer hora, a qualquer
preço. Importa apenas é se a empresa é boa e tem lucros consistentes.
Não é escopo deste livro a precificação ou o Valuation de empresas. Mas é
sim demonstrar o pouco valor disso para a maioria.
Não que precificação e Valuation sejam algo errado. Longe disso, é um
estudo muito sério. Mas muito sério e complexo e não apenas olhar P/L ou
pior dizer que o preço está abaixo do Valor Patrimonial (VPA) então pronto,
é uma boa compra. Não existe nada disso.
Para usar algum tipo de precificação e isso se justificar precisa de duas
coisas:
1 – Estudar muito a matéria e desenvolver um método de precificação próprio
e complexo. Por mais que eu prefira as coisas simples, aqui não tem nada
muito simples e estes métodos que o pessoal usa de olhar o P/L atual ou algo
assim são ridículos.
2 – Comprar uma quantidade de uma vez que justifique o uso de precificação.
Ficar estudando precificação para fazer compras mensais de pouca
quantidade em cima de uma carteira de ações é totalmente inútil. Para se
beneficiar de precificação é necessário fazer trades de valor, ou seja comprar
uma quantidade grande da ação de uma vez e é isso mesmo, trade de valor.
Para o B&H passivo que eu ensino aqui, com compras mensais de pequena
quantidade, o preço de compra é totalmente desprezível.

Agora pior do que usar algum método de precificação para compras mensais,
o que é inútil mas pode não trazer grandes danos além das horas gastas com
isso, é usar método que indicam sair de uma empresa boa porque está “cara”.
Isso é mortal. O seu grande ganho nos investimentos virá de bons
investimentos que você permaneça por longos períodos. Quanto maior o
tempo de investimento menor os custos e impostos e maiores os juros
compostos. Vamos rever a figura:
Você fica um longo tempo numa ação de uma boa empresa e quando os juros
compostos vão começar a agir de forma extraordinári como pode ser visto no
gráfico acima, você decide sair porque através de algum método boboca de
precificação chega à conclusão que a ação está cara. Além da perda com
impostos, taxas, spread, etc., há uma perda enorme de valor e juros
compostos. Volte a olhar o histórico de P/L e LPA da empresa acima e veja
que muitos achariam cara lá atrás e ela continuou crescendo e lucrando cada
vez mais. Quem ficou viu seus investimentos explodirem. Quem saiu foi
provavelmente para uma empresa ruim que o mesmo método boboca disse
estar “barata” e continua esperando acontecer alguma coisa boa.
Buy & Hold significa comprar ações de empresas boas e permanecer sócio
enquanto elas continuarem boas. Não significa adivinhar que empresas serão
boas daqui a 10 ou 20 anos e nem sair de empresas que ainda são boas por
razões malucas como estar “cara”.
Portanto exclua as palavras Caro e Barato do seu plano, pare de olhar
cotações e não perca seu tempo com precificação a não ser que realmente
você esteja disposto a estudar o assunto a fundo e assumir o risco de trades de
valor. E, por mais que você estude, não há garantia nenhuma que o resultado
será melhor do que o B&H passivo. Pode ser ou não e o ideal é que você
mantenha a maior parte da sua carteira como B&H passivo mesmo que você
inclua o trade de valor na esperança de um retorno maior de parte da sua
carteira que te permita acumular mais patrimônio no longo prazo.
4 – Remuneração de Carteira e Venda Coberta

O que é remuneração?
Vamos ver primeiro a definição da Wikipedia em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Remunera%C3%A7%C3%A3o
Salário ou remuneração é o conjunto de vantagens habitualmente atribuídas
aos empregados, em contrapartida de serviços ao empregador, em quantia
suficiente para satisfazer as necessidades próprias e da família.
Segundo alguns juristas, a diferença entre os termos salário e remuneração,
está no fato do primeiro dizer respeito apenas ao pagamento em dinheiro, e o
segundo engloba também as utilidades, como alimentação, moradia,
vestuário, e outras prestações in natura. Segundo legislação brasileira, salário
é o valor pago como contraprestação dos serviços prestados pelo empregado,
enquanto remuneração engloba este, mais outras vantagens a título de
gratificação ou adicionais.
Pois bem, mas vamos trazer para a carteira de ações. Vamos remunerar a
carteira de ações, ou tentar tirar uma renda da carteira de ações. Não tem nada
a ver com defender queda, que aliás é mais um dos conceitos de manada
ensinados pela mídia. Como já vimos no capítulo anterior, a queda não
interfere em nada com a sua carteira de ações e você não perde nada.
Eis aqui um teste para saber se você ta preparado para sobreviver na
Bolsa de Valores:
- A queda te incomoda?
Você não tá preparado...

Então qual o objetivo da remuneração?


Na fase inicial em que se está montando a carteira tem efeito multiplicador,
de juros compostos sobre a carteira.
Quando já se tem patrimônio acumulado suficiente para ter tranquilidade
financeira, a remuneração pode ser retirada para seus gastos.
Então quer dizer que é um dinheiro fácil que tiro da minha carteira de ações?
Não existe dinheiro fácil, só existem inúmeras formas fáceis de perder
dinheiro quando se busca dinheiro fácil.
Há diversos níveis de remuneração alguns de baixíssimo risco ou até sem
risco e outros de risco maior. Quanto mais remuneração se busca com os
métodos que possuem risco, maior o risco assumido e se não for bem feito,
poderá ocorrer remuneração negativa diminuindo a carteira ao invés de
aumentar.
Portanto vamos com calma e seguindo o mantra Bastteriano:
OPERE PEQUENO!

Vamos ver os diversos tipos de remuneração de carteira de ações, terminando


pela Venda Coberta de opções.
- Dividendos e outros Proventos:
a) Proventos em Dinheiro:
Dividendos, Juros sobre o Capital Próprio e Bonificação em Dinheiro
http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/entendendo-o-
mercado/proventos-juros-dividendos-subscricoes.aspx
Dividendos, assim como Juros sobre o Capital próprio alem de bonificação
em dinheiro (esta última bem rara) são formas de remunerar o acionista com
dinheiro. Por serem descontados do preço da ação e do capital da empresa,
não é propriamente uma remuneração, pois não é um extra, mas de qualquer
forma por terem efeito cascata nos juros compostos na fase de acumulação e
por servirem como renda na fase final, podemos classificar como
remuneração.
É muito importante entender que os dividendos são descontados do preço da
ação e retirados do capital da empresa para não criar fantasias mágicas em
relação aos dividendos como é tantas vezes divulgado por aí.
OS DIVIDENDOS SÃO DESCONTADOS DO PREÇO DA AÇÃO E DO
CAPITAL DA EMPRESA!
DIVIDENDO NÃO É BRINDE E NEM DINHEIRO CRIADO A
PARTIR DO NADA!
Não há nenhuma vantagem em comprar uma ação para receber os dividendos
no curto prazo. (obs: Há uma forma de obter um benefício fiscal fazendo isso
que alguns grandes investidores utilizam, mas para a maioria isso é
irrelevante.)
De qualquer forma no Longo Prazo a reaplicação dos dividendos leva a um
efeito cascata dos Juros Compostos e eles devem ser sempre reaplicados na
fase de formação da carteira.
Se não reaplicar os dividendos enquanto estiver formando a carteira nunca
vai ter uma carteira. Eles podem até ser reaplicados em outra ação ou até
mesmo em outro investimento como por exemplo, renda fixa, se o sistema
indicar, mas tem de ser reaplicados. Como são descontados do preço da ação
e do capital da empresa, se não reaplicar nunca vai ter nada.
Quando tiver capital suficiente para ter tranquilidade financeira se
transformam, aí sim, em instrumento de renda.

Assista ao Vídeo
Desmistificando os Dividendos
http://www.youtube.com/watch?v=7-xpfEKjCak
Para entender estes conceitos básicos de Dividendos.

De qualquer forma vamos demonstrar isso de forma simples:


Como é o processo de distribuição de dividendos?
1) Em uma Assembleia a empresa decide distribuir dividendos ou outro
provento, bem como quanto será distribuído de dividendos por ação.
2) É determinado o dia que a ação vai ficar Ex-Dividendos e o prazo para
pagamento dos dividendos ou a data e isso é anunciado ao público.
3) No dia que a ação deve ficar EX o valor líquido do provento é
descontado do preço da ação.
obs: Uma ação que fecha a 40 irá distribuir 1 real de dividendos. A
bolsa modifica o fechamento da ação para 39. No dia seguinte, a partir
do leilão de abertura o mercado faz o que quiser e volta a determinar os
preços.
Exemplificando:
Ação a 40 – 1 = 39.
Antes você tinha 40
Agora você tem 39 + 1 e irá receber 1 somente na data de distribuição
dos dividendos.

