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Roselise Stallivieri
Material de Divulgação da Editora Terra Sul: Não contêm correção das falhas pontuais solicitadas na avaliação - versão final no Guia do PNLD
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Roselise Stallivieri
Licenciada em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Especialista em Educação Física Escolar pela Uni versidade Federal do Paraná (UFPR).
Professora do Ensino Fundamental 1, na rede pública de ensino, ent re os anos
1990 e 2017. Autora de materiais d idáticos para alunos e professores.

1.ª edição
Curitiba, 2017

~ Terra~!!,!
Material de Divulgação da Editora Terra Sul: Não contêm correção das falhas pontuais solicitadas na avaliação - versão final no Guia do PNLD

©COPYRI GHT - 2017 - Terra Sul Editora Eireli . É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer pro-
cesso eletrônico, reprográfico, etc., sem autorização por escri to dos autores e da editora.

Dados internacionais de catalogação na publicação


Bibliotecária responsável : Natália Vicente Montanha Teixeira (CRB-9/1642)

Stallivieri, Roselise.
Manual do professor para a Educação Física: 1º e 2º ano/
Roselise Stallivieri. - Curitiba, PR: Terra Sul Editora, 2017.
120 p.; 28 cm.

Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-8436-093-2

1. Educação física (Ensino fu ndamental) - Estudo e ensino.


1. Título.

CDD ( 22ª ed.)


376.86

COORDENAÇÃO EDITORIAL REVISÃO


Jane Gonçalves W ild iane Helena de Camargo

PROJETO GRÁFICO E CAPA EDITORAÇÃO ELETRÔNICA


Sincronia Design Chrislene Ribas
Kat iana Ribas
ILUSTRAÇÃO
Simone Ziasch IMPRESSÃO
Vicente Mendonça

ICONOGRAFIA
Raquel Deliberali
Victor Kub is

fj Terra~g!
Rua Ricardo Be ltrami, 82 - Bom Retiro
C EP80520-570- Curit iba - PR - Bras il
Fone/Fax: (41) 3253 0077
E-mai 1: terrasu l@terrasu !editora.com .br
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APRESENTAÇAO

Amigo p rofessor,

A p roposta deste manual é mostrar a Educação Física


como um componente cu rricu lar que trata do ser humano nas
suas manifestações culturais relacionadas ao corpo, em que os
movimentos são intencionalmente construídos como uma forma
de comunicação com o outro pela linguagem corporal.

O encaminhamento do mate rial está organizado em duas


partes. A p rimeira - O rientações Gerais - descreve a trajetória
da Educação Física através do tempo, identifica as p rincipais
tendências pedagógicas no contexto escolar e aponta para uma
metodologia que amplia a visão b io lógica ou técnica, entenden-
do o aluno como ser humano eminentemente cu ltu ral. Nessas
o rientações, também a avaliação é concebida como instrumento
de reflexão sobre a p rática pedagógica e o desempenho dos
alunos. A segu nda parte - O rientações Específicas e Propostas
de Atividades - apresenta sugestões metodológicas para t ratar
das manifestações da cu ltura corporal de movimento dent ro da
escola, o rganizadas como Unidades Temáticas de Brincadeiras e
Jogos, de Ginásticas, de Danças, de Esportes e de Lutas, confor-
me o documento da Base Nacional Comum Cu rricu lar (BNCC).

As atividades p ropostas são objetivas e bem d irecionadas,


conciliando os conteúdos e as imagens para um melho r desen-
volvimento das p ráticas o rientadas. Pa ra tanto, a abordagem
teórico-pedagógica adotada pela obra poss ib ilita que você
elabore seu trabalho de ma neira d inâmica.

A autora.

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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SUMARIO

Parte 1- Orientações Gerais

Introdução .............................................................................. 6

Abordagens pedagógicas .................................................... 9

Pro gressistas e críticas .... .. ...... .. ...... .. .... .. ... .. ...... .. ...... .. ..... ... ... .......... 9

Sistêmica e cultural ..... .... ... .... .... .... .... .... .. .... ..... .... .... .... ..... ...... .......... 9

Proposta adotada pela obra ............................................... 1O

Objetivos gerais ................................................................... 1O

O rganização da obra ........................................................... 1O

Estrutura da obra ................................................................. 12

Inclusão e inte rdisciplinaridade .......................................... 14

Avaliação .............................................................................. 14

O u adro de conte údos ......................................................... 16

Parte 2 - Orientações Específicas e Propostas de Atividades

Unidade temática - Brincadeiras e jogos .......................... 18

Unidade temática -Gi násticas ........................................... 44

Unidade temática - Da nças ................................................ 70

Unidade temática - Esportes ............................................. 93

Referê ncias ......................................................................... 113

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"·} EDUCAÇÃO ÁSJCA
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Introdução
Este manual foi escrito pensando nos p rofessores de Educação Física que atuam nas escolas e que
buscam realizar uma p rática pedagógica de qualidade.
Nestas o rientações gerais, vamos mostrar algu ns caminhos históricos percorridos pela Educação Física
aqu i no Brasil; apresentar as manifestações da cultu ra corporal de movimento, o rganizadas em forma de
Unidades Temáticas; ind icar algumas poss ib ilidades metodológicas pa ra t ratar os conhecimentos deste
componente cu rricu lar e alguns critérios de avaliação, que servirão de base para desenvolver nos alunos
algumas competências específicas da área de Linguagens, que, em conj unto com outras, "direcionam a
educação b rasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade j usta, demo-
crática e inclusiva." (BRASIL, 2001, p. 7).
No final do sécu lo XIX, ampliam-se os debates acerca da educação pública no Brasil. Em 1882, Ru i
Barbosa, por meio de seu parecer sobre a Reforma Leôncio de Carvalho, Projeto 224 (Decreto nº 7.247, de
19/04/1 879, da 1nstrução Pública), apresentou a importãncia de incluir a g inástica nas escolas.

A reforma d e ensino p roposta por Rui Barbosa p rocurava preparar para a vida. Esta preparação
requeria o estabelecimento de um e nsino diferente do ministrado até então, ensino este marcado
pela retórica e memorização. Era preciso p rivil egiar novos conteúdos, como ginástica, desenho,
música, canto e, princi palmente, o ensino de ciências. Esses novos conteúdos, associados aos
conteúdos t radicionais, d everiam ser ministrados de forma a d esenvolver no aluno o gosto pelo
estudo e sua aplicação. (MACHADO, [s.d], p. 5).

A Educação Física que se ensinava nesse período estava baseada nos métodos g inásticos suecos, ale-
mães e franceses, firmados em p rincípios b io lógicos (B RASIL, 2001, p. 20), e era considerada uma at ividade
escolar obrigatória, com a fu nção de criar corpos fortes, saudáveis e d isciplinados, em defesa da pátria.
Os exercícios g inásticos eram calistênicos, ou seja, para dar força e vigor ao corpo, e ministrados por
instrutores formados pelas institu ições militares.
Como crít ica ao modelo auto ritário, na década de 1930 su rge a Educação Física pedagogicista/
tendência escolanovista. O d iscu rso, então, estava voltado para a hig iene e a p revenção de doenças.
Apesar da inserção da d isciplina pela lei, não foi o que se viu acontecer na p rát ica, por falta de p rofessores
capacitados para atender a demanda.
No Bras il, fo i estabe lecida como p rát ica obri gatória somente com p romu lgação da p rimeira
Const itu ição, em 1937.
O contexto dos anos 30, t raz uma presença forte da industrialização e urbanização e o estabeleci-
mento do Estado Novo. Nesse momento, a Educação Física se p resta a uma necessidade social, como
formadora de t raba lhadores fortes e capazes de p roduzir mais.
Após a Segu nda Guerra Mu nd ial e o f inal do Estado Novo, su rge uma nova tendência na instituição
escolar. Desse modo, a Educação Física volta-se para o Método Desportivo Generalizado, no qual o es-
porte toma força e passa a ser o elemento que p redomina nas p ráticas pedagógicas. É t rabalhado com
vistas a competição, rend imento, recorde e vitó rias.
A p ri meira Lei de Diret rizes e Bases da Educação, n.º 4.024/1961,defende a obrigatoriedade da
Educação Física para o ensino p rimário e médio. Já a de 1971, n.º 5.692, conserva essa exigência, agora
juntamente com a Educação Moral e Cívica, Educação Artíst ica e Programas de Saúde nos cu rrícu los de

D:~:::) ~:UCAÇÃO Á~CA


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Na década de 1970, vincu lada ao contexto m ilitar, a Educação Física adota como p rincípio a p erfor-
mance, construída pela técnica e pela pedagogia dominante, d irig ida para o método tecnicista. As ativi-
dades esportivas t inham a fu nção de manter a o rdem e o p rogresso, ou seja, mais uma vez corpos fortes e
saudáveis voltados ao amor pela pátria e também para melho ria da força de t rabalho.
Ligada aos p rincíp ios humanistas, surge uma tendência voltada ao movimento Esporte para Todos
(EPn, que

[...] também se apresenta como uma alternativa para o esporte de re ndime nto, posto que,
mesmo tendo o esporte enquan to objeto, preocupa-se com o processo de e nsino ao invés dos
resultados, na linha dos princípios humanistas, não diretivos de e nsino, nos quais a promoção da
socialização e do desenvolvime nto integral de crianças e jove ns são as metas maiores a serem
alcançadas. (ABREU, 2017, p. 105)

Na década de 1980, começam a su rg ir as teorias crít icas à Educação Física, que se encont ra em uma
"crise de ident idade", assim como à educação de modo geral. Com a inserção da psicomotricidade, o ser
humano passa a ser visto como um ser integral e, e ntão, a visão b io lógica da d iscip lina é ampliada pelos
aspectos cognit ivos, afetivos, psicológicos e sociais.
Em 1996, uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ent ra em vigor, a de n.º 9.394,
e decl ara a Educação Física como componente curricu lar, com a segu inte redação: "a Educação Física,
integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricu lar da Educação Básica, ajustando-se
às faixas etárias e às cond ições da popu lação escolar, sendo facu ltativa nos cu rsos notu rnos" (BRASIL,
2001, p . 24). Desse modo, ret irou -se a sua obrigatoriedade.
Em 1997, o Ministério da Educação - M EC lança os Parâmetros Cu rricu lares Nacionais (PCN) para
todas as áreas do conhecimento, com dois volumes, sendo um deles para o p rimeiro e segundo ciclo (1.ª a
4.ª série) e o outro para o t erceiro e quarto ciclo (5.ª a 8.ª série). Esse documento t raz a segu inte concepção:

Buscando uma compreensão que melhor contemple a complexidade da questão, a proposta


dos Parâmetros Curriculares Nacionais adotou a distinção entre organismo- um sistema estritamente
fisiológico - e corpo- que se relaciona de ntro de um contexto sociocultu ral - e aborda os conteúdos
da Educação Física como expressão de produções cultu rais, como conhecimentos historicamente
acumulados e socialmente transmitidos. Portanto, a presente proposta e ntende a Educação Física
como uma cultura corporal" (BRASIL, 2001, p. 25).

