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C-EFCB - CET - Técn.

Especialista em Turismo Cultural e Património


UFCD 9570 - Património museológico
“ A História de um Museu”

História de um museu – Palácio Nacional de Queluz


Conteúdos
01 Breve História do Palácio Nacional de Queluz
1.1 Geografia
02 O Palácio como um Museu
2.1 Os acervos
03 Breve visita ao Palácio
04 Curiosidades

01 Breve História
1654 – É criada a Casa do Infantado por D.João IV, para administração pelo Infante (2º
filho do Rei). Um património constituído por terras, propriedades e rendimentos
confiscados a traidores da Coroa depois da Restauração da Independência. Nesse
património estava incluída a Casa de Campo de Queluz, ou Quinta de Queluz.
1747 – Têm início as obras para a transformação da Quinta de Queluz num palácio
estival, por ordem do futuro Rei Consorte D. Pedro III. O arquitecto responsável seria
Mateus Vicente de Oliveira.
1760 – D.Pedro, por ocasião do seu casamento com D.Maria dita que o palácio seja
elevado a residência real. Têm início os melhoramentos pelo arquiteto e escultor francês
Jean-Baptiste Robillion.
1794 – Depois dum incêndio ter destruído Real Barraca da Ajuda o Palácio Real de
Queluz torna-se a Residência Real. Nessa altura, os príncipes regentes D. João VI e D.
Carlota Joaquina adaptaram os espaços interiores e construíram novos edifícios –
incluindo o Pavilhão D. Maria.
1807 – A Família Real foge para o Brasil aquando a Primeira Invasão Francesa, só
retornaria em 1821 num dos períodos mais conturbados da nossa história: com a
Independência do Brasil (1822), a Guerra Civil Portuguesa (1832-1834) e a morte do
rei D. Pedro IV (1834).
1908 – O Palácio Real de Queluz é doado à Fazenda Nacional pelo Rei D.Manuel II.
1910 – O palácio torna-se o Palácio Nacional de Queluz e é classificado como
Monumento Nacional.

Formadora: Carla Dias | Formanda: Maria Machado


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1934 – O interior do Palácio Nacional de Queluz é destruído por um incêndio.


1957 – O Pavilhão D.Maria é oficializado como residência dos Chefes de Estado
estrangeiros em visitas ao país.

Slides 3 e 4 - Breve História do Palácio Nacional de Queluz


Em 1654 é criada a Casa do Infantado por D.João IV, após serem confiscados
vários bens a traidores da Coroa depois da Restauração da Independência, nos
quais estava incluída a Casa de Campo de Queluz, ou Quinta de Queluz. Em 1747
têm inicio as obras para um palácio estival por ordem do futuro Rei consorte
D.Pedro III. Este palácio é elevado a residência real em 1760, ocasião pela qual são
encomendados melhoramentos a Jean-Baptiste Robillion. Em 1794 arde a Real
Barraca da Ajuda e é oficializada a utilização do Palácio Real de Queluz como
Residência Real. Em 1807 a Família Real foge para o Brasil aquando a Primeira
Invasão Francesa e a utilização do Palácio passa a ser esporádica e pontual.
Em 1908 o Palácio é doado à Fazenda Nacional pelo Rei D.Manuel II e em 1910 o
Palácio Nacional de Queluz é classificado como Monumento Nacional.
Em 1934 o interior do Palácio Nacional de Queluz arde praticamente na sua
totalidade, e desde então que têm vindo a ser realizadas regularmente obras de
recuperação e conservação. Em 1957 tem lugar a oficialização do Pavilhão
D.Maria como residência dos Chefes de Estado estrangeiros em visita ao país.

1.1 Geografia
O Palácio Nacional de Queluz está localizado em Queluz, no concelho de Sintra,
pertencente ao Distrito de Lisboa.
A sua geografia é importante no sentido em que faz sentido mencionar a mesma quando
falamos do acesso aos visitantes (sempre importante num Museu) , mas também quando
falamos na sua conservação (nunca podemos esquecer que este Museu é em si um
Monumento e como tal padece das doenças comuns a um edifício que envelhece e se
deteriora.