A única diferença dos JCP para os dividendos é que há um benefício fiscal


pois enquanto a empresa paga 25% de IR sobre os dividendos e distribui, nos
JCP quem paga é o acionista, mas paga somente 15%. Há um limite na
quantidade de JCP que podem ser distribuídos por ano.

b) Proventos em Ações

Subscrição, Bonificação em Ações

Na Bonificação em Ações, o acionista recebe uma quantidade de ações


proporcional ao que ele tem, como por exemplo, se a empresa for bonificar
1/10 significa que ele receberá uma ação para cada dez que possui.
Novamente, o valor será descontado do preço da ação para que ele permaneça
com o mesmo capital.
Na Subscrição, o acionista recebe direitos de comprar a ação a um preço X
com um data de vencimento do direito. O preço é usualmente abaixo do
preço de mercado configurando uma vantagem. O acionista pode vender os
direitos ou exercer os direitos.
Obs: Split e Agrupamento: Não são proventos, mas o Split funciona da
mesma forma que uma bonificação em ações, apenas usualmente a
multiplicação de ações é maior. Também chamado de Desdobramento, ocorre
uma multiplicação da quantidade de ações e uma proporcional divisão do
número de ações para que cada sócio mantenha o mesmo capital naquela
empresa. Vamos dizer que você tenha 1000 ações de uma empresa que está
100 reais (100 mil reais) que faz um desdobramento 1/5. Você passaria a ter
5000 ações da empresa a 20 reais (100 mil reais). O Split é feito para
aumentar a liquidez das ações da empresa quando a cotação sobe demais
então apesar de não trazer vantagem alguma, normalmente reflete um bom
momento da empresa.
Do outro lado está o Implit ou Agrupamento quando o contrário é feito.
Vamos dizer que você tem 1000 ações de uma empresa que está cotada a
R$0,10 (100 reais). É feito um agrupamento 10/1 ou seja, sua quantidade de
ações divide por 10 e o preço da ação multiplica por 10. Você passa a ter 100
ações a 1 real (100 reais).

No caso de Proventos em ações, Splits e Agrupamentos, se ocorrerem sobras


na forma de frações estas são leiloadas em conjunto e o valor correspondente
é depositado na sua conta.
Em qualquer evento, você permanecerá sempre com o mesmo capital que
tinha antes.

Grupo de Dividendos na Bastter.com:


http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=147
- Aluguel

Alugar suas ações é uma forma simples e de baixíssimo risco de remunerar


sua carteira de ações. As taxas são usualmente baixas, algumas vezes
próximo de 1% ao ano, mas como praticamente não tem risco, pode valer a
pena. As vezes é difícil alugar quantidades pequenas, especialmente se o
locador fizer muitas exigências, portanto o mais simples é colocar todas suas
ações que não for fazer Venda Coberta de opções para alugar a qualquer taxa,
por qualquer prazo. Assim, você recebe uma pequena remuneração mas que
vai se somar a todas as outras aumentando sua carteira, seus capital investido
e seus juros compostos. Há períodos que as taxas e a procura aumenta,
especialmente durante épocas em que a bolsa tem fortes quedas o que acaba
sendo positivo pois receberá mais aluguel em uma época que conseguirá
comprar mais ações.
Grupo de Aluguel na Bastter.com:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=203
- Trades

Não vamos abordar Trades aqui, mas apenas inclui-los no contexto. Trades
devem ser feitos com ativos direcionais, ações ou Índice Futuro. Opções não
são ativos direcionais e, portanto não são adequadas para trades.
Um dos grandes erros que a grande maioria dos traders amadores comete é
transformar os trades em objetivo final. Assim como a Venda Coberta de
Opções, os Trades são apenas um adjuvante ao acumulo de patrimônio e não
um objetivo em sí. Não se fica rico fazendo trades cada vez maiores ou cada
vez mais trades. Fica-se rico acumulando patrimônio e para quem tem lucro
nos trades, investindo o lucro ou ao menos parte dele em ações, renda fixa,
FIIs, etc. O grande ganho com trades será este, pois comprando patrimônio
com os lucros dos trades, ocorrerá uma potencialização estupenda dos juros
compostos.
Sendo assim, podemos considerar os trades como mais uma forma de
remuneração da carteira de ações até mesmo porque para fazer trades o ideal
é ter uma reserva e parte desta reserva em ações.
Cuide bem do controle de risco. Reserva uma pequena parte do seu capital
para trades e divida esta parte em 20, 30 ou 50 vezes para poder ter chance de
vencer nos trades. Sem controle de risco extremamente conservador, não há
chance nos trades.
Para mais sobre trades visite o Grupo Análise Tecnica e Trades na
Bastter.com
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=227
- Venda Coberta de Opções
Antes de entrar em Venda Coberta, estude o Básico de opções que não é
escopo deste livro no ABC das Opções em: ABC das Opções -
http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-opcoes/default.aspx
Ou no meu livro Introdução as Opções que pode ser adquirido na nossa
Livraria: http://www.bastter.com/Mercado/Loja/Livros.aspx
Se preferir aproveita a oferta do Combo de Opções.

Pois bem, Venda Coberta de Opções:


NÃO É PARA FAZER DINHEIRO
NÃO É PARA FAZER SALÁRIO
NÃO É GANHA-GANHA
NÃO TEM DE BATER O CDI
NÃO É PARA DEFENDER QUEDA
NÃO TEM NADA A VER COM O PREÇO MÉDIO
NÃO É PARA DEIXAR EXERCER

E se você não fizer direito e não começar pequeno, provavelmente vai se unir
a maioria que perde com Venda Coberta. Isso mesmo pode perder e como
sempre a maioria perde.

SE VOCÊ VENDE UMA OPÇÃO POR 1 REAL E RECOMPRA A 4


REAIS, PODE INVENTAR A MÁGICA CONTÁBIL QUE QUISER QUE
VAI PAGAR 3 REAIS, JÁ QUE O MERCADO DE OPÇÕES É SOMA
ZERO.
Obs: Deixar exercer se estiver 4 reais = recomprar. Vai pagar os 3 da mesma
forma.
Assista o Vídeo:
Besteiras que falam sobre a Venda Coberta - 2
http://www.youtube.com/watch?v=hRhtddin-BE

Logo, a primeira coisa a esquecer, varrer, detonar para sempre é este mito da
Venda Coberta ganha-ganha que muitos ensinam por aí. Como o principiante
tem grande dificuldade em assumir perdas, isso faz o maior sucesso, mas na
bolsa ou em qualquer tipo de investimento o ganha-ganha é na verdade
perde-perde.

Um adendo de outra besteira que ensinam sobre Venda Coberta é o tal do não
vender abaixo do Preço Médio. Em primeiro lugar você nem deveria saber o
PM da sua carteira de ações de B&H (a não ser o PM de compra para IR) e
depois qual o problema de vender abaixo do PM se o objetivo é comprar mais
ações e não deixar exercer. Ainda que aconteça de ser exercido, que diferença
faz ser exercido abaixo ou acima do PM se você vai recomprar as ações?
Aliás abaixo do PM é até melhor porque não paga IR.
Assista o Vídeo:
Besteiras que falam sobre a Venda Coberta - 1
http://www.youtube.com/watch?v=LouJQKuQ9ZQ

Então vamos a ordem correta:


1 – Estudar, Trabalhar e Poupar
2 – Parte da poupança colocar em ações de empresas boas
3 – Reaplicar dividendos e outros proventos
4 – Se tiver ações na carteira que possa fazer Venda Coberta, fazer Venda
Coberta única e exclusivamente para comprar mais ações sem nenhum
objetivo que não seja esse.
Obs: Quando seu patrimônio acumulado for suficiente para te dar
tranquilidade financeira, pode-se retirar parte do rendimento da VC para seus
gastos, mas este livro trata do enriquecimento e não de quando já se chegou
lá.

E não se compra ação para fazer VC. A Venda Coberta é apenas um


adjuvante a Carteira de Ações que deve ser montada como já vimos com
critérios de lucro, divida e caixa, etc. Depois com a carteira montada pode-se
ou não (não é obrigatório e nem garante nada) fazer VC com as ações que
tem liquidez em opções.

Então como começar na Venda Coberta?