A lgum t empo depois, o termo "obrigat ório" volta a ser mencionado na Lei n.º 10.793/2003, que altera
a redação da LDB n.º 9.394/96, ficando ass im redig ida:

Art. 26

§ 3. ºA e ducação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é compone nte curricular


obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
1- que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
li - maior de t rin ta anos de idade;
111 -que estive r prestando serviço mili tar inicial ou que, e m situação similar, estive r obrigado
à prática da educação física;
IV -amparado pelo Decreto-Lei n.º 1.044, de 21 de outubro de 1969;
V-(VETADO)
VI - que tenha prole.
(BRASIL, 2003)

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Em 2013, são lançadas pelo MEC as Diretrizes Cunicu lares Nacionais (DCN) para a Educação Básica,
com no rmas que orientam o p lanejamento curricular, fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Em 2014, essa institu ição governamental apresenta o Plano Nacional de Educação (PNE), a saber:

O Plano Nacional de Educação


(2014/2024) em movimento
O Plano Nacional de Educação (PNE} determina diretrizes, metas
e estratégias para a política educacional dos próximos dez anos. O
prime.iro grupo são metas estruturantes para a garantia do dire ito à
educação básica com qualidade, e que assim promovam a garantia
do acesso, à universal ização do ensino obrigatório e à ampliação
das oportunidades educacionais. Um segundo grupo de metas d iz
respeito especificamente à redução das des igualdades e à valorização
da d iversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade. O terceiro
bloco de metas trata da valorização dos profissionais da educação,
considerada estratégica para que as metas anteriores sejam atingidas,
e o quarto grupo de metas refere-se ao ensino superior.
O Ministério da Educação se mobilizou de forma articu lada
com os demais entes federados e instâncias representativas do setor
educaciona l, direcionando o seu trabalho em torno do plano em
um movimento inédito: referenciou seu Planejamento Estratégico
Institucional e seu Plano Tático Operacional a cada meta do PNE,
envolveu todas as secretarias e autarquias na definição das ações, dos
responsáveis e dos recursos. A elaboração do Plano Plurianual (PPA}
2016 -2019 também foi orientada pelo PNE.
O PNE é um projeto de nação. Acompanhe, participe!
BRASIL. Plano Nacional de Educação 2014-2024 em movimento.
Disponível em: <http://p ne.me c.gov.br/>. Acesso em: 20 nov. 2017.

Por fim, em 2017, publica a Base Nacional Comum Curricu lar (BNCC), document o que define o con-
junt o de ap rendizagens que os alunos devem ter, estabelecendo competências e habilidades que todos
devem desenvolver ao lo ngo da escolaridade básica. Esse documento se refere à Educação Física como:

[...] componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de
codificação e significação soci al, en tendidas como manifestações d as possibilidad es expressivas
d os sujeitos e patrimônio cultura l da humanidade. Nessa concepção, o movimento humano está
semp re inserido no âmbito d a cultura e não se limita a um d eslocamento espaço-temporal d e um
segmento corporal ou de um corpo tod o. Logo, as p ráticas corporais são textos culturais passíveis
d e leitura e produção. (BRASIL, 2017, p. 171)

Com a ampliação dos cu rsos de pós -graduação na área de Linguagens, a Educação Física passa a
crit icar o modelo vigente, entendendo est a para além da esportivização e da apt idão física, su rg indo,
assim, novas abordagens pedagógicas.

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Abordagens pedagógicas
Em meio a tantos debates e d iscu rsos para se chegar a uma p roposta pedagógica adequada para
a escola, surgem algumas tendências metodológicas que fizeram e fazem parte da p rática dos docentes
de Educação Física.

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Dentro das tendências progressistas, podemos citar:
• Desenvolvimentista: voltada para educação pelo movimento (meio e fim da Educação Física), que
tem o p rofessor Go Tani como seu p rincipa l criador.

• Construtivista-interacionista: que considera a cu ltu ra infantil, em que jogos, b rinquedos e fantas ias
são elementos centrais para o aprend izado. Tem como representante João Batista Freire, que
p ropõe uma "educação de corpo inteiro".

Entre as concepções críticas, destacamos:


• Crítico-superadora: a qual entende que "a Educação Física é uma p rática pedagógica que, no
âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança,
g inástica, formas estas que configu ram uma área de conhecimento que podemos chamar de cul-
tu ra corporal" (SOARES et ai., 1992, p. 50) . Está fu ndamentada no materialismo histórico-d ialético
de Karl Marx, na p roposta sociointeracionista de Vygotsky e seus colaboradores Luria e Leont iev
e nas pedagogias histórico-críticas dos educadores José Libâneo e Dermeval Saviani. Com vistas
à transformação socia l, "defende o teor pedagógico e político das p ropostas educativas, na me-
d ida em que incentivam a reflexão dos alunos acerca da realidade em que vivem e consequentes
medidas interventivas de mudança em determinada d ireção." (2001, p. 108)

• Crítico-emancipatória: estrutu rada por Eleno r Kunz, essa tendência entende que o movimento
humano deve ser " interp retado como um d iálogo ent re o ser humano e o mu ndo, uma vez que é
pelo seu "se-movimenta r" que ele percebe, sente, interage com os outros, atua na sociedade."
(DAOLIO, 2010, p. 36)

Sistêmica e cultural ;..


• Sistêmica: perspectiva defend ida por Mau ro Betti, segu ndo o qual tem os segu intes objetivos: "[... ]
a Educação Física passa a ter a fu nção pedagógica de integrar e i ntroduzir o aluno de 1.0 e 2.0 g raus
no mu ndo da cu ltu ra física, formando o cidadão que vai usufru ir, partilhar, p roduzir, reproduzir e
t ransformar as formas cu ltu rais da atividade f ísica (o jogo, o esporte, a dança, a g inástica ...)" (BETTI,
1992, p. 285). Essa linha teórica utiliza também a expressão Cu ltu ra Corporal de Movimento ou
Cu ltu ra Corporal, ao mesmo tempo em que defende a p roposta de uma Educação Física cidadã
por meio de três p rincípios: da inclusão (direito de todas as crianças), da alteridade (considerar o
outro como sujeito humano, ouvindo, conhecendo e aceitando o d iferente, o exótico, o d istante)
e da formação e informações p lenas (reivind ica r d ireitos ao lazer). (DAOLIO, 2010, p. 53)

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• Educação Física Plural, Perspectiva Cultural ou Abordagem Antropológica: alguns estudos acadêmicos
vêm apontando para mais esta abordagem de Educação Física, tendo como p rincipais responsáveis
Jocimar Daolio e Tarcísio Mau ro Vago. Para tanto, apresenta-se um t recho da obra do próprio autor,
que d iz nunca ter t ido o p ropósito de criar uma nova tendência metodológica: " Mesmo estudando
a área de educação física a partir da antropologia social há vários anos, devo ressaltar que nunca
t ive a intenção de criar uma abordagem de educação física, ou cu nhar uma nova denominação para
a área[...] "(DAOLIO, 2010, p. 9). Esse p rofessor ainda p ropõe a" educação física da desordem", que
considera o outro (aluno) a partir de uma relação intersubjetiva, como um ind ivíduo socializado que
compartilha o mesmo tempo histórico do p rofissional que faz a intervenção. (Idem, p. 73).

Proposta adotada pela obra


Os manuais estão fu ndamentados nas abordagens crít icas, sistêmica e cu ltu ral, por acreditarmos
que os saberes da cu ltu ra corporal de movimento devem ser t rabalhados na escola para que os alunos
possam se apropriar desses conhecimentos e utilizá-los em várias situações de suas vidas, participando
da sociedade de maneira consciente e confia nte.
A metodologia empregada nas sugestões de au la não está estanque, mas possib ilita uma ampliação
ou adaptação por parte dos p rofessores, de acordo com o Projeto Polít ico Pedagógico da escola. O tempo
necessário para cada uma das vivências corporais dependerá da participação dos alunos e da ma neira
como a atividade for conduzida, podendo ser realizada em um d ia de au la, dois ou t rês, conforme o caso.
A construção do conhecimento pelo alunos se dará por meio da p ráxis pedagógica, ou seja, mediante
a vivência prática, da reflexão sobre a cu ltura corporal de movimento e da ressig nificação dos conteúdos.

Objetivos gerais
• Experimentar, explorar, conhecer as d iferentes manifestações da cu ltu ra corporal de movimento
(jogos e b rincadeiras, g inásticas, danças, esportes e lutas);

• Interagir corporalmente, construindo relações de cooperação, respeito, d iálogo, superando p re-


conceitos e d iscriminações;

• Refletir crit icamente sobre as p ráticas corporais e sua relação com questões sociais relevantes
como consum ismo, padrões de beleza, competit ividade, ent re outras;

• Utilizar a criatividade na resolução de desafios corporais e na construção de novas possib ilidades,


fru indo e t ransformando o acervo da cu ltura corporal de movimento.

Organização da obra
O material é composto por dois livros - um para o 1. 0 e 2.0 ano e outro para o 3.0 ao 5.0 ano. As
Unidades Temáticas que constituem ambos os volumes estão o rganizadas conforme o documento da
BNCC e d ivid idas da seguinte forma:
• Brincadeiras e jogos: serão abordadas no Manual do 1. 0 e 2.0 ano as b rincadeiras e jogos po-

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pulares voltadas para o contexto comu nitário e regional, enquanto o Ma nual do 3. 0 ao 5. 0 ano

EDUCAÇÃO ÁSJCA
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ReinventandO
'1 Converse com os alu-
Q Na sequência confeccione os tapet inhos, conforme o modelo a seguir.

nos, oportunizando que

~ º º ºº
expressem opiniões so-
bre a brincadeira dos
bonecos palito, se foi
fácil fazer as poses, qual
fo i mais difícil, se exe-
cutar a po sição com PÉ MÃO CABEÇA COTOVELO JOELHO BUMBUM
um lado do corpo tem
o mesmo grau de difi-
culdade q ue do outro,
TAPETINi-10 1 TAPETINHO 2 TAPETINHO 3 TAPETINHO 4

o
entre out ras questões.

vu ~~
Proponha, então, que
desenhem em uma fo-
lha de papel um boneco
palito com uma posição

u 00
diferent e das exib idas
nos cartazes que você
t rouxe.
Em seguida, permita
para que cada um apre-
sente o seu cartaz para
os demais colegas, a fim
de que todos possam Esclareça o significado de cada símbolo e peça q ue prest em at enção
vivenci ar o q ue está
sendo proposto.
nas cores dos círculos q ue representam diferentes partes do corpo.
Mostre gradat ivamente cada um dos tapetinhos e explique q ue, à
Quanto às at ividades medida q ue identificarem q ual é a pa rte do corpo correspondente ao sím-
com o tapet inho, tam-
bém é important e que bolo, deverão encost á-la no chão. O grau de dificuldade será ampliado,
você promova uma roda por exemplo, no t apet inho 4, em q ue a criança deverá encost ar a cabeça,
de conversa, momen-
to em que as crianças as d uas mãos e os joelhos.
poderão m an ifesta r
su as d if iculdades o u
Após as crianças t erem vivenciado todas as posições referentes aos
facilidades quanto aos t apet inhos, ao som de uma música infantil de sua escol ha o riente-as a se
movimentos praticados.
movimentar livremente. Qua ndo a música pa rar de tocar, elas devem se
Ag ora, e las é q ue
recriarão a atividade! posicionar ao lado do tapet inho mais próximo e na forma ali indicada.
Entregue um pedaço de
giz para cada uma, para
que criem seu própri o
tapetinho, desenhan-
do, no chão, os símbo-
los correspondentes à
posição que desejam
executar.
Co loque a música
e solicite que se d es-
1oquem pelos novo s
t apet inhos desenha-
dos pelos seus colegas;
q uando o som parar,
posicionam-se confor- 1
me o símbolo indicar._)

~··

~ ......."·}·· EDUCAÇÃO FÍSICA


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Vivência corporal U
Agora q ue você já realizo u com as crianças um trabalho q ue possibilit a
o desenvolvimento da consciência corporal, explore por meio de at ividades
lúdicas alg uns dos elementos fundamentais da ginástica, sem uso de
materiais, com o uso de materiais e com mat eriais mais elaborados. Como
na ginást ica geral, mais do q ue o desempenh o dos al unos, o q ue conta
é a diversão e o prazer. Inicie esse trabal ho convidando-os a imit arem o
movimento de alguns animais.
Para isso, sugerimos q ue em um espaço amplo você os o riente a se
deslocarem de diversas manei ras: andando para frente e est icando-se
como se fosse girafa; correndo como leopardo; engat inh ando como
gato; rastejando igual cobra; salt ando como coel ho; andando em q uatro
apoios, t al q ual um gorila, entre o utros animais q ue podem ser escol hidos
pelas crianças .
~ugestão de
i FilmE
Assista com os alunos
ao desenho Mogli - O
menino lobo, repleto
de diversão selvagem,
música cheia de ritmo
e personagens q ueri-
dos. Esta obra-p rima
atemporal celebra
o verdadeiro signifi-
cado da amizade.