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Tendo nascido como uma casa de campo, ou uma quinta, originalmente localizado no
campo, hoje em dia está numa das zonas mais habitadas do país e em franco
crescimento. Está rodeado por Queluz, pela IC19, e ainda partilha da poluição que vem
de Lisboa e da humidade da Serra de Sintra.

Slides 5 e 6 - Geografia
Importa sempre mencionar a localização e posição geográfica de um Museu, não
apenas pelo fácil acesso dos seus visitantes, mas também pelo impacto que isso
pode ter na conservação do seu acervo. No caso do Palácio Nacional de Queluz,
esta referência é importante não só pelo acervo móvel (quadros, esculturas,
mobiliário, etc) mas como pelo edifício em si. Pensem no impacto que tem a
poluição da IC19 e da cidade circundante, a humidade da serra de Sintra e de Belas,
e para já não falar da presença de um elevado número de visitantes praticamente
100% do ano!

02 O Palácio como um Museu


O Palácio Nacional de Queluz pode ter perdido a sua utilização como residência da
Família Real, mas hoje em dia é amplamente reconhecido como Monumento Nacional
(desde 1910) e cumpre perfeitamente a sua função de Museu através da exibição do seu
acervo arquitectónico, artistíco, decorativo e mobiliário (entre outros). Um acervo
reunido entre o sobrevivente ao incêndio de 1934 e empréstimos ou doações de
privados, em que se transmite os gostos da Corte nos séculos XVII a XIX.
É detido pela Parques de Sintra – Monte da Luz S.A. , uma empresa de capitais
exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela
UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade (1995). A
sua criação teve como objetivo reunir as instituições com responsabilidade na
salvaguarda e valorização dessa Paisagem, tendo o Estado Português entregado a esta
sociedade a gestão das suas principais propriedades na zona. Não recorre ao Orçamento
do Estado, pelo que a recuperação e manutenção do património que gere são asseguradas
pelas receitas de bilheteiras, lojas, cafetarias e aluguer de espaços para eventos. São
acionistas da PSML: a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (35%), o Instituto da
Conservação da Natureza e Florestas (35%), o Turismo de Portugal (15%) e a Câmara
Municipal de Sintra (15%).
No que respeita às acções enquanto Museu, esta empresa (Parques de Sintra) desenvolve
não apenas o trabalho de conservação e manutenção da exposição fixa e do Monumento
em que se encontra, mas também possui uma página de internet
(https://www.parquesdesintra.pt/pt/parques-monumentos/palacio-nacional-e-jardins-

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de-queluz/) dedicada a todos os seus Parques e Monumentos, incluindo o Palácio


Nacional de Queluz.
Nesta página apresenta de forma bastante acessível o espaço do Palácio e de seus
Jardins, bem como a possibilidade de comprar bilhetes online e fornece todas as
informações necessárias para que a visita decorra da melhor forma.
Numa parte da página https://www.parquesdesintra.pt/ surgem ainda experiências.
Eventos, atividades e animações criadas nos parques e monumentos a pensar no público
em geral, famílias ou escolas. Por exemplo, no caso do Palácio e de seus Jardins: a visita
guiada ao Pavilhão D.Maria I, as visitas destinadas às escolas, encenações históricas
temáticas, exibições de Arte Equestre, celebração do Dia da Criança, Dia da Mãe, Dia
Internacional da Juventude e outras datas festivas ou especiais, programas de
voluntariado, concursos de fotografia, temporadas de música e concertos com jantar.
Existe ainda uma grande interligação nas atividades com a Escola Portuguesa de Arte
Equestre, uma vez que a mesma está sediada numa ala do Palácio. Não faz parte do
Museu, mas coordena algumas das atividades como por exemplo demonstrações
equestres nos terrenos do Palácio e seus Jardins.
O Palácio Nacional de Queluz possui ainda uma equipa de conservação preventiva e
reservas que se responsabiliza por: monitorização do estado de conservação do
património integrado e acervo, limpeza, pequenos tratamentos de conservação,
consolidações, desinfestações, monitorização de condições-ambiente,
acondicionamento de objetos em reserva, e ainda possuem sempre um courier (pessoa
responsável pelas obras aquando da realização de empréstimos, desde a saída até à
chegada do objeto ao seu local de destino).
O trabalho desta equipa é ainda alvo de pressão quando nos lembrarmos que a empresa
Parques de Sintra- Monte da Lua não depende de qualquer apoio do estado para a gestão
dependendo apenas das receitas oriundas dos bilhetes e ações realizadas no e pelo
Palácio. Isto significa que desde 2012 o Palácio funciona em registe de "Aberto para
Obras". Ou seja, enquanto decorrem as ações de conservação e recuperação o museu
está aberto. Soma-se à pressão turística, o aumento da deposição de poeiras e sugidades
várias sobre a superfície dos objetos que se encontram nos espaços contíguos aos que
estão em obras. Podemos assim muito facilmente avaliar o trabalho desta equipa ao
longo dos anos que tem vindo a ter um trabalho acrescido.
Existe ainda um trabalho minucioso, pela gestão do Palácio, que ciente que um palácio
com um percurso expositivo aberto ao público é um espaço que está sujeito à pressão
turística. Como não podem fechar o Palácio ao público, uma vez que está aberto por ele
e para ele, são utilizadas todas as técnicas possíveis para dissuadir o acesso indevido ao
acervo, como por exemplo barreiras em acrílico ou baias.