Vamos traçar um roteiro aqui o mais simples possível usando as Ferramentas
Bastter.com de Venda Coberta.

Venda Coberta Bastter Blue:

Primeiro vá no Quadro de Opções da Bastter.com em


http://www.bastter.com/Mercado/Estudos/quadro-de-opcoes.aspx e
verifique as ações que tem liquidez nas opções:
Na coluna de cima tem a lista das ações que possuem liquidez nas opções.
Nem todas tem uma liquidez grande, mas as que tem alguma liquidez estarão
no Quadro de Opções.

Clicando nas diversas ações pode-se verificar a liquidez:


Obs: Isso varia de tempos em tempos então sempre verifique a liquidez.

Vejam que Petrobrás tem bastante liquidez, com milhares de negócios nas
opções da Série atual.

Observem que mesmo na série seguinte há milhares de negócios nas opções


mais líquidas e até na terceira série há um número razoável de negócios.
Já quando vamos observar uma com menor liquidez como BBAS por
exemplo vemos que nem na série atual nem na seguinte as mais líquidas
chegam a milhares de negócios e na terceira série nem veremos quase
negócios.
O ideal é começar a operar pelas mais líquidas, pelas ações que tem mais
negócios nas opções, mas se somente possuir as outras, busque a com maios
negócios entre as que possui para o aprendizado. Fique atento que qualquer
marcador ou indicador será menos confiável em opções de menor liquidez.
Se não tem nenhuma ação com liquidez em opções, esqueça VC e dedique-se
ao seu trabalho, a sua carteira de ações e as outras formas de remuneração.
Pois bem, tendo escolhido com que ação vai começar a fazer VC e PARA
COMEÇAR ESCOLHA SOMENTE UMA E FAÇA SOMENTE UMA
VENDA E BEM PEQUENA E LONGO NO INICIO!
Não estudamos ainda Lastro e Tamanho mas já pode ir escrevendo isso mil
vezes:
COMECE A VENDER BEM PEQUENO E BEM LONGE!
COMECE A VENDER BEM PEQUENO E BEM LONGE!
COMECE A VENDER BEM PEQUENO E BEM LONGE!
COMECE A VENDER BEM PEQUENO E BEM LONGE!
COMECE A VENDER BEM PEQUENO E BEM LONGE!
Guardou?
Ok, seguimos.
Na verdade nem é isso, vamos começar simulando uma venda. A primeira ou
segunda venda deve ser simulada.
Vá no Grupo de Venda Coberta da Bastter.com e simule uma venda para que
nossos consultores possam te auxiliar:
Grupo Venda Coberta - http://www.bastter.com/mercado/grupos/40/venda-
coberta--remuneracao.aspx

Banco de VE:
O primeiro conceito a se aprender é o de Banco de VE e ainda disso o de VE.
VE = Valor Extrínseco.
Ou valor da opção além do preço da ação, a gordura, o valor de expectativa
da opção.
Se uma ação custa 40 reais e a opção de Preço de Exercício de 38 reais custa
3 reais, significa que ela tem 2 reais de Valor Intrínseco ou Verdadeiro e 1
real de Valor Extrínseco ou VE.
As opções que nos interessam para a Venda Coberta de Opções que são as
OTM ou fora do dinheiro (Longe do Preço da Ação), são todas compostas de
VE.
E VE é o que iremos vender.
Veja bem, estamos vendendo VE e não preço.
Numa venda de ações ou Índice Futuro que são ativos puramente direcionais,
estamos vendendo preço, ganhamos na queda onde poderemos recomprar a
um preço mais baixo.
Na Venda Coberta de opções, assim como em muitas operações com opções
(Travas, Borboletas e Mesas, etc) estamos vendendo VE.

Daí vem o conceito de Banco de VE.


Como o conceito de rentabilidade, preço médio, etc não nos interessa, pois o
objetivo da Venda Coberta é tão e somente comprar mais ações, iremos
utilizar um Banco de VE.
Após cada venda, iremos anotar no banco de VE o ganho ou perda de venda
em Reais. No início é muito importante vender pouco e longe para aumentar
a chance de ganhar a venda e ter um Banco de VE positivo o que auxilia
bastante o operador.
O principal objetivo do Banco de VE é auxiliar psicologicamente o operador
iniciante na eventualidade de uma alta forte da ação que atinja o Stop. Tendo
um Banco de VE positivo, fica mais fácil Stopar.
A Venda Coberta de opções é uma proposta vencedora com expectativa
positiva. O que faz a maioria perder? Perdas imensas quando o mercado vem
contra que comem o lucro de 10, 20 as vezes mais lançamentos positivos. O
Banco de VE facilita o Stop e diminui as perdas quando o mercado vem
contra. E não importa o quão bem você opere, o quanto longe você venda, um
dia o mercado vai vir contra de forma inesperada e intensa e ocorrerá um
Stop doloroso. Prepare-se para isso e comece vendendo pouco e longe e vá
montando o Banco de VE para que neste dia ele pague seu Stop.
O Banco de VE é virtual, fica anotado em uma planilha ou no VC BLUE, a
Ferramenta de Venda Coberta da Bastter Blue que fica dentro do Trading
System do Bem que pode ser acessado na Barra de Ferramentas da
Bastter.com.
Clicando em Operações no TSDB abre-se o VC BLUE:

No VC BLUE vemos a entrada para o Banco de VE:


Veja que neste exemplo temos um saldo positivo no Banco de VE de R$1343,08 e a
maioria de operações vencedora com algumas perdas pequenas que é como deve ser
se o operador aprender a Stopar e vender com bom lastro.

Pois bem, a nossa primeira preocupação na VC será alimentar o Banco de VE. Para
isso vamos começar vendendo bem pouco e longe e o ideal é que não se arrisque mais
do que uma parte do Banco de VE a cada venda. Claro que há eventos
extraordinários, Cisne Negros, que fogem ao controle, mas vamos planejar o comum,
vamos operar o comum e nos defender do extraordinário. A Venda Coberta já é uma
defesa em si, mas podemos aumentar isso com o Seguro se for o nosso desejo como
veremos mais a frente.

Assista ao Vídeo:
Banco de VE, uma estratégia fundamental para operar opções
http://www.youtube.com/watch?v=YBGTPoYQSis

Lastro X Tamanho X Tempo do VE Vendido

Pare tudo e preste atenção aqui. Leia com atenção esta parte porque aqui está a
essência da VC. Quem não compreender esta relação melhor não fazer VC pois vai
ficar se perdendo nos conceitos absurdos que ensinam por aí, vai ter prejuízo na VC e
pior, nem vai saber. Será um parasita comendo sua carteira de ações através dos
tempos.

Claro que a compreensão só virá com a prática e por isso vamos começar primeiro
simulando no Grupo de Venda Coberta, depois vendendo bem pouco e longe.
Considere no mínimo o primeiro ano como aprendizado.
Vamos um a um primeiro.

a) Lastro = Distância

Corresponde à distância da ação (ou do BBOSI) para o strike (Preço de Exercício) da


opção.

Quanto mais longe do preço da ação (ou do BBOSI0, maior o lastro e por conseguinte
maior a sua chance de vencer a venda.

- Então é só vender o mais longe possível?

Não, porque para vender tem de ser algo que valha a pena. De nada adianta vender
uma opção de 2 centavos só porque tem um lastro enorme.

Vamos observar o Quadro de Opções:


Observe que a cotação da Vale e o Bastter BOSI (BBOSI) estão próximos de 33. No
Quadro de Opções, o Lastro é para o BBOSI que é nosso marcador de Stop, que será
explicado a seguir, mas por agora, basta saber que o lastro é para ele e que ele está
sempre próximo do preço da ação.

