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EMAIL: brenoabi.neves@gmail.com
RIO DE JANEIRO
OUTUBRO
2020
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Resumo
Este trabalho vai analisar o limiar tênue entre as produções do ficcional e do documental que
corroboram para a criação de uma estética híbrida muito em voga nas narrativas seriadas
contemporâneas. Para isso, tomamos como objeto de estudo a série Cidade dos Homens,
lançada em 2002, produzida pela Rede Globo em parceria com a produtora O2 filmes e
sequenciada em seis temporadas, e que assinala um movimento atual de busca por uma diferente
representação daqueles personagens da vida real que estão à margem da sociedade. As
coproduções da Globo invadem o território televisivo numa tentativa de diversificar a forma de
identificação dos moradores dos subúrbios brasileiros nos media, que costumam ser
representadas de uma forma estética limitada e esquemática na dramaturgia televisiva nacional,
fazendo-se mais presente na programação jornalística das emissoras. Respondendo a uma
demanda do mercado, nota-se, a tentativa da Globo de se aproximar desse público, reforçando
a sua estratégia de conquistar essa grande parcela do mercado que não só é consumidora, mas
que também se tornou uma economia simbólica coexistente ao discurso hegemônico televisivo.
Essa inovação no tratamento temático, se dá baseada na mudança que a concepção do que é
“periferia” tem sofrido por estar dentro de um panorama cultural globalizado e multicultural
que é calcada no hibridismo, se opondo à ideia de uma identidade integral, originária e
unificada. Assim, as novas narrativas apresentam uma linguagem que introduz expressivos
diferenciais estéticos, analisados aqui pelo seu viés naturalista e documental. Em seu processo
de realização, os criadores da série, Fernando Meirelles e Kátia Lund, adotaram procedimentos
e dispositivos que se encontram em continuidade nas mais diversas produções Globo. Assim,
ao analisar a proposta estética, audiovisual e simbólica desenvolvida pela estrutura narrativa
dos episódios das 4 temporadas de Cidade dos Homens, o projeto procura compreender quais
elementos constituíram o fenômeno televisivo no qual se transformou.
Introdução
dialogismo intertextual) e cada um deles possui linhas bem definidas e não se limita somente
aos meios de comunicação de massa, sendo a série uma estrutura narrativa fixa e com um certo
número de personagens fixos e com um fluxo de outros secundários (ARAB, 2014). Além disso,
sabe-se que o próprio modelo de narrativa ritualizada tem sua origem no pensamento mítico do
homem, na capacidade de organizar a experiência de vida por meio de sua temporalidade
narrativa e, ainda, na tradição da cultura oral e coletiva que se constitui de forma mais palpável
quando feita por intervalos e pausas, assim como nas séries. Com isso, quem mudou também
foi o consumidor, que agora mais autoconsciente, crítico e intenso, demanda do mercado um
novo tipo de narrativa, que condiga mais com a sua realidade facetada. Um exemplo dessa
adaptação das narrativas ao espectador é a série Cidade dos Homens, obra que nos remete para
o conceito de Culturas Híbridas tal como formulado por Néstor García Canclini (1990) ao
assinalar, na contemporaneidade, a emergência de gêneros impuros (CANCLINI, 1990, p.
264). Diz o autor:
Falamos de artistas e escritores que abrem o território da pintura ou do texto para que
sua linguagem migre e se cruze com outras [...] São práticas que desde seu nascimento
abandonaram o conceito de coleção patrimonial. Lugares de intersecção entre o visual
e o literário, o culto e o popular, aproximam o artesanal da produção industrial e da
circulação massiva (CANCLINI, 1990, p. 314).
convergência de temas que vão desde a relação entre o massivo e o popular à contextualização
do cenário de crise cultural nos países latinos (SILVA, 2010). Arlindo Machado (2007)
reconhece que a hibridização ganha corpo também com a convergência de meios ou de
linguagens acentuada pelas novas tecnologias e meios digitais, no entanto, o autor brasileiro
adverte que o pensamento “hibridista” deve ser retratado com cautela, para não cair no
comodismo de aplicá-lo em tudo e se tornar algo efêmero e que não contribuía para o debate
acadêmico. Como forma de fugir a essa generalização, deslocaremos o conceito de híbrido de
Canclini (2000) para a cultura audiovisual e tomaremos como elemento central para a
denominação do caráter híbrido a produção de algo novo, que se situa no limite entre dois
vértices opostos, não cedendo mais a um nem a outro. Exploramos essa temática presente nos
discursos das mídias a partir de uma perspectiva que visa a “paixão pelo real”, usualmente usada
em outros produtos da Rede Globo, como em Carandiru, Outras estórias (xx), Suburbia (xx) e
Carcereiros (xx). Essas formas de endereçamento ao mundo concreto, ou seja, essas tentativas
de conexão subjetiva e simbólica com o sujeito frente a uma cultura audiovisual cada vez mais
marcada por processos que visam produzir determinados efeitos de realidade, oscilando entre
o “retorno ao real” (FOSTER, xx) e o “elogio da ficção” (SOARES, 2015), faz com que a
narrativa audiovisual venha a ter um papel político de peso maior.