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A par disto vem o próprio ar. O ambiente que circunda o edificio, aonde temos um
jardim, a IC19, a cidade, a serra... entre os elementos naturais e os químicos, tudo vem
gerar uma deterioração do edificio e do acervo dentro do mesmo que esteja exposto.
2.1 Os acervos
O Palácio Nacional de Queluz tem sob a sua gestão um total de 6.107 objetos divididos
entre espaços de exposição e reserva. Desses 6.107 objetos apenas cerca de 1.000 estão
exposto ao longo das suas 32 salas, refletindo as opções de discurso expositivo dos
diferentes diretores e conservadores ao longo dos anos. Todos os outros objetos
encontram-se acondicionados em espaços de reserva que, desde o ano de 2012, têm
sofrido profundas mudanças a nível estrutural, criando as condições de segurança
desejadas de acondicionamento e de controlo dos agentes de risco, nomeadamente com
a aquisição de novas estantes e com o correto acondicionamento e etiquetagem dos bens
culturais, fazendo assim com que o impacto dos agentes de deterioração seja menor
(como o impacto das forças físicas, dissociação e ação de poeiras) e diminuindo a
necessidade de ações de limpeza do espólio em acervo. Não esquecendo que uma ação
de limpeza é sempre uma ação irreversível, quanto menos ações forem necessárias
melhor será para a estabilidade do espólio em reserva. Como é usual em coleções de
palácios que se tornaram espaços museológicos, estas caracterizam-se por serem
diversas, terem proveniências distintas e não terem sido na sua grande maioria
adquiridas originalmente para a coleção do palácio. Sabemos que,normalmente, os
recheios dos palácios eram “volantes”, estes acompanhavam a família real de palácio
em palácio segundo as suas deslocações, fazendo com que os recheios “fixos” de cada
espaço fossem bastante pobres. No entanto, havia sempre encomendas que eram
realizadas para locais específicos e que se mantinham como acervo
palaciano,independentemente de este estar a ser ocupado ou não. Exemplo disso são as
peças do Serviço D. Pedro III, pertencente ao período Qianlong, que foram
encomendadas para uso no Palácio de Queluz. A coleção de cerâmica é aliás, uma das
mais ricas e importantes coleções que integram o acervo do Palácio. Na apresentação
consta a Tabela 1, aonde podemos visualizar a variedade e a quantidade do acervo em
exposição e arquivo. A esta tabela teremos sempre que adicionar o Palácio em si, que
não deixa de ser um acervo/património arquitetónico!

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Slides 7 a 18 – O Palácio como um Museu / Os acervos