Veja que considerando a opção de strike de 33 como o centro, quanto mais para
dentro do dinheiro caminhamos, maior o lastro negativo e estas não nos interessam
para VC (servem para Operação de Taxa que não será abordada neste livro).
Caminhando para fora do dinheiro, vemos que o lastro vai aumentando conforme as
opções vão ficando mais distantes do preço da ação ou do BBOSI. Se o strike está
mais distante, mais a ação vai ter de subir no período de tempo do vencimento da
opção para chegar na venda e a venda ser perdedora. Claro que uma ação pode subir o
quanto quiser em qualquer período (e as vezes acontece, nunca negligencie o controle
de risco), mas lidamos com probabilidades sempre operando o provável e nos
defendendo do possível.

b) Tamanho

Tamanho do VE é um conceito simples: Quanto maior a cotação (preço) da opção,


maior o tamanho. Teoricamente, quanto maior o tamanho melhor para vender e
depois de vendido, quanto menor o tamanho, melhor. Mas não é simples assim, já que
o tamanho se relaciona com os outros fatores como veremos a seguir. Um dado
importante é que determinamos um tamanho mínimo para venda. Não vale a pena
vender poucos centavos porque não se tem praticamente nada para ganhar. Utilizamos
0,85% do preço da ação como tamanho mínimo, ou seja para uma ação de 20 reais,
17 centavos seria o tamanho mínimo permitido para vender opções cobertas.

c) Tempo

Tempo do VE é quanto tempo de vida (em dias úteis ou corridos) a opção tem antes
do vencimento. Normalmente opções de diferentes data de vencimento (diferentes
tempos) são oferecidas ao mesmo tempo para VC.

Vamos ver agora como estes três se relacionam:

- Lastro X Tamanho:

Quanto maior o lastro, menor o tamanho. (Para o mesmo tempo).


Observe nesta imagem retirada do Quadro de Opções da Bastter.com que quanto
maior o Lastro, menor o tamanho.

E19 tem um lastro de 5,44% mas um tamanho de 0,33


Aumentando o lastro da E20 para 10,99% nos levou a um tamanho de 0,14.
Já a E21 com um lastro enorme de 16,54% possui apenas 6 centavos.

Isso é fácil de entender. VE = Risco. Quanto maior a percepção de risco mais prêmios
os lançadores exigirão e mais prêmio os compradores estarão dispostos a pagar.
Como eu já disse, qualquer coisa pode acontecer mas estando a PETR4 a 17,98 como
vemos no quadro acima, é muito mais fácil ela ir a 19 (lastro de 5,44%) em 25
pregões (tempo que falta para o vencimento) do que a 20 (lastro de 10,99%) mais
ainda a 21 (lastro de 16,54%).

Como a probabilidade da ação andar 5,44% é muito maior do que dela andar 10,99%
no mesmo período de tempo, o mercado cobra 0,33 de risco na E19 e apenas 0,14 de
risco na E20.
Para o mesmo período de tempo, quanto maior o lastro, menor o tamanho. Isso é uma
regra absoluta do mercado. A única exceção seria quando as opções muito OTM
passam a valer 0,01. Podem ter duas com lastros diferentes custando 0,01 porque a
probabilidade é tão pequena para elas, que o valor vai a 0,01. Ainda assim, se
colocássemos mais casas decimais chegaria a um ponto em que a de menor lastro
valeria um pouco mais.

- Tempo X Tamanho:

Quanto maior o Tempo, menor o Tamanho. Quanto menor o Tempo, maior o


Tamanho.
Compare as opções de mesmo Strike, da Série E da PETR4 que vence em 25 pregões
com as da Série F que vence em 44 pregões.
E18 custa 0,75, F18 0,95
E20 custa 0,14, F20 0,26
Tendo liquidez, as opções F sempre vão custar mais que as Es correspondentes, do
mesmo strike.
Novamente é uma questão de percepção de risco. Considerando A E0 e F20, por
exemplo. A probabilidade da PETR4 subir 10,99% em 25 pregões é bem menor do
que em 44 pregões, ainda que seja baixa nos dois casos. Por isso o mercado cobra
apenas 14 centavos de risco na E20 mas cobra quase o dobro, 26 centavos na F20.
Obs: A F15 custa menos que a E15 mas vejam que a F15 teve apenas 2 negócios e
isso leva a distorções, por isso temos de estar sempre atentos a baixa liquidez. Não é
que a F15 custe menos que a E15, apenas não se conseguiu fechar negócio na F15
devido ao grande espaço entre a melhor oferta de compra e de venda (spread) que a
leve para o preço real dela. Quando o mercado se movimenta as opções com liquidez
vão atrás imediatamente mas as sem liquidez muitas vezes ficam com os preços
defasados mas isso não quer dizer que você conseguir operar aquele preço.

- Lastro X Tamanho X Tempo


Agora vamos ver como os três interagem.
O Tempo maior vai ser pago em mais Tamanho e/ou Lastro
Se buscar mais Tamanho, vai ter de entregar mais Tempo e/ou Lastro.
Se quiser mais Lastro, tem de pagar em Tamanho e/ou Tempo.
Não há como fugir disso, mas vamos atrás do balanço entre estes três que nos
satisfaça e isso que vai decidir nossa venda e não se achamos que vai subir ou cair, se
está no suporte ou na resistência pois isso tem a ver com trades direcionais (ações e
Indice Futuro).

Assista ao Vídeo
Opções: Opere o que o Mercado está te Oferecendo
http://www.youtube.com/watch?v=16Np6frS0Z8

Na Venda de VE o que pretendemos ganhar é a passagem do tempo.


NA VENDA COBERTA VENDEMOS VE E O OBJETIVO É GANHAR A
PASSAGEM DO TEMPO!
NA VENDA COBERTA VENDEMOS VE E O OBJETIVO É GANHAR A
PASSAGEM DO TEMPO!
NA VENDA COBERTA VENDEMOS VE E O OBJETIVO É GANHAR A
PASSAGEM DO TEMPO!
NA VENDA COBERTA VENDEMOS VE E O OBJETIVO É GANHAR A
PASSAGEM DO TEMPO!
NA VENDA COBERTA VENDEMOS VE E O OBJETIVO É GANHAR A
PASSAGEM DO TEMPO!

Estas coisas que eu fico repetindo um monte de vezes histericamente, quem


puder enfiar dentro do cérebro lendo mil vezes vai ter uma grande vantagem.
Não é à toa que elas são escritas diversas vezes e em maiúsculas.
Sim eu sei e todos nós sabemos, que se você vende uma opção e o ativo
subjacente cai, você tende a ganhar a venda, mas a variação do ativo
subjacente é apenas uma das cinco influencias no preço de uma opção (as
outras são tempo, preço de exercício da opção, volatilidade da ação, taxa de
juros do mercado).
No mais, se a venda de VE fosse para ganhar somente na queda da ação seria
extremamente ineficiente e provavelmente não valeria a pena fazer Venda
Coberta.
O que queremos e pretendemos ganhar é a passagem do tempo pois aí nossa
chance aumenta expressivamente.
Como se vende VE OTM, fora do dinheiro, para vencer precisamos apenas
que a ação NÃO SUBA até o nosso STOP antes do PRAZO.
Vamos exemplificar:
Se a ação está 20 (e o BBOSO 20,30) e vendemos uma opção de strike de 22
vamos ganhar na queda, no mercado de lado e na alta abaixo de 22.
Escrevendo assim parece mágica e que vamos ganhar a maior parte das
vendas. Não é mágica mas se você vender com bastante lastro vai sim ganhar
a maior parte das vendas. Daí importa se você ta vendendo VE eficiente (que
tem tamanho que valha a pena) e o que você faz quando o mercado vem
contra. Não perder 20 vencimentos nas poucas vezes que sobe forte e avança
sobre seu Stop é fundamental para ser vencedor e daí a importância começar
pequeno, operar com bastante lastro e montar um Banco de VE.
Quando recomendamos muito lastro, parece simples, mas veja que mais
lastro, significa menos tamanho e muitos começam a ficar ambiciosos na
venda, tentando mais tamanho em menos tempo (o que significa menos
lastro). Não é necessariamente errado, mas se não tiver muita experiência e
Banco de VE não vai suportar pois vai ser mais exigido como operador,
tendo que Stopar mais vezes, e provavelmente vai transformar uma proposta
vencedora em perdedora e diminuir a carteira ao invés de aumentar.
Vamos a mais uns exemplos do Quadro:
Considerando a E19 que está 0,33 com um lastro de 5,44% e 25 pregões para
o vencimento, se passarmos a Série F vamos ganhar mais lastro ou tamanho.
Mantendo o Lastro (F19) o Tamanho evolui de 0,33 para 0,51
Na F20 perdemos um pouco de Tamanho (0,26) mas ganhamos muito Lastro
(10,99%)
Logo, não existe análises que vemos muitas vezes dizendo que tal opção tem
muito Tempo. Nenhum dos três critérios isoladamente quer dizer nada.
Temos sempre que analisar os três para chegar à conclusão se há eficiência
no VE a ser vendido ou não.
Chegamos então ao primeiro marcador que analisa exatamente isso que é o
VDX.