MOGLl - 0
Menino Lobo
EUA, 1967
Direção: Wolfgang
Reitherman

Depois de moviment arem-se livreme nte, imit ando os animais,


dialogue com os al un os sobre as dif erentes manei ras q ue as pessoas
podem se deslocar po r um espaço: andando, correndo, salt ando, etc.,
e q ue estas manei ras são estabelecidas culturalmente. Po r exemplo,
a forma de andar bípede nasce u p rimit ivamente da necessidade de o
ser humano colet ar frutos em árvo res e hoje se to rno u a manei ra mais
com um de deslocamento .
Nesse contexto, o rganize os al unos de ma nei ra q ue possam explorar
os seguintes movimentos:

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Andar

• Para fre nte: rápido e devagar;


• Para trás: rápido e devagar;
• Para o lado di reito e o esque rdo;
• Com as pontas dos p és e com os calcanh ares;
• Com o lado de dentro e o de fora dos pés;
• Agachados.

Correr

• Para fre nte;


• Para trás;
• Para o lado di reito e o esque rdo;
• Em li nh a reta, em curva e em zigue-zague;
• Na ponta dos pés.

Saltar

O saltar é o movimento q ue o corpo faz ao se afastar totalmente do


chão, para cima ou para fre nte . Compõe-se de três fases: o impulso (para
sai r do solo); o salto (elevação do corpo) e a descida (toque dos pés no
chão, com amortecimento do salto). Tipos: gru pado, afastado, espacate,
este ndido, tesoura, carpado, etc.

Salto estendido Salto grupado Salto tesoura Salto espacate

Saltitar

O saltito é um peque no salto em q ue o corpo se afasta pouco do chão


e os movimentos têm uma menor amplitude. Tipos são: cruzado, galope,
polca, valseado, skip, e ntre o utros.
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Girar

Ocorre q uando o corpo faz uma rot ação no eixo vertical em meia
ponta, em um dos pés.
• Meio giro - 180°
• Giro completo- 360°

Rolar

Rolar é movimentar-se em rotação, dando volt as sobre o próprio cor-


po. Portanto, essa at ividade deve ser desenvolvida em um g ramado o u
sobre esteiras de borracha (EVA - Et il Vi nil Acetato), t at ames, colchões,
colchonet es, etc., para as crianças não se machucarem.
O riente-as a deit ar no colchão e rolar de lado. As q ue conseguirem
poderão realizar os rolamentos para frente (cambal hota) ou para trás.
Nesse momento, o importante é q ue elas tentem executar os movi-
mentos. Um pouco mais adiante, vamos explicar melhor o desenvolvimento
dessa at ividade.

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Equilibrar

O eq uilíbrio do corpo pode ser


demonstrado da seguinte forma:
• Parado em um pé só, segu-
rando a o utra pern a;
• Parado em um pé só, realizan-
do a posição "4";

Trabal he a lat eralidade com os


al un os, revezando o pé de apoio
direito e esq uerdo. Para melhorar o
eq uilíbrio, é p reciso ter concentração.
Dessa forma, oriente-os a visualizarem e
permanecerem com o ol har fixo em um ponto q ualquer à frente do corpo.

Dialogue com os alunos sobre os materiais q ue podem ser usados para


realizar movimentos ginást icas. Fale sobre a exist ência de mat eriais oficiais
da ginást ica rítmica, chamados de apa relhos, q ue são: arco (conh ecido
como bambolê), corda, fit a, maça e bola. Se você tiver esses mat eriais na
escola, é importante levar para eles conh ecerem . Caso, contrário, poderá
mostrá-los por meio de sites e vídeos:
Aborde t ambém, na conversa, os materiais altern at ivos q ue podem
ser utilizados na ginástica geral como bexigas, cadei ras, bastões, colcho-
net es, colchões e bolinh as de malabares, de meia e de plást ico, usadas
em pisci na de bolinh as.
Nesse contexto, o rganize os alunos de maneira q ue possam explorar
os materiais sugeridos na sequência. A ntes, porém, t ais materiais devem
ser manuseados por eles, partindo das experiências q ue cada um t em.

Bola

É importante permit ir q ue os al unos experimentem diversos


tipos de bolas (de borracha, de plástico, de meia, de malabares,
de tênis, entre o utras).
Você poderá confeccionar j unto com as crianças da tur-
ma bolas de meia e de malabares (com painço), conforme os
modelos a seguir.

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Bolinha de meia
• Previamente, pedir aos alunos que tragam de casa meias velhas que não usam mais e jornal.
• Solicitar, então, que façam uma bolinha de jornal e coloquem-na dentro de uma das meias .
• Na sequência, devem enrolar a meia e virá-la novamente, amarrando-a com barbante ou
prendendo-a com um pedaço de fita-crepe.
• Você ainda poderá costurá-la.

Bolinha de painço
• Para a bolinha de malabares ou malabarismo, so-
licitar aos alunos que tragam um pouco de painço
(comida de passarinho) e bexigas n.0 8 e n.0 7.
• Para que a bexiga laceie e possa ser preenchida,
cada um deve soprá-la até encher e esvaziá-la.
• Utilizando um funil, encher as bexigas com painço
até ficarem mais ou menos do tamanho de uma
bolinha de tênis e ajudá-los a darem um nó.
• Por fim, cortar o "pescoço" das outras bexigas e encapar a bolinha que está cheia.
• Repetir esse procedimento com mais duas bexigas e, então, permitir que os alunos o façam.

Há diversas possibilidades de trabal ho com bola . Diante dessa


amplitude, indicamos, a seg uir, alg umas delas.

Individual:
• lançar e pegar com as d uas mãos;
• lançar e pegar com uma das mãos e depois com a outra;
• lançar bem alto e bater primeiro uma palma, depois d uas;

• lançar, deixar q uicar no chão e pega r;


• q uicar com as d uas mãos, depois com mão direit a e, em seguida,
com a esquerda;

• ss •••••••
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• q uicar em deslocamento;
• rolar, correr e pegar;
• chutar;
• equilibrar nas diversas partes do corpo.

Em duplas:
• um lança r e o o utro pegar;
• um rola r para o o utro;
• um rolar e o o utro f icar com as pern as afastadas para q ue passe
entre elas;
• um chutar para o o utro .

Em pequenos grupos:
• posicionados em círculo, um passar para o o utro, lançando, chutan-
do, arremessando, etc.

Arco

O arco, popularmente chamado de bambolê, é en-


contrado em diversos tama nhos. Logo, para as crianças
dessa faixa etária, podem ser usados os meno res. Veja
algumas possibilidades de trabalho com esse material.

Individual:
• lança r e pega r com as d uas mãos;
• lançar e pega r com uma das mãos e depois com a
o utra;
• lançar bem alto e bater uma palma, depois d uas;
• lança r pa ra cima e estender os b raços t ambém para
cima, a fim de q ue, na descida, passe pelo corpo;
• rolar, correr e pegar;
• rola r e fazer volt ar para a mão;
• girar no chão, como se fosse um pião;
• bolea r na cintura, nos p unhos, no pescoço, nas pern as e nos pés;
• balançar com a mão direit a e depois com a esquerda;
• ao correr, emp urrar o arco com a mão, na lateral do corpo;
• pular dentro, como se est ivesse pulando corda;
• rolar e passa r por dentro.
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Em duplas:

• um lançar para o o utro;


• um rolar para o o utro;
• jogar e fazer passar pelo corpo um do o utro.

Corda
Primeiramente, trabal he com as cordas individuais (pequenas) e de-
pois com a corda coletiva (g rande). Para saber o t ama nho ideal da corda
individual, a criança deve ficar em pé, com um dos pés sob re o meio da
corda, e elevar as extremidades até a altura d as axilas.
Seguem algumas possibilidades de trabal ho com cordas:

Corda individual:
Pular corda é uma brincadei ra muito divert ida,
q ue pode ser feita de várias maneiras. Entret anto,
dê início à at ividade de modo q ue a criança execute
o exercício individualmente. Para isso, instru a-a a
fazer os seguintes movimentos:
• enrolar a corda nas diversas partes do corpo;
• lançá-la e pegá-la;
• andar sobre ela;

• salt ar de um lado para o utro da corda;

• segurar nas d uas pontas com uma das mãos


e fazer a rot ação para frente e para trás;
• p ular a corda;
• p ular em deslocamento .

Chicote queimado ou reloginho:


Nesse momento, os alunos ficarão em cír-
culo. Um deles, ao centro, est ará segurando
uma corda pequena, girando-a e passando-a
pelos pés dos colegas, q ue deverão p ular,
sem permit ir q ue a corda toq ue neles. Caso
isso aconteça a criança sai da brincadei ra,
-- -
q ue terá continuidade at é sobrar apenas um -- -- - - - - - -- --- -- --
al uno : o vencedor.

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Corda coletiva:
Para essa brincadeira, você precisará de uma corda de mais o u menos
6 metros. Inicie a at ividade amarrando uma das extremidades da corda em
uma col un a o u em um post e. Então, seg ure na o utra extremidade para
poder determinar o rit mo em q ue as crianças terão q ue pular, como:
• passando por cima da corda em zigue-zague (cabrinh a);

• passando, uma a uma, por baixo da corda, q ue estará mais o u menos


na altura de sua cintura;

Sucessivamente, você vai abaixando a corda at é q ue esta fique bem


p róxima ao chão, enq uanto as crianças vão:
• passando rast ejando-se;
• passando por cima da corda, sem encost ar nela, a q ual estará bem
p róxima ao chão.
De forma p rogressiva, vá elevando a altura, até q ue ninguém mais
consiga passa r.
Agora, boleie (bata) a corda para q ue as crianças p ulem. Inicie com
uma criança parada ao lado da corda e ensi ne-as a "entrar" e a "sair", o u
seja, q uando a corda já est iver em movimento elas vão entrar e pula r e,
depois, sem a corda parar, devem sai r.
Mostre t ambém como se boleia o u bat e

~ a corda. Inicie com uma criança e você, um se-

~':I
gurando em cada extremidade da corda, para
q ue percebam o movimento e o ritmo. Depois,
J
coloque d uas crianças baleando a corda e vá
revezando, pa ra q ue todos possam aprender.

Pular corda:

Na at ividade de p ular corda existem o u-


tras formas como:
• passa r zero : as crianças formam uma col un a e d uas delas baleiam a
corda. Então, vão passando uma a uma pela corda,
primeiramente sem pular, apenas correndo
11
para a corda não tocá-la, o u seja, passan-
11
do zero Depois entram, p ulam uma vez

e saem, e assim por diante.


• parlendas: são as rimas cantadas en-
q uanto se p ula a corda; muit as delas
indicam tarefas a serem cumpridas.

Veja alg umas:


~··

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Um homem bateu em minha porta


Salada, saladinha
E eu abri,
Bem temperadinha
Senhoras e senhores, Pular bem rápido
Com sal, pimenta, fogo, foguinho! até errar.
Pule num pé só,
Senhoras e senhores,
Ponha a mão no chão,
Subi numa roseira
Senhoras e senhores,
Quebrei o galho
Dê uma rodadinha
A criança deverá Me segure, "fulana"
E vá ... pro olho... da rua! sair da corda. Chama o nome da
Senão eu caio próxima criança que vai pular.

Quantos namorados
Você vai ter?
Onde errar é o
1, 2, 3, 4... número de namora dos.

Depois q ue os al unos experimentarem vá rios movimentos corporais


com esses e o utros materiais disponíveis na escola, sugerimos q ue o rgani-
ze um circuito ginástico, explorando o espaço do estabelecimento, com
desafios já existentes e o utros elaborados por você, utilizando os materiais
de ginástica. Disponh a os alun os em colun a e mostre a eles os movimentos
q ue deverão realizar ao passar pelos obst áculos espal hados pelo ambiente .
Para to rn ar mais dinâmica a at ividade, aproveite os elementos q ue a escola
t iver: mureta, barranco, parq uinho, etc.