O Palácio Nacional de Queluz é hoje amplamente reconhecido não apenas como
Monumento Nacional mas também como Museu. O seu acervo inclui não apenas
algumas poucas peças sobreviventes ao incêndio de 1934, mas também doações e
empréstimos de peças contemporâneas à corte dos Séculos XVII a XIX.
A sua gestão é realizada pela Parques de Sintra – Monte da Luz S.A. , uma empresa
de capitais públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO
da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade no ano de 1995.
Acho bastante interessante o facto desta empresa reunir sob a sua alçada várias
propriedades do concelho de Sintra e realizar a sua conservação, recuperação e
manutenção sem quaisquer fundos públicos. Dependendo apenas das receitas
oriundas das bilheteiras, lojas, cafetarias e aluguer dos espaços para eventos, ou
mesmo organizando eles mesmos eventos. Também é esta a empresa a responsável
por criar uma presença digital dos vários espaços, nos quais se inclui o Palácio
Nacional de Queluz. Uma página bastante acessível, que além de disponibilizar a
venda online de bilhetes e instruções de visita ou como chegar ao local, também a
utiliza para divulgar os vários eventos e experiências assim como fazer visitas
virtuais ao Monumento/Museu.
Também é esta a empresa responsável pela criação de uma equipa fixa para a
conservação preventiva e reservas que se responsabiliza por: monitorização do
estado de conservação do património integrado e acervo, limpeza, pequenos
tratamentos de conservação, consolidações, desinfestações, monitorização de
condições-ambiente, acondicionamento de objetos em reserva, e ainda possuem
sempre um courier (pessoa responsável pelas obras aquando da realização de
empréstimos, desde a saída até à chegada do objeto ao seu local de destino).
Uma salvaguarda que deixaria aqui colocada é a pressão colocada sobre esta equipa,
não apenas pela importância do seu trabalho, mas pelo facto de que este
Monumento/Museu funciona em regime de "Aberto para Obras". Ou seja, está
continuamente em obras, sendo que apenas a sala alvo das mesmas é fechada e o seu
acervo arquivado. Tudo o resto permanece aberto e sujeito aos pós e vibrações dessas
obras.
2.1 Os acervos O Palácio Nacional de Queluz possui um total de 6107 objetos (entre
exposições e reserva), sendo que destes apenas cerca de 1000 estão em exposição
constante nas suas 32 salas, os demais estão em reserva. De mencionar que até
mesmo as condições de arquivo e reserva têm sido alvo de modernização desde 2012,
com o objetivo de que o impacto dos agentes de deterioração seja menor. Na tabela
1 pode-se verificar os números deste acervo para ter uma melhor noção do que estou
a falar em termos de logística.

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03 Breve visita ao Palácio


Foto 01 - Sala do Trono
Esta é a maior das salas de aparato do Palácio, construída por volta de 1770, no estilo
regência-rococó. Era nesta sala, no tempo de D. Pedro III e de D. Maria I, que ocorriam
grandes festas e receções. Mais tarde, passou a ser usada como Sala do Dossel ou do
Trono. Por ocasião de batizados reais, em que o espaço da capela se revelava
insuficiente, este espaço serviu também como espaço religioso improvisado, em ligação
com a contígua Sala da Música, onde era montado o altar-mor. Ainda hoje aqui se
realizam concertos e funções oficiais, como os banquetes oferecidos pelo Presidente da
República aos chefes de Estado e monarcas estrangeiros em visita oficial a Portugal.

Foto 02 - Sala da Música


Trata-se de um dos espaços que se mantiveram praticamente inalterados conforme
testemunho do primeiro inventário do palácio, de 1761. A própria decoração da sala, em
madeira finamente entalhada, alude à sua função, através da representação de violinos
e outros instrumentos musicais suspensos por fitas e borlas da parte côncava do teto.
Neste espaço, foram representadas muitas serenatas por ocasião dos aniversários reais e
outras festas da corte. Em cima do estrado, sob o retrato da Rainha D. Maria I, um raro
pianoforte Clementi, recentemente restaurado, é ainda hoje utilizado em concertos.
Já no final do século XVIII, a Rainha Carlota Joaquina escolheu este espaço para sua
sala de audiências e Beija-mão.

Foto 03 - Corredor das Mangas ou dos Azulejos


O Corredor dos Azulejos é também chamado Corredor das Mangas, numa alusão às
mangas de vidro que protegiam as velas que se presume terem sido aqui guardadas.
Trata-se de uma sala revestida a azulejos, representando as estações do ano, os
continentes, cenas da mitologia clássica, singeries, chinoiseries e cenas de caça.
No centro da sala pode ver-se um exemplar dos vários carrinhos encomendados em 1767
por D. Pedro, para percorrer as alamedas da quinta.