VDX
VDX = Vendas cobertas de remuneração de carteira
VDX = LASTRO PARA O BBOSI EM PERCENTUAL * (NV/COTAÇÃO
DA OPÇÃO) *100 / 2*(1,30 - num de pregoes/100)
Explicando a Fórmula:
VDX = Lastro * Tamanho * (1-Tempo)
Quanto maior o Lastro, melhor e assim o primeiro dado nada mais é do que o
Lastro do Strike da opção para o BBOSI.
Quanto maior o Tamanho, melhor e assim o segundo dado é uma medida
indireta de Tamanho. (Veremos o NV a seguir)
No final da fórmula temos uma forma do Tempo entrar, só que o Tempo é ao
contrário, quanto menor, melhor.

Não nos esqueçamos que:


QUANTO MAIOR O LASTRO MELHOR, MAS PARA OBTERMOS
MAIS LASTRO VAMOS TER DE ACEITAR MENOS TAMANHO OU
MAIS TEMPO.
QUANTO MAIOR O TAMANHO MELHOR, MAS PARA OBTERMOS
MAIS TAMANHO VAMOS TER DE ACEITAR MENOS LASTRO OU
MAIS TEMPO.
QUANTO MENOR O TEMPO MELHOR, MAS PARA OBTERMOS
MENOS TEMPO TEREMOS DE ACEITAR MENOS LASTRO E/OU
MENOS TAMANHO.
O VDX faz um balanço disso tudo e dá números maiores para opções que combinam
os três fatores com mais eficiência.
Obs: A Volatilidade da ação tem efeito direto também sobre o VDX. Veremos a
seguir.

Vamos ao quadro de opções:


Veja como o VDX facilita as coisas para você. Como opções ITM não tem
VDX e opções que valem menos do que 0,85% do valor da ação também não,
ele faz uma limpa e sobram poucas para serem analisadas para venda.
Costumamos utilizar 3 como um valor padrão inicial para VDX mas isso
pode mudar de acordo com as condições do mercado. Em mercados muito
voláteis vamos exigir VDXs maiores e podemos aceitar VDXs menores em
mercados menos voláteis. O VDX coloca mais peso no Lastro e assim deve
ser pois este é o fator mais importante especialmente para os iniciantes,
Vamos ver as três opções acima:
- E19 tem 25 pregões de vida, Lastro de 5,44% e Tamanho de 0,33 levando a
um VDX de 2,24
- F19 tem um VDX menor de 2,01 pois para o mesmo lastro o ganho de
Tamanho não conseguiu compensar o aumento de Tempo para 44 pregões.
- Já F20 seria a mais eficiente pois com um bom tamanho (0,26 para uma
ação de 17,98) tem um belo Lastro de 10,99% mesmo com um Tempo maior
de 44 pregões.
- E20 tem o mesmo lastro e menos tempo mas Tamanho abaixo do limite
mínimo (0,85% do valor da ação). O mesmo acontece com F21 que tem um
Lastro enorme mas não tem Tamanho suficiente para manter a eficiência.
Para quem tá começando a única venda viável seria a F20 e mesmo assim em
poucas quantidade.
Vamos ver em VALE5:
Temos mais opções com VDX mas se formos analisar somente as acima de
2,00 sobram apenas uma na Série E e três na Série F.
E36 tem menos Tempo (25 pregões) mas um lastro pequeno de 7,11% para
um valor de 0,40.
F36 aparece com um VDX maior que a E36 o que a princípio é difícil de
entender mas olhem o Strike (36,50). Fiquem sempre atentos aos Strikes
especialmente após distribuição de dividendos que são descontados dos
Strikes das opções.
F37 com seu Lastro de 10,09% já começa a ficar mais interessante com VDX
de 3,20 que poderia ser utilizada por quem tem mais experiência e Banco de
VE.
Para quem tá começando F38 tem um belo Lastro de 13,06% e mantem um
valor razoável para uma ação de R$32,89

Vamos ver mais um exemplo:


Na Série E só temos uma para observar mas ainda assim com VDX abaixo do
mínimo. Não é que não se possa vender VDX abaixo do mínimo, mas o ideal
é ter bastante experiência se for fazer isso. Observem lá em cima que a
Volatilidade do ITUB é bem menor que de PETR e VALE então ajustamos o
VDX MIN para 2,75.
Na Série F temos a F37 mas com Lastro pequeno para tanto tempo, reservada
apenas aos mais experientes e a F38 com VDX de 2,91 3 um Lastro próximo
de 10%. Observem a baixa liquidez das opções do ITUB o que acrescenta
mais risco.

Mais sobre o VDX:


http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-
opcoes/vdx-vendex.aspx

BBOSI
O Basttter BOSI ou BBOSI é o marcador para STOP de Vendas Cobertas.
BOSI - Stop de vendas
BOSI = VE da opção * Percentual do número de negócios da opção
Bastter BOSI = Em cada série multiplicar o Strike pelo BOSI de todas as
opções. Somar o resultado destas multiplicações e dividir pela soma dos
BOSIs. Fazer depois a média das duas primeiras séries. Há 10 dias do
vencimento para de usar a serie atual.
Deste cálculo resulta um número que é o BBOSI e este número está
normalmente próximo do preço da ação, podendo ficar acima ou abaixo. Em
momentos de alta volatilidade o VE das opções aumenta levando o BOSI
mais para fora do dinheiro e consequentemente o BBOSI se afasta
positivamente do preço da ação. Em períodos de baixa volatilidade, o VE das
opções diminui, trazendo o BOSI mais para próximo do dinheiro fazendo
com que o BBOSI passe para baixo do preço da ação.
Este ajuste do BBOSI é interessante pois vai nos Stopar mais cedo em épocas
de alta volatilidade, o que é uma bela proteção nos momentos de maior risco
para a VC e vai nos permitir navegar mais as vendas nos períodos de menor
risco de baixa volatilidade.
O uso do BBOSI é bem simples. Vamos a um exemplo:
Venda de uma opção de Strike de 20 no momento que o BBOSI ta 18,25.
Se o BBOSI chegar a 20 = STOP.
Com experiência pode-se escolher Stops mais curtos ou mais longos, usando
Strike + 5% ou Strike – 5% ou algo assim, mas no início o ideal é utilizar o
padrão e sempre será o mais simples.
Um exemplo no Quadro de Opções:

Vendemos a F20 de Strike de 20 e o BBOSI está em 18,02. Se a ação subir o


BBOSI vai progressivamente subir e chegar a 20 onde seremos Stopados. Se
a ação não subir ganharemos a venda pois o valor da opção chegará ao Alvo
de Lucro.

Mais sobre o BBOSI:


http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-
opcoes/bosi-bastter-options-strengh-index.aspx

Assista ao Vídeo
Estudo sobre o Novo BOSI
http://www.youtube.com/watch?v=Q0PRi-tzmwU

Alguns não se sentem confortáveis somente com o BBOSI e o fato de ter de


acompanha-lo no Quadro de Opções da Bastter.com. Para quem deseja
colocar um Stop automático no HB da Corretora, pode-se usar 4% do valor
da ação. Para quem desejar um STOP mais curto 3% e quem desejar mais
longo 5%.

NV ou Não Vende
NV - Evitar vendas ineficientes e realizar lucro de vendas
NV = 0,4% do preço da ação
NV é bem simples. Serve de Alvo de Lucro para Venda Coberta de Opções.
No Momento da Venda, calcule 0,4% do valor da ação, este é seu Alvo de
Lucro.
Exemplo: Vendemos uma opção de 0,30 centavos de uma ação que naquele
momento está 25 reais:
0,4 X 25 = 0,10
Logo, nosso Alvo de Lucro será em 0,10 e colocamos imediatamente uma
ordem de compra da opção neste valor, com prazo até a véspera do
vencimento das opções.
ESTA MEDIDA É IMPORTANTÍSSIMA E VAI ALTERAR
POSITIVAMENTE OS SEUS RESULTADOS COM VENDA COBERTA.
Lembre-se de cancelar esta ordem se zerar a venda por outra razão.
Mais sobre NV: http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-
opcoes/nv-nao-vende.aspx

Prazo
O Prazo não é bem um marcador mas faz parte do plano, apesar de que
raramente vai ser utilizado. Se até a quinta feira antes do vencimento o
BBOSI não tiver chegado no Strike nem a opção tiver chegado ao Alvo de
Lucro, deve-se zerar a qualquer preços e quase que certo será no lucro pois o
tempo terá passado. É bem raro chegar até o prazo sem que acontece um dos
dois mas fica como uma segurança.
Por que na quinta-feira? Porque se cometer algum erro ainda tem a sexta para
resolver.
Veja mais sobre os Marcadores de Venda Coberta em: Grupo Marcadores
Bastter.com - http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=112