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Inicie o ci rcuito com o primeiro al uno da col un a e, assim, sucessiva-


mente, dando intervalo de um obst áculo entre as crianças. O uem passar
pelo últ imo obst áculo, volt ará pa ra o fi nal da col un a, realizando o ci rcuito
q uantas vezes você achar necessário.
Veja um exemplo de circuito :
1.0 obst áculo: correr em zigue-zag ue por entre alguns cones;

2.0 obstáculo: p ular dentro dos arcos;

3.0 obst áculo: rolar no colchão;

4.0 obst áculo: rastejar por baixo de um banco o u de uma corda amar-
rada bem próxima ao chão;

5.0 obst áculo: salt ar por cima de um banco o u de uma corda;

6.0 obstáculo: andar em cima de uma muret a o u sobre uma corda;

7.ºobstáculo: pendurar-se em uma corda amarrada na trave de futebol;

8.0 obst áculo: lançar e pegar uma bola.


Sugestão de
1 Leitur4
:· ·· ··· ·········· ··· ·· ········ ········ ··)
DAR IDO, Su r aya
Cristi n a; SOUZA JR. Elementos fundamentais da ginástica:
Osrnar More ir a de.
Para ensinar Educação mais elaborados
Física: possib ilidades
de intervenção na es-
cola. São Paulo: Papirus, No trabal ho com a ginást ica geral, toda e q ualquer movimenta-
2007. ção é possível de se r realizada sem a preocupação com t écnicas o u
pe rfo rmance de movime11 tos. Podem ser usados elementos gímnicos
de vá rios t ipos de ginást icas, como eq uilíbrios, giros, saltos, salt ites,
deslocamentos, rolame ntos, espacate, roda (estrela), ponte, rodante e
pa rada de cabeça.
Para melho r desempenho desses elementos mais elabo rados, é
importante q ue os al unos façam alg un s alongamentos, o q ue p ropo r-
cio nará uma melho r flexibilidade co rporal.

Alongamentos
Você pod e mostrar aos alunos o vídeo
disponível em : <http:// www.d orniniopublico.
gov. b r/ pesqu isa/Detalh eObra Forrn. Pa ra iniciar os alongamentos, distribua os al un os
do ?select_action = &co_obra= 51221>,
acesso em : 21 no v. 2017, que mostra pelo ambiente, se possível com um colcho nete cada um,
a t rajetória d a ginasta romena Na dia
Cornaneci, urna referência mundial. t apetes de EVA, ou mesmo um gramado, e execute alguns
movimentos para eles repetirem:

~··
"·} EDUCAÇÃO FÍSICA
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.• ••••••••
• •• ., Em
Eleve
um dos braços
pé ou sentado,
na lateral da cabeça
eleve o pescoço para
e segure -o na região
frente, para trás e para os
do cotovelo. Repita o
lados. Depois, gire o pescoço • exercício com o
sobre os ombros de forma ••
outro braço .
lenta e o mais acentuado •
possível, invertendo
••
••
os sentidos. • ••
••

••
.. ........... ~
Em pé
ou sentado, cruze um
dos braços à frente do tórax e
pressione o cotovelo junto ao peito.
Repita com o outro braço.

•• •••••••••
~ ··
Deitado de bruços,
flexione os cotovelos e apoie
as mãos no chão. Com as pernas
estendjdas, eleve o tronco,
Deitado
flexionando a lombar.
de costas, com
.j os joelhos flexionados
••• e os pés no chão, levante Sentado,

~
com a coluna ereta,
•• o quadril lentamente até
apoiar o corpo nos pernas afastadas e esticadas

• ombros . e calcanhares no solo, abra bem
•• os braços e gire o tronco para a
•• ••
•• • direita até a mão esquerda alcançar o
• •• pé direito. Fique nessa posição por
f.(;· ~1 •• alguns segundos. Volte à posição
irucial e, então, repita com
~ _,C::d/J~ ~ o outro lado.
•••
,&ill
Deitado
de costas e com
os joelhos flexionados, levante ••
somente a perna direita . Entrelace as ••
mãos atrás da coxa, eleve o tronco em ~=---r-~~-::::;;f
direção à perna e vá "escalando" até
alcançar o tornozelo. Repita com / /
Sugira um t empo de 1O segundos a outra perna.
para cada alongamento.

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Na seq uência, orga nize as crianças para q ue possam realizar os mo-


vimentos mais elaborados como giros, deslocamentos, rolamentos (cam-
balhot as) vela, espacate, entre outros.
Se for necessário demonstrar como se faz, coloque-as sentadas em
círculo, posicione-se no centro e escolha uma delas para realizar alguns
dos movimentos, com sua orientação e seu apoio.
Veja, a seguir, como p ropicia r a vivência desses movimentos com a
turma.

Deslocarnentos

Para auxiliá-lo nas Disponha as crianças em col un a, em cima de uma das linhas da q ua-
atividades a serem d ra, de bancos, muretinh as o u em o utro espaço q ue você t iver na escola,
desenvolvidas e
também para ampliar e solicit e q ue façam os seguintes movimentos:
o seu conhecime nto
sobre a Ginástica • andar est icado para frente e para trás;
para Todos,
acesse: <https://
tvescola .org.br/tve/ • corridinh a para frente, para trás e para os lados, com as pern as e
vídeo?idltem=469>. braços est icados;
Acesso e m: 21
nov. 2017.
• salt itas para frente (t ambém conhecidos como skip o u "passeio no
bosque "), com elevação de joelhos, braço para frente contrário ao
joelho q ue sobe.

Equilíbrios

Um dos t ipos de equilíbrio bast ante


empregado na ginástica é denominado
"avião" . Para isso, as crianças ficarão em
pé, com os dois pés unidos. Então, de-
verão estender os b raços para os lados e,
lentamente, elevar uma das pern as, e estenden-
do-a pa ra trás, ao
mesmo t empo
q ue inclin am o
tro nco para frente,
permanecendo imóveis nessa posição
ho rizo ntal.
Caso t enh am dif iculdade, você
p recisará auxiliá-las, seg urando com
u ma de suas mãos na pe rn a q ue
est á est endida pa ra trás e a o utra no
abdômen.

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) EDUCAÇÃO FÍSICA
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Vela

Solicite q ue os alunos fiquem deitados de cost as


para o chão e, na sequência, elevem o q uadril e as pern as
estendidas pa ra cima, permanecendo na posição em
equilíbrio. Depois poderão afast ar as pern as. Ainda
nessa posição, afastarão as pern as, flexionando (~)V J1
uma delas e fazendo o movimento do "4" . )~

Espacate

Trat a-se de movimento muito desafiador. Os al unos, principal-


mente as meninas, est ão sempre tentando fazê-lo com perfeição.
É importante você mostrar a eles q ue todas as pessoas t êm a
possibilidade de executá-lo, meninos o u meninas, bast a
t er trei namento .
O riente-os a ficarem sentados, com o tro nco ereto, e
afastarem as pernas o máximo possível, t entando encostar
a parte intern a das coxas no chão.
Uma das maneiras de treinarem é ficar de frente para
uma parede e ir aproximando-se dela com o tro nco.

Rolamentos (cambalhotas)

Existem vários t ipos de rolamentos: para frente gru pado, afastado,


carpado; pa ra trás gru pado, afast ado, ca rpado. Vamos iniciar com o mais
simples:
• Rolamento para frente grupado:
Para esse movimento, é necessário q ue o al uno fique agachado, com
as d uas mãos no chão e o q ueixo no peito. Na sequência, ele deve elevar
o q uadril para cima, dar um pequeno impulso a fim de encost ar a nuca
e as cost as no chão. Então, deve rolar até q ue os pés t oquem o chão e,
fazendo força, t entar subi r e ficar em pé.

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É muito importante a sua aj uda para as crianças q ue não sabem exe-


cutar o movimento, pois traz segurança a elas e evita q ue se machuq uem.
Para apoiar, você deverá coloca r uma mão na nuca da criança e a o utra na
parte post erior da coxa. Acompanh e todo o movimento, não permit indo
q ue ela encoste a cabeça o u o pescoço no chão o u q ue ele role para o lado.

Se apresentarem muit a dificuldade, t ente partir p rimeiramente de um


plano incli nado. Solicite q ue o aluno coloque as mãos no chão, enq uanto
você o segura pelos to rnozelos, eleva ndo as pern as dele para cima. Solicite
q ue ele tente coloca r o q ueixo no peito, aí você rola o aluno com cuidado,
solt ando as pernas dele.
É possível, também, colocar uma t ábua apoiada num degrau
o u usa r o banco sueco inclinado, com um colchão fino em cima.

• Rolamento para frente afastado: o rolamento é realizado da


mesma manei ra q ue o gru pado; a diferença é q ue o aluno chega
com as pern as afast adas e estendidas.
• Rolamento para frente carpado: o rolamento é realizado da
mesma manei ra q ue o gru pado; a diferença é q ue o aluno chega
com as pern as unidas e est endidas.

• Rolamento para trás grupado:


Você deve o rientar o al uno q ue p rimeiramente fique em pé, para
em seguida agachar-se, colocar as mãos próximo às o rel has e encost ar o
q ueixo no peito .

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~ ......."·}·· EDUCAÇÃO FÍSICA


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Na sequência, com um impulso para trás, ele rola e mantém os joe-


lhos flexionados at é os pés tocarem o chão. Ent ão sobe, posicionando-se
novamente em pé.

Para ajudar na realização desse rolamento, você deve colocar uma das
mãos na nuca e a o utra na parte posterior da coxa da criança. Acompanhe
toda a execução, auxilia ndo-a para q ue mantenh a os joelhos flexionados
at é o fim do movimento .

• Rolamento para trás afastado: o rolamento é realizado da mesma


manei ra q ue o g rupado; a diferença é q ue o aluno chega com as
pern as afast adas e estendidas.

• Rolamento para trás carpado: o rolamento é realizado da mesma


manei ra q ue o gru pado; a diferença é q ue o aluno chega com as
pern as unidas e est endidas.

Roda (estrela)
Para fazer a roda, também chamada de estrela, o aluno deverá est ar em
pé, com os braços elevados acima da cabeça. Depois, posiciona uma pern a
à frente e projet a o corpo em direção ao chão, colocando uma das mãos no
solo e, na sequência, a o utra mão. Nesse momento, precisa elevar uma per-
na estendida e depois a outra, ficando em uma posição invertida, com ex-
tensão tot al de b raços
e pern as. Em seguida,
apoia uma das pern as
no chão e depois a o u-
tra, ret irando as mãos
altern adamente e retor-
nando à posição em pé.

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Para auxiliar nesse movimento, você ficará em pé, j unto da criança,


do lado contrário à pern a de impulsão dela. Q uando ela se mover, faça
o apoio, segurando-a pelo q uadril, mantendo-a na posição invertida at é
q ue termine a roda.

Havendo alunos com mais dificuldade, você poderá utilizar um banco.


Então o riente-os a apoiar as d uas mãos sob re esse assento, à medida q ue
irão passando de um lado para o o utro, com os dois pés unidos, e elevan-
do o q uadril. A seguir, devem repet ir o movimento com as pern as unidas,
dando uma " tesourada" no ar. Depois, sugerimos q ue você coloque uma
corda no chão e solicite que eles passem de um lado pa ra outro, usa ndo
a mesma dinâmica q ue usa ram pa ra o ba nco.

Rodante

O rodante é semel hante à roda, porém o alun o deve unir as pern as


q uando estiver na posição vertical e mantê-las unidas q uando est iver dando
um ligeiro salto . O seu apoio é semel hante ao da roda.

"
~

Ponte

Em um colchão, colchonet e ou t apete de EVA, solicite q ue o al uno


fique deit ado em decúbito dorsal (de cost as), apoiando as mãos no solo
à largura dos ombros, próximo às o rel has, e fazendo a extensão complet a
dos braços, elevando o q uadril. O olhar deve estar voltado para frente e
~·· não pa ra cima.