O cinema faz uso dessas técnicas e atravessamento de estéticas há muito tempo, mas
atualmente podemos notar que os seriados e telenovelas tem se respaldado nessa modalidade
para dar ao telespectador mais uma forma de espetáculo. Essa migração e hibridação do cinema
para a televisão revela a maneira que essas séries são produzidas com suas diferentes estéticas,
mas privilegiando sempre o arco narrativo. Pensamos o quanto, neste seriado, justamente por
tratar de assuntos tão urgentes em nosso país – como a pobreza, a miséria, a violência urbana,
o tráfico de drogas, o preconceito racial –, parece ser necessário trazer um pouco do factual, de
imagens mais “reais”, para que tais acontecimentos não se apresentem apenas como ficção para
o telespectador. Consideramos não ser possível apresentar tais temáticas apenas em caráter
ficcional, mas ser necessário inserir ali “toques” de realidade, visando intensificar a
verossimilhança e o apelo empático.
“Não se trata apenas do “efeito do real” destacado por Barthes. Segundo Barthes, o
“efeito do real” é dado no texto literário por meio de detalhes de ambientação que
embora irrelevantes ao enredo são cruciais para dotarem o texto de verossimilhança
realista 5. Este “efeito de realidade” contemporâneo não depende somente do detalhe
verossímil, mas da força de intensificação da imagem que cria uma ilusão de realidade
maior do que a nossa percepção amorfa do cotidiano” (JAGUARIBE, 2010, p. 8-9)
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Uma discussão muito recente na mídia internacional tem abordado a questão de uma
certa “paixão pelo real” nas imagens televisivas: aponta-se o enorme destaque das
imagens de cenas cotidianas, de imagens da “vida como ela é”, que proliferam em todo
o mundo. Torna-se incontestável a capacidade de essas imagens capturarem um público
amplo, cada vez mais sedento por programas que mostrem algo do comum, do banal,
imagens em que possam reconhecer-se (SCHWERTNER, 2005, p. 43-44).
para espectadores ou leitores” (p.7). Logo, ao viabilizar situações esteticamente reais, pautadas
nos dramas do cotidiano, forma-se um elo mais refinado com o espectador, porém que não se
afasta da questão do contágio da imagem pelo real para o consumo da sociedade de espetáculos
(DEBORD, 1997). Na esteira desse pensamento, podemos dizer que os recursos próprios desses
programas de caráter documental, com o intuito de oferecer uma experiência de fruição mais
próxima da realidade são: a utilização da câmera na mão, voz over dos personagens e as “cenas
caseiras” buscam essa autencidade às imagens. Para Canclini, são essas hibridizações que são
“lugares de intersecção entre o visual e o literário, o culto e o popular, aproximam o artesanal
da produção industrial e da circulação massiva (CANCLINI, 2000, p. 314).
Este projeto se propõe discutir se é importante, enquanto produto ficcional, mas de valor
político e representativo, apostar numa estética realista, inserindo essas imagens “reais” em sua
forma ficcional; o que essa nova forma de linguagem, presente em já alguns produtos seriados,
acrescenta à sua fidelidade de produção; como e qual o impacto que Cidade dos Homens teve
ao levar para o espectador um imaginário da favela diferenciado de seus antecessores, como
por exemplo Cidade de Deus (2002) e se deixou alguma herança nas narrativas audiovisuais
atuais. Se considerarmos a história e a trajetória da televisão no Brasil que está pautada,
sobretudo, numa televisão comercial como a Rede Globo, a série apresenta uma inovação no
discurso ao contar histórias que originam questionamentos e promovem uma mobilidade
simbólica daqueles que antes eram apenas estereotipados ou nem sequer apareciam na sala de
estar dos espectadores como sendo vozes de seus próprios discursos.
Problema da pesquisa
Neste trabalho, nosso eixo principal é o hibridismo entre ficção e realidade, ficção e
documental, como uma estética de representação do real na narrativa de Cidade dos Homens,
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sendo assim, uma forma de narrativa que encontra, nesse vértice, uma forma de resistir à
homogeinização e problematizar os nossos modos de ver. Para pensar essa questão,
pretendemos fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema para que possamos produzir trabalhos
que colaborem para o debate sobre essa forma de se fazer televisão, buscando refletir sobre o
monopólio das imagens e dos discursos que estão presentes nas representações simbólicas de
determinadas classes no audiovisual.