Foto 04 - Sala dos Embaixadores


Sala originalmente designada Sala das Colunas ou dos Serenins, em alusão aos
concertos promovidos por D. Pedro e D. Maria I. A grande pintura central do teto mostra
a família real a participar num concerto. Os dois estrados com tronos justificam-se pela
presença, em simultâneo, nas cerimónias desta sala, dos monarcas acompanhados pelos
Príncipes do Brasil, título pelo qual eram conhecidos os Príncipes Herdeiros.
A partir de 1794, passa a ser designada por Sala dos Embaixadores. D. João VI escolhe-
a para sala de audiências e beija-mão, que tinha lugar em dias determinados em que a
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nobreza, membros da corte e membros do corpo diplomático eram convocados ao Paço


para beijar a mão e prestar homenagem ao monarca.
Os grandes vasos de porcelana da China, assente sobre peanhas de talha dourada, estão
na origem da designação de Sala das Talhas, por que também é conhecida.

Foto 05 - Sala das Merendas


Espaço privado de refeições, tudo nesta sala evoca a sua função: o teto sugerindo favos
de mel, as seis naturezas mortas das sobreportas, com frutos e aves, ou as quatro grandes
telas das paredes, representando merendas de caça.

Foto 06 - Aposentos da Rainha


Esta divisão, atualmente reduzida relativamente ao seu espaço original, teria servido de
quarto de dormir, em diferentes épocas, a D. Pedro III, ao Príncipe Regente D. João e à
rainha D. Carlota Joaquina. Perdeu-se a decoração original de pinturas sobre espelho
representando “anjos e meninos dormindo, espreguiçando-se e brincando”.

Foto 07 – Capela Real


A Capela, concluída em 1752, sob projeto de Mateus Vicente de Oliveira, é um dos
espaços mais antigos do Palácio. A obra de talha dourada a folha de ouro, de grande
delicadeza e perfeição técnica é da autoria do mestre entalhador Silvestre Faria Lobo.
O recurso à chamada “pintura de fingidos” a imitar mármore, simulado com recurso a
madeira pintada ou a telas aplicadas sobre madeira, sugere uma opulência muito própria
do barroco e do rococó.
A pintura do altar-mor representa Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Queluz, e
é da autoria de André Gonçalves.

Foto 08 - Pavilhão D. Maria I


O Pavilhão D. Maria é a ala mais recente do Palácio Nacional de Queluz, que foi
concluída em 1789. Desde 1940 é usado como residência dos chefes de Estado
estrangeiros em visita oficial a Portugal.

Foto 09 - Quarto D.Quixote


A arquitetura deste quarto cria a ilusão de um espaço circular através da disposição das
oito colunas que cortam os cantos e sustentam a cúpula do teto.
A designação de Quarto D. Quixote provém do conjunto de pinturas da sanca e das
sobreportas, com cenas da vida de D. Quixote de La Mancha, de Cervantes.

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Este é o quarto de aparato mais conhecido do palácio, onde nasceram sete dos nove
filhos de D. João VI e de D. Carlota Joaquina. Um deles, o Infante D. Pedro – primeiro
Imperador do Brasil e Rei de Portugal – morreria aqui precocemente, aos 35 anos de
idade, vítima de tuberculose.

Foto 10 - Pavilhão Robillion


Ala poente, contígua à Sala dos Embaixadores, acrescentada ao plano inicial do Palácio
por Jean-Baptiste Robillion, que substitui Mateus Vicente de Oliveira depois de este ter
sido requisitado pelo Marquês de Pombal para a reconstrução de Lisboa, após o
terramoto de 1755.
Aqui se situaram os aposentos privados de muitos monarcas que habitaram o Palácio
(D. Pedro III, D. João VI, D. Carlota Joaquina, D. Miguel, D. Pedro IV).
Do Pavilhão Robillion fazem parte a Sala do Despacho, a Sala das Açafatas, a Sala das
Merendas, o Quarto D. Quixote, o Oratório, o Quarto da Rainha e o Toucador da Rainha.