~ ......."·}·· EDUCAÇÃO FÍSICA


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l]Jvivência corporal

.~.~~·~·i·~~.~...i.~~~.~~~~..~ ..~.~~~.~~.~~~.. :······················································)


Existem diversas cantigas infantis populares cuja forma de brincar
est á atrelada aos movimentos sugeridos pela própria letra. Assim como
nas outras brincadeiras ca ntadas, use semp re como ponto de partida as
ca ntigas q ue os alunos conhecem, bem como suas variações, e amplie o
acervo deles ap resentando o utras composições. Como não há uma for-
mação própria para as brincadei ras, você poderá realizá-las em roda, em
fileiras, sentados, em pé, esp al hados pelo ambiente, em pequenos grupos,
entre o utras formas.

Fui ao mercado

Essa at ividade permite q ue o al uno desenvolva sua capacidade de


percepção, sentindo seu corpo e suas partes, de forma a identificar suas
possibilidades e limit ações.
Primeiramente, escol ha uma formação para as crianças (em roda, es-
palhados, etc.), então ensi ne a cantiga o u coloque-a para toca r. Observe
se as crianças conhecem os movimentos; caso contrário, criem juntos a
manei ra de dançar. Os movimentos podem ser isolados a cada estrofe o u
ir somando-se aos o utros a cada estrofe cantada.

Fui ao mercado comprar café


E a formiguinha subiu no meu pé Apontar para o pé.

Eu sacudi, sacudi, s acudi Movimentar os pés, como se estivesse sacudindo-os.

Mas a formiguinha não parava de subir

Fui ao mercado comprar batata roxa


E a formiguinha subiu na minha coxa Colocar as mãos nas coxas.

Eu sacudi, sacudi, s acudi Movimentar as coxas.

Mas a formiguinha não parava de subir

Fui ao mercado com prar limão


E a formiguinha subiu na minha mão Apontar uma mão com a outra.

Eu sacudi, sacudi, s acudi Movimentar as duas mãos, sacudindo-as.

Mas a formiguinha não parava de subir


~

~·· ...
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Fui ao mercado comprar jerimum


E a formiguinha subiu no meu bumbum Virar e colocar as mãos no bumbum.

Eu sacudi, sacudi, sacudi Balançar o bumbum.

Mas a formiguinha não parava de subir

Além dessa versão, algum as cantigas acrescentam


esta estrofe :

Fui ao mercado comprar um giz


E a formiguinha subiu no meu nariz Colocar as mãos no nariz.

Eu sacudi, sacudi, sacudi Mexer o nariz.

Mas a formiguinha não parava de subir

A dona aranha

A atividade estimula o desenvolvimento tanto da linguagem oral como


da corporal, fazendo com q ue as crianças se expressem ao se com unicar,
cantar, dançar e brincar.
Escol ha junto com elas um a formação (po r exemplo: em roda, espa-
lhados ou em filei ras). Investig ue se conhecem os movimentos executa -
dos nessa cantiga e solicite q ue vivenciem. Ajude-as com as sugestões
a seguir:

A dona aranha
Movimentar as mãos como se
Subiu pela parede estivesse subindo numa parede.

Veio a chuva forte


1
E a derrubou Nesse momento, os alunos caem no chão.

Já passou a chuva
O sol já vem surgindo
E a dona aranha
Movimentar as mãos, como se
Continua a subir estivesse subindo numa parede.

Ela é teimosa
Desobediente
Sobe, sobe, sobe
Nunca está contente

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EDUCAÇÃO FÍSICA
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Fui morar numa casinha


ReinventandO
Essa at ividade perm ite q ue os alunos identifiquem os sons emit idos
Q Faça uma coletâneP
pela boca e t ambém reconheçam os sons produzidos à sua volta. Investigue
de músicas infantis des-
se estilo, solicitando aos se eles conhecem a cantiga. Se não souberem, mostre a letra e possíveis
alunos que tragam-nas
de casa em CDs ou pen
versões e gestos para dançar:
drives. Após, selecio -
Gesto com as mãos em
ne com eles algumas Fui morar numa casinha-nha formato de casinha.
que ainda não foram
contempladas em aula Infestada-da de cupim-pim-pim Abre e fecha as pontas dos dedos.
e criem juntos a movi- 1
Saiu de lá-lá-lá Gesto com as mãos, apontando para algum lugar.
mentação corporal para
cada música escolhida. Uma lagartixa-xa Gesto com uma das mãos, ondulando.
Na página 74 há indica -
ção de sites nos quais Olhou pra mim Gesto com as mãos nos olhos.
é possível encontrar Olhou pra mim
d iversas cantigas.
e fez assim: Mostrar a língua.

Fui morar numa casinha-nha


Infestada-da de florzinha-nha Gesto com os dedos para
cima, girando a mão.
Saiu de lá-lá-lá
Passar as mãos no rosto delicadamente e
Uma princesinha-nha simular um cumprimento, flexionando as pernas.
Olhou pra mim
Olhou pra mim
e fez assim: Mandar um beijo.

LJ Sistematizando o conhecimento
Sugerimos q ue os al unos elaborem um livro de Brincadeiras cantadas.
Você poderá iniciar essa composição logo q ue começar a trabalhar com
"Rodas e brincadeiras cantadas ". Então explique q ue eles irão compor um
livro de brincadei ras cantadas e de cantigas de roda. Para tanto, após cada
brincadeira realizada em aula, irão reproduzi-las por meio de um desenho.
Pa ra o 2. 0 ano, eles poderão iniciar desenh ando e colocando o nom e
da b rincadei ra e, à medida q ue forem alfabetizados, incl uir a letra das can-
t igas. Ao final, você montará o livro, grampeando as atividades. Também
é possível entregar para cada aluno um livrinho montado com folhas em
b ranco, dobradas e grampeadas, e solicit ar q ue retratem as b rincadei ras
cantadas de q ue mais gostaram.

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j EDUCAÇÃO FÍSICA
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ESPORTES «
Para onde vamos? iJ
Com esse trabalho seus al unos poderão:
1) Experimentar e fru ir, prezando pelo trabalho colet ivo e pelo prot ago-
nismo, a prát ica de esportes de marca e de precisão, identificando
os elementos com uns a esses esportes.

2) Discutir a importância da observação das no rmas e regras dos es-


portes de marca e de precisão pa ra assegurar a integ ridade próp ria
Sugestão de
e as dos demais participantes.
1 Leitur4
Os esportes são manifestações da cultura corporal muito conh ecidas
F I N CK, S i lv i a
e apreciadas por diversos g ru pos sociais na contemporaneidade. Isso se C hristin a Madri d. A
deve à sua g rande divulgação pela mídia, entendida como um meio de Educação Física e o
esporte na escola .
com unicação de massa q ue engloba rádio, televisão, jorn ais, revistas, bem Curit iba: lntersaberes,
como as novas Tecnologias da Informação e Com unicação (TIC), mediante 2012.
o uso de redes de computadores e eq uipamentos.
Caracterizam-se por adot arem regras de caráter oficial e compet it i-
vo, o rganizadas e inst itucionalizadas por associações, federações e con-
federações esportivas. Se aceit amos o esporte como fenômeno social,
essas característ icas podem ser q uest ionadas, reorganizadas, adapt adas
à realidade da com unidade q ue o pratica, cria e recria, principalmente no
contexto de lazer, saúde e educação.
Na escola, principalmente nos anos iniciais, o esporte deve ser vivido
com prazer e, mesmo sem descartar a ideia da competição, deverá est ar
desvinculado do vencer a q ualquer "preço " e do individualismo exacer-
bado, adaptando-se às característ icas dos participantes, do espaço o nde
será realizado, do número de al unos, dos mat eriais disponíveis, entre
o utros critérios.
Nesse sentido, o esporte deve ser abordado pedagogicamente, visa n-
do atender às necessidades dos al unos, bem como ser analisado, discutido,
vivido e recriado, to rn ando-se mais atrat ivo e divertido para as crianças.
O conceito de esporte, visto pelo olhar de uma criança, pode ampliar
a visão dos educadores com relação ao q ue se pode realizar dentro da
escola, a fim de q ue seja significat ivo para os al unos. O t exto a seg uir é
apresentado com vist as nesse enfoq ue.

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Esporte é legal e bom ...


E as crianças brincam de esportes!
Compreendemos que existe uma polissemia do conceito de
esporte expresso pelas crianças; que tanto pode significar a sua prática
institucionalizada (por exemplo, o futebol, o voleibol), como também
atividades de lazer (entre elas andar de bicicleta e passear com o
cachorro), e ainda algumas brincadeiras e jogos. Neste sentido, o esporte
polissêmico, como variante de manifestações da cultura lúdica, explica
o grande interesse e gosto infantil por esta atividade. Afinal, as crianças
também brincam de esporte! E a brincadeira como atividade lúdica é um
traço fundamental da cultura infantil, sendo condição de aprendizagem
e recriação do mundo a sua volta (SARMENTO, 2004).
O esporte, assim, é muitas vezes integrado ao universo lúdico das
crianças, ou seja, às estruturas e esquemas constituintes de sua cultura
lúdica, possibilitando a brincadeira. Contudo, brincadeira esta não
isenta de diferentes dinâmicas, permeável a interferências, e passível
de contradições e conflitos, expressos principalmente pela colonização
do mundo vivido infantil pelos códigos e sentidos do esporte de
rendimento e da mídia!TV. Isto porque o modelo esportivo hegemônico
está estruturado no princípio do rendimento e da competição, difundido
principalmente pelos meios de comunicação de massa, e tornando-se
uma cultura mundializada, produto da Indústria Cultural.
Porém, mesmo o esporte vindo a se tornar uma brincadeira que
recebe ressignificações pelas crianças por conta de sua cultura lúdica, é
importante destacar que algumas representações produzidas sobre este
assunto vão ao encontro de uma visão "positivo-funcional" do esporte,
que expressa, entre outros, a competitividade e o individualismo.
[... ]é importante dizer que também existem momentos em que as
dinâmicas e os esquemas de brincadeiras da cultura infantil das crianças
são capazes de ressignificar o conteúdo esportivo a partir dos interesses
dos sujeitos envolvidos que, em grande parte, buscam através do seu
se-movimentar interagir com as possibilidades do outro, do brinquedo, e
do contexto em que se encontram. Sendo o esporte, assim, transformado
em um jogo/brincadeira da cultura lúdica, produzindo representações
de diversão, alegria, amizade, interação, lazer.
Em um mundo estruturado por inúmeras representações,
principalmente dos adultos, as crianças agem criando e recriando, a
partir de suas mediações, significados próprios e/ou reproducionistas.
Especialmente sobre o esporte, que ocupa grande espaço do discurso
midiático em uma pátria que veste chuteiras regularmente para
acompanhar sua seleção. A inquestionável positividade do esporte
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) EDUCAÇÃO FÍSICA
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como remédio para quase todos os males sociais constitui poderoso


discurso junto às crianças que, negando as contradições, ideologias, e
interesses, presentes na cultura esportiva contemporânea, produz outras
representações que servem à semicultura esportiva (PfRES, 2002) como:
"esporte é saúde", "o esporte salva", "o esporte é corpo em forma".
Quinte Matiello Jr. (apud PIRES, 2002) apontam como consequência
deste quadro o exercício físico/esporte sendo consumido pela sociedade
como remédio amargo induzido pela "cultura do medo e da culpa" contra
o perigo e a dor de serem diferentes ou sem saúde, não levando em conta
a complexidade de ação nesta área.
Considerando esse jogo de fragilidades e resistências apresentado
pelas crianças sobre as representações esportivas e o discurso midiático,
verificamos ainda que existem significativas diferenças na constituição
da cultura esportiva entre os meninos e as meninas, chegando a produzir
separações entre esportes/atividades de homens (futebol) e esportes/
atividades de mulheres (vôlei).
LISBOA, Mariana Mendonça. Representações do esporte-da-mídia na cultura lúdica de
crianças. Resumo da d issertação (Mestrado em Educação Física) PPGEF/UFSC, 2.007. Disponível
em: <http://www.cbce.org.br/docs/cd/resumos/OSS.pdf>. Acesso em: 13 dez. 2017.