Justificativa da pesquisa
Objetivo principal
Objetivos específicos
Os objetivos específicos do presente projeto são: Analisar o seriado Cidade dos Homens
com base nos discursos teóricos da Teoria da Comunicação, sobretudo os que tratam sobre
Culturas Híbridas, Realismos e Ficcção; a eficácia e desdobramentos dessa estética quando
confrontada com a homogeneização dos discursos propagados pela indústria cultural e
televisiva; revisão bibliográfica dessa forma de se fazer televisão; sendo assim, a análise de um
aumento das incursões das narrativas contemporâneas numa estética híbrida para retratar um
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ponto de vista de um mundo marginalizado; quais são as diferenças entre os velhos e novos
realismos presentes no audiovisual contemporâneo; essa forma de produção tem qual efeito
sobre os telespectadores; de que forma isso reverbera no campo da Comunicação,
Contemporaneidade e Produção; qual a melhor forma de levar uma diferente perspectiva de
realidade e visão de mundo não comum na televisão brasileira; qual modo de narrar é o mais
eficaz quando se trata de representar personagens marginalizados pela sociedade, pelo
Documental ou pelo Ficcional.
Fundamentação teórica
“A grande narrativa é um convite para descobrir problemas, não uma aula para resolvê-
los” (BRUNER, 2014, p.30). Jerome Bruner não é o primeiro teórico a validar a importância
das narrativas como uma busca por informações e produção de conhecimento sobre a realidade
que nos cerca, seja ela cultural, social ou política. Essa noção que ele elabora sobre o
tangenciamento do real por meio da ficção nos mostra que existe algo da ordem do vivencial
dentro de uma narrativa, não apenas do enunciar. Assim, a emulação do real está sim aberta a
discussões, reformulações e problematizações, porém, o intuito primeiro dessa é gerar o
desconforto/assimilação no telespectador, para que haja um “pensar” no sujeito.
Ao apresentar a ideia de “efeito de real” em ensaio com mesmo nome, Roland Barthes
(2004) reconhece que, na literatura, essa forma de conexão com o Outro é há muito utilizada,
não só pelo apelo estético, mas para imprimir uma verossimilhança. Esse efeito surge de modo
semelhante no campo audiovisual, mas, ao invés da descrição detalhada e extensa, como em
Gustav Flaubert, aparecem através de outras estratégias que produzem um sentido de verdade,
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Propomos empregar a metodologia proposta por Arlindo Machado e Marta Lucía Vélez
(2007) para o campo televisivo já que, devido a quantidade e tamanho dos programas
produzidos e veiculados, a atenção analítica deve se voltar para características como a
modalidade, no caso, o seriado, e a relevância que estes produtos acrescem à cultura
contemporânea e aos estudos que deslizam sobre o audiovisual. Sendo assim, buscaremos
recortes de episódios e cenas que podem levantar os elementos necessários para que o objetivo
do trabalho seja atingido. Ainda em consonância com o pensamento de Machado (1997) essas
“formas expressivas da contemporaneidade” apresentam uma “estética da saturação, do
excesso”, onde ocorre o máximo de informação possível no mínimo espaço-tempo. Essa
linguagem saturada da imagem, presente em CDH fortifica o conceito de realidade que a trama
busca em sua essência.
Durante a “Era Lula”, principalmente após os seis primeiros meses de mandato, houve
um considerativo aumento da capacidade de consumo da população. Por meio de políticas
públicas, geração de empregos e ampliação da industrialização foi possível que 25 milhões de
brasileiros ascendessem economicamente, saindo da classe “D” para a “C”, correspondendo, na
época, a 50% da população do país (BIANCARELLI, 2014). Além disso, se formos analisar
também a extrema pobreza (o valor para uma família consumir o mínimo de calorias necessárias
para o seu membro), a queda é igualmente impressionante: 11,3% em 2003 e 5,8% em 2009.
De acordo com dados oficiais do IBGE (2014), o crescimento da renda dos pobres entre 2001
e 2009 foi significativamente maior do que o dos ricos: os primeiros 10% do espectro de
distribuição experimentaram, em média, um aumento de 7,2% ao ano, enquanto que para os
10% mais ricos esta taxa foi de 1,4%. Assim, a ampliação da classe C enquanto consumidora
foi incisiva para uma modificação dos produtos audiovisuais brasileiros e como elas iriam ser
retratadas para que o novo público se sentisse “visto” nas telas.