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Slides 20 a 29 - Breve visita ao Palácio

Foto 01 - Sala do Trono


Construída cerca de 1770 é uma das maiores salas de aparato do Palácio em todo o
seu esplendor do estilo de regência-rococó. Era usada para eventos durante o tempo
D. Pedro III e de D. Maria I, mas depois passou a Sala do Trono ou do Dossel.
Também foi utilizada como alternativa à Capela em ocasiões religiosas e festivas.
Hoje em dia realizam-se nesta sala banquetes ou eventos de recepção a visitas de
Estado.
Foto 02 - Sala da Música
Praticamente inalterada desde o primeiro inventário - 1761 - Neste espaço, foram
representadas muitas serenatas por ocasião dos aniversários reais e outras festas da
corte. O raro pianoforte Clementi, recentemente restaurado, é ainda hoje utilizado em
concertos. Já no final do século XVIII, a Rainha Carlota Joaquina escolheu este
espaço para sua sala de audiências e Beija-mão.
Foto 03 - Corredor das Mangas ou dos Azulejos
O Corredor dos Azulejos é também chamado Corredor das Mangas, numa alusão às
mangas de vidro que protegiam as velas que se presume terem sido aqui guardadas.
Trata-se de uma sala revestida a azulejos, representando as estações do ano, os
continentes, cenas da mitologia clássica, singeries, chinoiseries e cenas de caça. Para
mim a sala mais Portuguesa do Palácio devido à forte presença dos Mosaicos.
No centro da sala pode ver-se um exemplar dos vários carrinhos encomendados em
1767 por D. Pedro, para percorrer as alamedas da quinta.
Foto 04 - Sala dos Embaixadores
Antes de ser a Sala dos Embaixadores, foi a Sala das Colunas ou dos Serenins, em
alusão aos concertos que D. Pedro e D. Maria I aí promoviam. A partir de 1794
D.João VI escolhe esta sala para as suas audiências e beija-mão.
Foto 05 - Sala das Merendas
Espaço privado de refeições, tudo nesta sala evoca a sua função: o teto sugerindo
favos de mel, as seis naturezas mortas das sobreportas, com frutos e aves, ou as quatro
grandes telas das paredes, representando merendas de caça.
Foto 06 - Aposentos da Rainha
Esta divisão teria servido de quarto de dormir, em diferentes épocas, a D. Pedro III,
ao Príncipe Regente D. João e à rainha D. Carlota Joaquina.

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Foto 07 – Capela Real


Concluída em 1752 é um dos espaços mais antigos do Palácio, fazendo parte da
primeira fase de construção e ainda sob projeto de Mateus Vicente de Oliveira.
De salientar o excelente trabalho de talha dourada pelo mestre entalhador Silvestre
Faria Lobo, bem como a chamada “pintura de fingidos” a imitar mármore. Tudo
representa perfeitamente a opulência barroca e rococó.
Foto 08 - Pavilhão D. Maria I
O Pavilhão D. Maria faz parte da última fase de construção do Palácio - 1789. É
usado desde 1940 - oficialmente desde 1957 - como residência dos chefes de Estado
estrangeiros em visita oficial a Portugal.
Foto 09 - Quarto D.Quixote
Este é o quarto mais conhecido do palácio, onde nasceram sete dos nove filhos de D.
João VI e de D. Carlota Joaquina. Um deles, o Infante D. Pedro – primeiro Imperador
do Brasil e Rei de Portugal – morreria aqui, aos 35 anos de idade, vítima de
tuberculose. O nome deste quarto advém das pinturas alusivas a D.Quixote.
Foto 10 - Pavilhão Robillion
O Pavilhão Robillion foi acrescentado ao Palácio após o terramoto de 1755, e o seu
nome advém do arquiteto responsável por esta nova fase de construção: Jean-Baptiste
Robillion.
Aqui se situaram os aposentos privados de muitos monarcas que habitaram o Palácio
(D. Pedro III, D. João VI, D. Carlota Joaquina, D. Miguel, D. Pedro IV).
Do Pavilhão Robillion fazem parte a Sala do Despacho, a Sala das Açafatas, a Sala
das Merendas, o Quarto D. Quixote, o Oratório, o Quarto da Rainha e o Toucador
da Rainha.