No 1. 0 e no 2. 0 ano serão contempladas as seg uintes cat egorias de


esportes:
Marca: são aq ueles em q ue o resultado da ação motora comparado
é um registro q uantitat ivo de tempo (horas, minutos, seg undos), distância
(metros, centímetros) o u peso (quilos, g ramas).
Precisão: referem-se àqueles em q ue o resultado da ação motora
comparado é a eficiência e a eficácia de aproximar um objeto o u at ingir
um alvo. Caracterizam-se por lançar o u arremessar determ inado objeto,
procurando acertar um alvo fixo o u móvel.
As at ividades motoras, em geral, e os esportes, em particular, têm sido
objeto de diversas classificações. As o rientações aq ui apresentadas para
classificar o esporte privilegiam as ações motoras intrínsecas, reunindo
esportes q ue apresent am exigências motrizes semel hantes em suas prát i-
cas, ou seja, ações motoras parecidas. Um exemplo est á nos esportes de
precisão, q ue requerem capacidade de fazer com q ue um objeto at inja
um alvo, mesmo com regras e objetos diferenciados para cada esporte.
Bocha, beliche, t iro com arco, todos est es exigem o lançar o u arremes-
sar com precisão, e não com força, para alcançar a maior dist ância, como
é o caso dos arremessos e lançamentos no atlet ismo, q ue é um esporte
de marca.

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LJ Conversa com os alunos


Sugerimos q ue nesse momento você realize um "varal de ideias"
com seus al unos. Pa ra tanto, selecione p reviamente um va ral de barbante
o u fio de nylon, prendedores de ro upas e peq uenos papéis em b ranco.
Q uest ione-os sobre q uais esportes conh ecem (se já viram, se já tiveram
acesso por meio da mídia - rádio, 1V, cel ular, etc. - e q uais prat icam). À
medida q ue forem surgindo as respostas, anot e nos papéis e pend ure-os
no va ral. Depois, converse com eles a respeito do fato de q ue nem todas
as at ividades físicas são esp o rtes e q ue, para ser considerado esporte, o
jogo deve ter regras universalmente inst itucionalizadas. Então, vá retirando
do varal o q ue não for ca racterizado como esporte.
A seguir, explique q ue os papéis q ue sobraram no varal correspondem
aos esportes, e q ue eles irão prat icar alg uns deles de manei ra diferente
de como os at letas fazem. Para q ue isso aconteça, certas regras p recisam
ser adaptadas.
Antes de iniciar as vivências práticas, procure na intern et e mostre-l hes
alguns vídeos dos esportes q ue serão realizados -como at let ismo, beliche,
bocha e t iro com arco-, a fim de q ue possam perceber suas regras.

LJ Vivência corporal

.. .. ...
.~~.P~~~~~ ~~ ~~~~~ ~·· ·· ··· ··· ··············· ··· ··· ·· ····· ····· · ·· ··· ·· ····· · ·· ··· ·· ····· · ·· ··· ·· · ->

No conj unto dos esportes de marca encontramos o at letismo, o remo, o


ciclismo, o levantamento de peso, a patinação de velocidade, entre o utros.
No âmbito escolar, o mais com um é se trabalhar o atletismo, q ue
abrange diversos movimentos corporais culturalmente elaborados pelo
ser humano como: correr o mais rápido possível uma dist ância curta e
t ambém adequando a velocidade à dist ância q ue deverá percorrer numa
p rova de resistência; salta r o mais alto o u mais longe q ue puder, con-
trariando a força da g ravidade, e arremessa r o u lança r o mais dist ante
possível um objeto .
Converse com os alun os, contando q ue o at letismo é um dos espor-
t es mais antigos, sendo realizado desde a G récia Antiga, em 776 a.C, nos
p rimeiros Jogos Olímpicos, com o objet ivo de selecionar os homens mais
rápidos e mais fortes. O corpo belo e at lético era o ideal da sociedade
vigente na época. Explique, resumidamente, q ue esse esporte é composto

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de vá rias provas: corridas de velocidade (dist âncias curtas) e de resistência


(distâncias mais longas); corridas de revezamento; salto em altura (para
cima) e em distância (para frente); arremesso de peso; lançamento de
dardo, de disco e de martelo.
Para realizar algumas provas de atlet ismo com os alunos, estas deverão Como subsídio para
essa modalidade
ser adapt adas às condições das crianças, ao espaço e aos mat eriais dispo- de esporte, seguem
algumas indicações
níveis na escola, encurtando dist âncias, adaptando o peso (do arremesso), que poderão auxiliá-
lo nesse trabalho.
usando cordas para delimitar a altura e a dist ância dos saltos, promovendo
Confederação
mais a colet ividade e a ludicidade. Brasileira de
Atletismo: <http://
O objet ivo é t o rnar o esporte dentro da escola uma p rát ica acessível www.cbat.org.br/
a ti e tismo/categorias_
e p razerosa para as crianças, incl usive as com deficiência (conforme inc. oficiais .asp>;
XV, art. 28 da Lei n. 13.146/2015). Além disso, devemos deixar claro q ue Comitê Paralímpico
Brasileiro: <http://
a Educação Física escolar não visa à formação de atlet as, mas possibilit a www.cpb.org.br/
modalidades/
q ue todos possam conh ecer os esportes, para serem prat icantes o u es- atletismo>.
pectadores, bem como vivenciar as at ividades - por isso a adapt ação de Sobre os atletas-guia:
<http:// agen ci abrasil.
provas e modalidades. ebc.com.br/ rio-2016/
noticia/2016-09/
A adequação vai acontecendo de acordo com a necessidade de cada atletas-guia-se-
su peram-pa ra-
al uno, por exemplo, um deficiente visual poderá realizar uma corrida com acompan h ar-ritmo-
um colega o acompanh ando, assim como existem os guias no at let ismo de-campeoes-
paralimpicos>.
paralímpico, sob admi nistração do Comitê Paralímpico Brasileiro . Rede Nacional de
Esportes: <http://
Os jogos paralímpicos re únem compet ições esportivas em várias www.brasil2016.gov.br/
modalidades para pessoas com deficiências de locomoção, cegos, surdos, pt-br/megaeventos/
paraolimpiadas/
amputados e paralisados. Um g uia na corrida item a função de o rientar o modalidades/
atletismo>. Acesso
at let a em relação às delimit ações da pista, est ando ambos ligados por em: 13 dez. 2017.
uma corda.

Corrida com estafetas

Uma manei ra bem lúdica de realizar corridas com os al unos é usando


como estratégia a brincadei ra de est afetas, na q ual d uas o u mais equipes,
dispostas em colun as, têm uma mesma tarefa. Cada criança q ue cumpri-la
encosta na mão do próximo colega da col un a e vai para o final da fila.
Segue a brincadei ra até q ue t odos cumpram a tarefa e vence a equipe
q ue t erminar antes.
O rganize os al unos em d uas o u mais col un as e delimit e uma distância
de mais o u menos uns 20 metros. Então, coloque um cone o u q ualq uer
o utro objeto pa ra realizar a marcação e explique como devem ser feitas
as t arefas:
1) Correr, passar por trás do objeto de marcação e voltar correndo;
2) Correr, carrega ndo uma bola (ou um bast ão), passar por trás do
objeto de marcação, voltar correndo e entrega r o objeto para o
p róximo da colun a;

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3) Correr, fazendo zigue-zague por entre alguns marcadores colocados


à frente das col un as, passar por trás do objeto de marcação e voltar
em zigue-zague;

4) Em d upla, correr de mãos dadas, passar por trás do objeto de mar-


cação e volt ar correndo;

5) Correr, passar por dentro de um arco- q ue est ará no 1ugar do objeto


de marcação - e volt ar correndo.

Na brincadei ra de est afeta, muitas outras tarefas poderão ser realizadas


e criadas pelos alunos, com ênfase na corrida.

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Corrida de velocidade

Para a criança, o simples fato de correr já é uma brincadei ra e, q uando


ela é desafiada a mot ivação aumenta ainda mais. Portanto, posicione os
alunos um ao lado do o utro para q ue, ao seu comando, todos corram até
uma dist ância previamente determinada.
É importante deixar claro q ue o objetivo da at ividade é q ue todos
cheguem até o ponto combi nado, e não a disputa pelo primeiro lugar, o u
seja, não é uma compet ição com
vistas a identificar q uem chega
antes, mas q uem consegue
at ingir a marca combi nada, a
fim de q ue nenhum al uno se
sinta excl uído.

Corrida de revezamento

Antes de p romover a corrida de revezamento, informe aos alunos q ue,


de acordo com alguns histo riadores, essa modalidade t eve origem nos cor-
reios da Pérsia e do Egito. Nas estradas dessas regiões foram constru ídas
cavalariças (lugar o nde se alojam cavalos), com a finalidade de receber mais
rapidamente as correspondências. Então, os mensageiros iam se revezando
nas cavalariças e diminuindo o tempo de viagem, q ue d urava dias.
~·· .....
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Na sequência, o rganize-os em q uatro eq uipes, de modo q ue fo r- No site do Portal


mem uma cruz. Cada equipe ficará em fileira, um sentado ao lado do Domínio Público
você pode acessar o
lado do o utro no chão o u em ba ncos. As crianças (uma de cada eq uipe) vídeo intitulado "O
esporte ao longo da
q ue sentarem-se nas extremidades estarão segurando um bast ão, q ue vida" (Série Esporte
na escola, da TV
pode ser um pedaço de madeira o u uma bandeirinh a de cor diferente, Escola), de autoria
identificando a equipe. do Ministério da
Educação, que está
disponível em: <http://
www.dominiopublico.
gov.br/pesquisa/
OetalheObra Form.
do?select_
actio n=&co_
obra=50454>. Acesso
em: 13 dez. 2017.

Ao seu si nal, essas crianças passam a correr no sentido anti-ho rário,


por exemplo, em volt a de todos nas fileiras, at é chegar à sua equipe,
o nde entregará o bast ão pa ra o p róximo colega - q ue era anterior-
mente o pe núlt imo - e posiciona-se no início da fileira. Assim seg ue
a brincadei ra até q ue todos t enh am corrido, ve ncendo a equipe q ue
t erminar primeiro .

Salto ern distância

A ideia dessa at ividade é q ue a criança est abeleça um desaf io com


ela mesma, a f im de descobrir at é o nde pode ir. O local mais adeq uado
pa ra realizá-la é um te rreno com areia, mas pode rá ser feit a em o utro
espaço.
O rganize os alunos em d uplas e entregue-l hes um marcador, q ue
poderá ser um giz, uma corda, o u q ualquer objeto similar, a fim de sinali-
zarem a marca alcançada pelo salto. Uma das crianças corre, saltando para
cima, impulsionando-se para frente e batendo com um dos pés no chão.
Nesse momento, a o utra marcará no chão a dist ância at ingida pelo colega,
exat amente no local da "queda" .
Na seq uência, q uem salto u realizará mais dois saltos, tentando au-
mentar a distância e superar sua próp ria marca. Depois, o mesmo processo
será feito pelo o utro colega.

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Salto ern distância cooperativo

Forme d uas eq uipes, dispost as em


col unas. Os p rimeiros al unos de cada
col una realizarão um salto em dist ân-
cia e os próximos saltarão partindo
exat amente do ponto em q ue seus
colegas atingiram. Assim seg ue, at é
q ue todos te nh am saltado, e vence
a equipe q ue marcar a maior dist ância .