Juntando tudo
Para decidir o que vender, utiliza-se o VDX.
Opção vendida deve-se determinar STOP, Alvo de Lucro e Prazo.
Bateu num dos três sai da operação.
Pode-se analisar antes de vender. Depois de vender só cumpre o plano
zerando a venda se bater num dos três critérios de saída.
A sistemática funciona assim:
a) Determine critérios para Venda Coberta
b) Uma vez por dia veja se alguma opção preenche seus critérios, se
preenche venda, senão olhe no dia seguinte
c) Opção vendida determine Stop, Alvo e Prazo
d) Uma vez por dia olhe se bateu num dos três. Bateu zera. Não bateu,
olhe no dia seguinte até zerar
e) Operação zerada inclua o lucro ou prejuízo líquido no Banco de VE e
comece de novo.
Não foque em cada venda isolada. Venda uma quantidade que o resultado de
cada venda não faça diferença. O que importa é o método. Considere que está
fazendo apenas uma Venda de VE a vida toda, o que importa é o resultado
geral e não o resultado isolado de cada venda.
No fluxograma abaixo pode-se acompanhar a sistemática da Venda Coberta
de Remuneração.
Agradeço ao forense Urutara pela ajuda no Organograma
É simples assim. Basta seguir este esquema, ir vendendo e alimentando o
Banco de VE e comprando mais ações. Mas o mercado vai vir contra e tem
de saber sair. Tem de saber também começar pequeno para conseguir fazer
um banco de VE antes de desistir.

Vejam no gráfico acima a essência da Venda de VE. Estando vendido em


PETRE20 a PETR4 sobe e se aproxima de 20 mas o BBOSI não chega aos 20
e a venda não é Stopada. A partir daí, sem grandes quedas da PETR4, a
opção vai derretendo pela passagem do tempo. Cada dia que passa sem o
Stop ter sido atingido é uma vitória pois ainda que o Stop seja atingido
futuramente, sempre será a um valor menor da opção a não ser que ocorra
uma explosão de volatilidade, mas isso são eventos raros. O objetivo sempre
é passar um dia sem o Stop ter sido atingido e não estar ganhando ou
perdendo a venda. Se o BBOSI ta abaixo do Stop e um dia se passa, ótimo.
Daí a importância de, ao menos no início, vender com bastante lastro. Não
parece porque o gráfico é pequeno e a variação proporcional da opção muito
maior, mas no meio do gráfico a PETR chegou a subir quase 15% e a opção
resistiu pois ela tinha um Lastro enorme. E mesmo que não tivesse resistido o
Stop seria com prejuízo menor. O Lastro sempre ajuda, especialmente quem
tá começando e mais Lastro significa mais derretimento de VE pois toda
aquela expectativa se não se confirmar chega um momento que derrete
rapidamente como podemos ver no gráfico depois que a PETR4 não
conseguiu passar dos 20.

Como Começar
Como já foi dito deve-se começar vendendo bem pouco e longe. Mas antes
até disso, mas ainda nisso, as duas primeiras vendas devem ser simuladas.
Escolha para a primeira venda simulada a opção mais longe (com maior
Lastro) que ainda tiver VDX. Basta verificar no Quadro de Opções. Vamos
ver um exemplo em VALE:
A opção de maior lastro que ainda possui VDX é a F37 com lastro de
12,99%, valor de 0,30 e VDX de 3,27. Na Série anterior (E) não tem
nenhuma opção com VDX acima de 2 e a G foi recém lançada e ainda não
entrou liquidez.
Logo faríamos uma venda simulada de 200 opções de F37.
Teremos que estabelecer os marcadores de saída:
STOP no BBOSI em 37 (observem que está 32,75 dando bastante folga)
ALVO em NV de 0,4% = 0,12
PRAZO na quinta antes do vencimento = 13/06
Pronto anotamos estes parâmetros, e postamos a venda no Grupo de Venda
Coberta da Bastter.com em
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=40.
Uma vez por dia vamos verificar a venda e postar o acompanhamento.
Quando saímos da venda postamos o resultados, e pelo caminho vamos
colocando as dúvidas para os consultores da Bastter.com nos ajudarem.
Repetimos uma nova venda simulada quando esta primeira acabar para
solidificar os conceitos.
Então após a segunda simulada vamos fazer a primeira venda real.
O sistema é o mesmo, ou seja, começar pela venda mais longe que tenha
VDX e vender 100 ou 200 opções no máximo.
Outra coisa é que só venderemos uma opção de uma ação de cada vez e no
primeiro ano será assim.
E quando estiver em uma venda, esqueça todo o resto, faça aquela venda até
o final antes de pensar em outra. Não importa se aparece uma opção que
parece maravilhosa para vender. Se você está vendido cuida daquela venda e
só dela antes de pensar em outra.
Faça duas a três vendas de 100 a 200 opções ainda como aprendizado. Agora
vá anotando lucros ou prejuízos no Banco de VE. É muito importante manter
vendas pequenas e longe até conseguir alimentar o Banco de VE.
Depois de duas a três vendas, especialmente se forem positivas, pode
começar aos poucos a aumentar a quantidade de vendas, mas no primeiro ano
não diminua o lastro, se mantenha na mais longe.
Não deixe de postar suas dúvidas no Grupo de Venda Coberta para ter apoio
e anote sempre os resultados no Banco de VE.
Cumpra sempre o plano, lembre-se que você está se desenvolvendo como
operador e um Stop executado = um operador melhor.
Mantenha o Banco de VE como um limitador de quantidade de vendas. A
ideia é não arriscar o Banco de VE depois que ele foi construído.
Claro que há Cisnes Negros que podem causar prejuízos maiores, mas a
princípio use 4% do valor da ação para as contas do quanto vender.
Exemplo:
Temos 1000 reais no Banco de VE e vamos vender uma ação que esta 20
reais.
4% X 20 = 0,80
Não devemos arriscar mais do que 30% do Banco de VE em cada vencimento
(Para fazermos mais vendas temos de ter portanto um Banco de VE maior).
Podemos então perder 300 reais nesta venda.
Vamos dizer que estamos vendendo uma opção de 0,20 e consideramos como
foi visto acima o prejuízo máximo em 0,80 logo podemos perder 0,60 por
opção.
300 / 0,60 = 500
Podemos vender no máximo 500 opções.
É claro que no início, enquanto tivermos alimentando o Banco de VE não há
como fazer estas contas, mas uma solução é separar um dinheiro para o
Banco de VE inicial.
Conforme o banco de VE for crescendo podemos e devemos ir diminuindo o
percentual máximo que arriscamos dele.
Por exemplo, se o nosso Banco de VE chega a 5.000 podemos diminuir para
25% e assim por diante.
Começando pequeno e respeitando o Banco de VE vamos tendo uma
probabilidade da operação ser vencedora no início que é a parte mais difícil
DESDE QUE RESPEITEMOS O STOP quando o mercado vier contra.
VC BLUE
Na Bastter.com temos a Ferramenta VC BLUE para operar Venda Coberta.
Ela fica dentro do Trading System do Bem, na parte de Operações:
Primeiro Acesse o Trading System do Bem:
Se estiver na Home do Site, o link fica acima:

Depois vá na parte de operações do TSDB:


Nesta tela aparece o acompanhamento das suas vendas já feitas. Clique em
Nova Venda para fazer uma nova venda.

Marque as ações que deseja verificar opções para venda e vão aparecer as que
possuem VDX organizadas do maior para o menor lastro. No exemplo
marcamos PETR4 e VALE5:
Observe também que na parte de cima você pode modificar alguns
parâmetros:

O perfil Normal é o default. O perfil Conservador usa VDX mais alto, Stop e
Alvo mais curto. O perfil Agressivo usa VDX mais baixo, Stop e Alvo mais
longos. O VDX MIN para que as opções apareçam pode ser modificado e
também é possível determinar um Lastro mínimo.
Vamos vender na outra figura, por exemplo, a VALEF37
Clicando em Vender na VALEF37 o sistema estabelece os parâmetros de
saída:

Veja que o sistema estabelece o Stop no BBOSI no Strike da opção vendida,


o NV de 0,09 e o Prazo quinta antes do vencimento.
Para quem reparou que foi usado um NV de 0,3% é devido ao baixo valor da
venda em relação a ação (< 1%). Quando é utilizado o Perfil normal, as
vendas de valor alto levam a NV de 0,5% e as de valor baixo de 0,3%.
Ficando com o padrão 0,4% as de valor médio. O Perfil Conservador usa
sempre NV de 0,5% e o Perfil Agressivo usa sempre de 0,3%.
Agora clique em Salvar.
Dê OK e vai voltar para a primeira tela de acompanhamento das Vendas:
O sistema acompanha os três parâmetros de saída e estabelece um Status para
a venda, no caso Blue significa que o lastro está acima de 5%.