Desde que as primeiras temporadas de Cidade dos Homens foram ao ar, as favelas
brasileiras abrigaram núcleos importantes de diversas produções televisivas, tanto na Rede
Globo como em suas concorrentes, como é o caso de Antônia (2006) e Turma do Gueto (2002)
exibido na Record, quanto das mais contemporânea como Duas Caras (2008) e Salve Jorge
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(2012), ambas globais. De acordo com a pesquisadora e crítica de cinema Ivana Bentes, o
surgimento desses produtos inovadores da televisão brasileira parece se libertar de uma
homogeneização da cultura popular representada por algumas figuras características que ajuda
a construir um “imaginário popularesco” (BENTES, 2007). Ainda de acordo com Bentes, esse
Audiovisual é uma "potência do novo e signo da desmassificação" (p. 17), tornando-se objeto
de desejo social, assim ela destaca que as narrativas dessa nova levam vem retratando
personagens antes marginalizados no discurso dominante como protagonistas. Ela destaca:
Porém, nas últimas duas temporadas de CDH, o padrão tradicional de direção de arte
usado pela Rede Globo, que se baseia no uso de suas megacidades cenográficas, uso de
multicâmeras durante as filmagens e atuação de atores profissionais (como é o caso da novela
I Love Paraisópolis, (2015) voltou a agir, homogeneizando assim os seus personagens e
conteúdo. Dessa forma, nota-se um empobrecimento, não só estético, como da própria estrutura
narrativa, onde entra em conformidade com os pensamentos mais reacionários da sociedade,
que não toleram ver uma produção mais afinada com os tempos atuais e a exploração das
riquezas culturais e de histórias que esses espaços urbanos tem a oferecer. Como conclui
Arlindo Machado:
Não basta criticar a televisão considerando somente as questões que dizem respeito sobre seus
efeitos superficiais na sociedade em que está inserida, sem implicar em um estudo mais
aprofundado sobre os modos de produção e veiculação que lhes são próprios e muitas vezes
exclusivos. O contexto, a estrutura externa, a base tecnológica, também contam, é claro, mas eles
não explicam nada se não considerarem o que mobiliza tanto produtores quanto telespectadores:
as imagens e os sons que constituem a “mensagem” televisiva (MACHADO, 2003, p.19).
Para fazer com que o estudo tenha uma base ainda mais sólida em suas indagações e
propostas de análise das produções audiovisuais, buscaremos traçar um conceito mais definido
do que seriam as estéticas realistas que o audiovisual, seja ele seriado ou cinematográfico,
empregam em suas películas. Por se tratar de um termo “escorregadio”, justamente por não ser
algo indivisível, é necessária uma revisão do termo, pois nota-se diferentes meios de se buscar
a representação do real de acordo com o país em que é gravado o produto. As narrativas e
imagens realistas mostram, muitas vezes, uma realidade suja, sórdida, violenta e
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desesperançada, uma realidade pouco palatável que, entretanto, é legível, já que oferecem uma
moldura interpretativa que torna a ficção mais convincente do que a vivência multifacetada
cotidiana que muitas vezes o telespectador só tem ciência pela televisão, independentemente do
formato (JAGUARIBE, 2010).
Na América hispânica, os novos registros realistas vão contra o desgaste do realismo mágico ao
enfatizar os cenários contraditórios das metrópoles, conflitos sociais e experiências de violência.
No Brasil, os novos realismos despontam dentro de gêneros como o romance policial e a
narrativa da violência urbana, ou em retratos do cotidiano que esmiúçam, como maior ou menor
pendor psicológico ou naturalista, os impasses de vidas anônimas (JAGUARIBE, 2010, p. 9).
A ênfase não recai num realismo da representação, mas num realismo de base
documental, apoiado na narração que se assume como discurso. Na impossibilidade de
atingir uma verdade última, o real seria o real de cada indivíduo e, portanto, abdica-se
de qualquer pretensão de universalidade, assim também como se renuncia à pretensão
de falar pelo outro (FIGUEIREDO, 2009, p.33).
Evidentemente, que a série Cidade dos Homens usou de todos os artifícios possíveis para poder
cair no gosto do público, mas, sobretudo, foi um marco importante para não só inserir dentro
do horário nobre da maior emissora do país corpos negros que antes não tinham uma posição
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de protagonismo como também se conectar de forma mais contundente com aqueles que não
conseguiam se reconhecer na televisão.
Metodologia
Para isso, propomos analisar as primeiras quatro temporadas da série Cidade dos
Homens. A seleção do objeto permite uma análise mais esmiuçada do momento em que a Globo
tentou mudar a sua forma de fazer estética televisiva e se aproximou dessa forma mesclada que
se apresenta em alguns produtos até hoje, como por exemplo Segunda Chamada (2019). A
escolha da obra levou em conta, também, o fato trata-se de um intervalo entre a produção de
CDH e as outras séries da emissora que apostaram nesse mesmo modo de fazer, podendo assim
haver mais espaço na produção acadêmica para debater o assunto. Sabemos que a exposição de
um problema social, o seu escrutínio público não visa apenas à construção de uma solução
imediata, mas, sobretudo, ao exercício do debate.
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