Salto ern altura

Pa ra essa atividade, selecione um espaço da escola q ue tenh a areia ou


g ramado. Se for utilizar uma q uadra o u um t erreno com chão cimentado,
é importante colocar colchões, colcho netes, t at ame ou EVA embaixo da
corda, para q ue as crianças não se machuq uem.
Amarre uma corda g rande em d uas extremidades, como post es, co-
lun as o u árvores, numa altura bem próxima ao chão. Você pode t ambém
amarrar uma extremidade e seg urar na o utra, o u mesmo solicitar ajuda de
algum al uno para segurar numa das pontas e você, na o utra.
Eles deverão est ar posicionados em coluna, a uma boa dist ância da
corda, pois irão correr e salt ar por cima da corda. Após todos salt arem, vá
aumentando a altura g radat ivamente, até q ue nenhum al uno consiga mais
ultrapassar a corda (chegando ao desafio máximo de cada um). Depois,
volt e a diminuir a altura até q ue todos possam executar o salto novamente.

Permit a, incl usive, q ue executem o salto da maneira como se senti-


rem mais seguros, sem imposição de técnicas o u est ilo de salto (t esoura,
f/op), podendo cada um arriscar novos desafios mot ivados pelo salto dos
p róprios colegas.
~·· ...·. - ,
j EOUCAÇAO FISICA
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Arremesso de peso ~~

Os alunos deverão est ar dispostos em col un as (quatro, ci nco


~~.~
~---
o u seis, dependendo do número de alunos e do material q ue
t iver à sua disposição). O objet ivo é arremessar as bolas, em
Sm ~
linh a ret a, o mais dist ante possível. Para q ue a
atividade seja mais dinâmica, aumente 1Om ------_:_______ f
:;:
o número de colun as.

-----
Marq ue no chão alg umas 20 m ---------------
linh as à frente com dist âncias de 5 m,
10 m e 20 m, por exemplo, e t ambém
o nde os alunos deverão ficar. Na sequência,
solicite q ue um de cada vez na col un a arremesse diversos t ipos de bolas (de meia, de borracha,
de medicinebol, de handebol, etc.), para q ue percebam a força empregada para arremessá-las.
Depois, proponh a uma partida entre equipes. Escolha, junto com os al unos, a bola q ue
será utilizada o u use a pelota (bola pequena usada em compet ições na categoria p ré-mi rim, em
subst itu ição ao peso), se você a t iver na escola.
Então um al uno deverá lançá-la, e a dist ância será marcada e somada aos demais arremessos
dos colegas da equipe. O vencedor será o gru po q ue somar a maior dist ância.

Lançamento de dardo

Há uma diferença entre lançar e arremessar. No lançamento, os objetos são at irados; no


arremesso, são empurrados.
Ao realizar a prova de lançamento de dardo, é preciso adapt ar o material para as crianças.
Você poderá utilizar pedaços de canos de PVC, cabos de vassoura, bastões de ginást ica ou con-
feccionar um dardo com material altern ativo.

Dardo feito com "espaguete de natação"


Materiais: um espaguete de natação pequeno, dois pedaços de TNT, um lacre plástico, fita
adesiva, tesoura sem ponta, uma bolinha de tênis ou similar.
Como fazer:
1.0 Posicionar a bolinha na ponta do espaguete e cobri-la com o TNT.
2.° Colocar o lacre plástico bem apertado, logo após o final da bolinha, e cobri-lo com fita
adesiva .
3.0 Passar a fita adesiva no TNT, em volta do espaguete, cortando a sobra e dando o
acabamento.
4.0 Pegar o outro pedaço de TNT e fazer um rolinho, deixando um pedaço sem dobrar.
5.0 Usar a tesoura, fazer pequenos cortes no rolinho, a uma distância de mais ou menos
um dedo.
6.0 Abrir o TNT e fixá-lo com fita adesiva na outra extremidade do bastão.

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Após, demarq ue algumas linh as no chão, com


distâncias variadas, e o rganize os al unos em uma
única fileira, atrás da primeira linh a demarcada
no chão. Solicit e q ue abram os b raços para se
dist anciarem uns dos outros. Ao seu sinal, cada
um lançará seu dardo adapt ado para frente, o
mais longe possível, tentando fazer com q ue este
cheg ue à linh a mais dist ante.
Perceba q ue as at ividades sugeridas são pos-

~einventandq síveis de serem realizadas por crianças com diferentes


deficiências. Nada impede q ue um aluno cadei rante, o u com problemas
Q Desafie seus alunos ~ de visão, de audição, etc., realize um lançamento ou um arremesso.
montarem um circuito
de atletismo, e m que
cada estação será uma
prova . Um circu ito é
Lançamento de disco
caracterizado por uma
ordem sucess iva de ati- Mais uma vez é preciso adapt ar o objeto às crianças, para q ue obt e-
vidades, de estágios e
de provas realizadas em nh am sucesso na execução do exercício. Solicite previamente o material
locais definidos, chama- para os al unos, para q ue, j untos, vocês façam um disco bem bonito .
dos de estações. Solicite
q ue escolham em q ua l
local será fe ita cada es- Disco confeccionado com material alternativo
tação (prova), numeran-
do-as em sequê ncia. Materiais : dois pratinhos de papelão tamanho médio, fita adesiva,
Fo rme pequenos g ru- pedras pequenas, fo lhas de j ornal, tesoura sem ponta, canetinhas
pos (um respo nsáve l coloridas ou lápis de cor.
para cad a estaçã o) e
ajude-os a montar o cir- Como fazer:
cuito com os materiais
necessários para cada
1.0 Solicitar que os alunos enrolem uma das pedras em uma folha
prova: de jornal e coloquem-na dentro de um dos pratinhos de papelão. Porém,
• Corda ou cones para você deverá auxiliá-los para que as folhas fi q uem bem amassadas.
de lim ita r o traje to
nas corridas; 2.° Farão isso com as outras pedras até encher o pratinho (mais ou
• Corda longa, colcho- menos umas sete pedrinh as).
netes o u colchões
para salto em a ltura;
3.0 Na sequência, eles devem colocar o outro pratin ho em cima
• Espaço de a re ia o u deste, fechando o disco. Ajude-os a passarem fita adesiva em toda a
colc ho ne te s e fita borda para juntar os dois pratinhos .
mét rica para o salto
em d istância; 7.0 Agora, cada criança vai capric har no enfeite do seu disco,
• Bola o u pelota para desenhando e pintando-o com canetin has ou lápis de cor.
o a rr e m esso de
peso;
• Fita métrica, da rdos Assim como no lançamento do dardo, o objet ivo é projetar o disco o
e discos confe ccio- mais dist ante possível. As c rianças devem formar uma única fileira atrás de
nados co m materia l
a lternativo pa ra os uma linh a demarcada no chão e, ao seu si nal, lançar o disco.
lançamentos.
Q uando prat icarem várias vezes a at ividade, solicite q ue lancem o
Na seq uê ncia, eles
vão passando pe las es- disco, agora uma de cada vez, demarca ndo no chão o nde exat amente sua
tações até q ue todos peça caiu. Depois q ue todas fizerem seus lançamentos, é possível visualizar
ten ha m p e rcorrido o
circuito. q uem lançou mais longe.

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Vivência corpo~
.. ..
(····· ····· · ······ ······ ·· ···· · ······ ·· ····· ····· ···· · ··· ····· ···· · ··· ····· ·~ ~~P..~~.~~.~A~ P.~~~.i.~~~

Esportes de p recisão são aq ueles q ue visam à ação moto ra de lançar,


arremessar o u atirar na direção de um alvo, tentando at ingi-lo com precisão
o u chegando o mais p róximo possível do ponto q ue se procura alcançar.
No conj unto desses esportes encontramos o boliche, a bocha, o tiro
com arco, o t iro esportivo, o golfe, o dardo, entre o utros. A seguir, serão
apresentados alguns deles, possíveis de serem realizados na escola, com
adapt ação de ma teriais e modificação de alg umas regras.

Boliche

O boliche é um jogo de disputa de um jogador contra o outro o u de


uma equipe contra a o utra e consiste em rola r uma bola e derru bar o maior
número de pi nos q ue estarão a certa dist ância. Por ter poucas regras e ser
de fácil comp reensão, é adequado para crianças pequenas.
Explique aos alunos q ue se trat a de um esporte realizado em pist as
próprias, com pi nos e bolas oficiais, e q ue se o rigino u há muitos anos, pois
foram encontrados registros dessa prática em tu mbas egípcias.
Pergunte se eles já viram alguma pista de boliche, se jogaram alguma
vez o u vi ram alguém jogar, já q ue, segundo a Confederação Brasileira de
Boliche, existem no Brasil mais de 200 centros volt ados para essa p rát ica,
com aproximadamente 2.000 pistas oficiais, sem contar com pist as dest i-
nadas ao lazer, em cl ubes, shoppings, salões p róprios, etc.
No entanto, informe q ue na escola eles realizarão a atividade com ma-
t eriais altern at ivos, adapt ados às condições deles. Você poderá usar jogos
de boliche ind ustrializados, como os feitos de plást ico, o u confeccioná-los
com material alt ernativo.

• • - !!!

Jogo de beliche industrializado. Jogo de beliche confecciona-


do com material alternativo.

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Jogo de boliche produzido com garrafas PET


Materiais: folhas d e papel crepom coloridas e fo lhas de jornal,
dez garrafas PET limpas e sem rótulo, um pouco de areia, fita adesiva
colorida e tesoura.
Como fazer:
1.º Colocar dentro das garrafas um pouco de areia.
2.º Cortar as folhas de pape l crepom em tiras e, com elas, preencher
todas as g arrafas.
3.0 Depois, é só t ampá-las e estarão prontos os pinos.
4.º Para confeccionar a bolinha, amassar seis folhas de jornal e passar
as fitas adesivas coloridas em volta d elas, cuidando par a deixar o objeto
uniformemente redondo.

Monte os jogos de boi iche, traça ndo uma linh a no chão, q ue vai est a-
belecer o ponto o nde os ai unos iniciarão a jogada, não podendo pisar o u
ultrapassar essa marca . A uma certa dist ância, d esenh e círculos no chão
para demarcar o local o nde deverão ficar os pi nos.
O rganize a turma em col unas, de acordo com o número de jogos de
beliche q ue t iver, ou seja, um jogo para cada col un a.
Os primei ros alunos das colun as rolam as bolas em direção aos pi nos,
tentando derru bá-los. Em seguida, contarão o número de pi nos q ue derru-
baram e vão arrumá-los novamente no lugar, para q ue os p róximos colegas
executem o arremesso e, assim, sucessivamente, até todos jogarem.
Previamente confeccione um cartaz com o nome das crianças e deixe
um espaço em branco ao lado para q ue elas registrem a q uantidade de pi-
nos q ue forem derru bando. Depois de repetirem vários arremessos, realize
j unto com a turma a contagem, pa ra saber q uem conseg uiu derru ba r mais
pinos. Nesse momento, você estará estabelecendo a interdisciplinaridade
com Mat emática.

Bocha

Esse esporte não é muito conhecido e prat icado pelas crianças aqui no
Brasil e muitos dizem até q ue é um esporte para idosos, mas na verdade a
bocha q ue vem se difundindo cada vez mais no país. Por essa razão, faz-se
necessário apresentar o espo rte para os alunos.
Inicie mostrando vídeos para eles conhecerem melhor essa prát ica
e vá chamando a at enção deles para alguns pontos: o material usado, a
cancha, o objet ivo p rincipal e algumas regras básicas.