Podemos ainda entrar na Tela do Banco de VE, na parte de Imposto de


Renda. Clicando em Saiba Mais vemos a Ajuda da Ferramenta. Lá em cima
um link para o Bastter Coach, o sistema de consultoria da Bastter.com, Como
Utilizar que vai para um vídeo explicativo e para o Suporte Tecnico
Bastter.com.
Para que o Banco de VE e a parte de IR funcionem corretamente, quando
finalizar a operação entre com o lucro ou prejuízo líquido e salve.
O sistema te avisa por recado e notificação na Bastter.com e por e-mail na
sua Caixa Postal se algum critério de saída foi atingido.

Leia mais em Venda Coberta Bastter Blue:


http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/venda-coberta.aspx

Verdades e Mentiras da Venda Coberta

Vamos ver agora noções de Filosofia da Venda Coberta para não deixarmos
dúvidas sobre os objetivos.
a) O operador de venda coberta, quando está fazendo venda coberta,
considerando somente a opção, funciona como um trader, logo ele tem
de adquirir habilidades de trader para ter sucesso.
A venda coberta como operação não é um trade e não deve ser tratado
como tal, mas o vendedor coberto, enquanto operador de opções, é um
trader naquele momento.
b) Para o remunerador de ações,
a ação não entra na conta!
Ela só entra na conta para o operador de taxa
O objetivo é ganhar mais VE com as vendas que dão certo do que paga
nas que dão errado para ter mais ações no LP do que se não fizesse VC
c) O Preço Médio da Carteira é um problema psicológico do operador. O
mercado não tem nada a ver com isso.
Deixar de vender porque o mercado está abaixo do PM é apenas uma
forma de diminuir sua remuneração e de ter menos ações no LP e se for
recomprar as ações é melhor ser exercido abaixo do PM do que acima.
d) Quando você vende uma opção por 1,00 e ela vai a 5,00 não há
mágica contábil que transforme isso em lucro.
Não importa o que você faça, invente ou se engane, perdeu 4,00.
e) O operador de venda coberta, enquanto remunerador de carteira de
ações, tem como objetivo vender VE para ter lucro com a passagem do
tempo e com este lucro comprar mais ações para a sua carteira.
O objetivo dele não é vender opções, operar opções, viver da bolsa, ser
o fera da bolsa, etc.
f) A Venda Coberta de remuneração é uma única venda a vida toda.
Trate cada venda (vencimento) não como uma unidade isolada, mas
como uma parte de um todo.
Pense que a carteira de ações te dá o direito de vender VE e todas as
vendas constituem uma única venda a vida toda. O que importa é
acumular VE vendido para comprar mais ações e aumentar sua carteira
de ações e não acumular vitórias.
Perdas durante o caminho são normais e devem ser encaradas com
naturalidade como parte do processo.
g) A Venda Coberta é uma remuneração adicional a carteira de ações.
O principal (carteira de ações) tem ganho de capital normalmente acima
da inflação e muitas vezes até mesmo acima do CDI
Logo, qualquer rentabilidade a partir da Venda Coberta é excepcional,
não tendo de superar qualquer indicador.
h) Rentabilidade mensal ou anual é importante para a indústria de fundos
Para o pequeno investidor que está fazendo Buy & Hold e venda
coberta o que importa é poupar, acumular capital e bens e a solidez das
empresas que ele é sócio.
i) Para o remunerador, deixar exercer é apenas uma forma de se enganar
e fingir que ganhou quando teve prejuízo.
O prejuízo na opção será pago de qualquer forma, e deixando exercer, o
remunerador apenas adiciona custos de IR e aumenta os custos de
corretagem e taxas terminando com menos ações do que se zerasse a
opção.
j) A operação ganha-ganha que subiu deixa exercer e vira operação de
taxa e ganha na carteira e caiu ganha na opção não existe e é apenas
mais uma maneira de se enganar.
Quem quer o melhor dos dois mundos acaba com o pior dos dois
mundos. Os altos custos e impostos a cada vez que é exercido vão
diminuindo a carteira no longo prazo
k) Não há nenhum sistema de feedback ou de backtesting confiável para
a Venda Coberta de Remuneração.
Mesmo o fato da carteira de ações estar aumentando através dos tempos
não prova o sucesso porque se a venda coberta estiver sendo mal feita a
carteira poderia estar aumentando mais ainda sem a VC.
Coloque o foco no seu desenvolvimento como operador e no
desenvolvimento do seu método.
l) O único objetivo da Venda Coberta de Remuneração é que 10 ou 20
anos depois o operador tenha mais ações do que se não fizesse venda
coberta.
Qualquer outra coisa é secundária ou objetivos aleatórios que nada tem
a ver com o objetivo principal.

Assista ao Vídeo
Verdades e Mentiras sobre a Venda Coberta
http://www.youtube.com/watch?v=56MJWb55uRM
- Outras Modalidades de Venda Coberta:

Há outras formas de se fazer Venda Coberta, algumas que não fazem parte do
escopo deste livro mas vamos citar deixar tudo organizado neste tema.
Remunerar Carteira de Ações
Taxar Capital
Venda Coberta de Remuneração
Operação de Taxa (OT)
(VC)
Venda Coberta com Seguro Venda de Put Coberto por Dinheiro
(VSEG) (VPUT)
Venda Coberta sem a Ação
(VCSA)

- Venda Coberta de Remuneração (VC) é o tema principal que tratamos aqui,


- Venda Coberta com Seguro (VSEG) é semelhante a VC mas com a compra
de um seguro
- Venda Coberta sem a Ação é semelhante a VSEG só que sem possuir a
Ação
- Operação de Taxa é a VC ITM, dentro do dinheiro, com objetivo de taxar
capital
- Venda de Put coberta por dinheiro tem o mesmo objetivo da OT mas é feito
sem necessidade de manipular a ação.
As duas últimas, que não são feitas para remunerar carteira de ações, não são
objeto deste livro, a primeira já foi vista em detalhes, então vamos abordar
agora VSEG e VCSA.

Venda Coberta com Seguro (VSEG)

É semelhante a VC, todo o operacional e igual e tem o mesmo objetivo,


remunerar carteira. A diferença é que compra um seguro para diminuir o
risco, claro que com isso, diminui também muitas vezes o retorno potencial.
Este seguro tem de ser necessariamente em séries anteriores e de pouco valor
em relação ao preço da ação e ao preço da opção vendida, normalmente de
poucos centavos. É mais fácil fazer pulando uma série entre a venda e o
seguro como por exemplo vendendo na Série F e fazendo o seguro na Série
D.
Vamos analisar a Venda da G20 de PETR4

A venda pode ser feita como VC simples mas se desejarmos um seguro


teremos de procurar nas séries anteriores:
Na Série F temos o seguro na F21 mas muito caro:
Vamos ver na Série E:
Temos três possíveis seguros:
E20 que dá uma bela proteção por ser no mesmo nível da venda mas esta
caro.
E21 que dá uma proteção razoável e tem um bom preço
E22 bem barato mas pouca proteção.
O seguro mais razoável neste momento seria o da E21.
Para o estudo de Seguros pode-se ver este documento em PDF:
http://www.bastter.com/Mercado/Arquivos/Grupos/Documento/57d667ac-
a21c-47bf-999f-9deb7c0255fc.pdf