04 – Curiosidades
No edifício da Torre do Relógio, originalmente destinado à Guarda Real, à casa da
administração e às Cavalariças, hoje em dia localizam-se:

• A Pousada D. Maria I
• O Restaurante Cozinha Velha (pertencente à Pousada e que conserva a mesa de
pedra e a chaminé originais. É o remanescente da casa original a partir do qual
foi construído o Palácio Real de Queluz, e aonde se confeccionavam as iguarias
para a família real, sua corte e seus convidados)
• Escola Portuguesa de Arte Equestre e Biblioteca de Arte Equestre D.Diogo
de Bragança que costuma inclusive realizar eventos de demonstração histórica
da arte nos jardins do Palácio.

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A par destas curiosidades apresento ainda as visitas virtuais disponibilizadas online


pela Google:
• https://artsandculture.google.com/partner/national-palace-of-queluz?hl=pt-
PT
• https://goo.gl/maps/CoH4xL6Zq4DJRhkt7

Ou ainda três dos inúmeros vídeos – desde os mais amadores aos mais profissionais e
oficiais - que podem ser encontrados no Youtube sobre o Palácio Nacional de Queluz:
• Vídeo 01: https://www.youtube.com/watch?v=BpII5HQtjsk&t=105s
• Vídeo 02: https://www.youtube.com/watch?v=QxAGZQ-TP84&t=49s
• Vídeo 03: https://www.youtube.com/watch?v=eOP_5HXUPJ8&t=605s

04 - Curiosidades
Slides 30 a 34
Atualmente apenas parte do Palácio Nacional de Queluz se encontra destinado à
sua utilização como Museu e Monumento Nacional. No edifício da Torre do
Relógio, foi aberta uma Pousada e um Restaurante, numa parte que ainda fazia
parte da Casa de Campo e era aonde se localizavam as cozinhas (no Restaurante
Cozinha Velha podem comer ao lado da antiga chaminé e da antiga Mesa de Pedra)
e a Casa da Administração.
Nas antigas cavalariças foram instalados a Escola Portuguesa de Arte Equestre e a
Biblioteca de Arte Equestre D.Diogo de Bragança. Estes não estão abertos ao
público, mas realizam demonstrações da Arte Equestre de forma regular.

A par destas curiosidades apresento ainda os conteúdos que a Google


disponibilizou online para visualizar o Palácio, através duma visita virtual. Por
indisponibilidade de tempo não posso exibir, mas vou posteriormente deixar-vos os
links no chat.
Também no You Tube podemos encontrar inúmeros vídeos, desde os mais
amadores aos mais profissionais, sobre o Palácio Nacional de Queluz.
Destes selecionei três, mas por falta de tempo, irei também deixar os links no chat.
(se der tempo passar o vídeo 02, de apenas 3:36)

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Fontes:
• https://www.parquesdesintra.pt/pt/parques-monumentos/palacio-nacional-e-
jardins-de-queluz/
• https://danielasantosaraujo.com/palacio-nacional-de-queluz/
• https://maquinadeescrever.org/2015/08/26/uma-visita-ao-palacio-de-queluz/
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_Nacional_de_Queluz
• http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6108
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Queluz.ogg
• https://web.archive.org/web/20110218192704/http://travel.queluz.org/
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Formadora: Carla Dias | Formanda: Maria Machado


C-EFCB - CET - Técn. Especialista em Turismo Cultural e Património
UFCD 9570 - Património museológico
“ A História de um Museu”

• http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6108
• https://arquivos.rtp.pt/conteudos/obras-de-restauro-no-palacio-de-queluz/
• https://serradesintra.net/incendio-no-palacio-de-queluz/
• https://viagemlazerecultura.wordpress.com/tag/quarto-da-rainha-em-queluz/
• https://portugalvirtual.pt/sintra/pt/palacio-nacional-queluz.php
• https://viagemlazerecultura.wordpress.com/tag/quarto-da-rainha-em-queluz/
• https://www.flickr.com/photos/biblarte/26873583342
• https://pt.wikipedia.org/
• https://visitsintra.travel/pt/info/noticias/porcelanas-das-colecoes-reais-em-
exposicao-no-palacio-de-queluz
• Tese elaborada para a obtenção do grau de Mestre em História da Arte e
Património, por Nídia Tomé Miranda, da Faculdade de Letras na Univerdade de
Lisboa, entitulada: "A importância da limpeza curatorial no âmbito da
Conservação Preventiva- Proposta de um plano para o Palácio Nacional de
Queluz"

Formadora: Carla Dias | Formanda: Maria Machado

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