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Informe-os q ue esse jogo surgiu na época do Império Romano, na Você pode rá buscar
região q ue hoje é conhecida como It ália, com o nome de boccia, e foi mais informações
sobre o esse esporte
levado pa ra todos os povos dominados por esse Império. Com o passar acessando :
<http://www.
dos anos, foi difundido para o utros países, incl usive o Brasil. cbbbbochaebolao.
com.br/>;
Explique q ue o jogo consiste em arremessar bochas (bolas) sob re uma <http://www.aabbsp.
com. br/ editor/ assets/
cancha, fazendo com q ue estas fiquem paradas o mais próximo possível regulame nto.pdf>;
do bolim (peq uena bocha/bola). Pode ser p raticado em canchas de t erra, <http://www.
brasil2016.gov.br/
de bat ida, saibro o u sintét ica. pt-br/megaeve ntos/
paraolimpiadas/
As bochas são feitas de madeira o u de resi na si ntética, porém podem modalidades/
bocha >; e
ser confeccionadas de outras formas. <http://www.e-
parana.pr.gov.br/
modul es/video/
videosProgramas.
Bochas feitas com material alternativo php?video=28251>.
Acesso em: 13
Materiais: oito bolinhas de borracha ou de plástico, todas do mesmo dez. 201 7.
tamanho.
Como fazer:
1.0 Realizar uma abertura nas bolinhas, de preferência com um
estilete.
2.0 Auxiliar os alunos a colocarem areia nas bolinhas, preenchendo-as.
3.º Para fechá -las, utilizar cola ou fita de grande aderência e que não
deixe relevo sobre as bochas.

Com as bochas pro ntas, você precisará de oito bolins, q ue podem ser
bolinh as de pebolim Uogo de t otó, futebol de mesa) o u uma boli nh a de
meia. Para a cancha, é preciso escol her um te rreno plano (terra de chão
bat ido, de saibro, de cimento o u q uadra). Demarq ue, no chão, d uas linh as
de mais ou menos 3 metros.
O rganize os al unos em oito col un as, uma dist ante da o utra, atrás da
primeira linh a. O primeiro aluno de cada col una jogará o bolim, q ue deverá
ultrapassar a segunda linh a. Caso não ultrapasse, deverá jogar novamente e
posicionar-se atrás do bolim. O segundo al uno da col una fará o arremesso

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da bocha, t entando fazer com q ue ela cheg ue o mais próximo possível do


bolim, atrás do q ual deve se posicionar, enq uanto o colega q ue ali est ava
pega a bocha, entrega-a para o próximo colega da col un a e vai para o final
dela. E assim segue a at ividade, sucessivamente, até q ue todos joguem
várias vezes, percebendo a força q ue devem empregar na bocha pa ra q ue
ela se aproxime do bolim.

Depois q ue os al unos realizarem vários arremessos, forme d uas equipes


com q uatro crianças. Cada equipe terá q uatro bochas da mesma cor. Um
aluno de cada equipe tira pa r o u ímpar para saber q uem joga o bolim, o u
você pode sugerir o utras formas de escolha, na seção "Escol hendo q uem
começa", nas pági nas 21-22.
Assim q ue jogar o bolim, o al uno jogará t ambém a sua "bocha",
seg uido dos demais colegas. A bocha mais p róxima é q ue vai determinar
a equipe vencedora. As d1Uas equipes serão substitu ídas por mais d uas
eq uipes. A atividade continu a até q ue todos tenh am t ido a oportun idade
de jogar.

Estilingue ou funda

Reco nh ecido pela Confederação Brasilei ra de Est ilingue (CBE), o


est ilingue é "Cultura, Esporte e Lazer" . Apresenta-se em várias modalida-
des, na forma de atiradei ra: est ilingue de dedeira, est iling ue de gancho,
bodoque, boleadeira.
Uma das grandes p reocupações da CBE é q uanto à prese rvação
ambiental, o q ue se comprova nas palavras do presidente, ao encerrar o

~--~::::; EDUCAÇÃO ÁSIC: ocumento q ue reg ulamenta as regras do esporte:


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"Não mate ou maltrate os animais. Acerte apenas no alvo. Preserve a Você pode consultar
Natureza." (Alberto Alves do Nascimento - Presidente da CBE) o regulamento e
as modalidades do
Primeiramente, investigue com os alunos por q ual nome eles conhe- estilingue acessando o
site da Confederação
cem, se já vi ram e se já brincaram com um estilin gue. Então, explique q ue Brasileira de Estilingue
(CBE), disponível em:
existem vários nomes pa ra esse jogo, dependendo da região do Brasil <http:// estilin guecbe.
wixsite .com/
o u do país o nde é prat icado ou, ai nda, conforme o modelo da at iradeira. estilingue>. Acesso
em: 13 dez. 2017.
Também conhecido por funda, chiloida, bodoq ue o u badoque, ba-
leadeira o u baladei ra, t em denominações diferentes em Angola, o nde é
chamado de xifuta, e em Portu gal, o nde é conhecido por fisga o u cetra.
Com o mesmo objetivo do t iro com arco, explique q ue se trat a de uma
espécie de at iradei ra de projét eis q ue visa ace rtar um alvo.
Fale inclusive q ue exist em vários tipos de estilingue, desde os mais
tradicionais e artesanais - feitos de "forq uilha" de madeira (bifurcação
em Y de um galho de árvore), borrachas de câmara de ar e um pedaço de
couro- até os mais sofisticados, q ue são ind ustrializados e comercializados
com bússolas e esferas de aço .
.~
~ ------====4
ô
'Vi

Atiradeiras industrializadas. Atiradeira artesanal.

Converse com os alunos abordando q ue, d urante muito t empo, o


estilingue era um brinq uedo de meninos, usado para mat ar passarinho .
Veja q ual a opinião deles sobre a q uestão e se é possível a diversão com
o utro tipo de alvo.
Alerte-os sob re os perigos de acertarem 1Um colega ou uma vidraça
com os p rojéteis. Por isso, eles p recisam estar atentos ao at irar e nunca
devem buscar os objetos já lançados, a não ser com o seu comando,
q uando ninguém est iver at irando.
Procure saber se algum al uno tem est ilinigue em casa, o u se sabe
fazer, para trazer na próxima aula. Você poderá também, p reviamente,
confeccionar alg uns est iling ues. Busque em sites, livros, almanaques, etc.
a maneira de constru í-los.
O rganize os al unos em col un as, de acordo com o número de est ilin-
gues q ue você tiver à disposição. Demarq ue uma linha no chão, q ue será o
ponto de lançamento e, mais à frente, coloque sobre uma cartei ra escolar

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um alvo (lat as de vários t ipos:


leit e em pó, achocolat ado,
extrato de tomate, ervilha
o u milho; diversos t ipos de
garrafas e de copos plásti-
cos, etc.).
Cada colun a t erá pedri-
nh as pequenas o u pelot es
(boli nh as feit as de t erra e
secadas em forno o u ao sol), con-
feccionados previamente pelos al unos, para serem lançados/at irados pelo
est iling ue, com o objet ivo de acertar o alvo.
Depois q ue efetu arem várias vezes os lançamentos, combi ne com eles
como farão a pontu ação, ou seja, se será individual, por equipe (somando
os acertos de todos da coltU na) ou de outra maneira q ue eles sugerirem.

Tiro corn arco

Também conh ecido como arco e flecha, é um esporte q ue t em como


objetivo principal acertar uma flecha em um alvo fixo, com o uso de um arco.
Q uestione os alunos sobre o arco e flecha, se eles sabem desde q uando
são utilizados e por q uem, enq uanto você vai dando subsídios para q ue
eles possam compreender q ue seu uso surgiu nos primórdios da humani-
dade, com a finalidade de caça r animais para sobrevivência e de g uerrea r
contra o inimigo. Com o passa r dos tempos acabaram sendo subst itu ídos
por armas de fogo e, atualmente, são usados para o esporte t iro com arco.
Para q ue esse esporte se to rn e atraente e possível de realização pe-
las crianças, é preciso adaptar regras e materiais. Veja, a seguir, algumas
p rát icas para serem realizadas na escola.
Perceba, no entanto, q ue para o caso de inclusão de alunos com defi-
Há mais informações
sobre o esporte ciência algumas atividades já est ão adaptadas a fim de q ue todos possam
ti ro com arco vivenciá-las, sem a preocupação com a técn ica. Por exemplo, na atividade
disponíveis em:
< http://www. cbtarco. q ue segue, "alvo nos cones", um al uno com deficiência visual poderá ser
org.br/?pg= adm_
regulamento> e
posicionado em frente ao cone e fa rá, então, o lançamento do arco; de-
<http://www.brasil.gov. pendendo de o nde este cai r, receberá verbalmente suas o rientações o u
b r/ esporte/ 2014/08/
tiro-com-arco.j pg/ mesmo as de um colega, para empenh ar o u reduzir a força, lançar mais
view>. Acesso em:
13 d ez. 2017. para direit a o u mais para a esquerda.

Alvo nos cones

Separe cones e arcos (bambolês) q ue você t enh a na escola. Se não


t iver esses mat eriais, pode escol her o utro alvo como caixas de papelão,
cestos de lixo, garrafas de plást ico com areia dentro, etc.
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Usando uma corda grande, ou giz, marq ue uma linh a no chão, q ue


será onde os alunos deverão ficar para executarem o lançamento . Coloque
os cones ou o utro alvo a certa distância diante da linh a.
Disponha os alunos em colun as, de acordo com a q uantidade de mate-
riais disponível, em frente aos cones, atrás da linh a demarcada. O primeiro
da col un a deverá lançar o arco, t entando fazer com q ue este envolva o
cone, sem derru bá-lo. Logo após o lançamento deverá pegar o arco, pas-
sar para o p róximo colega da col un a e ir para o final dela. Possibilite q ue
repit am vá rias vezes a atividade.

Alvo nas latas

Inicie a at ividade utilizando como alvo alg umas latas, podendo usar
t ambém garrafas e copi nhos plást icos o u outro mat erial similar. Uma
bolinh a de meia o u de papel servi rá para acertar o alvo.
Coloque sobre uma carteira escola r as lat as organizadas em
formato de pi râmide (q uatro na base, três em cima, depois d uas
e, por últ imo, uma lat a). Delimite, com um traço no chão o u uma
corda, a dist ância entre as lat as e o lançador.
O rganize as crianças em col una, a fim de q ue uma de cada vez
lance a bolinh a nas latas, t entando derru bá-las. Cada lata derru bada
vale um ponto . O uem fez o lançamento, organizará as lat as para o próximo
colega, desenvolvendo, assim, o senso de colet ividade. A brincadeira deve
ser realizada várias vezes pelas crianças.

Arco e flecha

Essa é a atividade adapt ada q ue mais se aproxima do t iro ao alvo com


arco e flecha. Converse com a turma sobre os diferentes t ipos de arco e
flecha q ue exist em, desde os artesanais até os fabricados. Se alg uém t iver
o brinq uedo em casa, pergunte de q ue material é feito .
Solicite q ue pesquisem as variedades de arco e flecha e tragam a infor-
mação para conversarem na próxima aula, bem como o mat erial necessário
pa ra confeccionarem, j unto com você, um arco, as flechas e um alvo.

Tipos de arco e flecha.

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Arco e flecha feito com material alternativo


Material: quatro palitos de sorvete, dez espetinhos de madeira para churrasco, uma folha
de isopor pequena e grossa, fita isolante, barbant e, tesoura e cola.
Como fazer:

1.° Furar dois palitos de sorvete bem no meio 1 § 1


(o furo deve ser suficiente para passar o espetinho e• 1 o 1

de churrasco) e marcar 2 cm ao centro dos palitos.

2.° Colar dois espetinhos de cada lado dessa


marcação em um dos palitos com furo e, em
seguida, o outro palito em cima, centralizando os
furos dos dois palitos.

3.º Colar os outros dois palitos (sem furo), um


em cada extremidade.

4.0 Reforçar esse conjunto, passando a fita


isolante umas q uatro vezes.

5.0 Para amarrar o barbante nas extremidades


do arco, use papelão ou material similar.

6.° Como flecha, será utilizado um espetinho


de churrasco, com um pequeno corte (como se
fosse uma valetinha) na extremidade que não tem
a ponta.

7.0 Para confeccionar o alvo, usar a folha


de isopor e desenhar círculos concêntricos com
valores em cada área entre eles ou solicitar que
os alunos colem na folha de isopor um alvo
previamente elaborado e reproduzido por você .

8.0 Se optar pelos valores oficiais, serão dez


círculos, sendo que a área mais externa valerá um
ponto e a mais central, dez. No entanto, é possível
adaptar, desenhando menos círculos, com áreas
maiores e out ros valores.

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