Vamos dizer que tenha sido feita uma venda de 1000 PETRG20 a 0,28 ou
seja, arrecadando 280 reais (vamos deixar impostos e taxas fora das contas
para facilitar os cálculos mas esteja ciente de que eles existem).
ATENÇÃO, SEMPRE QUE VOCÊ VENDE UMA OPÇÃO VOCÊ ABRE
UMA DÍVIDA, NÃO TEM UM LUCRO.
Só vai ter lucro ou prejuízo quando recomprar a opção vendida e fechar a
operação.
Pois bem, recebemos 280 reais pela venda da G20.
Se fizermos o seguro na E21 estaremos gastando 40 reais ou 0,04 X 1000.
Podemos assumir o custo do seguro ou podemos vender mais 200 G20 (56
reais) e comprar mais 200 do seguro (8 reais)
Com isso vendemos mais 56 reais e gastamos 48 reais em seguro, saindo
assim o seguro sem custo. Claro que se a operação der errado, o prejuízo será
ligeiramente maior mas ainda assim tendo seguro, podemos vender um pouco
mais se tivermos a ação pois o seguro nos protege do grande prejuízo.
Outra forma de custear o seguro é abaixar alguns centavos o NV.
É importante entender que o seguro não impede o prejuízo, se subir forte
teremos prejuízo, mas ele protege do Cisne Negro, do prejuízo enorme, da
abertura com grande Gap de Alta que ultrapassa nosso Stop e coisas deste
tipo. Neste sentido o uso do seguro é muito interessante.
Muitas vezes o seguro vai vencer sem que nenhum dos critérios de saída seja
atingido. Neste momento você pode comprar outro seguro ou passar a Venda
Coberta simples. O tempo que já passou pode te colocar em vantagem e
considerar que não há mais necessidade do seguro ou o mercado pode não
estar mais oferecendo algum seguro interessante. São decisões de risco que
você vai tomando.
Outra uso interessante do seguro é quando já se tem algum lucro na venda
mas ainda distante do NV, pode-se defender este lucro com o seguro.
Exemplo:
Feito uma venda de F38 a 0,50 com NV a 0,10. A opção está 0,23 ou seja, já
tem um bom lucro mas ainda longe do NV.
A venda foi feita a aproximadamente 20 pregões.
Observamos que na série E a E38 está 0,05. Pode ser interessante comprar a
E38 e defender nosso lucro. Esta compra pode ser subsidiada vendendo mais
um pouco de F38 ou abaixando um pouco o NV.

Venda Coberta sem a Ação (VCSA)

A VCSA é igual a VSEG só que você não tem a ação. Ela é utilizada por
investidores que não possuem as ações cujas opções tem maior liquidez mas
ainda assim querem aproveitar a oportunidade que estas opções oferecem
para remunerar sua carteira de ações.
Como ele faz a VC sem a ação ele precisa de ter sempre um seguro pois não é
recomendável vender descoberto. Alem disso quando for montar a operação
compre sempre o seguro antes de vender a opção e quando for desmontar
recompra a opção vendida e só depois, se valer a pena, venda o seguro.
A mecânica da operação é em tudo igual a VC, a escolha das opções para
serem vendidas, o Stop, Alvo e Prazo, tudo é igual. A única diferença é que
por não possuir a ação é mandatório comprar um seguro.
Já estudamos na VSEG acima como se compra o seguro. A diferença agora é
que não podemos ficar sem seguro então quando o seguro está para vencer
temos de decidir se vamos zerar a operação toda ou comprar outro seguro. No
mais é tudo igual.
Veja um documento com a Análise de Risco de VCSA para poder avaliar que
quantidade vender:
http://www.bastter.com/Mercado/Arquivos/Grupos/Documento/14ee20e6-
3581-462b-bd46-3e4ab0eef596.pdf
Assim como a VC, a VCSA deve ser iniciada aos poucos primeiro com
simulações e depois com vendas pequenas. Na VCSA deve-se sempre manter
o lastro bem grande e a quantidade menor pois o risco é maior não possuindo
a ação. Além disso por mais que eu tenha me esforçado em criar uma análise
de risco no documento acima, não há como ter um dado exato absoluto do
risco usando opções de séries diferentes então venda sempre pouco e longe.
Remunerar com opções sem ter a ação é um ganho extraordinário. Não há
necessidade de muita ambição.

Veja mais no sobre VSEG e VCSA no Grupo Eu Faço Venda Coberta Sem a
Ação e com a Ação.
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=86
Assista ao Vídeo
Venda Coberta - As Diversas Formas de Fazer
http://www.youtube.com/watch?
v=lojBFpG7RKs&list=UUsra3f6ogpXhIZbSUe2OoaA&index=17
- Outros tipos de Venda de VE

Há outros tipos de Venda de VE.


As já citadas Operações de Taxa com CALL e PUT mas que não visam
remunerar carteira mas sim taxas capital.
As Travas são Venda de VE tanto a de alta que é feita ITM como a de baixa
OTM. Há formas avançadas de remuneração de carteira com Trava de Baixa.
Operações Alvo como Borboleta e Mesa são Venda de VE mas por serem
Venda de VE comprada (como a Trava de Alta) não são adequadas para
remuneração de carteira.
A forma mais complexa de remuneração de carteira com opções é através da
Vaca ou Venda de Volatilidade que deve ser reservada apenas aos mais
experientes.
Pode-se estudar estas outras modalidades na Bastter.com mas não fazem
parte do escopo deste livro.
Assista ao Vídeo
Remuneração de Carteira de Ações
http://www.youtube.com/watch?
v=6StKagKRqhM&list=PL5088E3E2E35062A2
Material Utilizado neste Capítulo:

- Vídeos:
Besteiras que falam sobre a Venda Coberta - 2
http://www.youtube.com/watch?v=hRhtddin-BE
Besteiras que falam sobre a Venda Coberta - 1
http://www.youtube.com/watch?v=LouJQKuQ9ZQ
Desmistificando os Dividendos
http://www.youtube.com/watch?v=7-xpfEKjCak
Banco de VE, uma estratégia fundamental para operar opções
http://www.youtube.com/watch?v=YBGTPoYQSis
Opções: Opere o que o Mercado está te Oferecendo
http://www.youtube.com/watch?v=16Np6frS0Z8
Estudo sobre o Novo BOSI
http://www.youtube.com/watch?v=Q0PRi-tzmwU
Verdades e Mentiras sobre a Venda Coberta
http://www.youtube.com/watch?v=56MJWb55uRM
Venda Coberta - As Diversas Formas de Fazer
http://www.youtube.com/watch?
v=lojBFpG7RKs&list=UUsra3f6ogpXhIZbSUe2OoaA&index=17
Remuneração de Carteira de Ações
http://www.youtube.com/watch?
v=6StKagKRqhM&list=PL5088E3E2E35062A2

Grupos:
Grupo de Dividendos:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=147
Grupo Marcadores Bastter.com
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=112
Grupo Eu Faço Venda Coberta Sem a Ação e com a Ação.
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=86
Grupo de Aluguel:
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=203
Grupo Análise Tecnica e Trades
http://www.bastter.com/Mercado/Grupos/Grupo.aspx?g=227
Grupo Venda Coberta
http://www.bastter.com/mercado/grupos/40/venda-coberta--
remuneracao.aspx

Seções no Site:
Quadro de Opções - http://www.bastter.com/Mercado/Estudos/quadro-de-
opcoes.aspx
VC BLUE - http://www.bastter.com/mercado/vcblue/default.aspx
Estudos Diários de Venda Coberta -
http://www.bastter.com/Mercado/Estudos/venda-coberta.aspx
Vídeos Diários sobre Venda Coberta -
http://www.bastter.com/Mercado/Videos/Default.aspx?SecaoID=6
TSDB - http://www.bastter.com/mercado/vcblue/default.aspx
ABC das Opções - http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-
opcoes/default.aspx
Livraria: http://www.bastter.com/Mercado/Loja/Livros.aspx
VDX: http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-opcoes/vdx-
vendex.aspx
BBOSI: http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-opcoes/bosi-
bastter-options-strengh-index.aspx
NV: http://www.bastter.com/Mercado/Aprendizado/abc-das-opcoes/nv-nao-
vende.aspx
Estudo de Seguros
http://www.bastter.com/Mercado/Arquivos/Grupos/Documento/57d667ac-
a21c-47bf-999f-9deb7c0255fc.pdf
Análise de Risco de VCSA:
http://www.bastter.com/Mercado/Arquivos/Grupos/Documento/14ee20e6-
3581-462b-bd46-3e4ab0eef596.pdf
A Filosofia Bastter Resumida:

1. Estudo e Trabalho
2. Poupança para acumulo de patrimônio
3. Parte da poupança em RF, Moedas, Imóveis (Quando possível)
4. Parte da poupança em ações de boas empresas
5. Reaplicação de proventos, alugueis, etc. no patrimônio
6. Venda Coberta para comprar mais ações
7. Se beneficiar dos juros compostos
8. Cuidar da Família
9. Praticar esportes
Quando eu posso parar?
Renda Passiva de no mínimo o dobro dos gastos mensais.
Se for muito novo, três vezes.

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